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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SECRETARIA DE ESTADO DA JUVENTUDE E EMPREGO


INSTITUTO NACIONAL DA JUVENTUDE
Unidade de Gestão do Projecto

Projecto para Aproveitar o Dividendo Demográfico


Moçambique – Desenvolvimento e Empoderamento para Jovens

Salvaguardas Ambientais e Sociais

Código de Conduta

Maputo, Março de 2024

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1. Projecto Para Aproveitamento do Dividendo Demográfico (PADD), Moçambique
- Desenvolvimento e Empoderamento Para Jovens

O Governo de Moçambique, através do Instituto Nacional da Juventude, instituição tutelada pela


Secretaria de Estado da Juventude e Emprego (SEJE) com o suporte do Banco Mundial, está a
implementar um projecto designado “Aproveitar o Dividendo Demográfico: Moçambique –
Desenvolvimento e Empoderamento para Jovens” (projecto), cujo objectivo é melhorar o acesso à
educação e às oportunidades de emprego para os jovens, através de: (i) empoderamento de raparigas e
famílias com vista a tomarem decisões reprodutivas e económicas informadas; (ii) educação de
adolescentes, em particular dos mais vulneráveis; e (iii) promoção do emprego e auto emprego dos
jovens. Os principais beneficiários do Projecto são adolescentes e jovens entre 10 e 35 anos de idade.
No entanto, diferentes actividades atingirão diferentes grupos em termos de género, faixa etária, área
de residência e vulnerabilidade.

As componentes e actividades do projecto têm como objectivo contribuir na redução da


vulnerabilidade institucional, programática e individual dos jovens, complementando as actividades
correntes do Governo de Moçambique.

O projecto consiste em três componentes: (a) Componente 1: Emponderamento e Educação de


Adolescentes e Jovens no desenvolvimento de habilidades para a vida, informações sobre saúde sexual
e reprodutiva (SSR), Violência baseada no Género (VBG), apoio ao envolvimento da comunidade, e
actividades destinadas a manter as raparigas na escola; (b) Componente 2: Promoção de oportunidades
de emprego produtivo, actividades de financiamento destinadas a apoiar o lançamento de novos
negócios, o crescimento dos já existentes e a melhoria da produtividade; e (c) Componente 3:
Fortalecimento da capacidade para o Desenvolvimento e Implementação de Políticas para a Juventude,
assim como Fortalecimento da capacidade de Gestão do Projeto.

No âmbito destas componentes, serão desenvolvidas diversas actividades estratégicas, incluindo as


seguintes:

• Componente 1 (Programa Eu Sou Capaz) - Capacitação e educação dos adolescentes e jovens;


 Formação em competências para a vida às raparigas que abandonaram a escola.
 Serviços educativos e informação sobre saúde sexual e reprodutiva (SSR) e violência baseada
no género (VBG).
 Fornecimento de uniformes escolares por forma a reduzir os custos educacionais e manter a
rapariga na escola.
 Fornecimento de bicicletas para rapazes e raparigas de distritos seleccionados, para facilitar a
mobilidade.

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 Fornecimento de kits desportivos, culturais e financiamento de actividades desportivas nas
escolas.
• Componente 2 (Programa Emprega) - Promoção de oportunidades de emprego produtivo;
 Realização de Concurso de Planos de Negócio para empresas em fase de arranque e empresas
existentes com elevado potencial de crescimento.
 Apoio ao auto-emprego e criação de pequenas empresas.
 Disponibilização de subvenções para financiamento de negócios.

• Componente 3 - Reforço ao desenvolvimento da política dos jovens e da gestão do projecto;


 Apoio para coordenação do projecto.
 Fortalecimento institucional.
 Monitoria e avaliação.
O projecto é de âmbito nacional, porém, algumas actividades serão focalizadas a 45 Distritos
seleccionados para intervenção prioritária, nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Nampula,
Manica, Sofala, Maputo, e Cidade de Maputo, considerando uma combinação de zonas rurais e
suburbanas.

A implementação global do projecto será coordenada pela Secretaria de Estado da Juventude e


Emprego (SEJE), em estreita colaboração com o Comité Intersectorial para o Dividendo Demográfico
(CIDD) que funcionará como comité directivo do projecto (CDP).

Para apoiar a SEJE na implementação do Projecto, foi criada a Unidade de Gestão do Projecto (UGP),
responsável por contratar empresa(as)/organizações (Provedores de Serviço) para gerirem a
implementação do concurso de planos de negócios, apoio ao auto-emprego e as empresas recentemente
criadas ou já existentes. Esta unidade será auxiliada com o Comité Directivo do Projecto (CDP).

2. Contexto e Objectivos do Presente Código de Conduta

O propósito deste Código de Conduta é para evitar a Violência Baseada no Género (VBG) e Violência
Contra Crianças (VCC) (incluindo Violência Sexual Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso
Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras, trabalho infantil, etc.),

O respeito mútuo e o tratamento justo entre os trabalhadores do projecto, os beneficiários (grupo


especialmente vulnerável) e as comunidades locais é essencial para um local de trabalho e operação
segura, respeitoso e produtivo.

O presente código deve assegurar que todos os funcionários, beneficiários e outros implementadores
do projecto compreendam os valores do projecto, assim como as consequências por violações desses
valores.

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3. Descrição e Operacionalização do Código de Conduta VBG, VSBG VCC

3.1 Prevenção da Violência Baseada no Género e Violência Contra Crianças (Empresas)


A Empresa deve demonstrar que está empenhada em criar e manter um ambiente em que a violência
baseada no género (VBG) e a violência contra crianças (VCC) (incluindo Violência Sexual Baseada
no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras,
trabalho infantil, etc.), não tenham lugar e onde elas não serão toleradas por nenhum empregado,
associado ou representante da empresa. A empresa compromete-se com os seguintes princípios
fundamentais e padrões mínimos de comportamento que se aplicará a todos os funcionários da
empresa, associados e representantes, incluindo subcontratados, sem excepção:

 A empresa e todos os demais funcionários, associados e representantes – comprometem-se a


respeitar os direitos básicos de todos os seres humanos, independentemente do sexo, idade,
origem étnica, nação, religião, idioma, orientação sexual, opinião política, se têm alguma
deficiência, se têm HIV-SIDA ou qualquer outro aspecto de sua identidade. Devem agir com
justiça, honestidade para tratar as pessoas com dignidade e respeito.Os actos de VBG e de VCC
violam esse compromisso.
 A empresa e seus associados comprometem-se a cumprir responsabilidades com as crianças que
participam das suas actividades, promovendo ambientes seguros e evitando qualquer forma de
abandono, abuso, tráfico ou exploração sexual, laboral ou qualquer outro tipo de exploração e
VCC.
 Não empregar ou usar crianças em qualquer tipo de trabalho infantil. Estabelecer um vigoroso
sistema para a verificação da idade como parte dos processos de recrutamento e assegurar que
esse sistema também seja utilizado em toda a sua cadeia de valor. Estar atento a presença de
menores no local de trabalho. Ao retirar menores do local de trabalho, usar as medidas
apropriadas para assegurar a protecção dos mesmos e quando for o caso, tentar buscar opções de
trabalho decente para os membros da família em idade adulta. Não exercer nenhum tipo de
pressão sobre os fornecedores, contratados e subcontratados que possa resultar em abusos dos
direitos das crianças.
 A linguagem, ameaças, discriminação, assédio, intimidação, tráfico e comportamentos sexuais
indesejáveis, ameaçadores, abusivos, culturalmente inapropriados ou sexualmente provocados
são proibidos entre todos os funcionários da empresa, associados e seus representantes.
 Os actos de VBG e VCC constituem uma má conduta grave e por conseguinte, justificam
penalizações que podem incluir sanções e/ou cessação de funções. Todas as formas de VBG e
VCC, incluindo a preparação, são inaceitáveis, independentemente de terem lugar no local de
trabalho, no ambiente de trabalho, nos acampamentos ou nas residências dos trabalhadores.

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 Para além das penalizações da empresa, os processos legais de pessoas que cometeram actos de
VBG e VCC serão perseguidos se for o caso.
 Ao planear e implementar estratégias ambientais e de uso de recursos, garantir que as operações
comerciais não prejudiquem os direitos das crianças, nomeadamente através de danos ao meio
ambiente ou a redução do acesso aos recursos naturais. Assegurar que os direitos das crianças, de
suas famílias e das comunidades sejam incluídos nos planos de contingência e no processo de
reparação de danos ambientais e de saúde causados pela operação da empresa, incluindo
acidentes.
 É proibido o contacto ou actividade sexual com menores de 18 anos – inclusive através da média
digital. A crença equivocada sobre a idade de uma criança não é uma defesa. O consentimento da
criança também não é uma defesa ou desculpa.
 Os favores sexuais, por exemplo, são proibidos promessas ou tratamento favorável dependente
de actos sexuais, ou outras formas de comportamento humilhante, degradante ou explorador.
 A menos que exista pleno consentimento de todas as partes envolvidas no acto sexual, as
interacções sexuais entre os funcionários da empresa (a qualquer nível) e os membros das
comunidades circunvizinhas são proibidas. Isso inclui relacionamentos que envolvem a retenção/
promessa de provisão efectiva de benefício (monetário ou não monetário) aos membros da
comunidade em troca de sexo. Essa actividade sexual é considerada “não consensual” no escopo
deste Código.
 Todos os funcionários, incluindo voluntários e subcontratados, são altamente encorajados a
reportar actos suspeitos ou reais de VBG e/ou VCC por um colega de trabalho, seja na mesma
empresa ou não. Os relatórios devem ser feitos de acordo com os procedimentos de alegação de
VBG e VCC.
 Os gerentes são obrigados a denunciar actos suspeitos ou reais de VBG e/ou VCC, uma vez que
têm a responsabilidade de manter os compromissos da empresa e manter seus relatórios directo a
seus responsáveis.
 A empresa e seus associados devem assegurar que as comunicações e o marketing não tenham
um impacto negativo sobre os direitos das crianças. Isso se aplica a todos os meios e ferramentas
de comunicação. As campanhas de marketing não devem reforçar a discriminação. Avaliar se
existe maior susceptibilidade das crianças na manipulação, e os efeitos do uso de imagens não
realistas ou sexualizadas do corpo bem como o uso de estereótipos.
 Para garantir que os princípios acima mencionados sejam efectivamente implementados, a
empresa compromete-se a garantir que:
 Todos os gerentes assinam o “Código de Conduta do Gerente” detalhando suas responsabilidades
pela implementação dos compromissos da empresa e pelo cumprimento das responsabilidades no
“Código de Conduta Individual”.
 Todos os funcionários assinam o “Código de Conduta Individual” do projecto, confirmando seu
acordo para não se envolver em actividades que resultem em VBG ou VCC.
 Expor os Códigos de Conduta da empresa e individuais de forma proeminente e de forma clara
nos acampamentos, escritórios e locais públicos da área do projecto. Exemplos incluem áreas de
espera, repouso e lobbies, cantinas e clínicas de saúde.

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 Assegure que todas as cópias publicadas e distribuídas pela Companhia e os Códigos de Conduta
individuais sejam traduzidos para um idioma de uso apropriado nas áreas do local de trabalho,
bem como para qualquer equipa internacional em sua língua nativa.
 Uma pessoa apropriada é nominada como “Ponto Focal” da empresa para abordar questões de
VBG e VCC, incluindo a representação da empresa na Equipa de Conformidade de VBG e VCC
(ECV) composta por contratados, consultor de supervisão e os prestadores de serviços locais.
 Assegurar que um Plano de Acção efectivo seja desenvolvido em consulta com a ECVGC, que
inclui como mínimo:
a) Procedimento de Alegação a VBG e VCC para reportar casos de VBG e VCC através
do Mecanismo de Gestãode Reclamações (MGR);
b) Medidas de Responsabilização para proteger a confidencialidade de todos os
envolvidos; e,
c) Protocolo de Resposta aplicável aos sobreviventes e perpetradores da VBG e VCC.
 Que a empresa implemente efectivamente o Plano de Acção, fornecendo informação actualizada
a ECV pelas melhorias e actualizações conforme apropriado. Que a empresa implemente
efectivamente o Plano de Acção, fornecendo informação actualizada a ECVGC para melhorias e
actualizações conforme apropriado.
 Todos os trabalhadores devem participar de uma formação de indução antes do início dos
trabalhos na área do projecto para garantir que estejam familiarizados com o compromisso da
empresa e do Código de Conduta do projecto para VBG e VCC.
 Todos os funcionários participam de um curso de treinamento obrigatório, uma vez por mês,
durante o período de vigência do contracto a partir do primeiro treinamento de indução antes do
início do trabalho para reforçar a compreensão do Código de Conduta de VBG e VCC do
projecto.
Por este meio, confirmo ter lido o Código de Conduta da empresa e, em nome da empresa, concordo
em cumprir as normas nele contidas. Entendo que o meu papel e responsabilidades para evitar e
responder a casos de VBG e VCC. Entendo que qualquer acção inconsistente com este Código de
Conduta da empresa ou falha na acção exigida por este Código de Conduta da empresa pode resultar
em acção disciplinar.

Nome da Empresa: ____________________

Assinatura: _________________________

Nome impresso:_________________________

Título: _________________________

Data: _________________________

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3.2 Para evitar Violência baseada no Género e Violência contra Crianças (Gestores ao Nível da
Implementação do PADD)

Os Gestores em todos os níveis tem responsabilidades particulares de fazer cumprir o compromisso


das Empresas em prevenir, evitar e resolver casos de VBG e VCC (incluindo Violência Sexual
Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões
Prematuras, trabalho infantil, etc.). Os Gestores têm uma maior responsabilidade de criar e manter um
ambiente que previne a VBG e a VCC. Os Gestores devem encorajar e promover a implementação do
Código de Conduta da empresa. Para esse fim, devem aderir ao Código de Conduta para Gestores e
também assinar o Código de Conduta Individual. Essas responsabilidades incluem, mas não se
restringem a:

Implementação

1) Para garantir a efectividade máxima do Código de Conduta da Empresa e Individual:


a. Exibir de forma proeminente o Código de Conduta da empresa e Individual de forma
clara nos locais de trabalho, escritórios e em espaços públicos. Exemplos de áreas
incluem áreas de espera, repouso, lobbies, cantinas, centros de saúde.
b. Assegurar que todas as cópias enviadas e distribuídas dos códigos de conduta da empresa
e os individuais sejam traduzidos para idiomas apropriados nas áreas do local de trabalho,
bem como para qualquer equipa internacional em suas línguas nativas.
2) Explicação verbal e escrita do Código de Conduta da Empresa e Individual para todos os
colaboradores.
3) Garantir que:
a. Todos assinam o ‘código de conduta individual’ incluindo o reconhecimento de que
leram e concordam com o código de conduta.
b. As listas de pessoal e as cópias assinadas dos códigos de conduta individuais são
fornecidos ao ECVGC e ao cliente.
c. Participar das formações e garantir que o pessoal também participe conforme realçado
abaixo.
d. Os trabalhadores estão familiarizados com o Mecanismo de Gestão de Reclamações
(MGR) e o usam de forma anónima para denunciar casos de VBG e VCC.
e. Os funcionários são encorajados a denunciar suspeitas ou casos reais de VBGou VCC,
aumentando a consciencialização sobre questões de VBG e VCC, enfatizando a
responsabilidade da equipa para a empresa e o país que hospeda seu emprego e
enfatizando o respeito pela confidencialidade.
4) Em conformidade com as leis aplicáveis e com o melhor de suas habilidades, evitar que os
perpetradores de exploração e abuso sexual sejam contratados, recontratados ou colocados.
Devem ser utilizadas verificações de referência e de registo criminal para todos os funcionários.
5) Garantir que quando envolvidos em parcerias, subcontratações ou acordos similares, esses
acordos:
a. Incorporem o Código de Conduta da VBG e VCC como um anexo.

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b. Incluam linguagem apropriada que exija que tais entidades contratantes e pessoas físicas,
e seus funcionários e voluntários cumpram com os códigos de conduta individuais.
c. Declarem expressamente que o fracasso dessas entidades ou indivíduos, conforma
apropriado, para tomar medidas preventivas contra a VBG e a VCC, para investigar suas
alegações ou para tomar medidas correctivas quando a VBG e a VCC ocorrer, constituirá
motive para sanções e penalizações de acordo com os códigos de conduta individuais.
6) Fornecer apoio e recursos a ECVGC para criar e divulgar iniciativas de sensibilização interna
através da estratégia de consciencialização do Plano de Acção.
7) Certificar-se de que qualquer problema de VBG ou VCC que justifique a acção policial seja
denunciado ao cliente e ao financiador imediatamente.
Formação

8) Todos os gestores são obrigados a participar de um curso de indução para gestores antes do
início dos trabalhos no local de forma a garantir que eles estejam familiarizados com as funções
e responsabilidades na manutenção dos códigos de conduta de VBG e VCC. Essa formação será
separada da indução para todos os funcionários e proporcionará aos gestores o entendimento
necessário e o apoio técnico necessário para começar a desenvolver o Plano de Acção para
abordar questões de VBG e VCC.
9) Certifique-se de que o tempo fornecido durante o horário de trabalho e que a equipe atende a
formação de indução facilitada pelo projecto, obrigatório sobre a VBG e VCC necessários para
todos os funcionários antes de iniciar o trabalho no local.
10) Os gestores são obrigados a participar e auxiliar nos cursos de formação mensais facilitados pelo
projecto para todos os funcionários. Os gestores serão obrigados a apresentar as formações e
anunciar as auto-avaliações.
Recolher pesquisas de satisfação para avaliar experiências das formações e fornecer conselhos sobre
como melhorar a eficácia das formações.

Resposta

11) Os Gestores são obrigados a fornecer contribuições para os procedimentos de alegação de VBG e
VCC e o protocolo de resposta como parte do Plano de Acção aprovado final.
12) Uma vez adoptada pela Empresa, os gestores defenderão as medidas de responsabilização
estabelecidas no Plano de Acção para manter a confidencialidade de todos os funcionários que
relatam ou (alegadamente) perpetuam incidências de VBG e VCC (a menos que seja necessária
uma violação de confidencialidade para proteger pessoas ou propriedade de danos graves ou
quando exigido por lei).
13) Se um gestor tiver preocupações ou suspeitas em relação a qualquer forma de VBG ou VCC por
um dos seus relatórios directos, ou por um funcionário trabalhando para outro contratante no
mesmo local de trabalho, ele é obrigado a denunciar o caso usando o MGR.

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14) Uma vez que uma sanção for determinada, o gestor relevante deve ser pessoalmente
responsabilizado por garantir que a medida seja efectivamente aplicada, dentro de um prazo
máximo de 14 dias a partir da data em que foi tomada a decisão de sancionar.
15) Os Gestores que não informam ou estão de acordo com a tal disposição podem, por sua vez, estar
sujeitos a medidas disciplinares, a serem determinadas e promulgadas pelo gestor da empresa,
gestor do projecto ou gestor de classificação superior equivalente da empresa. Essas medidas
podem incluir:
a. Advertência informal.
b. Advertência formal.
c. Formação adicional.
d. Perda de até uma semana de salário.
e. Suspensão de emprego (sem pagamento de salário), por um período mínimo de 1 mês até
um máximo de 6 meses.
f. Cessação do emprego.
16) Em última análise, a incapacidade de responder efectivamente aos casos de VBG e VCC no local
de trabalho pelos Gestores das empresas pode justificar acções legais pelas autoridades.
Reconheço, que li o Código de Conduta do Gestor em cumprir os padrões nele contidos e
compreendendo meus papéis e responsabilidades para prevenir e responder a VBG e VCC. Eu entendo
que qualquer acção inconsistente com o Código de Conduta desse gestor ou falha na acção exigida
pelo Código de Conduta desse gestor pode resultar em acção disciplinar.

Assinatura: _________________________

Nome impresso: _________________________

Título: _________________________

Data: _________________________

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3.3 Para evitar Violência baseada no Género e Violência contra Crianças (Entidade Individual)

Eu, ______________________________, reconheço que a prevenção da violência baseada no género


(VBG) e a violência contra crianças (VCC) (incluindo Violência Sexual Baseada no Género (VSBG),
Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras, trabalho infantil, etc.) é
importante. A entidade individual considera que as actividades de VBG e VCC constituem actos de
má conduta grosseira e portanto, são motivos de sanções, penalidades ou potencial encerramento do
emprego. Todas as formas de VBG ou de VCC são inaceitáveis, seja no local de trabalho, no ambiente
de trabalho ou nos acampamentos. A acusação de quem comete VBG ou VCC pode ser prosseguida se
for o caso.

Concordo que enquanto trabalhar no projecto eu irei:

 Consentir na verificação de antecedentes criminais.


 Tratar mulheres, crianças (pessoas menores de 18 anos), e homens com respeito apesar da raça,
cor, língua, religião, opinião política ou outra, origem, étnica ou social, propriedade, deficiência,
nascimento ou estado.
 Não usar linguagem ou comportamento para mulheres, crianças ou homens que seja impróprio,
agressivo, abusivo, sexualmente provocante, rebaixante ou culturalmente impróprio.
 Não agir de forma que viole as Políticas e Procedimentos de Segurança Infantil ou as coloque em
risco de danos.
 Não reter informações sobre condenações criminais, acusações ou procedimentos civis
relacionados ao abuso de menores, ou violência sexual contra mulheres, sejam eles anteriores à
minha admissão ou que surjam durante o tempo em que estou colaborando com a instituição.
 Sob nenhuma circunstância vou ingerir álcool ou usar outras substâncias de uma forma que
afecte minha capacidade de fazer meu trabalho ou a reputação da organização.
 Não participar em contactos sexuais ou actividades com crianças – incluindo instigação ou
contacto através da média digital. A crença equivocada sobre a idade de uma criança não é uma
defesa. O consentimento da criança também não é uma defesa ou desculpa.
 Não se envolver em favores sexuais, por exemplo, promessas ou tratamento favorável
dependente de actos sexuais, ou outras formas de comportamento humilhante, degradador ou
explorador.
 A menos que exista o pleno consentimento 1 de todas as partes envolvidas, não terei interacções
sexuais com membros das comunidades vizinhas. Isso inclui relacionamentos que envolvem a
retenção na fonte ou a promessa de prestação efectiva de benefício (monetário ou não monetário)

1
O consentimento é definido como a escolha informada subjacente à intenção, aceitação ou concordância voluntária de um indivíduo de
fazer algo. Nenhum consentimento pode ser encontrado quando tal aceitação ou acordo é obtido através do uso de ameaças, força ou
outras formas de coerção, abdução, fraude, decepção ou falsas declarações. De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os
Direitos da Criança, o financiador considera que o consentimento não pode ser dado por crianças menores de 18 anos, mesmo que a
legislação nacional do país em que o Código de Conduta seja introduzido uma idade mais baixa. A crença equivocada sobre a idade da
criança e o consentimento da criança não é uma defesa.

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aos membros da comunidade em troca de sexo. Essa actividade sexual é considerada ‘não
consensual’ no âmbito deste Código.
 É proibida a troca de dinheiro, emprego, bens ou serviços por sexo, incluindo favores sexuais ou
outras formas de humilhação, degradação ou conduta exploratória. Isso inclui a assistência
recebida pelos beneficiários.
 Participar ou fazer parte de forma activa de cursos de formação relacionados ao HIV/ SIDA,
VBG e VCC conforme solicitado pelo empregador.
 Considerar e denunciar através do MGR ou ao seu gestor qualquer suspeita ou caso real de VBG
ou VCC por um colega de trabalho, seja empregado pela minha empresa ou não, ou quaisquer
violações deste Código de Conduta.
No que se refere às crianças menores de 18 anos:

 Sempre que possível, assegure-se de que outro adulto esteja presente ao trabalhar próximo de
crianças.
 Não convidar crianças não acompanhadas que não estão relacionadas à minha família em minha
casa, amenos que estejam em risco imediato de ferimentos ou em perigo físico.
 Não durma perto de crianças não supervisionadas, a menos que seja absolutamente necessário,
caso em que deve obter a permissão de um supervisor e, garantir que outro adulto esteja presente,
se possível.
 Usar computadores, vídeos, telefones celulares ou câmaras digitais adequadamente, e nunca para
explorar ou assediar crianças ou para aceder pornografia infantil através de qualquer meio (veja
também ‘uso de imagens infantis para fins relacionados ao trabalho abaixo).
 Abster-se de punição física ou disciplinar de crianças.
 Abster-se de contratar crianças para trabalho doméstico ou de outra forma, o que é inadequado,
dado a idade ou estágio de desenvolvimento, o que interfere com o tempo disponível para
actividades educacionais e recreativas, ou que os coloque em risco significativo de lesão.
 Cumprir com todas as leis locais relevantes, incluindo leis trabalhistas em relação ao trabalho
infantil.
 Os trabalhadores e beneficiários e outros representantes nunca devem:
o Maltratar ou agir de forma abusiva, ou de forma que possa colocar a criança em risco de
maus-tratos ou abuso.
o Envolver menores em actividades laborais fora da idade permitida ou que impliquem
riscos.
o Faça insinuações, ofereça conselhos ou use linguagem que possa ser caracterizada como
inadequada, ofensiva ou abusiva.
o Ter comportamento físico impróprio ou sexualmente provocativo.
o Leve uma criança com quem você trabalha para dormir em casa e sem supervisão.
o Dormir no mesmo quarto ou cama que um menorcom quem você trabalha.
o Tolerar ou se envolver em comportamento ilegal ou perigoso com menores.

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o Agir com o objectivo de envergonhar, humilhar, menosprezar ou degradar as crianças, ou
cometer qualquer tipo de punição, ou abuso emocional.
o Discriminar ou mostrar tratamento preferencial para uma criança excluindo outras
pessoas.

4. Uso de Imagens Infantis para Fins Relacionados ao Trabalho


Ao fotografar ou filmar uma criança para fins relacionados ao trabalho, deve:

 Antes de fotografar ou filmar uma criança, avaliar e tentar cumprir as tradições ou restrições
locais para reproduzir imagens pessoais.
 Antes de fotografar ou filmar uma criança, obtenha o consentimento informado da criança e de
um dos pais ou responsável da criança. Como parte disso, deve explicar como a fotografia ou o
filme serão usados.
 Assegurar que fotografias, filmes, vídeos e DVDs apresentem crianças de maneira digna e
respeitosa e não de forma vulnerável ou submissa. As crianças devem ser adequadamente
vestidas e não em poses que possam ser vistas como sexualmente sugestivas.
 Certifique-se de que as imagens são representações honestas do contexto e dos factos.
 Verifique se os rótulos dos arquivos não revelam informações de identificação sobre uma criança
ao enviar imagens electronicamente.
Sanções

Entendo que se eu transgredir esse Código de Conduta Individual, o meu empregador irá tomar acções
disciplinares que podem incluir:

 Advertência informal;
 Advertência formal;
 Formação adicional;
 Perda de até uma semana de salário;
 Suspensão do emprego (sem pagamento de salário), por um período mínimo de um mês e
máximo de seis meses;
 Cessação do emprego;
 Reportar a Polícia, se comprovado.
Entendo que é minha responsabilidade evitar acções ou comportamentos que possam ser interpretados
como VBG ou VCC ou violar este Código de Conduta Individual. Reconheço que li o Código de
conduta individual acima mencionado, concordo em cumprir com os padrões contidos nele e
compreendo meus papéis e responsabilidades para evitar e responder à VBG e VCC. Entendo que
qualquer acção inconsistente com este Código de Conduta Individual ou falha de acção exigida por
este Código de Conduta Individual pode resultar em acção disciplinar e pode afectar meu emprego.

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Assinatura: _________________________

Nome impresso: ________________________

Título: _________________________

Data: _________________________

5. Mecanismos e Exigências Complementares


PADD sublinha tolerância zero para qualquer comportamento inseguro, ofensivo, abusivo ou violento.
Sendo pela promoção de um ambiente seguro, onde todas as pessoas se devem sentir à vontade para
levantar questões ou preocupações sem medo de retaliação.

Conducta exigida

Assim sendo, todas as pessoas, físicas ou jurídicas, de direito público ou privado deverão:

 Desempenhar as suas funções com competência e diligência;


 Cumprir o disposto no presente Código de Conduta e todas as leis, regulamentos e outros
requisitos aplicáveis, incluindo requisitos para proteger a saúde, a segurança e o bem-estar do
pessoal do projecto e de qualquer outra pessoa;
 Nunca se comportar de forma a causar danos físicos, psicológicos ou emocionais e sofrimento a
outras pessoas, especialmente mulheres, crianças, portadores de deficiência ou qualquer pessoa
subalterna.
 Não praticar qualquer tipo de perseguição quer no local de trabalho, quer nas comunidades.
 Concluir os cursos de formação relevantes que serão ministrados relacionados com as
salvaguardas ambientais e sociais, incluindo aqueles sobre saúde e segurança, e violência
baseada no género, exploração e abuso sexual e assédio sexual;
 Reportar as violações do presente Código de Conducta. Todos os colaboradores e trabalhadores
do projecto (incluindo os subcontratados e os trabalhadores pontuais), parceiros, provedores de
serviço são encorajados a denunciar suspeitas ou violações do presente Código de Conducta. As
denúncias poderão ser feitas através do Mecanismo de Diálogo e Reclamação criado para este
efeito.
 Não retaliar contra qualquer pessoa que denuncie violações deste Código de Conduta.

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 Promover a implementação do presente Código de Conduta, como forma de contribuir para a
criação e manutenção de um ambiente não propenso ao abuso e exploração sexual, ao abuso de
poder, à fraude e à corrupção.
 Cooperar, sempre que for solicitado a fazê-lo, com toda a investigação sobre alegações de
violação do presente Código de Conduta.
.

6. Apresentação das Denúncias e Preocupações


No caso de alguém observar um comportamento que acredita poder representar uma violação deste
Código de Conduta é encorajado a levantar a questão imediatamente, ao Sistema de Resolução de
Queixas (SRQ), através das seguintes vias:

a) Linha Verde Nº 116 (Linha Fala Criança), gratuita e que funciona 24/24 horas nas três redes: Mcel,
Vodacom e Movitel;
b) Emails:
c) Caixas de reclamações, colocadas em pontos estratégicos de todos os Distritos de implementação
do PADD

A identidade da pessoa que apresentar a denúncia será mantida confidencial e as queixas podem
também ser apresentadas de forma anónima. Levamos a sério todas as denúncias de má conduta e
vamos investigar e tomar as medidas adequadas, incluindo, quando requerido e apropriado, o
encaminhamento para provedores de serviços que podem apoiar a pessoa que experimentou o
incidente.

Não haverá retaliação contra quem levantar uma denúncia sobre qualquer comportamento proibido por
este Código de Conduta. Caso ocorra, tal retaliação será considerada uma violação deste Código de
Conduta e sujeita a medidas estabelecidas neste código

Data e Local Data e Local

_______________________________
______________________________________

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Anexo:

Definições Aplicáveis ao Presente Código de Conduta

Esta não é uma lista exaustiva ou exclusiva e certas definições que são apresentadas não são as únicas,
sendo elas usadas para efeitos deste Manual. O princípio é que as empresas, os funcionários e
representantes devem evitar acções ou comportamentos que possam ser prejudiciais ou associadas
aViolência Baseada no Género (VBG) e Violência Contra Crianças (VCC) (incluindo Violência
Sexual Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões
Prematuras, trabalho infantil, etc.).

Para o presente Código de Conduta, aplicam-se as seguintes definições:

 Violência:uso intencional da força física ou do poder, sob forma de ameaça ou real, contra si
mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resulta ou tem grande
probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psíquico, alterações no desenvolvimento ou
privações.
 Violência baseada no género (VBG): qualquer acto prejudicial que seja perpetrado contra a
vontade de uma pessoa e que se baseia em diferenças socialmente atribuídas (ou seja, género)
entre homens e mulheres. Inclui actos que infligem danos ou sofrimento físico, violência sexual ou
mental, ameaças de tais actos, coacções e outras privações de liberdade. Esses actos podem ocorrer
em público ou em privado.
 Violência Sexual:é o uso da força física, ameaça ou coerção emocional para ter/manter relação
sexual sem o consentimento de outrem.
 Violência contra crianças (VCC):abusos que causem danos físicos, sexuais, psicológicos ou
negligência de crianças menores (ou seja, menores de 18 anos), incluindo o uso com fins
lucrativos, trabalho infantil, gratificação sexual ou alguma outra vantagem pessoal, ou financeira,
que pode resultar em prejuízo ao crescimento, desenvolvimento e maturação das crianças. Isso
também inclui outras actividades, como usar inadequadamente os computadores, telefones
celulares ou câmaras de vídeo e digitais para explorar, expor ou perseguir crianças ou aceder
pornografia infantil em qualquer meio.
 Trabalho infantil: trabalho que priva as crianças de sua infância, do seu potencial e da sua
dignidade, e que é prejudicial ao seu desenvolvimento físico e mental. Isto inclui o trabalho que é
mentalmente, fisicamente, social ou moralmente perigoso e prejudicial para as crianças; trabalho
que interfere com a sua escolaridade bem como a contratação de crianças que estão abaixo da
idade mínima para o trabalho, estabelecida pela legislação nacional ou normas internacionais.
Nenhuma criança menor de 18 anos deve estar engajada em trabalhos perigosos (ou seja, trabalho
que é susceptível de prejudicar a sua saúde, segurança ou moral) ou outras formas piores de
trabalho infantil, como tráfico, exploração sexual, servidão por dívida, trabalho forçado e ao

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recrutamento ou uso de crianças menores de idade para propósito de segurança ou militar. Isso
também se concentra nas dimensões de género do trabalho infantil à luz do envolvimento provável
de raparigas em actividades como o trabalho doméstico e exploração sexual. Para um estudo mais
aprofundado, ver a Convenção n º 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as
Piores Formas de Trabalho Infantil, o n º 138 sobre a Idade Mínima e a lei nacional do trabalho
(artigos 23 a 27). O trabalho infantil é uma das formas de Violência Contra a Criança (VCC).
 Exploração e Abuso Sexual (EAS):É o acto praticado pela pessoa que usa uma criança ou um
adolescente para satisfazer seu desejo sexual, ou seja, é qualquer jogo ou relação sexual, ou
mesmo acção de natureza erótica, destinada a buscar o prazer sexual com uma criança ou
adolescente.Também pode ser qualquer forma de exploração sexual de criança e adolescente
(incentivo à prostituição, à escravidão sexual, ao turismo sexual e à pornografia infantil).
 Assédio: é todo o comportamento indesejado, baseado em factor de discriminação, praticado
aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o
objectivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar
um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
 Assédio sexual: é todo o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não
verbal ou física, com o objectivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua
dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou
desestabilizador.
 Medidas de responsabilização: são as medidas implementadas para garantir a confidencialidade
dos sobreviventes e para manter os contratados, consultores e o cliente responsável por instituir
um sistema justo de casos de VBG e VCC.
 Criança ou Crianças: é usado de forma intercambiável com o termo ‘menor’ e refere-se a uma
pessoa com menos de 18 anos. Isso está de acordo com o Artigo 1 da Convecção das Nações
Unidas sobre os Direitos da Criança, ratificada pelo governo de Moçambique e também abordado
na lei de trabalho.
 Protecção à Criança (PC): é uma actividade ou iniciativa destinada a proteger as crianças de
qualquer tipo de dano, particularmente decorrentes da VCC.
 Trabalho decente: envolve oportunidades de trabalho que são produtivas e produz um
rendimento justo. O trabalho decente deve garantir a segurança no local de trabalho e protecção
social para as famílias, direitos no trabalho, diálogo social e melhores perspectivas de
desenvolvimento pessoal e integração social. As pessoas, incluindo jovens em idade de trabalhar,
devem ser livres para expressar suas preocupações e têm o direito à igualdade de oportunidades e
de tratamento.
 Não discriminação: um dos quatro princípios fundamentais consagrados na Convenção sobre os
Direitos da Criança; ele prevê a igualdade de tratamento ao indivíduo sem distinção de raça, cor,
sexo, língua, deficiência, religião, opiniões políticas ou quaisquer outras, nacionalidade, origem
indígena ou classe social,ou ainda qualquer outra condição de riqueza, nascimento, etc. Em
resumo, isso significa que todas as crianças – em todas as situações, de todos os tempos, em toda
parte – têm o mesmo direito de desenvolver todo o seu potencial.

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 União prematura: é a ligação entre pessoas, em que pelo menos uma seja criança, formada com
propósito imediato ou futuro de constituir família;
 Corrupção: Por este termo designa-se o acto de “dar ou receber ofertas, presentes ou prémios que,
de forma inapropriada, podem influenciar a acção de qualquer pessoa”.
 Fraude: Fraude é uma distorção, falsificação, artimanha e perversão da verdade ou quebra da
confiança relacionadas com os recursos financeiros, materiais e humanos, acções, serviços e/ou
transacções de uma organização, geralmente em benefício ou proveito pessoal. Fraude é uma
artimanha criminosa ou impostora, cuja finalidade é ganhar vantagens injustificadas.
 Consentimento: é uma escolha informada subjacente à intenção, aceitação ou acordo voluntário
de um indivíduo para fazer algo. A falta de consentimento pode acontecer quando tal aceitação ou
acordo é obtido por ameaças, força, ou outras formas de coerção, abdução, fraude, decepção ou
falsas declarações. De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança,
o Banco Mundial considera que o consentimento não pode ser dado por crianças menores de 18
anos, mesmo que a legislação nacional do país em que o código de conduta seja introduzido tenha
uma idademais baixa. A crença equivocada sobre a idade da criança e o consentimento da criança
não é uma defesa.
 Consultor: é qualquer empresa, companhia, organização ou outra instituição que recebeu um
contracto para prestar serviços de consultoria no âmbito do projecto.
 Empregado: é qualquer pessoa que ofereça mão-de-obra ao Proponente ou consultor do país
dentro ou fora do local de trabalho, geralmente sob um contracto ou acordo de trabalho formal ou
informal, mas não necessariamente em troca de um salário (por exemplo, incluindo estagiários e
voluntários não remunerados), sem a responsabilidade de gerir ou supervisionar outros
funcionários.
 Procedimento de Alegação de VBG e VCC: é o procedimento prescrito a seguir a relatar
incidentes de VBG e VCC.
 Códigos de Conduta de VBG e VCC: são os códigos de conduta adoptados para o projecto que
cobrem o compromisso da empresa e as responsabilidades do gerente e indivíduos no que diz
respeito à VBG e a VCC.
 Equipa de Conformidade de VBG e VCC (ECVGC): é uma equipa estabelecida pelo projecto
para lidar com problemas de VBG e VCC.
 Mecanismo de Gestão de Reclamações (MGR): é o processo estabelecido pelo projecto para
receber e resolver reclamações.
 Instigação (Grooming): são comportamentos que tornam mais fácil para um perpetrador procurar
uma criança para actividades sexuais. Por exemplo, um ofensor pode construir uma relação de
confiança com a criança e, em seguida, procurar sexualizar essa relação (por exemplo,
encorajando sentimentos românticos ou expondo a criança a conceitos sexuais através da
pornografia).
o Instigação online (OnlineGrooming): é o acto de enviar uma mensagem electrónica com
conteúdo indecente para um destinatário que o remetente acredita ser um menor, com a
intenção de fazer com que o destinatário se envolva ou submeta à actividade sexual com
outra pessoa inclusive, mas não necessariamente o remetente.

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 Perpetrador: é a pessoa que comete ou ameaça cometer um acto de VBG ou VCC.
 Protocolo de Resposta: é o mecanismo estabelecido para responder a casos de VBG e VCC.
 Sobrevivente/ sobreviventes: é a pessoa / pessoas negativamente afectadas pela VBG ou VCC.
Mulheres, homens e crianças podem ser sobreviventes da VBG; crianças podem ser sobreviventes
da VCC.
 Local de Trabalho: é a área em que o desenvolvimento da infraestrutura está a ser realizada,
como parte do projecto.
 Imediações do local de trabalho: é a “área de influência do projecto” que é qualquer área urbana
ou rural, directamente afectada pelo projecto, incluindo todos os assentamentos humanos
encontrados

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