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Guia de Boas

Práticas em
Rastreamento
VERSÃO 1
Sumário

1. 2. 3. 4.

Prefácio Apresentação Equipamentos de Software de


do Guia Rastreamento Rastreamento

p.3 p.4 p.10 p.28

5. 6. 7.

Temas de Tema de Glossário Agradecimentos


Infraestrutura Conectividade
levantados

p.44 p.53 p.58 p.60


Guia de Boas Práticas em Rastreamento

1.
Prefácio
Caros Amigos,

Estamos apresentando neste documento o Guia de Boas Práticas


Técnicas em Rastreamento, fruto de nosso trabalho em 2018.

Depois de mais de 20 anos de existência das atividades de rastreamento


em nosso querido Brasil, esta é uma iniciativa inédita no Mercado de
Rastreamento. Nosso mercado necessita consolidar seus conhecimentos
e anos de trabalho em um norte para que possa se desenvolver cada vez
mais em bases sólidas e se lançar para um futuro de expansão que se
desenha em grandes proporções.

Agradeço a Deus por nos ter permitido a chegar até aqui e a todos
que contribuíram, e especialmente os profissionais do Mercado
de Rastreamento que participaram das Reuniões do Comitê e os
que assumiram a responsabilidade de desenvolver os temas aqui
apresentados: Paulo Felix, coordenador de hardware; Bruno Cortes,
coordenador de software; Juliano, coordenador de infraestrutura e
operações; e Marcelo Catapani, coordenador de conectividade.

Agradeço também os profissionais de mercado e empresários que


compreenderam a importância e o benefício deste estudo para a
atividade de rastreamento e a responderam ao questionário das
pesquisas aplicadas sobre os temas, compartilhando seu conhecimento
e experiência.

Agradeço a toda equipe da ABESE em especial a Presidente Selma,


Salte, Carla, Dr. Lazaro, Claudio Procida, Renata Vieira e todos os demais
que acreditaram em nosso trabalho e que promoveram esta iniciativa
inédita no Mercado de Rastreamento.

Este primeiro guia é um começo de trabalho que será desenvolvido


e atualizado ao longo dos próximos anos, agregando e difundindo
conhecimento, para que tenhamos um mercado melhor, que adote e
valorize as boas práticas.

Leonardo Menezes
COMITÊ DE RASTEAMENTO

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

2.
APRESENTAÇÃO DO GUIA
Objetivo
O guia busca identificar e organizar os conceitos técnicos e práticas sobre os
elementos que compõem a operação de rastreamento utilizada por empresas e
profissionais do mercado de rastreamento brasileiro.

Porém podemos estabelecer alguns objetivos específicos como:

»» Consolidar uma visão macro sobre os elementos que compõem a operação de


rastreamento: equipamento de rastreamento (hardware), sistemas de rastreamento
(software), infraestrutura, mão-de-obra e conectividade.

»» Alinhar conceitos e práticas de mercado através de uma integração direta com os


profissionais que atuam no segmento.

»» Criar uma referência para o mercado conhecer melhor o que está comprando e
saber melhor solução em termos de custo-benefício para as suas necessidades.

»» Ampliar a visão dos participantes do mercado de rastreamento, possibilitando a


evolução contínua do segmento.

»» Possibilitar ferramentas para aumento da competitividade e da


lucratividade do segmento.

»» Gerar consciência na busca pela qualidade de produtos e serviços através da


superação das expectativas do consumidor final (cliente).

»» Apresentar os conceitos para qualificação de uma central de monitoramento.


»» Evidenciar práticas e concorrência de baixa qualidade que prejudicam todo
o mercado.

»» Criar bases para a evolução e desenvolvimento do mercado.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Benefícios
Os benefícios deste guia de melhores práticas, vão desde o melhor entendimento e
utilização do rastreamento até a formação das redes de contatos para realização dos
fóruns regionais.

Mas o efeito gradativo dependerá da aplicação dos conceitos, práticas e processos aqui
desenvolvidos, sempre no intuito de buscar a evolução contínua deste importante
segmento de negócios, obviamente com uma visão coletiva, impessoal e abrangente.

Destacamos alguns dos benefícios:

»» Vendas com maior qualidade;


»» Eficiência nas ofertas dos produtos e soluções vendidos;
»» Elaboração de propostas mais adequadas aos clientes;
»» Aumento da satisfação e fidelização dos clientes;
»» Redução do índice de falhas na operação de rastreamento;
»» Integração e comprometimento das equipes comerciais, técnicas,
administrativas e operacionais da empresa;

»» Aprimoramento do desempenho geral da empresa.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Definição de Boas Práticas


Para que uma empresa ou profissional
do segmento de rastreamento tenham
bons resultados, eles devem seguir alguns
conceitos técnicos e práticas que são comuns
a todas as organizações que tem um bom
desempenho no segmento.

Esses conceitos e práticas são identificados


como fatores chave e são as orientações e
condições mais importantes que precisam
ser satisfeitas para que os processos da
empresa de rastreamento sejam realizados
com eficácia para a obtenção dos resultados
de sucesso. As áreas de atuação em questão
são: área comercial, área técnica e área
operacional.

A utilização dos conceitos técnicos e boas


práticas dentro dos processos de cada uma
dessas áreas permite atender às necessidades
dos fatores chaves de bom desempenho
empresarial e profissional.

Portanto, podemos definir as boas práticas


como o conjunto de conceitos e práticas a
serem observados, tornando as atividades
dos processos técnicos, operacionais e
administrativos das empresas de rastreamento
mais eficientes.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Metodologia
As atividades de levantamento das informações para a criação deste guia de melhores
práticas relacionadas aos aspectos técnicos em rastreamento foram realizadas através
de diversas reuniões do Comitê de Rastreamento na sede da ABESE, em São Paulo, onde
foram formados grupos de com profissionais do mercado que debateram sobre as
principais questões técnicas envolvendo os diferentes elementos que compõem uma
operação de rastreamento. Em seguida, foram formuladas pesquisas de mercado com
perguntas direcionadas aos fornecedores e prestadores de serviços. Também foram
feitas consultas diretas aos profissionais de mercado sobre os temas apresentados.

As soluções propostas nesses encontros, pesquisas e consultas foram compiladas


para gerar exatamente as melhores práticas que envolvem a operação de
rastreamento do ponto de vista técnico.

Portanto, este guia de melhores práticas reflete as opiniões e as sugestões de


diversos profissionais, ligados diretamente a este segmento. Entretanto, não será um
guia definitivo, já que novas tecnologias e novos conceitos estão sempre surgindo. O
objetivo é atualizar este guia constantemente, sempre buscando a interação de todo
o mercado de rastreamento, trazendo para novos debates os profissionais e empresas
que atuam diretamente neste segmento.

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Atualizações
As atualizações serão periódicas e dependerão das sugestões e orientações de todos
os profissionais que espontaneamente quiserem debater os assuntos e enviarem
esses resultados ao Comitê de Rastreamento da ABESE.

A evolução deste guia de boas práticas representará ao longo do tempo a maturidade


das empresas de rastreamento do mercado nacional.

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Operação de Rastreamento
Muitos conceitos que serão apresentados também se aplicam aos
processos administrativos e também em processos de prestação de
serviços das empresas do segmento.

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3.
Equipamentos de Rastreamento
Definições
Um dos elementos mais importantes de uma aplicação de rastreamento é o
equipamento de rastreamento, pois é ele que define quais as informações serão
coletadas e transmitidas. Estas informações, além das informações de posição, são
as que definem a aplicação. Ele também é chamado de hardware, rastreador, AVL
(automatic vehicle location) ou simplesmente módulo de rastreamento.

Nas reuniões do Comitê de Rastreamento, destacamos os seguintes tópicos que serão


apresentados com enfoque de boas práticas ou sugestões de uso:

»» Categorias x funcionalidades
»» Sistemas de localização
»» Sistemas de comunicação e protocolos de transmissão
»» Certificação ANATEL, controle de qualidade, testes e outras certificações
»» Alimentação
»» Interfaces e periféricos
»» Manuais e treinamento
»» Garantia, suporte e manutenção
»» Firmware e programação
»» Funções extras
»» Segurança da informação
»» Tamanho, robustez e durabilidade
»» Mercados e aplicações

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Categorias x funcionalidades
Os equipamentos de rastreamento têm por definição a seguinte funcionalidade
principal ou elementar: localização no globo terrestre.

A grande demanda hoje de rastreamento está relacionada com aplicações veiculares


para combate a roubo e furto. Entretanto, as aplicações de rastreamento são muito
mais amplas, é possível rastrear basicamente tudo que se move e tem valor. Temos
aplicações para rastrear pessoas, objetos, máquinas, animais de estimação, dentre
outras aplicações.

A aplicação ou tipo de rastreamento é definida em primeiro lugar pelo equipamento


a ser utilizado com suas características técnicas e funcionalidades que viabilizam a
aplicação. Exemplificando, o monitoramento de presos é viabilizado pela utilização de
tornozeleiras eletrônicas que possuem características técnicas próprias, permitindo
o monitoramento dos presos como a forma de fixação no tornozelo, a recarga e a
duração da bateria, o lacre de segurança em caso de violação, o revestimento a prova
de água, peso, tamanho, funcionalidades de localização dentro de ambientes, etc...
Entretanto, o equipamento de rastreamento não funciona sozinho, no mesmo sentido,
os outros elementos que compõem a operação de rastreamento tem que se atender a
aplicação. Assim, as funcionalidades do sistema de rastreamento (software) utilizado,
a infraestrutura da central de monitoramento, a mão de obra e a conectividade
também tem que ser específicas e adequadas para este tipo de aplicação.

Há no mercado uma série de fornecedores e diferentes tipos de equipamentos com


diferentes recursos e funcionalidades. Como exemplificado acima, o que define a
escolha de um determinado equipamento em detrimento de outro é a aplicação a
qual se destina.

Entende-se por aplicação a utilização que será dada ao rastreamento no sentido de


suprir as necessidades de monitoramento do cliente ou do projeto.

Podemos dividir os equipamentos de rastreamento em dois grandes grupos:


veiculares ou não veiculares ou de uso geral.

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Rastreadores veiculares
Os rastreadores veiculares são aqueles que são para a instalação em veículos
automotores. Dentre estes equipamentos existem vários níveis de recursos e
funcionalidades disponíveis. Em função disto, podemos categorizá-los em:

a. Somente localização.
b. Localização com sensores e comandos.
c. Telemetria (para direção segura) com sensores ou CAN.
d. Gestão de risco para carga embarcada: inteligência embarcada, múltiplas
comunicações, sensoriamento e comandos.
e. Especial para Moto.
f. Programável.
A sugestão para melhor utilização e custo-benefício é que se use o equipamento com
as características e funcionalidades da aplicação que seu cliente solicita. Por exemplo,
para localizar simplesmente um veículo de passeio e monitorar se está ligado ou
não, utilizo um equipamento automotivo com funções básicas de localização e uma
entrada para pós-chave ou sensor de movimento, a chamada ignição virtual, não
necessitando de outras interfaces.

A categoria de sensores e comandos é a mais utilizada. Um exemplo de utilização


desta categoria é quando o cliente solicita o monitoramento do veículo e qual
o motorista está dirigindo. Neste, caso pode-se utilizar um equipamento de
rastreamento simples com interfaces de leitores para reconhecimento por sensores
ibutton, crachá RFID, digital, reconhecimento facial, teclado ou smartphones.

A categoria de telemetria é utilizada para registrar o comportamento do motorista na


direção e a utilização do veículo normalmente para direção segura e evitar acidentes.
Os equipamentos de rastreamento neste caso contam com diversos sensores como
os de rotação, velocidade real, aceleração, curva brusca, consumo de combustível,
odômetro ou captam estes sinais do veículo através da interface CAN (Controller Area
Network) do veículo.

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A categoria de gestão de risco para carga embarcada utiliza nos equipamentos de


rastreamento recursos especiais e avançados de inteligência embarcada, múltiplas
comunicações com uso de comunicação híbrida via satélite e telefonia celular,
sensoriamento e comandos.

Os equipamentos de moto têm características e funcionalidades específicas como


tamanho reduzido, baixo consumo de energia, resistência à água e poeira, sensor de
movimento, dentre outras.

Por último, os rastreadores programáveis são aqueles que se adaptam praticamente


a qualquer aplicação, bastando ser desenvolvido um programa interno que crie as
funcionalidades necessárias e tenha caraterísticas técnicas que permita atender a
aplicação desejada.

Como a tecnologia está em constante evolução podem surgir novas categorias de


aplicação para rastreadores veículos ou até mesmo dentro de uma categoria ser
lançado rastreadores com mais recursos.

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Rastreadores não veiculares ou de uso geral:


Os rastreadores de uso geral são aqueles que são aplicados para outros fins de
rastreamento diferentes do uso em veículos automotores. Há equipamentos com
diferentes níveis de recursos e funcionalidades disponíveis. Hoje, as categorias mais
comuns são:
a. Monitoramento de pessoas
b. Isca de cargas
c. Monitoramento de animais
d. Tornozeleiras eletrônicas
e. Monitoramento de objetos e equipamentos

Sistemas de Localização
Todo equipamento de rastreamento possui um ou mais sistemas de localização.
É o sistema de localização que permite o cálculo das posições do equipamento e a
localização do ativo no globo terrestre. Esta localização pode ser obtida de diversas
maneiras: através de coordenadas calculadas com base em sinais recebidos dos
diferentes sistemas de satélite de localização (GPS, GLONASS, COMPASS, GALILEU, etc...),
com base em sinais de radiofrequência através da triangulação de sinais recebidos das
radiobases (LBS), conexão com redes como rede wifi, Sigfox, Lora, dentre outras.

Existem diversos sistemas de localização no mercado, basicamente são 3 fatores que


definem o melhor sistema de localização a ser utilizado: área de cobertura, alcance,
precisão. O sistema de comunicação de maior cobertura no globo terrestre é o sistema
de comunicação por satélite. Entretanto, estes sistemas precisam de ter visada em
céu aberto e têm muitas dificuldades de comunicar quando dentro de ambientes
residenciais, ou embaixo de áreas cobertas.

A escolha do sistema de localização mais adequado depende da área de circulação


do ativo a ser monitorado. Portanto, é necessário questionar o cliente as áreas de
provável circulação do ativo.

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Sistemas de Comunicação
Existem diversos sistemas de comunicação no mercado, basicamente são 4 fatores
que definem o melhor sistema de comunicação a ser utilizado: área de cobertura,
alcance de sinal, preço de comunicação e disponibilidade. Em aplicações específicas,
principalmente as de alta segurança onde se tem que ter a comunicação com o
rastreador com disponibilidade máxima, bem próxima a 100% do tempo, utilizam-se
dois ou mais de um meio de comunicação no rastreador como redundância. É comum
utilizar dois SIM cards de operadoras diferentes e comunicação por satélite ampliando
a cobertura e disponibilidade. Logicamente, o equipamento de rastreamento tem que
ter estas interfaces para os sistemas comunicação.

A escolha do sistema de comunicação mais adequado depende da área de circulação


do ativo a ser monitorado. Portanto faz-se necessário questionar o cliente as áreas de
provável circulação do ativo.

A falta de cobertura momentânea pode ser compensada com registro de posições na


memória do equipamento e descarga quando o rastreador voltar à cobertura. Neste
caso, o rastreador funciona como caixa preta armazenando as posições calculadas
em memória e descarregando as mesmas quando voltar à cobertura. Nem todos os
rastreadores tem este recurso, outros armazenam as posições, as descarregam de
forma desordenada. Este recurso é importante e algumas aplicações dependem do
armazenamento de posições quando fora de cobertura e descarga de posições de
forma ordenada.

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Certificação ANATEL, controle de qualidade, testes e outras certificações


Determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) todos os produtos
classificados como equipamentos de telecomunicações precisam ser Certificados/
Homologado pela Anatel antes de sua comercialização.

Assim, todos os equipamentos de rastreamento, sendo equipamentos de


telecomunicações que possuem transmissão de dados e em alguns casos voz, tem
que ser homologados pela ANATEL para a comercialização no mercado Brasileiro. Este
procedimento é indispensável para empresas que pretendem importar/comercializar
algum tipo de produto de telecomunicação no Brasil.

Neste processo, os aparelhos passam por Laboratórios de ensaios e isto garante


que eles são compatíveis com as tecnologias adotadas no País e atendem requisitos
técnicos de funcionamento e condições de garantia, de assistência técnica e de
qualidade.

O processo de homologação do aparelho de rastreamento envolve uma série de


testes de funcionalidade, estabilidade, proteção elétrica e outros requisitos que
garantam a função e qualidade do produto. Só recebe o certificado os aparelhos que
passam nesses testes.

Os aparelhos certificados recebem o selo de Certificação conforme abaixo:

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Selo de Certificação
Na ilustração, HHHH identifica a homologação do produto; AA, o ano da emissão
da homologação; e FFFF, o fabricante. O selo pode ser usado também na versão
monocromática (preto e branco). Quando o espaço para colocação do selo é
insuficiente, caso de telefones celulares, por exemplo, é permitido que o fabricante
coloque o selo completo no manual do usuário e, no produto, apenas o número de
homologação (Anatel HHHH-AA-FFFF).

Na página da ANATEL, é possível consultar os produtos homologados e (ou)


certificados através, por exemplo, da numeração da etiqueta.

Para saber se um rastreador está homologado, deve-se procurar o selo com o logotipo
da Anatel, normalmente colocado no corpo do aparelho, atrás da bateria, ou no manual
do usuário. Do selo de identificação constam um código de barras e o número da
homologação; por meio desse número é possível consultar a situação de homologação
do rastreador pelo Sistema de Gestão de Certificação e Homologação (SGCH).

Portanto, a primeira coisa que um consumidor deve verificar quando estiver em


busca de um rastreador confiável e dentro da legalidade é se ele é um rastreador
homologado pela Anatel. Afinal, essa homologação é obrigatória. Portanto, qualquer
empresa séria oferecerá um produto dentro das exigências legais.

O fato de determinado aparelho apresentar problemas de funcionamento, vale


esclarecer, não significa que houve falhas na sua certificação ou homologação.
Casos de mau-funcionamento devem ser comunicados ao fornecedor, responsável
pela solução do problema. Os rastreadores são equipamentos eletrônicos que
podem apresentar problemas mesmo homologados. Para evitar e minimizar estes
problemas procure fornecedores que investem na qualidade e durabilidade de seus
equipamentos de rastreamento.

Os fornecedores de equipamentos, que prezam mais pela qualidade de seu produto


se preocupam com as etapas de projeto com escolha dos melhores componentes
eletrônicos, controle de fabricação e testes de qualidade e de utilização em campo.

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Normalmente, os produtos de qualidade e certificados têm um valor de mercado mais


elevado que compensa o investimento, pois os riscos de não se utilizar um produto de
qualidade são vários, ainda mais em rastreamento, onde a operação de rastreamento
depende de que rastreador esteja funcionando perfeitamente e em alguns casos a
todo tempo.

Assim, sempre verifique com seu fornecedor de rastreadores os testes e certificações


que o equipamento de rastreamento é submetido, verifique a documentação
apresentada, isto certifica a qualidade do produto que está comprando.

São vários os riscos que o cliente corre caso ele não se atente para essas questões que
todo rastreador deve ter. Podemos destacar que o rastreador irregular não oferece
garantias, pois pode ser bloqueado a qualquer momento. O consumidor pode estar
comprando um produto ilícito com inúmeras consequências coletivas e individuais,
problemas no rastreador irregular poderão ocasionar o risco de não proporcionar a
proteção que é desejada, dentre outras.

Quando os fabricantes fornecem o rastreador para outros países, estes produtos


também têm que ser certificados e homologados para serem comercializados. Existem
duas certificações internacionais conhecidas: a da FCC dos Estados Unidos e a CE da
Europa. A existência destas certificações internacionais colabora para atestar ainda
mais a qualidade dos rastreadores certificados por elas.

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Alimentação
Diversos modelos de rastreadores existentes no mercado utilizam bateria interna
com maior ou menor capacidade de alimentação e autonomia, que depende da
configuração dos rastreadores com relação ao intervalo e quantidade de transmissão
de informações. Independentemente da configuração e utilização, a bateria do
rastreador tem um tempo médio de vida indicada pelos fabricantes. Após este
período, a troca de bateria é altamente recomendada para evitar problemas com
funcionamento do equipamento e riscos associados ao inchaço da bateria e a
explosão da mesma.

Portanto, os prestadores de serviço e os consumidores devem ficar atentos e prever a


manutenção do rastreador quanto à bateria. Esta manutenção fica mais fácil quando
o fabricante do equipamento possui suporte técnico e assistência técnica no Brasil. É
importante consultar o fabricante quanto a recomendação de manutenção na bateria
e a política e procedimentos neste caso.

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Interfaces e periféricos
Os periféricos tais como sensores, atuadores e teclados são comuns em operações
de rastreamento em diversas categorias. Estes acessórios podem ser fornecidos
pelo fabricante do rastreador ou por fornecedores terceiros. Entretanto, caso estes
periféricos sejam fornecidos por terceiros é importante que sejam testados e
homologados pelo fabricante do equipamento de rastreamento. Ao comprar um
periférico consulte o fornecedor do equipamento de rastreamento e certifique-se que
ele está dentro das especificações e já foi testado, homologado e se é recomendado
pelo fabricante do rastreador.

Importante também a orientação do fabricante ou fornecedor dos equipamentos de


como deve ser a configuração do rastreador para a utilização destes periféricos.

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Manuais e treinamento
Normalmente em conjunto com os equipamentos de rastreamento são fornecidos
para os prestadores de serviço as especificações técnicas do equipamento, manual de
uso, manual de configuração, programa de configuração, cabo de configuração, manual
de instalação, jiga de testes e treinamento de configuração e uso do aparelho. Isto é
fundamental para capacitação técnica da equipe e utilização correta do equipamento
de rastreamento.

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Garantia, Suporte e Manutenção


Os rastreadores são equipamentos eletrônicos que são muito exigidos em sua
utilização e o resultado da operação de rastreamento está muito ligada à qualidade e
confiabilidade do equipamento utilizado. Porém, os equipamentos não são infalíveis
e nem duram para sempre, por isto é importante que o fornecedor apresente um
período de garantia para o equipamento e assistência técnica, caso dê algum defeito
e precise ser reparado. A política de troca imediata é também muito bem vista
em rastreamento, pois o ativo monitorado não pode ficar sem ser monitorado em
função de problemas no equipamento por uma série de questões. É importante que
o fornecedor também tenha um canal de suporte e assistência ao cliente quanto ao
funcionamento dos equipamentos.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Firmware e programação
Também conhecido pela nomenclatura “software embarcado”, o Firmware é um
conjunto de instruções operacionais (parte lógica) que são programadas diretamente
nos equipamentos de rastreamento. O firmware normalmente é identificado pela
versão, exemplo firmware versão 1.5. Quando o fabricante lança um novo firmware
para corrigir um problema do mesmo ou para acrescentar novas funções ao
equipamento, a versão muda, passando a uma nova numeração.

É o firmware juntamente com a configuração que se faz no equipamento de


rastreamento que definem a forma de funcionamento do mesmo, por exemplo a
transmissão a cada minuto quando o aparelho está em movimento. O Firmware pode
apresentar falhas e fazer o equipamento funcionar de forma incorreta mesmo quando
o equipamento de rastreamento passa por controle de qualidade em sua fabricação.
Portanto, como qualquer software desenvolvido o firmware precisa ser testado.

Caso o firmware apresente falhas, ele precisa ser atualizado no equipamento de


rastreamento. Este processo normalmente é feito em bancada, conectando o
equipamento ao computador via cabo e fazendo download do firmware para a
memória do equipamento de rastreamento para a atualização. Alguns fabricantes
desenvolveram a atualização do firmware à distância, neste caso, o equipamento
de rastreamento pode ser atualizado remotamente sem precisar ser desinstalado. A
atualização à distância é realizada via instruções enviadas por comandos através do
meio de comunicação que o equipamento utiliza. Alguns fabricantes não permitem
que o cliente faça a atualização de firmware. O equipamento deve ser enviado para a
assistência técnica para ser atualizado.

Ao comprar o equipamento de rastreamento verifique qual a versão de firmware é a


mais atual, se foi devidamente testada em todas as funções e peça que seu fornecedor
te entregue o equipamento já na versão atual. Dê preferência a fornecedores que
realmente testam as versões firmware antes de coloca-lás no mercado.

Como exposto, algumas versões de firmware introduzem funções novas no


equipamento. Quando são inseridas funções novas, é importante verificar se o software
de rastreamento que utiliza está preparado para trabalhar com estas novas funções.

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Por outro lado, existem equipamentos de rastreamento que podem trabalhar


com uma programação desenvolvida pelo cliente. Quando os equipamentos de
rastreamento são programáveis pode-se criar uma inteligência embarcada de acordo
com as características exigidas pela aplicação. Neste caso, a lógica do programa
desenvolvido e embarcado no equipamento precisa ser testado igualmente ao
firmware e validado juntamente com o software de rastreamento a ser utilizado, para
que tudo funcione corretamente. É importante também ter o controle da versão da
programação desenvolvida.

Funções extras
Existem equipamentos de rastreamento com recursos especiais e com funções
extras tais como acelerômetro, telemetria, detector de jamming. Estes recursos e
funções podem fazer com que o equipamento possa ser enquadrado em determinada
categoria de aplicação e utilização como, por exemplo, comportamento do motorista
na direção. É Importante conhecer todos os recursos disponíveis no equipamento,
principalmente com relação para utilização adequada do mesmo.

Segurança da Informação
Este é um tema cada vez mais relevante. Procure o fornecimento de equipamentos
com recursos e protocolos de comunicação, não sejam de domínio público, não sejam
fáceis de interpretar e que promovam a segurança da informação.

Tamanho, robustez e durabilidade


Normalmente quanto menor o equipamento de rastreamento melhor para escondê-
lo e /ou instalá-lo. Os fabricantes e os fornecedores saberão informar quanto a
durabilidade e robustez de seus aparelhos e em que condições ambientais devem ser
utilizadas. As aquisições devem considerar a importância da qualidade e durabilidade
dos equipamentos adquiridos em comparação com os valores de aquisição.

Outro fator fundamental é o índice de falhas dos equipamentos. Como se trata de


equipamentos para gerar informações praticamente em tempo real e equipamentos
que muitas vezes são utilizados para a segurança de um bem, ativo ou uma pessoa, as

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falhas dos equipamentos são altamente prejudiciais para a operação de rastreamento


e devem ser minimizadas. Portanto é altamente recomendado que a opção seja por
equipamentos com alta qualidade e índice de falhas praticamente zero.

Mercados e aplicações
Importante saber do fornecedor quais aplicações aquele equipamento de
rastreamento oferece. Neste item existem outros componentes para compor
as aplicações os dois outros itens fundamentais para a oferta de serviços são a
conectividade e a plataforma de software utilizada.

Tabela de Boas Práticas em Equipamentos de Rastreamento


FATORES DE SUCESSO MELHORES PRÁTICAS

Conhecer bem os requisitos da Utilizar os equipamentos, sensores


aplicação. e periféricos mais adequados para a
Verificar qual a precisão da categoria da aplicação, com o sistema de
localização demandada pelo cliente localização com precisão adequada e os
ou projeto.
sistemas de comunicação que permitem
Estudar a área de circulação do
maior área de cobertura, alcance de sinal,
ativo a ser rastreado em termos de
cobertura do meio de comunicação a e disponibilidade e melhor preço de
ser utilizado. comunicação.

Cada categoria exige um


equipamento com recursos e
funcionalidades adequadas para esta
categoria.

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Importante exigir de seu fornecedor as


Equipamentos certificados, testados certificações, homologações e testes ao
e de boa qualidade. qual o equipamento de rastreamento foi
submetido.
Planejar a manutenção da bateria
Alimentação dos equipamentos interna do rastreador de acordo com as
especificações do fabricante.
Utilizar periféricos compatíveis com o
rastreador que já tenham sido testados e
Interface e Periféricos
homologados pelo fabricante e seguir as
orientações de configuração do rastreador.
Fazem parte do fornecimento do
rastreador para os prestadores de
serviço as especificações técnicas do
equipamento, manual de uso, manual de
configuração, programa de configuração,
Manuais e treinamento
cabo de configuração, manual de
Garantia, Suporte e Manutenção
instalação, jiga de testes e treinamento de
configuração e uso do aparelho. Verifique
estes itens com seu fornecedor para
capacitação técnica da equipe e utilização
correta do equipamento de rastreamento.
Importante trabalhar com fornecedores
que oferecem garantia de seus
equipamentos de rastreamento, tenham
assistência técnica e suporte para
configuração e uso dos equipamentos.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Utilizar versões de firmware ou


programação desenvolvidas previamente
testadas em campo, com periféricos
utilizados e com o software de
rastreamento, quando a versão de firmware
introduzir funções novas no equipamento.

Antes de atualizar a versão de firmware,


verifique com o fornecedor quais problemas
Firmware e programação ele corrige ou quais funções ele acrescenta.

Criar procedimentos para controlar que


versão de firmware um determinado
equipamento está utilizando.

Sempre que possível e/ou necessário


atualizar as versões de firmware nos
equipamentos. Os mecanismos de
atualização de firmware ou programação à
distância facilitam o processo.
Conhecer todos os recursos disponíveis
Funções extras
no equipamento.
Utilize equipamentos que promovam a
Segurança da Informação
segurança da informação.
Utilize equipamentos com tamanho e
robustez adequados a aplicação, maior
Tamanho, robustez e durabilidade
durabilidade, baixo índice de falhas e/ou
manutenção.
Importante saber do fornecedor quais
Mercados e aplicações aplicações aquele equipamento de
rastreamento se destina.

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4.
SOFTWARE DE RASTREAMENTO
Definições
O software, sistema ou plataforma de rastreamento é o elemento que recebe os dados
coletados e enviados por todos os equipamentos de rastreamento, processa e gerencia
as informações apresentando as mesmas em grades, mapas, gráficos e relatórios. A
plataforma de rastreamento apresenta diversas arquiteturas e funcionalidades, que
podem ser específicas para diversas aplicações. As mais comuns são a arquitetura
cliente-servidor e a arquitetura web em nuvem, cada uma com suas vantagens e
desvantagens. São as funcionalidades do software que definem a sua utilização em
termos de aplicação.

Nas reuniões do Comitê de Rastreamento destacamos os seguintes tópicos que serão


apresentados com enfoque de boas práticas ou sugestões de uso.

»» Aplicações x Funcionalidades Básicas »» Integração mínima com hardware


»» Segurança da Informação »» Manuais, treinamento e suporte
»» Acesso ao software, segurança e »» Armazenamento em banco de dados
privacidade
»» Backup e recuperação de desastres
»» Registro de Operações
»» Arquitetura e integração com outros
»» SLA/Disponibilidade sistemas

»» Mapas »» Acesso ao Usuário


»» Interface, usabilidade e velocidade
de acesso

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Aplicações x Funcionalidades Básicas


São as funcionalidades básicas do software que definem sua utilização, aplicação ou
tipo de rastreamento para o qual ele é adequado. Assim como para os equipamentos
de rastreamento, são as funcionalidades do software que viabilizam a aplicação.

Exemplificando, o monitoramento de embarcações é viabilizado por software de


rastreamento com funcionalidades próprias permitindo o monitoramento náutico
como cadastro de embarcações com suas características próprias, informações de
registro na Marinha do Brasil, tamanho em pés, apresentação das informações com
unidades de medidas em milhas náuticas, localização utilizando o mapeamento em
cartas náuticas ao invés de mapas de ruas utilizados em rastreamento de veículos
automotores, controle de entrada e saída de portos, etc...

Como mostrado anteriormente, para atender a aplicação náutica os outros elementos


que compõem a operação de rastreamento também tem que ser específicos
e adequados para este tipo de aplicação. Assim, as características técnicas e
funcionalidades do equipamento de rastreamento utilizado, a infraestrutura da central
de monitoramento, a mão-de-obra e a conectividade tem que ser e adequadas ao
monitoramento náutico.

Igualmente ao que acontece com os equipamentos de rastreamento, podemos dividir


o software de rastreamento em duas categorias: veiculares ou não veiculares ou de
uso geral.

Software Veiculares
Dentre os sistemas aplicados ao rastreamento de veículos, atualmente presentes no
mercado, podemos destacar as seguintes categorias:

a. Localização e recuperação de veículos (casco).

b. Telemetria para Direção Segura e/ou jornada de trabalho.

c. Gestão de frotas, utilização dos veículos e serviços de despacho.

d. Gestão de Risco para carga embarcada.

29 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

e. Gestão do Transporte de cargas (planejamento e controle operacional).

f. Gestão do Transporte de passageiros (planejamento e controle operacional).

g. Utilização de Máquinas.

h. Náutica.

i. Controle aéreo.

j. Software de Uso Geral.


Quanto ao software de uso geral em rastreamento,
podemos destacar as seguintes categorias.

a. Monitoramento de pessoas;

b. Monitoramento de animais;

c. Monitoramento do trabalho;

d. Tornozeleiras eletrônicas;

e. Monitoramento de objetos e equipamentos (ativos em geral).


 

Segurança da Informação
Por definição, a segurança da informação está diretamente relacionada com proteção
de um conjunto de informações, no sentido de preservar o valor que possuem
para um indivíduo ou uma organização. São propriedades básicas da segurança da
informação: confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade. Este tema
é bastante amplo e atual.

30 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

A maioria das definições de Segurança da Informação (Brostoff, 2004; Morris e


Thompson, 1979; Sieberg, 2005; Smith, 2002) pode ser resumida como a proteção
contra o uso ou acesso não autorizado à informação, bem como a proteção
contra a negação do serviço a usuários autorizados, enquanto a integridade e a
confidencialidade dessa informação são preservadas. A Segurança da Informação
não está confinada a sistemas de computação, nem à informação em formato
eletrônico. Ela se aplica a todos os aspectos de proteção da informação ou dados, em
qualquer forma. O nível de proteção deve, em qualquer situação, corresponder ao
valor dessa informação e aos prejuízos que poderiam decorrer do uso impróprio da
mesma. É importante lembrar que a Segurança da Informação também cobre toda a
infraestrutura que permite o seu uso, como processos, sistemas, serviços, tecnologias,
e outros.

A Segurança da informação refere-se à proteção existente sobre as informações


de uma determinada empresa ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações
corporativas quanto às pessoais. Entende-se por informação todo e qualquer
conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar
guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta ou aquisição.

Ela não está restrita somente a sistemas computacionais, informações eletrônicas ou


sistemas de armazenamento. O conceito aplica-se a todos os aspectos de proteção de
informações e dados. O conceito de Segurança Informática ou Segurança de Computadores
está intimamente relacionado com o de Segurança da Informação, incluindo não apenas a
segurança dos dados e informações, mas em si o sistema ou software.

A segurança da informação está primariamente no acesso às informações, por isto é


tão importante o controle de acesso físico ao local onde está instalado o software e
onde fica o armazenamento das informações.

Entretanto, além do controle de acesso físico, outro controle importante, é o controle


lógico de acesso ao software de rastreamento através de mecanismos tais como
certificado digital, assinatura digital, encriptação de dados, método de detecção de
erros, dentre outros para evitar o acesso de pessoas não autorizadas ao software. e o
controle de invasão externa aos servidores por hackers.

31 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Existe uma norma técnica aplicada a segurança da informação, ela é a ABNT NBR ISO/
IEC 27001.

Acesso ao software, segurança e privacidade.


Outro aspecto importante para a segurança da informação é a proteção de acesso ao
software de rastreamento. Todos os meios tem que ser utilizados para evitar invasões
e violação das informações e privacidade dos usuários.

São exemplos de recursos de controle de acesso ao software: login e senha, controle por
IP de acesso, controle por horário de acesso, controle de acesso simultâneo, controle de
sessão, controle por crachá, biometria ou reconhecimento facial, dentre outros.

Além disto, através do software deve ser possível criar permissões de acesso por usuário
e a possibilidade de criação de perfis de acesso como administrador e operador, para
melhor controle de uso do software e segurança. Neste sentido o software deve possuir
o registro de acessos realizados com horário e dados do acesso para auditoria.

Outras medidas são importantes para segurança tais como política de troca e
recuperação de senhas bem definidas e criptografia de informações no banco de dados.

Quanto a privacidade do usuário, para o operador a central acessar as informações do


usuário rastreado deve ser preciso justificar ou abrir chamado para consulta.

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Registro de Operações
No software de rastreamento são realizadas operações tais como consulta da posição
em mapa, tratamento de uma alerta, envio de comando de bloqueio, emissão de
um relatório de deslocamento em determinado período. Por segurança, todas as
operações ou ações realizadas no software tem que ser registrados com data, hora
e quem as realizou. Estes registros devem ser armazenados em local protegido
permitindo o acesso para a verificação por pessoas autorizadas.

Em caso de algum evento indesejado, acidente ou até mesmo para auditoria das
operações de rastreamento é necessário se fazer um levantamento de quem, quando,
o que foi realizado no software.

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SLA/Disponibilidade
SLA é a sigla de Service Level Agreement, que significa “Acordo de Nível de Serviço - ANS”,
na tradução para o português. O SLA consiste num contrato entre duas partes: entre a
entidade que pretende fornecer o serviço e o cliente que deseja se beneficiar deste.

O SLA deve definir a garantia da disponibilidade do software para os operadores e


usuários. A disponibilidade do software é de suma importância para a realização das
operações de rastreamento. É desejável que o software fique em operação 100% do
tempo, 24 horas e por todos os dias do ano, em resumo que não pare nunca, mas isto
é uma utopia por questões de problemas técnicos, infraestrutura ou operações de
manutenção ou atualização do próprio software.

Há de se buscar soluções para manter o software em serviço o máximo possível,


permitindo que a operação de rastreamento possa ser realizada. O fator de compromisso
do fornecedor de software em manter o software disponível e em operação é
medida pelo SLA que deve ser apresentado no contrato de software. Normalmente é
utilizado um SLA de 98%, mas quanto maior este número, maior o compromisso de
disponibilidade do software. O SLA normalmente é definido em contrato.

São fatores que afetam diretamente a disponibilidade do serviço: a capacidade e


qualidade do software, banco de dados e mapas, infraestrutura para que o software
funcione, contingências e suporte técnico.

Para garantia do SLA, é preciso ter de preferência um suporte técnico 24 horas que
também funcione finais de semana e feriados para resolver problemas o quanto
antes com prazos para dar respostas às requisições de suporte, pois a operação de
rastreamento normalmente é ininterrupta.

34 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Mapas
O software de rastreamento utiliza base de mapas para apresentação da localização
em forma de texto ou em formato cartográfico. A base de mapas tem que estar
atualizada e com detalhes da região que se quer operar.

Existem no mercado bases de mapas gratuitas e pagas. O problema com bases


gratuitas é que normalmente não se tem um compromisso de fornecimento,
atualização e disponibilidade, e não existe suporte quando há um erro de informação
no mapa, o que pode ser decisivo em algumas operações de rastreamento.

Geralmente as bases de mapas mais completas, atualizadas e com mais recursos tem
também um valor mais alto de utilização.

Por questões de SLA, nível de detalhamento e recursos, a redundância de mapas é


altamente recomendável.

35 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Interface, usabilidade e velocidade de acesso


A interface do software que permita uma melhor usabilidade do mesmo e velocidade
de acesso a funções é fator decisivo para uma boa operação de rastreamento, pois em
rastreamento o tempo é fundamental, principalmente para aplicações de segurança.

Neste sentido, o ideal que o software seja intuitivo, fácil de usar, seja veloz ao carregar
telas, e que permita configurações de uso em grades, janelas e telas, dentre outros. O
envio de comandos para os rastreadores deve ser eficiente e o software de controlar o
recebimento destes comandos pelo rastreador.

Quando ele é web é preciso uma especificação do fornecedor de software de quais


navegadores são compatíveis.

Os recursos de relatório são muito importantes para a utilidade do software para


determinadas aplicações, inclusive exportando informações em outros formatos.

A automação de avisos em situações de aletas, envio de comandos e de relatórios


gerados facilita a operação de rastreamento.

36 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Integração mínima com hardware


Os sistemas de rastreamento podem ter diferentes níveis de integração com
os equipamentos de rastreamento. O básico a ser integrado de um rastreador
corresponde a funções de localização e informações de entradas e saídas. Além destas
funções, há integração com comandos de acionamento e comandos de configuração
dos rastreadores.

O ideal é que o sistema possua integradas todas as funções do equipamento de


rastreamento que sejam úteis à aplicação, mas pode ter 100% das funções integradas
permitindo que se utilizem todos os recursos do rastreador. Quanto maior o nível de
integração com o rastreador, melhor.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Manuais, treinamento e suporte


A utilização do software para uma eficiente operação de rastreamento depende
do fornecimento de apresentação das funcionalidades, manuais, vídeos e tutoriais,
bem como o suporte ao funcionamento e operação do software de preferência 24
horas todos os dias do ano, pois na maioria dos casos a operação de rastreamento é
ininterrupta. Além disto, depende de operadores bem treinados no uso do software e
com conhecimento de seus recursos.

Armazenamento em banco de dados


As informações que são enviadas pelos equipamentos de rastreamento espalhados
por diversas regiões são recebidas e processadas pelo software de rastreamento
e em seguida armazenadas em banco de dados. As operações que são realizadas
no software também são armazenadas em banco de dados. É importante que o
fornecedor do software mantenha uma política de período de armazenamento,
período de consulta, segurança, backup e manutenção do banco de dados. A política
de banco de dados varia de fornecedor para fornecedor e deve ser apresentada no
momento da contratação do software.

Backup e recuperação de desastres


Este é um dos procedimentos que garante a segurança e proteção das informações
contidas no banco de dados. Por isto, o fornecedor de software deve ter um plano
de proteção e recuperação das informações e do sistema em caso de desastre e
calamidades que possam acontecer.

38 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Arquitetura e integração com outros sistemas


O software de rastreamento pode ser disponibilizado de duas formas principais via
web (nuvem) ou instalado em estrutura local.

A integração com outros sistemas é interessante para compartilhar informações


ampliando a utilização do rastreamento. As integrações com outros sistemas
geralmente são feitas por interfaces APIs (Applicaton Programming Interface) e tem
que ser testadas e validadas pelo fornecedor de software.

39 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Acesso ao Usuário / Relatórios


O acesso aos usuários finais de rastreamento permite que os clientes tenham um
acompanhamento das operações de rastreamento. Os acessos podem ser via web,
aplicativo, consulta ao operador, sem acesso.

O acesso de usuários finais a operação de rastreamento pode ser um ponto de


fragilidade para a segurança. Por isto, os usuários finais têm que ser orientados sobre
esta questão.

Tabela Resumo de Boas Práticas em Software de Rastreamento


FATORES DE SUCESSO MELHORES PRÁTICAS

Conhecer bem os requisitos


da aplicação.
Verificar quais os tipos Utilizar o software de rastreamento adequado para a
de monitoramento,
funcionalidades básicas
categoria da aplicação, com as funcionalidades básicas
e relatórios demandados necessárias.
pelo cliente ou projeto.

Cada categoria exige um


software com recursos e
funcionalidades adequadas
para esta categoria.

40 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Utilizar controle de acesso, através de tecnologias


de reconhecimento das pessoas autorizadas como
Segurança da Informação. biometria ou reconhecimento facial.
Proteção contra o uso ou Utilizar portas blindadas e/ou portas duplas para o
acesso não autorizado à
informação, bem como a acesso ao software.
proteção contra a negação
do serviço a usuários Utilizar controle lógico de acesso ao software de
autorizados. rastreamento como certificado digital e encriptação
Preservação da integridade de dados.
e a confidencialidade da
informação. Os registros de acessos tanto físico quanto ao
software, bem como gravação de imagens e de voz
Uso de controle de acesso
físico e lógico ao software. devem ficar armazenados em local protegido.

Associar ao controle de acesso outras tecnologias


como vídeo monitoramento, segurança eletrônica e
detecção de incêndio.

Utilizar recursos de controle de acesso ao software


tais como login e senha, controle por IP de acesso,
controle por horário de acesso, controle de acesso
simultâneo, controle de sessão, dentre outros.
Proteção de acesso ao Criar perfis de acesso no software para melhor
software resguardando a
segurança e privacidade controle de uso.
dos usuários.
Manter o registro de acessos realizados com horário e
dados do acesso para auditoria.

Ter política definida de recuperação de senhas.

Utilizar a abertura de chamado para permitir o acesso


do operador às informações do usuário.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Registrar todas as operações ou ações realizadas no


Possuir registros de software com data, hora e quem as realizou.
operações no software.
Manter os registros armazenados em local protegido.

Buscar soluções para manter o software em serviço o


Manter alta disponibilidade máximo possível.
no software.
Verificar a existência de contingências e suporte
técnico para garantia do software em serviço.

Verificar quais os recursos


e cobertura de mapas Utilizar mapas com recursos e coberturas adequados
demandados pelo cliente às necessidades do cliente ou projeto.
ou projeto.
Utilizar redundância de mapas sempre que possível.

Garantir que o software tenha todas as


funcionalidades desejadas, seja intuitivo, fácil de usar,
seja veloz ao carregar telas, que permita configurações
de uso e seja eficiente no envio de comandos para os
rastreadores.
Usabilidade e velocidade
de acesso. Usar navegadores compatíveis com o software web.

Utilizar software com recursos de automação de


avisos em situações de aletas, envio de comandos,
com relatórios adequados e com exportação para
outros formatos.

Verificar se o software tem todos os recursos do


equipamento de rastreamento integrados que serão
Integração adequada entre utilizados na aplicação.
software e equipamento de
rastreamento. Verificar se a integração do software foi
devidamente testada em conjunto com o
equipamento de rastreamento.

42 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Fazem parte do fornecimento do software, o


Manuais, treinamento e fornecimento de apresentação das funcionalidades,
suporte. manuais, vídeos e tutoriais, bem como o suporte
ao funcionamento e operação do software de
preferência 24 horas todos os dias do ano.

Manter politica de período de armazenamento,


Armazenamento em banco
de dados.
período de consulta, segurança, back-up e
manutenção do banco de dados.

Verificar procedimentos de backup e recuperação de


Backup e recuperação de informações contidas no banco de dados.
desastres.
Ter um plano de proteção e recuperação das
informações e do sistema em caso de desastre e
calamidades que possam acontecer.

.
Verificar se integração com outros sistemas é possível
Arquitetura e integração
com outros sistemas.
e se são testadas e validadas pelo fornecedor de
software.

Orientar os usuários finais sobre a forma de acesso á


Acesso ao Usuário
operação de rastreamento

43 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

5.
Temas de Infraestrutura Levantados
Definições
A infraestrutura é o elemento que se refere à estrutura física e equipamentos que a
Central de Rastreamento, também chamada de Central de Monitoramento, Centro de
Controle Operacional, Central de Gerenciamento, ou ainda Central de Operações deve
ter para que a operação de rastreamento possa ser realizada. É nesta estrutura que
pelos operadores de monitoramento (mão-de-obra) desempenharão suas funções ou
que o software de rastreamento será instalado, no caso de utilização do datacenter em
estrutura local.

Podemos separar a infraestrutura em duas partes: local de operação, que corresponde


normalmente a uma sala ou ambiente de monitoramento com computadores e
monitores onde os operadores atuam, e o local de hospedagem do software que pode
ser um datacenter local ou externo.

Uma vantagem quando se tem infraestrutura de hospedagem do software em


datacenter externo é que a empresa de rastreamento pode mudar o local de operação
mais facilmente sem precisar fazer a mudança da infraestrutura de hospedagem do
software em conjunto, bastando ter um link Internet de boa qualidade e capacidade
adequada no novo local de operação.

Quanto ao local de hospedagem, quando se tem um datacenter local montado para


a hospedagem do software de rastreamento, ele tem que ser montado com todas
as configurações e redundância de um datacenter externo e ter uma equipe técnica
especializada para fazer manutenção e correções na estrutura.

A infraestrutura da Central é um elemento indispensável à disponibilidade do sistema,


pois é a infraestrutura que contribui mais decisivamente para o nível de serviço (SLA)
e para o trabalho dos operadores principalmente quando se trata de rastreamento
para questões de segurança pessoal ou patrimonial.

Assim, de uma maneira geral a infraestrutura tem que ter total redundância de
equipamentos de informática, link Internet, energia, telefonia e refrigeração.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Quanto ao atendimento, a central de monitoramento corresponde a um trabalho de


teleatendimento 24 horas dedicado às operações de rastreamento.

Existe uma norma regulamentadora sobre o trabalho em teleatendimento, a NR


17 (Norma Regulamentadora no 17) Anexo II : Trabalho em Teleatendimento e
Telemarketing aprovada pela Portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho/
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho no 9/2007 e publicada no Diário
Oficial em 02/04/2007.

Nas reuniões do Comitê de Rastreamento destacamos os seguintes tópicos que serão


apresentados com enfoque de boas práticas ou sugestões de uso.

»» Local Físico.
»» Energia.
»» Telefonia.
»» Link Internet.
»» Computadores, periféricos e licenças.
»» Datacenter.
»» Registros, Informações e procedimentos.
»» Operadores.
Local Físico
A central de monitoramento pode ser própria ou terceirizada, pode ser no local do
datacenter onde o software de rastreamento está instalado ou distante do datacenter.

A segurança da central de monitoramento começa pelo controle do local físico


de monitoramento, ou seja, o controle de acesso de forma que somente pessoas
autorizadas possam entrar na sala de monitoramento e/ou no datacenter. Outro
detalhe é a porta da sala de monitoramento, em alguns casos encontramos portas
duplas e/ ou portas blindadas aumentando a segurança do local.

45 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Além do controle de acesso podemos associar para maior segurança do local a


segurança eletrônica, detecção de incêndio e o vídeo monitoramento.

Os registros de acessos tanto físico quanto ao software, bem como gravação de


imagens e de voz devem ficar armazenados em local protegido, onde poderão ser
consultados em qualquer eventualidade.

Quanto ao tamanho da sala de monitoramento, ela deve ter no mínimo duas estações
de monitoramento completas com mesa, computador e telefonia.

O local físico deve ser climatizado com redundância, o recomendado é que se tenham
dois equipamentos de ar condicionado, sendo que o ambiente possa suficientemente
refrigerado só por um só equipamento

Energia
A Central de Monitoramento deve ter redundância de energia. Fazem parte da
redundância de energia: o fornecimento pela Concessionária de Energia local, o
uso de geradores e o uso de nobreaks com autonomia de energia para garantir o
fornecimento de energia para a infraestrutura da central e do datacenter local por
tempo suficiente para que os geradores possam ser acionados evitando o apagão na
central de monitoramento.

O fornecimento de energia por geradores e nobreaks deve ser testado periodicamente


colocando-os em funcionamento e estes equipamentos devem sofrer as devidas
manutenções periódicas e preventivas. A empresa pode ter seus próprios técnicos de
manutenção ou fazer contrato de manutenção com empresas especializadas.

Telefonia
Para a operação de rastreamento também temos que pensar em redundância de
telefonia. Caso seja utilizada a telefonia convencional, a sugestão é que se tenha no
mínimo duas operadoras de telefonia distintas com linhas fixas e móveis, se utilizar
telefonia por VOIP o ideal é ter redundância de link Internet.

Normalmente a central de rastreamento possui 0800 para chamadas de emergência.


É importante também ter redundância para este número telefônico de emergência.

46 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Além da redundância em telefonia é importante promover a gravação das ligações em


todos os ramais para uma melhor qualidade e garantia do serviço de atendimento, se
possível gerando protocolos de atendimento. Estas gravações têm que ser guardadas
em local protegido.

É recomendado também, caso use o PABX, o chaveamento em caso de falha. É


importante ter equipamentos de telefonia reservas em caso de pane do PABX ou
outros equipamentos e de telefonia.

Link Internet
Na central de rastreamento, também é necessário ter link Internet de redundância,
o ideal é ter o fornecimento de Internet por duas operadoras diferentes com meios
físicos distintos e de forma que uma não seja cliente da outra.

Como no caso da telefonia, é importante ter equipamentos de Internet: roteador,


switch, ou outros equipamentos utilizados reservas em caso de pane.

Computadores, periféricos e licenças


A central de rastreamento deve se preocupar com a redundância dos equipamentos
de Informática (computadores e periféricos), a manutenção periódica dos mesmos e/
ou equipamentos reservas em caso de pane. Os softwares e sistemas utilizados pela
Central nos computadores devem ser devidamente licenciados e atualizados; e o ideal
é que haja somente os programas úteis instalados no computador a ser utilizado para
o monitoramento com programa antivírus. Também deve ser bloqueado acesso a sites
indesejáveis.

Ter um ponto a mais de atendimento do que o necessário como redundância é uma


prática que eleva a segurança operacional da central.

Datacenter
O Data Center da Central de Monitoramento pode ser local ou terceirizado onde será
instalado o software de rastreamento. Em ambos os casos os data center precisam ter
infraestrutura e demais requisitos mínimos.

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Guia de Boas Práticas em Rastreamento

O datacenter, também chamado de CPD (Centro de Processamento de Dados), tem que


possuir toda segurança de acesso, redundância, climatização e máquinas servidoras
operando initerruptamente com o software instalado para que a operação de
rastreamento não sofra parada.

Esta estrutura de servidores e equipamentos também tem que ser monitorada e em


caso de falhas haver a comutação automática para a redundância e aviso a equipe
técnica de manutenção do datacenter, que deve estar disponível 24 horas. Isto não
exclui a necessidade da mesma estrutura de ser submetida a manutenções periódicas.

As informações da operação de rastreamento que chegam até o datacenter e são


armazenadas em banco de dados devem também ser guardadas em backups em
local bem protegido com política bem definida de armazenamento e recuperação. Os
principais meios de backup de informações são: nuvem, DVD/CD, disco rígido interno/
externo, fitas magnéticas, dentre outros.

A recuperação de Desastres é um tema importante. Como a operação de rastreamento


é por essência uma operação que não pode ser interrompida, salvo em alguns casos
específicos, o software de rastreamento e sua infraestrutura tem que estar sempre
em funcionamento e a central de rastreamento tem que estar sempre em operação e
pronta a lidar com adversidades até em caso de desastres ou catástrofes.

O ideal é que se tenha um plano de ação para os mais diversos casos que possam
acontecer chegando ao extremo da mudança da sala de monitoramento para outro
local e a recuperação do software e banco de dados em outro datacenter em local
geográfico não afetado pelo desastre ocorrido.

Neste sentido, devem haver maneiras facilitadas para mudar links internet, telefonia,
internet, software e dados armazenados para outro local.

O plano de recuperação de desastres deve ser devidamente documentado e pessoas


envolvidas ser devidamente treinadas a agir. A operação de recuperação de desastres
deve ser testada.

48 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Registros, Informações e procedimentos


As informações, registros e procedimentos da Central de Monitoramento devem estar
devidamente documentados e pessoas envolvidas no monitoramento treinadas.

Deve haver anotações de registros de ocorrência e relatórios de passagem de plantão


e estas informações devem ficar armazenadas em local protegido.

A Central de Monitoramento deve manter uma lista de telefones úteis em caso de


emergência ou falha técnica e esta lista deve ser sempre atualizada.

Todos os procedimentos de atendimento da Central de Monitoramento devem ser


definidos e documentados.

Operadores
Os operadores são os recursos humanos da central de rastreamento. A operação
de rastreamento depende de operadores capacitados e treinados na utilização do
software de rastreamento, nos procedimentos de atendimento e a agir em caso de
emergência.

A contratação dos operadores deve levar em consideração o tipo de formação, bem


como conhecimentos de informática e atendimento.

Por se tratar de operações que envolvem segurança pessoal e /ou patrimonial, é


importante fazer verificação do perfil profissional para a contratação.

No mínimo a Central de rastreamento deve ter 2 operadores diferentes por turno e


existir ainda operadores de sobreaviso.

49 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Tabela Resumo de Boas Práticas em Infraestrutura e Operações


FATORES DE SUCESSO MELHORES PRÁTICAS

Utilizar controle de acesso, através de tecnologias


de reconhecimento das pessoas autorizadas como
biometria ou reconhecimento facial.

Utilizar portas blindadas e/ou portas duplas para o


acesso a sala de monitoramento.

Segurança da Central de Os registros de acessos tanto físico quanto ao software,


Monitoramento bem como gravação de imagens e de voz devem ficar
armazenados em local protegido.

Associar ao controle de acesso outras tecnologias como


vídeo monitoramento, segurança eletrônica e detecção
de incêndio.

Utilizar climatização com redundância na sala de


monitoramento.

Posições redundantes A sala de monitoramento deve ter no mínimo duas


de operação na sala de estações de monitoramento completas com todos os
monitoramento equipamentos.

Utilizar juntamente com a energia fornecida pela


Concessionária de Energia local, gerador(es) e nobreak(s)
com autonomia de energia para garantir o fornecimento
de energia para a infraestrutura da central de
Redundância de Energia monitoramento e do datacenter local, caso haja, por tempo
suficiente para que o gerador (es) possam ser acionados.

Teste de funcionamento periódico de gerador(es) e


nobreak(s) observando ainda as devidas manutenções
periódicas e preventivas.

50 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Ter no mínimo duas operadoras de telefonia distintas


com linhas fixas e móveis e se utilizar telefonia por VOIP
o ideal é ter redundância de link Internet.

Ter redundância do 0800 para chamadas de emergência.

Promover a divulgação de todos os números para o


atendimento.
Redundância
de Telefonia e Promover a gravação das ligações em todos os ramais
equipamentos para uma melhor qualidade e garantia do serviço
de atendimento, se possível gerando protocolos de
atendimento. Estas gravações têm que ser guardadas
em local protegido por tempo suficiente para potencial
verificação dos atendimentos.

Possuir redundância dos equipamentos de telefonia e/ou


equipamentos reservas em caso de pane.

Ter o fornecimento de Internet por duas operadoras


diferentes com meios físicos distintos e de forma que
Redundância de link uma não seja cliente da outra.
Internet
Possuir equipamentos de Internet: roteador, switch, ou
outros equipamentos utilizados reservas em caso de
pane.

Possuir equipamentos de informática (computadores e


Redundância de periféricos) reserva em caso de pane.
equipamentos
de informática Realizar a manutenção periódica preventiva dos
computadores, equipamentos de informática.
periféricos e licença de
sistemas Utilizar sistemas na central de monitoramento
devidamente licenciados.

51 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Possuir segurança de acesso, redundância, climatização


e máquinas servidoras.

Utilizar sistema de aviso em caso de falhas.


Segurança e
Disponibilidade do Ter equipe técnica de manutenção disponível 24 horas.
Data Center local ou
Promover manutenções periódicas na estrutura.
contratado
Ter meios de backup de informações, que devem ser
armazenadas em local protegido.

Ter plano de recuperação de desastres.

Possuir informações, registros e procedimentos da


Central de Monitoramento devidamente documentados
e pessoas envolvidas no monitoramento treinadas.
Registros e
Procedimentos Armazenar informações e registros em local protegido.
documentados
Manter uma lista de telefones úteis em caso de
emergência ou falha técnica e esta lista deve estar
atualizada.

Seleção de operadores com base no tipo de formação,


conhecimentos de informática e atendimento.
Operadores bem Promover o treinamento dos operadores no uso
selecionados,
capacitados e treinados software, nos procedimentos da central de atendimento
e treinados a agir em caso de emergência.

Ter no mínimo dois operadores diferentes por turno.

52 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

6.
Tema de CONECTIVIDADE
Definições
A Conectividade aqui é entendida como o meio de comunicação utilizado para
a transmissão das informações geradas pelo rastreador para o software de
rastreamento. Seja por rede celular, seja por outra tecnologia de transmissão, as
informações somente chegam ao seu destino devido a este importante elemento
pertencente à solução de rastreamento.

Nas reuniões do Comitê de Rastreamento, destacamos os seguintes tópicos que serão


apresentados com enfoque de boas práticas ou sugestões de uso:

»» Tecnologia
»» Cobertura
»» Provedores de serviços
»» Segurança da Comunicação
»» Regulamentação
»» SIMCARDS
»» Valores da Comunicação/Tributação
»» Novas Tecnologias

53 Início
Guia de Boas Práticas em Rastreamento

Tecnologia
Hoje existem várias tecnologias de transmissão de dados sem fio utilizadas para enviar
o conteúdo gerado por um rastreador para seu destino, a mais utilizada é a tecnologia
celular, porém outras tecnologias podem ser utilizadas, como transmissão satelital,
WiFi, Bluetooth, RF (rádiofrequência), redes proprietárias ( ex.: LoRa & Sigfox ) entre
outras. Em geral, elas são tecnologias que enviam, através do ar, os dados gerados e
sua escolha depende de vários fatores, tais como: cobertura, disponibilidade de rede,
volume de dados a serem transmitidos, regulamentação, custo, etc.

A tecnologia está sempre em evolução e esta evolução está cada vez mais rápida,
portanto é importante acompanhar e considerar utilizar tecnologias de conectividade
mais avançadas.

Igualmente importante é buscar informações e o apoio do seu fornecedor de


conectividade sobre as características técnicas e funcionais da tecnologia que
pretende utilizar. Por exemplo, algumas tecnologias de conectividade apresentam
dificuldades de transmissão em ambientes fechados, debaixo de áreas cobertas,
cânions urbanos, etc...

Cobertura
Sendo a conectividade o elemento essencial na transmissão dos dados gerados, é de
suma importância a observância da sua disponibilidade em determinado local, ou
não. Este fator será decisivo no sucesso de seu negócio. Hoje existem ferramentas
e empresas que dispõem desta informação e podem auxiliar na decisão da melhor
alternativa. É importante considerar que nem sempre uma disponibilidade de
determinada tecnologia de transmissão de dados é a melhor alternativa para você,
outros fatores devem ser considerados, tais como vida útil da tecnologia, empresa que
opera, custo, etc...

Provedores de serviços
Várias empresas oferecem o serviço de conectividade e/ou gestão da conectividade.
Essas empresas se diferenciam pelo nível de confiabilidade, suporte, serviços, etc. A
melhor escolha deve ser feita levando em consideração os fatores acima.

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De acordo com a ANATEL, os provedores de serviços, para IoT, podem ser uma das
seguintes empresas: SVA (serviço de valor agregado), MVNO (mobile virtual network
operator) ou MNO (mobile network operator). Todos devem ter autorização da
ANATEL para prestar o serviço.

Segurança da Comunicação
Como elemento fundamental de seu negócio, devemos tomar alguns cuidados com
a segurança de nossa comunicação, bem como na escolha das empresas que farão a
gestão da mesma. É muito importante entender quais são os componentes técnicos
de infraestrutura: firewalls, redundâncias, dentre outros, que essas empresas possuem,
bem como gerenciam esses elementos ( APNs públicas e/ou privadas ).

Regulamentação
A ANATEL possui um papel fundamental na regulamentação das telecomunicações
no Brasil, bem como a regulamentação e fiscalização das empresas que provêem os
serviços de Telecom e/ou gestão da telecomunicação. Hoje, temos empresas com
escopo diferentes na oferta de serviços que envolvem telecomunicações, por isso
devemos observar se trabalham de acordo com a legislação vigente. Exemplificando, o
roaming internacional permanente não é permitido por mais de 3 meses pelas regras
da ANATEL, você analisa este tema quando utiliza um simcard internacional.

SIMCARDS
Quando levamos em conta a tecnologia celular, devemos levar em consideração
um importante elemento que é o simcard, que pode ser de diferentes tamanhos e
tecnologias. Sua escolha depende do tipo de equipamento que você estará utilizando.

Os simcards disponíveis no mercado variam de tamanho (4FF, 3FF, 2FF ou e-sim) e


cada equipamento de rastreamento utiliza um tamanho de simcard. Os simcards
possuem características técnicas, tais como: robustez, resistência a temperatura e
vibração. É muito importante considerar estas características no rastreamento. O
simcard também possui vida útil e ela é proporcional ao número de escritas nele.

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Valores da Comunicação
Os valores de custo da conectividade variam conforme a tecnologia escolhida e os
volumes de dados a serem transferidos. Cada tecnologia tem um valor e considera um
custo por transmissão.

É importante conhecer consumo de dados do equipamento de rastreamento para


contratar o plano de conectividade correto e fazer a gestão da comunicação para
evitar excedentes de comunicação e cobranças indevidas.

Novas Tecnologias
A conectividade vem estimulando a criação de novas tecnologias, bem como o
aprimoramento das atuais. Espera-se nos próximos anos um avanço e revolução
da forma como transmitimos informações via ar, sendo que novas revoluções estão
a caminho, como, por exemplo, o 5G. Devemos estar atentos a estas mudanças e
entender os impactos para o negócio.

Tabela Resumo de Boas Práticas em Conectividade


FATORES DE SUCESSO MELHORES PRÁTICAS

Utilizar tecnologia de conectividade mais adequada ao


negócio e a aplicação com base nos fatores cobertura,
Escolha da tecnologia de disponibilidade de rede, volume de dados a serem
conectividade
transmitidos, regulamentação e custo.
Verificação da Cobertura
Escolha de provedores Estar preparado para a evolução da tecnologia.
de serviços com melhor
atendimento. Buscar informações e o apoio do seu fornecedor
de conectividade sobre as características técnicas e
funcionais da tecnologia que pretende utilizar.

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Analisar a região ou área de circulação do ativo a


ser rastreado e utilizar um sistema de comunicação
que forneça a cobertura adequada àquela região
consultando o mapa de cobertura da tecnologia de
conectividade.

Em casos de regiões com baixa cobertura utilizar dois


ou mais sistemas de comunicação para ampliar a
conectividade.

Verificar o nível de confiabilidade, suporte, ferramenta


de gestão de conectividade do provedor de serviços.

Verificar se o provedor serviço de comunicação ou a


gestão está autorizada a fornecer tal serviço.

Verificar como o fornecedor de conectividade trata o


Segurança da Comunicação
tema de segurança da informação.

Verificar se o serviço de conectividade está de acordo


Regulamentação
com a legislação vigente da ANATEL.

Verificar características como tamanho, robustez,


resistência à temperatura, resistência à vibração e vida
Simcards útil do simcard a ser utilizado.

Planejar e realizar a troca preventiva dos simcards.

Conhecer consumo de dados do equipamento de


rastreamento para contratar o plano de conectividade
Valores da Comunicação
correto e fazer a gestão da comunicação para evitar
excedentes de comunicação e cobranças indevidas.

Estar atentos a estas mudanças e entender os


Novas tecnologias
impactos para o negócio.

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7.
GLOSSÁRIO:
2G: é um acrônimo para a tecnologia de telecomunicações móveis de segunda geração
que foi lançada na Finlândia em 1991. As principais características da conexão móvel
2G foram a codificação digital de conversas e mensagens, maior penetração da
telefonia móvel e a introdução de vários serviços de dados para telefones móveis, tais
como mensagens SMS.

3G: A terceira geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel. Permite o envio e


recebimento de dados através de ondas de rádio a uma velocidade maior do que o 2G.

4G: A quarta geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel. Aumentou ainda


mais o potencial dos celulares como plataforma de entretenimento, além de tornar a
transmissão de dados mais barata em relação aos padrões anteriores.

5G: A quinta geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel. Promete velocidade


de download e upload de dados mais rápida, cobertura mais ampla e conexões mais
estáveis.

Aplicações: possibilidade de utilizar a aplicabilidade dos equipamentos rastreadores e


softwares de rastreamento para diversos segmentos de mercado.

APIs: sigla API refere-se ao termo em inglês "Application Programming Interface" que
significa em tradução para o português "Interface de Programação de Aplicativos". É
um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a um aplicativo de
software ou plataforma baseado na Web.

APN: sigla em inglês para Access Point Name, que em português significa Nome do
Ponto de Acesso. É a opção de configuração que permite que os celulares acessem a
Internet da operadora utilizada.

AVL: Automatic Vehicle Location, que em português significa, “Localização Automática


De Veículos”. Para o mercado de rastreamento, este dispositivo é o rastreador.

CAN: Barramento Controller Area Network. É o barramento que tráfega as informações


de telemetria do veículo.

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CE: Sigla francesa para Conformité Européenne, ou "Conformidade Européia", esse selo


é necessário para qualquer fabricante, seja europeu ou não, que queira vender seus
produtos dentro do território europeu, garantindo que um determinado número de
parâmetros foi seguido em conformidade com os padrões da União Européia.

COMPASS: sistema chinês de posicionamento global por satélite.

eSIM: significa que um SIM está incorporado em algo. Ele não é um SIM card real, mas
é um circuito integrado diretamente soldado dentro de um dispositivo e, portanto,
não removível nem substituível.

FCC: Federal de Comunicações (em inglês: Federal Communications Commission -


FCC) é o órgão regulador da área de telecomunicações e radiodifusão dos Estados
Unidos criado em 1934.

Firewall: é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais


comum) que, a partir de um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de
rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem
ser executadas.

Firmware: é o conjunto de instruções operacionais programadas diretamente no


hardware de um equipamento eletrônico. São as funcionalidades disponíveis no
rastreador.

GALILEU: sistema europeu de posicionamento global por satélite

GLONASS: Conjunto de satélites disponíveis para o posicionamento global.

GPS: Global Positioning System, que em português significa “Sistema de


Posicionamento Global”.

IoT: significa Internet das Coisas, e refere-se a grupos de dispositivos digitais, tais como
sensores industriais, que coletam e transmitem dados pela Internet.

Jamming Detector: são detectores de interferências que são regulados para indicar
uma possível aproximação de um jammer.

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M2M: é a sigla para Machine-to-Machine (Máquina-para-Máquina), ou seja, a


comunicação entre as máquinas que permeiam o nosso dia-a-dia.

MNO: sigla em inglês Mobile Network Operator, que em português significa Operador
de Rede Movél. Uma entidade de telecomunicações que presta serviços para
assinantes de telefonia móvel.

MTBF: tempo médio entre falhas.

MVNO: sigla em inglês Mobile Virtual Network Operator, que em português significa
Operador de Rede Virtual Móvel. Uma MVNO não possui uma rede ou frequência
própria, ela usa a rede de operadoras tradicionais, porém seu funcionamento é
idêntico ao das operadoras convencionais de telefonia celular.

NB-IoT: é uma tecnologia de rede de baixo consumo de energia, em que pequenas


quantidades de dados são transmitidas a longas distâncias por meio de dispositivos
celulares com baixos requisitos de energia e uma bateria de longa duração.

Rede Lora: é uma tecnologia de radiofrequência que permite comunicação a longas


distâncias com consumo mínimo de energia.

Rede Sigfox: é uma tecnologia de radiofrequência que permite comunicação a longas


distâncias com consumo mínimo de energia. Se diferencia da rede Lora apenas no
modelo de negócio a ser oferecido para o mercado.

RF: é a sigla de radiofrequência que é a faixa de frequência que abrange


aproximadamente de 3 kHz a 300 GHz e que corresponde a frequência das ondas
de rádio SIM cards: um circuito impresso do tipo cartão inteligente utilizado para
identificar, controlar e armazenar dados de telefones celulares.

SMS: é a sigla de Short Message Service, que em português significa Serviço de


Mensagens Curtas. É um serviço muito utilizado para o envio de mensagens de texto
curtos, através de telefones celulares.

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SVA: sigla para serviço de valor agregado. São serviços que completam as atividades
principais das operadoras.

VOIP: é a tecnologia que permite fazer e receber ligações usando uma conexão com a
internet.

VPN: sigla em inglês para Virtual Private Network, que em português significa Rede
Privada Virtual. Trata-se de uma rede privada construída sobre a infraestrutura de uma
rede pública.

Wifi: é uma rede sem fio, que permite o acesso à internet em diferentes dispositivos,
ao mesmo tempo, sem a necessidade de cabos de conexão

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Agradecimentos

PRESIDENTE DA ABESE

Selma Migliori
COORDENADOR E EDITOR
Leonardo Menezes
COMITÊ DE RASTREAMENTO
Representantes das
empresas que atuam com
sistemas de Rastreamento
REVISÃO
Renata Vieira
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Fernando Macedo (Sassarico)
R. Coronel Lisboa, 432
Vila Mariana - São Paulo - SP / CEP: 04020-040

Tel.: +55 11 3294-8033

comercial@abese.org.br

www.abese.org.br

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