O documento fornece um itinerário de 8 passos para se chegar ao discernimento com menor margem de erro possível, incluindo: 1) adquirir conhecimento bíblico; 2) repudiar interpretações tendenciosas; 3) ter uma vida de oração sincera; 4) pedir orientação de Deus; 5) estar disponível para mudar de ideia conforme a vontade de Deus.
O documento fornece um itinerário de 8 passos para se chegar ao discernimento com menor margem de erro possível, incluindo: 1) adquirir conhecimento bíblico; 2) repudiar interpretações tendenciosas; 3) ter uma vida de oração sincera; 4) pedir orientação de Deus; 5) estar disponível para mudar de ideia conforme a vontade de Deus.
O documento fornece um itinerário de 8 passos para se chegar ao discernimento com menor margem de erro possível, incluindo: 1) adquirir conhecimento bíblico; 2) repudiar interpretações tendenciosas; 3) ter uma vida de oração sincera; 4) pedir orientação de Deus; 5) estar disponível para mudar de ideia conforme a vontade de Deus.
de erro possível? Existe um caminho seguro que você pode trilhar. Veja o itinerário proposto a seguir:
1. Adquira uma cuidadosa bagagem bíblica para saber enxergar,
avaliar e julgar todas as coisas. Se a Bíblia é a única regra de fé e prática para os cristãos, ela tem que ser consultada e respeitada. Modéstia à parte, o salmista não está errado quando afirma: “Eu entendo mais do que todos os meus professores porque medito nos teus ensinos” (Sl 119.99 em A Bíblia na linguagem de hoje). 2. Repudie energicamente qualquer interpretação particular e tendenciosa das Escrituras. Por causa de sua autoridade, a Bíblia tem sido citada para reforçar doutrinas humanas e até diabólicas. Não se esqueça de que o diabo citou a Bíblia na tentação de Jesus ( Mt 4.5-6). Já nos dias de Pedro havia pessoas “ignorantes e instáveis”, que torciam ou deturpavam os textos difíceis de entender das Epístolas de Paulo e de outras passagens (2Pe 3.16). 3. Tenha uma vida de oração perseverante e contrita, que o leve a ter verdadeira comunhão com Deus. “A entrada em clima de oração”, lembra o professor Aquilino de Pedro Hernandez, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, “implica a sinceridade que busca eliminar os disfarces subjetivos da verdade e assim ver as coisas à luz de Deus e agir em consequência”. A prática da oração é uma proteção contra possíveis enganos e consequentes desvios. 4. Peça ousadamente a precisa orientação de Deus no processo do discernimento. Entregue de fato a Deus as rédeas de sua vida para Ele dirigir sua mente, sua mente seu raciocínio, sua vontade. Ao subir ao trono de Israel, Salomão confessou que não passava de uma criança e por isso suplicou a Deus: “Dá pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal” (1 Rs 3.3-9). Não se esqueça do encorajamento dado por Tiago: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade, e lhe será concedida” (Tg 1.5 NVI). 5. Compareça diante de Deus em plena submissão e disponibilidade. Não imponha seu ponto de vista, seu diagnóstico, seu desejo durante o processo de discernimento. Garanta para você mesmo que fará o que Deus mostrar. Esteja disponível para mudar de idea, de posição e de raciocínio, se os seus pensamentos não foram os pensamentos de Deus, se os seus caminhos, não foram os caminhos de Deus (Is 55.8). Inácio de Loyola, em seus Exercícios Espirituais, dizia que “toda predeterminação ou preconceito bloqueia o processo de conhecimento e da busca da vontade de Deus” 6. Não seja simplório, aberto a qualquer vento de doutrina, sem reflexão, sem cuidado, sem um pingo de malícia. Siga o conselho de João: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 Jo 4.1). Uma das razões pelas quais o engano está em alta é o ensino de que o crente não deve questionar nunca, porque isso entristece o Espírito. Ao mesmo tempo que a Bíblia diz para não tratar as profecias com desprezo, ela acrescenta: “Mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (1 Ts 5.20-21 NVI). Os bereanos eram de caráter mais nobre do que os tessalonicenses, porque “receberam a mensagem com grande interesse examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo (que Paulo e Silas ensinavam) era assim mesmo” (At 17:11). 7. Não seja precipitado, entregando-se de imediato a ideias e ao desejo que lhe ocorrem. Aprenda a esperar o amadurecimento da ideia, a evolução dos acontecimentos e a confirmação da parte de Deus. Respeite aquele pedaço de tempo que deve existir entre o primeiro sinal da manifestação divina e a palavra comprobatória de Deus. Não arranque joio antes do tempo (Mt 13.28-30). 8. Valorize a opinião alheia, se ela partir de uma pessoa muito comprometida com Deus, sábia e equilibrada. Não escolha conselheiros servis, que não falam a verdade, que querem antes bajulá-lo. Não troque os Micaías pelos Zedequias (1 Rs 22.1-28). Muitas coisas Deus fala não com uma só pessoa, mas com várias pessoas. A Reforma Religiosa do século XVI não se deve a uma só pessoa e não aconteceu em um só país. Quando Deus quis usar Paulo e Barnabé numa obra missionária de enormes proporções, Ele se manifestou não aos dois titulares desse ministério, mas à igreja toda de Antioquia (At 13.1-3).
Meu irmão José Carlos emprestou-me está revista
(Ultimato-ANO XXX - nº 247- JULHO 1997), em 28 de fevereiro de 2022.