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Experimento sangue do diabo

Apesar desse experimento ser conhecido por um nome bem assustador – sangue do
diabo –, na verdade, ele não se trata de nada sobrenatural. Ele é chamado assim porque
antigamente era muito comum, principalmente no carnaval, que algumas pessoas
jogassem nas roupas de outras um líquido avermelhado. No momento, geralmente as
pessoas ficavam com muita raiva ou assustadas, pois achavam que a mancha feita em
sua roupa não teria concerto.
Porém, depois de um tempo, essa mancha desaparecia completamente, dando um ar
misterioso a essa brincadeira um pouquinho malvada.
Para preparar o “sangue do diabo” e divertir-se, você precisará de:
* 20 mL de fenolftaleína (indicador encontrado em lojas de Química ou farmácias de
manipulação);
* 20 mL de hidróxido de amônio (NH4OH) – conhecido comercialmente como
amoníaco;
* 50 mL de álcool;
* 150 mL de água;
* Copo (ou béquer);
* Colher ou bastão de vidro.
Procedimento Experimental:
1- Misture bem a fenolftaleína no álcool até ela ficar completamente dissolvida;
2- Adicione a água, misturando novamente;
3- Por fim, acrescente o amoníaco e observe o que acontece.
E pronto! O famoso “sangue do diabo” está preparado.

Mas por que isso acontece?


Bem, a fenolftaleína é um indicador ácido-base que muda de cor de acordo com o pH do
meio. Em meios neutros e ácidos, a fenolftaleína fica incolor, mas, em meios básicos,
fica com um tom rosa bem intenso, quase vermelho.
A solução preparada fica dessa cor porque o amoníaco é uma base formada por uma
mistura de amônia na água. São os íons OH- que tornam o meio básico:
NH3 + H2O ↔ NH4+ (aq) + OH- (aq)

A mancha some porque o amoníaco evapora facilmente, e a fenolftaleína volta a ficar


incolor.
Experimento: Garrafa Azul
O experimento “a garrafa azul” explora reações de oxidação e redução envolvendo as
substâncias glicose e azul de metileno.
O experimento que propomos aqui consiste no preparo de uma solução por meio de
algumas substâncias no interior de uma garrafa PET. Esse processo é interessantíssimo
para que o estudante possa compreender alguns assuntos importantes da Química,
como:
Deslocamento de equilíbrio químico;
Solubilidade de substâncias em água;
Fenômenos exotérmicos (liberação de energia na forma de calor);
Catalisadores (substâncias que favorecem o aumento da velocidade de uma reação);
Redução e oxidação em compostos orgânicos.

Materiais necessários
600 mL de água;
5 mL de azul de metileno (indicador encontrado em lojas de reagentes químicos e
produtos para laboratório ou em farmácias);
18 gramas de dextrose ou glicose (encontrada em loja de suplementos para atletas);
10 gramas de hidróxido de sódio puro (encontrado em lojas de reagentes químicos e
produtos para laboratório) ou soda cáustica (encontrada em supermercados);
1 garrafa PET de 1,5 L a 2 L de capacidade;
Luvas descartáveis;
Jaleco de manga comprida;
Óculos de proteção;
Máscara de proteção.

Procedimento
1º Passo: Adicionar toda a água ao interior da garrafa;
2º Passo: Adicionar todo o hidróxido de sódio à garrafa com água. Fechar muito bem a
garrafa. Em seguida, agitar bem para que todo o hidróxido seja dissolvido (esse passo
requer muita atenção, pois a mistura terá elevação de temperatura);
3º Passo: Adicionar toda a glicose ao interior da garrafa e fechá-la bem. Em seguida,
agitar para que toda a glicose seja dissolvida;
4º Passo: Adicionar todo o azul de metileno no interior na garrafa, fechar bem e agitar
vigorosamente por cinco segundos (Nesse passo, toda a solução ficará azul);
5º Passo: Deixar a garrafa em repouso (Nesse passo, toda a solução ficará incolor).
Experimento: o espelho de prata
Com este experimento, você criará uma substância prata na superfície de um recipiente,
simulando um espelho.
O experimento que propomos hoje resulta na deposição de uma substância prata e sólida
na superfície de um recipiente. Essa substância é o que chamamos de espelho de prata.
Veja o passo a passo e a explicação química para o processo:

Materiais necessários para o experimento


6 g de nitrato de amônio (NH4NO3) – pode ser adquirido em lojas especializadas em
reagentes químicos;
4 g de Nitrato de prata (AgNO3) – pode ser adquirido em lojas especializadas em
reagentes químicos;
300 mL de água destilada;
5mL de ácido nítrico (HNO3);
Dextrose (Glicose) – pode ser adquirida em lojas de suplementos para atletas.
2 seringas de 3 mL;
3 béqueres de 100mL;
Luvas;
Jaleco;
Máscara de proteção;
Óculos de proteção;
Balão de vidro, tubo de ensaio grande ou o bulbo de uma lâmpada;
Pinça de madeira;
Lamparina.
Procedimentos

Preparo da solução de nitrato de prata

Em um béquer de 50mL, adicione 50 mL de água destilada e 4 g de nitrato de prata


(AgNO3). A solução formada é incolor.
OBS.: Durante esse procedimento, é interessante utilizar luvas e jaleco, pois, quando o
nitrato de prata entra em contato com a pele, provoca manchas.
Preparo da solução de amônia

Em um béquer de 100 mL, adicione 6,0 g de nitrato de amônio [NH4NO3] e, em


seguida, adicione 50 mL de água destilada para dissolvê-lo.
OBS.: Nesse procedimento, é interessante utilizar máscara e óculos porque a solução
preparada é volátil e pode provocar irritação nos olhos e nas vias respiratórias.

Mistura das soluções


Em um béquer de 100 mL, adicione toda a solução de nitrato de prata preparada no 1º
procedimento. Em seguida, adicione 3 mL da solução de amônia preparada no 2º
procedimento utilizando uma seringa de 3 mL. Mexa bem e observe que será formado
um sólido marrom no fundo do recipiente.
É obrigatório que a mistura das soluções seja incolor. Para eliminar o sólido marrom
formado, devemos continuar adicionando, de 3 mL em 3 mL, a solução de amônia até
que a solução de prata descolora. Essa mistura recebe o nome de reagente de Tollens.

Preparo da solução de dextrose


Em um béquer de 100 mL, adicione 50 mL de água destilada e, em seguida, 20 g de
dextrose. Mexa bem. A solução formada será incolor.

Limpeza do recipiente de vidro


Nessa etapa devemos realizar a limpeza do recipiente de vidro utilizando a solução de
ácido nítrico. A limpeza com o ácido é capaz de eliminar toda impureza que estiver
presente no recipiente.
Logo em seguida, lave novamente o recipiente com água destilada para retirar todo
resquício do ácido utilizado.
OBS.: Como o ácido nítrico é forte (corrosivo) e volátil (evapora muito fácil em
temperatura ambiente), devemos utilizar luvas, jaleco e óculos de proteção, além de
estar em um local bem arejado.

Formação do espelho de prata


Adicione todo o reagente de Tollens preparado no 3º procedimento no interior do balão
ou do bulbo da lâmpada. Em seguida, adicione 3 mL da solução de dextrose preparada
no 4º procedimento.
Segure o tubo de ensaio com a pinça de madeira e coloque no fogo da lamparina,
agitando até que o espelho de prata seja formado.
Explicação do experimento

Foram preparadas três soluções:


Solução de nitrato de prata (1º procedimento);
Solução de amônia (2º procedimento);
Solução de dextrose (4º procedimento).
No 3º procedimento, houve a formação do reagente de Tollens, fundamental para o
resultado do experimento. Quando o nitrato de prata reage com a amônia, forma-se
óxido de prata (Ag2O), que é o sólido marrom descrito no 3º procedimento.

AgNO3(aq) + NH4NO3(aq) → Ag2O(s) + H2O(l) + NH3(aq)

Como o meio está básico em virtude da presença de amônia, o óxido de prata interage
com a amônia e forma um cátion complexo chamado de diaminprata (Ag(NH3)2+), que
é o reagente de Tollens (descrito pela primeira vez pelo químico alemão Justos von
Liebig), o qual é solúvel na água e, por isso, a solução volta a ser incolor como descrito
no 3º procedimento.

Ag2O(s) + 4NH3(aq) + H2O(l) → 2Ag(NH3)2+(aq) + 2OH-(aq) (Reagente de Tollens)

Por fim, quando adicionamos a dextrose, que apresenta o grupo aldeído na sua estrutura,
o reagente de Tollens oxida o grupo aldeído a um ácido carboxílico e, ao mesmo tempo,
ocorre a redução da prata presente no reagente de Tollens, formando prata sólida
(metálica).

RCHO + 2[Ag(NH3)2]+ + 3OH-(aq) → 2 Ag(s) + RCOO-(aq) + 4NH3 + 2 H2O

A prata metálica formada a partir da redução do cátion prata presente no diaminprata


deposita-se na parede do vidro utilizado no experimento, formando o espelho de prata.
OBS.: Essa reação ocorre apenas na presença de aldeídos, e não em cetonas, pois os
aldeídos apresentam hidrogênio ligado ao carbono da carbonila, o que facilita a
oxidação.
PASTA DE DENTE DE ELEFANTE
A experiência de química denominada de “Pasta de dente de elefante” produz uma
grande quantidade de espuma vinda da decomposição da água oxigenada com um
catalisador.
Materiais e reagentes:
Corante líquido de qualquer cor desejada;
Detergente de lavar louças;
Água oxigenada concentrada;
Iodeto de potássio;
Uma proveta de 500 mL;
Um recipiente de plástico;
Equipamentos de proteção individual, incluindo luvas de borracha, jalecos e óculos. Isso
é importante porque a água oxigenada concentrada pode causar lesões na pele e olhos.
Procedimento experimental:

1. Coloca-se a proveta sobre o recipiente de plástico para evitar sujeiras;


2. Dentro da proveta, coloca-se primeiro o corante líquido;
3- Depois se acrescenta cerca de 10 mL de detergente;
4- Adiciona-se cerca de 20 mL de água oxigenada concentrada;
5- Com cuidado, adicione 2 g de iodeto de potássio à mistura dentro da proveta.
Imediatamente saia de perto e observe a formação de uma espuma que subirá pela
proveta e aumentará cada vez mais, caindo do lado de fora.

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