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“ Ensaios de resistência à
biodeterioração por fungos e
térmitas em painéis de partículas

Fabricio Gomes Gonçalves Emilly Soares Gomes da Silva


UFES UFES

Juarez Benigno Paes Rafael Gonçalves Espósito de Oliveira


UFES UFES

Pedro Gutemberg de Alcântara Yonny Martinez Lopez


Segundinho UFES
UFES
Félix Queiroz de Jesus
Izabella Luzia Silva Chaves UFES
UFES

Alice Soares Brito


UFES

10.37885/200700745
RESUMO

Dentre os painéis de madeira reconstituída, aqueles de média densidade (medium den-


sity particleboard - MDP) estão entre os mais produzidos e utilizados no mundo pelas
indústrias moveleiras e construção civil. Assim, é fundamental a realização de estudos
que avaliem as propriedades dos MDP, dentre elas, a resistência a organismos poten-
cialmente causadores de deterioração de produtos lignocelulósicos. Neste contexto, este
capítulo aborda alguns estudos à respeito deste tema, sobretudo em painéis constituídos
com resíduos lignocelulósicos. Para a produção de MDP, os adesivos mais utilizados
comercialmente são aqueles à base de ureia-formaldeído e fenol-formaldeído. Mas,
aqueles à base de taninos e de poliuretano de mamona também são pesquisados, para
as mais diversas finalidades. A maioria dos MDP são produzidos com madeiras de baixa
e média densidade, tanto de coníferas, quanto de folhosas. Durante o uso ou armazena-
mento, os painéis estão sujeitos ao ataque de fungos e insetos (principalmente térmitas
ou cupins). Dentre os fungos, os mais estudados são os de podridão branca (Trametes
versicolor e) e parda (Gloeopyllum trabeum). Em relação as térmitas, muitos trabalhos
abordam o ataque de cupins de madeira seca (Cryptotermes brevis) e aqueles de solo ou
arborícolas, como Coptotertmes gestroi, C. formosus e aqueles do gênero Nasutitermes,
dentre eles o N. corniger.

P a l a v r a s - c h a ve: C o m p o s t o s L i g n o c e l u l ó s i c o s , Fu n g o s e Té r m i t a s X i l ó f a g o s ,
Ensaios Biológicos.
INTRODUÇÃO

A produção brasileira de painéis de madeira reconstituída, em especial os painéis de


partículas de média densidade (Medium Density Particleboard – MDP) no Brasil está em
torno de 3,24 milhões de ton. por ano (IBA, 2019). A matriz industrial existente no país utiliza
madeiras das espécies dos gêneros Pinus e Eucalyptus, para confecção dos painéis de uso
comercial, espécies estas de produção em larga escala e ditas “madeiras de reflorestamento”
(Molina e Calil Junior, 2011; Martins et al., 2020). A adição de outros materiais lignocelu-
lósicas ou não, variações nos processos produtivos (pressão, temperatura, adesivo) são
realizadas pesquisas com o intuito de buscar novas fontes de matéria-prima (Lopez et al.,
2020; Martins et al., 2020; Shirozaki et al., 2018; Silva et al., 2020).
Os compósitos lignocelulósicos, assim como a madeira, estão sujeitos ao processo de
deterioração por organismos xilófagos, o que deve ser levado em consideração em projetos
civis, arquitetônicos ou moveleiros. Dentre estes, destacam-se os fungos apodrecedores
(classes dos basidiomicetos), que segundo Almeida et al. (2012) são responsáveis pelas
podridões parda e branca, que possuem características enzimáticas próprias quanto à de-
composição dos constituintes da madeira.
A deterioração por fungos pode ocorrer desde manchas até a decomposição total do
material. Rayner e Boddy (1995), Schmidt (2006) e Costa et al. (2020) afirmam que alguns
fungos atacam todos os componentes da madeira, enquanto outros são mais específicos,
degradando seletivamente a lignina. Porém, o mecanismo de degradação é basicamente o
mesmo, uma vez que consiste na quebra da estrutura molecular, por meio da liberação de
enzimas que degradam a parede celular.
De forma geral, Schmidt (2006) e Lepage et al. (2017) mencionam que para haver
degradação por microrganismos em materiais orgânicos, há necessidade de temperatura
(25-35 °C), umidade do material lignocelulósico (≥ 20%), além da presença de oxigênio. Uma
vez que os fungos não atacam a madeira e seus derivados em condições de anaerobiose.
Porém, algumas bactérias atacam. A evolução temporal ou sucessão ecológica dos diferentes
microrganismos que colonizam a madeira e derivados, contam da Figura 1.

Figura 1. Sucessão ecológica dos microrganismos que degradam a madeira. Fonte: Lepage e Salis (2015).

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Os fungos são os principais agentes deterioradores da madeira em contato com o solo,
ou em partes úmidas de construções. Depois dos fungos, encontram-se os insetos, dentre
estes as térmitas ou cupins. Entre eles, há aqueles que conseguem atacar a madeira com
baixo teor de umidade (10 – 12%), conhecidos por térmitas de madeira seca (Maistrello,
2018), e os subterrâneos, que são capazes de se deslocarem a grandes distâncias e ata-
carem madeira utilizadas nas construções, que se encontram protegidas do ataque dos
fungos, como patentes de portas e janelas e outros materiais de construção (Paes e Vital,
2000; Paes et al., 2007ab; 2015; Brito et al., 2020, Brocco et al., 2020; Lopez et al., 2020).
Como a maioria dos MDP são produzidos com madeiras de baixa e média densida-
de, tanto de coníferas, quanto de folhosas. Durante o uso ou armazenamento, os painéis
estão sujeitos ao ataque de fungos e insetos (principalmente térmitas ou cupins). Assim,
em decorrência disto e dos demais pressupostos elencados, é fundamental a realização
de estudos que avaliem as propriedades dos MDP, dentre elas a resistência a organismos
potencialmente causadores de deterioração de produtos lignocelulósicos.

FUNGOS DETERIORADORES DE PAINÉIS RECONSTITUÍDOS DE MATE-


RIAIS LIGNOCELULÓSICOS

De acordo com Belini et al. (2014) e Gatani et al. (2013), os painéis que apresentam
certa durabilidade a organismos decompositores, destacam-se pela gama de utilização, nos
meios internos e externos das construções. Dentre os potenciais fungos xilófagos deterio-
radores de painéis, os mais citados são aqueles causadores das podridões parda, branca
e mole (Quadro 1).

Quadro 1. Principais fungos xilófagos deterioradores de painéis de partículas de diversas matérias-primas.

Matéria-prima Fungo Característica Fonte


Pinus sp.; engaço-uva; capim
annoni; embalagem cartonada; Pycnoporus sanguineus Podridão branca Oliveira et al. (2018)
plástico
Eucalyptus grandis e Casca de
Melo et al. (2010a)
arroz
Casca de arroz e Souza et al. (2018)
Gloeophyllum trabeum, Podridões parda e
Eucalyptus grandis Melo et al. (2010b)
Trametes versicolor branca
Acacia mangium Gonçalves et al. (2014)
Eucalyptus grandis e Bambusa
Stangerlin et al. (2011)
vulgaris
Aspergillus niger,
Bagaço de cana-de-açucar e
Aureobasidium pullulans, Embolorador e manchador Garzón-Barrero et al. (2016)
Eucalyptus sp
Penicillium citrinum
Postia placenta
Pinus sp. Podridão parda Cai et al. (2020)
Gloeophyllum trabeum
Postia placenta, Podridões parda e
Eucalyptus spp. Tinti et al. (2018)
Trametes versicolor branca
Dendrocalamus asper e bagaço Gloeophyllum trabeum, Postia placen- Podridões parda e
Brito (2018)
de cana-de-açucar ta, Trametes versicolor branca

Engenharia Florestal: Desafios, Limites e Potencialidade 365


Além da qualidade da matéria-prima, do tipo de adesivo, dos parâmetros do processo
produtivo e possíveis aditivos químicos estão entre os principais artifícios citados nas pes-
quisas realizadas, com o intuito de melhorar a vida útil dos painéis em serviço.

TÉRMITAS QUE ATACAM PAINÉIS RECONSTITUÍDOS DE MATERIAIS


LIGNOCELULÓSICOS

As térmitas são insetos conhecidos pelo hábito de se alimentarem preferencialmente


de celulose, atacando por esta razão papéis, livros, estruturas de madeira, painéis compen-
sados e aglomerados. Dentre as térmitas que degradam painéis, as mais estudadas são as
térmitas de madeira seca (Cryptotermes brevis), as de solo ou arborícolas (Nasutitermes
corniger), e as subterrâneas (Coptotermes gestroi e o C. formosus).
O ataque de térmitas de madeira seca se restringe à peça em que a colônia está insta-
lada. No entanto, em uma mesma peça atacada, dependendo das suas dimensões, podem
coexistir várias colônias. Esta classe de térmitas podem infestar madeiras de diferentes
densidades, desde elementos construtivos à móveis de interiores. A espécie Cryptotermes
brevis (Figura 2) é a mais comum e destrutiva, com ocorrência em várias regiões brasileiras.

Figura 2. Imagem de térmita da espécie Cryptotermes brevis.

Estes insetos conseguem sobreviver em condições de umidade limitada (10 – 12%),


como citado por Gonçalves e Oliveira (2006), Lepage et al. (2017) e Maistrello (2018). Por
serem capazes de retirarem do material, o máximo de umidade, comprovado nas fezes dos
mesmos, as quais são formadas por pequenos grumos fecais secos, comprimidas durante
o processo de excreção, a fim de não perder água no processo de eliminação de impurezas
orgânicas. Estes grumos, por sinal, apresentam variação de cor, que depende da madeira
que está sendo consumida, tendo uma extremidade arredondada e uma cônica. Além dessa

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estratégia, eles possuem um maior revestimento de quitina, que lhes permite menor perda
de umidade para o ambiente.
Dentre as espécies de solo ou arborícolas, aquelas do gênero Nasutitermes apresentam
maior dominância e distribuição na Região Neotropical (Santos, 2016), com a maior diver-
sidade, que de acordo com Constantino (2016), atinge a aproximadamente 260 espécies.
A espécie Nasutitermes corniger (Figura 3) constrói seus ninhos fixados acima do
solo, geralmente em galhos, tronco de árvores, moirões de cercas e telhados. Os ninhos
apresentam uma coloração marrom escura, tendendo ao preto, e apresentam na superfície
pequenas saliências para entrada dos insetos (Thorne, 1980). É uma espécie de cupim en-
dêmica aos neotrópicos e, segundo He et al. (2013), alimentam-se de madeira seca, úmida
ou parcialmente decomposta e produtos manufaturado.

Figura 3. Imagem de térmita da espécie Nasutitermes corniger.

A térmita Coptotermes gestroi (Figura 4) é originária do Continente Asiático e se ali-


menta de madeira produtos derivados e painéis reconstituídos, além de tecido de algodão.
Fazem, também orifícios em materiais como borracha, plástico e isopor na busca por alimen-
tos. Eles também atacam árvores vivas, consumindo o cerne deteriorado, que enfraquece
as árvores, causando sua queda durante ventos fortes. Suas colônias são construídas,
exclusivamente no subsolo e, infestam edifícios através de rachaduras, juntas de expansão
e conduteis elétricos. Às vezes, formam galerias de forrageamento na superfície do solo e
partes externas das construções, é a espécie de cupim mais encontrada em áreas urbani-
zadas (Sornnuwat et al., 1996).

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Figura 4. Imagem de térmita da espécie Coptotermes gestroi.

Fonte: https://alchetron.com/Coptotermes-gestroi.

Além da espécie Coptotermes gestroi, há também a C. formosus, originário da Ilha de


Formosa, que muitas vezes são confundidas, por terem aparências e hábitos semelhantes.
Além destas, são também pesquisadas, as térmitas do gênero Heterotermes, que são pragas
em culturas de cana-de-açúcar, consumindo também madeira e seus derivados.

ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE PAINÉIS RECONSTITUÍDOS A FUNGOS


XILÓFAGOS

Para avaliar a resistência à deterioração da madeira e painéis reconstituídos, por fungos


xilófagos, utilizam-se os procedimentos especificados pela American Society for Testing and
Materials - ASTM D - 1413 (2008), ASTM D2017 (2008) ou pela American Wood Protection
Association - AWPA E10 (2016). Para a realização do teste, amostras de dimensões 2,54 ×
2,54 cm (largura × comprimento) × 1,27 cm (espessura do painel, que pode variar), deverão
ser submetidas a fungos causadores das podridões branca e parda. Para que o ensaio seja
representativo, o número de repetições não deve ser inferior a três por painel.
As amostras devem ser secas em estufa a (50 - 60 ± 2°C) até atingirem massa cons-
tante. Os fungos podem ser aqueles disponíveis no laboratório, no entanto, sugere-se que
os fungos xilófagos, Neolentinus lepideus, Gloeopyllum trabeum, Postia placenta, Trametes
versicolor, Polyporus fumosus ou Pycnoporus sanguineus sejam utilizados, por serem os
mais empregados em trabalhos de pesquisa. E assim, permitir a comparação entre os
resultados. É importante também que eles sejam provenientes de fontes idôneas, sendo
necessário citar o número de registro dos mesmos nos respectivos laboratórios ou institui-
ções de pesquisa.
Para a instalação do experimento deverá ser utilizado solo, isento de matéria orgânica
(horizonte B), com pH e capacidade de retenção de água, com discriminado pelas normas
citadas. Depois de coletado, deve ser seco ao ar livre e peneirado (malha de 3 × 3 mm),

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para facilitar a acomodação do mesmo no interior dos frascos de teste. Os frascos para o
desenvolvimento dos fungos a serem testados devem ser de vidro transparente, cilíndricos
ou quadrados, de boca larga, tampa rosqueável de metal e capacidade de 225 - 250 mL
(uma amostra por frasco) ou de 450 - 600 mL (duas amostras por frasco).
Aos frascos contendo o solo (≈ metade do volume) devem adicionados um ou dois
alimentadores (madeira de reconhecida baixa resistência aos fungos), ser umedecidos, con-
forme especificado pela norma utilizada e autoclavados a 121 ± 2 °C por 30 minutos, com o
intuito de criar um ambiente propício para o desenvolvimento dos fungos a serem testados.
Depois do resfriamento dos frascos, os fungos já cultivados em placas de Petri, contendo meio
de cultura (malte-ágar), serão inoculados nos alimentadores. Permanecendo em ambiente
controlado (25 ± 2°C e 65 ± 5% de umidade relativa) até seu completo desenvolvimento no
alimentador e, início da colonização no solo. Posteriormente serão colocados em contato
com os corpos de prova dos painéis a serem testados (Figura 5).

Figura 5. Ilustração do experimento com os corpos de prova no interior dos frascos (A), e amostras limpas (B).

Fonte: Os autores.

A manipulação dos fungos e dos frascos esterilizados deverá ser realizada em ambiente
asséptico (câmara de fluxo laminar). O ensaio deve ser mantido em sala climatizada (25 ±
2°C e 65 ± 5% de umidade relativa), até que amostras controle, produzidas com madeira de
baixa resistência natural, tenha uma perda de massa ≥ 60%. Depois de decorrido tal período
(geralmente 12 – 16 semanas), as amostras devem ser limpas (Figura 5B), com escova de
cerdas macias, para a remoção das hifas dos fungos aderidas as mesmas. Tal operação
deve ser cuidadosa, para evitar a emoção de partículas dos painéis, e secas sob as mesmas
condições anteriores, (50 - 60 ± 2 ºC), novamente pesadas e a perda de massa calculada
e avaliada de acordo com a ASTM D - 2017 (2008) (Tabela 1).

Engenharia Florestal: Desafios, Limites e Potencialidade 369


Tabela 1. Classificação da perda de massa em ensaio de resistência a fungos xilófagos.

Perda de Massa (%) Massa Residual (%) Classe de Resistência

0-10 76-89 Altamente resistente

11-24 90-100 Resistente

25-44 56-75 Moderadamente resistente

≥45 ≤55 Não resistente

Fonte: ASTM D-2017 (2008).

ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DE PAINÉIS RECONSTITUÍDOS A TÉRMITAS


XILÓFAGAS

Ensaio de resistência com térmitas de madeira seca

O ensaio de resistência com térmitas de madeira seca (Cryptotermes brevis), pode ser
realizado conforme o método descrito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo – IPT (1980) ou como o descrito por Maistrello (2018). No caso do IPT (1980),
as amostras devem ter dimensões de 2,3 × 6,0 cm (largura × comprimento) × 1,27 cm (es-
pessura do painel, que pode variar). As amostras devem ser secas em estufa a (50 - 60
± 2°C) até atingirem massa constante e unidas aos pares com fita adesiva, formando um
conjunto. Na posição central do conjunto, deve ser fixado, com parafina ou adesivo inodoro,
um recipiente de vidro ou de policloreto de vinila – PVC, com 3,5 cm de diâmetro interno e
4,0 cm de altura. Em seu interior são dispostas 40 térmitas, na razão de 39 operários para
um soldado, sendo estes jovens (sem indícios de asas) e aparentemente saudáveis.
O conjunto de amostras e as térmitas (Figura 6) deverão ser mantidos em placas de
Petri (para evitar a fuga dos insetos) e protegido com tecido tipo filó (evitar a ação de pre-
dadores) e disposto em condições de laboratório (25 ± 2 ºC e 65 ± 5% de umidade relati-
va). O ensaio deve ser monitorado diariamente e, depois de decorridos 45 dias, registrar a
mortalidade das térmitas, a perda de massa ocorrida (ASTM D-2017, 2008), a classificação
de desgaste, por meio da nota média, atribuída por cinco avaliadores (Tabela 2) e a quan-
tidade de orifícios produzidos pelas térmitas nas amostras. É necessário ainda a utilização
de amostras da madeira de pinus (ou araucária) (sem vestígio de produto químico), como
tratamento controle, submetidas às mesmas condições.

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Figura 6. Ilustração do ensaio com térmitas de madeira seca no interior do recipiente disposto sobre o conjunto de
amostras.

Fonte: Modificado de Pinto (2020).

Tabela 2. Classificação de desgaste em corpos de prova no ensaio de resistência a térmitas de madeira seca.

Nota Classificação visual do desgaste

0 Nenhum desgaste

1 Desgaste superficial

2 Desgaste moderado

3 Desgaste acentuado

4 Desgaste profundo (semelhante ao controle)

Fonte: IPT (1980).

Ensaio de resistência com térmitas subterrâneas (alimentação forçada)

Este ensaio deve ser montado em frascos de vidro transparente, cilíndricos ou quadra-
dos, de boca larga, tampa rosqueável de metal e capacidade de 450 - 600 mL, preenchidos
com 200 g de areia, peneirada (malha de 3 × 3 mm), lavada (três vezes, para remoção de
matéria orgânica), seca ao ar e esterilizada (130 °C por 24 horas), com a umidade corrigida
para 70 - 75% da capacidade de retenção de água, como preconizado por Paes (1997),
Brocco, 2019 e Brocco et al. (2020) e, seguir os demais procedimentos descritos na ASTM D -
3345 (2008) ou AWPA E1 (2016). Em cada frasco devem ser adicionados uma amostra, com
dimensões de 2,54 × 2,54 cm (largura × comprimento) × 1,27 cm (espessura do painel, que
pode variar) e 1 ± 0,05 g de térmitas (ASTM D – 3345, 2008) ou 400 indivíduos (AWPA E1,
2016), que no caso de N. corniger, representam ≈ 1,48 g (Brocco, 2019).
As amostras de térmitas devem ser compostas por operários e soldados na proporção
existente na colônia, porém a proporção de operários de ser de ≈ 90%. Após a adição dos
cupins, os frascos devem ser levemente tampados para evitar a fuga e permitir a circulação
de ar. O ensaio deve permanecer em ambiente climatizado (25 ± 2 ºC e 65 ± 5 % de umi-
dade relativa), por 28 dias. É necessário, para se avaliar o vigor e a atividade das térmitas,
conforme indicado pelas normas, montar frascos controle (cinco repetições), preparados

Engenharia Florestal: Desafios, Limites e Potencialidade 371


de forma idêntica, porém contendo apenas os cupins, e outros contendo apenas areia úmi-
da. O ensaio deve ser monitorado diariamente para verificar a atividade das térmitas, a
presença de túneis na areia, e controlar a umidade, que deve ser corrigida, sempre que a
areia perder 10% da massa úmida inicial.
A resistência biológica dos painéis pode ser avaliada pela classificação de desgaste
(nota) provocado pelas térmitas (média obtida de forma similar ao de madeira seca) e da
mortalidade (Tabelas 3 e 4). Além da perda de massa das amostras (ASTM D-2017, 2008)
e do número de dias para morte das térmitas em cada frasco (Paes, 1997). Antes das ava-
liações as amostras devem ser limpas com escova de cerdas macias, para a remoção de
partículas de areia e rejeitos das térmitas contidas nas mesmas.

Tabela 3. Classificação do desgaste da amostra e da mortalidade das térmitas no ensaio de alimentação forçada.

Nota Classificação visual do desgaste

10 Sadio, com escarificações superficiais

9 Ataque superficial

7 Ataque moderado, havendo penetrações

4 Ataque intenso

0 Falha, havendo ruptura das amostras

(%) Mortalidade

0 – 33 Baixa

34 – 66 Moderada

67 – 99 Alta

100 Total
Fonte: Adaptado de ASTM D-3345 (2008) por Paes et al. (2007).

Tabela 4. Classificação do desgaste da amostra causada pelas térmitas no ensaio de alimentação forçada.

Nota Classificação visual do desgaste

10 Sadio

9,5 Traços de escarificações superficiais permitidas

9 Ataque leve, até 3% da área da seção transversal (AST) afetada

8 Ataque moderado, 3-10% da AST afetada

7 Ataque moderado a severo, penetração de 10-30% da AST afetada

6 Ataque severo, 30-50% da AST afetada.

4 Ataque muito severo, 50-75% da AST afetada

0 Falha, havendo ruptura das amostras


Fonte: Adaptado de AWPA E1 (2016) por Brocco (2019).

Ensaio de resistência com térmitas subterrâneas (preferência alimentar)

Este ensaio não é padronizado por normas técnicas, porém vem sendo realizado,
desenvolvido e aperfeiçoado por alguns pesquisadores e instituições de pesquisa (Paes

372 Engenharia Florestal: Desafios, Limites e Potencialidade


et al., 2001; 2007b; Melo et al., 2010ab; Paes et al., 2011; Gonçalves et al., 2014; Paes
et al., 2015; 2016; Lopes et al., 2017; Brocco, 2019; Brocco et al., 2020). Para a realização
do ensaio, a amostras, com dimensões de 2,54 × 10,54 cm (largura × comprimento) × 1,27
cm (espessura do painel, que pode variar), devem ser dispostos em um reservatório de
250 – 500 litros (polietileno ou fibrocimento), distante do contato com o substrato areia (≈
10 cm de altura, devidamente lavada, peneirada e seca ao ar, conforme ensaio anterior), e
disposta sobre blocos cerâmicos, apoiados em bandeja plástica, contendo água, para evitar
fuga dos insetos (Figura 7). A areia de ser constantemente umedecida, conforme descrito
por Brocco (2019).

Figura 7. Disposição das amostras sobre grelha plástica (A), detalhe do interior do reservatório de fibrocimento para
receber a colônia de térmitas (B), e disposição da colônia no reservatório (C). Fonte: Gonçalves et al. (2014).

As amostras devem ser secas em estufa (50 – 60 ±2°C), até atingirem massa cons-
tante, e ficarem em contato com as térmitas, em ambiente climatizado (25 ± 2 °C e 65 ± 5%
de umidade relativa) por um período de 45 dias. Decorrido o tempo do ensaio, as amostras
devem ser limpas (conforme item anterior), secas sob as condições citadas e avaliadas a
resistência dos painéis, com base na perda de massa (ASTM D-2017, 2008) e do desgaste
provocado nas amostras pelas térmitas (ASTM D-3345, 2008 ou AWPA E1, 2016), Tabelas
3 e 4. Também pode-se utilizar o sistema de classificação sugerido por Abreu e Silva (2000).

Outros ensaios com térmitas xilófagos

Além dos ensaios descritos, dependendo do interesse da pesquisa, há outros reali-


zados em ambientes de laboratório e naturais (campo), tanto com térmitas subterrâneos
como de madeira seca. Alguns deles, como os descritos por Janei (2013), visam estudar
a dinâmica comportamental em colônias de Coptotermes gestroi, incluindo a transferência
e o deslocamento da casta reprodutora, além do transporte de larvas e ovos, para outras
fontes alimentares. Ou a estratégia de forrageamento e ataque de térmitas (Coptotermes
acinaciformis), descrito por Oberst et al. (2018).
Com a térmita C. gestroi, há também estudos com a ação em painéis aglomerados,
em que a colônia foi mantida em ambiente natural e os insetos saiam para forragear as

Engenharia Florestal: Desafios, Limites e Potencialidade 373


amostras mantidas em ambiente previamente preparado (Silva et al., 2010). Uma metodo-
logia simples, uma vez que os indivíduos presentes na colônia buscam atacar o material de
forma seletiva e de interesse.
Há alguns trabalhos em nível de campo, em que as amostras são dispostas ou não em
contato direto com o solo (Ribeiro et al., 2014). Em outros, como descrito por Batista et al.
(2020), as amostras são inseridas diretamente na colônia. Há também aqueles que mostram
o comportamento dos insetos frente a oferta de alimento e o efeito de constituintes químicos
da madeira em Cryptotermes brevis, com descritos por Cosme Junior et al. (2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante destacar que os dados, em porcentagem de perda de massa e de mortali-


dade de térmitas, bem como aqueles de desgaste (nota), número de orifícios e de dias para
a morte dos cupins, devem ser transformados, como sugerido por Steel e Torrie (1980). Além
disso, testes de mortalidade dos dados e de homogeneidade de variâncias também devem
ser realizados, a fim de atender aos pressupostos da análise de variância. Quando nenhuma
das transformações sugeridas for viável, deve-se empregar análise não paramétrica.
Para os ensaios, principalmente envolvendo fungos, em que os corpos de prova são
bastante manipulados, deve-se montar uma série de amostras para a perda de massa
operacional. Estas devem ser submetidas às mesmas condições de ensaio, porém sem a
presença dos organismos xilófagos. Os valores obtidos pelas mesmas, devem ser descon-
tados da perda de massa das amostras submetidas aos organismos, a fim de corrigi-las e,
não superestimar os danos causados.
Outra observação importante está relacionada ao uso de produtos químicos para o
tratamento dos painéis ou das partículas. Neste caso, como as substâncias são diluídas em
solventes orgânicos, é necessário também verificar o efeito dos solventes, nas atividades
dos agentes xilófagos e corrigir os valores obtidos.
Assim, o desenvolvimento de pesquisa associadas a painéis reconstituídos de materiais
lignocelulósicos, sobretudo para os casos em que serão expostos ao ataque de organismos
xilófagos, são importantes. No entanto, são relativamente escassos. As existentes associam
a resistência a extrativos, adesivos, diferentes materiais celulósicos. Aquelas associadas
ao desenvolvimento de novas metodologias, envolvendo produtos processos são também
necessárias. Espera-se que este capítulo possa estimular o desenvolvimento de novos tra-
balhos nesta área, possibilitando assim, o crescimento e o amadurecido da pesquisa, com
novas ideias e possibilidades.

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REFERÊNCIAS
1. Abreu, R.L.S.; Silva, K.E.S. Resistência natural de dez espécies madeireiras da Amazônia ao
ataque de N. macrocephalus (Silvestri) e N. surinamensis (Holmgren) (Isoptera:Termitidae).
Revista Árvore, v. 24, n.2, p. 229-234, 2000.

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