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Matéria: Hermenêutica

Tema: Princípios Hermenêuticos entre os Judeus

Grupo: Matheus, Pr André, Séfora e Lucineia

Pauta: O Processo Hermenêutico dentro da História. Estudo Dirigido sobre os


Princípios Hermenêuticos entre os Judeus.

Para começarmos a descrever um pouco da Hermenêutica Judaica, devemos entender


que os Judeus têm como base somente o Antigo Testamento, e estando muito ligados ao
Pentateuco. Então a interpretação já se difere da Hermenêutica Cristã, pelo fato de
não reconhecerem a Jesus como o Messias, sendo assim nas passagens que se referem
ao Messias para os Judeus eles interpretam de forma que o mesmo ainda virá para
liberta-los e governar.

Dessa formar as passagens proféticas que se referem a Jesus no Cristianismo, para os


Judeus ainda iram acontecer esse é um fator de maior peso para se levantar um
diferencial entre as duas interpretações. Agora iremos mais fundo na forma dos Judeus
executarem essa Tradição Hermenêutica Judaica.

Demonstrou ser necessário ter em sua estrutura dois aspectos fundamentais: uma
memória religiosa e as chaves da interpretação. Por "memória religiosa" consideramos
as tradições rituais relacionadas à Bíblia que não são mencionadas claramente nos
versículos. De fato, algumas coisas são sempre lembradas, como por exemplo, os sinais
característicos dos animais permitidos ou não permitidos para os sacrifícios. Outras
considerações permaneceram totalmente ignoradas por essa memória.

Por "chaves de interpretação" consideramos um conjunto de regras de interpretação que


permitem deduzir novas leis, religiosas e sociais, a partir do Pentateuco. O Talmud
conservou treze regras hermenêuticas, como por exemplo, princípios de analogia, a
influência do contexto. A partir delas o mestre podia construir toda uma lógica que
considerava desde implicações no campo dos ritos e da filosofia, sempre sob a condição
de permanecer coerente com elas mesmas e com o espírito da Bíblia. São as múltiplas
interpretações que dariam forma ao surgimento de diferentes escolas Judaicas.

Além da fidelidade aos ensinamentos das escolas e seguimento dos processos instituídos
pelos mestres, os Judeus têm grande compromisso com sua cultura baseada no
Pentateuco e as leis religiosas e sociais ligadas à Terra de Israel.

As Festas Judaicas São extremamente valorizadas e é feito um processo de


Hermenêutica para se compreender o sentido de obedecer essas leis e cumprir com
todos os requisitos descritos acerca das festas, para que seja feita a vontade de Deus e
que seja abençoada a casa e família dos mesmos.

A Hermenêutica Judaica é também de extrema importância para o Cristianismo pois


é um passo aonde se destrincha muitas passagens e explicações acerca do povo de Deus
e também sobre a cultura de Jesus, através da intepretação dos Judeus entendemos
muitas leis da quais Jesus cumpriu e processo pelo qual passou como por exemplo a sua
circuncisão e também o Shabat.

Podemos dar um exemplo dessa importância também na interpretação de saudação entre


os Judeus que seria “Shalom”, e os Cristãos “A paz do Senhor”. A palavra hebraica
shalom, traduzida por paz, tem correspondente em todas as línguas semíticas (grupo de
raças que inclui os hebreus, os árabes, entre outros). Nessas línguas, o significado de
shalom é amplo e rico: ter suficiente, ser amável, pacífico, paz, amizade.

Podemos observar diversas igualdades como também diferença entre a Hermenêutica


Judaica e Cristã. Porém como já explicado no início o que irá mais diferenciar ambas
será a forma que é interpretado Jesus Cristo, os Judeus colocam-no como “Somente
mais um Profeta” e muitos debocham Dele. E os Cristões reconhecem a Jesus como
“Filho de Deus e o único e suficiente Salvador”, que veio ao mundo e viveu como
homem para morrer pelos pecados da humanidade trazer Salvação.
Bibliografia: Bíblia Sagrada (ARC) – Livro Hermenêutica Bíblica (Antonieto
Grangeiro Sobrinho) – Livro Hermenêutica “ Uma Abordagem Multidisciplinar da
leitura Bíblica” (Elmer Dyck) - https://www.judaismoecristianismo.org

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