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28 UNIVERSIDADE FEDERAL DO

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TERAPIA NUTRICIONAL PARA PACIENTES


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SUMÁRIO

1. OBJETIVOS 4

2. JUSTIFICATIVA 4

3. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO 5

4. ATRIBUIÇÕES COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES 5

5. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 6

6. TERAPIA NUTRICIONAL 8

6.1 REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS 9

6.2 NUTRIÇÃO ENTERAL MÍNIMA 11

6.3 CUIDADOS OBRIGATÓRIOS 13

6.4 CRITÉRIOS PARA VIA ORAL 15

6.5 TIPOS DE FÓRMULAS ENTERAIS EM NEONATOLOGIA 15

7. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA TERAPIA NUTRICIONAL NA UTI 16

7.1 MONITORAMENTO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO 16

7.2 TOLERÂNCIA DA DIETA E CONDUTA EM RELAÇÃO AO RESÍDUO GÁSTRICO 16

8. REFERÊNCIAS 18
9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
19

ANEXO I 20

ANEXO II 21

ANEXO III 23

APENDICE A 25

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SIGLAS E ABREVIATURAS

A Altura
AAP Associação Americana de Pediatria
AGHU Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
AIG Adequado para idade gestacional
AND Academy of Nutrition and Dietetics
ESPGHAN European Society of Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition
FARNNeo Ferramenta de Avaliação do Risco Nutricional Neonatal
GEB Gasto Energético Basal
GER Gasto Energético de Repouso
GIG Grande para idade gestacional
HC-UFTM Hospital de Clínicas da Universidade do Triângulo Mineiro
I Idade
IG Idade gestacional
IGC Idade gestacional corrigida
IMC Índice de Massa Corporal
L Litro
LHBL Leite humano de banco de leite
NE Nutrição Enteral
NEC Enterocolite necrozante
NP Nutrição Parenteral
OMS Organização Mundial de Saúde
P Peso
PIG Pequeno para idade gestacional
PRT Protocolo
AND Academy of Nutrition and Dietetics
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
RNPT Recém-nascido pré-termo
RNMBP Recém-nascido de Muito Baixo Peso
RNEBP Recém-nascido de Muito Baixo Peso
TNE Terapia Nutricional Enteral
TNO Terapia Nutricional Oral
UNUT Unidade de Nutrição Clínica
UTI NEO Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
VET Valor Energético Total
VO Via Oral

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1. OBJETIVOS
a. Estabelecer a atuação do profissional nutricionista no cuidado ao paciente neonatal
criticamente enfermo;
b. Garantir o desenvolvimento e crescimento adequados do recém-nascido pré-termo (RNPT),
RN com muito baixo peso (RNMBP) e RN grave sem efeitos indesejáveis como acidose metabólica,
persistência do canal arterial, enterocolite necrosante, hipercolesterolemia, hiperuremia,
hiperamonemia, entre outros;
c. Prevenir o deterioramento nutricional durante a fase crítica;
d. Assegurar que a terapia nutricional planejada seja realmente recebida pelo paciente;
e. Prevenir ou detectar e tratar de forma assertiva e padronizada as complicações relacionadas
à terapia nutricional.

2. JUSTIFICATIVA
O nascimento prematuro constitui-se como uma emergência nutricional, tendo o
planejamento e condução nutricional impacto no desempenho do bebê na unidade neonatal e em
toda a sua vida. Algumas características do neonato pré-termo devem ser consideradas no
planejamento da terapia nutricional: alto metabolismo, pouca reserva gordurosa e muscular devido
ao nascimento prematuro, maior necessidade proteica, maior perda de água insensível e peristalse
intestinal mais lenta (BRASIL, 2017).
Idealmente, os nutrientes devem ser oferecidos aos recém-nascidos pelo
aleitamento materno, porém na ausência da coordenação da sucção deglutição, muito comum nos
RNPT, a nutrição enteral e parenteral apresenta-se como valiosas alternativas como fontes de
energia, macronutrientes, água e eletrólitos, mineirais e oligoelementos e vitaminas (VILELA E
MOREIRA, 2020).
É extremamente importante que as necessidades nutricionais do RNPT sejam
atingidas o mais precocemente possível, tanto por via parenteral como enteral, o que vai depender
da idade gestacional, do quadro clínico, da capacidade digestória do RN e da motilidade intestinal
(FERFEMBAUM, 2016).
O RNPT é um dos grupos mais vulneráveis no ciclo da vida, tornando a necessidade
de nutrição adequada um dos maiores desafios da neonatologia, uma vez que dela dependem a
sobrevida, o crescimento e o desenvolvimento cognitivo e motor satisfatório e, em longo prazo, a
prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (FERFEMBAUM, 2016).
A nutrição tem papel essencial no desenvolvimento do prematuro, sendo a qualidade
do crescimento pós-natal dependente do tipo, qualidade e quantidade da alimentação oferecida ao
RN. Além da oferta calórica, a adequação de macro e micronutrientes é igualmente importante.
Quanto mais precocemente o RNPT alcança seus requerimentos nutricionais, menor é a prevalência
de desnutrição durante a internação (CAMPOS, et al, 2020).
Diante do impacto que a terapia nutricional tem no desenvolvimento e na sobrevida
do RNPT, a Unidade de Nutrição Clínica (UNUT) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (HC-UFTM) elabora este protocolo (PRT) a fim de sistematizar o cuidado
nutricional para o neonato criticamente enfermo.

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3. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO


a. Inclusão: pacientes neonatais criticamente enfermos com necessidade de cuidados
intensivos;
b. Exclusão: pacientes que não estão em cuidados intensivos.

4. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES


Compete ao profissional nutricionista, para realização das ações terapêuticas para
pacientes criticamente enfermos, o desenvolvimento das seguintes atividades, conforme
estabelecido pelo Conselho Federal de Nutricionista, na Resolução nº 663 de 2020:
a. Executar as orientações descritas neste protocolo, exercendo o julgamento técnico em sua
aplicação;
b. Realizar triagem de risco nutricional e elaborar o diagnóstico nutricional, quando
aplicáveis, de acordo com os protocolos técnicos do serviço, e colaborar com a implementação
de técnicas de avaliação antropométrica;
c. Prescrever a dieta, o que inclui a terapia nutricional enteral e oral, e realizar sua
reavaliação e adequação diariamente com base nas metas nutricionais e nos protocolos técnicos
preestabelecidos, na causa de internação, nas comorbidades, na condição e achados clínicos, no
diagnóstico nutricional e considerando as transições entre as vias de administração da terapia
nutricional, assim como as interações drogas/nutrientes;
d. Avaliar a terapia nutricional parenteral qualitativa e quantitativamente para adequação
às necessidades nutricionais e à condição clínica atual do paciente;
e. Participar das visitas/rounds multiprofissionais diários de discussão de casos clínicos e
colaborar com a elaboração do plano terapêutico do paciente, conforme a rotina da Unidade de
Terapia Intensiva (UTI);
f. Monitorar a evolução nutricional de clientes/pacientes/usuários, independentemente da
via de administração da Terapia Nutricional, de acordo com os protocolos técnicos do serviço
elaborado pela equipe de Nutricionistas;
g. Registrar, diariamente, a prescrição dietética e a evolução nutricional, em prontuário de
clientes/pacientes/usuários, de acordo com protocolos preestabelecidos pela equipe de
nutricionistas;
h. Orientar a distribuição das dietas prescritas por nutricionista, independentemente da via
de administração, supervisioná-las, e avaliar a infusão, a aceitação e a tolerância;
i. Estabelecer critérios de assistência nutricional nos protocolos de transferência interna na
instituição e realizar o relatório e a orientação alimentar e nutricional na alta hospitalar dos
clientes/pacientes/usuários, garantindo, assim, a continuidade do cuidado nutricional.
Além das atribuições acima, ainda compete ao nutricionista, em ambiente neonatal:
 Apoiar o aleitamento materno;
 Orientar a nutriz quanto à amamentação e à sua alimentação;
 Supervisão e orientação de residentes de nutrição e estagiários de graduação.

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5. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
A triagem nutricional deve ser realizada em até 48 horas da admissão na UTI Neonatal,
utilizando a ferramenta FARNNeo (Ferramenta de Avaliação do Risco Nutricional Neonatal) (Anexo
I). Esta ferramenta deverá ser registrada no prontuário eletrônico do paciente, no módulo
multiprofissional, no campo anamnese, descrevendo o resultado da triagem em pontuação e o nível
de assistência nutricional, o qual é obtido usando a classificação, conforme o Manual de Nutrição
Clínica, que considera o risco nutricional e a necessidade de dietoterapia específica. Link:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/manual_de_nutricao_clinica-final-1.pdf
Após classificação do nível de assistência, deve-se proceder à avaliação nutricional em
até 48 horas da realização da triagem nutricional, iniciando-se por pacientes classificados como nível
terciário de assistência nutricional. Pacientes classificados como nível secundário de assistência
nutricional também devem ser avaliados em momento oportuno.

A avaliação nutricional dos pacientes neonatos será realizada em formulário próprio da


instituição (Apêndice A) e deve compreender:
 Anamnese com a mãe, com ênfase na história perinatal, avaliação das condições de
nascimento e diagnóstico clínico do recém-nascido:
 História de vida e saúde materna - idade, escolaridade, ocupação, condições de moradia,
composição familiar, rede de apoio, história gestacional, enfermidades crônicas;
 Pré-natal (unidade de saúde, número de consultas, acompanhamento com nutricionista,
intercorrências clínicas) parto (vaginal, fórcipe, operação cesariana, único/gemelar) e
 Puerpério (tempo de internação, intercorrências clínicas e história da amamentação);
 Classificação do RN:
 Segundo Idade Gestacional (IG) ao nascer:
 IG < 37 sem. ➝ RNPT;
 IG entre 34 e 36 sem. ➝ RN pré-termo tardio;
 IG entre 31 e 33 sem. ➝ RN pré-termo moderado;
 IG entre 28 e 30 sem. ➝ RN pré-termo grave;
 IG < 28 sem. ➝ RN pré-termo extremo;
 IG entre 37 e 42 sem. ➝ RN de termo (RNT);
 IG > 42 sem. ➝ RN pós-termo.
 Segundo Peso ao Nascer:
 PN < 2.500g ➝ RN de baixo peso (RNBP);
 PN < 1.500g ➝ RN de muito baixo peso (RNMBP);
 PN < 1.000g ➝RN de muito, muito baixo peso (RNMMBP) ou recém-nascidos de peso
extremamente baixo ao nascimento (RNPEBN).
 Segundo Peso e IG ao nascer utilizando Curva de Crescimento Intergrowth21 (Anexo II):
 Adequado para a IG (AIG) ➝ entre os percentis 10 e 90;
 Pequeno para a IG (PIG) ➝ abaixo do percentil 10;

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 Grande para a IG (GIG) ➝ acima do percentil 90.


 Se neonato prematuro, utilizar idade corrigida.
 Cálculo para idade corrigida:
 IGC = idade cronológica (semanas) – (40 – IG em semanas)

 Avaliação antropométrica:
 Peso:
 Preferencialmente aferir diariamente;
 Na UTI Neo do HC-UFTM: pesagem realizada pela enfermagem 3x/sem.;
 Avaliar o percentual de perda de peso em relação ao peso de nascimento, até
recuperá-lo;
 Perda de peso fisiológica ao nascer pode variar de 5 a 10%, podendo chegar a 15%
em RN prematuros, sendo inversamente proporcional a idade gestacional;
 A recuperação do PN ocorre em média no período de 10 a 14 dias, podendo chegar
até 21 dias em RN prematuros;
 Ganho de peso diário esperado, em oferta nutricional adequada, conforme as curvas
de crescimento intrauterino: 10 a 20g/kg ou 10 a 30g por dia. Na fase de catch-up, o ganho
de peso pode chegar a 40 a 45g/dia;
 Calcular o ganho de peso semanal;
 Plotar os dados de peso na curva de crescimento Intergrowth21, com idade corrigida.
 Comprimento:
A medida deve ser realizada 1 vez/semana, utilizando-se a estimativa do comprimento
pelo comprimento recumbente na incubadora: o bebê deverá estar em decúbito dorsal
(deitado, de ventre para cima). Marca-se o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base
do pé no lado direito e mede-se a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica.
Crescimento esperado: 1 cm por semana.
 Perímetro cefálico:
o Deve ser realizada 1 vez/semana;
o Crescimento esperado: 1 cm/semana. É a primeira medida que cresce ao se atingir uma
oferta proteico-calórica plena;
o Caso a primeira medida tenha sido realizada entre 6 e 12 horas de vida, necessita de
confirmação 48 a 72 horas após, devido à acomodação dos ossos do crânio.
 Perímetro braquial:
o Deve ser realizada 1 vez/semana;
o Importante realizar a avaliação seriada, pois é uma medida mais sensível que o peso
e o comprimento, em prematuros;
o Técnica: medir no ponto médio entre o acrômio e o olécrano.
 Classificação pelos índices antropométricos:
o Avaliação indicada para RNT e RNPT que atingiram o termo, utilizando a idade corrigida;
o Utilizar curvas OMS, 2006 – Escore-Z;
o Índices antropométricos para lactentes: P/I; Comp/I; P/Comp; IMC/I.

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 Exame físico:
Corresponde a uma avaliação sumária da nutrição intrauterina, da avaliação da massa
muscular e da gordura subcutânea.

 Avaliação da oferta nutricional:


 Cálculo da oferta nutricional de macro e micronutrientes e oferta hídrica;
 Deve considerar oferta via enteral e parenteral e, se for o caso, via oral.

 Avaliação bioquímica:
 Avaliação dos parâmetros bioquímicos relacionados ao estado nutricional e à oferta
nutricional, assim como distúrbios hidroeletrolíticos e síndrome de realimentação;
 Com ênfase em hemograma, pré-albumina/albumina, bilirrubina e dosagens de
micronutrientes como: zinco, ferro, cálcio e fósforo.

A partir da avaliação nutricional deve-se estabelecer os diagnósticos nutricionais


utilizando-se a Padronização Internacional de Diagnósticos de Nutrição proposta pela Academy of
Nutrition and Dietetics (AND) (2006) (Anexo III). A avaliação nutricional deve ser registrada no
Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), juntamente com o diagnóstico
nutricional, os requerimentos nutricionais, a prescrição dietética e o planejamento terapêutico
nutricional.
O acompanhamento dos pacientes deve ser diário, observando-se tolerância e
progressão da dieta, ganho de peso, % adequação da infusão da dieta, complicações que ocasionam
suspensão da dieta, complicações relacionadas a terapia nutricional ou que incidam no estado
nutricional do neonato. O registro do acompanhamento deve ocorrer a cada 2 dias ou sempre que
seja necessário alterar a conduta nutricional. A reavaliação deve ser realizada a cada 7 dias.

6. TERAPIA NUTRICIONAL
O maior objetivo da terapia nutricional é assegurar que o neonato prematuro alcance
crescimento similar ao que teria intraútero, sendo considerado um dos fatores que contribuem para
o aumento expressivo do número de crianças nascidas prematuras que sobrevivem. A terapia
nutricional adequada configura-se um dos maiores desafios da neonatologia, uma vez que dela
dependem a sobrevida, o crescimento e o desenvolvimento cognitivo e motor satisfatório e, em
longo prazo, a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (FEFERBAUM, et al. 2016)
A terapia nutricional enteral deve ser introduzida o mais breve possível, pois previne a
atrofia da mucosa intestinal, reduz a incidência de enterocolite necrosante e evita nutrição
parenteral prolongada e suas complicações como infecções associadas aos acessos centrais,
aumento da permanência e dos custos hospitalares (CARVALHO; COSTA. 2014).
Algumas situações e clínicas e peculiaridades próprias dos prematuros que contribuem
para uma nutrição inadequada:
 Restrição de volume que algumas vezes é desejável para os prematuros. Essa restrição pode
limitar as possibilidades de oferta calórica;

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 Intolerância à glicose que os bebês de extremo baixo peso podem apresentar nas primeiras
semanas de vida, limitando novamente a ingestão calórica:
 Eventos patológicos também diminuem as possibilidades de oferta, além de aumentarem a
demanda, e a preocupação com a enterocolite impede manuseios nutricionais agressivos por via
enteral:
 Imaturidade do trato gastrointestinal - as funções digestiva e motora do trato
gastrointestinal são imaturas e a tolerância à alimentação por via enteral está frequentemente
alterada. A decisão de alimentar o bebê prematuro deve levar em conta as limitações relacionadas
ao desenvolvimento, bem como a progressiva maturação intestinal a cada idade gestacional.

6.1 Requerimentos nutricionais

 Recém-nascido prematuro:
 Energia

Tabela 1. Recomendações de diária de energia a para RNMBP e RNPT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 130 – 150 Kcal/Kg*/dia
110 – 135 Kcal/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 110 – 130 Kcal/Kg/dia
Displasia broncopulmonar e 140 – 150 Kcal/Kg/dia
-
cardiopatia congênita

 Proteína
Tabela 2. Recomendações de diária de proteína a para RNMBP e RNPT
AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 3,8 – 4,4 g/Kg/dia 4,0 – 4,5 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 3,4 – 4,2 g/Kg/dia 3,4 – 4,0 g/Kg/dia

 Carboidrato
Tabela 3. Recomendações de diária de carboidrato a para RNMBP e RNPT
AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 9 – 20 g/Kg/dia
11,6 – 13,2 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 7 – 17 g/Kg/dia

 Lipídeo
Tabela 4. Recomendações de diária de lipídeo para RNMBP e RNPT
AAP, 2014 ESPGHAN, 2010 SBP, 2012
Peso <1000g 6,2 – 8,4 g/Kg/dia -
4,8 – 6,6 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 5,3 – 7,2 g/Kg/dia -
Pneumopatas Até 70% VET

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 Recém-nascido a termo:
 Energia
Tabela 5. Recomendações de diária de energia para RNT
Equação de Holliday Segar, 1957
Até 10 Kg 100 Kcal/Kg/dia x Fator de estresse
11 – 20 Kg 1000 Kcal + 50 Kcal/Kg acima de 10 Kg X Fator estresse
Acima de 20 Kg 1000 Kcal + 20 Kcal/Kg acima de 20 Kg X Fator estresse
*Kg de peso atual

Tabela 6. Fator estresse a ser utilizado com a Equação de Holliday e Segar


Fator estresse
Leve 1,1
Moderado 1,2
Grave 1,3

Tabela 6.1 Recomendações de diária de energia para RNT


Aspen, 2002
0 – 1 ano 90 – 120 Kcal/Kg/dia

 Proteína
Tabela 7. Recomendações de diária de proteína para RNT
ASPEN, 2002
3,0 – 4,0 g/Kg/dia
RNBP
2,0 – 3,0 g/Kg/dia
RNT AIG

 Carboidrato
Tabela 8. Recomendações de diária de carboidrato para RNT
AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
9 – 20 g/Kg/dia
Peso <1000g 11,6 – 13,2 g/Kg/dia
7 – 17 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g

 Lipídeo
Tabela 9. Recomendações de diária de lipídeo para RNT
AAP, 2014 ESPGHAN, 2010 SBP, 2012
6,2 – 8,4 g/Kg/dia -
Peso <1000g
4,8 – 6,6 g/Kg/dia
5,3 – 7,2 g/Kg/dia -
Peso 1000 - 1500g
Até 70% VET
Pneumopatas

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6.2 Nutrição enteral mínima


A dieta enteral mínima tem sido indicada no suporte nutricional de recém-nascidos de
extremo baixo peso, podendo ser iniciada nos primeiros dias de vida, apesar destes bebês serem
dependentes de Nutrição Parenteral Total (NPT) nos primeiros dias de vida. Para que a dieta
trófica seja iniciada o recém-nascido precisa estar relativamente estável e apresente achados
clínicos tais como peristaltismo e exame abdominal dentro da normalidade, não sendo
necessário que haja a eliminação do mecônio (CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014).
De acordo com Vilela e Moreira (2020), recomenda-se a alimentação nas primeiras 24
horas de vida para todos os recém-nascidos com exceção daqueles com patologias intestinais ou
muito instáveis com o leite materno ordenhado cru (colostro) ou com leite humano pasteurizado
de banco de leite, devendo-se considerar inclusive a alimentação via oral para os RNPT, incluindo
os menores que 32 semanas de idade gestacional.

a) Via de administração (CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014):


 NE - Sonda orogástrica;
 Por gavagem ou bomba de infusão;
 A cada 2 ou 3h;
 Considerar dieta contínua para RNMBP por existirem evidências que sugerem maior ganho
de peso e maior rapidez para alcançar a dieta plena e a alta hospitalar.

b) Indicações (CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014):


 Recém-nascido ≤ 32 semanas de idade gestacional ao nascimento;
 Hipóxia perinatal (APGAR no 5° minuto≤ 7);
 Crescimento intrauterino restrito;
 Pequeno para idade gestacional.
 RN estável;
 Presença de peristaltismo;
 Exame abdominal dentro da normalidade;
 Não é necessária a eliminação de mecônio.

c) Benefícios (CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014):


 Estimular o desenvolvimento da mucosa gastrintestinal;
 Maturação da atividade motora intestinal e
 Aumento da secreção de peptídeos e hormônios regulatórios.

d) Contraindicações dieta enteral (CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014):


 Instabilidade hemodinâmica: hipotensão arterial, necessidade de aminas, acidose
metabólica com anion-gap aumentado;
 Íleo séptico funcional;
 Enterocolite necrotizante suspeita ou confirmada;
 Pós-operatório de cirurgia abdominal;
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 Sinais clínicos de doença intestinal;


 Uso de indometacina;
 Sangramento intestinal;
 Obstrução intestinal;
 Fístula enterocutânea de alto débito.

e) Otimização da dieta enteral em RNMBP (VILELA, L.D; MOREIRA, M.E.L; 2020):


 Considerar a colostroterapia com 0,1 mL em cada canto da boca de 3 em 3 horas por 3 a 5
dias;
 Iniciar nutrição enteral mínima o mais precoce possível (10 mL/kg/dia) com colostro, leite
materno ou LHBL;
 Progredir a dieta em 20 a 25 mL/kg/dia, dependendo da tolerância;
 Não avaliar o resíduo gástrico de rotina; somente na presença de outros sinais e sintomas
gastrointestinais;
 Iniciar a fortificação do leite materno (aditivo multicomponente) nos bebês com peso ao
nascer abaixo de 1500g quando a dieta alcançar 100 mL/kg/dia;
 Aumentar a dieta oral até alcançar:
 Taxa hídrica de 135 a 200 mL/kg/dia;
 Taxa proteica 3,5 a 4g/kg/ dia;
 Taxa calórica 110 a 135 kcal/kg/dia.
 Considerar a dieta oral plena como a taxa calórica acima de 100 a 120 kcal/kg/dia;
 Após a recuperação do peso de nascimento, o ganho de peso deve ser de 20g/kg/dia em
uma semana.

Tabela 10. Otimização de alimentação enteral em recém-nascidos de extremo e muito baixo peso ao nascer
RN< 1000g RN < 1500g
Leite de escolha LMO/LHBL/colostro LMO/LHBL/colostro
Início da dieta Entre 6 e 48h de vida Entre 6 e 48h de vida
Dieta enteral mínima 1 mL/Kg de 3/3h 2 mL/Kg de 3/3h
Duração da dieta enteral mínima 1 a 4 dias 1 a 4 dias
Fortificação do leite humano 100 mL/Kg/dia 100 mL/Kg/dia
Taxa calórica adequada 110 a 135 Kcal/Kg/dia 110 a 135 Kcal/Kg/dia
Ingestão proteica adequada 3,5 a 4,0 g/Kg/dia 3,5 a 4,0 g/Kg/dia
Taxa hídrica adequada 135 a 200 ml/Kg/dia 135 a 200 ml/Kg/dia

Fonte: Adaptado de Protocolo Nutricional da Unidade Neonatal, FIOCRUZ, 2020

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Tabela 11. Esquema de dieta enteral conforme faixa de peso


Peso ao nascer Início de dieta Dia de dieta Volume (mL/Kg/dia) Intervalos
(horas de vida) entre as
dietas
1º - 2º 10
A
24 3º - 7º 20 2h – 3h
≤1.000g
≥ 8º Aumentar 20 diariamente
1º 10
B
24 2º - 5º 20 2h – 3h
>1000-1500g
≥ 6º Aumentar 20 diariamente
C 1º - 3º 20
24 3h
>1500-2000g ≥ 4º Aumentar 20 diariamente
D 1º 20
Ao nascer 3h
>2000-2500g ≥ 2º Aumentar 20 diariamente
E 1º 30
Ao nascer 3h
>2500g ≥ 2º Aumentar 30 diariamente
*Suspender nutrição parenteral ao atingir 100 Kcal/Kg/dia de dieta enteral
Adaptado: CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014

6.3 Cuidados obrigatórios


Carvalho e Costa (2014) apontam em sua revisão bibliográfica cuidados e situações
especiais que devem ser rigorosamente observados:

a) Iniciar três dias após estabilidade hemodinâmica:


 Considerar estabilidade hemodinâmica:
 Não estar recebendo adrenalina ou dopamina.
 Pode estar em uso de dobutamina na dose máxima de 5 mcg/kg/min e não estar
necessitando de mais expansões com cristaloides e normotenso.
 Ausência de distensão abdominal.
 Ausência de acidose metabólica com anion–gap aumentado (≥15 meq/l).

b) Intolerância à dieta, presença de resíduo gástrico:


 Lácteo: Se resíduo for acima de 20% do volume administrado: devolver e descontar do
volume total a ser oferecido.
 Bilioso: Suspender a dieta do horário que ocorreu o resíduo, em qualquer volume.
 Se houver mais de dois resíduos biliosos em um mesmo dia: suspender dieta do dia.
 Se dieta for suspensa por mais de 24 horas, a NPT deverá ser iniciada.

c) Íleo séptico ou enterocolite necrosante (NEC):


 Início de dieta 4 dias após o início da NEC;
 Utilizar esquema B (Tabela 11) para incrementos, considerando-se 4 dias de dieta suspensa,
independentemente do PN;
 Sempre associar NPT.
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d) Eliminação de mecônio - não é necessária para iniciar a dieta;

e) Quando a dieta for suspensa por motivos que contraindicaram dieta enteral:
 Reiniciar com 50% do volume já administrado anteriormente no último dia;
 Exceto para indometacina, que segue o esquema próprio.
 Reiniciar após três dias do início da estabilidade hemodinâmica.
 Seguir o esquema estabelecido para cada faixa de peso.

f) Hipóxia perinatal (APGAR no 5° Minuto ≤ 7):


 Iniciar após 3 dias de jejum e seguir esquema para peso > 1500 g para os incrementos.

g) Crescimento intrauterino restrito:


 Iniciar após 48 horas de jejum seguindo o esquema de peso de 2.000 g em relação aos
aumentos.

h) Recém-nascido PIG:
 Iniciar após 48 horas de jejum;
 Seguir os incrementos de acordo com a faixa de peso ao nascer.

i) Recém-nascidos IG ≤ 32 semanas:
 Iniciar a dieta seguindo os esquemas de acordo com o peso.

j) Uso de indometacina ou ibuprofeno:


 Utilizar o esquema de acordo com a faixa de peso.
 Suspender dieta durante o uso da indomentacina ou ibuprofeno e reiniciar 24 horas após a
última dose, no mesmo volume anteriormente utilizado, se não houve instabilidade
hemodinâmica.

k) Pós-operatório de cirurgia abdominal:


 Suspender até o íleo paralítico estar resolvido;
 Ausência de resíduos gástricos biliosos e redução de secreção gástrica indicam
recuperação da motilidade gastrintestinal e possibilidade de introdução da nutrição enteral.
 Devem ser observados critérios para estabilidade hemodinâmica e indicações
cirúrgicas de dieta suspensa.

l) Displasia broncopulmonar e cardiopatia congênita:


 Volume hídrico máximo de 120 mL/kg/dia;
 Aporte calórico desejado: 140-160 Kcal/kg/dia.

m) Ventilação mecânica:
 A nutrição enteral é oferecida por sonda nasogástrica.
 Dieta intermitente é mais fisiológica.
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n) Refluxo gastroesofágico (DRGE):


 Dieta em pequenos volumes e intervalos mais curtos,
 Utilizar posição de decúbito lateral esquerdo e elevação da cabeça 30º após as dietas.

6.4 Critérios para dieta por via oral


 RN com PN acima de 1.500 g;
 Sem comprometimento respiratório ou doença que impeça sucção.
 Se a dieta por via oral for possível, utilizar o aporte de acordo com a idade:

Tabela 12 .Volume de dieta de acordo com idade


Dias de vida Volume de dieta (ml/Kg/dia)
1º 70
2º 80
3º 90
4º 100
5º 110
6º 120
7º 130
8º 140
9º 150
10º 160
≥11º 170
Adaptado: CARVALHO, E.A.A; COSTA, M.H.M; 2014

6.5 Tipos de fórmulas enterais em neonatologia


O leite da própria mãe deve ser a primeira escolha para a alimentação do bebê recém-
nascido, incluindo os pré-termos menores de 32 semanas de idade gestacional, inicialmente o
colostro e depois o leite de transição e o leite maduro. O leite materno e o colostro contêm
substâncias que protegem o bebê de infecções, estimulam o desenvolvimento do trato
gastrintestinal e modulam o sistema imunológico (VILELA E MOREIRA, 2020)
A colostroterapia é uma técnica que consiste em colocar 0,1ml de colostro em cada
canto da boca de 3 em 3 horas por 3 a 5 dias, iniciando entre 24 e 96 horas de vida e tem por
objetivo de proporcionar proteção imunológica precoce aos recém-nascidos prematuro, sem
função nutricional, para recém-nascidos prematuros e/ou de muito baixo peso (PN <1500g). Esta
técnica tem sido estudada pelo risco aumentado dos prematuros de infecção, devido à
imaturidade imunológica e o colostro conter quantidade significativa de imunobiológicos, como
imunoglobulina A secretória, fatores de crescimento, lactoferrina, citocinas anti e pró-
inflamatórias. Destaca-se que o colostro da mãe de prematuro contém maiores concentrações
dos fatores imunobiológicos quando comparado ao leite materno maduro. (LOPES, OLIVEIRA E
SOLDATELI, 2018). Diante de tal impacto positivo, cabe ao nutricionista estimular e viabilizar
junto à equipe médica e de enfermagem a utilização dessa importante técnica.

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Na impossibilidade de se utilizar o leite ordenhado cru da própria mãe, a segunda


alternativa é a utilização de leite humano de banco de leite (LHBL). O nutricionista da UTI Neo
deve estar atento às crianças elegíveis para iniciar a dieta via enteral, assim como ao fluxo de
solicitação a fim de garantir que a nutrição enteral se inicie com leite humano.
A fim de otimizar o ganho de peso e crescimento do RNPT, pode-se utilizar o aditivo de
leite humano em bebês nascidos com PN <1500g e que tiverem atingido 100 ml/kg/dia.
A terceira opção disponível são as fórmulas infantis modificadas próprias para
prematuros. A fim de otimizar a oferta nutricional, pode-se alternar o uso de leite humano com
a fórmula infantil, mantendo-se assim os benefícios do leite materno.
A tabela abaixo contém as características do aditivo de leite materno e das principais
fórmulas utilizadas na UTI neonatal.

Tabela 13. Principais características dos produtos utilizados na UTI NEO do HC-UFTM
Tipo de produto Unidade de Kcal Proteína Carboidrato Lipídeo
medida
Aditivo de leite humano 1g 4,3 Kcal 0,36g 0,32g 0,18
Fórmula para 100 ml 80 a 81 Kcal 2,3g a 2,5g 7,6g a 9,0g 4,1g a 4,4g
prematuros
Fórmula de partida 100 ml 66 a 68 Kcal 1,2g a 1,4g 7,0g a 7,9g 3,4g a 3,7g
Fórmulas extensamente 100 ml 66 a 67 Kcal 1,6g a 1,9g 6,8g a 7,3g 3,4g a 3,5g
hidrolisadas
Fórmulas a base de 100 ml 67 a 70 Kcal 1,9g 7,0g a 7,9g 3,4g a 3,6g
aminoácidos
Fonte: Catálogos dos produtos.

7. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA TERAPIA NUTRICIONAL NA UTI

7.1 Monitoramento do crescimento extrauterino


O monitoramento do crescimento é realizado utilizando-se curvas de crescimento
(Intergrowth21 e OMS, 2006), a partir das seguintes medidas:
 Obtenção semanal de medidas antropométricas, como peso, comprimento e perímetro cefálico;
 Colocar as medidas em curvas de crescimento (escore Z);
 Calcular o ganho semanal do peso (g/kg/dia), comprimento (cm/semana) e perímetro cefálico
(cm/semana).
Esse monitoramento permite adequação célere da oferta energético-proteica e a
individualização do cuidado nutricional.

7.2 Tolerância da dieta e conduta em relação ao resíduo gástrico


Vilela e Moreira (2020) destacam que não é aconselhável pelas mais recentes evidências
científicas a monitorização do resíduo gástrico de rotina, não havendo benefícios do ponto de
vista nutricional de sua aspiração de forma corriqueira. Inclusive, observa-se que RNPT de muito
baixo peso, sem avaliação de rotina do resíduo gástrico alcançaram dieta com taxa hídrica de 150

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ml/Kg/dia alcançaram a dieta 6 dias mais cedo. Além disso, o volume do resíduo gástrico não se
relaciona com a capacidade do RNPT de tolerar a dieta.
As autoras destacam que a avaliação do resíduo gástrico se torna necessária diante de
outros sintomas gastrintestinais, a saber:
 Vômitos;
 Alças intestinais visíveis;
 Aumento da circunferência abdominal;
 Distensão abdominal;
 Abdome doloroso. (VILELA E MOREIRA, 2020).
Fluxograma (imagem 1) utilizado na UTI Neonatal da Fiocruz pode ser útil na avaliação
e tomada de decisão frente ao monitoramento do resíduo gástrico, sempre em parceria com a
equipe médica:

Imagem 1 – Fluxograma de avaliação do resíduo gástrico, proposto por Vilela e Moreira (2020)

Para o profissional nutricionista o fluxograma acima funciona como um recurso visual,


para compreender quando o resíduo gástrico deve ser utilizado para suspensão da dieta enteral.
As demais condutas são de decisão médica e prescrição médica.
O monitoramento da terapia nutricional deve ser registrado no AGHU semanalmente
ou sempre que necessário.

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8. REFERÊNCIAS
ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS (AND). Nutrition Terminology Reference Manual (eNCPT):
Dietetics Language for Nutrition Care, 2006.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução Da Diretoria Colegiada - RDC Nº 21, de 13 de
maio de 2015. Dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral. Diário Oficial da União:
seção 1, Brasília, DF, nº 91, p 28 – 31, 2015.

BRASIL. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru: manual técnico. Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 3. ed. – Brasília : 2017.
340 p..

CARVALO, E.A.A; COSTA, M.H.M. Dieta enteral em recém-nascidos criticamente enfermos: um protocolo
prático. Revista Médica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2014; 24(2): 248-253. DOI: 10.5935/2238-
3182.20140058;

CAMPOS, J. O, et al. Avaliação do estado nutricional de recém-nascidos pré-termo em unidade de terapia


intensiva neonatal. Brazilian Journal of Development, Curitiba: v. 6, n. 10, p.80007-80028, outubro, 2020.
ISSN 2525-8761. DOI:10.34117/bjdv6n10-432

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução nº 663, de 28 de agosto de 2020. Dispõe sobre a


definição das atribuições de Nutricionista em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e dá outras providências.
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, p 225, ed 167.

FEFERBAUM, R., et al. Recomendações nutricionais para prematuros e /ou recém-nascidos de muito baixo
peso. ILSI BRASIL – International Life Sciences Institute do Brasil. São Paulo: 2016, v.1, 25p.

LOPES, J. B, et al. Colostroterapia: uma revisão da literatura. Demetra: alimentação, nutrição e saúde. 2018,
n.13, v.2, p.463-476. DOI: 10.12957/demetra.2018.29813

SILVINO, A. R. C. A. S; et al. Construção e Validação da Ferramenta de Avaliação de Risco Nutricional Neonatal.


Revista Paulista de Pediatria. São Paulo: 2021; 39p. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1984-
0462/2021/39/2020026

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Cuidado Nutricional na Unidade Neonatal. Maternidade-escola


da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/nutricao/pa_unidade_neonatal.pdf

VILELA, L.D.; MOREIRA, M.E.L. Protocolo Nutricional da Unidade Neonatal - Fiocruz, Instituto Nacional de
Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Rio de Janeiro: 2020. 39 p.

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Unidade de Nutrição Clínica.
Manual de Nutrição Clínica, versão 1, 53 p. 2021.
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/manual_de_nutricao_clinica-final-1.pdf

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9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 18/10/2021 Elaboração do PRT

Elaboração Data: 20/12/2021


Juliana Gomes de Souza Araujo, chefe da UNUT

Validação
Rodrigo Juliano Molina, chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente em
30/11/2021
Marina Casteli Rodrigues Monteiro, chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Registro, análise e revisão


Maria Aparecida Ferreira, enfermeira da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles
Internos (UPLAG)
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG

Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

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ANEXOS
ANEXO I

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ANEXO II

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ANEXO III

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APÊNDICE A
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL - UTI NEONATAL
UNIDADE DE NUTRIÇÃO CLÍNICA HC-UFTM
Data:
Dados de identificação:
1. Nome: _____________________________________ 2. R.G: __________ 3. Leito: _______ 4. Sexo:
____
5. Data de nascimento: ____/____/____ 6. Nome da mãe:
_______________________________________
7. Cidade de origem: ____________________________ 8. Naturalidade:
___________________________
9. Data da internação: ____/____/____
Idade:
1. I.G.: ____________ 2. Idade cronológica: ____________ 3. Idade corrigida: _____________
Classificação segundo a idade gestacional (IG) ao nascer:
( ) < 28 semanas - Prematuridade extrema
( ) 28 – 30 semanas - Prematuridade grave
( ) 31 – 33 semanas - Prematuridade moderada
( ) 34 - 36 semanas - Prematuridade tardia
( ) ≥ 37 semanas - RN termo
( ) > 42 semanas – RN pós-termo
Dados antropométricos do nascimento:
1. Peso de nascimento: _____________ 2.Comprimento:____________ 3. Perímetro cefálico: _________
4. IMC: ___________
Classificação segundo o peso ao nascer (PN):
( ) < 1000g - RN de extremo baixo peso (RNEBP)
( ) 1000 – 1499g - RN de muito baixo peso (RNMBP)
( ) 1500 – 2499g - RN de baixo peso (RNBP)
( ) ≥ 4000g - RN com macrosomia

Classificação nas curvas de crescimento


OMS Intergrowth
P/I: ______________________________ P/I: ______________________________
P/C: ______________________________ C/I: ______________________________
C/I: ______________________________ PC/I: _____________________________
IMC/I: ___________________________

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Dados antropométricos atuais

Data
Peso
Comp.
IMC
P.C.
P.B.

Ganho/ perda de peso (g/%):


______________________________________________________________

Classificação nas curvas de crescimento


OMS Intergrowth
P/I: ______________________________ P/I: ______________________________
P/C: ______________________________ C/I: ______________________________
C/I: ______________________________ PC/I: _____________________________
IMC/I: ___________________________

Informações da gestação/ nascimento


1. Pré-natal: ( ) Sim N° Consultas: ________ ( ) Não
2. Acompanhamento com nutricionista: ( ) Sim ( ) Não
3. Complicações na gestação:
( ) Pré-eclâmpsia ( ) Eclâmpsia ( ) Síndrome hipertensiva ( ) DMG ( ) Anemia
Outras complicações: ____________________________________________________________________
4. Tipo de parto: _____________________________ 5. Apgar 1’: __________ 6. Apgar 5’:
____________
7. Intercorrências no nascimento: __________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
8. Tempo de internação materna: __________________________________________________________
9. Intercorrências clínicas: _______________________________________________________________
10. Como se iniciou a amamentação: ( ) Aleitamento materno ( ) Fórmula infantil ( ) LMO ( ) LHBL
Intercorrências: ________________________________________________________________________
Condições maternas
1.Idade: ______ 2. Escolaridade: _________________________3. Profissão:
________________________
4. Condições de moradia:
( ) Casa própria ( ) Casa alugada ( ) Água filtrada ( ) Saneamento básico ( ) Eletrodomésticos básicos
Quantas pessoas moram na casa? ________________
5. N° Gestações anteriores: _______ 6. Gestação planejada? ( ) Sim ( ) Não
7. Patologias prévias: ____________________________________________________________________

Copia eletrônica não controlada


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28 UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRT.UNUT.001 - Página 27/27
PROTOCOLO
Documento
Título do TERAPIA NUTRICIONAL PARA PACIENTES Emissão: 20/12/2021 Próxima revisão:
Documento NEONATAIS CRITICAMENTE ENFERMOS Versão: 1 20/12/2023

Característica da dieta
1. Prescrição Dietética: __________________________________________________________________
2. Volume de dieta em 24 horas: _________________ 3. Intervalo de adm.: ( ) contínua ( ) 2/2 h ( ) 3/3
h
4. Tipo de dieta: ( ) Fórmula infantil ( ) LMO ( ) LHBL
5. Fortificação com FM85 (LHBL/LM): ( ) Sim ( ) Não
6. Efeito adverso após início de dieta ( ) Sim ( ) Não Qual?
_____________________________________
7. Via de administração:
__________________________________________________________________
8. Uso de nutrição parenteral? ( ) Sim ( ) Não Fornece: _______Kcal/dia __________ g/dia de proteína
Exames bioquímicos

Medicamentos

Exame Físico

Evolução/ intercorrências das últimas 24h:


( ) Febre ( ) Vômito ( ) Diarreia ( ) Uso de DVA
( ) Distensão abdominal ( ) Interrupção da dieta. Motivo: ______________________________________
Outras ________________________________________________________________________________
Diagnóstico nutricional

Requerimentos nutricionais:
Requerimento energético Requerimento proteico Requerimento hídrico

Conduta nutricional:

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