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1. Sinais e Sistemas lineares. LATHI
1. Prova 1 - 23/05
2. Prova 2 - 11/07
2
Aula 1
Revisão Rápida
Números complexos
São uma extensão dos números ordinários e são parte integral do moderno sistema numérico.
Equações como + 1 = 0, resultando em = −1 não possuíam solução no sistema de
numeração real. Durante o tempo de Descartes e Newton, os números imaginários se tornaram
aceitáveis no sistema de numeração, mas ainda eram considerados “ficção algébrica”. Leonard
Euler introduziu a notação i (para imaginário) para representar √−1. Engenheiros eletricistas
utilizam a notação j no lugar de i para evitar confusão com a notação normalmente utilizada
para corrente. Portanto,
= −1
√−1 = ±
√−4 = √4 × √−1 = ±2
= +
3
ℝ =
= cos
= sin
= + = cos + sin
= cos + sin
Para provar a fórmula de Euler, utilizamos a serie de Maclaurin para expandir , cos , sin .
Usando resultado dessa equação pode-se chegar que
= + =
= cos , = sin
=√ + , = tan
4
∗
Onde é chamado “módulo” de z e é chamado ângulo de z. define-se , o conjugado de =
+ é dado por
∗ ∠
= − = =| |
∗
+ =( + )+( − ) = 2 = 2ℝ
∗
=( + )( − )= +
Por exemplo, o número −1 está a uma distância unitária da origem e possui um ângulo ou
− (de fato, qualquer múltiplo ímpar de ± )
±
1 = −1
±
1 = −1, í
O número 1, por outro lado, também está a uma distância unitária da origem, mas possui
ângulo 2 ((de fato, ±2 , para qualquer valor inteiro de ).
±
1 = 1,
Similarmente
=−
±
=±
De fato,
± ± , = 1, 5,9, 13, …
=
∓ , = 3, 7, 11, 15, …
( )
= +
= =
Se
( ± )
= = = 0,1
Então
( ± )
ln = ln = ln ± ( + 2 ) = 0,1,23, …
±
ln 1 = ln 1 =±2 = 0,1,2,3, …
± ( )
ln(−1) = ln 1 =± (2 + 1) = 0,1,2,3, …
± ( ± )/ (1 ± 4 )
ln = ln 1 =± = 0,1,2,3, …
2
( ± )/
= = = 0,1,2,3, …
Senóides
Considere a senóide
( )= cos(2 + )
Sabemos que
1
=
( )= cos(2 ) ( = 0)
( )= cos( + )
1 2
= =
/2
7
2
=
Adição de senóides
Duas senóides com a mesma frequência mais diferentes ângulos de fase se somam para formar
uma única senóide de mesma frequência. Esse fato é facilmente comprovado a partir da bem
conhecida identidade trigonométrica
Onde
= cos
= − sin
Portanto,
= +
= tan −
1
cos = +
2
1
sin = −
2
= cos + sin
= cos − sin
Exercícios de reforço
1) Determine os seguintes números na forma polar
a. 2 + 3
b. −2 + 1
c. +2 − 3
d. 1 + 3
2) Represente os seguintes números no plano complexo e expresse-os na forma Cartesiana
/
a. 2
/
b. 4
/
c. 2
d. 3
e. 2
f. 2
3) Computacional: Usando a função cart2pol do MATLAB converta os seguintes números
da forma cartesiana para polar
a. =2+3
b. = −2 + 4
4) Computacional: usando a função pol2cart do MATLAB, converta o número =
( / )
4 da forma polar para retangular.
5) Nos casos a seguir, expresse x(t) como uma única senóide:
a. ( ) = cos − √3 sin
10
b. −3 cos + 4 sin
Aula 2
Classificação de Sistemas
+ → +
→
12
+ → +
( ) = ( ) + ( )+. . . + ( )
( ) = ( ) + ( )+. . . + ( )
onde ( ) é a resposta ao estado nulo e a entrada ( ). Por exemplo, considere uma entrada
arbitrária ( ):
Ela pode ser aproximada pela soma de pulsos retangulares de largura e alturas variáveis. A
aproximação melhora quando = → 0, dessa forma os pulsos retangulares se tornam
impulsos de segundos separados um dos outros. Portanto, uma entrada arbitrária pode ser
substituída pela soma ponderada de impulsos unitários espaçados em ( → 0) segundos um
dos outros. Portanto, se soubermos a resposta do sistema a um impulso unitário, podemos
determinar a resposta do sistema a um entrada através da soma das respostas de cada
componente de impulso de ( ). De maneira semelhante, ( ) pode ser aproximada pela soma
de funções degrau com amplitudes variadas e espaçadas em ( → 0) segundos uma da
outra. Qualquer entrada ou sinal arbitrário pode ser descrito como a soma ponderada de
senoides (exponenciais) com várias frequências, e o conhecimento da resposta do sistema a
uma senoide nos permite determinar a resposta do sistema a uma entrada arbitrária.
Sistemas cujos parâmetros não são alterados com o tempo são invariantes no tempo, também
são chamados sistemas com parâmetros constantes.
Um sistema com uma relação de entrada/saída descrita por uma equação diferencial linear da
forma
+ +. . . + ( )= +. . . + + ( )
Um sistema é dito instantâneo se sua saída no instante t depende, no máximo do valor de suas
entradas no instante t e não de qualquer valor passado ou futuro das entradas. Caso contrário
o sistema é chamado dinâmico ou com memória. Se a saída em t depender dos sinais de
entrada nos T segundos passados, é um sistema de memória finita com memória de T segundos
(Circuitos RLC são sistemas com memória infinita).
Num sistema causal a saída não pode começar antes da entrada ser aplicada. Um sistema que
viola essa condição de causalidade é um sistema não causal ou antecipativo. Qualquer sistema
prático que opera no real deve, necessariamente ser causal. Sistemas não causais são
15
realizáveis quando a variável independente for outra que não o tempo (por exemplo o espaço).
Um sistema não causal temporal não é realizável em tempo real.
Aula 2
Análise do Domínio do Tempo de Sistemas em Tempo Contínuo - Parte 1
Introdução
Para o propósito de análise, consideramos sistemas lineares diferenciais, está é a classe de
sistemas LCIT (Lineares Contínuo e Invariantes no Tempo), para os quais a entrada, para os
quais a entrada ( ) e a saída ( ) estão relacionadas por eq. diferenciais lineares do tipo:
(1) + +. . . + ( )= +. . . + + ( )
(2) ( + +. . . + + ) ( ) =( + +. . . + +
) ( )
( ) ( ) = ( ) ( )
(3) ( )= + +. . . + +
( )= + +. . . + +
A resposta desse sistema linear pode ser escrita como a soma de duas componentes : a
componente de entrada nula e a componente de estado nulo.
18
(4) ( ) ( ) =
A equação (4) mostra que a combinação linear de ( ) e suas N derivadas sucessivas é igual a
zero para todo . Tal resultado é possível se e somente se ( ) e todas as suas N derivadas
forem da mesma forma.
(5) ( )=
então
(6) ( )= =
( )= = e
( )= =
(7) ( + +. . . + + ) =0
(8) + +. . . + + =0
(9) ( ) =
(10) ( ) = ( − )( − ). . . ( − )=0
(11) ( )= + +. . . +
O polinômio ( ), o qual é característico do sistema, não tem nada haver com a entrada. Por
essa razão, o polinômio ( ) é chamado polinômio característico
(12) ( ) =
Raízes Repetidas
Se existem raízes repetidas, a forma da solução será um pouco modificada. Através da
substituição direta podemos mostrar que a solução da equação
(13) ( − ) ( )=0
é dada por
(14) ( )=( + )
(15)( − ) ( )=0
(16) ( )=( + +. . . + )
Se
(17) ( ) = ( − ) ( − ). . . ( − )
(18) ( )=( + +. . . + ) + +. . . +
20
Raízes complexas
O procedimento para lidar com raízes complexas é o mesmo para raízes reais. Para raízes
complexas o procedimento usual leva a modos característicos complexos e a uma solução na
forma complexa. No entanto, é possível evitar completamente a forma complexa realizando o
procedimento a seguir.
( ) ( )
(19) ( )= +
Para um sistema real , a resposta ( ) também deve ser real, isso só é possível se e forem
conjugados. Fazendo
(20) = e =
( ) ( ) ( ) ( )
(21) ( )= + = ( + )= ( + )
Exemplos no quadro
Exemplo no quadro
21
Por definição, a entrada nula é a resposta do sistema a suas condições internas. Se um sistema
for momentaneamente perturbado de seu estado de repouso e a perturbação for removida, o
sistema não irá retornar instantaneamente para o repouso. Ele geralmente, vai demorar um
certo tempo para retornar ao repouso e fará um caminho específico que é característico do
sistema. O sistema utiliza uma combinação própria dos modos característicos para retornar a
posição de repouso enquanto satisfaz as condições de limite (ou iniciais) apropriadas.
(22) ( ) ( ) = ( ) ( )
(23) ( + +. . . + + ) ( ) =( + +. . . + + ) ( )
(25) ℎ( ) = ( ) + í .
(26) ( + +. . . + + ) ℎ( ) = ( + +. . . + + ) ( )
substituindo (24) em (26) e comparando os coeficientes dos termos impulsivos dos dois lados, a
derivada mais alta dos dois lados é N, com os coeficientes do lado esquerdo e do lado
direito. Os dois valores devem coincidir , portanto = e
(27) ℎ( ) = ( )+ í
Exemplo no quadro
Existe uma técnica que nos permite reduzir o procedimento a uma rotina simples para a
determinação de ℎ( ). Para um sistema LCIT descrito por ( ) ( ) = ( ) ( ), a resposta
ao impulso é dada por
(28) ℎ( ) = ( ) + [ ( ) ( )] ( )
onde ( ) é uma combinação linear dos modos de vibrar do sistema, sujeito às seguintes
condições iniciais:
( )
(29) (0) = ′ (0) = ′′ (0) =. . . = (0) = 0
( )
(0) = 1
( )
onde (0) é um valor da ésima derivada de ( )em = 0. Nós podemos expressar esse
conjunto de condições para os valores de N (ordem do sistema) como:
(30) =1 (0) = 1
=2 (0) = 0 ′(0) = 1
Exemplo no quadro
(31) ( )= ∑ ( ) ( − )
→
podemos escrever
( )
(31) ( )= ∑ ( − )
→
( ) ( )
o termo ( − ) representa um pulso ( − ) com altura . Quando
tende a zero, a altura do pulso tende a infinito, mas a área permanece ( ), logo cada
faixa se aproxima de ( ) ( − ) quando → 0.
(31) ( )= ∑ ( ) ( − )
→
(33)
entrada → saída
( ) → ℎ( )
( − ) → ℎ( − )
[ ( ) ] ( − ) → [ ( ) ]ℎ( − )
∑ [ ( )] ( − ) → ∑ [ ( )]ℎ( − )
→ →
A resposta ao estado nulo ( ) é dada pela integral de convolução. A convolução entre duas
funções é representada simbolicamente por:
(35) ( )∗ ( )=∫ ( ) ( − )
Propriedades da convolução
comutativa:
(36) ( ) ∗ ( )= ( ) ∗ ( )
distributiva:
26
(37) ( ) ∗( ( ) + ( ))= ( ) ∗ ( )+ ( ) ∗ ( )
associativa:
(38) ( ) ∗( ( ) ∗ ( ))=( ( ) ∗ ( )) ∗ ( )
deslocamento:
(39) se ( ) ∗ ( ) = ( ) então ( − )∗ ( )= ( )∗ ( − )= ( − ) e
( − )∗ ( − )= ( − − )
Propriedade da largura:
Na prática, a maioria dos sistemas é causal, de forma que suas respostas não podem começar
antes da entrada. A resposta de um sistema causal a um impulso unitário ( ) em = 0, não
pode começar antes de = 0, portanto ℎ( ) é um sinal causal. Se a entrada ( ) = 0 para <
0 (sinal causal), na integração ( ) = 0 para < 0, similarmente ℎ( − ) = 0 para − < 0,
isto é , para > como representado na figura abaixo.
27
Portanto, ( ) se reduz a
( ) = 0 para > 0
Por causa da propriedade comutativa da convolução podemos expressar a equação (42) pode
ser escrita como:
(43) ( ) = ℎ( ) ∗ ( ) = ∫ ℎ( ) ( − ) para ≥ 0
( ) = 0 para > 0
O limite inferior 0 estará implícito mesmo que seja escrito como 0, esse resultado assume que
tanto a entrada quanto o sistema são causais.
exemplos no quadro
Nós vamos explicar a operação de convolução de dois sinais x(t) e g(t), esboçados na figura
abaixo.
bla bla
bla
bla
29
bla
30