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—Aff!
Ergo-me, na verdade o nome do Douglas
não é Douglas, é Raj Kamadeva Shankar, mas
quando ele começou a trabalhar para o papai, papai
achou adequado mudar o nome dele para ficar mais
fácil, nasci e cresci ouvindo-o chamar de Douglas,
então o chamo por esse nome, só quando eu estou
muito puta é que eu o chamo de Raj.
Tiro minha máscara de dormir e me sento
na cama fazendo uma careta, um dos maiores
benefícios de se ter dinheiro é o fato de que muitas
vezes se tem bastante conforto, mas sua
privacidade pessoal é literalmente uma merda.
—Não posso dormir Douglas? — pergunto
chateada.
—Já acordou azeda assim tão cedo? —
responde ele em contra resposta. — Seu pai disse
que é para ligar para ele.
—Vou ver na minha agenda. — respondo
mal humorada.
É só que depois de ontem, foi como se uma
avalanche de decepção me tomasse, não sou mais
uma criança, claro, eu tenho 29 anos, mas
realmente acho que mais por uma questão moral,
me senti totalmente arrasada com o que vi ontem
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naquele puteiro.
Acho que deveria seguir mais os conselhos
do Douglas em não seguir o papai, ele foi uma das
pessoas que mais me disse para não fazer aquilo,
ainda sim eu teimei, mas bem, ao menos agora eu
sei que papai além de um grande mentiroso de
merda é um pornográfico psicopata que gosta de
sadomasoquismo e sexo ao vivo.
Ou mais ou menos isso.
Nunca pensei que ele fosse desse tipo de
homem, ok, ele tem dinheiro, ok é jovem, ok ele
também é bonito e blá blá blá, só que como eu
poderia imaginar que além de estar namorando — o
que não é nenhuma novidade — ele estaria em uma
casa de swing vendo outros caras transando com
uma mulher?
Eu acho que meus olhos nunca mais serão
os mesmos.
—O que viu naquela festa não te agradou
querida?
O Douglas está tomando um chá numa
daquelas xícaras que a mamãe deixou para trás
antes de ir embora, um conjunto inglês que ela
ganhou de presente de casamento de um marquês
ou coisa assim, eu já quebrei uma xícara desse
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obrigada a nada.
Papai que se prepare.
Desço a escada rumo à sala, temos uma
cozinheira, duas funcionárias que limpam a casa,
um cara que limpa a piscina, um jardineiro, uma
portaria com vários seguranças e meu digníssimo e
amado guardião, quando paro para pensar que
cresci nessa casa nem acredito, costumo mais ficar
aqui do que no meu apartamento, se é que posso
chamar de meu, papai me deu na época da
faculdade, mas nunca durmo lá só.
Será que ele tinha medo de que eu viesse
para cá e pegasse ele numa suruba braba com
aquela sirigaita?
Olho para o rumo do sofá e faço uma careta
só de imaginar, me arrepio dos pés a cabeça.
Argh, nojo!
Visualizo a poltrona já imaginando a cena,
roupas de couro, várias mulheres, papai e mais um
bocado de empresários sedentos por sexo fácil,
aquela vaca sentada no colo dele alisando-o, olho
para lareira e para todos os atiçadores de ferro que
ele sempre deixa ali, só que ao ver uma figura alta
de costas para mim, minha imaginação é barrada e
travo.
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entro na cozinha.
—Sim — digo e me sento à mesa. — Por
favor, senhor Collins, fique a vontade.
—Obrigado — ele diz e se senta na cadeira
que fica de frente para a minha. — Então, o que
você foi fazer na festa de Sierra?
—Aprecio sua forma direta senhor Collins,
mas já disse que não estive em festa alguma. —
replico.
—Esteve, não esqueceria esses olhos por
nada no mundo — ele retruca convicto. — Nem os
lábios.
—Sério? — pergunto constrangida. —
Douglas, este senhor insiste que eu estive em uma
festa ontem à noite, poderia dizer para ele onde eu
estava?
—Ah, mas é claro senhorita — Douglas
está colocando a mesa com as louças do dia a dia
enquanto Clarissa e Eunice estão preparando o
café. — Ela estava dormindo.
—Mas que mentira — argumenta Collins e
abre um sorriso pequeno, percebo a cicatriz no
canto de seu lábio posterior — Porque eu vi o
momento exato em que você — ele aponta para
Douglas. — Abriu a porta de um carro de vidros
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—É cafetão?
Douglas pigarreia, mas não dou à mínima.
—Por quê? Quer ser gerenciada por mim?
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pegaram.
—Entendi — os olhos dele parecem
zombeteiros. — Não gostou do que viu menininha?
—Douglas, diz para ele que eu não sou uma
menininha—peço e começo a comer.
—Ela não é menininha—Douglas fala e
sinto vontade de rir. — Inclusive hoje ela está
completando 29 aninhos!
Reviro os olhos.
—29?—Zeus questiona. — Poxa, pensei
que tinha uns 18 no máximo.
—É a cara de criança, não ajuda — reclamo
e bebo um pouco do café. —, mas é sério que seu
nome é mesmo Zeus?
—É, é sério. — ele coça o queixo.
—Legal. — digo.
A última coisa da qual pensaria é que esse
homem estava perseguindo alguém naquele puteiro
para fechar negócios, não poderia esperar a pessoa
para um dia formal na empresa?
—Seu pai era o meu cliente em potencial,
só para esclarecer, mas ele não quis me ouvir.
—É, com aquelas tetas se esfregando na
cara dele, duvido que ele fosse te ouvir.
—Senhorita estes não são modos. —
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Douglas repreende.
—Me desculpe senhor Collins, me deixe
corrigir o que eu disse, possivelmente com aqueles
seios em meio às faces dele obstruindo suas vias
aéreas e audição, duvido que ele tenha tido a
chance de ouvi-lo.
Zeus começa a sorrir, Douglas nega com a
cabeça e se senta na outra ponta da mesa pegando
um jornal.
—Sua empresa é de que senhor Collins?
—Marketing e propaganda, mas
trabalhamos em muitas áreas de assessoria, e você?
—Eu sou formada em vários nadas, não
tenho empresa nenhuma e meu pai me sustenta...
—Ela tem formações em literatura, letras,
música e dança — Douglas me interrompe e folheia
o jornal atento ao que lê. — E fala 3 línguas, é
embaixadora da ONU em países da África.
Não tenho orgulho de ter nascido rica e ter
tido mais oportunidades na vida do que as outras
pessoas, em nenhum sentido, mas tive uma
excelente educação.
—Então eu beijei uma professora. — Zeus
comenta baixinho.
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—Olá Isis.
—Oi senhor Mikokonos.
Ele sorri, um daqueles sorrisos que me
lembram os caras do ocidente, sorrisos bem
diferentes dos sorrisos que a maioria dos homens
que já conheci em toda a minha vida me dão.
—É Kokinos. — ele corrige.
—Ah, me desculpe — falo e fico vermelha
feito um tomate. — O Douglas já te serviu um
café? Aceita um chá?
—Não, obrigado, ele disse que hoje é o seu
aniversário, te trouxe um presente — Zeus enfia a
mão no bolso de trás e retira de lá uma caixinha
quadrada. —Para a garota mais rebelde que já
conheci em toda a minha vida.
—Não precisava. — digo de imediato.
—Vamos, aceite.
Se não aceitar será pouco educado, então
pego a caixinha de veludo preta e me sento no sofá,
Zeus se aproxima depois se senta ao meu lado, mas
mantém certa distância, confesso que assim que
seguro a caixinha entre as mãos, fico curiosa.
—O que é?—pergunto.
—Abra.
Abro a caixinha não resistindo à
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jantar.
—Não irá nos acompanhar? — pergunto
confusa.
—Ainda preciso terminar de confeitar o
bolo, esse ano eu mesmo fiz—Douglas fala todo
entusiasmado. — Bom apetite.
Ele então sai rumo à cozinha, as duas
fofoqueiras saem conversando baixinho, suspiro e
pego o quebrador de lagosta.
—Parece delicioso. — Zeus comenta
enquanto coloca o guardanapo de tecido sob as
pernas.
—Pode apostar que sim — abro o meu e
coloco sob as pernas também, mas antes que
comece a comer, prendo os cabelos.
—Você é ruiva natural?—questiona.
—Assim, ruiva, ruiva eu não sou, mas sim,
essa é a cor do meu cabelo.
—Seu pai não vai nos acompanhar no
jantar?
—Meu pai não me acompanha na vida a um
bom tempo Zeus.
Pego o quebrador de lagosta e começo a
abrir a minha, Zeus vira o prato e começa pela
massa.
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—Parece encabulada.
Claro, você sorrindo assim para mim.
—Não estou, é impressão sua.
—Espero que seja mesmo, pessoas adultas
não se importam com esse tipo de coisa.
—Pois é.
Eu também não me importo.
Não mesmo.
Será que não?
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fita.
—Eu me alimento muito bem, mas a
genética não ajuda muito a desenvolver, meu
metabolismo é muito rápido — respondo. — Você
é tão educado para comer que eu fiquei agoniada
em te ver quebrando a lagosta.
—Minha mãe me mataria se me visse me
comportando mal na presença de outras pessoas —
ele diz baixinho. — Eu malho quando tenho tempo.
—O único peso que eu pego é o do garfo
para comer e o do controle da tv.
—Você é tão diferente do que eu pensei que
fosse. — Zeus diz estreitando os olhos.
—É mesmo? E o que pensou?
—Se eu dissesse você ficaria brava comigo.
—Eu odeio te decepcionar, mas não
costumo ficar brava com tanta frequência.
—Achei que fosse uma garota mimada.
Bem não é decepcionante, mas não é legal.
Eu sempre soube que a maioria das pessoas
que me cercaram a vida inteira tiveram essa
sensação ao meu respeito, é só uma pena que eu
nunca tenha tido tempo de mostrar para elas quem
eu sou de verdade, porque eu nunca consegui me
relacionar com ninguém verdadeiramente.
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Meu Deus!
—Está me convidando...
—Se você ficar pensando demais, não vai
conseguir ir, tem que me responder e vir comigo
agora Isis.
—E se você for um molestador?
—Tenho cara de molestador?
—Bem, não.
—Então?
—Porque o convite?
—Porque não? Você tem 29 anos, pode ir
para onde quiser.
Possivelmente papai me acharia, me
arrastaria pelos cabelos devolta para casa, mas
papai também deixou de ficar comigo não por
negócios e sim por uma vadia e uma suruba então...
—Está bem — levanto. — Ru vou pegar
meu passaporte e uma mochila com algumas
coisas.
—Estarei esperando no meu carro.
—Eu posso levar o Douglas?
—Claro que pode.
—Está bem, estarei pronta em meia hora.
Tento sorrir e me afasto sentindo-me
incerta, nada pronta, mas bem, se papai pode ter as
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—Acordou?
—Acho que sim.
Ainda sonolenta me ergo, sentado ao meu
lado na cama está Zeus, usa uma calça de malha e
uma camisa meio velha, está com os cabelos
úmidos, acho que inclusive tomou banho, papai tem
um avião maior que esse, mas acredito que tenha as
mesmas acomodações, não fui ao banheiro, eu só
queria dormir e dormir, porque estava exausta.
Sento-me e esfrego as faces tentando realmente
ficar acordada, é difícil, ainda mais porque estou
bem acostumada a dormir cedo.
—Não queria te acordar assim — Zeus
afirma calmamente. — Quero te fazer uma
pergunta, mas não sei como.
—O que é?
—inda teremos mais 10 horas de viagem e
eu estou realmente cansado, posso me deitar na
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cama?
—h, sim, claro me desculpe — começo a
puxar os cobertores. — Podemos revezar, sinto
muito eu dormi demais né?
—Não — Zeus segura a minha mão. —Hei,
calma, pode ficar também, é que eu achei meio
inadequado não te perguntar primeiro, se quiser
pode continuar ai.
—Ah! — exclamo. — Por mim tudo bem.
Não vejo mal nisso.
Ele solta a minha mão, puxo os cobertores
de volta e me deito me esticando para a ponta da
cama, realmente não esperava por isso, mas bem,
ao menos ele teve a decência de pedir e também,
não é nada demais.
O colchão desce e sobe quando ele se deita,
é um homem grande, alto, acho que deve ter seus
1,87 de altura, a cama é king e é bem espaçosa, mas
receio incomodar, estava muito exausta para
pensar, agora já bem acordada me deparo com essa
situação, que é constrangedora, porém muito banal.
—Faz bastante frio aqui. — escuto ele
falando.
—Sim, fizemos alguma parada?—
questiono.
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incomuns.
—Amigos de Suruba você quer dizer.
—Você é tão mente fechada!
—Ata, quer dizer assim, eu vejo meu pai
numa suruba e tenho que achar isso legal porque se
eu não achar legal eu estarei sendo preconceituosa,
é isso?
Ele fica calado, não tem resposta, me irrita
muito isso.
—Você sabe quem realmente sofre
preconceito Zeus? Pessoas negras, moradores de
rua, travestis, homossexuais, lésbicas, pessoas
obesas, deficientes, o ranço que eu estou sentindo
por você e papai agora não é preconceito, é ranço
mesmo.
—Eu já disse que sinto muito.
—Eu nem sei por que você foi atrás de
mim, estava usando uma máscara, eu nem sei quem
você é de verdade — retruco. — O que queria? Se
divertir as minhas custas?
—Não — ele responde. — Me interessei
por você.
—Ah tá — bebo um pouco mais de café. —
Que mais? Não quer trazer algum casal ou sei lá
para essa cama para começarmos uma suruba?
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que eu sou.
—Eu não penso nada — retruco. — Não
tenho o que pensar porque você e eu somos só um
erro de percurso.
—Isis, olha...
—Ai tudo bem que você é gay Zeus, eu
entendo que você gosta de poliamor, o que mais
quer me dizer? Pelo amor de Deus, eu não aguento
mais esse assunto! — corto.
—Eu não sou gay, eu sou bi...
—Tá, tá, tanto faz, da na mesma —
interrompo de novo. — Eu não quero me desgastar
com esse assunto ok? Já entendi, quero aproveitar
esse tempo para descansar e esquecer os problemas,
ok?
—Tenho um jantar importante com algumas
pessoas hoje à noite, você quer vir comigo?
—Melhor não — respondo. — Fique a
vontade para realizar seus negócios, eu não vou
atrapalhar em nada, faz de conta que foi uma
carona que você deu até aqui.
—Isis! — exclama e percebo sua ponta de
irritação. — Você está sendo infantil de novo.
—Eu não quero ir mesmo — aviso. — Pode
ir, eu vou ficar bem e também eu quero descansar
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um pouco.
Ele suspira, estende a mão na minha
direção, me ergo e levanto, me afasto.
—Vou para o meu quarto, bom jantar e
bons negócios.
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conheça primeiro.
—Uma chance?—repito arqueando as
sobrancelhas.
—É — ele diz. —Porque não?
—Porque não?—repito novamente me
sentindo nervosa.
—Não precisa ter medo.
Ele estende a mão e segura a minha, não me
movo, Zeus me olha de perto, fico imóvel, se quer
consigo respirar direito.
—Escuta, que tal você esquecer toda a
merda que eu te disse e me deixar chegar mais
perto de você?
—Bem. — digo baixinho depois não sei o
que dizer.
—O que? — ele aperta a minha mão. —
Você sabe que eu te quero Isis, por isso te trouxe
aqui.
—Para transar? Meu Deus! — arregalo os
olhos horrorizada.
Os lábios dele se abrem em um sorriso
franco e bem-humorado, Zeus vai ficando vermelho
demais de repente.
—Você não filtra o que diz não menininha?
—Eu filtro, mas é que eu estou impactada.
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— confesso chocada.
—Gosto de você, da sua essência, você é
verdadeira.
—Zeus você gosta mais de mulheres ou de
homens?
—Eu não costumo gostar de ninguém pelo
gênero, eu apenas gosto das pessoas e pronto, mas
me atraio mais por mulheres.
Sinto-me curiosa, acho que depois de tudo o
que ele me disse, eu realmente quero saber mais e
está sendo à primeira vez que falamos disso e não
fico brava.
—Você sai com homens com frequência?
—Não.
—Então com que frequência namora um
cara?
—Eu não namoro caras Isis, eu divido a
cama com eles e as mulheres deles.
—Então não entendi nada, você não disse
que é bissexual?
—Bem, eu me considero.
—Mas não sai com homens?
—Não, eu saio com casais.
—Ah, mas e... Quando... Hum...
—Não!—determina ele estreitando os olhos
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tal.
Ele ri, contrariado, mas ri.
—É que bem, não é tão simples explicar —
Zeus coça o queixo. — Como posso de dizer isso
sem que fale nenhum palavrão e a ofenda?
—Hei, eu sei falar palavrão — replico. —
Coisas do tipo “mas que grande merda”, “foda-se
você seu maldito”.
Zeus continua a rir, me esgueiro na cama e
vou para trás me esticando, me encosto nos
travesseiros, ele se estica do meu lado e fica
sentado também me olhando ainda com esse sorriso
que me faz sentir o coração vindo a garganta.
—Não tive muitas oportunidades na vida de
conhecer homens, meu pai me criou para ceder às
vontades de um homem, ele é meio machista sabe?
—pergunto ao concluir algumas coisas. — Eu não
sei me expressar bem porque nunca tive amigos, só
o Douglas, você viu o quão animados são meus
aniversários, por mais mimada que eu pareça, eu
sempre tento ser o melhor que posso para que meus
pais me admirem e me vejam com um pouco mais
de respeito, mas isso não acontece, porque mamãe
foi embora e papai me trata como se eu fosse uma
coisa, então sim Zeus, eu sou virgem, isso para
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falar.
—Sua sapeca. — ele me aperta e suas mãos
estão descendo para as minhas nádegas.
Ele aperta e meu corpo sobe, deixo seus
lábios e o fito.
—Podemos esperar um pouco mais? —
pergunto incerta. — Eu não sei se estou pronta para
isso.
—Claro que podemos, é que eu sou um cara
bem tranquilo nesse sentido, gosto de ter liberdade
na cama com quem quer que seja.
—É que você falou a pouco sobre aquela
coisa.
—Sobre te chupar?
—Zeus! — exclamo e o calor sobe as faces,
ele começa a rir. — Não têm graça!
—ah, mas eu quero mesmo — retruca. —,
mas eu posso esperar o seu tempo menininha.
—acho que se meu pai nos visse assim,
mataria você.
—Você tem 29 anos Isis, tem que viver a
sua vida, se livrar desse conservadorismo no qual
seus pais te enfiaram.
—Sim, você tem razão.
Muita razão neste sentido, até porque papai
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—Adoro.
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desafivela o cinto.
—Eu nunca fiquei nua na frente de ninguém
— confesso juntando as mãos. — Seria estranho.
—Porque seria estranho? — suas
sobrancelhas se erguem.
—Bem, não sei. — meus ombros sobem e
descem e não consigo parar de olhar para ele.
—Você já usou biquíni alguma vez na vida?
—indaga.
—Uso, mas só em casa, quando papai está
por perto uso maiô e um short, só quando ele viaja
que eu nado de biquíni, mas não vou à piscina
regularmente.
—Entendo — ele segura os lados da calça e
a puxa para baixo, tapo os olhos com as mãos. —
Senhor, Isis! Você nunca viu um homem nu?
—Não assim, só em aulas de anatomia —
confesso apertando os olhos. —É melhor eu ir para
o quarto.
—Eu prometo que não vou tentar nada que
você não queira, queria chegar e tomar um banho
com você, na banheira.
Isso é tão imoral e tão tentador.
Escuto os passos dele vindo em minha
direção.
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um beijo no rosto.
—Obrigada mesmo. — falo e começo a me
afastar.
Não tenho mais nada a dizer.
Agora não sei nem o que devo fazer, porque
devo, mas só sei que não quero voltar para casa e
ter que lidar com o meu pai tão cedo.
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da mão dele.
—Eu preciso mesmo ir — aviso. — Não
posso ficar aqui, papai já sabe que estou aqui e sei
o tamanho do escândalo que ele fará se vier atrás de
mim.
—Isis você tem 29 anos.
—Queria que as coisas fossem simples
assim Zeus, dependo do meu pai para tudo, não
tenho emprego, ele me sustenta, quero conversar
com mamãe e ver com ela se me concede um
tempo na casa dela na Toscana, assim eu poderei
pensar no que fazer.
—Eu vou com você. — ele insiste.
—Zeus eu não quero...
—Você é minha namorada, quero ficar com
você Isis.
—Não quero te prejudicar.
—Então vem comigo para casa dos meus
pais, lá eu tenho uma das sedes da empresa, posso
trabalhar de lá, você pode ficar uns dias comigo até
seu pai desistir dessa ideia maluca, já falou com sua
mãe?
—Ainda não.
—Então vem Isis, eu prometo que lá você
estará segura e bem.
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iria gostar?
—O Thomas não é meu ex-namorado, ele é
só o meu melhor amigo Isis, mais íntimo.
Esse íntimo significa amigo de suruba.
—Eu sei — digo — Eu entendo, pode
encontrar ele e conversar, confio em você, já disse.
—Ele virá para cá, meus pais sabem que ele
é meu melhor amigo há anos, ele sempre vem me
ver quando estou na cidade.
—Entendo.
Pego meu celular em cima do criado do
meu lado da cama.
—vou falar com o Douglas, avisar que
estou bem.
—Isis...
Saio da cama.
Acabou o clima.
Vou para o banheiro, começo a digitar o
número da Eunice, fecho a porta, talvez seja melhor
assim, não sei, estou tão... Tão... Confusa.
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de dividir.
—Não temos que discutir sobre isso,
estamos ficando juntos esses dias, mas logo que as
coisas se resolverem eu vou procurar a minha mãe.
—Ficando juntos?—ele repete e se
aproxima, sei que está irritado por seu tom de voz.
— Sério? Você acha que eu traria você aqui se não
fosse sério?
—Trás o Thomas também.
—Isis ele é o meu melhor amigo.
—Sua mãe sabe que você dorme com ele?
Eu o encaro, percebo um medo incomum no
olhar dele, isso o atinge em cheio, Zeus se mantém
firme, inflexível, me olha todo cheio dessa coisa
que vejo em seus olhos neste momento.
—Eu nunca transei com o Thomas e não
Isis, meus pais talvez até desconfiem que eu sou
“gay” ou coisa assim, mas eles me respeitam tanto
que nunca me trataram com indiferença por conta
da minha vida privada, você não deveria agir dessa
forma, já te disse, é só você e ponto! Porque você
continua brava?
—Porque você o convidou...
—Eu não convidei ele — corta áspero. —
Ele sempre vem quando eu chego e ao contrário do
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irrita.
—Eu trouxe nosso jantar, mamãe fez uma
sopa com torradas — ele avisa. — Você comeu
alguma coisa?
—Estou sem fome—respondo.
Dobro a última peça e fecho a mala, eu
realmente estou meio sem rumo em um bocado de
sentidos da minha vida, mas não gostaria que o cara
que eu tenho certeza que quero estar tivesse uma
percepção tão fútil ao meu respeito.
Eu não sou vazia nem mimada, um pouco
egoísta e conservadora talvez, mas não sou
mimada.
—Eu ajudei mamãe a fazer a sopa — Zeus
fala baixo. — Foi feita com muito carinho, tem
certeza de que não quer comer?
—Tenho sim, eu acho que vou dormir um
pouco. — aviso e me afasto.
—Docinho...
Zeus segura o meu pulso, tento me soltar,
tão chateada porque ele está falando comigo como
se eu fosse um bebê.
Ódio!
—Não me chama de docinho!
—Vem aqui meu docinho—chama e me
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meu coração.
—Odeio você — digo entre o beijo, mas
minha língua se enrosca na dele. — Imbecil,
grosso...
—Seu! — ele morde a minha boca.
Estico meus braços e o enlaço pelo pescoço,
gosto desse imbecil grosso, gosto tanto dele que me
fez sentir como é amargo o sabor do ciúme, fico na
pontinha dos pés e o beijo sem pressa.
—Não quero mais brigar, está bem?—ele
pergunta e cola a testa na minha. — Me desculpe
por hoje mais cedo, por favor, não pense que eu sou
assim vinte e quatro horas, é que eu odeio falar
sobre minha sexualidade quando se trata dos meus
pais.
—Eu sei que você está acostumado com seu
estilo de vida, mas não sei se estou pronta para
embarcar nisso também, me desculpe se parece que
eu sou preconceituosa Zeus, eu nunca vivi nada
disso com ninguém.
—Eu não queria que as coisas tivessem
chegado nesse ponto, me desculpe, eu vou tentar ter
mais calma com você, ás vezes me esqueço que
você não teve um relacionamento sério também, é a
minha primeira vez nisso docinho, eu também
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—Tomou o remédio?
—Tomei sim, obrigada.
—A Viviana me arrumou, ela pediu para o
H comprar, fiquei constrangido de pedir que a
mamãe comprasse na farmácia.
Nunca tomei uma dessas pílulas do dia
seguinte, mas jantamos e ele me entregou o
comprimido, concluí bem rápido que é a melhor
coisa que podemos fazer agora, o Zeus é um cara
sensato e responsável, entende muito mais dessas
coisas que eu, viemos para o sofá e estamos vendo
tv, me deitei em cima dele, me sinto confortável,
melhor.
—Tenho certeza que para mamãe não seria
nenhum problema, mas você sabe, serviria para ela
especular a minha vida.
—Sua mãe é fofoqueira?
—Ela é controladora em alguns sentidos,
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Devo obedecer?
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pegar um resfriado.
Zeus me puxa para ele e me aperta com
força, sei que a Kellen não tem razão, mas acho que
no fundo ao menos atração ele deve sentir por mim,
estava péssima em pensar que iria embora e não o
veria mais, mas esse abraço me faz querer ficar.
—Não faz mais isso está bem? — ele pede
quando a mãe dele já está entrando pelos portões da
propriedade. — Por favor, não faz mais isso!
—Zeus eu acho que não devo ficar.
—Me desculpe pelo que falei está bem?
—Papai já sabe que estou aqui, ele
conseguiu Zeus, ele vai tornar minha estadia aqui
um inferno.
—Não vai não, calma!
—O Douglas me mandou mensagens, prints
de ameaças que papai fez a ele por e-mail,
mensagens de mamãe, os dois estão vindo me
buscar, não pensei que ela concordaria com essa
sandice, eles estão vindo com o intuito de me levar
devolta.
—Mas não vão! — Zeus determina e fica
sério. — Vamos entrar, não se preocupe, eles não
vão se aproximar de você querida.
Se esse fosse o maior dos problemas que
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tempo.
—Está calada.
—Pensando aqui nas chances de ter uma
noite em família tão agradável quanto ontem.
—Seus pais não veem filmes com você?
—Você acha que meu pai tem tempo para
mim ou minha mãe?
Ele fica calado.
—Meus pais são muito bons em dar
qualquer coisa para mim que não exija a presença
ou a atenção deles.
—Você merece mais docinho.
—Não sei se é questão de merecimento, me
sinto ingrata ás vezes por não saber gostar só do
que tenho apenas, por querer mais.
—E você merece sempre mais.
Dou-lhe um selinho.
—Você é muito gentil.
—É a verdade, sei que não posso criticar
seu pai, mas sempre priorizo a minha família nesse
sentido.
—É, e papai me troca por uma suruba, o
que esperar da minha mãe? Que seja um tipo de
stripper?
Zeus dá uma risada alta, coloca beijos
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mensagens.
—Não ando com tempo.
—Não para mim.
—Sinto muito, por favor, vai embora.
—Ok.
Thomas começa a se afastar todo irritado.
—Quando cansar de comer essa garota
sonsa, me liga, arrumo uma que dá de dez a zero
nessa ninfeta.
Zeus o segue até a porta e a tranca todo
sério, volto para o banheiro e tiro a camisa, coloco
no mesmo lugar então ligo o chuveiro.
Eu espero muito que ele não me omita isso.
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mamãe questiona.
—Eu não quero ouvir vocês mamãe —
respondo decepcionada. — Vocês dois nunca
tiveram se quer um tempo para me ouvir, porque
deveria ouvi-los? Vocês não ligam para mim desde
que se divorciaram.
Papai e mamãe se entreolham, mas não
falam nada, sabem que é verdade.
—Coelhinha, o papai só pensa no que é
melhor para você, vamos para casa, esqueça esse
homem mundano, ele não tem nada a te oferecer —
papai fala num tom de suplica. — Não irrita o
papai, vamos, prometo que deixo sua mãe ficar
com você por uma semana e te deixo usar o wi-fi.
Ele está falando comigo como se eu tivesse
12 anos de idade, recuo um passo.
—Eu não vou — digo. — Vocês dois estão
perdendo o tempo de vocês vindo aqui e se
prestando a esse papel, eu sou maior de idade e
quero poder seguir com a minha vida.
Mamãe se aproxima.
—Seth, acho melhor...
—Eu não vou embora sem ela. — papai
interrompe mamãe com um berro.
—Você só sabe falar gritando? — mamãe
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está bem?—pergunto.
—Está bem, mas tem que me prometer que
vai confiar em mim.
—Eu confio Zeus — garanto olhando-o nos
olhos. — Eu confio.
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—Noiva?
—É, noiva.
Não sei o que dizer, por alguns momentos
fico vendo nosso reflexo no espelho e imaginando
o que poderia dar de errado se eu disser um “sim” e
o que aconteceria se eu dissesse um “não”, só que
minha mente se esvazia e não sei o que falar para o
Zeus.
Ficamos calados por mais de alguns
minutos, Zeus me olhando e me olhando, sinto
medo de acabar falando algo que sei que talvez o
machuque, não é uma decisão que tenha que ser
tomada assim do nada.
Sei que não e não é pelo meu pai, é por
mim.
Nunca tive um relacionamento, como posso
noivar dele assim do nada? Esta tudo acontecendo
tão rápido!
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receios apenas.
—Acha que o que sente por mim é mais que
um gostar? — pergunto. — Porque se for, isso pode
mudar a minha resposta.
—Você quer que eu diga que amo você para
aceitar Isis?
—Eu quero que diga que isso não é apenas
um capricho Zeus, que diga que sempre que
precisarmos um do outro estaremos juntos...
—E blá, blá, blá.
Reviro os olhos, me irrito com o tom de
deboche na voz dele, saio do banheiro e só não me
sinto mais ridícula porque não cabe mais tanta
vergonha em mim.
Declaro-me para ele e o que ganho é isso:
blá, blá, blá.
—Docinho...
—A resposta é não Zeus! — digo e pego
uma calcinha e uma blusa. — E blá, blá, blá.
—Porra Isis, você sabe que eu não sou
romântico nem essas coisas, claro que eu quero
ficar com você desde que te conheci só você ocupa
meus pensamentos 24 horas por dia, eu não consigo
nem pensar em voltar para o Canadá sem que você
não esteja comigo, você é uma mulher maravilhosa
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feito.
—Ela deve se casar Seth, você tem que
entender — mamãe insiste. — Ela quer, ela o ama,
você ainda não percebeu?
—Quem é você para falar de amor?—papai
questiona de forma rude e seu semblante está duro.
—Ou esqueceu que quem decidiu nos abandonar
foi você?
—O combinado era eu ter o bebê e te dar a
Isis, o casamento não envolvia nada além do
contrato. — mamãe retruca.
Minhas feições estão duras ao ouvir isso e é
como se jogassem um baita de um balde de água
gelada em mim, meu peito pula incessante.
Contrato?
—Sugiro que vocês não tenham essa
conversa aqui — Douglas diz todo sério. — A
menina...
—Cala a boca Douglas, você não é pago
para falar — papai está exaltado. — Eu sei que o
contrato não incluía nada disso, mas ele dizia que
você deveria ser mais presente na vida dela, você
virou as costas para a Isis, por isso ela se revoltou
contra mim.
—Ela se revoltou contra você porque você é
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totalmente enganada.
Toco seu peito, acomodo a cabeça em seu
ombro e puxo o cobertor, eu entendo agora o que o
Zeus fala.
—Uma relação não se constrói com
incertezas, mas nunca temos certeza de nada
quando amamos alguém — ele beija a minha
cabeça. — Eu quero que você entenda isso, não é
porque eu não disse que não iria para casa de
swings que eu irei, nem que eu vou te trair, parece
que você quer ouvir isso da minha boca para ter
certeza.
—Não é comum que te peçam que fale as
coisas?
—É comum, mas isso não deve ser uma
cobrança, quem tem que ter o compromisso de ser
fiel sou eu e não você, se um dia qualquer pessoa
por quem se apaixonasse te traísse você pode ter
certeza que não importava o que fizesse ou
dissesse, ela trairia.
—Você conhece muitos casais assim né?
—O que os casais fazem de forma
consentida numa casa de swing não é traição, mas
sim, já me envolvi com muitas mulheres que me
disseram que foram traídas, mulheres lindas
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para isso.
Zeus coloca um beijo gostoso na minha
boca e abre o pacote do preservativo, ele o coloca e
puxa a minha perna para cima se sentando na cama,
ele me coloca sentada em suas coxas e tira a camisa
dele que uso para dormir do meu corpo, toca a
minha face com carinho e me fita.
Dou-lhe um sorriso e seguro seus ombros,
eu o empurro com gentileza e me apoio nas mãos
ficando por cima, ele toca minha cintura e meus
seios, me observa de um jeito que nunca me olhou
antes.
Nossos lábios se unem novamente e abaixo
os quadris deixando que ele entre em mim sem
pressa, ele me aperta a bunda com força e me
preenche toda, me ergo e movo os quadris deixando
que suas mãos me conduzam, ele aperta mais
minhas nádegas enquanto subo e desço nele.
Torno-me mais viscosa e quente, a
penetração mais intensa mesmo que lenta, fico
ofegante e ele também, minha pélvis vai de
encontro a ele numa dança erótica que me estimula,
fico sentada e dobro as pernas me apoiando nos
joelhos, Zeus separa mais as minhas pernas e faz
com que me mova rebolando nele.
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mais.
—Isso — sussurra gemendo baixinho. —
Isso vai, goza no meu pau todo.
Prendo e ele me puxa pelos quadris ficando
de joelhos na cama, me apoio nos cotovelos e ele
continua a meter abrupto dentro de mim, dobro as
pernas e fico toda aberta para ele, Zeus cospe na
minha vagina me erguendo com mais rapidez, ele
me controla toda, mordo os lábios respirando com
dificuldade.
—Goza! — ordena sem sair do controle.
—Quero mais — respondo arfante. — Mais
forte, por favor.
—Vai ficar toda rasgada amanhã.
—Não importa, mete mais forte.
Ele me vira na cama com facilidade e me
deixa de costas para ele, me apoio nos joelhos
ficando de quatro e assim ele continua a me
penetrar com força, Zeus puxa meus cabelos e
começa a beijar meu pescoço, lamber minha nuca,
aperto os olhos sentindo uma fraqueza intensa nas
pernas, minhas coxas tremem e começo a sentir
uma forma estranha de prazer me tomando a ponta
da virilha.
—Mete — digo de forma impulsiva. —
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Fode comigo!
Estou suplicando, dizendo coisas por puro
impulso, por uma luxúria tão imensa que mal sei
descrever, Zeus lambe as minhas costas e se
encolhe me movendo com ele rapidinho, abro mais
as pernas deixando-o me tomar toda, ele cospe na
minha bunda afastando minhas nádegas para os
lados, ele passa o dedo na minha bunda enquanto
mete em mim.
—Seu cu é tão perfeito querida.
Zeus Collins me faz gozar com palavras
banais e baixas, meu corpo todo entra no frenesi
provocado por ele, por seu membro pulsante dentro
de mim, molhada, quente e toda aberta eu o revisto
pelo meu orgasmo, ele aperta minhas nádegas
enquanto goza também, morde minhas costas quase
me enlouquecendo e eu não consigo pensar em
nada agora.
Agora me entrego a ele, porque o amo,
porque ele é meu.
Quem sabe para sempre?
***
Estou sozinha na cama quando acordo, já
parece ser bem tarde do dia, as roupas do Zeus
estão espalhadas pela cama e os travesseiros
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orelhas.
—Eu me sinto usado quando você fala que
me comeu, mas adoro isso sabia? Adoro quando
você trepa comigo feito uma puta enlouquecida,
não pede arrego.
—É porque é bom — confesso e toco seu
peito. — Você sabe como usar bem sua varinha de
condão.
—Nunca me senti tão bem com nenhuma
mulher na cama, confesso que tinha muitos receios
quando nos conhecemos, principalmente de
machucar sua buceta.
—Quando você fala essas palavras eu me
sinto tão criança.
—Por quê?
—Tenho vergonha.
—Não tem que ter vergonha, tem que me
dar a buceta e trepar comigo sempre, vamos nos
casar, gosto de transar sem pudor.
—Eu percebi.
Zeus se afasta um pouco e me olha em
silêncio.
—Eu amo você — ele fala assim do nada.
— Adoro que você me aceite e me entenda, mesmo
eu tendo um passado bem complicado em alguns
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sentidos.
—Ama tipo para sempre?
—Amo tipo para todo o sempre.
Dou-lhe um sorriso e os olhos dele se
enchem de sentimentos fortes.
—Você quer casar comigo Isis? Por amor?
—E blá, blá, blá?
Ele ri e faz que sim com a cabeça.
—Acho que vou pensar bem nisso, vai lá
que o blá, blá, blá não é para valer não é mesmo
senhor Collins?
—É para sempre!
—Então eu aceito!
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de Megan.
—Eu aceito sim sua ajuda Kellen. — digo.
Quero fazer parte dessa família, quero ser
parte de algo maior na minha vida e não saberei se
não tentar, meus pais foram embora ontem e me
deixaram despedaçada, mas agora tenho essa nova
oportunidade de fazer parte da vida do Zeus,
agarrarei com unhas e dentes.
—Bem vinda à família Collins. — Affie
fala toda contente.
—Obrigada Affie.
Sei que é sincero, sei que sou bem vinda e
bem aceita, Zeus me puxa pela cintura colando
mais nossos corpos, Hades abraça Viviana e fico
babando pela Megan, muito feliz de estar aqui e ao
mesmo tempo contente demais porque é a primeira
vez que tenho a oportunidade de fazer as minhas
próprias escolhas.
Elas não incluem meus pais nem o Douglas,
isso me machuca muito, mas por enquanto pelo
menos em relação ao Douglas acho que preciso
desse tempo para assimilar tudo, quando eu estiver
pronta eu irei procurá-lo e conversar com ele, por
hora quero curtir cada pequeno segundo com os
Collins. Com o Zeus.
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—Amor?
Olhou envolta, estou sozinha na cama, Zeus
não está aqui, percebo a luz da sala acesa, me ergo
e saio da cama, escuto o som da conversa baixa e
os sussurros que ecoam pelo chalé, sinto cheiro de
chá, lá fora chove um pouco, conforme vou
descendo a escada vejo logo de cara os dois
homens na cozinha.
Meu coração dispara repentinamente
quando constato de quem se trata, recuo vendo
Zeus só com a calça do pijama atrás da pedra de
refeições e diante dele está Thomas, sentado
também bebendo chá com uma caneca, não estão
muito próximos, mas ele está aqui.
—Então você vai mesmo casar com ela? —
escuto Thomas perguntar. — Tem certeza de que é
isso o que quer?
—Sinto muito que não entenda.
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irritação.
—Por mim? — Zeus franze a testa. — Cara
você está se sentindo usado por mim? Você que usa
qualquer pessoa que passa na sua frente? Trata todo
mundo como se fosse uma coisa principalmente as
mulheres com quem se envolve e se sente usado
por mim? Eu que nunca me relacionei com você
Thomas, você quem sempre encarou tudo o que
fazíamos como algo passageiro.
—Eu me equivoquei Zeus, me acostumei
com a ideia de ter você comigo sempre por perto,
como um conselheiro, um parceiro de vida.
—Eu também, mas agora eu tenho outras
prioridades.
—E nenhuma delas me inclui?
—Acho que já priorizei demais você
Thomas, eu tirei você do fundo do poço quando
ficou viciado em cocaína, eu ajudei você a construir
a sua empresa, eu emprestei dinheiro para seus pais
e eu nunca pedi nada em troca, já te ajudei demais,
acho que é hora de eu seguir com a minha vida e de
você parar de se sentir o centro das atenções porque
você não é.
Minha nossa!
Depois dessa até eu ficaria calada, Zeus
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—Tchau Thomas.
Zeus se levanta e o acompanha até a porta,
subo as escadas com medo de que ele note que
estou acordada, me apresso e subo na cama, puxo
os cobertores ouvindo o som da porta sendo
trancada, demora um pouco até que ele volte para a
cama, Zeus me abraça e puxa os cobertores
deixando beijos quentinhos no meu pescoço.
Sorrio de ponta a ponta.
—Quem era? — pergunto baixinho.
—Já te disse que não sabe fingir?
—Eu não sei do que você está falando.
—Eu tenho a impressão de que você me
chamou de amor.
Viro-me na cama e o abraço, Zeus me beija
sem pressa, toco suas costas enquanto nos
beijamos, puxo mais ele para perto colando nossos
corpos. Ele começa a puxar a minha calcinha para
baixo.
—Perdi o sono. — ele sussurra entre o
beijo.
—Eu também.
Devo me sentir grata ao Thomas por isso?
Devo!
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para si mesmo.
Sei que isso o machuca muito, porque é
evidente em seu olhar, é tão visível o quanto isso
lhe causa dor, me causa muito mais dor perceber
que seu olhar se enche de frustração e sentimentos
ruins, eu já o conheço o suficiente para saber disso.
—Isso nunca vai acabar porque você não
permite que acabe.
—Eu já disse para ele não vir mais, pensei
que ele tinha entendido.
—Acho que quem não entende é você Zeus,
você está tentando com todas forças gostar de mim,
mas não gosta o suficiente para deixar ele ir, se
você quisesse você afastaria ele, mas você não
quer.
—Isis eu nunca faria nada para te machucar,
isso para mim não tem a ver com a minha
sexualidade, eu estou falando a verdade para você
porque não quero que saiba por mais ninguém, me
sinto mal com a situação.
—Eu entendo, mas não posso me submeter
a isso, há duas semanas atrás você me prometeu um
bocado de coisas, ficamos noivos e eu estou
morando com você, mas acho que você mesmo não
tem controle da sua vida Zeus, você não sabe o que
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por eles.
—No mínimo que dissessem desde que eu
era pequena que eu fui um bebê de proveta.
—Você não foi um bebê de proveta Isis, seu
pai queria muito você, ele só não soube como lidar
com a paternidade, sua mãe também acabou se
convencendo de que a queria, eles amam você.
—Que jeito mais estranho de amar não é
Douglas?
—É o jeito deles.
—Entendi, você acha que eu estou errada!
—Você está certa como nunca esteve, está
sendo sensata e se auto protegendo, está sendo a
mulher forte e adulta que você nunca foi, mas eu
acho que as coisas nunca irão se resolver se você
não aprender a perdoar eles.
—Não é questão de perdão.
—É questão de que?
—De ser madura...
—Ah Douglas, me poupe, olha eu não estou
afim.
—Está bem.
Ele também não responde mais, me viro
para tv e me aquieto, agora mais zangada do que
magoada.
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Por Zeus...
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Por Isis.
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não é mesmo?
—Isis o Thomas não está mais na minha
vida, você pode ter certeza de que ele não vai mais
nos perturbar.
—Não existe “nós”.
—Não fale besteira, não faça com que me
sinta pior do que já estou, eu vim disposto a
resolver nosso problema, preciso de um voto de
confiança.
—Porque eu faria isso? Estamos tentando
desde que nos conhecemos Zeus, não dá certo —
falo magoada. — Nós dois nunca vamos dar certo,
somos diferentes demais, nossa cultura, nosso jeito
de viver a vida, você fala coisas que não cumpre.
—Você sabe que isso não é verdade — ele
fala triste. — Você disse que envelheceria comigo,
disse que queria ter filhos comigo.
Isso é tão triste.
—Não, eu não disse...
—Disse quando aceitou ser minha mulher,
quando aceitou morar comigo, e eu te disse o
quanto te amava, mas parece que você não se
importa com os meus sentimentos, sei que sou
falho Isis, mas meus problemas nunca sumiram
quando eu decidia me afastar deles, as coisas não se
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resolvem assim.
Não há argumento quanto a isso.
—Eu não posso falar que sou um expert em
relacionamentos, eu fiz tudo errado conosco, me
arrependo de não ter sido mais firme quanto ao
Thomas, mas eu não posso permitir que você me
deixe e saia da minha vida assim, eu não consigo
nem pensar em voltar para aquele chalé sem você,
sem que esteja na nossa cama, sem que você diga
todas as noites que me ama e me abrace na nossa
cama.
Desvio o olhar, lembrar dói muito, mas
ouvir ele falando parece ainda pior, porque foram
poucos dias porém os dias mais maravilhosos da
minha vida e ouvir isso da boca dele é ainda mais
forte, real, eu também pensei que envelheceria com
ele, não pensei que ficaria para trás e não quis dar
ouvidos a ele quando ele tentou me explicar as
coisas, ainda que tivesse minha razão.
Eu tenho meus motivos.
—Eu estou implorando Isis, por favor,
repense — ele se aproxima inquieto. — Por favor!
—Zeus eu não posso...
Mas antes que eu complete a frase, ele se
ajoelha diante da cama, Zeus me puxa e me agarra
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com força.
—Por favor, eu suplico — ele pede e
novamente começa a chorar. — Me perdoe.
—Zeus para com isso. — peço engolindo a
vontade de chorar.
—Isis não tenho mais nada a oferecer, eu
estou diante de você com os meus sentimentos,
com tudo o que tenho, te implorando que volte para
mim, não sei mais o que falar e argumentar.
—Você estava errado. — digo começo a
chorar.
—Eu sei que estava errado Isis.
Ele estende a mão e toca a minha face com
carinho, me puxa e cola nossas testas, deslizo a
mão até sua nuca, meu corpo todo se enche dessa
sensação boa que só ele me transmite, mesmo que
tente banir.
—Eu amo você e sempre será só você
docinho.
—Golpe baixo.
Zeus me aperta e eu o fito.
—Tenho que te contar outra coisa. — ele
fala.
—O que é?
—Nunca se tratou de mim Isis, sempre foi
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sobre você.
—Do que está falando?—pergunto confusa.
—Do Thomas.
—Como assim?
—Ele não estava interessado em nos separar
porque queria que eu voltasse a sair com ele, foi
porque ele te viu naquela noite na festa.
—Que?
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interessa.
—Como foi isso?
Estou curiosa.
—Ele também estava na festa, mas eu não
sabia que ele estava lá, quando brigamos...
—Ah, vocês brigaram! — exclamo e
começo a ficar nervosa, toco os machucados no
rosto dele. — Ele te machucou muito?
—Não mais do que eu machuquei ele —
Zeus argumenta e fecha a cara. — Fiquei tão puto,
você não tem noção.
—Brigaram quando? Por quê?
—Não é óbvio? — ele pragueja em
encarando.
Vou ficando vermelha feito um tomate,
pego a caneca de chá e entrego para ele, é de
camomila, especialidade do Douglas, pego a outra
para mim, Zeus segura a minha mão parecendo
impaciente.
Brigou por mim!
—Liguei para ele pedindo que fosse ao
aeroporto, mamãe tinha reservado o avião e
estávamos com o voo planejado para sair as 14:00,
queria colocar um ponto final em tudo, dizer para
ele não aparecer mais e não queria mais ter que
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—Eu prometo.
—Mesmo que você não seja um homem que
faz promessas?
—Eu não sou mais aquele homem Isis.
—E que homem você é agora?
—O seu homem.
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Nova Zelândia!
Aqui vamos nós... De novo.
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coisa.
Também me sentia cansada demais, a
mudança de clima meio que me derrubou, aqui está
fazendo sol e é mais quente, estou tomando todos
os remédios corretamente para não ter nenhum tipo
de piora, já melhorei quase completamente da
gripe.
Ele me ergue no colo de repente e rio alto
um pouco surpresa com isso, depois ele me carrega
até o banheiro, me beija e me coloca no chão,
começo a tirar o casaco e ele tira os sapatos que
usa, depois a camisa, percebo algumas marcas
roxas em suas costas, sinais da briga com aquele
homem ruim.
Eu o odeio agora muito além do que já quis
odiar antes.
—Disse que não se machucou. — falo e tiro
os tênis que uso.
—Não tem como entrar numa briga e não se
machucar ao menos um pouco, mas não dói, é
superficial — ele alega. — Te garanto que ele ficou
muito pior.
—Ele é doentio. — consto e tiro o meu
jeans.
—Ele não merece nem que nos lembremos
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nós dois.
—Quando voltarmos conversarei com
mamãe, podemos escolher o local já que o
condomínio é bem grande, vou pedir uma mão ao
H ele já tem um bom engenheiro.
—Ótimo.
Aperto ele com força.
De certa forma mesmo que seja estranho
saber que o Thomas nunca se aproximou
exatamente dele me tranquiliza mais, o Zeus veio
atrás de mim, me pediu perdão e quer construir
uma vida ao meu lado, ele me ama, negar isso e
virar as costas para isso seria o maior erro da minha
vida.
—As coisas agora serão bem diferentes
Docinho.
—Serão sim.
Ele me beija de novo com carinho, toca meu
seio, minha cintura, minhas costas, também o toco
onde quero, explorando sua boca mais uma vez, as
coisas agora parecem mais intensas entre nós dois,
mais claras. Vou para cima dele e Zeus puxa os
lençóis da cama nos cobrindo.
—Nunca se tratou do Thomas, nunca iria se
tratar dele — ele fala entre nosso beijo. — Porque
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—Larga a família?
—Marido, marido não é família.
—Nossa que moderna.
Começo a rir.
—Eu só estou tentando dizer que se o
homem largar a mulher por outra os filhos sobram
para a mãe e ele abandona a família, se a mulher
larga o marido por causa de um abuso, traição ou
porque não o ama mais é como se ela abandonasse
todo um continente, somos sempre
responsabilizadas por tudo.
—É tão bom conversar com uma pedagoga.
—É mesmo, eu gasto quando eu quero né?
—Demais.
Ele me puxa pelos quadris e rio, estendo os
braços envolta de seus ombros e começamos a nos
beijar.
—Preciso de umas aulas com a senhora —
ele fala baixinho entre o beijo. — Me ensinar como
é isso.
—Isso o que? — pergunto com certa
malícia.
—Ser um bom marido, um bom homem.
—Você é um bom homem, só me consome
ás vezes.
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casamento.
—Sim.
Nos beijamos, puxo ele e o Zeus vem para
cima de mim, ele sobe com o corpo colado ao meu,
nossas bocas se perdem no beijo gostoso, quente,
toco suas costas, seus braços, ele é um excelente
namorado, muito carinhoso.
—Estou tão feliz — confesso fitando-o. —
Você não tem noção do quanto esses dias tem sido
fantásticos.
—Eu tenho sim, porque também me sinto o
homem mais sortudo do mundo.
Dou-lhe um sorriso, Zeus toca minha face,
meus cabelos, tem tanto amor em seu olhar.
—eu amo você e me sinto lisonjeado e feliz
que tenha me aceito na sua vida, talvez não fale o
quanto você é importante, o quanto você é preciosa
para mim, mas você é.
Isso me faz sorrir, ficar um pouco
emocionada, porque eu o amo e não pensei que
ouviria algo assim dele.
—Você me faz me sentir bem, a aceitar que
eu também tenho limitações e medos, receios, que
não preciso esconder nada do que sou ou fui de
ninguém.
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fico feliz.
Ele quer que eu faça parte disso.
—Meu amor, trouxe seu café.
Sento-me na cama ouvindo os passos
apressados do Zeus, logo ele está diante de mim
com uma caneca de café, ele me entrega e começa a
se despir.
—Falou com sua mãe amor?
—Sim, ela disse que entende, nos espera
para o jantar, nos mandou descansar.
—Sua mãe é um amor.
Bebo um pouco do café, Zeus se senta na
cama e toca um dos meus seios com cuidado, deixo
a caneca em cima do criado e me estico puxando a
cueca dele para baixo, ele se ergue e fica de pé,
beijo seu peito e o abraço.
—Vem ficar comigo na cama amor.
—Eu já iria fazer isso.
—Quero carinho.
—É impressão minha ou você está meio
sensível?
Dou-lhe um sorriso e me deito na cama,
acho que voltar é bom, mas pensar que amanhã ele
já estará na empresa me deixa um pouco triste.
Queria que tivesse durado um pouquinho mais.
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falar.
—Você tem sentido umas coisas estranhas?
—Bem... O Lorenzo fede a carniça para
você?
Viviana começa a rir, fico sem jeito, depois
constrangida, então ela me puxa e me abraça com
força.
—Ah Isis, você está grávida!
—Grávida?
—Vamos confirmar? Tenho um teste de
gravidez guardado.
—Tem certeza que não era remédio do dia
seguinte?
—Absoluta, eu era estéreo querida.
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—Amor.
—Hummm...
—Quando você foi pedir remédio para o H,
para ele pedir para a Viviana, o que você falou para
ele?
Zeus está escovando os dentes, saio do
banho, ele enxágua a boca todo pensativo, acho que
não esperava por uma pergunta dessas a essa hora
da noite. Chegamos a pouco de um dia cheio de
descobertas e novidades, acho que mais para mim
do que para ele.
Não estou tão deslocada quanto pela manhã,
acho que não foi assim um dos piores choques que
eu tomei na minha vida, só fez com que eu me
sentisse uma grande burra, porque estamos juntos a
todo esse tempo e eu se quer percebi se minha
menstruação estava vindo certa.
Eu nem fiz as contas, a Viviana quem pegou
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Eu o fito surpresa.
Zeus passa a roupinha com todo cuidado do
mundo, ele está só de cueca, seria muito erótico se
eu não estivesse acabado de ouvir ele me
perguntando se podemos assinar os papéis do
casamento semana que vem.
—Não?
—Bom, não sei, eu pensei que nos
casaríamos depois que o bebê nascesse.
—Amor já faz mais de três meses que
voltamos, temos que nos casar, eu já entreguei os
nossos documentos e pedi para marcarem.
—Está bem, por mim tudo bem.
—Na segunda?
—Depois de amanhã? Mas eu nem arrumei
uma roupa Zeus!
—Amor, pode ir com qualquer roupa, é só
uma formalidade.
Suspiro, ele é tão prático às vezes.
—Eu vou arrumar um vestido então, já
conversou com seus pais?
—Já, vamos jantar fora todos nós.
—Ah e você só me avisa um dia antes
basicamente?
—Eu convidei o Douglas também e os seus
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pais.
Respiro fundo, porque na verdade eu não
quero eles por perto, Zeus mexe no ferro e dá a
volta na mesa então se aproxima, deixo os convites
de lado, ele se senta ao meu lado no sofá.
—Não acha que está indo longe demais com
isso Isis?
—Acho que quero o meu tempo Zeus, nem
você nem ninguém pode ditar como devo me sentir
em relação a eles.
—É que nosso bebê vai nascer, eles serão
avós também tem direito.
—Amor meus pais nem são meus pais de
verdade, vai saber se eu sai mesmo do saco do meu
pai.
Ele ri, toco minha barriga e a olho, está
redonda e toda grandinha, engordei mais dois
quilos durante esse tempo e meus pés incham cada
dia mais, mas nem ligo.
—Nosso bebê merece todo amor do mundo
Z, ele merece ser amado incondicionalmente por
toda família, não sinto que meus pais possam
oferecer isso a ele.
—Você tem que permitir que eles mostrem
docinho.
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sobre a vida.
—Ensinou muito bem. — concordo
achando graça.
—Tá na hora de sabermos o sexo do bebê
— Affie aparece do nada. — Vem, vocês dois tem
que abrir as duas caixas, a que tiver mais balão é a
que determina o sexo do bebê, eu coloquei balões
azuis para meninos e rosas para meninas.
—Tá — afirmo. — Eu já volto.
Eu e o Zeus seguimos a Affie até as duas
caixas que estão posicionadas no meio do jardim,
os convidados vem se aproximando e mantendo-se
perto, Affie indica qual caixa devo abrir e a caixa
que o Zeus deve abrir, sorrio toda feliz.
—Quando eu contar até três, mãe tá
filmando?—Affie pergunta.
—Simmm. — Berra Kellen apontando o
celular para nós dois.
—Que vença o melhor. — Zeus provoca.
—É menina!—determino.
—Se for menino, ano que vem você me dá
uma menina, se for menina ano que vem você me
dá um menino.
—Feito.
Rimos, ele me dá um beijo.
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—Em 3, 2, 1 e vaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiii!
Abro a caixa e Zeus também, os meus
balões são azuis e somente um sai voando para
cima, em compensação os balões cor de rosa que
saem da caixa do meu marido saem aos bocados,
solto um grito todo feliz, não confiava muito que
sentia que era menina, mas no fundo eu suspeitava,
Zeus me puxa para um abraço quente todo
contente.
—Pai de menina senhor Kikinos.
—E que Deus me ajude.
***
—Você está fazendo o que aqui sozinha?
Estou pensando e olhando a vista perfeita
dos fundos da casa dos meus sogros, me sentindo
afortunada e abençoada por tudo, por todos, só não
esperava que papai viesse atrás de mim, nem que
mamãe viesse junto.
Está sendo um dia muito bom com a
família, o chá de bebê, confirmar que de fato é uma
menina para mim está sendo mágico, se fosse
menino também, o Zeus está radiante e os pais dele
também, partimos o bolo com recheio cor de rosa a
alguns momentos então aproveitei para vir aqui e
pensar um pouco em tudo.
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—Athena, não!
Athena me olha, me olha, depois olha para
o pai e vai engatinhando até ele feito um pequeno
foguete. Zeus a pega no colo e a ergue para o alto
todo risonho, ele acoita as traquinagens dela, às
vezes eu não consigo entender como um bebê de
oito meses consegue pular um cercadinho e quebrar
o controle da televisão sem que ninguém perceba.
Agora mesmo ela estava tentando subir a
escada, se eu não tivesse chamado a atenção dela,
ela com certeza teria subido mais, o Zeus acabou de
chegar da empresa, ele está indo duas vezes na
semana para poder me ajudar com ela.
O Douglas também me ajuda, ele está
conosco desde que ela veio para casa, mas hoje é
sexta e ele já foi embora para a casa dos meus pais,
meus pais compraram uma casa aqui por perto e o
Douglas mora com eles, ao menos até minha casa
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Fim.
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