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• Qual é o problema identificado?

O problema identificado foi o trabalho infantil, que é algo que vemos todos os dias,
nas ruas, sinais, casas e ainda mais na roça (exemplo: o guardador de carros, o
guia turístico, o menino vendendo balas no sinal, o menino com enxada no roçado,
o engraxate e a irmã mais velha, que cuida do caçula e faz a faxina pesada
enquanto a mãe trabalha).

• Por que ele representa um descumprimento de um direito?

Porque de acordo com o ECA:


“Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho …”
“Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade.”
“Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação
especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.”

E de acordo com a Constituição Federal de 1988 é dever da família, da sociedade e


do Estado “assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão” (art. 227).

Ou, em suma, é direito dos adolescentes a partir dos 14 anos iniciar uma trajetória
profissional, desde que seja respeitada a condição de aprendiz, com dignidade e
garantia de direitos trabalhistas.E o trabalho infantil, antes dos 14 anos, é crime!

• Quem é responsável por esse descumprimento?

De certa forma, tanto a família quanto a sociedade e o Estado são responsáveis,


pois são eles que devem conferir a proteção integral e prioritária dos menores
(conforme o artigo 227 da Constituição Federal e de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente- ECA)

• Que ações práticas poderiam ser realizadas para solucionar a situação?

No âmbito pessoal, ações que podem ser feitas por cada um para ajudar a
minimizar esse crime são, não dar esmolas e não comprar nada de crianças, pois
mesmo que façamos com boa intenção, o ato de dar esmolas aliemnta o ciclo do
trabalho infantil e gera efeitos como evasão escolar, exploração sexual e violência;
denunciar, ao suspeitar que uma criança esteja trabalhando, denuncie, a ligação
para o Disque 100 (canal encaminha o caso para a rede de proteção) é gratuita;
sendo um empresário consciente, seja sua empresa grande ou pequena, não
pode-se ignorar que é responsável pelos seus funcionários e também pelos
funcionários das outras empresas que estão em sua cadeia produtiva, então saiba a
origem do seu produto e tenha certeza que seu processo não envolve a exploração
infantil; assim como empresários, seja também um consumidor consciente, pesquise
sobre a marca e exija um posicionamento das empresas sobre o assunto, mobilize
sua rede, divulgue essa luta nas redes sociais, pois isso tmbém é uma potente
ferramenta de sensibilização. E por fim apoie projetos sociais da área da infância e
adolescência.

Já no âmbito governamental, o país precisa avançar nas políticas de apoio e de


inclusão das famílias em programas de geração de renda e de qualificação
profissional e proteção social para que as crianças e os adolescentes não precisem
trabalhar para complementar a renda familiar. Além de melhora no diagnóstico de
trabalho infantil, pois boa parte das crianças que trabalham estão nas áreas rurais,
na agricultura familiar, o que requer uma ação mais forte junto às famílias.

• Quem poderia auxiliar na implementação dessas ações?

O governo, ongs e a sociedade no geral (comerciantes, empregados, empresários,


todas as pessoas no geral).

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