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Bibliografia
1. Sinais e Sistemas lineares. LATHI

Verificação - provas e trabalhos


Etapas para verificar o entendimento e avanços dos alunos

1. Prova 1 - 23/05
2. Prova 2 - 11/07
2

Aula 1
Revisão Rápida

Números complexos
São uma extensão dos números ordinários e são parte integral do moderno sistema numérico.
Equações como + 1 = 0, resultando em = −1 não possuíam solução no sistema de
numeração real. Durante o tempo de Descartes e Newton, os números imaginários se tornaram
aceitáveis no sistema de numeração, mas ainda eram considerados “ficção algébrica”. Leonard
Euler introduziu a notação i (para imaginário) para representar √−1. Engenheiros eletricistas
utilizam a notação j no lugar de i para evitar confusão com a notação normalmente utilizada
para corrente. Portanto,

= −1

√−1 = ±

√−4 = √4 × √−1 = ±2

Álgebra de número complexos


O número complexo + ou o par ( , ) pode ser representado graficamente por um ponto
cujas coordenadas cartesianas são ( , ) em um plano complexo. Vamos chamar esse número
complexo de , tal que

= +
3

Os números e (abscissa e ordenada) de são a parte real e imaginária de , podendo ser


expressos por

ℝ =

Números complexos podem ser expressos em termos de coordenadas polares. Se ( , ) são as


coordenadas polares de = + , então,

= cos

= sin

= + = cos + sin

A fórmula de Euler afirma que

= cos + sin

Para provar a fórmula de Euler, utilizamos a serie de Maclaurin para expandir , cos , sin .
Usando resultado dessa equação pode-se chegar que

= + =

= cos , = sin

=√ + , = tan
4


Onde é chamado “módulo” de z e é chamado ângulo de z. define-se , o conjugado de =
+ é dado por

∗ ∠
= − = =| |

+ =( + )+( − ) = 2 = 2ℝ


=( + )( − )= +

Compreendendo algumas identidades úteis

No plano complexo, representa um ponto a uma distância da origem e com um ângulo


do eixo horizontal.

Por exemplo, o número −1 está a uma distância unitária da origem e possui um ângulo ou
− (de fato, qualquer múltiplo ímpar de ± )

±
1 = −1

±
1 = −1, í

O número 1, por outro lado, também está a uma distância unitária da origem, mas possui
ângulo 2 ((de fato, ±2 , para qualquer valor inteiro de ).

±
1 = 1,

O número está a uma distância unitária da origem e seu ângulo é /2.


5

Similarmente

=−

±

De fato,

± ± , = 1, 5,9, 13, …
=
∓ , = 3, 7, 11, 15, …

Esta discussão mostra a utilidade do gráfico de .

Comentário sobre calculadoras eletrônicas – ler página 23 do livro.

Operações aritméticas, potenciação e radiciação de números complexos – ver página 26 a 29 do


livro

Logaritmo de números complexos


Temos que

log( ) = log + log

log( / ) = log − log

( )
= +

= =

Se

( ± )
= = = 0,1

Então

( ± )
ln = ln = ln ± ( + 2 ) = 0,1,23, …

O valor de ln para k=0 é chamado valor principal de ln , sendo representado por Ln .


6

±
ln 1 = ln 1 =±2 = 0,1,2,3, …

± ( )
ln(−1) = ln 1 =± (2 + 1) = 0,1,2,3, …

± ( ± )/ (1 ± 4 )
ln = ln 1 =± = 0,1,2,3, …
2
( ± )/
= = = 0,1,2,3, …

Senóides
Considere a senóide

( )= cos(2 + )

Sabemos que

cos = cos( + 2 ) = 0, ±1, ±2, ±3, …

Portanto, cos se repete a cada mudança de 2 do ângulo . Para a senóide da equação, o


ângulo 2 + é alterado em 2 cada vez que varia 1/ , ou seja, essa senóide se repete a
cada 1/ segundos. Como resultado, existem repetições ou ciclos completos por segundo,
essa é a frequência da senóide e o intervalo de repetição ou período é dado por

1
=

Para a senóide da equação inicial, a amplitude é , é a frequência (em hertz) e é a fase.

( )= cos(2 ) ( = 0)

( )= cos(2 − /2) = sin(2 ) ( = − /2)

O ângulo de fase pode ser expresso em graus ou radianos.

É conveniente utilizar a variável que é a frequência angular expressar 2 .

( )= cos( + )

1 2
= =
/2
7

2
=

As senóides cos e sin estão representados na figura. A senóide ( )=


cos( − 60°), esse sinal pode ser obtido deslocando (atrasando) o sinal cos para
direita uma fase (ângulo) de 60°. Sabemos que a senóide executa uma mudança de fase de 360°
em um ciclo, um quarto de ciclo corresponde a uma mudança de ângulo de 90°. Portanto,
deslocamos (atrasamos) o sinal da por dois terços de um quarto de ciclo para obter
cos( − 60°).

Note que cos( − /2) = sin e alternativamente sin( + /2) = cos .


8

Adição de senóides
Duas senóides com a mesma frequência mais diferentes ângulos de fase se somam para formar
uma única senóide de mesma frequência. Esse fato é facilmente comprovado a partir da bem
conhecida identidade trigonométrica

cos( + )= cos cos − sin sin = cos + sin

Onde

= cos

= − sin

Portanto,

= +

= tan −

O que mostra que e são o módulo e o ângulo, respectivamente, de um número complexo


− , ou seja − = . O processo de adição de duas senóides de mesma frequência
pode ser melhor explicado usando o conceito de fasores para representar as senóides,
conforme a figura.

Podemos também efetuar a operação inversa.

cos( + )= cos cos − sin sin


9

Senóides em termos de exponenciais: a fórmula de Euler

1
cos = +
2

1
sin = −
2

A inversão dessas equações resulta em

= cos + sin

= cos − sin

Exercícios de reforço
1) Determine os seguintes números na forma polar
a. 2 + 3
b. −2 + 1
c. +2 − 3
d. 1 + 3
2) Represente os seguintes números no plano complexo e expresse-os na forma Cartesiana
/
a. 2
/
b. 4
/
c. 2
d. 3
e. 2
f. 2
3) Computacional: Usando a função cart2pol do MATLAB converta os seguintes números
da forma cartesiana para polar
a. =2+3
b. = −2 + 4
4) Computacional: usando a função pol2cart do MATLAB, converta o número =
( / )
4 da forma polar para retangular.
5) Nos casos a seguir, expresse x(t) como uma única senóide:
a. ( ) = cos − √3 sin
10

b. −3 cos + 4 sin

Ver a sessão “Rascunhando Sinais”.


11

Aula 2
Classificação de Sistemas

Sistemas lineares e não lineares


Conceito de linearidade
Um sistema cuja saída seja proporcional a sua entrada é um exemplo de sistema linear. Porém
a linearidade implica também que seja atendida a propriedade aditiva.

→ Se várias entradas estão atuando em um sistema, o efeito total no sistema devido a


todas as entradas pode ser determinado considerando uma entrada por vez. O efeito total é
então a soma de todas as saídas.

+ → +

Além disso, um sistema linear deve satisfazer a propriedade da homogeneidade ou


escalonamento.

→ Para um número real ou imaginário k, se uma entrada aumentar k vezes, o efeito


aumentará também k vezes.

Homogeneidade + aditividade = princípio da superposição


12

+ → +

Resposta de um Sistema Linear


→ Sistema SISO (Single Input, Single output)

→ Sistema MIMO (Mul ple Input, Mul ple output)

A saída de um sistema para ≥ 0é o resultado de 2 causas independentes: a condição inicial do


sistema (ou o estado do sistema) para = 0 e a entrada ( ) para ≥ 0. Se um sistema é
linear, a saída deve ser a soma das suas componentes resultantes dessas duas causas :
● A componente de resposta a entrada nula, que resulta somente das condições iniciais
para = 0, com a entrada ( ) = 0 para ≥ 0.
● A componente de resposta ao estado nulo, que resulta apenas da entrada ( ) para
≥ 0 quando as condições iniciais (para = 0) são consideradas iguais a zero. A saída
do sistema é nula quando a entrada é nula somente se o sistema estiver no estado nulo.

resposta total = resposta a entrada nula + resposta ao estado nulo

A propriedade da superposição (linearidade) nos permite calcular separadamente 2


componentes de saída. Além disso, se descrevermos uma entrada ( )pela soma de funções
mais simples:

( ) = ( ) + ( )+. . . + ( )

Então, pela linearidade a resposta ( ) é dada por:

( ) = ( ) + ( )+. . . + ( )

onde ( ) é a resposta ao estado nulo e a entrada ( ). Por exemplo, considere uma entrada
arbitrária ( ):

Representação de uma função em termos de componentes de impulso e degrau


13

Ela pode ser aproximada pela soma de pulsos retangulares de largura e alturas variáveis. A
aproximação melhora quando = → 0, dessa forma os pulsos retangulares se tornam
impulsos de segundos separados um dos outros. Portanto, uma entrada arbitrária pode ser
substituída pela soma ponderada de impulsos unitários espaçados em ( → 0) segundos um
dos outros. Portanto, se soubermos a resposta do sistema a um impulso unitário, podemos
determinar a resposta do sistema a um entrada através da soma das respostas de cada
componente de impulso de ( ). De maneira semelhante, ( ) pode ser aproximada pela soma
de funções degrau com amplitudes variadas e espaçadas em ( → 0) segundos uma da
outra. Qualquer entrada ou sinal arbitrário pode ser descrito como a soma ponderada de
senoides (exponenciais) com várias frequências, e o conhecimento da resposta do sistema a
uma senoide nos permite determinar a resposta do sistema a uma entrada arbitrária.

Sistemas Invariantes e Variantes no tempo

Propriedade da Invariância no tempo

Ilustração da propriedade de invariância no tempo


14

Sistemas cujos parâmetros não são alterados com o tempo são invariantes no tempo, também
são chamados sistemas com parâmetros constantes.

→ Se a entrada for atrasada por T segundos, a saída é a mesma porém atrasada em T


segundos (considerando as mesmas condições iniciais em T segundos)

Um sistema com uma relação de entrada/saída descrita por uma equação diferencial linear da
forma

+ +. . . + ( )= +. . . + + ( )

é um sistema linear invariante no tempo (LIT) quando os coeficientes e são constantes.

Sistemas Instantâneos e Dinâmicos.


Como observado anteriormente, a saída de um sistema em um instante t geralmente depende
de todo o passado da entrado (estado inicial). Há, no entanto uma classe especial de sistemas
nos quais a saída em qualquer instante t depende da entrada naquele instante (Ex: circuitos
resistivos) São chamados de sistemas instantâneos ou sem memória.

Um sistema é dito instantâneo se sua saída no instante t depende, no máximo do valor de suas
entradas no instante t e não de qualquer valor passado ou futuro das entradas. Caso contrário
o sistema é chamado dinâmico ou com memória. Se a saída em t depender dos sinais de
entrada nos T segundos passados, é um sistema de memória finita com memória de T segundos
(Circuitos RLC são sistemas com memória infinita).

Sistema Causal e Não Causal


Um sistema causal (também conhecido como físico ou não antecipativo)é aquele no qual a
saída em qualquer instante depende apenas do valor da entrada ( ) para ≥ (e do estado
inicial do sistema).

Num sistema causal a saída não pode começar antes da entrada ser aplicada. Um sistema que
viola essa condição de causalidade é um sistema não causal ou antecipativo. Qualquer sistema
prático que opera no real deve, necessariamente ser causal. Sistemas não causais são
15

realizáveis quando a variável independente for outra que não o tempo (por exemplo o espaço).
Um sistema não causal temporal não é realizável em tempo real.

Sistemas em tempo contínuo e em tempo discreto


Sistemas cujas entradas e saídas são sinais contínuos no tempo são sistema em tempo
contínuo. Sist. cujas entradas e saídas são sinais discretos são sistemas em tempo discreto. Na
prática sinais discretos no tempo são orientados da amostra de sinais contínuos no tempo.

Processamento de sinais contínuos em um sistema de tempo discreto.

Sistemas Analógicos e Digitais


Um sistema cujos sinais de entrada e saída são analógicos é um sistema analógico e um sistema
cujos sinais de entrada e saída são digitais é um sistema digital.

Sistemas inversíveis e não inversíveis


Um sistema S executa uma certa operação em um sinal de entrada. Se pudermos obter a
entrada ( ) da saída ( ) correspondente através de alguma operação, o sistema S é dito
inversível. Quando várias entradas resultam na mesma saída, é impossível obter a entrada e o
sistema é dito não inversível.

Descrição de entrada e saída - exemplos no quadro


16
17

Aula 2
Análise do Domínio do Tempo de Sistemas em Tempo Contínuo - Parte 1

Introdução
Para o propósito de análise, consideramos sistemas lineares diferenciais, está é a classe de
sistemas LCIT (Lineares Contínuo e Invariantes no Tempo), para os quais a entrada, para os
quais a entrada ( ) e a saída ( ) estão relacionadas por eq. diferenciais lineares do tipo:

(1) + +. . . + ( )= +. . . + + ( )

onde e são constantes. Pode ser escrito como:

(2) ( + +. . . + + ) ( ) =( + +. . . + +
) ( )

( ) ( ) = ( ) ( )

No qual ( ) e ( ) são polinômios:

(3) ( )= + +. . . + +

( )= + +. . . + +

Considerações práticas tornam M>N indesejável. A equação diferencial funciona como um


diferenciador de ordem (M-N), que representa um sistema instável, pois uma entrada limitada
(por exemplo) um degrau, pode resultar em uma saída não limitada . Um ruído (sinal de
banda larga com componentes em todas as frequências é aumentado por um diferenciador. Ele
contém uma quantidade significativa componentes que variam rapidamente, cuja a derivada é
grande , assim um sistema no qual M>N as componentes de altas frequências do ruído
aumentam pela diferenciação de forma que ele mascara completamente a saída do sistema,
desta forma, sistemas práticos geralmente tem M<N.

A resposta desse sistema linear pode ser escrita como a soma de duas componentes : a
componente de entrada nula e a componente de estado nulo.
18

Resposta do sistema a condições internas: resposta


de entrada nula
A resposta a entrada nula ( ) é a solução da Eq (1) quando ( ), tal que

(4) ( ) ( ) =

A equação (4) mostra que a combinação linear de ( ) e suas N derivadas sucessivas é igual a
zero para todo . Tal resultado é possível se e somente se ( ) e todas as suas N derivadas
forem da mesma forma.

Vamos presumir que

(5) ( )=

então

(6) ( )= =

( )= = e

( )= =

substituindo na equação (4)

(7) ( + +. . . + + ) =0

para solução não trivial

(8) + +. . . + + =0

(9) ( ) =

esta equação pode ser representada por

(10) ( ) = ( − )( − ). . . ( − )=0

O polinômio possui N soluções , , …, assumindo que . Consequentemente, a equação


diferencial possui N possíveis soluções , , …, com , ,... sendo
constantes arbitrárias.
19

A solução genérica é dada por:

(11) ( )= + +. . . +

O polinômio ( ), o qual é característico do sistema, não tem nada haver com a entrada. Por
essa razão, o polinômio ( ) é chamado polinômio característico

(12) ( ) =

, , …, são as raízes da equação característica, também chamadas: raízes características,


valores característicos, autovalores ou frequências naturais do sistema.

As exponenciais ( = 1,2, . . . , ) da resposta de entrada nula são chamados modos


característicos, modos de vibrar, modos naturais.

A resposta a entrada nula é a combinação linear dos modos característicos do sistema.

Raízes Repetidas
Se existem raízes repetidas, a forma da solução será um pouco modificada. Através da
substituição direta podemos mostrar que a solução da equação

(13) ( − ) ( )=0

é dada por

(14) ( )=( + )

Neste caso, os modos característicos são e .

Pode-se mostrar que para a equação

(15)( − ) ( )=0

os modos característicos são , , ,...,

(16) ( )=( + +. . . + )

Se

(17) ( ) = ( − ) ( − ). . . ( − )

(18) ( )=( + +. . . + ) + +. . . +
20

Raízes complexas
O procedimento para lidar com raízes complexas é o mesmo para raízes reais. Para raízes
complexas o procedimento usual leva a modos característicos complexos e a uma solução na
forma complexa. No entanto, é possível evitar completamente a forma complexa realizando o
procedimento a seguir.

Raízes complexas devem ocorrer em pares conjugados se os coeficientes do polinômio


característico ( ) são reais. A resposta a entrada nula para o par de complexos é:

( ) ( )
(19) ( )= +

Para um sistema real , a resposta ( ) também deve ser real, isso só é possível se e forem
conjugados. Fazendo

(20) = e =

( ) ( ) ( ) ( )
(21) ( )= + = ( + )= ( + )

Exemplos no quadro

Condições Iniciais Práticas e o significado de 0 e 0


Em problemas práticos devemos determinar tais condições a partir da situação física. em
grande parte da nossa discussão, assume-se que a entrada começa em = 0, as condições
imediatamente antes de = 0 são condições = 0 e imediatamente após = 0 . Na prática,
provavelmente saberemos as condições = 0 . Os dois conjuntos de condições são
geralmente diferentes, apesar de, em alguns casos serem iguais.

A resposta total ( ) é constituída de duas componentes ( )(resposta às condições iniciais


com ( ) = 0) e a componente de estado nulo. Para = 0 a resposta total ( )consiste
apenas da componente de entrada nula ( ), pois a entrada ainda não foi aplicada. logo as
condições iniciais são idênticas para ( ): (0 ) = (0 ) e ′(0 ) = ′(0 ). Além disso,
( ) não depende da entrada, ou seja (0 ), ′(0 ), … são idênticos a (0 ), ′(0 ), …
respectivamente. Mas no caso da resposta total (0 ) ≠ (0 ) e ′(0 ) ≠ ′(0 ), e
assim por diante.

Exemplo no quadro
21

Por definição, a entrada nula é a resposta do sistema a suas condições internas. Se um sistema
for momentaneamente perturbado de seu estado de repouso e a perturbação for removida, o
sistema não irá retornar instantaneamente para o repouso. Ele geralmente, vai demorar um
certo tempo para retornar ao repouso e fará um caminho específico que é característico do
sistema. O sistema utiliza uma combinação própria dos modos característicos para retornar a
posição de repouso enquanto satisfaz as condições de limite (ou iniciais) apropriadas.

Resposta ao impulso unitário h(t)


Na aula passada, explicamos como a resposta do sistema a um impulso pode ser determinada
substituindo a entrada por pulsos retangulares estreitos e então somando todas as respostas
do sistema a cada componente. Os pulsos retangulares tendem a impulsos quando as larguras
dos pulsos tendem a zero. Essa discussão mostra que, se soubermos a resposta do sistema a
uma entrada impulsiva, podemos determinar a resposta do sistema a uma entrada arbitrária.

Agora iremos discutir um método para determinação de ℎ( ), a resposta ao impulso unitário


para um sistema LCIT descrito pela equação diferencial de ordem N:

(22) ( ) ( ) = ( ) ( )

onde ( )e ( ) são polinômios de ordem N e M respectivamente. Sistemas práticos se


limitam a ≤ como já abordamos anteriormente, o caso mais geral é = :

(23) ( + +. . . + + ) ( ) =( + +. . . + + ) ( )

A resposta h(t) ao impulso unitário é a resposta do sistema a uma entrada impulsiva ( )


aplicada em = 0, com todas as condições iniciais zero para =0 . ( )aparece
momentaneamente em = 0e então desaparece, ele resulta no armazenamento de energia,
ou seja, cria condições iniciais não nulas instantaneamente dentro do sistema para =0 .
Apesar de a entrada em impulso sumir para > 0, de forma que o sistema não possui mais
entrada após a aplicação do impulso, o sistema ainda possui uma resposta gerada pelas
condições iniciais em = 0 recém criadas, portanto, a resposta ao impulso deve ser
constituída dos modos de vibrar ou modos característicos do sistema para ≥ 0 .

(24)ℎ( )= termos dos modos de vibrar ≥0

Essa resposta é válida para > 0, mas o que acontece em = 0???


22

No momento único = 0, só pode haver no máximo um impulso (também é possível que as


derivadas de ( ) apareçam na origem, mas se ≤ é impossível que ℎ( ) tenha
componentes derivadas de ( )), assim a resposta completa para ≥ 0 é

(25) ℎ( ) = ( ) + í .

Como ℎ( ) é a resposta ao impulso ( ), fazendo ℎ( ) = ( ) e ( ) = ( ) e substituindo na


equação (23) temos

(26) ( + +. . . + + ) ℎ( ) = ( + +. . . + + ) ( )

substituindo (24) em (26) e comparando os coeficientes dos termos impulsivos dos dois lados, a
derivada mais alta dos dois lados é N, com os coeficientes do lado esquerdo e do lado
direito. Os dois valores devem coincidir , portanto = e

(27) ℎ( ) = ( )+ í

e os termos de impulso só existem se M=N.

Exemplo no quadro

Existe uma técnica que nos permite reduzir o procedimento a uma rotina simples para a
determinação de ℎ( ). Para um sistema LCIT descrito por ( ) ( ) = ( ) ( ), a resposta
ao impulso é dada por

(28) ℎ( ) = ( ) + [ ( ) ( )] ( )

onde ( ) é uma combinação linear dos modos de vibrar do sistema, sujeito às seguintes
condições iniciais:

( )
(29) (0) = ′ (0) = ′′ (0) =. . . = (0) = 0

( )
(0) = 1

( )
onde (0) é um valor da ésima derivada de ( )em = 0. Nós podemos expressar esse
conjunto de condições para os valores de N (ordem do sistema) como:

(30) =1 (0) = 1

=2 (0) = 0 ′(0) = 1

=3 (0) = 0 ′(0) = 0 ′′(0) = 1


23

e assim por diante.

Como afirmado anteriormente, se a ordem do ( ) é menor do que a ordem de ( ), isto é,


< , então = 0 e o termo ( ) em ℎ( ) é zero.

Exemplo no quadro

A resposta do sistema a um impulso atrasado


Se ℎ( ) é a resposta de um sistema LICT para a entrada ( ) então ℎ( − ) é a resposta do
mesmo sistema a uma entrada atrasada em T segundos ( − ).

→ Propriedade de invariância no tempo

Portanto, conhecendo ℎ( ) podemos determinar a resposta ao impulso atrasada ℎ( − ).

Resposta do sistema a um entrada externa - resposta


de estado nulo
Assumimos que todos os sistemas discutidos nesta seção estão no estado nulo, a não ser que
mencionado o contrário. A resposta de estado será a resposta total do sistema.

Utilizaremos a propriedade da superposição para determinar a resposta do sistema a um


entrada ( ). Vamos definir um pulso ( )de uma altura unitária e largura começando em
t=0 conforme a figura

Se escrevermos a entrada ( ) como a soma de pulsos retangulares estreitos: o pulso em =


possui altura ( ) e pode ser expresso por ( ) ( − ). Agora, ( ) é a soma de
todos os pulsos indo de −∞ a +∞
24

(31) ( )= ∑ ( ) ( − )

podemos escrever

( )
(31) ( )= ∑ ( − )

( ) ( )
o termo ( − ) representa um pulso ( − ) com altura . Quando
tende a zero, a altura do pulso tende a infinito, mas a área permanece ( ), logo cada
faixa se aproxima de ( ) ( − ) quando → 0.

(31) ( )= ∑ ( ) ( − )

Pelo princípio da superposição:

(33)

entrada → saída

( ) → ℎ( )

( − ) → ℎ( − )

[ ( ) ] ( − ) → [ ( ) ]ℎ( − )

∑ [ ( )] ( − ) → ∑ [ ( )]ℎ( − )
→ →

(34) ( ) = ∑ [ ( )]ℎ( − ) =∫ ( )ℎ( − )



25

Dessa forma conhecendo ℎ( ) podemos determinar ( ) para qualquer entrada arbitrária ( ).


Essa integral é chamada integral de convolução.

A resposta ao estado nulo ( ) é dada pela integral de convolução. A convolução entre duas
funções é representada simbolicamente por:

(35) ( )∗ ( )=∫ ( ) ( − )

Propriedades da convolução
comutativa:

(36) ( ) ∗ ( )= ( ) ∗ ( )

distributiva:
26

(37) ( ) ∗( ( ) + ( ))= ( ) ∗ ( )+ ( ) ∗ ( )

associativa:

(38) ( ) ∗( ( ) ∗ ( ))=( ( ) ∗ ( )) ∗ ( )

deslocamento:

(39) se ( ) ∗ ( ) = ( ) então ( − )∗ ( )= ( )∗ ( − )= ( − ) e
( − )∗ ( − )= ( − − )

Propriedade de amostragem do impulso:

A convolução de uma função com o impulso unitário resulta na própria função

(40) ( )∗( )=∫ ( ) ( − ) = ( )

Propriedade da largura:

se a duração de ( )e ( ) forem finitas , dadas por e então a duração de ( )∗ ( )


terá duração + .

Resposta ao estado nulo e a causalidade


A resposta de um sistema LICT é

(41) ( ) = ( ) ∗ℎ( ) = ∫ ( )ℎ( − )

Na prática, a maioria dos sistemas é causal, de forma que suas respostas não podem começar
antes da entrada. A resposta de um sistema causal a um impulso unitário ( ) em = 0, não
pode começar antes de = 0, portanto ℎ( ) é um sinal causal. Se a entrada ( ) = 0 para <
0 (sinal causal), na integração ( ) = 0 para < 0, similarmente ℎ( − ) = 0 para − < 0,
isto é , para > como representado na figura abaixo.
27

Portanto, ( )ℎ( − ) = 0 para todo , exceto para 0 ≤ ≤ . Se for negativo ( )ℎ( −


) = 0 para todo .

Portanto, ( ) se reduz a

(42) ( ) = ( ) ∗ℎ( ) = ∫ ( )ℎ( − ) para ≥ 0

( ) = 0 para > 0

Por causa da propriedade comutativa da convolução podemos expressar a equação (42) pode
ser escrita como:

(43) ( ) = ℎ( ) ∗ ( ) = ∫ ℎ( ) ( − ) para ≥ 0

( ) = 0 para > 0

O limite inferior 0 estará implícito mesmo que seja escrito como 0, esse resultado assume que
tanto a entrada quanto o sistema são causais.

exemplos no quadro

Interpretação Gráfica da Convolução


28

A operação de convolução pode ser compreendida prontamente examinando-se a


interpretação gráfica da integral de convolução. Tal entendimento pode ser útil ao avaliar a
integral de convolução de sinais mais complexos. Em adição, a convolução gráfica permite
compreender visualmente ou mentalmente o resultado de uma integral de convolução, o que
pode ser de grande ajuda para problemas de amostragem, filtragem, entre outros. Finalmente,
muitos sinais não tem um descrição matemática exata, então podem ser descritos somente
graficamente.

Nós vamos explicar a operação de convolução de dois sinais x(t) e g(t), esboçados na figura
abaixo.

bla bla

bla

bla
29

bla
30

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