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O sujeito barrado pelo significante diante do furo que está sempre lá, diz.
Não importa o que se diga, é do dizer que se trata. Faz-se S1 a Sn, como se
faz a1 até an. Há quem suture, preservando um mínimo, há quem desate e
ate sem cessar. Há tentativas de que haja nó efetivo e tentativas de
supressão da ex-sistência. A topologia permite dar mais um passo além da
imaginariedade. Se o imaginário é o corpo, a topologia vale por um corpo. É
um corpo porque há Simbólico e ex-sistência do Real. É uma construção
matemática feita da relação inex-istente entre o Simbólico e o Real. Há
modelos que recorrem ao imaginário puro, os nós recorrem ao Real.
“É claro que meu nó borromeano não diz tudo – sem o qual, no
entanto, eu não teria chance de me situar no que há...porque há não-todo
(pas-tout), como digo... não-todo, certamente do Real que abordo em minha
prática.
Mas me situo melhor do que Freud no Real voltado para o que diz
respeito ao Inconsciente, pois o gozo do corpo faz obstáculo ao encontro do
inconsciente, opacifica a experiência analítica – daí meus matemas, os quais
procedem do fato de que o simbólico seja o lugar do Outro [Ⱥ] (embora não
haja Outro do Outro).
“É preciso dizer com clareza que é propriamente em Freud que há o
índice de um pensamento mais delirante do que em qualquer outro que eu
tenha compartilhado”. São vocês (no caso os passadores), com suas
presenças, que fazem com que Lacan possa dizer d’isso.”
Cito Lacan em Dissolução, Seminário 27: “Je m’em barre!” Tradução: caio fora,
desapareço como passante.