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Não há como dizer sobre a situação atual dos estudos de argumentação e nem
pensar em suas projeções, sem antes fazermos um recuo à história e a tradição desses
estudos, é o que nos leva a refletir o texto Situação dos estudos de argumentação: de
deslegitimações a reinvenções de autoria de Christian Plantin. O texto que tem por
objetivo fazer um esboço da história de ideias contemporâneas sobre os estudos da
argumentação diz que o confronto das teorias praticadas ao longo da história foi
decisivo para que o conceito de argumentação se afirmasse como autônomo.
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Trabalho realizado para a disciplina de Tópicos em Semântica, ministrada pelos professores Eduardo
Roberto J. Guimarães e Taisir Mahmudo Karim.
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Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística.
Um novo status para a lógica também se colocou como desfavorável aos estudos
de argumentação, a instituição de uma lógica formal deixou de lado aquilo que estava
em sua base, ou seja, o discurso racionalmente argumentado. A publicação da obra
Begriffschrift de Gottlob Frege (1879) demarcou a passagem da lógica vista como a
“arte de bem pensar” para a “arte de calcular”. O interesse pela argumentação resistiu
apenas no currículo filosófico neotomista, o Papa Leão XIII publica a encíclica Aeterni
Patris, que não por coincidência, datou-se do mesmo ano da obra de Frege, e nela
promovia-se a lógica como fundamento do pensamento o que contrariava de imediato, a
posição científica sustentada nesse período.