Este documento é um trabalho acadêmico sobre filosofia do direito escrito por João Pedro Fonseca Pires para a Universidade Estadual de Goiás. O trabalho explora a relação entre o conceito de "ius puniedi" (direito de punir) e a obra de Thomas Hobbes "Leviatã", especificamente a noção de um estado forte e autoritário capaz de garantir ordem através do poder punitivo.
Este documento é um trabalho acadêmico sobre filosofia do direito escrito por João Pedro Fonseca Pires para a Universidade Estadual de Goiás. O trabalho explora a relação entre o conceito de "ius puniedi" (direito de punir) e a obra de Thomas Hobbes "Leviatã", especificamente a noção de um estado forte e autoritário capaz de garantir ordem através do poder punitivo.
Este documento é um trabalho acadêmico sobre filosofia do direito escrito por João Pedro Fonseca Pires para a Universidade Estadual de Goiás. O trabalho explora a relação entre o conceito de "ius puniedi" (direito de punir) e a obra de Thomas Hobbes "Leviatã", especificamente a noção de um estado forte e autoritário capaz de garantir ordem através do poder punitivo.
Direito pela Universidade Estadual de Goiás no terceiro período, como nota parcial avaliativa.
Orientador: Prof. Gustavo
Vettorato
MORRINHOS 2022 INTRODUÇÃO:
O objetivo em questão é de estabelecer uma correlação entre ius
puniedi, que em síntese se refere ao direito punitivo, atribuído ao estado, ou seja, o poder de sancionar, de estabelecer a ordem por meio do medo de retaliação, ao passo de relacionar com a obra de Hobbes, onde o poder de um estado forte e punitivo, cujo deve ter pulso firme e sem flexibilidade, segundo Hobbes apenas com tal atitude uma ordem inquestionável pode ser estabelecida.
Antes de correlacionar dois tópicos é necessário antes explicá-los,
primeiramente O livro Leviatã, escrito por Thomas Hobbes, Hobbes dentre os filósofos juristas, defendia uma ideia de um estado forte em seu livro, Hobbes dizia que é da natureza humana estabelecer caos e desordem, e que independente do meio em que estivessem inseridos, a natureza caótica e conflitante do ser humano sempre prevaleceria, a vontade e necessidade de buscar o poderio, a racionalidade presente no ser, que o faz pensar ser superior a alguém, ou colocar em perspectiva na qual se sobressaia, assim gerando conflito e um estado de caos, de guerra.
Hobbes assim como o restante dos filósofos contratualistas, defendeu a
ideia de um contrato social, isto é, um consenso da sociedade no qual abdicam de algo para alcançar um estado de plenitude, Locke e demais abordaram uma ideia branda do contrato, já Hobbes afirmou que o homem devia abrir mão de sua liberdade, por completo, a entregar nas mãos de um governo competente, que por fim a troco, estabeleceria um estado de paz em tal meio social, e para tal devia existir um líder inato, poderoso e inviolável, cujos cidadãos não pudessem questionar ou alterar duas atitudes, em outras palavras um líder totalmente autoritário, com poderes de ditar o bom ou ruim, o certo ou errado, ditar penas, criar leis, para Hobbes apenas assim era possível sanar a natureza animalesca do ser humano, por isso o nome de seu livro, leviatã, o ser bíblico poderoso e temido pelos homens, onde ninguém ousaria desafia-lo e se caso ousasse seu esforço seria tocante vão.
Nesse sentido, um líder, um Estado completamente forte e totalitário,
cujo devia o ius puniedi, no direito penal, simples como o direito do estado de punir, como antes dito, é necessário a criação de leis, normas cujas garantem a boa conduta e um estado de paz em meio a sociedade, estado esse que deve ser garantido hoje, não mais por um contrato social simbólico, devido a ausência do líder forte, e sim garantido por meio de sanções, punições a transgressões, essas criadas, legitimadas, por um estado forte, determinado pela própria sociedade, porém simbolicamente inviolável, como o leviatã. Sendo assim é direito do estado, a partir do momento que um contrato consensual é firmado, garantir a ordem por meio da abdicação parcial ou total da liberdade, essa ordem é garantida por meio de punições, e ius puniedi, é o termo utilizado pata dar nome ao direito do estado forte de exercer seu poder punitivo, afim de garantir o contrato idealizado por Hobbes. REFERENCIAS
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um
Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 2004. 495 p.