Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Programa: Folha:
Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFSCar 1 DE 4
Disciplina: Professor:
Sistemas de Produção – Turma A Dr. Moacir Godinho Filho
Aluno: Daniele dos Reis Pereira Data: 23/04/2019
Os autores explicam no início desse capítulo que quando este livro saiu em 1996, os
gerentes de produção enfrentavam tempos confusos. As abordagens históricas para o
gerenciamento de manufatura (como por exemplo, controle de estoque clássico, MRP e JIT)
mostraram-se desajustadas e incompatíveis. Enfrentando competição e complexidade sem
precedentes, os gerentes recorreram a uma série de “especialistas” em busca de soluções. E que
a resultante enxurrada de livros, minicursos, pacotes de software, fitas de vídeo, sites e outras
fontes impulsionavam filosofias e ferramentas, concorrentes servia apenas para aprofundar o
nevoeiro.
Mas enquanto aquele ambiente caótico era ruim para os gerentes, era bom para os
acadêmicos. Dado que toda ciência é motivada pelo desejo de trazer ordem ao mundo ao nosso
redor. O fato de que a fabricação foi tão obviamente desordenada que estimulou outros
acadêmicos a apelar para a ciência em busca de orientação. Dessa forma os autores
examinaram os fundamentos da ciência da manufatura conectando às raízes de toda a ciência.
Em um campo como a física, onde o objetivo é entender o universo físico, a necessidade
da ciência é óbvia. Mas a gestão da manufatura é um campo aplicado, em que o objetivo é o
desempenho financeiro e não a descoberta do conhecimento. Então, por que precisa de ciência?
Os autores explicaram que ciência oferece precisão –"quando você não pode expressá-lo em
números, seu conhecimento é escasso e insatisfatório”; ciência oferece intuição – onde os
modelos favorecem a intuição dos gestores na tomada de decisão; a ciência facilita a síntese de
perspectivas díspares ao fornecer uma estrutura, – as principais medidas de desempenho em
manufaturas, como o processo de trabalho e o tempo de ciclo, são muitas vezes tratados como
se fossem independentes.
Dessa forma, o gerenciamento de manufatura precisa de uma ciência, embora exista
considerável sabedoria popular sobre manufatura, ainda existe apenas um pequeno corpo de
conhecimento empiricamente verificável e generalizável para apoiar o projeto, o controle e o
gerenciamento de instalações de manufatura. Então, os pesquisadores e profissionais precisam
unir forças para desenvolver uma verdadeira ciência da manufatura.
Como o exemplo apresentado pelos autores da fábrica, a relação entre tempo de ciclo e
demanda, as premissas da ciência oferecem relação quantitativa, fundamentadas em teorias
para sistemas simples e possuem relação indutiva.
Resenha – A Science of Manufacturing
Programa: Folha:
Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFSCar 2 DE 4
Disciplina: Professor:
Sistemas de Produção – Turma A Dr. Moacir Godinho Filho
Aluno: Daniele dos Reis Pereira Data: 23/04/2019
Os modelos são uma parte necessária, mas não completa, do conjunto de habilidades de
um gerente de produção. Como a análise de sistemas exige que as alternativas sejam avaliadas
em relação aos objetivos, alguma forma de modelo é necessária para fazer concessões para
praticamente todos os problemas de decisão de fabricação. Podem variar de procedimentos de
quantificação simples a metodologias sofisticadas de otimização e análise. A arte da
modelagem está na seleção do modelo adequado para uma dada situação e na coordenação dos
diversos modelos usados para auxiliar o processo de tomada de decisão.
A contabilidade de custos normalmente fornece modelos ruins de operações de
manufatura. Onde seu objetivo é dizer para onde foi o dinheiro, não onde gastar dinheiro novo.
As decisões de operações exigem uma boa caracterização dos custos marginais, não totalmente
absorvidos, e consideração apropriada das restrições de recursos.
Por mais úteis que sejam os modelos, é importante lembrar que eles são apenas
ferramentas, não a realidade. A formulação apropriada de um modelo depende da decisão a que
se destina. Parâmetros que são razoavelmente considerados restritos para fins de tomada de
decisão tática são freqüentemente sujeitos a controle no nível estratégico. Assim, enquanto um
modelo pode ser eficaz no planejamento de quantidades de produção durante o período
intermediário, outro (possivelmente ainda um modelo de otimização restrito) é necessário para
o planejamento a longo prazo. Os modelos podem esclarecer as relações entre as decisões
táticas e estratégicas e ajudar a garantir a consistência entre elas.
Há muitas fontes de incerteza em situações de gerenciamento de manufatura, incluindo
flutuações de demanda, interrupções na aquisição de materiais, perda de rendimento variável,
quebras de máquina, agitação trabalhista, ações de concorrentes e assim por diante. O
procedimento de avaliar as possíveis conseqüências negativas em uma situação incerta é
conhecido como análise de risco e tem sido amplamente utilizado em setores mais arriscados,
como a exploração de petróleo.
Uma abordagem para avaliar possíveis decisões é ponderar os vários resultados com as
probabilidades e calcular um valor esperado de alguma medida de desempenho (por exemplo,
lucro). Uma abordagem alternativa e às vezes mais realista é examinar os vários cenários e
escolher um curso de ação que evite que coisas realmente ruins aconteçam.
Uma metodologia coerente e unificada para melhoria deve ser empregada e um bom
quadro científico é apenas o começo. Para ser bem-sucedido, deve haver uma metodologia
Resenha – A Science of Manufacturing
Programa: Folha:
Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFSCar 4 DE 4
Disciplina: Professor:
Sistemas de Produção – Turma A Dr. Moacir Godinho Filho
Aluno: Daniele dos Reis Pereira Data: 23/04/2019
Conclusão