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4⁰- Ano
Discentes Docentes
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Antecedentes do projecto..........................................................................................................3
1.2. JUSTIFICATIVA DO PROJECTO..........................................................................................4
1.3. IDENTIFICAÇÃO E ENDEREÇO DO PROPONENTE........................................................4
1.4. CONSULTOR DE AIA............................................................................................................5
5. QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL...................................................................................6
5.1. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL.................................................................................................8
5.2. DESCRIÇÃODOPROJECTO..................................................................................................9
5.3. LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO..........................................................................................9
5.4. Descrição do projecto...............................................................................................................9
6.MÃO-DE-OBRA........................................................................................................................10
6.1. NECESSIDADES DE ÁGUA E ENERGIA ELÉCTRICA...................................................11
6.2. Geração de resíduos................................................................................................................11
6.3. DESCRIÇÃO PRELIMINAR DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DE REFERÊNCIA DO
PROJECTO....................................................................................................................................12
6.4. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRECTA E INDIRECTA........................................................13
7. POTENCIAS IMPACTOS DO PROJECTO E ANÁLISE DE QUESTÕES FATAIS............14
ACÇÕES POTENCIALMENTE CAUSADORAS DE IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS
.......................................................................................................................................................14
7.1. POTENCIAIS IMPACTOS BIOFÍSICOS.............................................................................15
7.2. PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOECONÓMICOS E DE SEGURANCA OPERACIONAL
.......................................................................................................................................................16
7.3. TERMOS DE REFERÊNCIA PAR AO EIA.........................................................................17
7.4. OBJECTIVOS E ÂMBITO DOS TERMOS DE REFERÊNCIA..........................................17
8. COMPONENTES AMBIENTAIS DO EIA..............................................................................17
8.1. METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS.....................19
8.2. O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA..................................................................20
9. Conclusão..................................................................................................................................21
10. Anexos e apêndice...................................................................................................................21
11. Referências bibliográficas.......................................................................................................23
1. Introdução
1.1. Antecedentes do projecto
Estas águas quando não são adequadamente tratadas constituem fonte de poluição dos corpos de
água receptores. Nos países em vias de desenvolvimento apenas uma pequena parte de águas
residuais do sistema de esgoto é tratada (Mara, 2003).
O objectivo final da engenharia de águas residuais é a protecção da saúde pública de uma forma
compatível com as preocupações ambientais, económicas e sociais, uma vez que o tratamento de
águas residuais que ela proporciona reduz a transmissão de doenças relacionadas com os dejectos
humanos e também contribui para a redução da poluição por estes e, consequentemente, da
degradação do meio e da vida aquática (Mara, 2003).
Estes efluentes, à jusante do ponto de emissão no rio Mulauze, apresentam um aspecto turvo e
cheiro desagradável o que sugere a potencial contaminação por diversos factores físicos,
químicos e biológicos, directamente relacionados com a ETAR e de outras actividades que se
realizam ao longo do Vale do Infulene. Wu, et al. (2015) afirma que os efluentes resultantes de
estações convencionais de tratamento de esgotos, ao exemplo da ETAR de Maputo, muitas vezes
contêm contaminantes com concentrações acima dos níveis permitidos por lei.
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A ETAR da cidade de Maputo foi construída nos anos 80, originalmente projectada para servir
somente 90.000 h.e. (habitantes equivalentes) e com caudal máximo de 2.000 m3/h (555 L/s)
(Mutevuie, 2015).
Assim sendo, é de extrema importância fazer o estudo de pré-viabilidade dos possíveis impactos
ambientais fatais.
Segundo o (Decreto Nº. 54/2015), de 31 de Dezembro que fala sobre o processo de avaliação do
impacto ambiental, essa actividade é classificada como sendo da categoria ‘’B’’ e segundo o
artigo 8 do mesmo decreto deve; no seu número 1, que diz; todas as actividades susceptíveis de
causar impactos sobre ambiente, devem ser objecto de pré-avaliacao a ser efectuada pela
entidade que superintende a área de AIA, e também devem obedecer o artigo 9 do mesmo
decreto, após desta fase de pré-avaliacao o proponente deve passar para a fase subsequente que é
de plano de boas práticas ambientais.
As águas residuais são sujeitas a vários processos de tratamento para separar as matérias
poluentes da água. Os primeiros tratamentos – pré-tratamento – separam os sólidos mais
grosseiros por gradagem, as areias por desarenamento e as gorduras por desengorduramento.
A ETAR da cidade de Maputo está localizada no Vale de Infulene na cidade de Maputo, Sul de
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Moçambique, entre as latitudes 250 l e entre as longitudes 320 Este.
O acesso está situado aproximadamente a 15 metros da estrada para Machava (Av. Eduardo
Mondlane) e a 25 metros do rio Mulauze.
Maputo – Moçambique
A Lotinho Consultores, Ltda. é uma empresa com larga experiência em Avaliação de Impactos
Ambientais em Moçambique. Contem nos seus quadros vários especialistas para analisar os
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vários descritores necessários para um estudo deste nível e relacionados com a actividade em
causa.
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Decreto nº 18/2004 de 2 de Junho, actualizado e rectificado pelo Decreto nº 67/2010 de
31 de Dezembro, que preceitua os padrões de qualidade ambiental e emissão de efluentes.
Lei das Águas (Lei nº16/91 de 3 de Agosto); Lei de Águas determina medidas para
prevenção e controlo de contaminação das águas, licenciamento de actividades nas zonas
de protecção adjacentes aos recursos hídricos e regras para autorização de despejo de
efluentes.
Directiva Geral para Estudos de Impacto Ambiental (Diploma Ministerial Nº. 129/2006);
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A Lei do Ambiente
A Lei do Ambiente (Decreto n.º 20/1997 de 1 de Outubro) foi aprovada pelo Parlamento
Moçambicano em Julho de 1997. O objectivo desta lei é o de fornecer um quadro legal para o
uso e gestão correcta do ambiente e seus componentes. As características proeminentes da Lei
incluem o seguinte:
Estabelece uma norma geral que proíbe a realização de todas as actividades que causam danos
ambientais e que excedam os limites legalmente definidos (com particular destaque para a
poluição);
A Lei proíbe a poluição através da descarga de qualquer substância Poluidora no solo, subsolo,
água ou atmosfera ou qualquer outra forma de degradação do ambiente, que esteja fora dos
limites estipulados por lei; e
Segundo o Artigo 3.º, as disposições deste decreto aplicam-se a todas as actividades públicas ou
privadas que directas, ou indirectamente, possam influir no ambiente, de acordo com os termos
do Artigo 3.º da Lei do Ambiente.
O Artigo 4.º determina que o Projecto proposto deve ser avaliado à luz de listas de categorias
(projectos das categorias A+, A, B e C) e de critérios ambientais adicionais conforme definidos
nos Artigos 7.º, 8.º e 9.º, para determinar os requisitos do processo da Avaliação de Impacto
Ambiental. As quatro categorias são definidas em pormenor a seguir.
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Categoria A+: As actividades constantes do Anexo I, consideradas como tendo impactos
adversos significativos no ambiente e que estão sujeitas a realização de um Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e supervisão por Revisores Especialistas independentes com experiência
comprovada;
Categoria C: As actividades constantes do Anexo IV, que estão isentam de qualquer EIA e EAS,
estando apenas sujeitas a apresentação de Procedimentos de Boas Práticas de Gestão Ambiental.
5.2. DESCRIÇÃODOPROJECTO
A ETAR da cidade de Maputo está localizada no Vale de Infulene na cidade de Maputo, Sul de
Moçambique, entre as latitudes 250 l e entre as longitudes 320 Este
A ETAR da cidade de Maputo foi construída nos anos 80, originalmente projectada para servir
somente 90.000 h.e. (habitantes equivalentes) e com caudal máximo de 2.000 m3/h (555 L/s)
(Mutevuie, 2015).
Cerca de 80% da população da cidade de Maputo usa fossas sépticas e a cidade da Matola não
tem rede de esgotos onde 65% da população é servida por sistemas individuais nomeadamente
tanques sépticos e latrinas (Muhate & de Andrade, 2017; UNHABITAT, 2008).
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Fases da construção do projecto
Fase de operação
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6. MÃO-DE-OBRA
Necessidades de água
Foi necessário água para misturar cimento para construção da infra-estrutura. Para o acesso à
água o empreendimento foi necessário fazer um furo a mais de 50 metros de profundidade
(hipotético).
Necessidade de energia
O Projecto teve várias opções de acesso à energia eléctrica. Apesar de haver possibilidade de
acesso à energia da rede de transmissão que abastece a CDM, numa fase inicial o proponente foi
providenciar a exploração com energia gerada no local. Na da energia eléctrica, foi necessário
garantir o acesso a energia 24/24 podendo-se no entanto combinar uma mistura de várias fontes
energéticas - eólica, solar e fóssil, para que o uso de gerador seja somente para responder aos
picos de consumo.
Pretendeu-se com o abastecimento de água e energia, que fossem efectuados a partir de uma
única trincheira que foi cavada de forma a seguir o trajecto da picada para minimizar o impacto
sobre o ambiente. Os cabos de energia foram primeiro colocados, cobertos com uma camada de
areia fina e isolados. Seguidamente instalados as tubagens param água residual (63mm) e água
limpa (40mm) (hipotético).
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6.2. Geração de resíduos
Já para a fase de operação, apenas se antevê a geração de resíduos domésticos e resíduos líquidos
provenientes do tratamento das águas.
AMBIENTE FÍSICO
Topografia
Vários complexos morfológicos estão incluídos na área da cidade, desde o vale de Infulene, até
ao rio Matola, que constitui o limite ocidental, enquanto os limites nortes são artificiais e cortam
ortogonalmente em linha recta o andamento dominante do relevo. A região da baia onde se situa
a cidade, está caracterizada por uma vasta área planáltica que se mantém acima de 40 metros de
altitude.
Solo
O solo é arenoso, de cor cinzentos e branco nas zonas arenosas, rico em nutrientes, altamente
permeáveis e geralmente com uma camada fina, rica em matéria orgânica.
Clima
O clima da zona de estacão de tratamento de águas residuais, é caracterizado por duas estações
do ano, o Verão que se estende de Outubro a Março, e o Inverno que começa em Abril e termina
em Setembro. O Verão é quente e húmido e o Inverno tem temperaturas moderadas, mas é seco.
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No período chuvoso, devido ao aumento do volume dos caudais provocados pelas cheias, as
estações de tratamento serão solicitadas a processar maiores volumes de águas residuais em
períodos curtos.
HIDROLOGIA
Os cursos de água são do vale do Infulene e do rio Matola, sendo que ambos desaguam no
estuário que forma a baia de Maputo. Esta cidade apresenta um relevo plano, é atravessado por
um rio que irriga as plantações que abastecem os mercados da cidade de Maputo e Matola.
A Área de Influência Directa (AID) corresponde à área geográfica afectada directamente pelo
projecto e por actividades associadas a este e depende das características do meio receptor.
A Área de Influência Indirecta (AII) define-se como a zona indirectamente afectada pelo
projecto e por actividades relacionadas com este.
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7. POTENCIAS IMPACTOS DO PROJECTO E ANÁLISE DE QUESTÕES FATAIS
Feita a análise do estudo, conclui-se que não há existência questões fatais que impeçam a
implementação do projecto. Os impactos ambientais identificados não são de grande
significância, o que significa que são possíveis de serem mitigados sem maior custo. Para análise
das questões fatais no ambiente ou na sociedade foram considerados os seguintes factores;
Análise prévia das condições biofísicas do ambiente afectado pelo projecto e também a
sua área de influência;
Para a minimização ou eliminar estes impactos, foram desenhadas as medidas de mitigação, onde
o estudo de impacto ambiental seguiu um plano de gestão Ambiental que os proponentes levaram
em conta como questão chave a definição clara das obrigações, responsabilidades na
implementação da medida de mitigação e monitoramento deste empreendimento industrial.
Na fase de construção
Remoção da vegetação;
Uso de máquinas pesadas;
Escavação do solo;
Compactação do solo;
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Mobilização de equipamentos e matérias de construção;
Ligação aos serviços de electricidade e água;
Na fase de operação
Na fase de enceramento
O nivelamento do espaço;
Reabilitação da vegetação perturbada;
Transporte de equipamentos e materiais para fora do local.
Poluição do ar
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Alteração da paisagem
Durante a fase de operação a alteração da estrutura visual, deu origem a um forte contraste de
leitura, na paisagem, estabelecendo uma estrutura visualmente subdividida, muito organizada e
de carácter mais humanizado.
Geração de resíduos
Já para a fase de operação, antevê a geração de materiais insolúveis, nesta fase, visa evitar que
estes se acumulem em outras secções do sistema de tratamento, evitar a obstrução das condutas e
proteger as peças contra o desgaste e fatiga resíduos domésticos não perigosos, nomeadamente,
restos de comida, pequenas embalagens de papel e cartão, consumíveis de escritório,
provenientes do escritório.
Positivos
Impactos negativos
Interferências culturais;
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Aspectos de Segurança Operacional
Deste modo, o objectivo desse termo de referência (TdR) segundo o artigo citado acima no seu
número 1, na sua alínea b, é de determinar o âmbito do EIA, e consequentemente, desenho dos
(TdR), nos casos em que não hajam questões fatais que torne inviável as actividades.
Clima;
Ruído;
Qualidade do Ar;
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Flora e fauna.
Aspectos socioeconómicos:
Agricultura;
Vias de acesso;
Habitação;
Transportes;
Água e saneamento;
Foram apontados de forma própria as alterações ambientais que ocorreram com o planeamento,
implantação ou operação de empreendimentos ou actividades humanas, sendo feito por
especialistas de diversas áreas do conhecimento
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Metodologia de Listagem (Check-List ou Listas de Verificação)
Nesta metodologia foi elaborada uma lista de impactos ambientais, que poderiam disatinguidos
por fase do empreendimento e por meio afectado (físico, biológico e sócio-econômico).
Na utilização dessas matrizes deve-se identificar as acções humanas que poderão afectar os
elementos do meio ambiente, características ambientais ou processos ecológicos e marcar o
quadrado referente à interacção.
Estudo de Desktop
Nos estudos desktop, os dados serão compilados e analisados pelo consultor, incluindo mapas
topográficos, geológicos, de solos, uso e cobertura do solo, vegetação. Com estas informações,
foram feitas descrições dos seguintes tópicos da área do projecto:
ESTUDOS ESPECIALIZADOS
No que tangue a este aspecto, foi elaborado um relatório possuindo todas as condições do local
tais como:
A descrição das condições actuais das populações que se encontram na área de projecto,
referente ao tipo de habitação predominante, hábitos e costumes, fonte de água e energia e
também as actividades económicas realizadas por estas populações.
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8.2. O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA
A participação pública é processo que compreende a consulta e audiência pública. Ela implica o
fornecimento de informação e auscultação a todas as partes interessadas e afectadas, directa ou
indirectamente por uma actividade, o pedido de esclarecimento, a formulação de sugestões,
devendo realizar-se em conformidade com a respectiva Directiva a emitir pelo MICOA.
O plano de gestão de ambiental tem como enfoque a identificação dos principais impactos
ambientais, socioeconómicos, segurança ocupacional relativa a todas fases de implementação do
projecto em análise “Estudo de Impacto Ambiental para instalação da estacão de tratamento de
água residuais, cidade da Matola, Província de Maputo” O Plano de Gestão Ambiental forneceu
aquilo que são as bases e directrizes para o correcto desenvolvimento do projecto (assegurar que
as actividades do projecto sejam desenvolvidas e conduzidas de uma forma ambientalmente
responsável), daí que a PGA deve efectuar um conjunto de obrigações, medidas e
responsabilidades de cada um dos intervenientes do projecto.
9. Conclusão
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O processo de definição do âmbito identificou os potenciais impactos do projecto, incluindo,
entre outros, impactos sobre a biodiversidade, sobre a qualidade da água, do solo e do ar,
impactos sócio-económicos e impactos relacionados com a segurança ocupacional.
Estas questões ambientais e sociais, no entanto, exigem uma investigação mais detalhada, a ser
realizada durante a fase de EIA, através de estudos especializados. Não foram identificadas,
nesta fase, “questões ambientais fatais” que indiquem que a actividade proposta não é viável.
Planificação
Construção
X X X X X X
Escavação
X X X X X X
Limpeza X
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X X
Execução
X X X
Tratamento de
água
X X X X
Recepção da X X X X
água Residual
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FUNASA (2004). Manual de Saneamento - Orientações técnicas. Brasília: Fundação Nacional
de Saude.
Saeed, T.; Sun, G. (2012). A review on nitrogen and organics removal mechanisms in subsurface
flow constructed wetlands: dependency on environmental parameters, operating conditions
and supporting media. Journal of Environmental Management 112 (ELSEVIER).
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