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Lívia Maria Monteiro Torres de Matos – Nº USP: 10742042

Curso: Licenciatura em Música


Educação Especial, Educação dos Surdos, Língua Brasileira de Sinais – Turma: 142
Atividade 1 - A

Reflexões sobre o vídeo “Conversação - Educação Inclusiva”

Ao assistir o vídeo “Conversação - Educação Inclusiva” alguns pontos me


chamaram atenção. Pensar na Educação Especial ainda é muito novo para mim,
mas percebo que também o é para todos os educadores já que é um tema bastante
recente no nosso país e que ainda gera muitas opiniões sobre as formas de
abordagem do ensino e sobre o que é melhor para cada aluno. Além disso, a
educação especial também é pouco discutida e isso fica claro quando vemos o
exemplo da USP que oferece apenas um semestre sobre Educação Especial para
os estudantes de licenciatura, um tema tão amplo e importante como esse deveria
ser mais aprofundado na universidade. Isso me lembra de um momento do vídeo
onde uma das educadoras relata que em sua escola há professores que se
incomodam ou não querem dar aulas nas salas onde há alunos com deficiência.
Fiquei surpresa ao saber do preconceito que alguns educadores têm, mas também
acredito que parte deste problema seja por conta da insegurança dos professores ao
lidar com crianças com deficiência.
Percebo que quando pensamos em Educação Especial e Inclusiva estamos
pensando na escola como um todo e na busca de ferramentas para melhorar o
ensino. Não adianta falar em inclusão se não houver investimentos que preparem a
escola para que receba todos os alunos. Também é importante garantir que o aluno
com deficiência se relacione com os alunos ditos “normais” de sua sala, caso ele
frequente a escola regular, para que não exista exclusão dentro de um processo de
inclusão, como foi dito no vídeo. De qualquer forma acredito que a discussão
principal deva girar em torno da forma de ensino e não no local ideal para os
estudantes, pois cada um deles, em discussão com seus professores e familiares,
podem escolher o melhor lugar para estudar. Sendo assim o foco é o processo de
aprendizagem, pois cada aluno irá se desenvolver de sua própria maneira e nossa
função como educadores é auxiliar nesse desenvolvimento.
Algo bastante discutido no vídeo foi a adaptação do currículo para alunos com
deficiência. Acredito que a adaptação seja uma boa ferramenta de ensino quando
necessária, mas é importante que seja feita com muito planejamento e de maneira
coerente com o currículo de modo que não exclua o aluno da disciplina. Além disso,
a adaptação também pode auxiliar aqueles que não possuem deficiência, mas que
tem dificuldade na matéria, como foi relatado por um dos professores no vídeo.
Por fim, o mais importante não é tentar imaginar e supor como o ensino
deveria ser feito e sim conversarmos diretamente com as pessoas que são o
público-alvo da Educação Especial que devem ser aqueles que possuem a maior
voz dentro disso tudo. Nós como educadores devemos escutá-los e encontrar
formas de ensinar da melhor maneira possível e lutar por uma educação mais
inclusiva.

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