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COMANDANTE-GERAL

CEL BM EDGARD ESTEVO DA SILVA

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL BM ERLON DIAS DO NASCIMENTO BOTELHO

EQUIPE REVISORA
TEN-CEL BM MIGUEL DE ARAÚJO CUSTÓDIO
MAJ BM RODRIGO ANTÔNIO BATISTA DE PAULA
MAJ BM JOÃO PAULO FERRONI
MAJ BM CRISTIAN SOUZA SANTOS
MAJ BM CRISTIANO MAGALHÃES PRADO SILVA
CAP BM MARCELO LEITE DE PAULA
CAP BM ALYSON FRANCISCO LOPES
CAP BM DIOGO BRAGA CHELINI PEREIRA
1º TEN BM MARIA ANGÉLICA TEREZINHA GUIMARÃES
1º TEN BM CARLOS ROBERTO DE FREITAS
1º TEN BM SAMUEL FERREIRA Y GONZALES
1º TEN BM RICARDO SERRA DE SOUZA BONILHA MORAIS
1º TEN BM EVERALDO ANDRADE HUBNER
1º TEN BM CLÓVIS HELBERT DE SOUZA SANTOS
1º TEN BM AILSON DIAS MARTINS
2º TEN BM MAGNO RODRIGUES OLIVEIRA
2º TEN BM LUIZ HENRIQUE MURICI
2º TEN BM CLÁUDIA SANTOS DE PAULA GONÇALVES

COLABORAÇÃO
TEN CEL BM GIANCARLO AUGUSTO DE PAULA

REVISÃO GRAMATICAL
CAP BM ELISEU WASHINGTON GONÇALVES MARQUES

DIAGRAMAÇÃO
CAP BM ELISEU WASHINGTON GONÇALVES MARQUES
3º SGT BM FLÁVIA SILVA CAMILO

CAPA
1º SGT GILMAR LUIS PINTO
3º SGT DENNIS HENRIQUE DIAS PEÇANHA
Todos os direitos reservados ao CBMMG.
É permitida a reprodução por cópia para fins de estudo e pesquisa.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C787 Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.


Instrução Técnica Operacional 14 : Procedimentos
para comunicação operacional. 2.ed. Belo Horizonte:
CBMMG, 2021.

27p. il.

1. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.


2. Instrução Técnica operacional 14. 3.ITO 14.
4.Radiocomunicação. 5. Comunicação Operacional.
6. Atendimento telefônico. 7.Transmissão via rádio.
I. Título.

Ficha catalográfica elaborada por Andréia Júlio CRB6/2095 CDD


616.025

Versão digital.

Disponível em:
https://drive.google.com/drive/folders/1H5qutaZBmihvdbqQW49ayadXhFeD0ldK?usp=sharing
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BBM Batalhão de Bombeiros Militar


BEMAD Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres
BOA Batalhão de Operações Aéreas
CBMMG Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
CBU Coordenador de Bombeiros da Unidade
CEB Comando Especializado de Bombeiros
CIAD Centro Integrado de Atendimento e Despacho
COB Comando Operacional de Bombeiros
COBOM Centro de Operações de Bombeiros Militar
COE Coordenador de Operações Especializadas
ITO Instrução Técnica Operacional
OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
SEPLAN Seção de Planejamento
SOF Sala de Operações da Fração
SOU Sala de Operações da Unidade
UEOp Unidade de Execução Operacional
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 5
2 FINALIDADE....................................................................................................... 8
3 OBJETIVOS........................................................................................................ 9
4 O ATENDIMENTO TELEFÔNICO...................................................................... 10
4.1 Atendimento emergencial.............................................................................. 10
4.2 Atendimento não emergencial...................................................................... 11
5 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL........................................ 12
5.1 Radiocomunicação......................................................................................... 12
5.2 Centrais de Comunicação (COBOM/CIAD/SOU/SOF)................................. 12
5.3 Despachantes/Radioperadores..................................................................... 13
5.4 Guarnição empenhada................................................................................... 13
6 PROCEDIMENTOS PARA TRANSMISSÃO VIA RÁDIO.................................. 14
6.1 Locais inadequados para transmissão/recepção....................................... 15
6.2 Práticas proibidas.......................................................................................... 16
6.3 Verificação das condições de transmissão................................................. 16
7 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL......................... 18
7.1 Alfabeto fonético militar................................................................................ 18
7.2 Números ordinais........................................................................................... 19
7.3 “Código Q”...................................................................................................... 20
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS............................................................................... 22
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 23
ANEXO “A”............................................................................................................ 24
ANEXO “B”............................................................................................................ 26
1 INTRODUÇÃO 5

1 INTRODUÇÃO

Definiremos a comunicação como um processo que envolve a troca de


informações entre dois ou mais interlocutores, necessitando de regras para que
possam ser compreendidas.
São componentes do processo de comunicação: o emissor da mensagem, o
receptor da mensagem, a mensagem em si, o canal de propagação, o meio de
comunicação, a resposta e o ambiente onde o processo comunicativo acontece.
Esse processo envolve alguns elementos básicos, sendo eles: as motivações
ou a intenção de comunicar, a informação como composição da mensagem, a
codificação e transmissão, a recepção dos sinais e códigos, a decodificação e a
interpretação da mensagem pelo receptor. O processo da comunicação é
estabelecido pela tecnologia da comunicação, as características dos emissores e
receptores da informação, seus códigos de referência, protocolos e alcance.
Em relação à forma, a comunicação pode ser verbal, não verbal, gestual e
mediada.
Verbal - Comunicação através da fala propriamente dita, formada por
palavras e frases. Apesar das possíveis dificuldades como a timidez e a gagueira,
ainda é a melhor forma de comunicação.
Não verbal - Comunicação que não é feita por palavras faladas ou escritas.
Usam-se os símbolos como os sinais, as placas, os logotipos, os ícones que são
constituídos de formas, cores e tipografias, que combinados transmitem uma ideia,
uma informação ou mensagem.
Gestual (Linguagem corporal) - Comunicação através dos movimentos
gestuais e de postura que contribuem para que a informação seja mais efetiva. A
gesticulação foi a primeira forma de comunicação e hoje é reconhecida como língua,
a língua de sinais, utilizadas por pessoas com deficiência auditiva ou na fala. Com o
aparecimento da palavra falada os gestos se tornaram secundários, contudo eles
constituem o complemento da expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da
mensagem.
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 6

Mediada - Comunicação em que está envolvido algum tipo de mecanismo ou


mediador entre os interlocutores.
Com relação ao ambiente, o processo da comunicação pode sofrer
interferências, como um ruído, prejudicando a interpretação ou compreensão da
mensagem pode ser prejudicada.
Nos primórdios do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, as atividades de
comunicações iniciaram-se junto com sua organização, na época, os avisos de
incêndio, eram realizados por salvas de canhões disparadas do alto do morro do
castelo e pelos sinos das igrejas dos locais em que ocorria o evento.
No dia 02 de julho de 1964, foi inaugurado o serviço de rádio comunicações
do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, dando início às comunicações entre
a sede dos quartéis e as viaturas operacionais em atendimento à sociedade. O
serviço era utilizado para transmitir as informações, integrando todos os envolvidos
no atendimento às ocorrências.
Com o avanço tecnológico e as frequentes solicitações relativas às
ocorrências de natureza policial e de bombeiros, no dia 07 de setembro de 1973,
foram instituídos e disponibilizados para a população os tridígitos 190 e 193 para
acionamento da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, respectivamente, de
forma gratuita. O jornal Estado de Minas, naquela data, noticiou que esse
acionamento era possível, inclusive, do telefone público.
A comunicação eficiente é parte essencial da operacionalidade e segurança
de uma emergência. Os Bombeiros Militares têm um papel importantíssimo no
processo de comunicação, tanto na transmissão quanto no recebimento das
mensagens durante um evento emergencial.
A variedade de ambientes traz a necessidade de variados meios de
comunicação. Cada tipo de comunicação na ocorrência tem vantagem e
desvantagem. Nenhum método ou sistema é plenamente eficaz para todo tipo de
evento. Isso significa que as comunicações nas ocorrências podem envolver desde
a comunicação pessoal até o uso do mais sofisticado de um sistema de
comunicação via satélite.
1 INTRODUÇÃO 7

Assim, para obter maior eficiência é preciso estar apto a usar os


equipamentos de comunicação que temos à nossa disposição, e conhecer os
procedimentos padrões de comunicação usados na Corporação.
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 8

2 FINALIDADE

Esta ITO estabelece procedimentos para a realização de comunicações


operacionais no âmbito do CBMMG, e tem como finalidade:

a) disciplinar a forma de comunicação operacional no âmbito da Corporação;


b) nivelar o conhecimento de todos os militares integrantes da Instituição
CBMMG, no que tange à comunicação operacional;
c) possibilitar a fluidez e a assertividade nas mensagens transmitidas;
d) favorecer a sinergia entre os atores envolvidos na solução de um incidente;
e) evitar atropelos e entendimentos dúbios a respeito do que é transmitido.
3 OBJETIVOS 9

3 OBJETIVOS

Incorporar ao acervo das instruções operacionais, contribuindo para formar


um conjunto de normas regulamentares que garantam a prestação do serviço
operacional com a melhor qualidade possível.
Propiciar uma forma de comunicação padronizada e diferente da linguagem
popular, assegurando o entendimento das mensagens transmitidas.
Assegurar que as comunicações operacionais feitas pelos militares
diretamente envolvidos no incidente sejam plenamente entendidas por toda a tropa
que tenha acesso aos meios de comunicação.
Possibilitar que um evento emergencial possa ser inspecionado e avaliado
rapidamente.
Garantir que todas as partes envolvidas no controle da emergência possam
ser informadas ou consultadas e que as ordens, planos e informações possam ser
rapidamente dados e recebidos.
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 10

4 O ATENDIMENTO TELEFÔNICO

Os telefones de emergência são aqueles utilizados exclusivamente para a


atividade fim da corporação. Através do telefone, o solicitante efetua seu pedido de
socorro para si ou para outrem, aguardando resposta efetiva e imediata por parte da
corporação.
O tridígito 193 constitui o principal elo entre a sociedade e o Corpo de
Bombeiros quando se trata de atendimento de urgência e emergência, devendo ser
constantemente avaliado, tanto com relação aos aspectos técnicos, quanto aos
aspectos humanos. Seu bom funcionamento está relacionado à boa comunicação.

4.1 Atendimento emergencial

É todo atendimento realizado pelo CBMMG através do tridígito 193,


demandado por qualquer pessoa quando em situação de urgência ou emergência.
No atendimento emergencial, além das disposições constantes da ITO 01
para “Telefonista/Radioperador”, devem-se observar as seguintes regras:

a) atender com resposta breve, objetiva e, principalmente, com identificação


pessoal, exemplo: "Bombeiros, emergência! Soldado fulano de tal (atendente fulana
de tal), bom dia/tarde/noite!”
b) atender com paciência e educação, buscando as informações
fundamentais ao auxílio para gerar a chamada. É importante lembrar que o
solicitante pode estar envolvido na ocorrência e, por isso, ele possivelmente estará
ansioso e impaciente, considerando a situação de emergência.
c) atender inspirando confiança ao solicitante.
d) atender ao solicitante com frases acolhedoras, por exemplo: "Mantenha a
calma", "Aguarde a chegada dos Bombeiros".
e) orientar o solicitante, educadamente, quando o atendimento for encargo de
outro órgão.
f) evitar termos usados no diminutivo, como: aguarde um minutinho. Use:
aguarde um momento, por favor.
4 O ATENDIMENTO TELEFÔNICO 11

g) atender de modo formal e não utilizar termos afetivos ou gírias, tais como:
“meu bem”, “meu caro”, “querida/querido”, “tá dominado”, “cara”.

4.2 Atendimento não emergencial

É todo atendimento realizado pela corporação através do tridígito 193,


demandado por qualquer pessoa quando na busca por informações de setores e/ou
serviços que não implique, necessariamente, situação de urgência e emergência.
Nesse caso, o atendimento deve ser rápido e cortês. Contudo, o
rádioperador/teleatendente deve informar imediatamente ao solicitante que se trata
de telefone para uso exclusivo em atendimento de urgência e emergência, limitando-
se, no máximo, à transferência para setores da corporação que estejam em sintonia
com o aparelho telefônico.
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 12

5 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

A comunicação operacional é constituída pelos seguintes elementos principais no


âmbito do CBMMG: radiocomunicação, centrais de comunicação (COBOM/SOU),
despachantes/radioperadores e guarnição empenhada.

5.1 Radiocomunicação

Radiocomunicação é um sistema de comunicação através de ondas


eletromagnéticas propagadas pelo espaço livre, utilizado no estabelecimento de
comunicação de voz e dados entre estações portáteis, móveis e fixas, distantes
fisicamente. Esse sistema é empregado no CBMMG em demandas relacionadas às
atividades operacionais da instituição.
Basicamente, o sistema será composto por:

a) estações fixas - Equipamento de comunicação instalado em Unidades


Operacionais com alimentação realizada por fonte ligada à rede elétrica;
b) estações móveis - Equipamento de comunicação instalado em viaturas com
alimentação realizada por fonte ligada à bateria do veículo;
c) estações portáteis - Equipamento de comunicação que pode ser transportado
pelo próprio usuário com alimentação realizada por baterias conectadas
diretamente ao equipamento;
d) repetidoras - Conjunto de equipamentos instalados em locais de altitude
elevada, com capacidade de receber e retransmitir ondas de radiofrequência,
superando obstáculos naturais que dificultam a comunicação direta.

5.2 Centrais de Comunicação (COBOM/CIAD/SOU/SOF)

Uma central de comunicações é a porta de entrada dos anseios da sociedade


quando o assunto é o socorro público, devendo, por isso, receber da Corporação a
valorização que lhe é devida. É importante compreendermos que o sucesso de
qualquer operação e o nível de satisfação do atendimento à comunidade começa no
local onde é recebida a primeira comunicação do solicitante, quer no COBOM, nas
SOU ou SOF. Aliado a isso, a central de comunicações é o foco das transmissões
5 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 13

via rádio a um local emergencial, auxiliando de forma eficaz na solução do problema


e, consequentemente, no restabelecimento da incolumidade pública.
Os recursos materiais e humanos necessários para operar em uma
emergência, são despachados pela central de comunicações, provendo todo o
aparato necessário para a resolução de um incidente.
Para que o sistema opere de forma eficiente, a central de comunicações
precisa se manter integralmente informada da situação de cada guarnição envolvida
na ocorrência, seja no deslocamento ou no local propriamente dito.
Há vários meios pelos quais a central de comunicações pode despachar ou
aguardar o envio de recursos operacionais. A maioria das centrais modernas de
comunicação usa algum tipo de sistema computadorizado com auxílio de um áudio
para gerenciar suas atividades. Esses sistemas são comumente chamados de
sistema CAD (computer aided dispatch), que em português significa despacho
auxiliado por computador.

5.3 Despachantes/Radioperadores

São os militares designados para atuar na sala de despacho/operações e são


responsáveis diretamente pela transmissão das mensagens operacionais. Além das
atribuições constantes da ITO 01, eles devem ter amplo conhecimento da geografia
urbana de sua área de atuação, dos recursos disponíveis e das diretrizes da
presente Instrução Técnica Operacional, para que a comunicação transcorra com
fluidez e eficiência, e o resultado no atendimento seja o mais exitoso possível.

5.4 Guarnição empenhada

São os recursos humanos efetivamente empenhados para a solução do


incidente, onde o militar que opera o radiotransmissor da viatura ou o HT deverá ter
conhecimento dos procedimentos necessários para a efetiva utilização desses
equipamentos, bem como das diretrizes da presente instrução.
Torna-se necessário que esse militar esteja plenamente envolvido com a
ocorrência, pois ele será “os olhos” da Central de Operações no local da ocorrência,
auxiliando no perfeito funcionamento do sistema.
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA A COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 14

6 PROCEDIMENTOS PARA TRANSMISSÃO VIA RÁDIO

A radiotelefonia tem como finalidade transmitir mensagens a grande distância.


Portanto, para sua eficiência, os procedimentos abaixo listados são essenciais para
uma boa comunicação:

a) o operador deve usar um headset para suas comunicações;


b) para se comunicar, o operador deve selecionar pelo programa de
computador, o canal da unidade que receberá a comunicação;
c) aperte o “PTT”, seja no pedal ou no manual, para transmitir a mensagem;
d) mantenha uma distância da boca para o microfone durante a transmissão de
toda a mensagem, algo em torno de 5 cm;
e) observe se a rede está limpa, ou seja, se não há ninguém transmitindo
naquele instante;
f) aguarde um segundo antes de começar a falar, após acionado o sistema,
para que o início da mensagem não seja incompleto. Esse cuidado deve ser
tomado principalmente quando a rede funciona através de repetidora;
g) durante a comunicação, a identificação é obrigatória em toda estação de
rádio. Em alguns sistemas modernos, o simples apertar da tecla de
transmissão já identifica a estação na central;
h) aguarde quando houver alguém falando com a central. A central só poderá
receber ou transmitir uma mensagem por vez. Exceto se for “PRIORIDADE”;
i) mentalize a mensagem antes da transmissão. Ela deve ser clara, concisa e
precisa, mesmo que complexa;
j) adie a chamada caso uma estação não responda. Após alguns minutos ou
após um posicionamento melhor, tente repeti-la. Caso esse deslocamento
para um melhor posicionamento não seja possível, tente a comunicação com
outras estações (inclusive móveis) e solicite a retransmissão da mensagem;
k) enquanto estiver transmitindo, mantenha a tecla apertada e solte-a
imediatamente após falar;
l) durante a transmissão, não utilize expressões desnecessárias;
m) utilize o rádio somente em comunicação operacional;
n) fale claro e pausadamente, dando a mesma entonação em todas as palavras;
6 PROCEDIMENTOS PARA TRANSMISSÃO DE VIA RÁDIO 15

o) fale com entonação normal na voz, não grite nem sussurre;


p) mantenha-se calmo, não fale de maneira monótona nem irritante e tampouco
mostre ansiedade;
q) seja cuidadoso na dicção, pronuncie todas as sílabas das palavras sem
deixar cair o volume da voz nas sílabas finais;
r) pense antes de transmitir, para evitar interrupções desnecessárias na
comunicação;
s) codifique (soletrar) a mensagem quando houver dificuldades na comunicação.

Para guarnições empenhadas em locais distantes da Central de Operações,


em alguns casos, torna-se necessário a adoção de alguns procedimentos que
possibilitarão uma melhor comunicação, a saber:

a) observe a topografia, pois uma elevação pode auxiliar na obtenção de


condições adequadas de comunicação;
b) melhore o posicionamento da viatura em relação à central ou repetidora;
c) nas mensagens entrecortadas, de difícil compreensão, observe se há algum
transformador ou linha de alta tensão, morro ou prédio alto nas proximidades,
pois dificultam a recepção;
d) desligue o motor da viatura para diminuir o ruído;
e) informe à central que está recebendo as informações com dificuldade. Assim
o operador lhe transmitirá a mensagem pausadamente, repetindo os trechos
mais importantes;
f) na impossibilidade de comunicação com a central, realize a comunicação pelo
telefone.

6.1 Locais inadequados para transmissão/recepção

Assim como existem os melhores locais para transmissão/recepção, existem


também os piores, que devem ser evitados sempre que possível. Por exemplo:

a) próximos a grandes transformadores ou subestações de eletricidade;


b) sob cabos de alta tensão;
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 16

c) sob coberturas de postos de combustíveis;


d) sob galpões industriais ou coberturas metálicas em geral;
e) sob linhas de transmissão de energia elétrica;
f) junto a prédios altos, morros, sob viadutos ou dentro de túneis.

6.2 Práticas proibidas

As seguintes práticas são terminantemente proibidas:

a) realizar comunicação não oficial entre operadores e com tratamento que não
sejam os respectivos codinomes;
b) abordar assuntos de cunho administrativo;
c) empregar palavras ou expressões que não sejam autorizadas;
d) entonação irônica ou agressiva na voz;
e) interromper a comunicação em andamento, exceto em caso de “prioridade”.

6.3 Verificação das condições de transmissão

É utilizada a classificação apresentada na tabela 1, oriunda do código militar,


quando em um pedido de recepção ou em resposta a um pedido de recepção, ou
seja, se o emissor deseja saber como está sendo recebido, em virtude da
comunicação estar procedendo com dificuldade.

Tabela 1 – Escala de legibilidade e intensidade

ESCALA LEGIBILIDADE INTENSIDADE


1 Inintegível Muito fraca
2 Inteligível com intermitência Fraca
3 Inteligível com dificuldade Regular
4 Inteligível Boa
5 Inteligibilidade perfeita Ótima
Fonte: elaborado pelos autores
6 PROCEDIMENTOS PARA TRANSMISSÃO DE VIA RÁDIO 17

Legibilidade – Entende-se por legibilidade a clareza, a compreensão da


mensagem (sinal) recebida.
Intensidade – Entende-se por intensidade o volume, a tonalidade da
mensagem (sinal) recebida.
Deve-se fazer o questionamento usando a expressão convencional “qual a
recepção?” Na resposta ao pedido, deve ser dada uma informação curta e concisa
da recepção real, dando consequentemente uma ideia exata das condições de
legibilidade e intensidade, como, por exemplo, recebo 5 (legibilidade) ponto 5
(intensidade).
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 18

7 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

Como em toda atividade humana, também nas comunicações, há o modo


correto e o modo errado de se fazer as coisas. Para obter uma boa comunicação é
necessária que se mantenha a disciplina e se observem alguns procedimentos
básicos, que são: conhecimento da linguagem empregada, conhecimento prático
dos instrumentos utilizados, respeito à hierarquia e disciplina, dentre outros.
A linguagem militar difere daquela empregada no âmbito civil por questões
óbvias, o que nos obriga a estabelecer um meio de comunicação que esteja em
consonância com os ditames do nosso regramento militar.
Isso posto, torna-se imprescindível que utilizemos na comunicação
operacional três instrumentos presentes na linguagem militar (Forças Armadas) e
que são os principais diferenciadores da linguagem coloquial ou formal empregada
rotineiramente no meio civil, a saber: alfabeto fonético militar, os números ordinais e
o código “Q”.

7.1 Alfabeto fonético militar

A história do alfabeto fonético militar se confunde com a história dos primeiros


alfabetos de soletração. Todavia, cada instituição militar: exército, marinha e
aeronáutica, possuíam o seu próprio alfabeto fonético e, como é de se imaginar,
essa falta de padronização causava grandes problemas em função da confusão que
se fazia quando os grupos estabeleciam comunicações entre eles. Aliado a isso,
estavam os problemas de interferências e ruídos nas transmissões das mensagens.
No ano de 1941, entretanto, quando os Estados Unidos entraram na Segunda
Guerra Mundial, os militares perceberam a urgência de se criar um alfabeto fonético
militar padronizado, para que todos os grupos pudessem se comunicar com os seus
aliados de maneira assertiva. Mesmo esse primeiro alfabeto militar, ainda não sendo
o ideal, foi bastante útil para as comunicações militares. Porém, alguns problemas
quanto às dificuldades de entendimento de várias letras persistiam. Assim, quando a
Segunda Guerra Mundial terminou os militares se empenharam em aperfeiçoar o
alfabeto militar.
7 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 19

O funcionamento do alfabeto fonético, entretanto, é bastante simples, uma


vez que se baseia em palavras que se referem a cada letra do alfabeto. Desse
modo, na hora da transmissão, ao invés do responsável falar uma letra, ele diz a
palavra que é atribuída à letra. O difícil foi encontrar as melhores palavras a serem
utilizadas, pois elas não poderiam ter sons semelhantes para que não confundisse o
receptor da mensagem. O alfabeto fonético militar, Tabela 2, é também o que se
chama de alfabeto radiotelefônico ou de soletração. Além disso, as palavras que ele
utiliza são praticamente as mesmas do alfabeto fonético da OTAN que, atualmente,
é o mais utilizado dentre todos os alfabetos de soletração.

Tabela 2 – Alfabeto fonético

LETRA CÓDIGO LETRA CÓDIGO


A Alpha N November
B Bravo O Oscar
C Charlie P Papa
D Delta Q Quebec
E Echo R Romeo
F Foxtrot S Sierra
G Golf T Tango
H Hotel U Uniform
I India V Victor
J Juliet W Whiskey
K Kilo X X-Ray
L Lima Y Yankee
M Mike Z Zulu
Fonte: elaborados pelos autores

7.2 Números ordinais

Os números ordinais são tipos de numerais utilizados para indicar uma ordem
ou hierarquia numa dada sequência. Ou seja, eles indicam a posição ou lugar que
algo ou alguém ocupa numa série ou conjunto.
7 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 20

São muito utilizados em competições esportivas, para indicar andares de


edifícios, tópicos de uma lista, as partes de algo, artigos de lei, decretos, capítulos
de obra, indicação de séculos, dentre outros.
Na linguagem militar é utilizado para se evitar falhas na comunicação ou
entendimento dúbio da mensagem transmitida.
O número “zero”, que não é ordinal, é empregado como “negativo”, tendo em
vista o costume já consolidado nas comunicações militares. Por exemplo, temos o
número da chamada “237085”, ele será pronunciado da seguinte forma: “segundo,
terceiro, sétimo, negativo, oitavo, quinto”.

7.3 “Código Q”

O “Código Q” é adotado internacionalmente pelas Forças Armadas e trata de


uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra "Q".
Inicialmente foi desenvolvida para a comunicação radiotelegráfica comercial e
posteriormente adotada por outros serviços de rádios, especialmente o
radioamadorismo. Apesar de os códigos Q terem sido criados quando o rádio usava
apenas o código Morse, eles continuaram a ser empregados depois da introdução
das transmissões por voz. Para evitar confusão, indicativos de chamadas têm sido
frequentemente limitados a restringir sinais começando com "Q" ou tendo uma
sequência de três Q embutidos.
O código Q original foi criado, aproximadamente, em 1909 pelo governo
britânico, como uma lista de abreviações preparadas para o uso dos navios
britânicos e estações costeiras licenciadas pela agência postal geral. O código Q
facilitou a comunicação entre operadores de rádios marítimos que falam línguas
diferentes, por isso, sua rápida adoção internacionalmente. Um total de quarenta e
cinco códigos Q aparece na lista de abreviações para serem usados na
radiocomunicação, que foi incluída no serviço de regulamentação anexo à terceira
convenção internacional de radiotelegrafia. A convenção aconteceu em Londres e foi
assinada em 05 de julho de 1912, tornando-se efetiva em 01 de julho de 1913.
Os códigos Q compreendidos entre QAA-QNZ são reservados para uso
aeronáutico; QOA-QOZ para uso marítimo; QRA-QUZ para todos os serviços.
Todavia, para nossa atividade de comunicação operacional, não há necessidade de
adotarmos uma grande quantidade de códigos, pois apenas alguns se mostram
7 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 21

adequados à nossa missão. São exemplos as seguintes codificações, conforme


Tabela 3.
Tabela 3 – Código “Q” mais utilizados no CBMMG
CÓDIGO PERGUNTA/RESPOSTA
QAP NA ESCUTA
QTH ENDEREÇO LOCALIZAÇÃO
QRX ESPERE AGUARDE
QTA ÚLTIMA FORMA
QRL VOCÊ ESTÁ OCUPADO?
QRS DEVO TRANSMITIR MAIS DEVAGAR?
QSF VOCÊ REALIZOU O SALVAMENTO?
QSL PODE ACUSAR RECEBIMENTO? RECEBIDO
QSN ESCUTOU-ME?
QSY MUDAR PARA OUTRA FREQUÊNCIA
TKS* OBRIGADO
Fonte: Elaborado pelo Autor - Adaptação de algumas definições de Código “Q”
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA A COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 22

8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Para a Comunicação na rede de rádio do COBOM/CIAD e Unidades de


Execução Operacional na RMBH, de acordo com as peculiaridades serão utilizadas
designações próprias, tanto para Unidades Operacionais quanto para autoridades
que tem seu local de trabalho na capital e região metropolitana, evitando qualquer
tipo de dúvida quanto ao emissor/receptor da mensagem, conforme o definido no
Anexo A da pressente ITO.
As demais autoridades pertencentes ao Comando Geral e Estado Maior que
necessitarem fazer uso da rede de radiocomunicação operacional irão se identificar
pela função e não por codinome. Para os demais Batalhões interiorizados adotar-se-
á a designação das funções como codinome, visto que não há, até o presente
momento, municípios fora da RMBH com mais de um BBM. Portanto, como não há
como confundir os operadores da rede de rádio. Dessa forma, os codinomes serão:
Comandante, Subcomandante, CBU, SEPLAN, etc.
Os integrantes das viaturas das Unidades/frações fora da RMBH, quando
estiverem na capital e houver necessidade de comunicar com outra viatura, deverá
fazê-la por intermédio do COBOM, comunicando o prefixo alfanumérico da viatura e
o nome do município a que pertence, adotando-se a função como codinome, sendo:
Comandante, Subcomandante, SEPLAN, etc.
Havendo necessidade, os COB’s e as Unidades operacionais do interior
poderão criar designações, cientificando as demais Unidades para fins de
padronização.
As UEOp’s deverão realizar o treinamento do código fonético militar para toda
a tropa, operacional e administrativa, dando ênfase às prescrições que fortalecem a
manutenção da disciplina na rede de rádio, conforme Anexo B.
Esta ITO entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições
em contrário.
Quartel em Belo Horizonte, 13 de dezembro de 2021.

ERLON DIAS DO NASCIMENTO BOTELHO, CORONEL BM


CHEFE DO EMBM
REFERÊNCIAS 23

REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Cem Anos de


História e Reflexão 1911 a 2011. 1ª Ed, Belo Horizonte/MG. Editora Rona. 2065 p.

MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Instrução Técnica


Operacional nº 01 de 2015. Padronização do Serviço Operacional, Belo
Horizonte/MG.

FILHO, C. M. Dicionário da Comunicação. 2ª Edição. Editora Paulus. 2009.


ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA A COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 24

ANEXO “A” ITO Nº 14


(DESIGNAÇÕES DAS UEOP E DAS AUTORIDADES OPERACIONAIS)

DESIGNAÇÕES DAS UEOp’s NA RMBH


BATALHÃO CODIFICAÇÃO
1º BBM BATALHÃO AFONSO PENA
2º BBM BATALHÃO CONTAGEM
3º BBM BATALHÃO ANTÔNIO CARLOS
BEMAD BEMAD
BOA BOA
Fonte: elaborado pelos autores

DESIGNAÇÕES DAS AUTORIDADES OPERACIONAIS DA RMBH


UNIDADE FUNÇÃO CODIFICAÇÃO
COMANDANTE COMANDANTE DO CEB
CEB SUB COMANDANTE SUB COMANDANTE DO CEB
COMANDANTE COB
SUB COMANDANTE FOX 01
1º COB
CHEF. DA DIV. OP. FOX 02
COMANDANTE DELTA 01
COORDENADOR DELTA 02
COBOM
MÉDICO REGULADOR DELTA 03
COMANDANTE COMANDO ALFA
SUB COMANDANTE SUB COMANDO ALFA
CBU ALFA 01 E ALFA 02
1º BBM
CMTE DE CIA ALFA 03
COMANDANTE COMANDO BRAVO
SUB COMANDANTE SUB COMANDO BRAVO
2º BBM CBU BRAVO 01 E BRAVO 02
CMTE DE CIA BRAVO 03
ANEXO “A” 25

COMANDANTE COMANDO CHARLIE


SUB COMANDO
SUB COMANDANTE
CHARLIE
3º BBM CHARLIE 01 E CHARLIE
CBU
02
CMTE DE CIA CHARLIE 03
COMANDANTE COMANDO COE
SUB COMANDANTE SUB COMANDO COE
CBU COE 01 E COE 02
CMTE DE CIA DE BUSCA E SALV. COE 03
CMTE DE DE CIA DE EMERGÊNCIAS
COMANDO CEA
BEMAD AMBIENTAIS
CMTE DO PCIF COMANDO PCIF
CMTE DO PQBRN COMANDO QBRN
CMTE DO PBS COMANDO PBS
CMTE DO PBUSCA COMANDO PBUSCA
COMANDANTE NA OPERAÇÃO COMANDO ARCANJO
AERONAVE PREFIXO 01 ARCANJO 01
AERONAVE PREFIXO 02 ARCANJO 02
BOA
AERONAVE PREFIXO X ARCANJO X
BM/3 COORDENADOR METROPOLITANO GOLF 01
Fonte: elaborado pelos autores

Quartel em Belo Horizonte, 13 de dezembro de 2021.

ERLON DIAS DO NASCIMENTO BOTELHO, CORONEL BM


CHEFE DO EMBM
ITO 14 PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL 26

ANEXO “B” ITO Nº 14 (DISCIPLINA DA REDE DE RÁDIO)


COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

As prescrições mais importantes a serem seguidas e que fortalecem a


manutenção da disciplina da rede são:

1. empregar unicamente as regras de exploração em vigor;


2. eliminar as transmissões desnecessárias ou não autorizadas;
3. enviar indicativos de chamada com clareza e precisão, evitando repeti-los;
4. evitar o vício de desenvolvimento de expressões pessoais por parte dos
operadores;
5. saber usar as frequências (canal) estabelecidas para as redes;
6. transmitir numa cadência à altura da capacidade de recepção do operador
mais fraco da rede;
7. não transmitir sem autorização do órgão coordenador. O COBOM, SOU etc.,
são os responsáveis nas respectivas áreas de atuação, pela coordenação e
controle do tráfego de mensagens e, portanto, deverão autorizar as
transmissões dos postos, visando disciplinar a rede e estabelecer prioridade;
8. responder prontamente a todos os chamados, pois a não confirmação do
recebimento das chamadas, obrigará o posto que chama a fazer novas
chamadas, sobrecarregando a rede e, com consequente, ocasiona perda de
tempo;
9. só transmitir quando a rede estiver em silêncio, devendo o operador escutar
antes de transmitir. Diversos postos podem transmitir simultaneamente, mas
os receptores só poderão receber um posto de cada vez, sem que haja
interferência. Por essa razão, o operador deverá, antes de transmitir,
certificar-se de que nenhum outro posto está transmitindo, para tanto, bastará
escutar alguns segundos;
10. não interromper as transmissões de outro posto, exceto em casos
excepcionais, quando a situação for grave, e assim exigir tal conduta. Essa
medida visa evitar cortes ou interferências nas comunicações. Quando a
situação obrigar, o posto que tiver que cortar a mensagem do outro, dirigir-se-
á ao COBOM, por exemplo, dizendo: COBOM/AB 4220/PRIORIDADE. Nesse
caso, o COBOM providenciará o silêncio da rede para que o posto possa
ANEXO “B” 27

transmitir a sua mensagem, agindo da seguinte forma: ATENÇÃO REDE,


AGUARDE. TRANSMITA AB 4220;
11. a guarnição deverá ter sempre um de seus integrantes na viatura, na escuta
do rádio. Em casos excepcionais, quando toda a guarnição tiver que se
ausentar da viatura, deve-se dar conhecimento do fato ao PDR e, ao retornar,
proceder da mesma forma;
12. a linguagem deve ser clara, precisa, pausada, com ênfase natural. Esse
procedimento permitirá que as mensagens sejam facilmente entendidas.
13. são proibidas as comunicações informais entre os operadores. A rede de
rádio existe para o uso operacional, não sendo permitidas transmissões de
mensagens ou contatos particulares;
14. dar o recebimento de todas as mensagens. Encerrada a transmissão o posto
receptor dará confirmação do recebimento ou solicitará a retransmissão,
quando a mensagem não for compreendida. Tal medida é importante, já que
dará conhecimento ao posto transmissor sobre a compreensão da mensagem
e evitará que se faça chamado para pedido de confirmação do recebimento,
diminuindo, consequentemente, o tráfego de mensagens;
15. não fazer chamada insistentemente a um mesmo posto. Em certas
oportunidades, é comum um posto não receber as transmissões, face à sua
localização. Após três chamadas sem que o posto atenda, o operador poderá
solicitar que outro posto estabeleça uma “ponte” e retransmita a mensagem;
16. nas ocorrências complexas, em que se fizer necessária à comunicação
constante entre viaturas e militares no local, bem como a comunicação entre
o STAFF do SCO, o comandante das operações poderá solicitar ao COBOM
um canal para a comunicação exclusiva na ocorrência, ou, ainda, utilizar a
comunicação ponto a ponto.

Quartel em Belo Horizonte, 13 de dezembro de 2021.

ERLON DIAS DO NASCIMENTO BOTELHO, CORONEL BM


CHEFE DO EMBM

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