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TREINAMENTO EM MÁQUINAS ROBOFIL

ÍNDICE
Tópico Página

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO............................................................2
Utilização da máquina..................................................................................4
Utilização do teclado....................................................................................4
Teclas de comando......................................................................................5
Utilização do controle remoto.......................................................................6

Divisão dos módulos nas máquinas ROBOFIL............................................7

MÓDULO PREPARAÇÃO...........................................................................7
Copiar arquivos............................................................................................8
Apagar arquivos...........................................................................................8
Renomear arquivos......................................................................................8
Preparação da usinagem (CT-EXPERT).....................................................9

MÓDULO EXECUÇÃO..............................................................................10
Modo manual..............................................................................................10
Toque elétrico.............................................................................................10
Referência de uma face da peça...............................................................10
Referência partindo de um furo..................................................................11
Centragem externa de peças retangulares................................................12
Centragem entre duas faces paralelas......................................................12
Comandos mais utilizados.........................................................................13
Parâmetros utilizador.................................................................................14
Parâmetros regime.....................................................................................16

Execução de uma peça..............................................................................17


Regimes de usinagem................................................................................17
Ligar e desligar a máquina.........................................................................17
Inicialização da máquina............................................................................19
Como carregar o software da máquina......................................................20
Ativação de tabelas....................................................................................20
Referência dos eixos .................................................................................20
Alinhamento do fio......................................................................................21
Ajuste de bicos...........................................................................................22
Manutenção Preventiva..............................................................................23

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TREINAMENTO EM MÁQUINAS ROBOFIL

CHARMILLES TECNOLOGIES S.A.


TREINAMENTO EM MÁQUINAS ROBOFIL

PRINCÍPIO FÍSICO DA USINAGEM POR ELETROEROSÃO

A descarga elétrica

Para gerar uma faísca entre dois eletrodos, será necessário aplicar uma tensão
superior à tensão de ruptura do Gap (espaço entre o fio e a peça). Essa tensão
dependerá:
 Da distância entre o fio e a peça

Do poder isolante do dielétrico (não condutibilidade)

Do estado de contaminação do Gap

No começo do processo, mediante um intenso campo


elétrico, é precisamente no espaço menor entre o eletrodo e a
peça, onde será produzida a maior concentração de íons
positivos.

Sob a ação deste campo, ver-se-ão acelerados os


elétrons e os íons positivos livres. Atingirão altas velocidades e
rapidamente formarão um canal ionizado condutor de
eletricidade.

Nesse momento, a corrente pode circular e a faísca é


estabelecida entre os “eletrodos” (fio e peça), provocando um
número infinito de colisões entre as partículas. Ao mesmo
tempo, forma-se uma bolha de gás devido à evaporação de
eletrodos e do dielétrico. Sua pressão aumenta de forma
regular até tornar-se bastante representativa.

Forma-se uma área de plasma, que atinge


rapidamente altas temperaturas, com níveis entre 8000°C e
12000°C. Desenvolve-se sob o efeito de um número cada vez
maior de choques que levam à fusão local e instantânea de
uma determinada quantidade de material existente na
superfície dos dois condutores.

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No momento da interrupção da corrente, a queda


brusca da temperatura provoca a explosão da bolha de gás,
gerando forças dinâmicas que darão como resultado a
projeção do material fundido para fora da cratera.

Depois disso, o material volta a solidificar-se no


dielétrico, na forma de pequenas esferas. Posteriormente
essas esferas serão eliminadas, o que se denomina
poluição.

A erosão que ocorre sobre o conjunto fio peça é assimétrica e depende


principalmente da polaridade, da condutibilidade térmica, do ponto de fusão dos
materiais, da duração, da intensidade das descargas e da velocidade de alimentação
do fio. É denominado desgaste quando tem lugar no fio e extração de material se tiver
lugar na peça.

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Utilização da máquina

Para manusear a máquina, é necessário aprender o funcionamento do teclado,


do controle remoto e a divisão das telas do software, pois todo o manuseio do
equipamento depende desses itens.

UTILIZAÇÃO DO TECLADO

Teclas Alfanuméricas – São as teclas de entrada de dados (edição de comandos,


parâmetros e programas).

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PAINEL DE COMANDO

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Utilização do controle remoto

1 - PARAR (freio, tracionador do fio,retorno ao contorno, injeções, lubrificação dos


contatos e jato de inserção).

2 – RETORNO AO CONTORNO – Tem a função de retornar todos os eixos no ponto


em que eles estavam quando o programa foi interrompido. É utilizado, por exemplo,
quando a usinagem é interrompida para retirada de algum retalho ou peça.

3 – ATIVAÇÃO DO MODO MANUAL – Permite ativar o modo manual, desde que a


tela de execução esteja na tela inicial (tela de comando).

4 – TRACIONADOR DO FIO – Ativa o tracionador do fio (cabeçote inferior). Utilizado


quando se deseja inserir o fio manualmente.

5 – TOQUE ELÉTRICO – Ativa e desativa toque elétrico. Utilizado para verificar se o fio
está encostado na peça (fio em curto-circuito).
6 – Movimento do eixo Z positivo
7 – Movimento do eixo Z negativo
8 – Movimento do eixo V positivo
9 – Movimento do eixo V negativo
10 – Movimento do eixo U negativo
11 – Movimento do eixo U positivo
12 – Movimento do eixo X positivo
13 – Movimento do eixo X negativo
14 – Movimento do eixo Y positivo
15 – Movimento do eixo Y negativo
16 – Diminuir velocidade de avanço manual
17 – Aumentar velocidade de avanço manual

Divisão dos módulos nas máquinas ROBOFIL

O software das máquinas tipo ROBOFIL são divididos em 4 módulos (Preparação,


Execução, Informação e Gráfico).

Preparação (PREP - tela verde) – Módulo onde é feita toda preparação de usinagem
da máquina. Nesse bloco, é possível fazer manipulação de arquivos (copiar, apagar,
renomear), criar programas para regular o gerador (CT EXPERT) e criar um programa
ISO (geometria a ser cortada) através do “CAM-CT”.

Execução (EXE - tela rosa) – O módulo de execução tem a função de auxiliá-lo em


todo processo de fixação, medição e execução de uma peça.

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Informação (INFO - tela azul) – O módulo INFO tem como objetivo fornecer todas
informações de corte. Esse módulo possibilita checar vários parâmetros de programa,
movimentos da máquina, estabilidade de corte, mensagens de erro e outros.

Gráfico (GRAF - tela amarela) – O módulo GRAF serve apenas para visualizar a
geometria programada durante o corte.

MODO PREPARAÇÃO (PREP)


Antes de começar a manipular arquivos, é necessário que se entenda como foi
dado o nome dos arquivos.

Denominação dos arquivos: (U) XY 00 Z.TEC

X REPRESENTA O MATERIAL DO FIO


X=L: latão S: latão galvanizado com zinco X: cobre galvanizado com zinco (XS..S).

Y REPRESENTA A RESISTÊNCIA DE TRAÇÃO DO FIO


Y= R: macio S: ½ duro T: duro
Rmax<450N/mm2 450<Rmax<800 N/mm2 800 N/mm2<Rmax

00 REPRESENTA O DIÂMETRO DO FIO DE 1/100 MM

Z REPRESENTA O MATERIAL DA PEÇA

Z= C: cobre A: aço L: alumínio W: metal duro F: grafite D: PCD

Ex: LS25A.TEC

Onde:
L= fio de latão
S= ½ duro
25= Diâmetro de 0.25mm
A= Para cortar Aço

Para maiores explicações, consultar o manual de tecnologia página 1.5 (Manual


de capa azul).

Observação:

Os arquivos são organizados por pastas, chamadas pastas de trabalho.

Para cada serviço executado é necessário criar uma pasta correspondente!

Criar sempre uma pasta no diretório principal U:\ para facilitar a localização

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Criar uma pasta de trabalho.

Modulo Prep (tela Verde).

Pressionar teclas <Gestion Archivos>.

Obs: Se não estiver no diretório principal (U:\) pressionar U:

Pressionar <Nuevo Directório>.

Escrever o nome da pasta.

Pressiona <Execute>.

A pasta é criada.

Copiar um arquivo do disquete para a memória da máquina.

Modulo Prep (tela Verde).

Pressionar teclas <Gestion Archivos><A:> (visualizará os arquivos do disquete).

Selecione o arquivo que deseja copiar <(Caneta de seleção)>

Pressione teclas <copiar>.

Selecione a pasta de destino

Pressione <Execute>.

O arquivo será copiado para uma pasta de trabalho da máquina (hd).

Apagar um arquivo da memória da máquina.

Modulo Prep (tela Verde).

Pressionar teclas <Gestion Archivos>.

Obs: Se não estiver no diretório principal (U:\) pressionar U:

Selecione a pasta de trabalho (Caneta de seleção).

Selecione o arquivo (Caneta de seleção).

Pressione <Borrar>

Pressione <Execute>
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O arquivo ou pasta será apagado.

Renomear um arquivo da pasta de trabalho da máquina.

Modulo Prep (tela Verde).

Pressionar teclas <Gestion Archivos>.

Obs: Se não estiver no diretório principal (U:\) pressionar U:

Selecione a pasta de trabalho (Caneta de seleção).

Selecione o arquivo (Caneta de seleção).

Pressione tecla <Assignar nuevo nombre>.

Escreva o novo nome

Pressione <Execute>.

O arquivo ou pasta será renomeado.

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Preparação da usinagem (CT EXPERT (F3)).


Para a execução de um programa, é necessário passar algumas informações
para máquina sobre características da peça a ser usinada (tipo de material, altura,
precisão desejada e tipo de acabamento), para que a máquina escolha o regime de
corte mais adequada para a situação proposta. Por isso, o software da máquina tem
um campo chamado CT EXPERT no modo PREPARAÇÃO.

Modulo Prep (tela Verde).

Pressione <CT Expert>.

Selecione a pasta de trabalho (Caneta de seleção).

Pressione <CT Expert>

1. Escolher a opção de “CONSTRUÇÃO AUTOMÁTICA DA SEQÜÊNCIA” e


pressionar <enter>
2. Fornecer a altura de trabalho e pressionar <enter>.
3. Responder as questões, validando as páginas correspondentes (validar (F2)).
4. Ao término do questionário, a seqüência escolhida é visualizada.
5. Escolha a opção “Guardar seqüência”.
6. Digitar um nome com até seis dígitos.
7. Escolher a opção “geração de um ficheiro de comando”.
8. Validar a página.
9. Conferir os números dos arquivos de comando (ISO) e do perfil (ISO).
10. Ativar CLE (mesmo que seja zero).
11. Confirmar a ROTAÇÃO (mesmo que seja zero).
12. Validar a página.
13. Pressionar <TERMINAR>

PARA MELHOR APROVEITAMENTO, CONSULTAR “MANUAL CN PARTE


1/3 MODO PREP”.

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MÓDULO EXECUÇÃO (EXE)

MODO MANUAL
O modo MANUAL permite movimentar os eixos livremente em várias
velocidades, com a finalidade de permitir o alinhamento de peças ou
dispositivos e posicionamento dos eixos.

TOQUE ELÉTRICO

Toda medição realizada para se encontrar o ponto de referência de uma


peça é feita através de toques elétricos, por esse motivo, existem vários ciclos de
medição, veremos agora os principais tipos:
Os comandos abaixo mencionados devem ser digitados na linha de
comando (COM>), localizado na primeira tela do módulo execução.

Referência de uma face da peça

Sentido de deslocamento para


Comando para execução de executar toque elétrico
toque elétrico em uma face
da peça.
EDG,-X,X0.125

Compensação do raio do fio


(Atualização da coordenada máquina)
(Este campo não é obrigatório)

Dica:
Para não haver confusão na hora de fazer a compensação do raio do fio, vale
frisar que, o sinal do primeiro “X”, sempre será inverso do segundo “X” quando se
deseja que a face da peça seja o ponto zero.

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REFERÊNCIA PARTINDO DE UM FURO

Comando de centragem de uma Ângulo de medição do 1º toque


figura que permita toques elétricos elétrico, sendo os outros opostos
perpendiculares entre si ou perpendiculares entre eles.

CEN,R0,X0,Y0

Atualização da coordenada do sistema


máquina após a execução do ciclo
(Este campo não é obrigatório)

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CENTRAGEM EXTERNA DE PEÇAS RETANGULARES


Definição: Permite determinar o meio entre duas faces externas paralelas de
uma peça com duas medições “Borda” a 180° entre elas.

Ângulo de medição
Distância do centro da peça até a extremidade
Atualização da Coordenada do eixo X
EXM,Rr,Dd,Xx,Yy Atualização da Coordenada do eixo Y

Centragem interna entre duas faces paralelas

Definição: Permite encontrar o centro entre duas faces paralelas (internas)


com toques elétricos orientados pelo ângulo indicado (R).

Atualiza coordenada do eixo X

Atualiza coordenada do eixo Y

Definição do ângulo de medição


MID,Xx,Yy,Rr

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Comandos mais utilizados

SMA ⇒ Atualização das coordenadas do sistema MÁQUINA.


Coordenada do eixo “X”

SMA,Xx,Yy
Coordenada do eixo “Y”

SPA⇒ Atualização da coordenada do sistema PEÇA (Comando similar ao


SMA).

MOV⇒ Deslocamento dos eixos até um determinado ponto no sistema de


coordenadas MÁQUINA.
Coordenada do eixo “X”
Coordenada do eixo “Y”
MOV,Xx,Yy,Uu,Vv,Zz Coordenada do eixo “Z”
Coordenada do eixo “V”
Coordenada do eixo “U”

GOH ⇒ Comando de posicionamento do cabeçote superior na face da


peça.

GOH,H10
No caso de uma peça com altura de 10mm

Obs: Este comando só deve ser utilizado quando a superfície a ser cortada estiver livre de algum
obstáculo no qual o cabeçote possa colidir (garras de fixação, ressaltos na peça, etc).

SEP ⇒ Comando de memorização de um ponto


Memorização de coordenada no sistema Absoluto da máquina.

SEP,CP2
Endereço do ponto memorizado na tabela de pontos

Os pontos podem ser memorizados nos endereços de 2 a 50 da tabela, pois o endereço 1 é de


uso exclusivo da máquina.

GOP ⇒ Comando utilizado para deslocar os eixos até um ponto memorizado.

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GOP,2

Número do ponto memorizado pelo comando SEP

THD ⇒ Comando para inserção automática do fio.

WCT ⇒ Corte automático do fio.

9.4 - PARÂMETROS UTILIZADOR (F2)

Existem vários parâmetros na tela “parâmetros utilizador”, porem citaremos somente


os mais utilizados.

OSP ⇒ Ponto de parada opcional (Funciona quando encontra a instrução “M01” no


programa ISO).
OSP: 0 ⇒ A máquina não reconhece o ponto de parada “M01”, executando o
programa até o fim sem paradas.
OSP: 1 ⇒ Ao ler a instrução “M01” do programa ISO, a máquina para o ciclo,
aguardando um novo “Start” (utilizado quando se deseja que a máquina pare antes
que o “retalho” caia sobre o cabeçote da máquina).

ATH: 0 ⇒ Não faz re-enfiamento automático caso o fio quebre durante o corte.
ATH: 1 ⇒ Faz re-enfiamento automático do fio o número de vezes programado na
página de “ciclos”, caso não consiga, simula o programa e termina sem cortar.
ATH: 2 ⇒ Executa o ciclo de re-enfiamento automático do fio o número de vezes
programado na página de “ciclos”, caso não consiga, passará para a próxima cavidade
para continuar execução do programa.
TRE ⇒ Parâmetro para inclinação do fio no programa ISO.
TRE:0 ⇒ Executa o programa paralelo, mesmo que seja programado para executar
em ângulo.
TRE:1 ⇒ Executa o programa em ângulo, uma vez que seja programada para
executar ângulo.
OBS: Esse parâmetro não vale para programas pós-processados com “U e V”.

CLE ⇒ Este parâmetro é utilizado quando se deseja utilizar uma “folga adicional” ou
deixar algum sobremetal na peça.

O parâmetro CLE está diretamente relacionado com o valor de OFFSET.

OFFSET = Distância entre o centro do fio até a face da peça.


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OFFSET = RAIO DO FIO + GAP + CLE

GAP Perfil programado

Retalho
OFFSET

Quando editamos um número positivo no CLE, o valor de OFFSET é somado com o


valor do CLE, fazendo com que seja retirado menos material do que o programado.

Quando editamos um número negativo no CLE, o valor é subtraído do OFFSET,


fazendo com que se retire mais material do que o programado.

Deio ⇒ Valor para controle de condutividade da água, normalmente esse


valor é de 15 µs/mm², esse valor deverá ser alterado para 5 µs/mm²
quando se deseja cortar Metal Duro.

Obs: Esse parâmetro também é utilizado quando for necessário fazer a


troca da resina. Verificar no manual de manutenção Parte 1/2

SIM ⇒ Parâmetro que permite simulação parcial ou total do programa.


SIM: 1 ⇒ Quando se deseja simular um programa.
SIM: 0 ⇒ Quando se deseja executar um programa.

9.5 - PARÂMETROS REGIME (F3)

A Tela “parâmetros de regime” serve para visualizar e modificar todos os


parâmetros de corte. Esses dados interferem diretamente na velocidade de corte,
exatidão da peça e estado de superfície. Essas informações já vêm programadas de
acordo com a tecnologia utilizada, pode ser feita alguma modificação para melhorar o
processo. Citaremos abaixo os parâmetros mais utilizados:

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WS: ⇒ Velocidade de arraste do fio (m/min).

WB: ⇒ Tensão mecânica do fio

FF: ⇒ Redução de freqüência. Utilizado quando o corte é iniciado pela face de uma
peça, evitando a ruptura do fio.
OBS: Esse parâmetro não tem efeito para os regimes de acabamento.
PARA MELHOR APROVEITAMENTO, CONSULTAR “MANUAL CN PARTE1/3” MODO EXE.

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Execução de uma peça

1. Fixar a peça de trabalho de maneira que a zona de usinagem fique o mais livre
possível
2. Fazer o alinhamento da peça.
Cuidado com pequenos pedaços de papel, lixa, etc., para não provocar
entupimento na bomba.
A peça deve estar livre de oxidação, graxa , óleo , etc.
Obs: O fio não deve estar em curto com a peça de trabalho.
Toda medição deve ser feita com água.

3. Executar o toque elétrico de acordo com a referência que deseja utilizar (um furo
ou a face de uma peça).
4. Posicionar os cabeçotes no ponto de partida do programa (UTILIZAR COMANDO
“MOV”).
5. Regular a altura do eixo “Z”.
Obs: Sempre que possível, utilize o comando GOH, pois o cabeçote se
posicionará a aproximadamente 2mm da face da peça, que é a condição ideal de
trabalho.
NÃO UTILIZE o comando GOH caso a peça tenha uma superfície irregular, ou
tenha algo saliente na face da peça, pois isso fará com o que o cabeçote colida
podendo danificar os bicos de injeção. Nesse caso, utilize o controle remoto para
aproximar o cabeçote.
Na primeira tela do MODO EXECUÇÃO, pressione <EXECUÇÃO PROGRAMA>.
6. Selecione a pasta de trabalho e o programa a ser executado.
7. Pressione <Execução programa> (o programa é transferido para execução).
8. Selecione o que deseja fazer (simular, dibujar , comprobar....etc).
9. Pressione botão de INICIAR (Botão verde no lado esquerdo da tela).

REGIMES DE USINAGEM

DESBASTE
· E2- Regime de desbaste standard.
Bicos: Próximos da peça.
Precisão: **
Acabamento superficial: CH 29
·
E3- Regime de desbaste para cortes de longa duração.
Bicos: Próximos da peça.
Precisão: **
Acabamento superficial: CH 29
·
E4- Regime de desbaste para destruição de núcleos.
Precisão: **
Acabamento superficial: CH 29

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E5- Regime de desbaste com bom acabamento e precisão.


Bicos: Bico superior especial para corte direto.

Precisão: ***
Acabamento superficial: CH 27
ACABAMENTOS DE GEOMETRIA

· E6- Regime de acabamento rápido em aberto.


Arranque de material: 30um
Bicos:
Superior: Autoadaptável com mola na posição normal.
Precisão: *
Acabamento superficial: CH 28
·
E7- Regime de acabamento standard.
Arranque de material: 40um
Bicos:
Superior: Autoadaptável com mola na posição normal.
Precisão: **
Acabamento superficial: CH 25

E8- Regime de acabamento de precisão em aberto.


Arranque de material: 12um
Bicos:
Superior: Autoadaptável com mola na posição normal.
Precisão: ***
Acabamento superficial: CH 25
·
E18- Regime de acabamento de precisão, na fenda de corte.
Arranque de material: 12um
Bicos:
Superior: Autoadaptável com mola invertida, atrás do bico.
Precisão: ***
Acabamento superficial: CH 25

· E17- Regime de acabamento standard na fenda de corte.


Arranque de material: 40um
Bicos:
Superior: Autoadaptável com mola invertida, atrás do bico.
Precisão: ***
Acabamento superficial: CH 25

ACABAMENTOS DE SUPERFÍCIE
· E20- Regime de acabamento superficial.
Arranque de material: 7um
Acabamento superficial: CH 19
·
E22- Regime de acabamento superficial.
Arranque de material: 3um
Acabamento superficial: CH 16
·
E23- Regime de acabamento superficial.
Arranque de material: 2um
Acabamento superficial: CH 14

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E24- Regime de acabamento superficial.


Arranque de material: 2um
Acabamento superficial: CH 9

Qual a diferença entre acabamento em aberto e acabamento na fenda?


Acabamento em aberto é quando se remove o retalho após o desbaste para posteriormente executar o
acabamento e “acabamento na fenda” é quando este retalho não é removido, ou seja, é executado na
própria fenda de corte do desbaste.
Basicamente o que muda são as condições de lavagem e daí a necessidade de se aplicar um regime de
gerador adequado a cada condição.

Exemplos de Seqüências de Trabalho

Clean Cut:

Gerador Brass:
Seqüências de trabalho para acabamento em aberto:
E2+E6
E2+E7
E2+E7+E8
E2+E7+E8+E10
E2+E7+E7+E10+E11.

Seqüências de trabalho para acabamento na fenda:


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Gerador Brass:
E2+E16
E2+E17+E9
E2+E17+E17
E2+E17+E9+E10
E2+E17+E17+E10+E11

Ligar e desligar a máquina


Ligar e desligar a máquina no dia-a-dia

Os botões localizados no lado direito do painel monitoram a alimentação da máquina.


Ligar a máquina - apertar o botão verde.
Desligar a máquina - apertar o botão vermelho (A chave geral deve permanecer sempre ligada).

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ATIVAÇÃO DE TABELAS
Processo necessário para a máquina identificar o fio que está sendo utilizado
Mudar a tela para modo execução
Apertar “activar tablas”
Selecionar a pasta CT Data
Selecionar os arquivos por terminação (*.wir).
Escolher o arquivo.
Ex. :
XS25.WIR - para fio zincado.
LS25.WIR - para fio de latão.
Apertar “Activar” para ativar.
Apertar "seta para cima ” para retornar a primeira página de execução.

REFERÊNCIA DA MÁQUINA
Quando a maquina é desligada 10 vezes ou o botão de emergência é apertado, a máquina perde a
referências das réguas de leitura ótica, necessitando ser referenciada novamente para encontrar a
origem das réguas.

Retornar para a 1ª página de execução (Módolu EXE)


Apertar <Manual>.

Apertar <Referencia>

Apertar a tecla correspondente ao eixo (basta apenas um toque).

Sumindo todos os asteriscos vermelhos significa que os eixos foram referenciados.

Apertar seta para cima 2 vezes para retornar a primeira página.

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“Alinhar o fio” (EXE tela rosa).


Objetivo: Alinhar o fio de forma que o mesmo fique paralelo ao eixo “Z”.

Verificar tensão mecânica do fio (ver procedimento).


Limpar o olhal de centragem (usar uma lixa fina).
Verificar contatos.
Verificar condutividade da água (15 microsiemens/cm2).INFO - Vigilancia
Fazer o alinhamento do suporte do olhal de centragem.

Procedimento:

Prender e alinhar o suporte do olhal.


Posicionar o fio no meio do olhal de forma que não encoste na parede do mesmo (MODO EXE
<manual>).
Voltar para 1ª tela (seta para cima).
Apertar <medidas> <ajustes> <ajuste guias>.
Apertar <inicio>.

ATENÇÃO: Todo toque elétrico deverá ser feito com a presença de água, sendo necessário
regular as lavagens antes de qualquer ciclo de medição.

Ao fim do ciclo, o fio está alinhado em relação ao eixo “Z”.


Apertar <inicial. UVZ Máquina> para inicializar os dois sistemas de coordenadas.

7- Ajustes dos bicos (EXE)

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Condições para ajustes:


 Fixar uma peça com altura conhecida (o mais preciso possível)
 Retirar o fio do cabeçote.
 Este procedimento serve para determinar o parâmetro ZSD e assim possibilitar a utilização do
comando GOH,H (altura da peça).

Aproximar o cabeçote superior a 0.2mm ± 0.05mm da face superior da peça.


Selecionar o modo EXE (tela rosa), pressionar <medidas><ajustes><ajuste boquillas>.
Selecionar <HPA> (digitar o valor da altura da peça e pressionar <ENTER>).
Pressionar <Válido ZSD>
No Z do sistema peça visualizamos agora a altura da peça instalada na máquina

Após executar os passos de 1 a 7, a máquina estará pronta para ser


operada.

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MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diária ou a cada 8 horas de trabalho.
 Limpeza dos contatos de usinagem, superior e inferior.(Usar uma lixa fina)
 Verificar os bicos de lavagem, trocar se necessário.
 Verificar pressão de filtragem, trocar os filtros se necessário.(Pressão máxima 3.3 bar)

Semanal
 Limpeza das guias do fio, superior e inferior.(Não usar solvente)
 Verificar e ajustar, se necessário, a tensão mecânica do fio.(Ver procedimento descrito no
manual)
 Fazer o alinhamento do fio.
 Limpeza dos filtros de ar do armário elétrico e compartimento mecânico.

Mensal ou 400 horas de usinagem.


 Limpeza dos cabeçotes superior e inferior incluindo os roletes de tração do fio.
 Troca dos filtros de ar do armário elétrico e compartimento mecânico.
 Verificação do circuito do fio. (correias, polias, guias de safira, etc.).

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