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Querido, amado e felicíssimo irmão,

Ah! Meu irmão, que grande alívio saber conseguiu passar pelas provas e que agora
entrará nas férias. Fico grato em saber que tem se dedicado a estudar e que minhas cartas
o ajudaram nisso. Mas desculpa lhe informar que você provavelmente não vai achar aquele
livro que me trouxe para Pardes. Eu mesmo o procurei e não achei. Não pense que vou
para a mesma faculdade entrar na mesma biblioteca e ir para onde ele foi. Minhas histórias
servem de inspiração, mas você não deve passar pelas mesmas experiências e sim
aprender com as que eu tive. E na história de hoje eu tenho muito para mostrar a você.
Se não me engano, quando parei estava na floresta próximo a um riacho onde montara um
pequeno acampamento. Eu mesmo peguei um peixe com o fio que tinha no sobretudo e
uma madeira que achei na mata. O clima na floresta era seco, foi fácil fazer uma fogueira.
Audros me disse que eu deveria entrar para resistência, mas ele só pensava em governar.
Ele disse que pela manhã viria para me convencer. Eu sabia que dormir seria difícil porque
provavelmente se eu não aceitasse eu morreria ali mesmo.
Ainda estava pensando quando ouvi um grande vento chacoalhando as árvores. Ele via do
norte, depois do sul, do leste e depois do oeste. Estava me perguntando o que era aquele
vento quando vi o que pareceria ser um bola de luz, uma pequena estrela que chegou perto
de mim. Eu não sabia o que era, mas estava fascinado. Foi quando dela saiu um som: -me
siga. Fiquei surpreso e assustado, mas segui aquela pequena estrela ( como eu resolvi
chamar). Ela entrava cada vez mais na floresta e eu a seguia. Foi quando ela parou e
começou a brilhar intensamente. Fechei meus olhos para me proteger da luz cegante e
quando abri. Vi um animal que nunca tinha visto antes seu corpo era como de leão, de suas
costas saiam asas de águia, com penas enormes e de sua cauda saída uma chama
brilhante. Era o que podemos chamar de grifo. Eu estava pasmo com a situação quando.
Ele olhou e disse para mim como se fosse um homem:
-Saudações jovem peregrino, eu sou um dos servos da estrela. Pode me chamar de o
Mensageiro.
-Olá senhor Mensageiro, é a primeira vez que vejo um ser não humano falar- eu ainda não
tinha assimilado tudo aquilo, estava com medo de ser devorado, mas intrigado com a
situação - O que o senhor quer comigo ?
-Eu vim trazer uma mensagem. Uma estrela caída se aproxima. Você deve ter cuidado.
-Estrela caída ? o que é uma estrela caída ?
-Jovem peregrino. Nessa terra onde todos são peregrinos ou decentes de peregrinos as
estrelas caídas são como as sombras. Incentivando o mau nas pessoas. Quando se
alimentam o suficiente elas tomam um domínio. Onde elas se tornam donas daquelas vidas.
Viver nesse domínio é estar morto. Apenas na terra além do norte é onde essas estrelas
caídas não podem chegar, pois da luz da estrela d' alva, a estrela guia resplandece. Por
isso todos deveriam ter seguido para Além norte, mas muitos desistiram e se tornaram
habitantes de Pardes. -Ele caminha para trás e revela alguns panos brancos que estavam
sobre algo - tome peregrino. Pegue essa arma e esses itens. Eles não podem danificar
homens comuns, mas machucam as estrelas caídas. Use isso para lutar se necessário.
-Espera eu não sei lutar, como posso vencer contra um ser que parece ser tão poderoso?
-Peregrino, apenas vá e deixe que suas dúvidas sejam tiradas com o tempo - depois de
dizer isso uma grande luz apareceu, ele voltou a forma de estrela e sumiu.
O pano ainda estava lá. Era um lindo pano branco com relevos nas bordas. Quando tirei e
vi uma lança, ela era de um metal roxo e tinha detalhes dourados, sua lâmina era limpa e
reluzente, parecia que podia perfurar tudo, mas também era cortante como uma faca. Tinha
entalhes de estrela e traços por todo seu corpo. Ali também tinha um cordão de aço com
pingente de estrela e uma pedra azul no centro. Fora isso, havia um pequeno odre com
água e uma pequena pedra. Peguei todos os itens e levei para perto do riacho. Escrevi no
meu bloco tudo o que acontecera. E então peguei a lança, ela era bem leve. Não sei que
material era aquele, nunca tinha visto na vida. Quando peguei a lança senti algo, como uma
energia, entrando em mim. E de repente eu aprendi a usar lança. Assim como o Mensageiro
disse só precisava obedecer eu aprendi a usar apenas tocando nela. Passei a noite
treinando minhas novas habilidades e estava sério pensando no que poderia acontecer.
Quando a luz começou a clarear a floresta, me lavei no rio, coloquei minhas roupas, o meu
sobretudo, que naquela hora já era quase parte de mim, minhas luvas e meu cachecol. Era
um dia muito frio, mas ainda ficaria muito mais. Enrolei o pano branco na ponta da lança,
porque minha intenção não era luta e sim diplomacia. Se tudo se resolvesse a estrela caída
não iria aparecer.
-Bom dia Ahtos - disse Audros, usando uma roupa armadura de metal que se parecia com
a guarda.
-Bom dia Audros, vejo que planeja entrar na cidade e se infiltrar dentro da guarda não é ?
-Você é perspicaz. A guarda não me ataca normalmente, mas se alguém do conselho
desconfiar a guarda me atacaria. Se eles forem atacados a guarda também ataca, mas na
torre do relógio a uma pedra se for retirada do pedestal as máquinas param e eles também.
Assim eu poderia facilmente tomar o poder- disse com um sorriso no rosto tão maquiavélico
que me deu calafrios, mas mantive minha pose de forte. - Todos eles acreditam em mim, e
no meu governo. Estou cansado do conselho me vetando.
-Mas eu não acredito. Vejo você apenas como um louco querendo poder.
-Ah! mas que pena. Acho que infelizmente terei de matá-lo. Um a menos um a mais não
faz tanta diferença- levanta os braços - Homens peguem-no.
Saíram dos arbustos 6 homens armados com cimitarras e espadas curtas. Em um
movimento, premeditado, pulei e joguei as bolas de ferro que tinha no bolso no chão. Caí
em cima de uma pedra no riacho como planejado atravessei o riacho e me escondi na
floresta.
-peguem-no peguem-no -dizia continuamente Audros enquanto alguns caíam pelas bolas
de ferro e outros que conseguiam passar por elas tentavam atravessar o riacho, mas eu já
estava longe.
Eu peguei um caminho por dentro da floresta, tentando contornar a cidade e ir por outra
entrada. Enquanto corria, vi uma névoa começando a tomar conta de uma parte da floresta
dentro de mim eu já sabia, era a estrela caída. Eu consegui chegar a outra entrada. Pelo
tempo pensei que já tinham entrado também. E eu sabia muito bem onde estavam, no lugar
mais estratégico para quem quer tomar a torre era… a biblioteca. Corri para chegar na
biblioteca, e vi por uma pequena fresta alguns homens colocando a roupa da guarda e
alguns homens vestidos de preto. Vi também mais ao fundo o que só posso descrever como
um trono de madeira e Audros estava nela. Dois homens seguravam duas bandeiras com a
pata de corvo segurando a pedra circular.
Quando chegava 12 horas a torre do relógio tocava bem alto um som forte e eu sabia que
seria neste momento que agiriam. Eu não tinha muito tempo, corri para as portas da torre;
-rápido rápido me deixem entrar - Eu gritava batendo nos portões de aço. Ainda gritava
quando vi Urin chegar. Eu o parei e disse:
-Urin rápido você tem que avisar os outros para fugir, Audros está com uma legião e vai
tomar o poder a força !
-O que ?! Isso é verdade ? - Eu afirmei com a cabeça.
Urin correu para dentro da torre, alguns minutos depois ele desceu com a guarda de aço.
-Espera aí o que está fazendo ?! Era pra tirar todos de dentro da torre!
-Eu não vou deixar tomarem o conselho todos eles morrerão!
De repente apareceu vários homens de preto, com adagas cimitarras, espadas curtas e
arcos. Audros estava no meio deles.
-Vejo que meu plano falhou graças a um peregrino. Ah! Fazer o que. Soldados! Matem
Urin e tomem a torre do relógio.
Um grande brado se ouviu. A guerra estava prestes a começar. De um lado a guarda de
aço e do outro os homens de Audros. E eu estava no meio deles pensando no que iria
fazer. Eu corri do meio deles e vi o choque das armas de Audros com as armaduras da
guarda. Não demorou muito para o sangue começar a cair junto com algumas máquinas. Eu
não sabia o que fazer, não tinha plano ou ideia. Foi quando a névoa entrou na cidade e
tomou conta do pequeno campo de batalha. Eu peguei minha lança, me preparando para o
pior. A névoa ficou mais intensa.
-O que é isso? de onde vem essa névoa maldita! -disse Audros por trás dos seus homens.
Os soldados pararam de atacar, tanto a guarda quanto os homens de Audros. Eu sei que
você poderia pensar “ah que coisa boa, eles pararam.” Mas não meu irmão o pior estava
por vir. As cores da cidade começaram a sumir. Então a névoa começou a criar forma. Uma
forma feminina e esquelética e horrível, era como se carne tivesse sido esticada e puxada
revelando os ossos. Seu rosto era como uma caveira, tinha cabelo falhado de tamanhos
diferentes e partes em cabelo. Era como uma boneca que uma criança cortou o cabelo. Ela
abriu sua boca e um ar gelado tomou conta de tudo.
-O que?! Mas o que é isso ?! - gritavam as pessoas perdendo a cor e se tornando como
zumbis andando pela cidade agora cinza. Logo todos menos eu se tornaram cinzas. Um frio
terrível tomou conta de tudo.
-Olá a todos vocês, eu sou uma estrela caída, e vocês me deram um domínio só para mim,
me deram poder e um nome Rebeldia. Ah! Que nome lindo! Vou me divertir muito com
vocês antes que os lobos os comam- disse a figura esquelética, mas sem mexer sua boca.
-Ou se esqueceu de mim ? - disse apontando minha lança para ela.
-O que ?! Um peregrino com uma lança. Já sei! Foi o Mensageiro que te deu, não é ? Isso
não é um problema só preciso te matar!
Naquele momento fui tomado por uma coragem avassaladora- então e veremos quem
morrerá!
A névoa criou a forma de uma espada na mão dela. E ela avançou. Dando um golpe que
defendi por pouco com a haste da lança. Empurrei ela pra longe, e tentei furar seu peito
com a lança, mas ela conseguiu ir para trás bem na hora.
-Você é bem forte! Eu tenho que admitir. Outro já teria morrido. Mas me diga como vai
cuidar deles ?
Do meio da névoa criaturas metade homem metade lobo saem. Eram como lobisomens
que vemos na histórias. Seu corpo era forte e peludo. Seus dentes pareciam que podiam
cortar até aço e o mais amedrontador tinha 6 deles à minha volta. Ainda sob efeito daquela
coragem súbita ataquei um com minha lança o furando na barriga como se no mesmo
movimento forcei minha lança para o lado cortando a criatura e a outra que estava do lado
dela. Forcei minha lança para trás acertando um que estava nas minhas costas o acertando
com um golpe atordoante no rosto. Um deles cortou minhas costas rasgando o sobretudo.
Me virei tentando cortar a maioria

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