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DO OBJETO
Indivíduos com incapacidades graves que não podem andar ou até mesmo sentar
sozinhos, podem passar a vida deitados ou sendo carregados, por esse motivo os
profissionais lançam mão do uso da cadeira de rodas. Para muitos, a cadeira de
rodas é um estigma de incapacidade e dependência, porém a liberdade de ir e vir
está diretamente relacionada à melhor qualidade de vida e maior independência.
O mau posicionamento na cadeira de rodas pode levar o indivíduo a ter problemas
como: rigidez, contraturas, deformidades, restrição do movimento, úlceras de
pressão além de comprometer o desenvolvimento emocional e intelectual.
O bom posicionamento do indivíduo na cadeira de rodas aumenta a mobilidade,
autonomia, conforto e segurança levando a uma melhoria na postura sentada
favorecendo funções básicas como respiração, nutrição e fluxo sanguíneo, previne
dores e, além disso, melhora a sociabilidade.
O sucesso na prescrição da cadeira de rodas depende de vários fatores como:
expectativa do usuário, adequação do ambiente tanto físico como social e da
cooperação da família.
Os componentes da cadeira de rodas devem objetivar conforto e manutenção da
postura, para isso os elementos que compõe a cadeira de rodas não devem ser
eleitos de forma aleatória, pois se assim for esse meio de locomoção se converte
em uma trava à autonomia, incômodo ao usuário, prejudicando sua independência
e interação com o meio.
Para o processo de adaptação da cadeira de rodas pode ser necessária a utilização
de alguns equipamentos como: cinto de segurança, apoio dos pés, abdutor de
membros inferiores, encosto, mesa de apoio, apoios laterais para tronco, apoio de
cabeça, bloqueadores de joelhos, protetor sacral entre outros.
No que se refere à adequação postural nas doenças neuromusculares, a maioria
delas causa perdas motoras e funcionais significativas e o aparecimento de
deformidade é incontrolável, portanto a intervenção da adequação postural deverá
possibilitar frequentes ajustes e reajustes.
Num primeiro momento existe o controle cervical, o controle de tronco está
presente ou instável, não há deformidades instaladas, mas o paciente pode
apresentar posturas compensatórias (escoliose).
Conclusão:
A adequação postural é única, pessoal e para cada necessidade patológica. Ela deve
analisar a estabilidade, função e conforto de cada usuário, prevenindo, auxiliando
ou ainda corrigindo deformidades e posturas inadequadas, deve agregar qualidade
de vida ao paciente e promover uma maior inserção social desse. Assim sendo um
dispositivo adequadamente prescrito é capaz de desfazer a histórica associação
entre o uso de uma cadeira de rodas com a incapacidade e a invalidez de seu
usuário.
A correta escolha de uma cadeira de rodas é de suma importância para que se atinja um real
ganho de qualidade de vida para pessoas que tem restrição de mobilidade, melhorando a sua
qualidade de vida.