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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

LICENCIATURA EM DANÇA
ESTUDOS EM COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA I
PROF. DRA. FLAVIA PILLA DO VALLE

PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS
COREOGRÁFICOS
PRINCÍPIO DO RITMO COREOGRÁFICO

PROCEDIMENTO DE ACUMULAÇÃO

PRINCÍPIO DA REPETIÇÃO x VARIEDADE/CONTRASTE


PRINCÍPIO DO RITMO COREOGRÁFICO

Como se inicia, desenvolve e conclui uma coreografia?

Criação não é receita!


INÍCIO

- Talvez mais lento, com menos elementos, como uma


introdução musical.

- Entrada de pessoas/ personagens na cena.

- Se já na cena, talvez movimentos menores ou apenas


com alguma parte do corpo (ex. braços).

- Iluminação crescendo em intensidade....

- Na literatura, pode ser o momento de apresentar o


lugar, o tempo e as personagens.
DESENVOLVIMENTO

- Divisão em grupos de trabalho.

- Ritmo coreográfico cresce, decresce, cresce.

- Apresenta clímax.

- Cuidado! “Virtuosismo” do início ao fim carece de


ritmo coreográfico.

- Em coreografia rápida talvez a pausa seja o clímax...


CLÍMAX

- Como numa história, o clímax numa dança é o momento


mais tocante, onde o ápice de energia é alcançado.
Normalmente é um pouco antes da resolução, mas não
necessariamente. Pode-se ter também mais de um
clímax na coreografia.

- “Implicação visceral dos corpos em jogo que precipita a


evolução das sequências e levará a coreografia para tal
ou qual densidade particular” (BONILLA, 2007, p.3)
FINAL

- Todos em cena?

- Todos saem?

- Black out?

- Pose final?

- Finalização coincide com a música?

- Há uma mensagem na resolução?


PROCEDIMENTO DE ACUMULAÇÃO

É emendar um movimento qualquer em outro movimento qualquer.


Essa junção de dois, três ou mais movimentos corporais deve ser
fluente de forma não se identifique mais necessariamente onde um e o
outro começa e termina.
Após acumulado, teremos o que pode ser chamado de:

SEQUÊNCIA
MATRIZ DE MOVIMENTO
PARTITURA
CÉLULA
FRASE
MOTIF
BASE
MATÉRIA -PRIMA
Trisha Brown

Accumulation (1971)
PRINCÍPIO DA REPETIÇÃO x VARIEDADE/CONTRASTE

REPETIÇÃO

Algumas frases de movimentos devem ser repetidas para que a


audiência possa ver esses movimentos mais de uma vez e se identificar
com eles. Esta identificação vai prover ao espectador meios para
reconhecer a intenção do trabalho coreográfico.

Mas como não entediar quem assiste?


VARIAÇÃO/ CONTRASTE

Ao repetir a sequência, variar os elementos do movimento .

- velocidade
- nível
- direção
- qualidade
- tamanho
- visualização do público (frente, perfil, costas, diagonal)
- grupo ou solo
- contato corporal
- elemento cênico entre outros…

Na escola ou no estágio escolar, que temos poucos períodos, é muito


interessante usarmos esse princípio para compor nossas coreografias.
Uma sequência pode render praticamente uma coreografia!
TAREFA:

1 – Acumule alguns movimentos até formar uma sequência


coreográfica.

2 – Repita duas vezes, mas na segunda você irá talvez fazer as transições
de forma mais contínua e fluída.

3 – Filme e poste o link no Fórum e aguarde os colegas visualizarem.

4 - Você também deverá apreciar os trabalhos postados do colega (pelo


menos 2) e comentá-los.
ATENÇÃO:

 Faça um início e um final nítido através de uma pose (conte até 5


na sua cabeça) ou com uma entrada/saída em cena.

 Observe os vídeos disponibilizados a seguir aqui no Material de


Apoio (ou os exemplos da professora e monitora no Fórum) e veja
como os colegas de semestres anteriores fizeram.

 Não esqueça de comentar no mínimo dois trabalhos dos colegas.


Só assim a tarefa vai ser cumprida. Atente, por favor, para comentar
os que ainda não foram comentados. Assim, ninguém fica sem ser
visto.

 Você precisará de um celular ou similar para filmar sua coreografia.


Após, sugiro postar não listado no youtube (ou Goggle Drive) e
salvar o link para compartilhar conosco. Qualquer problema nesse
procedimento enviar e-mail para a professora ou monitora.
REFERÊNCIA BÁSICA

VALLE, Flavia P. do. Dança. Canoas: ULBRA, 2005. (cadernos Universitários, 291)

REFERÊNCIAS

BONILLA, Noel. A composição coreográfica: estratégias de fabulação. Disponível


em: http://idanca.net/a-composicao-coreografica-estrategias-de-fabulacao/.
Acesso em 13 junho 2020.
HUMPHREY, Doris. The art of making dances. New Jersey, EUA: Princeton Book
Company, 1987. 2a. edição.
MINTON, Sandra C. Choreography: a basic approach using improvisation. EUA:
Human Kinetics, 1997.
SCHRADER, Constance A. A Sense of Dance: exploring your movement potential.
EUA: Human Kinetics, 1996.
SMITH-AUTARD, Jacqueline. Dance composition. New York, EUA: Routledge,
2000. 4a. edição.

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