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ÍNDICE DE TREYNOR CPA-20

Índice de Treynor

Fala, cabeção!
Já ouviu falar do colega do Sharpe? O Treynor? Nâo? Caso não lembre quem seja ele,
recomendo que busque aqui no material, pois vai ajudar muito no entendimento.
Conceitos
Índice de sharpe (IS) é uma medida de análise de risco e retorno de uma gestão passiva de uma
carteira de ativos (fundo), onde se subtrai o retorno esperado desse ativo (Ra) pelo retorno do ativo
livre de risco (TLR) e se divide pela volatilidade, dada por desvio-padrão. Ainda confuso? Volta lá.

Exemplo
Vamos entender os dois exemplificando o Sharpe, ok? Quando pensamos em taxa do ativo livre
de risco, logo associamos à taxa Selic. Ela costuma servir de referência em rentabilidade para um
investimento de baixo risco, como o Tesouro Selic ou LFT.
Vou pegar uma taxa de 6% ao ano como retorno do nosso título do Tesouro Nacional.
Ah, vale mencionarmos os riscos. Aqui estou falando do risco de crédito sobre a rentabilidade do
Tesouro Selic, principalmente se eu realizar a venda antecipada dele, resgatando-o com ágio ou
deságio. Na oscilação do preço unitário (PU) do título, sofrerá a influência também do risco de
mercado. Fica ligado!
Se nós temos um ativo livre de risco dando retorno de 6% ao ano, com pouquíssimo risco - uma
vez que é um título do Governo -, concorda comigo que lá na nossa fórmula o retorno do outro
ativo tem que ser superior para valer a pena a nossa exposição ao risco? Para mais expectativa de
retorno, mais risco.
Faz de conta que eu espero o retorno de um fundo em 10% ao ano. A partir do momento, que eu
subtraio esse retorno pelo do ativo livre de risco (LFT) de 6%, eu vou ter um prêmio pelo risco de
4%, certo? Na sequência, faço a divisão pelo desvio-padrão, que é a oscilação passada desse ativo.
Importante: desvio-padrão possui dois tipos de riscos embutidos, o sistemático e não sistemático.
Agora, se nessa conta, o retorno lá do meu fundo for menor do que a taxa do ativo livre de risco,
não faria sentido correr esse risco.

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Exemplo: fundo com retorno esperado de 4%. Menos o retorno do título do tesouro (6%), teríamos
um prêmio pelo risco de -2%.

Desvio-padrão sempre será positivo, pois calculamos a variância na raiz quadrada. No final da conta,
portanto, teríamos um valor negativo para o sharpe.
Entenda o conceito: para eu não ter um índice de sharpe negativo, eu preciso que o retorno
esperado, aquele com risco, seja maior que o ativo livre de risco, emitido pelo governo.
Ué, tanta explicação até agora, mas não explicou o índice de Treynor... Expliquei sim, cabeção!
O índice de Treynor (IT) vai meio que na mesma linha. A única diferença será o denominador.
No Treynor, também vamos dividir o retorno esperado do ativo pela taxa do ativo livre de risco
(prêmio). Nada muda. No entanto, a divisão será feita pelo coeficiente beta.

Quem é o beta, afinal?


O Coeficiente Beta é o risco de mercado de uma carteira teórica de ativos, como o índice Ibovespa.
O desvio-padrão, como dito antes, engloba o risco sistemático e não-sistemático. O Treynor veio
justamente para simplificar isso e mitigar o risco possível. Se eu tenho um fundo de ações, com
vários ativos em sua composição, meu investimento está teoricamente diversificado. Dessa forma,
com o beta, automaticamente, eu não vou correr o risco não sistemático (efeito diversificação).

Resumo
Quando maior o índice de Sharpe e Treynor, melhor para o investidor.
Ambos não podem ter resultado negativo.
Índice de sharpe → desvio-padrão
Índice de Treynor → Beta

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