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Capa: LA Design
Revisão: Sonia Carvalho
Diagramação: Independente
Assessoria geral: Aline Bianca (Safada Leitora)
Assessoria Geral: Fox
Assessoria de Comunicação e Conteúdo: Laura Brand
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DEDICATÓRIA
Para a querida Paloma Cristina. Que esse namoro seu com Cassian seja
pra valer!
Para todas as pessoas que um dia perderam alguém, mas que não
conseguiram seguir em frente. Para aqueles que tiveram o coração
Lembrem-se disso: nem sempre para ser forte, você precisa estar forte o
tempo todo.
PLAYLIST:
Ilustração por: Cecília Gomes
SUMÁRIO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO QUARENTA
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
Querida Tabitha,
Hoje, mais cedo, eu conheci meu chefe.
Estou ferrada, porque ele é um babaca!
— É Melissa... — corrigi.
— Tanto faz.
— Boa sorte.
Ótimo, Melissa!
Ótimo começo!
CAPÍTULO DOIS
UM MÊS DEPOIS
Quanta honra!
Quase.
— Pode. Mas não adianta ficar que nem uma barata tonta.
Não vai mudar o que já está aqui. Se fez um bom trabalho, é o
que eu vou ver.
Mas era melhor assim. Eu não estava ali para ser seu
amigo. Tinha que ser seu chefe. Apenas isso.
E, como chefe, conforme fui lendo as coisas que ela
escreveu, precisava admitir que tinha feito um ótimo trabalho.
Havia uma coisinha ou outra para consertar, mas ela era ótima
com ortografia também – o que eu não podia dizer de muitas
pessoas que trabalhavam para mim – e muito organizada para
colocar suas ideias no papel.
Querida Tabitha,
Passei a droga da noite inteira em claro,
tentando consertar um relatório que o babaca do meu chefe rasurou
inteiro.
Minha vontade é de pintar toda a cara dele de vermelho,
que nem ele fez com os papéis!
Cínico, claro.
Não demorou muito para que Sr. Roman entrasse. Ele era
um senhor de cabelos brancos, uns setenta anos, que usava uma
bengala por causa de problemas de locomoção. Eu sabia pouco
sobre ele, mas na única vez em que conversamos, quando fomos
apresentados, sua gentileza se tornou evidente. Tinha um aspecto
de vovozinho frágil que me desmontava, e eu sabia que tomava
muitos remédios, porque sua saúde era meio esquisita.
— Obrigado, Cass.
Cass.
Jurei que Cassian iria responder que tinha sido dele, ainda
mais que o Sr. Roman parecera ter curtido a ideia, mas apontou
para mim.
— Interessante.
Querida Tabitha,
Deu tudo certo na apresentação de hoje.
Não queria admitir, mas muito por causa do idiota do Cassian Greene.
Até pensei em agradecer, mas ele é insuportável e já fez tudo perder a
graça.
Como que se lida com uma pessoa assim tão idiota?
Quase.
FRANCES:
Em reunião.
MELISSA:
Isso aí.
FRANCES:
MELISSA:
— Sei lá. Mas acho que ele me ouviu quando contei isso
para a Terry. E se ouviu, ficou meio puto. Melhor a gente não
comentar mais. O cara demitiu a própria irmã, por que não
demitiria um fofoqueiro?
Ou não.
CAPÍTULO CINCO
Nunca tive muito jeito com crianças, mas logo que minha
irmã e sua esposa decidiram adotar uma e que ele entrou em suas
vidas, há pouco mais de dois anos, tive a certeza de que ele estava
destinado a ser nosso.
— E ai, Cass? Faz tempo que você não aparece por aqui.
Estávamos com saudade. — Minha irmã colocou a mão no meu
joelho, apertando-o com carinho, o que sempre me deixava muito
balançado.
Sendo assim, meu pai voltou para perto de nós, mas não
se sentou.
A garota era boa, sem dúvidas. Até bem gentil. Mas era
uma questão de tempo até ser influenciada pelos outros.
— Pelo que entendi ela não teve só uma boa ideia. Foram
algumas. Sem contar que foi quem fez o relatório.
Aquilo me surpreendeu.
Eu, no caso.
Querida Tabitha,
Você pode ficar chocada com o que eu vou te contar, mas veja bem...
Eu topei fingir ser namorada de Cassian.
Mas eu juro, é só numa conferência. Juro. Não vai passar disso.
Querida Tabitha,
É, aconteceu. A gente mentiu para a cliente.
Não sei por que, mas tenho uma estranha sensação de que isso vai dar
merda.
Aguarde as próximas notícias.
Traidora!
Só que eu não sabia o que era pior: eu ter falado mal dele,
pelas costas, ou estar bem bêbada. Claro que ele não tinha
absolutamente nada a ver com a minha vida pessoal, mas a partir
daquele momento, sem a supervisão de Francis, eu estava por
minha conta. Pura e simplesmente.
Querida Tabitha,
Às vezes eu me pergunto se eu estava sob efeito de alucinógenos,
ou se o álcool ainda não tinha saído do meu sangue quando topei essa
loucura.
Só que não tem mais como voltar atrás, né?
Agora eu sou a namorada de fachada do meu chefe babaca.
— Vai dar tudo certo, mãe. São só três dias, não preciso
levar tanta coisa. Além do mais, estaremos em uma cidade em
que eu posso comprar algo, se precisar.
— Sim.
— Não.
— Pouquíssimas.
— Não vou dormir agora, por que não usa a cama? — ela
convidou, e olhei para ela com uma sobrancelha arqueada.
Mas pelo amor de Deus, ela era adulta. Por que estava tão
preocupado?
“Achei que poderia acordar com fome. Fui dar uma volta”.
— Pessoas na empresa.
Bem... mas a beleza dela era algo relevante para mim, não
era?
Mais um minuto...
— Como assim?
— Nunca se sabe...
Não foi um puta beijo. Não como eu poderia ter lhe dado,
se imaginasse que nós dois estávamos no mesmo clima. Mas foi
um contato longo, sutil, muito mais relevante do que pensei a
princípio.
Querida Tabitha,
Eu não sei o que dizer neste momento.
Cassian me beijou.
E a informação é só essa mesmo,
porque até agora não sei explicar como estou me sentindo.
— Sim, claro.
MELISSA:
Fran... ele me beijou.
FRANCES:
O quê?
Te beijou?
MELISSA:
FRANCES:
Não, porque depende se fazia parte da farsa.
MELISSA:
MELISSA:
FRANCES:
MELISSA:
Pois é.
Acho que toda essa confusão me afetou mais do que eu
queria.
FRANCES
— É constrangedor...
Ainda bem.
Grosso!
— Depende.
— Meu sobrinho.
Aquela resposta me surpreendeu. Tanto que eu precisei
me erguer um pouco da cama, apoiando-me no meu cotovelo,
para olhar para ele.
— Sério?
— Que legal.
Ledo engano.
Querida Tabitha,
Hoje estou me sentindo bem melhor.
Tenho certeza de que ontem foi só um surto.
Tudo vai ficar bem.
Foi só um beijo. Nada de mais. Eu nem achei um beijo grande coisa.
Certeza que ele beija mal. Mas isso eu não vou descobrir.
Ainda bem.
“Ok.”
Devo me arrumar?
Eu contei.
Fui traçando a linha dos pingos que desciam por seu rosto,
e alguns caíram em sua boca. A mesma boca que tinha me
beijado na noite anterior, mas que eu ainda não conhecia
intimamente.
Era?
Isso me assustou.
Por mais que não me sentisse cem por cento sóbrio, foi
eficaz o suficiente para que eu não falasse nenhuma besteira e não
passasse vergonha. Havia uma dor de cabeça querendo chegar,
certo enjoo, mas não deixei que isso transparecesse,
principalmente para Melissa. Ela já parecia abalada o suficiente
com todo o resto.
— Ah, não?
Merda...
Querida Tabitha,
Fiz tudo errado.
Eu sei que você diria que as coisas estavam erradas desde o início,
mas acho que estou deixando meus sentimentos falarem mais alto.
Acho que estou confundindo desejo com algo mais.
Por alguns instantes jurei que ele iria dizer que não queria
que eu fosse embora, porque estava arrependido. Que queria, sim,
ficar comigo naquela noite e que a gente iria colocar para fora o
tesão absurdo que estava incubado dentro de nós. Então ele me
agarraria e me colocaria contra a parede como fizera dentro do
box, me beijaria finalmente e nós acabaríamos na cama.
Estremeci só de pensar.
— Você acha isso? Foi por esse motivo que saiu correndo
como uma doida na chuva?
Querida Tabitha,
Foi tudo coisa da minha cabeça, certeza.
Cassian voltou a agir como o babaca de sempre, ainda bem.
O mundo está girando novamente nos eixos.
— Se você acha...
Fui até a sala que dividia com Cassian, deixei minha bolsa
pendurada na cadeira, coloquei o copo sobre o descanso e parti
para a copa, para pegar minha caneca de leite quente.
— O QUÊ?
— Pois é, prepare-se, querida, vamos fazer uma visita ao
papai do seu namorado.
Onde, gente?
— Seja como for, você é chefe deles. Tem que manter sua
postura. Não pode sair dando porradas ou ameaçando as pessoas.
Precisa se controlar. Escolheu namorar uma moça do escritório,
não foi? Vai ter que encarar as consequências; e ela também.
— Isso não faz sentido algum, Cassian. Acho que vai ser
mais um problema para nós, mas eu quero essa promoção. Não
importa o que vai vir como consequência.
— Vai valer.
Querida Tabitha,
A vida deveria vir com um manual de instruções,
e dentro dele deveria haver uma regra chamada:
nunca entre em um namoro falso com alguém, porque vai dar merda.
— E quem começou?
Ou talvez muito.
— Entra na farsa...
O quê?
Como assim...?
E não o tive.
— Entra na farsa, Melissa — foi quase uma ordem, e ele
se aproximou do meu ouvido, sussurrando: — Precisam pensar
que estamos apaixonados. É o que eles precisam ver.
— Ela já saiu?
— Ótimo.
Eu arfei.
Querida Tabitha,
Logo eu, que nunca tive um namorado,
estou passando pelo constrangedor incômodo de conhecer a família do
meu.
Que nem é meu namorado de verdade.
A confusão não tem fim.
Tudo bem que eu não amava muitas pessoas, mas ele era
muito especial.
— Nunca.
O lugar era novo para a garota, uma casa com pessoas que
ela tinha conhecido naquele dia, cujo dono era o CEO da empresa
onde trabalhava. Além disso, ela precisaria novamente dormir no
mesmo quarto de seu namorado de fachada. Não era de se
surpreender que respondesse um sonoro não.
— Sim, parceiro.
— Legal.
Querida Tabitha,
Talvez Cassian não seja tão ruim.
Talvez seja só um pouco incompreendido.
Se você estivesse aqui, se o conhecesse, seria a primeira a ver o melhor
dentro dele.
Ah, mana... eu sinto tanto a sua falta.
— Sério?
— Vá em frente.
— Sinto muito.
— Não é bobo.
— Obrigada.
— Imagino que não tenha sido fácil, para eles, perder uma
filha.
Ele sorriu para mim, o que era uma mensagem clara. Logo
estaríamos conversando sobre a aposentadoria dele e a minha
ascensão ao cargo de CEO.
— Como assim?
Querida Tabitha,
Não quero falar sobre isso.
Mas talvez eu esteja realmente me apaixonando.
Tipo: de verdade.
Revirei os olhos.
— Meu pai...?
— Eu admiro você.
— Eu?
— É... você.
— Eu vou te matar.
Exibido.
— Você acha?
— As duas... talvez.
— Boa noite.
Querida Tabitha,
As coisas estão confusas dentro de mim.
Não sei mais o que pensar, como agir.
Não sei o que te contar.
Não sei nem mesmo mais o que eu quero, o que devo fazer.
Novamente... queria que você estivesse aqui para me aconselhar.
— Não, obrigada.
Era fofo.
— Ia elogiar?
E também maravilhoso.
— Podemos ir.
Eu seria a próxima.
Não tinha minha guitarra por lá, mas estava com meu
violão, e isso teria que servir.
Por que ela iria querer o homem rude e que lhe causara
tanto transtorno? O homem que estragava tudo em que punha as
mãos?
— Segure-se.
Foder?
Uau. Aí estava uma palavra que não esperei ouvir vinda
de Melissa.
Então ela olhou para o meu pau, que parecia mais vivo do
que nunca, e seu sorriso se tornou um pouco mais malicioso.
— Você também...
Não podia...
CAPÍTULO VINTE E OITO
Querida Tabitha,
Eu me entreguei a ele.
Me entreguei, me apaixonei e acreditei que as coisas seriam diferentes.
Mas ele me desprezou.
Talvez seja melhor assim.
Sexo, para mim, sempre foi algo... legal. Não era ruim,
mas nunca senti prazer como com Cassian. Tinha feito muito
poucas vezes, apenas com um namorado que não durou tanto
assim para causar um estrago, mas na noite anterior minha
concepção mudou totalmente.
— Para confiar.
Querida Tabitha...
CAPÍTULO VINTE E NOVE
Querida Tabitha,
Queria não ser tão leal.
Queria que minha raiva fosse suficiente para que eu
passasse por cima das minhas convicções e estragasse tudo.
Mas não quero. Não conseguiria conviver comigo mesma.
Combinava perfeitamente.
Por um momento...
— Como sabe?
Filho da mãe!
Claro que se estava me contando tudo aquilo tinha alguma
intenção por trás.
Não fazia ideia de há quanto tempo ele estava ali, mas sua
presença me surpreendeu.
Eu, claro.
— Mas, Melissa...
Querida Tabitha,
Queria não ser tão leal.
Queria que minha raiva fosse suficiente para que eu
passasse por cima das minhas convicções e estragasse tudo.
Mas não quero. Não conseguiria conviver comigo mesma.
Eu me apaixonei por Cassian, contra todas as probabilidades.
Entreguei meu coração, meu corpo, e me sinto usada, como se fosse
um objeto descartável qualquer, que ele precisou, mas jogou fora.
Ele não apareceu ainda. Faz dias que não vem à empresa,
e eu sei que é por minha causa. Porque não quer me encarar.
Só que essa sua ausência não só me irritou assim como
abriu precedente para que uma pessoa viesse até mim, me fazendo
uma proposta bastante ousada de que eu vendesse a história
do nosso namoro falso para a concorrência.
Eles me dariam um emprego melhor, salário melhor, e eu
ficaria livre de Cassian, do sacrifício de vê-lo todos os dias
(embora não seja bem assim, já que ele sumiu).
Por mais que eu esteja com raiva, que eu queira muito
que ele vá para o quinto dos infernos, não seria capaz.
Nem com ele, nem com o Sr. Roman. Para todos os efeitos,
não importa o quanto eu esteja com o coração partido,
este namoro sempre foi real.
Para mim, ao menos, o sentimento foi.
E sempre será.
Queria pedir perdão mais uma vez, mas sabia que eu não
era o foco ali. Melissa precisava desabafar, e eu imaginava que a
dor pela irmã também a incomodava.
— Não! Sai... só vai embora. Já era para você ter ido. Leu
a carta, está avisado sobre a situação da KH. Não quero seu
ombro para chorar. Chorei muito sozinha esses dias.
— Mel...
— VAI EMBORA! — ela exclamou com veemência,
chegando a usar o dedo para apontar para a porta.
— Tia Mel não veio hoje, meu amor. Outro dia, ok?
— Mas vai dar tudo certo, você vai ver. A gente vai dar
um jeito de te ajudar — Ruby falou, e eu olhei para o meu pai, em
buscar de direcionamento. Queria que ele me salvasse daquelas
duas doidas, mas que, no final das contas, talvez tivessem razão.
Querida Tabitha,
...
Eu sinceramente não sei por que ainda escrevo
Você não pode mais ler, não é?
Eu só me sinto cada vez mais sozinha.
— Não vejo como uma coisa possa ter a ver com a outra
— tentei, mas sabia que seria em vão. Para qualquer pessoa de
fora, fazia todo o sentido.
— Oi?
— Você leu?
Querida Tabitha,
...
...
...
A mensagem era:
Coisas significativas.
— Foi Cassian?
— Isso é verdade.
— Como assim?
— Confia.
Era Melissa.
— Claro.
— Sim, claro.
Ela suspirou.
— Com sexo?
— Não... Só aconteceu.
Querida Tabitha,
...
...
...
Querida Tabitha,
Ele é um babaca.
Que eu não era popular o suficiente para ser vista do lado dele.
Por que eu não posso viver um amor como o dos livros, Tab?
Só queria alguém que fosse como os mocinhos dos livros que li.
Era algo quase engraçado de se ler, por ser tão definitivo
para uma garotinha que não sabia nada da vida. Mais do que isso:
o que eu sabia do amor?
Ela fez isso. Pegou o papel das minhas mãos e senti que
se emocionou ao ver minha letrinha de menina, provavelmente
enchendo-se de nostalgia.
— Que babaca!
Ele só dizia:
CASSIAN:
MELISSA:
— Por que não sobe para falar com a Mel? Ela subiu tem
umas cinco horas e se deitou. Devia estar cansada da viagem,
porque ainda não desceu.
— Eu avisei...
— Tenho.
— O quê?
— Claro.
— Mas foi ela. Por que não acredita? Ela te deu um chá
de boceta para te enganar?
— Cass...?
— É sério isso?
— Ah, eu sei...
Finalmente.
CAPÍTULO QUARENTA
Claro que ele disse que isso lhe rendeu uma enorme azia,
porque odiava confrontos desse tipo, mas a ameaça funcionara.
— Para de se curiosa.
— Não, eu não.
— É sério isso?
— Não sou.
Querida Tabitha,
Faz tempo que não escrevo para você, né?
Alguns anos, eu sei. Só que, por mais que saiba que você
amava escrever e receber cartas, em algum momento
eu precisei te deixar partir. De verdade, sabe? Precisei
libertar sua alma para poder libertar a minha também.
Precisei deixar a menina que um dia foi sua irmã para me tornar a
mulher que eu sou hoje.
E, Tab, você teria orgulho de mim.
Sinto falta dos nossos momentos. Sempre vou sentir.
Não é como se eu tivesse conseguido te esquecer. Nem seria possível.
Você está em cada coisa, Tab. Cada música que ouço, casa livro
que eu leio. Cada filme que eu vejo.
Nas risadas mais bobas. Nas lágrimas mais dramáticas.
Eu sei que eu não seria a Melissa que sou hoje
se você não tivesse feito parte da minha vida.
Nossas histórias se escreveram juntas, e por mais que tenham sido
separadas ao longo do caminho, alguns elos não podem ser quebrados
nem mesmo pelo tempo. Nem pela distância.
Talvez eu continue sem te escrever, mana.
Talvez eu coloque palavras em um papel, de vez em quando,
em aniversários, em datas especiais.
Talvez eu só queira desabafar sem que alguém me julgue – o
que passou a ser muito confortável, desde que você se
foi, já que sempre gostou de ser a rainha da razão.
Tá, desculpa. Sem provocações.
Voltando ao assunto... talvez a gente ainda se fale por carta
ou talvez só nos meus sonhos.
Mas eu precisava te contar mais essa única coisa.
Ela tem os seus olhos, Tab.
Ela sorri quase como você.
Tem o mesmo jeitinho de abrir a boca quando está com sono,
a mesma covinha faceira no queixo.
Ela dorme quando o pai toca violão, assim como você gostava de
dormir ouvindo nossas bandas favoritas.
Ela tem o seu nome também, Tab.
É a minha garotinha. Nossa.
Você seria uma tia maravilhosa.
Espero que esteja cuidando dela daí de cima.
De todos nós.
Te amo... para sempre.
FIM
ILUSTRAÇÃO HOT EXTRA!
Até uma próxima história, que não vai demorar nada para
chegar!
SE GOSTOU DESTE LIVRO, LEIA TAMBÉM:
SINOPSE
Quando a madrasta do poderoso CEO Sander Oggana falece, seu último pedido, em um
hospital, é que ele proteja e se case com Jade Murtiz, uma jovem que ele não conhece,
mas que é a filha de seu pior inimigo.
Mesmo sem compreender suas razões, ele vai em busca da moça e a encontra em uma
situação ainda pior do que imaginava: sendo vendida por uma mulher inescrupulosa e
em perigo.
Decidido a cumprir sua promessa, ele a leva para casa e a torna sua esposa, mas com
uma única coisa em mente – abandoná-la o quanto antes e mantê-la em uma propriedade
isolada, para que não precisem conviver.
E é o que ele faz, exatamente na noite de núpcias, deixando-a intocada e se sentindo
rejeitada.
SINOPSE:
O bad boy
A boa moça
Um fake dating
.
De todos os caras por quem Aubrey Mitchell poderia se apaixonar, ela conseguiu
escolher o pior: o garoto-problema Shane Daniels, melhor amigo de seu irmão.
Bad Boy convicto, ele usava sua rebeldia para atingir o pai, com quem passou a ter uma
péssima relação depois da morte da mãe.
Só que tinha uma coisa no mundo que desmontava Shane e que o tornava uma
cadelinha: a irmãzinha de cinco anos, fruto do novo casamento de seu pai, de quem
Aubrey era babá.
Por causa de seu comportamento degradante, o Sr. Daniels proibiu Shane de ver a
irmãzinha e impôs a condição de que só voltaria atrás em sua decisão quando
percebesse que o filho tinha tomado jeito, principalmente nos estudos, retomando sua
posição de quarterback no time da faculdade.
Bem, isso ele poderia fazer, já que era excepcional no esporte. Mas para provar ainda
mais sua mudança, nada melhor do que fingir um namoro com a garota perfeita,
inocente, boa aluna e queridinha da cidade: a doce Aubrey Mitchell.
SINOPSE:
Um CEO milionário que precisa se casar
Uma mulher desesperada para proteger duas crianças
Uma proposta ousada de um casamento por contrato
.
Quando Ethan Reeves, o poderoso CEO de um canal de TV, decide aceitar um
casamento por contrato com a namoradinha da América, para salvar sua péssima
reputação de ser rabugento, recluso, grosseiro e insensível, ele não esperava que
acabaria no altar com a noiva errada!
Kayla Dutton é apenas a doce e inocente assistente da mulher com quem Ethan
pretendia se casar, mas ela foi jogada no olho do furacão, vendo-se sozinha para cuidar
dos dois filhos pequenos de sua chefe, que os abandonou sem nem olhar para trás,
quando praticamente fugiu do altar.
Agora, para proteger as crianças – e a péssima fama de Ethan –, os dois decidem se unir
e assinarem um contrato que os manterá como marido e mulher por dois anos. O que
eles não esperavam era que o destino poderia intervir e lhes garantir uma reviravolta
inesperada, além de lhes proporcionar a família que nenhum deles estava esperando.