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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em


Antropologia

Maputo
2015
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em


Antropologia

Plano Curricular elaborado pelos docentes do Departamento de Ciências Sociais e


Filosóficas da Universidade Pedagógica sob coordenação de:

Mestre Paulo Albino Mahumane


Professor Doutor José Alberto Raimundo
Professor Doutor Martinho Pedro
Mestre Aurélio Miambo
Dr. Arlindo João Uate
Mestre Alípio Siquisse

Maputo
2015
Indice

1. Introdução............................................................................................................................... 1
2 . Visão e Missão da UP ........................................................................................................... 2
3. Designação da Licenciatura ................................................................................................... 3
4.Objectivos do curso ................................................................................................................. 3
5. Requisitos de Acesso ............................................................................................................. 3
6. Perfil profissional ................................................................................................................... 4
7. Perfil do graduado ................................................................................................................. 5
8. Duração do Curso ................................................................................................................... 6
9. Componentes de organização do curso .................................................................................. 6
10. Áreas de concentração do Curso..........................................................................................7
11. Matriz de organização curricular........................................................................................ 10
12. Planos de Estudos ............................................................................................................... 16
13. Tabela de precedências....................................................................................................... 18
14. Tabela de equivalências .................................................................................................... 18
15. Plano de transição............................................................................................................... 18
16. Avaliação da aprendizagem ............................................................................................... 18
17. Formas de culminação ....................................................................................................... 18
18. Instalações e equipamentos existentes ............................................................................... 18
19. Corpo docente e técnico administrativo existente ............................................................. 19
20. Análise de necessidades ..................................................................................................... 21
21. Conclusões ......................................................................................................................... 25
22. Referências bibliográficas .................................................................................................. 26
23. Programas Temáticos das disciplinas do Major ................................................................. 27
23.1 Programas Temáticos das disciplinas do Minor em Estudos Étnicos e Africanos ......... 158
23.2 Orientações para a abordagem dos Temas Transversais ................................................ 191
Lista de símbolos e abreviaturas

AC – Área científica
CF – Componente de formação
CFE - Componente de formação específica
CFG - Componente de formação geral
Cr – Número de créditos
ESG – Ensino Secundário Geral
ETP – Ensino Técnico-Profissional
HCT – Horas de contacto totais
HCS – Horas de contacto semanais
MEC – Ministério da Educação e Cultura
PR – Pré-requisito
RC – Reforma curricular
SNATCA – Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos
Académicos
SNE – Sistema Nacional de Educação
UP - Universidade Pedagógica

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1. Introdução
A Universidade Pedagógica (UP) é uma instituição de ensino que tem por
objectivo promover a formação superior, a investigação científica e a extensão,
contribuindo, deste modo, para o avanço da ciência, a expansão do conhecimento e para o
desenvolvimento do país. A concretização destes objectivos é assegurada pelas diferentes
unidades orgânicas, nomeadamente faculdades, escolas e sub-unidades, como são os casos
dos departamentos. É neste último contexto em que se enquadra o Departamento de
Antropologia e Sociologia, uma das sub-unidades da Faculdade de Ciências Sociais e
Filosóficas, composto por duas áreas do conhecimento cientifico, o da Antropologia e o da
Sociologia. Esta última área foi introduzida em 2010, com a introdução do respectivo curso,
enquanto que, apesar de ter sido introduzida na altura da abertura da instituição de filiação,
o então Instituto Superior Pedagógico, predecessor da UP, a área da Antropologia nunca
chegou a ter um curso próprio.
Essa realidade foi observada por causa de uma fragilidade em recursos humanos.
Assim, desde o início, a sua missão como disciplina de tronco comum, visava apenas
satisfazer as solicitações de docentes de Antropologia aos cursos que tinham nos seus
curricula a disciplina de Antropologia Cultural. Contudo, na fase actual quatro realidades
imprimiram, de certa forma, a introdução de um curso de Antropologia: (i) a integração da
Cadeira de Antropologia Cultural de Moçambique como unidade curricular obrigatória para
todos os cursos fornecidos pela Universidade Pedagógica, demandando o maior número de
docentes; (ii) a ausência de pessoal qualificado para suportar a Cadeira nesses cursos, (iii) a
introdução de um minor em Antropologia no curso de Sociologia, o que pressupõe a
presença de mais quadros internos que tornem exequível a concretização deste e (iv), pela
necessidade de se desenhar um curso que atenda à novos desafios de desenvolvimento no
país. Por isso, a sua criação é importante e oportuna, na medida em que vai ampliar o
horizonte na abordagem do social na UP e no país.
O seu principal objectivo visa garantir que os graduados tenham conhecimentos
teóricos, competências e técnicas metodológicas necessárias para desenvolver uma
investigação em Antropologia.
O presente curso de Antropologia encontra a pertinência da sua integração como
área curricular de demarcação dos espaços culturais, de construção das identidades e da
necessidade da identificação dos marcos de convivência intercultural num país multiétnico,
como o é Moçambique. Neste sentido, passa necessariamente, por um conhecimento
profundo das matrizes sociais e culturais que constituem o mosaico étnico do país. A mútua

1
compreensão das realidades sócio-culturais formatadas ao longo do tempo carece assim da
formação de um corpus disciplinar capaz de alicerçar uma formação sólida sobre as
realidades sociais e culturais do país que dissipe, em última instância, situações já
estereotipadas ao longo do percurso histórico do país e permita, ainda, o desenho de
intervenções sociais culturalmente ajustadas às múltiplas realidades do país, atenuando
fracassos ou falhanços em planos concebidos para tais multiplicidades.
Os pressupostos acima indicados justificam, necessariamente, a introdução de um
curso de Antropologia, cuja pertinência se situa no facto de puder proporcionar
investigadores cuja intervenção se reflicta num debate mais amplo, voltado à multiplicidade
e pluralidade sócio-culturais presentes em Moçambique e, por isso, na dinamização de um
diálogo intercultural.
O curso, centrando-se na análise das estruturas sócio-culturais e na mobilidade
social, partindo do debate geral existente na Antropologia, proporcionará uma reflexão à
volta da contextualidade e particularidade dos diferentes espaços sócio-culturais existentes
em Moçambique e que marcam territorialidades específicas.
De forma geral, as disciplinas terão como eixos centrais a identificação dos factos
sócio-culturais, passando pela análise dos factores da sua emergência, carácter e mobilidade
nos diferentes contextos situacionais.

2 . Visão e Missão da UP
O curso espelha-se na missão da própria UP, que se cinge na formação, a nível
superior de professores para todo o ensino (infantil, primário, secundário, especial, técnico,
profissional e superior) e de técnicos para as áreas educacional e outras áreas (cultural,
social, económica, desportiva, entre outras), sendo que a Antropologia enquadra-se no
âmbito da formação de técnicos de outras áreas, como o é, na social e cultural. Nessa
realidade, está assente também a visão da UP, que é a de se tornar num Centro de
Excelência na área da educação e formação de professores e de profissionais de outras
áreas, orientando-se pelos princípios gerais e pedagógicos definidos nos artigos 1 e 2 da Lei
nº 6/92 de 6 de Maio que aprova o Sistema Nacional de Educação (UP, 1995:26). Assim, no
curso de Antropologia estarão plasmados os princípios gerais da instituição, tais como:
a) Democracia e respeito pelos Direitos Humanos;
b) Igualdade e não discriminação;
c) Valorização dos ideais da pátria, ciência e humanidade;
d) Liberdade de criação cultural, artística, científica e tecnológica;

2
e) Participação no desenvolvimento económico, científico, social e cultural do país, da região
e do Mundo.

3. Designação da Licenciatura

O curso terá a designação de “Licenciatura em Antropologia”. O curso oferece os


seguintes minors:
a) Minor em Estudos Étnicos e Africanos;
b) Minor em Antropologia.

4.Objectivos do curso

4.1 Objectivo geral

Consolidar e alargar a composição curricular da Universidade Pedagógica, de uma forma


geral e da Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas, de um modo particular, formando
licenciados em Antropologia.

4.2 Objectivos específicos do curso


 Dotar os graduados de conhecimentos antropológicos que possam alicerçar a análise e
interpretação da realidade sócio-cultural de Mocambique, África e do mundo;

 Fornecer aos graduandos ferramentas teóricas, metodológicas e epistemológicas para a


problematização e análise das diferentes realidades sócio-culturais;

 Dotar aos graduados, a capacidade de pesquisar em Antropologia;


 Comparar os diversos processos sócio-culturais;
 Planificar, conceber, executar e avaliar trabalhos de campo, com o fim de proporcionar uma
abordagem focalizada numa comunidade específica;
 Elaborar relatórios sobre trabalhos de campo e do fim do curso, integrando neles os dados
pertinentes às áreas de ciências sociais, humanas e naturais;
 Formar estudantes dotados de uma postura deontológica que dignifique a Antropologia bem
como a si enquanto cidadãos que contribuem para o desenvolvimento do país.

5. Requisitos de Acesso
O acesso ao curso de Licenciatura em Antropologia será de acordo com a legislação
em vigor sobre o Ensino Superior, nomeadamente, nos termos do estatuído no artigo 4 da
Lei do Ensino Superior – Lei no 5/2003, de 21 de Janeiro.

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6. Perfil profissional
O curso de Antropologia da UP visa formar técnicos que possuam as seguintes
competências gerais:
a) Dominam os conteúdos básicos de Antropologia;
b) Dominam os métodos de pesquisa em Ciências Sociais e em Antropologia no geral;
c) Diferenciam um problema social no geral do problema sócio-antropológico;
d) Resolvem problemas aplicando conhecimentos, privilegiando a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade;
e) Usam resultados de pesquisa para melhorar a sua prática profissional;
f) Utilizam a criatividade de forma autónoma, recorrendo às fontes de informação disponíveis
para a resolução de problemas concretos e quotidianos;
g) Integram nos seus projectos saberes e práticas sociais e culturais da comunidade,
conferindo-lhes relevância científica;
h) Trabalham em equipe, privilegiando a partilha de saberes e de experiências;
i) Sabem gerir conflitos, respeitando o pluralismo e a diversidade entre os seres humanos,
resultantes das diferenças sociais existentes entre diferentes grupos sociais;
j) Sabem usar e desenvolver conceitos fundamentais de Antropologia;
k) Estruturam o raciocínio de forma lógica e coerente;
l) Mantêm-se abertos às novas ideias, teorias, metodologias, concepções, inovações;
m) Participam na elaboração de planos de desenvolvimento institucional;
n) Promovem aprendizagens sistemáticas dos processos de trabalho intelectual.

Os Sectores de trabalho do (a) licenciado(a) em Antropologia são:

 Instituições de ensino e de investigação científica;


 Institutos de investigação artística e sociocultural, centros culturais e Museus.
 Gabinetes de consultoria;
 Administração Local e Central;
 Institutos de Investigação;
 Agências de Desenvolvimento (ONG’s);
 Gabinetes de estudo e planificação sobre questões sócio-culturais.

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O curso de Antropologia preconiza a realização de 3 práticas sócio-antropológicas e um
estágio, que serão feitas na províncias, distritos, localidades, bairros, museus e mercados.

As Linhas de Pesquisa do Curso são:


 Migrações, identidades e transformações sociais;
 Interculturalidade, Religiosidade e Tradições africanas;
 Relações Inter – étnicas, territorialidades e urbanização;
 Governação, Gestão de Conflitos, democracia e Cidadania;
 Política social, trabalho e sector informal;
 Educação, Género e Sexualidade;
 Saúde comunitária e meio ambiente.

7. Perfil do graduado
A formação do estudante, futuro graduado em Antropologia desenvolve-se em três
categorias de competências, nomeadamente:
Saber:
 Conceitos, ferramentas teóricas epistemológicas em antropologia;
 Métodos e técnicas de pesquisa em Antropologia;
 Os princípios científicos sobre a diversidade sócio-cultural;
 Diferenciar um problema social no geral, de um problema sócio-antropológico;
 Relacionar o homem com o seu contexto e diversidade cultural;
 Analisar o comportamento do homem segundo as suas especificidades culturais.

Saber fazer:
 Conceber projectos de pesquisa e aplicar com rigor métodos e técnicas de pesquisa, desde
recolha, tratamento a análise de dados socioculturais;
 Realizar pesquisa etnográfica;
 Participar em projectos de investigação multi e interdisciplinar relativos aos assuntos
sociais, com ênfase nos aspectos sócio-antropológicos;
 Ser consultor em assuntos ligados às estruturas, funcionalidade e mobilidade das estruturas
sociais em Moçambique.
Saber ser/estar:
 Ter uma atitude proactiva na identificação e definição de problemáticas de pesquisa e de

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intervenção sobre a realidade analisada;
 Consciente dos valores sócio-culturais de cada comunidade/sociedade;
 Crítico às abordagens etnocêntricas.

8. Duração do Curso

O curso de Licenciatura em Antropologia tem a duração de 4 anos (8 semestres,


correspondentes a 240 créditos).

9. Componentes de organização do curso


O curso comporta as seguintes componentes:
A) Componente de Formação Geral (CFG)
Esta componente comporta as disciplinas de: Métodos de Estudo e Investigação
Científica; Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa; Inglês; Temas Transversais I, II,
III e IV, Inglês; Informática (SPSS) e Francês com um peso de 10% correspondentes a 24
créditos.
B) Componente de Formação Específica (CFEs), com um peso de 83 %, correspondentes à
sensivelmente 199 créditos, contemplando a História Social e Económica do Mundo;
Introdução às Ciências Sociais; Introdução à Antropologia; Introdução à Sociologia;
Fundamentos de Economia; Introdução à Filosofia; Teoria Antropológica; História da
Antropologia; Métodos de Investigação em Ciências Sociais; Estudos da População e
Demografia; Antropologia da Família e do Parentesco; Antropologia Filosófica; Teorias
Sociológicas; Psicologia Social; Estatística para as Ciências Sociais; Antropologia do
Ambiente; Antropologia do Económico; Antropologia da Saúde e da Doença; Cultura,
sexualidade e Género; Antropologia da Educação e da Cultura; Problemáticas Teórico-
Epistemológicos da Antropologia; Antropologia do Desenvolvimento; Teorias de
Etnicidade; Estudos Africanos; Antropologia Linguística; Antropologia das Sociedades
Rurais, Tradições Africanas e Identidades Sociais; Governação e Poder Local; Antropologia
do Simbólico; Relações Etno Raciais; Religiões Tradicionais Africanas; Música, Cultura e
Identidade; Línguas e Identidades Étnicas; Interculturalismo e Cidadania; Pensamento
Africano; Antropologia Urbana; Antropologia do Político e Trabalho de Culminação do
Curso.

C) Componente de Formação Prática, com peso de 7%, correspondentes à 17 créditos.


Esta componente envolve a Prática Profissional I (Metodologia de Investigação
Antropológica I); Prática Profissional II (Metodologia de Investigação Antropológica II);

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Prática Profissional III (Prática sócio-antropológica I); Estágio Técnico Profissional (Prática
Sócio-antropológica II).

10. Áreas de concentração do Curso ( Major e Minor)

O curso comporta uma área científica predominante em Antropologia com uma formação
complementar em Estudos Étnicos e Africanos e uma saída em Antropologia para quem
esteja a fazer um outro curso. A área de concentração maior, que é a parte principal do
plano de estudos, corresponde na UP a 180 créditos. Ela contempla:

 Métodos de Estudo e Investigação Científica;


 História Social e Económica do Mundo;
 Introdução às Ciências Sociais;
 Introdução à Antropologia;
 Introdução à Sociologia;
 Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa;
 Temas Transversais (I, II);
 Introdução à Filosofia;
 Teoria Antropológica;
 História da Antropologia;
 Métodos de Investigação em Ciências Sociais;
 Práticas Técnico Profissional I e II (Metodologias de Investigação Antropológicas I e II);
 Prática Técnico Profissional III (Prática Sócio-Antropológica I);
 Estágio Técnico Profissional (Prática Sócio-Antropológica II);
 Inglês;
 Estudos da População e Demografia;
 Antropologia da Família e do Parentesco;
 Antropologia Filosófica;
 Teorias Sociológicas;
 Antropologia Cultural de Moçambique;
 Psicologia Social;
 Estatística para as Ciências Sociais;
 Antropologia do Ambiente;

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 Antropologia do Económico;
 Antropologia da Saúde e da Doença;
 Moçambique Contemporâneo;
 Cultura, Sexualidade e Género;
 Antropologia da Educação e da Cultura;
 Problemáticas Teórico-Epistemológicos em Antropologia;
 Antropologia do Desenvolvimento;
 Antropologia Linguística;
 Antropologia das Sociedades Rurais;
 Antropologia do Simbólico;
 Antropologia Urbana;
 Antropologia do Político;
 Música, Cultura e Identidade.

Minor em Estudos Étnicos e Africanos


 Teorias de Etnicidade;
 Estudos Africanos;
 Tradições Africanas e Identidades Sociais;
 Governação e Poder Local;
 Relações Etno Raciais
 Religiões Tradicionais Africanas;
 Línguas e Identidade Étnica;
 Interculturalismo e Cidadania;
 Pensamento Africano;
 Informática (SPSS);
 Francês;
 Tema Transversal III;
 Tema Transversal IV.

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9
11. Matriz de organização curricular

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Matriz de organização curricular do curso de Licenciatura em Antropologia, 1º ano (Major)

1° ANO
Código da Comp. Créditos
disciplina De Form. Componentes académicos Horas lectivas
Semestrais
1° SEMESTRE

Disciplinas Area Cient. Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Total


Métodos de Estudo e Investigação Científica CFG Metodológica X 5 48 77 125
História Social e Económica do Mundo CFEs Histórica X 4 48 52 100
Introdução às Ciências Sociais CFEs Social X 4 48 52 100
Introdução à Antropologia CFEs Antropológica X 6 80 70 150
Teoria Antropológica CFEs Antropológica X 6 80 70 150
Moçambique Contemporâneo CFEs Histórica X 6 80 70 150
Total I Semestre 31 384.0 391.0 775
Técnicas de Expressão em Língua
4 48 52 100
Portuguesa CFG Línguas X
Tema Transversal I CFG Geral X 1 15 10 25
2° SEMESTRE

Introdução à Filosofia CFEs Filosófica X 3 48 27 75


Introdução à Sociologia CFEs Sociológica X 6 80 70 150
História da Antropologia CFEs Antropológica X 6 80 70 150
Métodos de Investigação em Ciências CFEs Social X
6 80 70 150
Sociais
Prática Profissional I (Metodologia de CFP Antropológica X
Investigação Antropológica I: O trabalho de 3 48 27 75
campo)
Total II Semestre 29 399 328 725
Total 1° A N O 60 783 717 1500

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Matriz de organização curricular do curso de Licenciatura em Antropologia, 2º ano (Major)

2° ANO
Código da Créditos
disciplina Componentes académicos Horas lectivas
Semestrais
1° SEMESTRE

Disciplinas Comp.Form. Area Cient. Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Total
Inglês CFG Línguas X 4 48 52 100
Estudos da População e Demografia CFEs Antropológica X 4 64 36 100
Antropologia da Família e do Parentesco CFEs Antropológica X 6 64 86 150
Antropologia Filosófica CFEs Antropológica X 6 64 86 150
Teorias Sociológicas CFEs Sociológica X 6 64 86 150
Prática Profissional II (Metodologia de
Investigação Antropológica II) CFP Antropológica X 3 48 27 75
Total I Semestre 29 352 373 725
Antropologia Cultural de Moçambique CFG Antropológica X 4 48 52 100
2° SEMESTRE

Tema Transversal II CFG Geral X 1 15 10 25


Psicologia Social CFEs Psicológica X 3 48 27 75
Estatística para as Ciências Sociais CFEs Antropológica X 4 48 52 100
Antropologia do Ambiente CFEs Antropológica X 6 64 86 150
Antropologia do Económico CFEs Antropológica X 6 64 86 150
Antropologia da Saúde e da Doença CFEs Antropológica X 7 80 95 175
Total I I Semestre 31 367 408 775
Total 2° A N O 60 719 781 1500

12
Matriz de organização curricular do curso de Licenciatura em Antropologia, 3º ano (Major), com Minor em estudos Étnicos e Africanos

3° ANO
Disciplinas Créditos
Componentes académicos Horas lectivas
Código da disciplina Comp. Semestrais
Formaç Estud
Area Cient. Nuclear Complementar Total Contacto o Total
Informática (SPSS) CFG Informática X 4 48 52 100
1° SEMESTRE

Tema Transversal III CFG Geral X 1 15 10 25


Cultura, Sexualidade e género CFEs Social/Antrop X 4 48 52 100
Antropologia da Educação e CFEs 48
Cultura Antropológica X 3 27 75
Problemáticas Teórico- CFEs Antropológica X 5 48 77 125
Epistemológicos daa
Antropologia
Antropologia do CFEs Antropológica X 5 64 61 125
Desenvolvimento
Teorias de Etnicidade CFES Socio/Antrop X 7 64 111 175
Total I Semestre 29 335 390 725
Estudos Africanos CFEs Socio/Antrop X 5 48 77 125
Antropologia Linguística CFEs Antropológica X 5 48 77 125
2° SEMESTRE

Antropologia das Sociedades CFEs Antropológica


Rurais X 4 48 52 100
Tradições Africanas e CFEs Socio/Antrop
Identidades Sociais X 6 64 86 150
Governaçao e Poder Local CFEs Sócio/Antrop X 7 64 111 175
Prática Profissional III (Prática
Sócio-Antropológica II) CFP Antropológica X 4 48 52 100
Total II Semestre 31 320 455 775
Total 3° Ano 60 655 845 1500
13
Matriz de organização curricular do curso de Licenciatura em Antropologia, 4º ano (Major), com Minor em estudos Étnicos e Africanos

4° ANO
Créditos
Código da Componentes académicos Horas lectivas
disciplina Semestrais
Tota
1° SEMESTRE

Disciplinas Comp.Form. Area Cient. Nuclear Complementar Total Contacto Estudo l


Francês CFG Línguas X 4 48 52 100
Tema Transversal IV CFG Geral X 1 15 10 25
Antropologia do Simbólico CFEs Antropológica X 5 48 77 125
Relações Etno-Raciais CFEs Antropológica X 6 48 102 150
Religiões Tradicionais Africanas CFEs Antropológica X 6 48 102 150
Música, Cultura e Identidade CFEs Sócio/Antropológica X 3 48 27 75
Estágio Técnico Profissional CFP Prática X 6 48 102 150
Total I Semestre 31 303 462 775
Línguas e Identidades Étnicas CFEs Sócio/Antropológica X 5 48 77 125
SEMESTRE

Interculturalismo e cidadania CFEs Antrop/Filosófia X 5 48 77 125


Pensamento Africano CFEs Filosófica X 4 64 36 100

Antropologia Urbana CFEs Antropológica X 4 48 52 100


Antropologia do Político CFEs Antropológica X 5 48 77 125
Trabalho de culminação do curso CFEs Prática X 6 32 118 150
Total II Semestre 29 288 437 725
Total 4° Ano 60 591 909 1500

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Minor em Antropologia
O estudante que deseja frequentar o minor em Antropologia deve fazer as seguintes disciplinas:
Disciplina Ano Semestre Créditos
1 Introdução à Antropologia 1° Primeiro 06
2 Teoria Antropológica 1° Primeiro 06
3 Antropologia da Família e do 2° Segundo 06
Parentesco
4 Estatística para as Ciências Sociais 2° Segundo 04
5 Tema Transversal 2° Primeiro 01
6 Moçambique Contemporâneo 1° Primeiro 04
7 Antropologia do Desenvolvimento 3° Primeiro 05
8 Problemáticas Teórico-Epistemológicos 3° Primeiro 05
da Antropologia
9 Cultura, Sexualidade e Género 3° Primeiro 04
10 Antropologia das Sociedades Rurais 3° Segundo 04
11 Tema Transversal 4° Primeiro 01
12 Francês 4° Primeiro 04
13 Estágio Técnico Profissional em 4° Primeiro 06
Antropologia
14 Antropologia Urbana 4° Segundo 04

Total créditos 60

15
12. Planos de Estudos

Os planos de estudos definem as disciplinas, a quantidade de horas de contacto e de


trabalho independente e o semestre em que a disciplina será leccionada.

Plano de estudos do curso de Licenciatura em Antropologia, 1º ano (Major),


Código Denominação CF AC S H Cr PR
1° 2° HCS HCT
Métodos de Estudo e
Investigação Científica CFG Metodológica
X 3 125 5
História Económica e Social
do Mundo CFEs Histórica
X 3 100 4
Introdução às Ciências Sociológica
Sociais CFEs
X 3 100 4
Introdução à Antropologia CFEs Antropológica X 5 150 6
Teoria Antropológica CFEs Antropológica X 5 150 6
Moçambique CFEs Histórica
Contemporâneo
X 5 150 6
Técnicas de Expressão em Línguas
Língua Portuguesa CFG
X 3 100 4
Tema Transversal I CFG Geral X 1 25 1
Introdução à Filosofia CFEs Filosófica X 3 75 3
Introdução à Sociologia CFEs Sociológica X 5 150 6
História da Antropologia CFEs Antropológica X 5 150 6
Métodos de Investigação em CFEs
Ciências Sociais Sociológica
X 5 150 6
Prática Profissional I CFP
(Metodologia de
Investigação Antropológica
X 3 75 3
I) Antropológica
Total do Primeiro Ano 1500 60

Plano de estudos do curso de Licenciatura em Antropologia, 2º ano (Major),


Código Denominação CF AC S H Cr PR
1° 2° HCS HCT
Inglês CFG Línguas X 3 100 4
Estudos da População e
Demografia CFEs Geográfica
X 4 100 4
Antropologia da Família e do
Parentesco CFEs Antropológica
X 4 150 6
Antropologia Filosófica CFEs Antropológica X 4 150 6
Teorias Sociológicas CFEs Sociológicaa X 4 150 6
Prática Técnico Profissional II
(Métodos de Investigação X 3 75 3
Antropológica II) CFP Antropológica
Antropologia Cultural de
Moçambique CFG Antropológica
X 3 100 4
Tema Transversal II CFG Geral X 1 25 1
Psicologia Social CFEs Psicológica X 3 75 3
Estatística para as Ciências
Sociais CFEs Estatística
X 3 100 4
Antropologia do Ambiente CFEs Antropológica X 4 150 6
Antropologia do Económico CFEs Antropológica X 4 150 6
Antropologia da Saúde e da
Doença CFEs Antropológica
X 5 175 7

16
Total do Segundo Ano 1500 60

Tabela n° Plano de estudos do curso de Licenciatura em Antropologia, 3º ano (Major), com Minor em
estudos Étnicos e Africanos
Código Denominação CF AC S H Cr PR
1° 2° HCS HCT
Informática (SPSS) CFG Informática X 3 100 4
Tema Transversal III CFG Geral X 1 25 1
Cultura, Sexualidade e Género CFEs Antropológica X 3 100 4
Antropologia da Educação e Cultura CFEs Antropológica X 3 75 3
Problemáticas Teórico- CFEs Antropológica
Epistemológicos da Antropologia X 3 125 5
Antropologia do Desenvolvimento CFEs Antropológica X 4 125 5
Teorias de Etnicidade CFEs Sócio/Antrop X 4 175 7
Estudos Africanos CFEs Antrop/Hist X 3 125 5
Antropologia Linguística CFEs Antropológica X 3 125 5
Antropologia das Sociedades Rurais CFEs Antropológica X 3 100 4
Tradições Africanas e Identidades
Sociais CFEs Socio/Antrop X 4 150 6
Governação e Poder Local CFEs Socio/Antrop X 4 175 7
Prática Profissional IV (Prática
Sócio-Antropológica II) CFP Antropológica X 3 100 4
Total do Terceiro Ano 1500 60

Tabela n° Plano de estudos do curso de Licenciatura em Antropologia, 4º ano (Major), com Minor em
Estudos Étnicos e Africanos
Código Denominação CF AC S H Cr PR
1° 2° HCS HCT
Francês CFG Línguas X 3 100 4
Tema Transversal IV CFG Geral X 1 25 1
Antropologia do Simbólico CFEs Antropológica X 3 125 5
Relações Eno-Raciais CFEs Antropológica X 3 150 6
Religiões Tradicionais Africanas Sócio/Antropol
CFEs ógica
X 3 150 6
Música, Cultura e Identidade CFEs Antropológica X 3 75 3
Estágio Técnico-Profissional CFP Prática X 3 150 6
Línguas e Identidades Étnicas CFEs Antrop/Hist X 3 125 5
Interculturalismo e Cidadania CFEs Antropo/Filos X 3 125 5
Pensamento Africano CFEs Filosófica X 4 100 4
Antropologia Urbana CFEs Antropológica X 3 100 4
Antropologia do Político CFEs Antropológica X 3 125 5
Trabalho de culminação do curso
(Seminário de Orientação) CFEs Prática
X 2 150 6
Total do Quarto Ano 1500 60

17
13. Tabela de precedências

A inscrição em: Depende da aprovação em:


Prática Profissional II (Metodologia de Prática Profissional I(Metodologia
Investigação Antropológica II) de Investigação Antropológica I)
EstágioTécnico Profissional (Prática Sócio- Prática Profissional III ( Prática
Antropológica II) Sócio-Antropológica I)

14. Tabela de equivalências

O curso de Antropologia com Habilitação em Estudos Étnicos e Africanos é novo na


Universidade Pedagógica e deste modo não há nenhuma equivalência a ser feita.

15. Plano de transição

O curso de Antropologia com Habilitação em Estudos Étnicos e Africanos é novo na


Universidade Pedagógica e não há nenhuma transição a ser feita.

16. Avaliação da aprendizagem

A avaliação no Curso de Licenciatura em Antropologia é contínua e formativa, recorrendo-


se à várias modalidades tais como: testes, exames, trabalhos teóricos e práticos feitos
individualmente ou em grupos, seminários, bem como as práticas profissionais e os
relatórios de Estágio.

17. Formas de culminação

A licenciatura em Antropologia pode ser concluída a partir das seguintes modalidades:


a) Monografia Científica;
b) Exame de Conclusão da Licencitura.

18. Instalações e equipamentos existentes

As instalações são as usufruidas pela Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas.


Já existem salas de aulas na Faculdade para o Funcionamento do curso.

18
19. Corpo docente e técnico administrativo existente

O curso será suportado por um conjunto de docentes actualmente integrados no


Departamento de Ciências Sociais, com uma formação Antropológica e Sociológica, bem
como alguns docentes de outros departamentos cujas especialidades são chamadas a
reforçarem a formação sólida em Antropologia.

19
Tabela: lista dos docentes a servirem o curso:

N° Nome do docente Formação Académica Disciplina a leccionar Regime


de
contrata
ção
1 José Alberto Antropólogo/PhD Prática Profissional I Efectivo
Raimundo
Prática Profissional II
2 Paulo Albino Antropólogo/Mestre Introdução à Antropologia Efectivo
Mahumane
História de Antropologia
3 Aurélio Miambo Antropólogo/Mestre Antropologia do Ambiente Efectivo

Antropologia da Saúde e da
Doença
4 Arlindo João Uate Antropólogo/Licenciad Métodos de Estudo e Efectivo
o Investigação Cientifica

Cultura, Sexualidade e Género


5 Martinho Matos Antropólogo/PhD Teoria Antropológica Efectivo
Pedro
Antropologia Cultural de
Moçambique
6 Alípio Siquisse Antropólogo/Mestre Moçambique Contemporâneo Efectivo

Antropologia do Económico
7 Dulce Mugoi Antropólogo/PhD Antropologia da Família e do Efectivo
Parentesco
8 Bento Rupia Jr Sociólogo/PhD Teoria de Etnicidade Efectivo
9 Hilário Lopes Sociólogo/PhD Tradições Africanas e Efectivo
Identidades Sociais
10 José Luís Magaço Sociólogo/Licenciado Introdução às Ciências Sociais Efectivo
Muchanga
11 Arcanjo Tinara Sociólogo/Licenciado Métodos de investigação em Efectivo
Nharucué Ciências sociais

12 Adelino Silvestre Sociólogo/ Mestre Teorias Sociológicas Contrata


Moiane do
13 Carlos Manjate Sociólogo/ Licenciado Introdução à Sociologia Efectivo
14 Maria Mida História/PhD História Social e Económica Efectivo
Mamane
15 Xavier António Filosofia/ Mestre Introdução à Filosofia Efectivo
Tomo Antropologia Filosófica
16 Hussene Hassamo Geografia/ Mestre Estudos da População e Efectivo
Demografia
20
Nível Anos de
Nº Nome Categoria
Formação experiência
1 Albertina Zandamela Auxiliar Básico 4
Técnico Superior
2 Ana M. Marime Licenciatura 27
N1
3 Anastância L. Bila Auxiliar Básico 1
4 Carlos P. Nhantumbo Auxiliar Básico 6
5 Cassamo S. Gulamo Técnico Médio 7
6 Felicia C. Victorino Auxiliar Básico 4
Técnico Superior
7 Fernando Mungoi Licenciatura 10
N1
8 Jossefina Nhantumbo Técnico Médio 7
9 Luisa Augusto Técnico Auxiliar Básico 6
10 Margarida Tebessa Técnico Médio 19
11 Rebeca E. Dima Auxiliar Básico 1
12 Vânia I. Nhavene Auxiliar Básico 1
13 Verónica Fafetine Técnico Médio 2

Tabela: Lista do pessoal administrativo

20. Análise de necessidades

Tabela: Lista das necessidades

Nº Item Quantidade Observação


1. 02
Salas de aula
2. Gabinete para o director do curso 01
3. Mesa de trabalho e cadeiras 04 01 mesa e 03 cadeiras
4. Gabinetes para docentes 15
5. Secretárias e respectivas cadeiras 36
6. Gabinete para o serviço de apoio ao 01
curso
7. Carteiras e cadeiras para estudantes 120
8. Viatura para trabalho de campo 01

21
9. Fotocopiadora 01
10. Geleira 01
11. Anfiteatro 01
12. Aparelhos de ar condicionado para os 06
gabinetes
13. Retroprojectores 02
14. Computadores 15 Para os gabinetes dos
docentes
15. Estantes 15
16. Armários 04
17. Impressoras 05 Ligadas em rede

18. Mini bus 01 50 lugares

19. Quadro branco 06


20. Flash 10cx/ano
21. Transparentes para fotocopiadora 10cx/ano
22. Transparentes para escrever 10cx/ano
23. Canetas para transparentes 4cx/ano
24. Canetas para quadro branco 20cx/ano
25. Bibliografia 150 títulos 1.000.000,00Mt para
aquisição da
bibliografia
26. Assinaturas de revistas especializadas
27. Resmas de papel para fotocópia 10/mês
28. Resmas de papel de rascunho 04/mês
29. Esferográficas vermelhas, pretas e azuis 6cx/ano
30. Post it grandes 15/mês
31. Cola 10 tubos/Ano
32. Guilhotina 1
33. Agrafadores 10

Listas das obras essenciais para o início do curso


APPIAH, Kwame Anthony Na casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro, Contrponto, 1997.
AUGÉ, Marc. (2003). Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial,
residência. Lisboa, Edições 70.
AUGÉ, Marc (coord.) (1974). A construção do Mundo (religião, representações,
ideologia). Lisboa: Ed. 70
BANTON, Michel (ed) (1978) [1966] The Social Anthropology of Complex Societies.
London: Tavistock Publications

BATALHA, Luís. (2005). Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa,


ISCSSP/UTL.

22
BERNARDI, Bernardo. (1999). Antropologia. Lisboa, Teorema.
BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno – Antropológicos. Lisboa, Edições
70.
BERTHOUD, Gérald. (1992). Vers une Anthropologie générale: modernité et alterité.
Genève, Librairie Droz S.A.

COLLEYN, Jean-Paul. (2005). Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa,


Edições 70.
CONCEIÇÃO, António Rafael da. (2006). Entre o mar e a terra: Situações identitárias do
Norte de Moçambique. Maputo, Promédia.
COPANS, Jean. (1981). Críticas e Políticas da Antropologia. Lisboa, Edições 70.
COPANS, Jean. (1999). Antropologia ciência das sociedades primitivas? Lisboa, Edições
70.
COPANS, Jean. (1999). Introdução à Etnologia e à Antropologia. Lisboa, Publicações
Europa-América.
COSTA, Ana Bénard da (2007). O Preço da Sombra. Sobrevivência e reprodução social
entre famílias de Maputo. Lisboa: Livros Horizonte.
DOUGLAS, M. (1991). Pureza e Perigo. Lisboa, Edições 70.
EVANS-PRITCHARD, E. (1989). História do pensamento antropológico. Lisboa,
Edições 70.
FELDMAN-BIANCO, B., (org.) (1977). Antropologia das Sociedades Contemporâneas.
São Paulo, Global Editora.
FORTES, Meyer .(1969). “The lineage in the Ashanti”, Kinship and the Social Order. The
Legacy of Lewis Henry Morgan. Chicago: Aldine
GALLO, Donato. (1988). Antropologia e Colonialismo: o Saber Português.
Lisboa.erheptágono.

GASSARIAN, Christian. Introdução ao Estudo do Parentesco. Lisboa. Edicões Terramar.

GEERTZ, Clifford. (1998). O Saber local: novos ensaios em Antropologia


interpretativa. Petrópolis, Vozes.
GEFFRAY, Christian. (1991). A Causa das Armas em Moçambique: Antropologia da
Guerra Contemporânea em Moçambique. Porto, Afrontamento.

23
GEFFRAY, Christian. (2000). Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua.
Maputo, Ndjira.
GONÇALVES, António C. (2002). Trajectórias do pensamento antropológico. Lisboa,
Universidade Aberta.
GONÇALVES, António Custódio. (1997). Questões de Antropologia social e cultural, 2.
ed., Porto Edições Afrontamento.
GONÇALVES. A. Custódio. (1997). Questões de Antropologia Social e Cultural.
Porto, Edições Afrontamento.
GOODY, Jack. (1972). “Domestic Groups”, in Anthropology Readings, Massachussets
GRANJO, Paulo (2005). Lobolo em Maputo. Um velho idioma para novas vivências
conjugais. Porto: Campo das Letras.
HALL, S (1997). Identidades culturais na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP
_______ Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv Sovik (Org.)
HOBSBAWN, Eric & RANGER, Terence (eds.). (1983). The Invention of Tradition.
Cambridge: University Press
HONWANA, Alcinda Manuel (2002). Espíritos vivos, tradições modernas. Possessão de
espíritos e reintegração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo: Promédia.
KUEPER, Adam (ed.). (1992). Conceptualizing Society. London, & New York: Routledge
KUPER, Adam. (1973). Antropologia y Antropologos: La Escuela Britanica. Barcelona.
Anagrama.
LAPLANTINE, François. (1988). Aprender Antropologia. São Paulo, editora brasiliense.
LARAIA, Roque de Barros. (2001). Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro,
Zahar.
LOFORTE, Ana. (1995). Género e Poder entre os Tsongas de Moçambique.Maputo.
Edições Promédia.
MALINOWSKI, Bronislaw. (1997). “Argonautas do Pacífico Ocidental” in Ethnologia.
MARCONI, M & PRESOTTO, Z. (2006). Antropologia: Uma Introdução. 6ª edição. São
Paulo. Editora Atlas.
MEDEIROS, Eduardo. (2007). Os Senhores da Floresta. Ristos de Iniciação dos Rapazes
Macuas e Lómues (de Moçambique). Porto. Edição do Campo das Letras.
MELLO, Luíz Gonzaga de. (2005). Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª
edição. Petrópolis, Editora Vozes.
MERCIER, Paul. (1984). História da Antropologia, 3. ed. Lisboa, Teorema.
MOUTINHO, Mário. (1980). Introdução à Etnologia. Lisboa, Estampa.

24
PEIRANO, Mariza. (1995). A favor da Etnografia. Rio de Janeiro, Relume-Dumará.
PINA-CABRAL, Joao de .(1991). Os contextos da Antropologia. Lisboa.
POUTIGNAT, P. e J. STREIFF-FENART (1995). Teorias de etnicidade.São Paulo:
EDUNESP.
RADCLIFFE-BROWN, A.R. & FORDE, Daryll (coords.) (1982) [1950] Sistemas
Políticos Africanos de Parentesco e Casamento. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
RADCLIFFE-BROWN, A.R. (1979) [1952], “On social structure”, Structure and Function
in Primitive Society, London & Henley, Routledge & Kegan, pp. 188-204
RANGER, Terence (1983). The Invention of Tradition. Cambridge: University Press
RIVIÈRE, C.(2000). Introdução à Antropologia. Lisboa, Edições 70.
ROCHA, Everardo P. Guimães. (1998). O Que é Etnocentrismo. 5 edição. São Paulo.
Editora Brasilense.
ROWLAND, Robert. (1997). Antropologia, História e Diferença: Alguns Aspectos. Porto.
Edições Afrontamento, 3 edição.
SANTOS, A. (2002). Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social.
Lisboa, Universidade Aberta.
SANTOS, Rafael José dos. (2005). Antropologia para que não vai ser antropólogo. Porto
Alegre. Tomo Editorial.
SPERBER, Dan. (1992). O saber dos Antropólogos. Lisboa, Edições 70.
TITIEV, Misha. (2000). Introdução à antropologia cultural. 8. ed. Lisboa, Fundação
Calouste Gulbenkian.
TURNER, Victor W. (1974). O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis:
Vozes.

21. Conclusões

O plano para a formação de Antropólogos, com habilitação em Estudos Étnicos e


Africanos, enquadra-se na Reforma Curricular da Universidade Pedagógica, enquadrando
o figurino de formação em uma área de concentração maior, com uma habilitação, que
corporiza a área de concentração menor. Esta realidade permite a formação de um quadro
com uma visão multifacetada, capaz de responder às múltiplas inquietações enfrentadas
quotidianamente na área sócio-cultural e em estudos étnicos em Moçambique. Contudo, a
sua introdução carece da integração de um vasto material bibliográfico, capaz de suportar
teoricamente o curso.

25
22. Referências bibliográficas

UP (Universidade Pedagógica). Anuário 1995-1996. Maputo, UP, 1995.


_____. CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Projecto de Reforma Curricular
da UP. Maputo, UP, 2007.
_____. CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Bases e directrizes curriculares
para os cursos de graduação da Universidade Pedagógica. Maputo, UP, 2008.
_____. CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Guia para a apresentação do
Plano Curricular do Curso. Maputo, UP, 2009.

26
23. Programas Temáticos das disciplinas do Major

27
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Programa temático da disciplina de Métodos de Estudo e Investigação Científica

Código da disciplina: Tipo de disciplina: Nuclear


Nível: I Ano académico: 1º, I Semestre
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)
Disciplina da componente de formação geral

Introdução

A disciplina de Métodos de Estudo e Investigação Científica aborda aspectos


relativos aos estudos na universidade e aos princípios básicos para a elaboração de uma
pesquisa científica. Com esta disciplina o estudante apropria-se dos elementos necessários
para a elaboração de projectos de pesquisa, incluindo as formas de organização dos
conhecimentos. A disciplina apresenta também princípios e postulados que guiam a
produção de conhecimentos científicos.

1. Competências
 Desenvolve técnicas de estudo e iniciação à pesquisa;
 Integra saberes na elaboração de um projecto de investigação;
 Assume atitude activa, construtiva, motivada, autónoma e responsável na
aquisição, aplicação e produção do conhecimento.

2. Objectivos gerais
 Compreender a ciência como um processo crítico de reconstrução permanente
do saber humano;

28
 Adquirir orientações lógicas, metodológicas e técnicas com vista à formação de
hábitos de estudo, de leitura, de uso de instrumentos de trabalho académico, de
produção e sistematização do conhecimento;
 Desenvolver técnicas de estudo que permitam disciplinar o trabalho intelectual
do estudante, garantindo-lhe deste modo maior produtividade;
 Adquirir disciplina lógica e rigorosa para a expressão do seu pensamento;
 Desenvolver uma postura investigativa na sua aprendizagem;
 Adquirir instrumentos técnicos, lógicos e conceptuais para que se desenvolva
com eficiência e competência a aprendizagem nas diferentes áreas;

3. Pré-requisitos
- Nenhuma disciplina.
4. Plano temático

Nº Tema Carga horária


Contacto Estudo
1 Exigências e desafios do ensino universitário: 3 8
- responsabilidades, privilégios e oportunidades.
2 Motivação para o estudo: 3 8
- importância da motivação e projectos de vida.
3. Planificação do estudo: 3 8
- gestão do tempo/ horários de estudo;
- condições ambientais e psicológicas para o estudo;
- organização e planificação dos trabalhos e exercícios;
- preparação para as provas de avaliação;
- revisão e sistematização das matérias;
- realização das tarefas escolares (sessões de estudo
individual e em grupo, trabalhos escritos, trabalho de
projecto, testes, exames).
4 Optimização do estudo no processo de aprendizagem: 6 6
- técnicas de concentração e de anotação (apontamentos);
- preparação para as aulas teórico-práticas e práticas;
- métodos e técnicas de leitura, análise e interpretação de
textos;
- métodos e técnicas de memorização através da
compreensão;
- aprender a pensar: o papel da reflexão.
5 Etapas da pesquisa científica: 6 11
- a preparação da pesquisa;
- a elaboração do projecto de pesquisa:
 tema, problema, justificativa, objectivos, hipóteses,
quadro teórico (referencial teórico), metodologia,

29
descrição do estudo piloto, orçamento e
cronograma, referências bibliográficas, apêndices e
anexos.
6 Tipos e métodos de pesquisa: 9 11
- tipos de relatórios de pesquisa;
- tipos de pesquisa (pesquisa experimental ou quantitativa e
pesquisa qualitativa);.
- métodos de abordagem (indutivo, dedutivo, hipotético-
dedutivo, dialéctico, fenomenológico, hermenêutico, etc.) e
de procedimento (histórico, comparativo, monográfico,
estatístico, tipológico, funcionalista e estruturalista).
7 Elaboração de um relatório de pesquisa: 12 9
- a redação de um relatório:
 o plano provisório, a revisão da literatura,
objectivos da revisão bibliográfica, acessibilidade
das fontes (fontes do trabalho científico, fontes
primárias e secundárias), pesquisa bibliográfica, ler
e guardar informações, fichamento (tipos de fichas:
fichas de citação, de ligação e de leitura), citações;
paráfrases; tomada de posição; notas de rodapé;
utilidade das notas; sistema citação-nota; sistema
autor-data; técnicas bibliográficas
- a estrutura de um relatório de pesquisa:
 elementos pré-textuais (capa, folha de rosto,
dedicatória, índice/ sumário/ tabela de conteúdos,
lista de símbolos e abreviaturas, lista de tabelas,
gráficos e quadros, resumo/abstract);
 elementos textuais (introdução, problema,
objectivos, justificativa, definições, metodologia,
quadro teórico de referência, hipóteses, dificuldades
e limitações, desenvolvimento e conclusão);
 elementos pós-textuais (apêndices, anexos).
- aspectos gráficos e técnicos da redacção
 textos digitados, configuração da página (papel,
margens, espaçamento); formatação, digitação,
numeração dos títulos, títulos dos itens e subitens;
rodapés; parágrafos; citações; sublinhamento;
bibliografia; numeração das folhas e dos rodapés;
pontuação, acentos e abreviaturas; tempo verbal e
formas de tratamento; pessoa usada pelo autor da
pesquisa (eu, nós ou 3ª pesssoa).
8 Exigências éticas da pesquisa: 3 8
- Quesitos da pesquisa (autonomia, beneficência, não-
maleficência, justiça e equidade).
9 A defesa do trabalho científico: 3 8
- errata;
- posição e postura do candidato;
- dia da defesa.
Sub-total 48 77
Total 125

30
5. Métodos de ensino-aprendizagem

A disciplina de Métodos de Estudo e Investigação Científica terá um carácter


teórico e prático. A componente teórica será repartida entre exposições do professor e
exposições dos estudantes preparadas sob orientação do professor. Tal componente
destina-se a fornecer orientações sobre os procedimentos de estudo e de pesquisa,
abordando desde a produção de conhecimento até a apresentação formal do trabalho. Para
além das aulas teóricas, serão leccionadas também aulas práticas. Nestas aulas, os
estudantes farão uso das directrizes lógicas, metodológicas e técnicas fornecidas nas aulas
teóricas. Tais actividades práticas poderão envolver a leitura e a análise de textos, o
fichamento dos textos, a elaboração de citações, paráfrases, tomada de posição, notas de
rodapé, a referenciação bibliográfica e a elaboração de índices, sumários, etc.
Sendo vasta a literatura na área da Metodologia de Investigação Científica, são
indicadas obras de leitura obrigatória e são consideradas como sendo a bibliografia básica
da disciplina.
O programa que se apresenta deve ser considerado uma proposta de programação
flexível e que deverá ser ajustada ao ritmo de aprendizagem dos estudantes e a natureza do
curso.

6. Avaliação
A avaliação será contínua e sistemática. Os instrumentos de avaliação serão:
1) Observação da participação nas aulas;
2) Um projecto de investigação individual.
Nota: A disciplina de Métodos de Estudo e Investigação Científica não terá exame
final.

7. Língua de ensino
- Português
8. Bibliografia

ALMEIDA, João Ferreira de & PINTO, José Madureira. A investigação nas Ciências
Sociais. 5.ed. Lisboa, Editorial Presença, 1995.

31
CARVALHO, Alex Moreira et al. Aprendendo metodologia científica: uma orientação
para os alunos de graduação. São Paulo, O Nome da Rosa, 2000.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4. ed. São Paulo, Cortez
Editora, 2000.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo, Editora Perspectiva. 1999.
KOCHE, José CARLOS. Fundamentos de metodologia científica. Teoria da Ciência e
prática da pesquisa. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis, RJ, Vozes, 1997.
LAKATOS, Eva M. & MARCONI, Marina de A. Metodologia Científica. 2. ed. São
Paulo, Atlas, 1991.
LUDKE, Menga & ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo, EPU, 1986.
LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo,
EDUC, 200.
NUNES, Luiz A. R. Manual da monografia: como se faz uma monografia, uma
dissertação, uma tese. São, Paulo, Saraiva, 2000.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21.ed. rev. e ampl. São
Paulo, Cortez Editora, 2000.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-acção. 6.ed. São Paulo, Cortez Editora,
1994.
TRIVINOS, Augusto N.S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo, Editora Atlas, 1987.

9. Docentes
A docência da disciplina será rotativa entre os vários docentes do Departamento. A
regência da disciplina deverá ser assegurada por docentes com um grau de Pós-graduação e
alguma experiência de investigação.

32
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - História Económica e Social do Mundo


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 (48 de contacto + 52 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução
A disciplina de História Económica e Social do Mundo (Sec XVIII-XX) fornece aos
estudantes bases para que percebam a influência dos processos históricos globais nas
formas de organização social contemporânea. Com essa informação de base, os estudantes
têm as ferramentas necessárias para perceber as referências históricas que forem sendo
feitas ao longo do seu processo de formação como antropólogos bem como a compreender
melhor as conexões entre processos globais e acontecimentos locais.

1. Competências

No final da disciplina os estudantes deverão ser capazes de:


 Conhecer e operacionalizar conceitos básicos para a análise da história económica e
social;
 Compreender as grandes transformações globais ocorridas no campo económico e
no campo social e a sua influência sobre o contexto contemporâneo global, no geral
e de Moçambique em particular;
 Compreender a relação entre a crise dos impérios e o surgimento dos movimentos
nacionalistas;
 Distinguir as diferentes fases ou vagas das Nações;
 Compreender o processo da descolonização, das independências e da criação de
Estados pós coloniais no geral, e de Moçambique em particular.
2. Objectivo Geral:
- Conhecer a História Económica e social do mundo contemporâneo.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.

33
4. Plano Temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Noções operatórias fundamentais:
 Território, comunidade, etnia, sociedade;
 Pátria, nação, nacionalismo, nacionalidade;
 Estado e cidadania e 8 12
 Desenvolvimento e crescimento económico.

2 Evolução do pensamento Económico e Social na Europa e no Mundo .


8 8

3 A revolução industrial e o seu impacto no mundo.


8 8

4 As revoluções burguesas e a ruptura com o antigo regime (o caso Francês).


8 8

5 A era da guerra total.


8 8

6 Fundamentos da Nação.
8 8

Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem

Aulas teóricas; aulas práticas e apresentação e discussão de temas com base em


textos seleccionados pelo docente; análise e comentário de fontes; e apresentação e
discussão de trabalhos temáticos realizados individualmente pelos alunos.

6. Avaliação

Avaliação será contínua e multifacetada, recorrendo-se a participação dos alunos


nas aulas práticas e debates, bem como a apresentação e debate de trabalhos escritos
individualmente, testes e o exame final.

7. Bibliografia
Benedict, Anderson. 1998. Nação e consciência nacional. São Paulo. Ática.
Burns, Eduard McNall. 1979. História da civilização Ocidental: Do homem das cavernas
até a bomba atómica. 2ª ed.. Porto Alegre: Globo

34
Cohan, A. S. 1981. Teoria da revolução: pensamento político. Brazília: Universidade de
Brazília.
Flamant, M. 1990. História do Liberalismo. [s.l]: Europa América.
Gellner, Ernest. 1993. Nações e Nacionalismo. Lisboa: Gradiva.
Gentil, Ana Maria. 1998. O Leão e o Caçador: Uma história da África Subsaariana.
Maputo: Arquivo Histórico de Moçambique.
Hobsbawn, Ric J. .2001. A era das revoluções 1789/ 1848. Lisboa: Presença.
_______________ 2001. Era dos impérios 1875 – 1914. Lisboa: Presença.
______________, 1996. A era dos extremos: Historia breve do século XX 1914 – 1991.
Lisboa: presença.
Morin, Edgar. [s.d.]. Para uma teoria da nação. In. Sociologia. Lisboa.
Renan, Ernest. [S.D.]. O que é a nação? In: Revistas aulas. [s.l.; s.ed].
Smith, Anthony. 1997. A identidade nacional. Lisboa: Gradiva.
Valentin V. Prada. 1987. História económica mundial: da revolução industrial à
actualidade. Porto: Livraria civilização.
Vilar, Pierre. 1985. Iniciação ao vocabulário da análise histórica. Lisboa: João Sá da
Costa.
Wiewiorka, Michel. 1995. “O Nacionalismo”. In: A democracia à prova, nacionalismo,
populismo, etnicidade. Lisboa: Instituto Piaget.
8. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

35
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Introdução às Ciências Sociais


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A disciplina de Introdução às Ciências Sociais fornece aos estudantes bases para que
percebam a possibilidade de fazer Ciência Social, a cientificidade e as lógicas que
estruturam o processo de produção de conhecimento destas mesmas ciências. Com essa
informação de base, os estudantes têm as ferramentas necessárias para perceber as
disciplinas teóricas e metodológicas subsequentes, no seu processo de formação como
antropólogos.

1. Competências
 Contextualiza o surgimento das Ciências Sociais;
 Conhece e problematiza os paradigmas científicos dominantes;
 Compreende as diversas formas de conhecimento da realidade social;
 Compreende a especificidade e a pluralidade interpretativa da produção científica;
 Percebe o discurso das ciências sociais como análise crítica da realidade social;
 Percebe a relação entre unidade básica do real e interdisciplinaridade.
2. Objectivos Geral
 Conhecer os contextos do surgimento das Ciências Sociais
 Conhecer a especificidade das Ciências Sociais
 Ser capaz de identificar as relações entre as ciências sociais e naturais.

36
3. Pré-requisitos:

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Processo histórico e cientificidade das Ciências Sociais:
- A distinção entre as Ciências Sociais e as Ciências Naturais;
- Contexto histórico do surgimento das Ciências Sociais;
10 15
- A dimensão científica do saber sobre o social;
- Objecto de estudo das Ciências Sociais (acção social, controle social e
socialização).
2 A noção de realidade social:
- O conhecimento como abstracção sobre o real;
- Ciência como forma particular de conhecimento; 10 10
- Conceitos básicos da análise do social: cultura, sociedade, civilização,
evolução, indivíduo, racionalidade e contexto social.
3 A compreensão do social:
- As formas de conhecimento da realidade social (filosóficas, religiosas,
estéticas, senso comum);
- Obstáculos iniciais a compreensão do social (etnocentrismo e noção de 10 10
etnia; sociocentrismo e noção de classe social; anacronismo e noção de
evolução);
- Senso comum e afirmação de uma ruptura com a sua predominância;
4 A razão e a verdade nas Ciências Sociais:
- A questão da racionalidade social como produto final a construir pela
8 10
investigação
- A verdade como produto interpretativo.
5 Reflexão epistemológica sobre a produção do saber científico: A noção de 5 4
paradigma
6 Interligação e e aplicabilidade das Ciências Sociais 5 3
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias

37
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

Augé, Marc, s/d, A Construção do Mundo, Lisboa, Edições 70, pp. 27-40
Blanché, Robert, 1975, A epistemologia, Lisboa, Editorial Presença, pp. 9-36
Braudel, Fernand, Escritos Sobre a História, pp. 69-76 (história )
Campenhoudt, Luc van, 2003, Introdução à Análise dos Fenómenos Sociais, Lisboa,
Gradiva
Castro, Ana Maria de & Dias, Edmundo Fernando, 2001, Emile Durkheim, Max Webber,
Karl Marx e Talcott Parsons: Introdução ao pensamento sociológico, São Paulo,
Centauro, pp.3-10 e 10-27
Chaui, Marilena, 2000, Convite à Filosofia, São Paulo, Ática
Claval, Paul, 1978, A Nova Geografia, Coimbra, Livraria Almedina, pp. 11-36, 57-78
(geografia)
Da Matta, Roberto, 2000, Relativizando: Uma introdução à Antropologia Social, Rio de
Janeiro, Rocco
Eisenstadt, S.N. 2000.Os Regimes Democráticos, Lisboa, Celta Editores
Elias, Norbert, 1989, O Processo Civilizacional, Lisboa, Publicações D. Quixote, pp. 59-
62
___________, 1997, Envolvimento e Distanciamento, Publicações D. Quixote, pp. 17-32
___________, 1989, A Sociedade dos Indivíduos, Lisboa, Publicações D. Quixote, pp. 89-
112
Ferreira de Almeida, João & Madureira Pinto, José, 1990, A Investigação nas Ciências
Sociais, Lisboa, Editorial Presença, pp. 17-32
Friedmann, Maurice, 1978, Antropologia Social e Cultural, vol. I, Lisboa, Livraria
Bertrand, pp. 37-67
Furet, François, A Oficina da História, Lisboa, pp. 81-98
Gellner, Ernest, 1995. Razão e Cultura, Lisboa, Teorema, pp. 153-172
Goody, Jack, 2000, O Oriente no Ocidente, Lisboa, Difel, pp. 23-29
Kuhn, Thomas, 1989, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70

38
Mouffe, Chantal, Político. O Essencial, Lisboa, Gradiva, pp. 107-115 (politico)
Narayan, Deepa, 2005, “Conceptual Framework and Methodological Challenges”, in
Narayana, Deepa (org.) Measuring Empowerment. Cross-Disciplinary Perspectives,
The World Bank, pp. 3-38
Riviére, Claude, 2000, Introdução à Antropologia, Lisboa, Edições 70, pp. 11-20
Rocher , Guy 1977, Sociologia Geral, vol I, Lisboa, Editorial Presença, pp. 19-34, 41-57,
75-81, 88-102
Santos Silva, Augusto & Madureira Pinto, José, 1986, Metodologia das Ciências Sociais,
Porto, Afrontamento
Sen, Amartya, 2003, O Desenvolvimento Como Liberdade, Lisboa, Gradiva, pp. 257-286
(economia)
Thom, René, “O que é a Ciência?”, in Monchicourt, M.O. (org.), 1987, Abordagens do
Real, Lisboa, Publicações D. Quixote, pp. 83-97

39
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Introdução à Antropologia


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (80 de contacto + 70 de estudo)

1. Competências
 Domina os pressupostos que condicionaram a emergência da Antropologia.

2. Objectivos Gerais
 Conhecer o momento em que emergiu a Antropologia como Ciência
 Saber explicar o carácter polissémico do termo Antropologia

3. Pré-requisitos:

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Da emergência da ciência às ciências sociais e da Antropologia
 Ruptura com o senso comum
 Constituição e desenvolvimento das Ciências Sociais 15 15
 Pluralidade, diversidade e interdisciplinaridade nas Ciências Sociais
O Homem como objecto de estudo
2 Antropologia ou Antropologias?
A natureza do discurso antropológico
13 10
 A construção do objecto em Antropologia
 A Antropologia e as outras ciências
3 História do pensamento antropológico
 A curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico
10 10
Séc. XVII/XIX: a introdução do choque cultural, do conceito do outro e a
emergência da Antropologia
4 As correntes teóricas da Antropologia
O lugar do evolucionismo na formulação das primeiras correntes
antropológicas mais concisas.
 Difusionismo e Culturalismo
 Funcionalismo 12 15
 Estruturalismo
o Outras correntes: Corrente sociológica francesa, corrente
marxista

40
5 Antropologia: Ciência do tradicional ou do actual?
Os vários domínios do estudo em antropologia: o económico, o parentesco,
o político, a religião e as formas simbólicas
 Do projecto colonial à crise da Antropologia
20 20
 A universalização da antropologia (Um olhar sobre a antropologia
contemporânea)
o Paradigmas emergentes na antropologia (Pós-modernismo e
Interpretativismo)
Sub-total 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários


procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.

COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70,


2005.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70,
1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
LAPLANTINE, Frnçois. Aprender Antropologia. São Paulo, Editora brasiliense, 2007.

41
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais 7ª edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

42
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Teoria Antropológica


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (80 de contacto + 70 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução
A disciplina de Teoria Antropológica pretende dar um olhar sobre o pensamento
antropológico desde à primeira corrente antropológica até a atualidade. Seus precursores
serão aqui abordados para fundamentar e dar ênfase a disciplina.

1. Competências
No fim da disciplina o estudante deverá ser capaz de:
 Conhecer a génese do pensamento antropológico,
 Diferenciar as teorias antropológicas e conhecer a sua importância,
 Conhecer os vários precursores das teorias.

2. Objetivo Geral
- Conhecer a teoria antropológica.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Plano Temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 O pensamento Antropológico 10 10
2
As teorias antropológicas 10 02
3 O Evolucionismo 10 10
4 O difusionismo 10 10
5 O Funcionalismo
10 10
6
10 10
O Estruturalismo
7 Outras correntes: Corrente sociológica francesa,
10 10
corrente marxista
8 Paradigmas emergentes na antropologia (Pós-modernismo e 10 8

43
Interpretativismo)
Sub-total 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino-aprendizagem

A concretização do programa será em função de vários procedimentos. Para a


introdução geral das temáticas será privilegiado o modelo expositivo, dirigido pelo
professor, quando se tratar de conferências, e, nas ocasiões em que para tal fôr necessário,
pelos estudantes, quando, por exemplo, tratar-se da apresentação dos resultados de
pesquisa individual. Serão também realizados seminários e outros Tipo de disciplinas de
debates interactivos, visando concretizar temáticas previamente fornecidas pelo docente.

6. Avaliação
Várias modalidades de avaliação serão postas em consideração, desde trabalhos
independentes, trabalhos em grupo, debates em seminários, apresentações de resumos de
matérias recomendadas para o efeito e testes. Nesse contexto, a avaliação será contínua e
sistemática

7. Bibliografia

BATESON, Gregory, Naven. Stanford: Stanford University Press. 1976

BENEDICT, Ruth. Padrões de Cultura. Lisboa: Edições Livros do Brasil. S/d

BOAS. F. Race Language and Culture. New York. 1940.

BOHANNON, Paulo e GLAZER, Antropología: lecturas., Buenos Aires, 1993

DURKHEIM. A Divisão do Trabalho Social. São Paulo: Abril Cultural. 1978

EVANS-PRITCHARD. Oráculos, Bruxaria e Magia Entre os Azande. Rio de Janeiro:


Zahar Editores.1978

HARRIS, Marvin., The Rise of Anthropological Theory, Crowell, New York. 1968

KUPER, Adam Antropólogos e Antropologia. Rio: Zahar. 1978

LEVI-STRAUSS - Antropologia estrutural. Paris: Libraire Plon. 1958

LEVI-STRAUSS - Antropologia estrutural 2. Paris: Libraire Plon. 1958

44
LEVI-STRAUSS - As estruturas elementares de parentesco. Petrópolis: Vozes. 1982

MALINOWSKI. Os Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural. 1978

MEAD. Sexo e Temperamento. São Paulo: Perspectiva. 1988

MORGAN, Lewis Henri. A Sociedade Primitiva. Lisboa: Coleção Síntese l, Editora


Presença. S/d

CARDOSO de OLIVEIRA, Roberto. Sobre o Pensamento Antropológico. Rio: Tempo


Brasileiro.1988

PEIRANO, mariza. A favor da etnografia. Rio: Relume-Dumará. 1995

RADCLIFFE-BROWN, A.R.(ED.) Sistemas Africanos de Parentesco e Casamento.


Londres: Editora Universidade de Oxford. 1950

SAHLINS, Marshall. Cultura e Razão Pratica. Rio: Zahar. 1979

SAPIR. A Linguagem: An Introduction to the Study of Speech. New York: A Harvest/HBJ


Book. 1949

STEWARD. Theory of Cultural Change; the methodology of multilinear evolution.

8. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

45
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Moçambique Contemporâneo


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 (80 de contacto + 70 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A Cadeira visa proporcionar o conhecimento e compreensão das estruturas sócio-


culturais, económicas, espaciais, políticas que caracterizam a sociedade moçambicana, tal
como ela se configura na actualidade, o que impele o conhecimento dos processos
históricos, económicos e sociais subjacentes à essa estruturação.

1. Competências
 Capacidade de problematizar e analisar estruturalmente a sociedade moçambicana
contemporânea;
 Capacidade de relacionar os problemas das sociedades moçambicanas
contemporâneas com as dinâmicas económicas e sociais de longa duração.

2. Objectivos Gerais
 Conhecer a dinâmica social, económica, cultural e política de Moçambique
 Interpretar os actuais comportamentos das realidades sociais que caracterizam
Moçambique

3. Pré-requisitos:
Nenhuma precedência

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Composição e recomposição das sociedades moçambicanas.
Substractos etno-sociais de Moçambique.
Persistências e transformações estruturais da sociedade moçambicana.
15 20
Sociedades rurais em Moçambique e o mundo urbano.
Família e diferenciação de género e idade.
Modos de vida, valores e atitudes.
2 As formas do povoamento, estruturas e comportamentos demográficos em 15 20

46
Moçambique.
Dinâmicas espaciais.
3 A economia: estrutura e dinâmica.
Moçambique na SADC 15 15
Os problemas da integração económica
4 As estruturas sociais.
15 5
Mobilidade e desigualdade social.
5 A evolução das instituições políticas em Moçambique 20 10
 O panorama político contemporâneo
 Do partido único ao Multipartidariasmo em Moçambique
Sub-total 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem

Aulas teóricas; aulas práticas e apresentação e discussão de temas com base em


textos seleccionados pelo docente; análise e comentário de fontes; e apresentação e
discussão de trabalhos temáticos realizados individualmente pelos alunos.

6. Avaliação

Avaliação será contínua e multifacetada, recorrendo-se a participação dos alunos


nas aulas práticas e debates, bem como a apresentação e debate de trabalhos escritos
individualmente, testes e o exame final.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

Castel-Branco, Carlos Nuno (org.), Moçambique - Perspectivas Económicas, Maputo,


UEM/FFE, 1994
Centro de Estudos Africanos, Os Mineiros Moçambicanos na África do Sul, Maputo,
CEA/UEM (mimeo), 1979
Covane, Luís, As relações entre Moçambique e a África do Sul, 1850-1964, Maputo,
AHM/UEM, 1989
Egero, Bertil, Os primeiros dez anos de construção da democracia, Maputo, AHM/UEM,
2002
Geffray, Christian, A causa das armas. Antropologia da guerra contemporânea em
Moçambique, Porto, Afrontamento, 1991
Gentili, Ana Maria, O Leão e o Caçador. Uma História da África sub-saareana, Maouto,
AHM/UEM, 1999
Gomez, Miguel Buendia, Educação moçambicana, história de um processo: 1962-1984,
Maputo, Livraria Universitária, 1999

47
Loforte, Ana Maria, Género e Poder, Maputo, Promédia, 2001
Mazula, Brazão, Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985, Maputo,
Afrontamento/Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, 1995
Mazula, Brazão (dir.), Moçambique - Eleições, Democracia e Desenvolvimento, Maputo,
1995
Mondlane, Eduardp, Lutar por Moçambique, Lisboa, Sá da Costa, 1977
Mosca, João, A experiência socialista em Moçambique (1975-1986), Lisboa, Instituto
Piaget, 1999
__________, Economia de Moçambique, Século XX, Lisboa, Instituto Piaget, 2005
Negrão, José, Cem anos de economia da família rural africana, Maputo, Texto Editores,
2006
Newitt, Malyn, História de Moçambique, Lisboa, Europa-América, 1997.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Antropologia e Sociologia.

48
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Programa temático da disciplina de Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa

Código da disciplina: Tipo de disciplina: Nuclear


Nível: I Ano académico: 1º, II Semestre
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo).
Disciplina da componente de formação geral

Introdução

O reconhecimento da importância de que a língua se reveste para o Homem a ela


estar vinculado de modo que nela e por ela manifesta as suas diversas formas de pensar,
sentir, agir e comunicar, implica que ela seja entendida como elemento mediador da
compreensão / expressão oral e escrita, meio de conhecimento, apropriação e intervenção
na realidade exterior e interior. Ela assegura o desenvolvimento integrado das
competências comunicativa e linguística.
Considerando que é a Língua Portuguesa a que organiza os saberes curriculares das
outras disciplinas, este programa preconiza, por um lado, a aquisição de determinadas
técnicas de expressão e, por outro, o desenvolvimento de capacidades e aptidões que
permitam ao sujeito de aprendizagem uma compreensão crítica das outras matérias de
estudo e uma preparação eficiente para a sua profissão.
Numa perspectiva de que o programa se destina a discentes de diferentes cursos,
cada um com a sua especificidade, optou-se por uma apresentação genérica dos objectivos
e conteúdos programáticos. Orientando-se os objectivos para o desenvolvimento da
competência comunicativa e produtiva, será da responsabilidade do professor, a partir da
análise da textualidade dos discentes, fazer o levantamento dos conteúdos gramaticais, a
par dos propostos, que considera necessários para a reflexão, de modo a serem supridos
os problemas existentes ao nível da competência linguística. Assim, cabe ao professor

49
organizar exercícios gramaticais, estruturais ou de conceitualização, consoante os
objectivos e as necessidades reais dos sujeitos de aprendizagem.
Nesse espírito, apresentamos o presente programa de Língua Portuguesa e Técnicas
de Expressão, reformulado no âmbito da revisão curricular em 2003, passando a disciplina
semestral e novamente revisto tendo em conta as constatações e observações feitas ao
programa anterior e a necessidade cada vez crescente de responder às exigências dos
discentes, candidatos a professores, dos diferentes cursos ministrados pela UP.
O programa visa desenvolver a compreensão oral e escrita em diferentes situações e
fornecer instrumentos que permitam a manipulação de diferentes tipos de texto, tendo em
conta o público a que se destina.

1. Competências
Os estudantes deverão:
 Utilizar a língua como instrumento de aquisição de novas aprendizagens
para a compreensão e análise da realidade;
 Aperfeiçoar o uso da língua tendo em conta as suas componentes e seu
funcionamento.

2. Objectivos gerais
 Desenvolver a competência comunicativa em Língua Portuguesa, na
oralidade e na escrita, de forma apropriada a diferentes situações de
comunicação, perspectivando os discursos tendo em vista a integração do
sujeito de aprendizagem no seu meio socioprofissional;
 Conhecer o funcionamento específico da pluralidade de discursos que os
discentes manipulam quotidianamente nas disciplinas curriculares.
 Desenvolver o conhecimento da língua e da comunicação, através de uma
reflexão metódica e crítica sobre a estrutura do sistema linguístico, nas
componentes fonológica, morfo-sintáctica, lexical, semântica e pragmática.

50
3. Pré-requisitos
- Nenhuma disciplina.
4. Plano temático

Nº Temas Carga horária


Contacto Estudo
1. Textos escritos de organização e pesquisa de dados 6 8
Tomada de notas
 Técnicas de economia textual
Resumo
 Plano do texto
 Unidades de significação
 Regras de elaboração de resumo
2. Textos orais ou escritos de natureza didáctica ou cientifica 9 5
Texto Expositivo-Explicativo
 A intenção de comunicação
 A organização retórica e discursiva
 As características linguísticas
 A coerência e progressão textual

3 Texto Argumentativo 9 8
 Conceito de argumentação
 A organização retórica do texto
 Organização discursiva do texto
 Teses e argumentos
 Práticas discursivas
4. Composição Escrita 6 10
 Planificação
 Produção
 Reconhecimento de esquemas de compreensão global
5. Expressão e compreensão oral 6 7
 Princípios orientadores da conversação
 Formas de tratamento
 Tipos e formas de frase
 Oralidade
6, Textos Funcionais /administrativos 6 8
 A Acta
 O Relatório
 O Sumário
 O CV
7. Reflexão sobre a língua 6 6
 Ortografia, acentuação, pontuação, translineação.
 A Frase Complexa – coordenação e subordinação
 Catogorias gramaticais
 Campos semânticos e relações lexicais.
Sub-total 48 52

51
Total 100

5. Métodos de ensino-aprendizagem

Do ponto de vista metodológico considera-se que, para atingir os objectivos


traçados, o discente tem que praticar a língua portuguesa na oralidade e na escrita. Deste
modo, todas as actividades seleccionadas pelo professor devem partir essencialmente da
prática do sujeito de aprendizagem.
Aconselha-se a escolha de textos relacionados com as temáticas de cada curso
assim como, sempre que possível, de outros materiais para o alargamento da cultura geral.
Da mesma forma, aconselha-se a utilização de textos completos, reflectindo sobre as
estruturas textuais, não se limitando apenas a nível oracional.
O professor deverá procurar diversificar os meios de ensino em função dos temas a
abordar e, naturalmente, de acordo com as condições reais da instituição.

6. Avaliação
A avaliação deverá processar-se de uma forma contínua, sistemática e periódica. O
tipo de avaliação corresponderá aos objectivos definidos incidindo sobre:
- Composição oral e escrita;
- Expressão oral e escrita.
Assim, são considerados instrumentos de avaliação:
- Trabalhos individuais, orais e escritos, a elaborar dentro das horas de contacto e/
ou do tempo de estudo;
- Testes escritos (mínimo de dois).
A nota de frequência a atribuir no fim do Semestre será a média dos resultados
obtidos em cada um dos objectivos definidos, avaliados nos trabalhos e / ou testes.
Haverá um exame final do Semestre que consistirá numa prova escrita.
A nota final do Semestre será calculada com base na nota de frequência (com
peso de 60%) e na nota de exame (com peso 40%).
7. Língua de ensino
- Português.
8. Bibliografia

BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia de Pesquisa: Monografia, Dissertação, Teses.


São Paulo, Atlas, 2003.

52
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. 14. ed.
Lisboa, Sá da Costa, 2001.
DIAS, D., Cordas, J. & MOTA, M. Em Português Claro. Porto, Porto Editora, 2006.
FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramática de Língua
Portuguesa. Porto, ASA, 1999.
FILHO, d’Silva. Prontuário: Erros Corrigidos de Português. 4. ed. Lisboa, Textos
Editores.
JUCQUOIS, Gui. Redacção e Composição. Lisboa, Editorial Presença, 1998.
LAKATOS, E.M. & MARCONI, M. de Andrade. Metodologia Científica. 5. ed. São
Paulo, Atlas, sd.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo, Ática, 2002.
MARQUES, A.L. Motivar para a Escrita: Um Guia para Professores, Lisboa, 2003.
MATEUS, et. al. Gramática da Língua Portuguesa. 2. ed. Lisboa, Caminho, 1989.
MAVALE, Cecília. Resumo (Apontamentos). Maputo, UP, 1997.
SANTOS, Odete et.al. Outras Palavras.Português. Lisboa, Textos Editora, 1990.
PRONTUÁRIO ORTOGRÁFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 47. ed., Lisboa. Editorial
Notícias, 2004.
REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Porto, Porto Editora, 1995.
SAMPAIO, J. & MCLNTYRE, B. Coloquail Portuguise-The complete course for
beginners. 2. ed. Landon and New York, 2002.
SERAFINI, Maria Teresa. Como se Faz um Trabalho Escolar. Lisboa, Editorial Presença,
1996.
SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. Lisboa, Editorial Presença, 2001.
SOARES, M.A. Como Fazer um Resumo. 2. ed. Lisboa. Editorial Presença, 2004.
TRIVINOS, A.N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa qualitativa em
Educação. São Paulo. Atlas, s.d.
VENTURA, H. & CASEIRO, M. Dicionário prático de verbos seguidos de preposições. 2.
ed. Lisboa, Fim de Século, 1992.
VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Almedina, 1999.
9. Docentes

A disciplina será leccionada por docentes da Faculdade de Línguas.

53
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Introdução à Filosofia


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: II
Créditos: 3 Carga horária total: 75 (48 de contacto + 27 de estudo)

1. Competências
 Aprenda de forma crítica a olhar a realidade que os cerca;
 Interpreta com uma consciência apurada os problemas existenciais;
 Busca o saber de uma forma incondicional.

2. Objectivos gerais
No fim do presente programa, o estudante deve:
 ter a consciência do carácter plural do conceito "filosofia";
 comparar criticamente as diferentes posições sobre o conceito "filosofia";
 identificar e diferenciar as tarefas da filosofia;
 aplicar vários métodos em tarefas concretas ligadas à vida Prática;
 identificar o lugar da filosofia no universo dos outros saberes.

3. Pré – requisitos
 Nenhuma disciplina

1. Plano Temático

Nº Conteúdos Horas de Horas de


contacto estudo
Tentativas de Definição de filosofia
 Problemática em torno da definição de Filosofia 10 5
1  Abordagem do conceito de Filosofia por via: etimológica, do
objecto e do método.
Funções da filosofia
 Tarefas teóricas e práticas da filosofia; 10 5
2
 A atitude filosófica;

54
As disciplinas da filosofia
3 10 5
 Filosofia da natureza, metafísica, ética, filosofia política, lógica,
estética, antropologia filosófica, etc.
Relação entre a filosofia e os outros saberes
 Religioso, moral, científico e estético 8 5
4
5 Reflexão filosófica sobre os problemas do mundo contemporâneo 10 7
 Ecologia, bioética, globalização, Sida e Direitos Humanos
Sub-total 48 27
Total 75

5. Métodos de ensino-aprendizagem

Os métodos de ensino aprendizagem serão participativos e centrados no estudante.


Nas aulas teóricas os docentes irão fazer exposições dialogadas. Nas aulas práticas os
estudantes apresentarão temas previamente preparados, seguindo-se o debate. As aulas
serão feitas de três tipos:
 Conferências;

 Seminários;

 Consultas.

6. Avaliação

A avaliação na disciplina terá um carácter formativo, sistemático e contínuo. Será


valorizada a participação dos estudantes nas aulas, a assiduidade, o cumprimento dos
prazos de entrega dos trabalhos e a organização dos seminários. Ao longo do semestre
realizar-se-ão testes, que podem ser escritos ou orais. As dispensas, admissões e exclusões
obedecem ao que está preconizado no Regulamento Académico da UP.

7. Lingua de ensino
 Português

8. Bibliografia

ALMEIDA, R. Os valores ético-políticos, Ed. Porto, Salesianas, S/D


ALQUIÉ, F., “Signification de la philosophie” in Antologia Filosófica, Lisboa, Liv.
Horizonte, 1983.

55
IGLÉSIAS, Maria. “Curso de Filosofia” in Introdução à Filosofia: Pensar e saber – 10º
ano Lisboa,Textos Editora, , 1983.
JASPERS, K. Iniciação filosófica, Lisboa, Guimarães editores, 1998.
MARNOTO, Isabel e GORRÃO, Manuel. Filosofia – 10º ano, Lisboa, Textos Editora,
1986.
MONDIN, Battista, Curso de filosofia, Vol. I, Edições Paulinas, S. Paulo, 1990;
ORTEGA Y GASSET, José – O que é a Filosofia?, Lisboa, Edições Cotovia, 1994.
PIAGET, J. – Sagesse et illusions de la Philosophie, Paris PUF, 1968;
POPPER, K. – “La logique de la Decouverte Scientifique” in Introdução à Filosofia:
Pensar e saber – 10º ano, Lisboa, Textos Editora, 1983.
RUSSEL, B. – Os problemas da Filosofia, Coimbra, 1930
VEIGA, A. – A Educação hoje – Obras básicas, Porto, Editorial Perpétuo socorro, S/D.

Docente: A ser fornecido pelo Departamento de Filosofia

56
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Introdução à Sociologia


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 (80 de contacto + 70 de estudo)

1. Competências

 Apresenta o panorama da disciplina


 Reconhece os estágios de evolução e as respectivas características

2. Objectivos Gerais

 Ser capaz de definir a Sociologia


 Identificar os tipos de grupos e de organizações
 Conhecer os modelos, agentes e condições da mudança social
 Ser capaz de identificar sinais de desvio social
 Distinguir os diferentes grupos de pressão

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Sociologia: Conceito e finalidades
10 9
As teorias
2 Tipos de sociedades humanas: pré-industriais e industriais
10 9
o Características
3 Socialização 8 6
4 A interacção social 8 7
Tipos de grupos e organizações 10 9
5 Teorias da mobilidade social
10 9
 Estratificação e mobilidade social
6 Modelos de mudança
10 9
Agentes/factores e condições da mudança social
7 Desvio e controlo social 6 5

57
8 Movimentos sociais e grupos de pressão 8 7
Sub-total 80 70
Total 150
5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários


procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana e outras técnicas.

6. Avaliação
 participação nos seminários;
 trabalhos de grupos;
 participação nas conferências;
 trabalhos dirigidos, relatórios;
 testes escritos, que devem priorizar a dissertação, análise crítica e
interpretação dos assuntos objecto de avaliação.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BRYM, Robert J. et al. Sociologia. Sua bússola para um novo mundo. São Paulo,
Thomson Learning, 2006.
CRUZ, M. Braga da. Teorias Sociológicas. Os fundadores e os clássicos (Antologia de
Textos) Vol. I, 3ª edição. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
CASTELLS, Manuel. A era da infprmação: Economia, Sociedade e Cultura. Vol. I A
Sociedade em rede, 3ª edição. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
CASTELLS, Manuel. A era da infprmação: Economia, Sociedade e Cultura. Vol. II O
Poder da Identidade, 2ª edição. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
DELSON, Ferreira. Manual de Sociologia. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2007.
DEMARTIS, Lúcia. Compêndio de Sociologia. Lisboa, Edições 70, 1999.
DEMO, Pedro. Introdução à Sociologia. Complexidade, interdisciplinaridade e
desigualdade social. São Paulo, Atlas, 2002.
FERREIRA, J. M. Carvalho e tal. Sociologia. Lisboa, McGRAW-HILL, 2004.

58
GIDDENS, Anthony, J. Turner (ed.), Teoria Social Hoje, São Paulo, São Paulo, Editora
UNESP, 1999.
ROCHER, Guy. Sociologia Geral. Mudança Social e Acção histórica. Lisboa, Editorial
Presença, 1989.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

59
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - História da Antropologia


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (80 de contacto + 70 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução

Apesar de ser uma Ciência muito nova, a Antropologia carrega consigo uma
história, acontecendo mesmo para aqueles locais que, em determinados momentos,
constituíram-se em locais de simples aplicação da disciplina, quando ela desempenhou o
papel de filosofia da colonização. Assim, a linha deste trabalho é situar as linhas mestras
dessa evolução nas diferentes realidades sócio-geográficas.

1. Competências
 Domina os percursos históricos da Antropologia
 Está em condições de identificar as metamorfoses teóricas e epistemológicas da
Antropologia.

2. Objectivos Gerais
 Saber identificar as fases da evolução do pensamento Antropológico
 Conhecer as correntes que se seguiram logo após a formação da Antropologia
 Identificar as perspectivas e paradigmas concorrentes na edificação do pensamento
antropológico.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A visão global sobre a Antropologia 4 10
2 Teorias clássicas
As viagens/a descrição do insólito e os primeiros discursos de cariz
antropológico 10 15
 Discursos etnográficos do Período Clássico ao fim da Idade Média
Europeia
3 O Período Moderno e a edificação das bases teóricas da Antropologia 20 20

60
 Montesquieu e a elaboração das relações de dependência entre facto
social e o meio; a sistematização do método comparativo
 Adam Ferguson e a acção da sociedade sobre os indivíduos
 Condorcet e a aplicação de leis sobre a sociedade numa época
 Comte e as instituições morais e sociais e a lei dos três estados
 O lugar das viagens de exploração (descobertas) na elaboração de
“exposées” do e sobre o outro
4 O lugar das Escolas/Correntes na evolução da Antropologia
10 15
 A complexidade da Antropologia
5 Teorias contemporâneas
10 15
 Novas tendências/abordagens antropológicas
6 História da Antropologia em Moçambique 10 11
Sub-total 64 86
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

AA. VV. Dicionário temático da Lusofonia. Lisboa, Texto Editores, 2005


BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.
BOXER, C. R. O império Marítimo Português 1415-1825. Lisboa, Edições 70, 1992.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70,
2005.

61
CONCEIÇÃO, António Rafael da. “Le développement de l’Anthropologie au
Mozambique”. Comunicação apresentada ao Colóquio internacional de Antropologia.
s.d
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70,
1981.
FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique.
Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, 1998.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
HORTA, José da Silva. A imagem do Africano pelos portugueses antes dos contactos. In:
Albuquerque, Luís de et al. O confronto do olhar. O encontro dos povos na aépoca
das navegações portuguesas Séculos XV – XVI. Lisboa, Caminho, 1991.
HORTA, José da Silva. Primeiros olhares sobre o Africano do Sara Ocidental à Serra leoa
(meados do século XV – inícios do século XVI. In: Albuquerque, Luís de et al. O
confronto do olhar. O encontro dos povos na aépoca das navegações portuguesas
Séculos XV – XVI. Lisboa, Caminho, 1991.
JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique,
Tomo I, 1996[1912]
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
RITA-FERREIRA, A.. Os africanos de Lourenço Marques, Lourenço Marques, IICM,
Memórias do Instituto de Investigação científica de Moçambique, Série C, 9, 1967-
68, 95-491.
RODRIGUES, Jacinto. A visão antropológica do colonialismo português e o olhar singular
de Ladislau Batalha. In: CEA do Porto, (Cood.). Trabalho forçado africano –
experiências coloniais comparadas. Porto, CEA, 2006.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais 7ª edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

62
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Métodos de Investigação em Ciências Sociais


Código: Tipo: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 ( 80 de contacto + 70 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução
Esta disciplina fornece, aos estudantes, ferramentas básicas e habilidades para a realização
de uma pesquisa em ciências sociais. Ao dominarem essas ferramentas os estudantes
estarão em condições de iniciarem-se na pesquisa social.

1. Competências

No final do semestre os estudantes:


 Distinguem teorias, métodos e técnicas;
 Distinguem métodos qualitativos de métodos quantitativos;
 Elaboram instrumentos de investigação utilizados em pesquisa social;
 Praticam a elaboração de um projecto de pesquisa.

2. Objectivos Gerais
- Conhecer as etapas seguidas em pesquisa em ciências sociais;
- Conhecer técnicas e instrumentos de observação e reccolha de dados em Ciências
Sociais.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina

4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 . A relação teórico-prática na investigação científica:
- Noções gerais sobre métodos de investigação científica;
25 25
- Noções gerais sobre correntes de investigação científica.

2 Da teoria à prática da investigação científica 10 10


3 . Concepção, operacionalização e medição
15 15
- Métodos qualitativos e métodos quantitativos
4 Técnicas qualitativas de recolha de dados 30 20

63
Levantamento de dados qualitativos
O tratamento e a análise de dados qualitativos
A elaboração do relatório.
Sub-total 80 70
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários


procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação

A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas


intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula; resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Bibliografia

Albarello, Luc; Digneffe, Françoise; Hiernaux, Jean-Pierre; Maroy, Christian; Ruquoy,


Danielle e Saint-George, Pierre de (1995) Práticas e Métodos de Investigação em
Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva
Almeida, J. Ferreira e PINTO, José Madureira (1990) A Investigação em Ciências Sociais,
Presença, Lisboa.
Bachelard, Gaston (1972) Le Nouvel Esprit Scientifique, PUF, Paris
_________________. (1989) A Filosofia do Não. Filosofia do Novo Espírito Científico,
Presença, Lisboa.
_________________. (1990) A Epistemologia, ed. 70 Lisboa.
_________________. (1975) Le Racionalisme Appliqué, P.U:F., Paris.
Becker, Howard S. 2007. Segredos e Truques da Pesquisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editores
Carrilho, Manuel Maria (1991) Epistemologia:posições e críticas, Gulbenkian, Lisboa.
Carvalho, Maria Cecília,1994, Metodologia Científica-Fundamentos e Técnicas, Papirus,
S. Paulo.
64
Costa, Firmino. 1986. “Pesquisa de terreno em sociologia” in Silva, Augusto Santos e
Pinto, João Madureira (org) Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Afrontamento
Ghiglione, Rodolphe e Matalone, Benjamim. 1993. O inquérito. Teoria e prática. Celta:
Editora Oeiras
Gil, António Carlos. 1999. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas
Goldenberg, Mirian. 2002. A Arte de Pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em
Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record.
Ianni, Octavio (1993) A Sociedade Global, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, ed.
civ.bra.
Kaplan Abraham (1975) A Conduta na Pesquisa, Epu/Edusp, S. Paulo.
Kuhn Thomas (1970) The Struture of Scientific Revolutions, University of Chicago Press,
Chicago.
Lakatos, Eva Maria e Marconi, Marina de Andrade. 1991. Fundamentos de metodologia
cientifica. 3 Edição, revista e ampliada. São Paulo: Atlas S.A.
Laville, Christian & Dionne, Jean. 1999. A Construção do Saber: Manual de Metodologia
de Pesquisa em Ciências Humanas. Belo Horizonte: UFMG Editora e Porto Alegre:
Artmed Editora.
Lawss Sophie; Caroline Harper & Rachel Marcus. 2003. CH. 15 “How to Ensure Quality in
Data-Gathering.”& Ch 19. “Talking to the Right People: Choosing a Sample.” In The
Research for Development: A Practical Guide, Ch. 15. 260-270; Ch. 16: “Choosing
Methods”& Ch. 19. 356-375. London: Sage & Save the Children.
Mann, Peter H. 1979. Métodos de Investigação Sociológica. 4ª edição. Rio de Janeiro:
Zahar Editores
Pinto, José Madureira (1984) Questões de Metodologia sociológica, ( I ), ( II ), ( III ), in
Cadernos de Ciências Sociais, Afrontamento, Porto.
Minayo, Maria, e Odécio Sanches, 1993. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou
Complementaridade? Cad. Saúde Públ. 9 (3).
Popper, Karl, (2000) A Lógica da Pesquisa Científica, Cultrix, S.Paulo.
Quivy, Raymond e Campenhoudt, Luc Van. 1995Manual de investigação em Ciências
Sociais. Trajectos. Lisboa: Gradiva.
Silva Santos, Pinto Madureira (1986) Metodologia das Ciências Sociais, Afrontamento,
Porto.

65
Silva, Augusto Santos e Pinto, João Madureira (Org.) 1986.Metodologia das Ciências
Sociais. Porto: Afrontamento.

8. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

66
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Prática Profissional I (Metodologia de Pesquisa Antropológica I )


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 1° Semestre: II
Créditos: 3 Carga horária total de cada: 75 horas (48 de contacto + 27 de
estudo)

Disciplinas de componente de formação prática


Introdução

Se por um lado a Antropologia é privilegiada por receber subsídios conexos às


diferentes áreas da sua intervenção, em virtude de ter interfaces com vários domínios do
social e do Humano, ela acaba se evidenciando na produção de uma metodologia
especializada que lhe permite opercionalizar o seu objecto de estudo e concretizar a sua
pesquisa.

1. Competências
 Domina os procedimentos da pesquisa Antropológica

2. Objectivos Gerais
 Saber usar os diferentes métodos da Antropologia
 Conhecer as particularidades de cada procedimento metodológico

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
A especificidade da prática antropológica
 O facto social e o facto etnográfico

1  O papel do terreno, tradução, leitura e escrita na construção de factos 8 4


etnográficos
 Paradigma experiencial: trabalho de campo, observação participante,

67
observação directa
 Paradigma interpretativista
 Paradigma dialógico – polifónico
2 Visão global dos métodos e técnicas de pesquisa em antropologia: o saber e
fazer antropológicos como práticas intelectuais socialmente construídas
 Método histórico
 Método estatístico
 Método etnográfico 8 4
 Método etnológico ou comparativo
 Método monográfico ou estudo do caso
 Método genealógico
3 Técnicas de Pesquisa Antropológica
 Observação (participante)
7 5
 Entrevistas
 Formulários
4 Saber local e saber global: a natureza do saber antropológico (Tensões
constitutivas da prática antropológica)
 O dentro e o fora 5 5
 A unidade e a pluralidade
 O concreto e o abstracto
5 A desconstrução de uma prática tradicional em Antropologia: o objecto
10 5
como sujeito na construção antropológica
6 Os pressupostos básicos para elaboração da monografia 10 4
Sub-total 48 27
Total 75

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

68
Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.


COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70,
2005.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70,
1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais 7ª edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

69
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Programa temático da disciplina de Inglês

Código da disciplina: Tipo de disciplina: Nuclear


Nível: I Ano académico: 2º, II Semestre
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)
Disciplina da componente de formação geral

Introdução

Na Universidade Pedagógica o Inglês é ensinado com o objectivo principal de


preparar os estudantes para a leitura e compreensão de material bibliográfico relacionado
com a sua área de especialização, ou seja, Inglês para a Academia.
Nesse sentido, o programa foi elaborado visando satisfazer as necessiades de
pesquisa na língua inglesa, de uma forma flexível, no sentido de que cada curso deve
adaptar o mesmo às suas necessidades.

1. Competências
 Produz diferentes Tipo de disciplinas de discurso apropriados para o nível
académico através da escuta, fala, leitura e escrita;
 Descreve situações, fenómenos, estados usando uma linguagem correcta;
 Explica eventos ou situações oralmente ou através da escrita.

2. Objectivos gerais
 Adquirir conhecimentos para manipular o vocabulário básico da língua Inglesa e
para lidar com textos utilitários.
 Desenvolver capacidades de escuta e de tomar notas ao mesmo tempo que se escuta
ou toma parte numa entrevista ou seminário.

70
 Aplicar metodologias e habilidades de comunicação, servindo-se de apresentações
curtas, tomando parte em diversos encontros e situações quotidianas a ter lugar ao
longo dos seus estudos.

3. Pré-requisitos
- Nenhum.

4. Plano temático

Nº Temas Carga horária


Contacto Estudo
1 Language Focus 1 6 7
In all persons singular and plural. The focus is on
positive, negative and questions.
The possessive adjectives my, your, his, her, its, our,
your, their
The Genitive possessive (e.g. John’s)
Whose + possessive pronouns
Reading skills
1.Improving reading speed
2.Reading an academic text for gist
3.Taking notes from an academic text
2 Language Focus 2 6 7
To express an action that happens again and again,
that is, a habit. E.g. He smokes twenty cigarettes a
day.
To express something which is always true about a
person or about the world. E.g. The sun rises in the
east.
To express a fact that stays the same for a long time,
that is a state. E.g. She works in a bank
Reading skills
Using an English English Dictionary efficiently
Guessing the meaning of unknown words in context.
Inferring instated meanings from academic texts

3 Language Focus 3 6 7
To express an activity happening at the moment of
speaking. E.g. I can’t answer the phone. I’m having a
bath;
To express an activity that is happening for a limited
71
period at or near the present, but is not necessarily
happening at the moment; E.g. Please don’t take that
book. Annie’s reading it.
Speaking skills
Giving a short presentation: clearly structured, well
sign-posted, effectively delivered and making use of
visual aids;
Questioning speakers and asking for clarification
4 Language Focus 4 6 7
Past Simple + definite time expressions (e.g.
yesterday, ago, etc.)
To express an action which happened at a specific
time in the past and is now finished. E.g. I went to
Vilankulos for my holiday last year;
Writing skills
Basic note taking techniques
Using semantic makers
Recognizing the difference between form and
informal written English
Writing a summary of a short text
Writing and laying-out a written assignment in a
formal academic style
Planning and writing essays of different types:
5 Language Focus 5 6 6
Past Continuous
To express an activity in progress around a point of
time in the past. E.g. What were you doing at 8:00
last night? I was watching television;
For descriptions. E.g. This morning was really
beautiful. The sun was shining, the birds were
singing.
Writing Skills
Description of a place
Reporting the results of a survey
Reporting changes
Comparing and contrasting
6 Language Focus 6 6 6
Going to vs. Will
To introduce (going to) to express a future intention
(e.g. We’re going to move to Nacala)and (will) to
express a future intention or decision at the moment

72
of speaking. E.g. It’s Jane’s birthday. Is it? I’ll buy
her some flowers.
Speaking Skills
Taking part in debates and discussions, expressing
opinions, agreeing and disagreeing
7 Language Focus 7 6 6
Present Perfect Simple with ever and never + since
and for
To express experience. E.g. Have you ever been to
Russia?
To express unfinished past. E.g. I have lived here for
ten years.
To express present result of a past action. E.g. She
has broken her legs.
Listening Skills
Understanding the main points of a short talk/lecture
Picking out details in a short talk/lecture
8 Language Focus 8 6 6
First, Second and Zero Conditionals
To introduce the first conditional to express a
possible condition and a probable result. E.g. If you
leave before 10.00 you will catch the train easily.
To introduce a hypothetical condition and its
probable result. E.g. If I had enough money, I would
eat in restaurants all the time.
To introduce Conditions which are always true, with
automatic or habitual results. Flowers die if you
don’t water them.
Listening Skills
Taking notes from a short talk/lecture
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino – aprendizagem


A disciplina de Língua Inglesa desenvolver-se-á com aulas de carácter teórico-
prático dando prioridade a trabalho em grupo e aos pares.

6. Métodos de avaliação
Nesta disciplina prevê-se a realização de 2 testes escrtitos

7. Língua de ensino
- Língua Inglesa.

73
8. Bibliografia

CUNNINGHAN S. and Moor P. Cutting Edge Pre Intermediate English Course. UK,
Longman, 2003.
HAAR MAN, L. Reading Skills Fort the Social Sciences. Oxford, OUP, 1988
JORDAN, R. R. Academic Writing Course. UK, Longman, 1980.
SOARS L. and S, John. The New Headway Pre-Intermediate English Course. Oxford,
University Press, 2000.
VINCE, M. Language Practice First Certificate. UK, Heinemann, 1993.

9. Docentes
A disciplina será leccionada por docentes do Departamento de Inglês.

74
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Estudos da População e Demografia


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 (64 de contacto + 36 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

1. Competências

As competências que se pretendem que o estudante desenvolva são relativas à


análise da complexidade do processo de Demografia, participando em equipas de trabalho
que realizam actividades nessa área. Sendo assim, o estudante:
 Revela domínio da teorização de Demografia, aplicando os saberes em
diferentes contextos;
 Desenvolve atitude crítica na análise de processos e de técnicas de
Demografia;
 Analisa as três variáveis determinantes da composição da população:
fecundidade, mortalidade e as migrações.

2. Objectivos Gerais

 Dotar os estudantes de conceitos básicos sobre a dinâmica demográfica e


sua relação com os diversos aspectos da sociedade (dentre as quais
enfatizar-se-á as questões ligadas a Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Comunitário);
 Fazer uma abordagem sobre as fontes de dados, sua obtenção e exploração;
 Analisar as três variáveis determinantes da composição da população:
fecundidade, mortalidade e as migrações;
 Correlacionar as diferenças nas particularidades sócio-económicas regionais
(e locais) e sua influência no crescimento da população;
 Interpretar os principais indicadores e os factores sócio-económicos que os
influenciam.

75
3. Pré-requisitos: Nenhuma precedência.

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Formas e características de assentamentos populacionais
Problemas dos diferentes assentamentos 6 4

2 Introdução (Conceitos básicos, relação da Demografia com outras ciências:


4 4
sociais e exactas)
3 As fontes de dados da Demografia.
5 4
4 Enfoques para o estudo da população: transversal (crescimento populacional e
estimativas de população: estrutura etária – dinâmica da população) e 15 4
longitudinal (o diagrama de Lexis, o conceito de coorte)
5 Composição da população segundo as características sócio-económicas:
medidas, evolução, análises demográficas. 10 4

6 Componentes da população (medidas e determinantes): fecundidade,


9 4
mortalidade e migrações
7 Teorias demográficas 5 4
8 Problemas populacionais no mundo e, em particular, em Moçambique 5 4
9 Políticas demográficas (destacar a de Moçambique) 5 4
Sub-total 64 36
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem

6. Avaliação

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

ABRAHAMSON, Hans e NILSSON, Anders. Moçambique em transição – um estudo da


História do desenvolvimento durante o período 1974-1992 (Versão Preliminar),
Gotemburg, Peasse and Development Institute (Gothemburg University), 1993.
ALLEN, C. et al. Proposta de classificação das cidades. Maputo, Instituto Nacional de
Planeamento Físico (INPF), 1986.
ARRIAGA, Alfonso Sandoval. Leys y politicas de población: relevância internacional de
la experiência de México. New York, UNFPA. 2004.

76
BRADFORD, MG e KENT, W.A. Geografia Humana: teoria e suas aplicações. Lisboa,
Gradiva, 1987.
CAMARGO, Ana Luiza de Brasil. Desenvolvimento sustentável: dimensões e desafios
Campinas, S. Paulo, Papirus Editora, 2003.
CASAL, Yanes. Antropologia e Desenvolvimento: as aldeias comunais de Moçambique.
Lisboa: IICT, 1996.
DERRUAU, Max. Geografia Human. II volume, 3. ed. Lisboa, Editorial Presença, 1982.
GEORGE, Pierre. Geografia Económica. 3. ed. Rio de Janeiro, DIFEL, 1990.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência
universal. 7. ed. Rio de Janeiro/São Paulo, Editora Record, 2001.
SEN, Amartya. O desenvolvimento como liberdade. Lisboa, Gradiva, 1999.
SIMANCAS, L. C. & ZÚÑIGA, M. R. G. Políticas de población y salud reproductive en
el Paraguay. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Públ., 14 (Supl. 1), 1998, pp.105-114.
TAMANES, Ramón. Crítica dos limites do crescimento: ecologia e desenvolvimento.
Lisboa, D. Quixote, 1983.
VERRIÈRRE, Jacques. As políticas de população São Paulo, DIFEL, 1980.

9. Docente: A ser indicado pela Faculdade de Ciências da Terra.

77
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia da Família e do Parentesco


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A disciplina de antropologia da Família e do Parentesco aprofunda as questões sobre


família e parentesco e fornece aos alunos bases para uma reflexão crítica sobre a
problemática do parentesco e da família. Com base nessa informação os estudantes estão
em condições de compreender o lugar do parentesco na análise antropológica e na vida
social.
1. Competências
No final da disciplina os estudantes:
 Dominam conceitos básicos utilizados na análise da problemática da família e do
parentesco;
 Conhecem paradigmas actuais na análise da organização social, em geral, e na vida
familiar em particular e
 Percebem continuidades nos padrões e funções do parentesco e sobre novos
processos e dinâmicas familiares.

2. Objetivo Geral
- Conhecer os pressupostos básicos da Antropologia da família e do parentesco.
3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina
4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Porquê estudar o parentesco?
 Estudos do Parentesco e Família em Antropologia
14 20
 Perspectivas etnológicas e histórias sobre o parentesco;
 Críticas aos modelos nos estudos sobre o parentesco;
78
 Problematização da ideia da família como unidade social universal;
 Família, agregado familiar e unidade doméstica (Análise crítica dos
conceitos).
2 Conjugalidade, Parentalidade e Laços Familiares:
- As lógicas linhageiras (Sistemas de filiação, regras de descendência e
sistema residencial).
- Paternidade e Adopção;
- Formas e estratégias de alianças matrimoniais;
16 25
- Pluralidade de formas de conjugalidade (Diversidade nas formas e espaços
familiares);
- Mecanismos sociológicos da conjugalidade no quotidiano
(Relações desigualitárias de género e poder no acesso e controle de
recursos).
3 Processos Internos e Dinâmicas Familiares:
- Ciclos de vida da família;
- Valores parentais e adolescentes (Continuidade e conflito)
18 20
- Fecundidade e sexualidade nas estratégias familiares;
- A centralidade da reprodução (Novas tecnologias reprodutivas e
parentesco).
4 Família, Estado e sociedade:
- Políticas de controle do Estado sobre a família: ambiguidades e
contradições. 16 21
- Políticas sociais, sua natureza no contexto da reprodução social
- Família e redes sociais.
Sub-Total 64 86
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

79
8. Bibliografia
Áries, Philippe, - “Os homens e as instituições. A família”, in Varela e Rollo Lucas (ed.)
Antropologia, Paisagens, sábios e Selvagens. Porto Editora.
Arriscado Nunes, João, 1995- As Solidariedades Primárias e os Limites da Sociedade
Providência, in Revista Crítica de Ciências Sociais, n.42.
Bagnol, Brigitte (2008) Lovolo e Espíritos no Sul de Moçambique in Análise Social,
vol.XLIII (2º), 2008, 251-271
Batalha, Luís (1995) O Parentesco com uma forma de organização Social. Lisboa: Instituo
Superior de Ciências Sociais e Politicas
Bender, D. 1971- De facto families and De jure households, in: American Anthropologists
73 (1)
Bourdieu, Pierre, 1999- A Dominação Masculina. Oeiras, Celta Editores.
Bourdieu, Pierre, 1977- Marriages strategies as strategies of social reproduction, in annales
ESC, 3, pp. 1105-1127
Burton, Claire, 1985- Subordination. Austrália, George Allen & Unwin Editores.
Cabral, João de Pina (1991) Os contextos de Antropologia. Lisboa: Difel, pp.109/161
Colleyn, Jean-Paul (1998) O Parentesco. O fundamento dos Sistemas de Parentesco, in
Elementos de Antropologia Social. Lisboa: Edições 70 pp.91/131
Connel, Robert, 1987- Gender and power. Stanford University Press
Echevaria, Aurora, 1994 - Teorias del parentesco: Nuevas Aproximaciones. Madrid,
Eudema
Gassarian, Chriatian, 1996 - Introdução ao Estudo do Parentesco. Lisboa, Edições
Terramar
Geffray, Cristian, 2000 - Nem pai Nem mãe: crítica do parentesco: o caso macua. Edições
Ndjira.
Fortes, Mayer, 1971- Introduction in Good (ed.) - The Development Cycle of the Domestic
Domain. Cambridge, Cambridge University Press.
Good, Jack, 1995- Família e Casamento na Europa. Oeiras, Celta Editores.
Good, Jack, 1971- Production and Reproduction: A comparative study of the domestic
domain. Cambridge, Cambridge University Press
Granjo, Paulo, 2005- O Lobolo em Maputo. Porto, Campo das Letras.
Héritier, Françoise, s/d- `` Família´´ in Enciclopédia Einaudi. Lisboa, Imprensa Nacional
Casa da Moeda.

80
Lévi-Strauss, Claude, 1973- Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro, Edições Tempo
Brasileiro Ltdª
Loforte, Ana, 1998- Género e Direitos Reprodutivos, in Relações de Género em
Moçambique: Educação, Trabalho e Saúde. Maputo, DAA.
Luna, Nara, 2001- Pessoa e Parentesco nas Novas Tecnologias Reprodutivas, in Revista de
Estudos Feministas, vol.9 n.2, Rio de Janeiro. UFRJ.
Mejia, M. Osório, C. Arthur, M., 2004- Não Sofrer Caladas! Violência Contra a Mulher e
Criança: Denúncia e gestão de conflitos. Maputo, wlsamOZ.
Mitchel, J. Clyde (ed.), 1975- Social Networks in Urban Situation. Manchester,
Manchester University Press.
Netting, Robert & Wilk, Richard, 1984- Household comparative and historical studies of
the domestic groups. Cambridge, Cambridge University Press
Pina Cabral, João, 2003- O Homem na Família. Lisboa. Imprensa das Ciências Sociais.
Radcliffe-Brown, A. & Ford, D., 1950- Sistemas Políticas Africanos de Parentesco e
Casamento, Edições Gulbenkian.
Rowland, Robert, 1997- População, Família, Sociedade. Oeiras, Celta Editores.
Santos, Boaventura, 1994- Pela Mão de Alice: o social e o político na pós modernidade.
Porto, Edições Afrontamento.
Santos, Boaventura, 1992- O Estado e a Sociedade em Portugal (1974-19889. Porto,
Edições Afrontamento.
Portugal, Sílvia, 1995- As redes informais de apoio á maternidade, in Revista Crítica de
Ciências Sociais, n.42.
Segalen, Martine, 1996- Sociologia da Família, Lisboa, Terramar.
Torres, Anália, 2001- Sociologia do Casamento. Oeiras, Celta Editores.
Wall, Karin & Alboim, Sofia, 2002- ``Tipos de Família em Portugal: interacções, valores,
contextos, in Análise Social, vol xxxvii, pp475-506.
WLSA Moçambique (1998) Famílias em Contexto de Mudanças em Moçambique.
Maputo: WLSA/CEA, pp.23/59
Yanagisako, Sylvia, 1979-``Family and household: the analysis of the domestic group´´ in
Annual Review of Anthropology 18:161-205.
Vale de Almeida, Miguel, 2004- Outros Destinos: ensaios da antropologia e cidadania.
Porto, Campo das Letras.
Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

81
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia Filosófica


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

1. Competências

 Compreende o homem relacionando-o com as instituições na sua totalidade e


coloca-o no centro da reflexão filosófica;
 Conhece todas as dimensões do homem;
 Domina as teorias que estudam a natureza humana e sua constituição.

2. Objectivos Gerais
 Conhecer o objecto e a tarefa de Antropologia Filosófica;
 Identificar as diversas concepções do homem;
 Analisar as dimensões constitutivas da criatura humana: homem/mulher
 Conhecer as dimensões do homem;
 Conhecer a pessoa como um ser dotado de vida e um ser metafísico.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (plano temático)


No Temas Horas de Horas
contacto de
estudo
Introdução: natureza e tarefas de antropologia filosófica
1  Definição e terminologia
10 15
 A origem da Antropologia filosófica
 Objecto da Antropologia filosófica

82
 O método de Antropologia filosófica
 A legitimidade epistemológica de antropologia
filosófica
 Importância de Antropologia filosófica na
actualidade
História: As diversas concepções do homem na Filosofia
2  Concepção do homem na Filosofia clássica (pré-
socrática, socrática, platônica, aristotélica)
 Concepção do homem na Filosofia cristão-medieval
(bíblica, patrística –S. Agostinho, S. Tomás de
Aquino)
10 15
 Concepção do homem na Filosofia moderna
(cartesiana, nascimento das ciências humanas,
kantiana)
 Concepção do homem na Filosofia contemporânea
(idealista alemã, pós-hegeliana e ciência do homem e
filosofia no séc XIX)
3 Análise fenomenológica do homem: As dimensões do
homem
 Vida humana
 Dimensão corpórea do homem
 As dimensões cognitivas do homem (conhecimentos
sensitivo e intelectivo)
 O problema da vontade e da liberdade 10 15
 A questão da linguagem
 A dimensão social e política do homem
 O homem como ser cultural
 O trabalho e a técnica como dimensões do homem
 O homem como um ser religioso
 A ecologia
4 As relações fundamentais do ser humano
 Pré-Compreensão da relação da intersubjectividade
do homem com o mundo
 Pré-Compreensão da relação da transcendência do
10 15
homem
 Pré-Compreensão da relação de objectividade do
homem com o mundo
 Compreensão filosófica da pessoa
5 Dimensão religiosa do homem
 Análise filosófica, teológica, histórica,
fenomenológica e sociológica da religião 10 4
 Fenómeno religião na cultura africana e
moçambicana
Análise metafísica do homem
6  Autotranscendência e espiritualidade humana
4 6
 Ser humano e alma
 A morte e imortalidade da alma
7 Relações fundamentais do ser humano 10 15

83
Categoria de objectividade
 A relação de objectividade do homem e o mundo
 Compreensão filosófica da relação do homem com a
natureza

Categoria da intersubjectividade humana


 Análise pré-compreensiva da intersubjectividade
humana
 Compreensão filosófica da relação intersubjectiva

Categoria da transcendência
 Relação de transcendência humana
 Relação transcendental: homem com os deuses e
antepassados
 O significado filosófico da transcendência

O ser humano
Categoria de realização
 O conceito do ser humano
 Realização da pessoa
 Compreensão filosófica da realização da pessoa

 Categoria da pessoa
 Conceito de pessoa
 Pré-compreensão da categoria da pessoa
 Compreensão filosófica da pessoa
 Análise da pessoa na perspectiva africana
Sub-total 64 86
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

84
7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

AAVV. Estigmatizar e desqualificar. Maputo, Ed. Livraria Universitária UEM, 1998;


AAVV. Eu mulher em Moçambique. Maputo, Ed. UNESCO, A.E.M.O, 1994
AAVV. O mineiro moçambicano. Maputo, Ed. CEA-UEM, 1998;
ARDUINI, J. Destinação antropológica. São Paulo, Ed. Paulinas, 1989;
CARREL, A. O homem, esse desconhecido. Europa-America, Publ, 1989;
CASSIRER, E. Ensaio sobre o homem. Lisboa, Ed. Guimarões, 1960;
CORETH, E. O que é o homem? Lisboa\São Paulo, Ed Verbo, 1988;
DALLE, Nogare P., Humanismos e Anti-humanismos. 13a ed. Petrópolis, Ed. Vozes, 1994;
GADAMER, Hans-Georg, Verdade e Método: Traços fundamentais de uma hermenêutica
filosófica. 4a ed. Petrópolis, Vozes, 2002;
GEERTZ, Clifford, A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTC, 1989;
GOMES, Luisa Costa e FIGUEIREDO, Ilda, Antropologia filosófica. Lisboa, Ed. Livros
horizonte, 1983;
GROETHUYSEN, Bernard. Antropologia filosófica. Lisboa, Editorial Presença, 1988.
HAEFFNER, G. Antropologia filosófica. Barcelona, Ed. Herder, 1986;
MONDIN, B. O Homem, Quem é? Elementos de Antropologia filosófica, 12ª edição. São
Paulo, Paulus, 2005..
MORIN, Edgar, O paradigma perdido, Europa-America, Publ. 1991;
RABUSKE, Edvino A. Antropologia filosófica, 10ª edição. Petrópolis, Editora Vozes,
2008.
REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario, Historia da filosofia. São Paulo, Paulinas, 1990.
REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario, Historia da filosofia: do Romantismo ao
Empiriocriticismo. Vol. 5. São Paulo, Paulus, 2005.
VAZ, Henrique C. de Lima. Antropologia filosófica Vol. I e II. 8ª edição. São Paulo,
Edições Loyola, 2006.
VAZ, Henrique C. de Lima. Antropologia filosófica Vol. II. São Paulo, Edições Loyola,
1992.

Docentes: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

85
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Teorias Sociológicas


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

1. Competências
 Conhecer e comparar as principais correntes clássicas da teoria social;
 Conhecer e aplicar os referenciais teóricos estudados nos trabalhos de investigação;
 Ter um olhar crítico sobre os factos sociais.

2. Objectivo Geral
 Conhecer as principais teorias sociológicas;

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (plano temático)


No Temas Horas de Horas
contacto de
estudo
Os Percursores da Sociologia:
1 - Montesquieu: a construção sociológica do político
- Comte: as três Etapas do pensamento 20 25
- Spencer: o evolucionismo organicista
- Tocquevile: democracia e liberdade
Os Clássicos da Sociologia
2 - A revolução Industrial
- KarlMarx: a sociedade como totalidade dialéctica 15 20
- Emile Durkheim: A sociedade como totalidade orgânica
- Max Weber: a sociedade como totalidade atomística
3 A ideia alemã de vergesellschafting
Ferdinand Tonnies: Comunidade e sociedade 14 25
George Simmel: Processos de interação social
4 IV. Sociologia Americana
- Escolas, problemáticas e práticas
15 16
- A Escola de Chicago e o interacionismo Simbólico e
- Talcot Parsons: o sistema geral da acção
Sub-total 64 86
Total 150

86
5. Métodos de ensino e aprendizagem
A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

Bibliografia Básica
Durkheim, Émile. 1990. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, pp. XIII-XXXIII; Cap. I e II.
______________. 1987. “Introdução e Livros II e III.” In O Suicídio. Ed. Presença: Lisboa, pp. 5-
21 e 127-156
______________. 1989. Da divisão do trabalho social. Introdução e Livro I. Lisboa: Ed. Presença,
pp.51-154
Brada da Cruz, M. 1995. Teorias sociológicas: os fundadores e os clássicos. Lisboa: Calouste
Gulbenkian
Marx, K. 1978. Os pensadores. São Paulo: Abril
Montesquieu. 1995. O espírito das leis. Introdução à edição francesa XXV, Nota biográfica
XXXIX, Prefácio XLI, Livros I, XIV, XV, XIX, ed. 2ª edição revista, Brasília: UNB, pp. 3-7; 173-
182; 183-194; 227-244.
Weber, Max. 1992. A Ética Protestante e o Espírito Capitalismo. São Paulo: Editora Pioneira, pp.
1-226
____________.1982.“Ciência e Política Como Vocação”, In: Ensaios de Sociologia. Rio de
Janeiro: Guanabara. Pp. 97-183

87
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Prática Profissional II (Metodologia de Pesquisa Antropológica II)


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2º Semestre: I
Créditos: 3 Carga horária total de cada: 75 horas (48 de contacto + 27 de
estudo)

Disciplinas de componente de formação prática


Introdução

Se por um lado a Antropologia é privilegiada por receber subsídios conexos às


diferentes áreas da sua intervenção, em virtude de ter interfaces com vários domínios do
social e do Humano, ela acaba se evidenciando na produção de uma metodologia
especializada que lhe permite opercionalizar o seu objecto de estudo e concretizar a sua
pesquisa.

1. Competências
 Domina os procedimentos da pesquisa Antropológica

2. Objectivos Gerais
 Saber usar os diferentes métodos da Antropologia
 Conhecer as particularidades de cada procedimento metodológico

3. Pré-requisitos: Prática Profissional I

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
A especificidade da prática antropológica
 O facto social e o facto etnográfico
 O papel do terreno, tradução, leitura e escrita na construção de factos
etnográficos
1 8 4
 Paradigma experiencial: trabalho de campo, observação participante,
observação directa
 Paradigma interpretativista
 Paradigma dialógico – polifónico

88
2 Visão global dos métodos e técnicas de pesquisa em antropologia: o saber e
fazer antropológicos como práticas intelectuais socialmente construídas
 Método histórico
 Método estatístico
 Método etnográfico 8 4
 Método etnológico ou comparativo
 Método monográfico ou estudo do caso
 Método genealógico
3 Técnicas de Pesquisa Antropológica
 Observação (participante)
7 5
 Entrevistas
 Formulários
4 Saber local e saber global: a natureza do saber antropológico (Tensões
constitutivas da prática antropológica)
 O dentro e o fora 5 5
 A unidade e a pluralidade
 O concreto e o abstracto
5 A desconstrução de uma prática tradicional em Antropologia: o objecto
10 5
como sujeito na construção antropológica
6 Os pressupostos básicos para elaboração da monografia 10 4
Sub-total 48 27
Total 75

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

89
BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70,
2005.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70,
1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais 7ª edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

90
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Programa temático da disciplina de Antropologia Cultural de Moçambique

Código da disciplina: Tipo de disciplina de disciplina: Nuclear


Nível: I Ano académico: 2º, II Semestre
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)
Disciplina de componente de formação geral

Introdução

Esta disciplina visa permitir a aquisição de conhecimentos etnográficos e sócio-culturais


de Moçambique, permitindo uma reflexão sobre os processos e fenómenos culturais e ainda a
aplicação de elementos da educação tradicional no tratamento dos conteúdos científicos. São
ainda abordados os sistemas de filiação das sociedades moçambicanas, assim como a família em
contexto de mudança em Moçambique.

1. Competências

 Possui conhecimento socioantropológico actualizado sobre Moçambique;


 Aplica os conceitos e os conhecimentos adquiridos na análise das dinâmicas e factos
socioculturais dos diferentes contextos moçambicanos;
 Analisa as principais áreas fundamentais de teorização da antropologia no contexto
moçambicano;
 Domina as linhas de força da realidade etnográfica de Moçambique e da reflexão
antropológica;
 Domina as temáticas mais importantes da antropologia sobre Moçambique.

91
2. Objectivos gerais
 Reconhecer as linhas de homogeneidades e heterogeneidades do território
etnográfico nacional;
 Apresentar algumas das novas questões e paradigmas da antropologia, com
reflexos em Moçambique.
 Identificar os complexos culturais de Moçambique

3. Pré-requisitos
 Nenhum.

4. Plano temático

Carga horária
Nº Temas
Contacto Estudo
1 Práticas etnográficas e etnológicas no Moçambique colonial
e pós-colonial
 A antropologia na África colonial e pós-colonial 5 5
 A antropologia em Moçambique: desenvolvimento histórico
e principais áreas de interesse contemporâneas
2  As correntes antropológicas e sua operacionalização em
3 10
Moçambique
3 Cultura e educação: Saberes e Contextos de Aprendizagem em
Moçambique
Tradição e Identidade Cultural
 A génese da multiplicidade cultural na metade Oriental da
África Austral: factos e processos culturais
 O processo de cosntrução do império colonial e a pluralidade
cultural
13 10
 Dinâmica aculturacional e permanência de modelos societais
endógenos
 A construção do outro e a etnicização/tribalização em
Moçambique
 Os discursos da identidade nacional moçambicana
 A anomia e o processo das identidades rebuscadas
 O paradigma da diversidade cultural em Moçambique

92
4 Parentesco, Família e Casamento em Moçambique
O parentesco
 Introdução ao estudo do parentesco
 Nomenclatura, Simbologia e Características do parentesco
(filiação, aliança e residência)
 Crítica do parentesco: O caso Macua
 Lobolo em Moçambique: “Um velho idioma para novas
vivências conjugais” 15 15
Família em Contexto de Mudança em Moçambique
 Origem e evolução histórica do conceito de família
 Família como fenómeno cultural
 Novas abordagens teóricas e metodológicas no estudo da
família
 Estudo de caso (famílias em contexto de mudança em
Moçambique)
5 O domínio do simbólico
 O estudo dos rituais em Antropologia
 Os ritos de passagem
 Rituais como mecanismo de reprodução social
 Feitiçaria, Ciência e Racionalidade
 Cultura, tradição e religiosidade no contexto sociocultural do 12 12
Moçambique moderno
 Modelos religiosos endógenos vs modelos religiosos
exógenos
 A emergência de sincretismos religiosos e de igrejas
messiânicas em Moçambique
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino-aprendizagem

A concretização do programa será em função de vários procedimentos. Para a introdução


geral das temáticas será privilegiado o modelo expositivo, dirigido pelo professor, quando se
tratar de conferências, e, nas ocasiões em que para tal fôr necessário, pelos estudantes, quando,
por exemplo, tratar-se da apresentação dos resultados de pesquisa individual. Serão também
realizados seminários e outros tipos de debates interactivos, visando concretizar temáticas
previamente fornecidas pelo docente.

6. Avaliação

93
Várias modalidades de avaliação serão postas em consideração, desde trabalhos
independentes, trabalhos em grupo, debates em seminários, apresentações de resumos de
matérias recomendadas para o efeito e testes. Nesse contexto, a avaliação será contínua e
sistemática

7. Língua de ensino
A língua de ensino é o Português.

8. Bibliografia

Fundamentos das Ciências Sociais: introdução geral

NUNES, Adérito Sedas. Questões preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa, Editorial
Presença, 2005, pp.17-41.
PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos. Uma visão global sobre as Ciências Sociais.
In: PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais. Porto, Afrontamento, 1986, pp.11-27.

Práticas etnográficas no Moçambique colonial e pós-colonial

CONCEIÇÃO, António Rafael da. “Le développement de l’Anthropologie au Mozambique”.


Comunicação apresentada ao Colóquio internacional de Antropologia. s.d
FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique.
Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, 1998.
JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, Tomo
I, 1996[1912].
RITA-FERREIRA, A.. Os africanos de Lourenço Marques, Lourenço Marques, IICM,
Memórias do Instituto de Investigação científica de Moçambique, Série C, 9, 1967-68, 95-
491.

Tradição e Identidade Cultural

94
CONCEIÇÃO, António Rafael da. Entre o mar e a terra: Situações identitárias do Norte de
Moçambique. Maputo, Promédia, 2006.
DEMARTIS, Lúcia. Compêndio de Socialização. Lisboa, Edições, 2002, pp 43 – 59.
GEFFRAY, Christian. A Causa das Armas em Moçambique: Antropologia da Guerra
Contemporânea em Moçambique. Porto, Afrontamento, 1991.
HOBSBAWM, Eric. “Introdução: A invenção das tradições”. In: HOBSBAWM, Eric, e Terence
RANGER (eds.). A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1984, pp: 9-23.
NGOENHA, Severino E. Identidade moçambicana: já e ainda não. In: Serra, Carlos (dir.).
Identidade, moçambicanidade, moçambicanização. Maputo, Livraria Universitária-UEM,
1998, p. 17-34.
REDONDO, Raul A. I. "O processo educativo: ensino ou aprendizagem? ", Educação Sociedade
e Culturas: revista da Associação de Sociologia e Antropologia da Educação, 1, 1994.
VEIGA-NETO, A. “Cultura e Currículo”. In: Contrapontos: revista de Educação da
Universidade do Vale do Itajaí, ano 2, no 4, 2002, pp 43-51.
WIVIORKA, M. “Será que o multiculturalismo é a resposta?” In: Educação, Sociedade e
Culturas, no 12, Lisboa, 1999.

Parentesco, Família e Casamento em Moçambique

AUGÉ, M. Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa,


Edições 70, 2003, pp 11 – 66.
BATALHA, Luis. Breve análise do parentesco como forma de organização social. Lisboa,
Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 1995.
GEFFRAY, Christian. Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua. Maputo, Ndjira.
2000, pp.17-40 e 151-157.
GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo: Um velho idioma para novas vivências conjugais. Porto,
Campo das Letras, 2005.
SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco, 1969,
pp.247-260 e 269-315.

Família em Contexto de Mudança em Moçambique

95
BOTTOMORE, Tom. “Família e parentesco”. In: Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar
Editores, s/d, pp.: 164 – 173.
GIMENO, A. A Família: o desafio da diversidade. Lisboa, Instituto Piaget, 2001, pp 39 – 73.
WLSA. Famílias em contexto de mudanças em Moçambique. Maputo, WLSA MOZ. 1998.

O domínio do simbólico

AGADJANIAN, Victor. As Igrejas ziones no espaço sóciocultural de Moçambique urbano (anos


1980 e 1990). In: Lusotopie, 1999, pp. 415-423
DOUGLAS, M. Pureza e Perigo. Lisboa, Edições 70, 1991, pp 19 – 42
HONWANA, A. M. (2002). Espíritos vivos, Tradições Modernas: possessão de espíritos e
reintgração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo: Promédia. pp 23 – 48.
LANGA, Adriano. Questões cristãs à Religião Tradicional Africana. Braga, Editorial
Franciscana, 1992.
MEDEIROS, Eduardo. Os senhores da floresta – Ritos de iniciação dos rapazes macuas e
lómuès. Porto, Campo das Letras, 2007.
MENESES, M. P. G. Medicina tradicional, biodiversidade e conhecimentos rivais em
Moçambique. Coimbra, Oficina do CES 150, 2000.
TURNER, Victor W. O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 1974, pp
116 – 159.

Bibliografia Complementar

BARATA, Óscar S. Introdução às Ciências Sociais. Vol.I, Chiado, Bertrand Editora, 2002.
BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno – Antropológicos. Lisboa, Edições 70, s/d.
BERTHOUD, Gérald. Vers une Anthropologie générale: modernité et alterité. Genève,
Librairie Droz S.A, 1992.
CARVALHO, José Jorge de. Antropologia: saber acadêmico e experiência iniciática. UnB-
Departamento de Antropologia. Série Antropologia Nº. 127, 1992.
CASAL, Adolfo Yáñez. Para uma epistemologia do discurso e da prática antropológica.
Lisboa, Cosmos, 1996, pp. 11-19.
COPANS, Jean. Críticas e Políticas da Antropologia. Lisboa, Edições 70, 1981.

96
COPANS, Jean. Introdução à Etnologia e à Antropologia. Lisboa, Publicações Europa-América,
1999.
COPANS, Jean; TORNAY, S. Godelier, M. Antropologia Ciências das Sociedades Primitivas?
Lisboa, Edições 70, 1971.
EVANS-PRITCHARD, E. Antropologia Social, Lisboa, Edições 70, s/d.
EVANS-PRITCHARD, E. História do pensamento antropológico. Lisboa, Edições 70, 1989.
GEERTZ, Clifford. O Saber local: novos ensaios em Antropologia interpretativa. Petrópolis,
Vozes, 1998.
GONÇALVES, António Custódio. Questões de Antropologia social e cultural, 2. ed., Porto
Edições Afrontamento, 1997.
GONÇALVES, António C. Trajectórias do pensamento antropológico. Lisboa, Universidade
Aberta, 2002.
LABURTH-TOLRA, Philipe & WARNIER, Jean-Pierre. Etnologia-Antropologia. Petrópolis/
Rio de Janeiro, Vozes, 1997.
LEACH, E. R. Repensando a Antropologia. São Paulo, Editora Perspectiva, 1974.
MARTÍNEZ, Francisco Lerma. Antropologia Cultural: guia para o estudo. 2. ed, Matola,
Seminário Maior de S. Agostinho, 1995.
MERCIER, Paul. História da Antropologia, 3. ed. Lisboa, Teorema, 1984.
SANTOS, A. Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social. Lisboa,
Universidade Aberta, 2002.
SERRA, Carlos (org). Identidade, Moçambicanidade, Moçambicanização, Livraria
Universitária/ UEM, Maputo, 1998.
SPERBER, Dan. O saber dos Antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.
TITIEV, Misha. Introdução à antropologia cultural. 8. ed. Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2000.

9. Docentes
A disciplina será leccionada por docentes do Departamento de Ciências Sociais

97
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Psicologia Social


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: II
Créditos: 3 Carga horária total: 75 (48 de contacto + 27 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


1. Competências
 Intervém na melhoria das relações sociais entre os indivíduos.

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as teorias e conceitos de Psicologia Social
 Identificar os factores da influência social e da mudança de atitude
 Explicar como os indivíduos interagem.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina.

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução às teorias, conceitos e pesquisas em psicologia social.
O self no processo de interacção, sobre a influência social e sobre a comunicação
com o outro
 Percepção Social
o Conceito da Percepção Social
o A percepção do outro.
o Mecanismos de Formação da Percepção Social
 Cognição Social
o Conceito da Cognição Social 20 10
 Influência Social
 Os Esquemas e Procedimentos Heuristicos
 As Atribuições
o Conceito de Atribuições
o As Atribuições de Si e de Outras Pessoas
o A Formação das Atribuições
 Atracção Social
98
o Factores da Atracção Social
2 Influência social e a formação de atitudes
Teorias de Atitudes
a. Componentes de Atitudes
b. Formação de Atitudes
c. Processo de Mudança de Atitudes
Género
12 5
a. Conceito de Género
b. Teorias Sobre Diferença de Género
c. Formação de Estereótipos Sexuais
Comportamento das Multidões.
Atitudes e persuasão
As normas sociais
3 Personalidade do Indivíduo
Identidade Social e Relações intergrupais
 Conceito da Identidade Social
 Modelos da Identidade Social
Liderança
a. Conceito de Liderança
b. Liderança como Influência no Grupo 8
10
c. Teorias da Liderança
d. Liderança e Eficiência Organizacional
Autoritarismo e obediência
Conformismo e Influência Social
a. Conceito de Conformismo
b. Características do Conformismo
Conformidade e obediência
4 Interacções sociais
6 4
 Relações e conflitos intergrupais
Sub-total 48 27
Total 75

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:


conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana e outras técnicas.

6. Avaliação

99
Participação nos seminários; trabalhos de grupos; participação nas conferências;
trabalhos dirigidos, relatórios; testes escritos, que devem priorizar a dissertação, análise crítica e
interpretação dos assuntos objecto de avaliação.
7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

AGUIAR, M.A F., Psicologia Aplicada à Administração: Uma Introdução a Psicologia, Atlas,
São Paulo, 1988.
CHIAVENATO, I., Recursos Humanos, Edição Compacta, 2ª Edição, Editora Atlas, S. A S.
Paulo. (1992):
RODRIGUES, A Psicologia Social, Edição, Editora Vozes Ltda, Rio de Janeiro, 1979.
SEARS, D. O et alii, Social Psychology, 7th Edition, Prentice-Hall International, Inc.,
University of California, Los Angeles, 1991.
SHEIN, E.H, Psicologia Organizacional, 3ª Edição, prentice-Hall, Rio de Janeiro, 1992.
WRIGHTMAN, L. S., Social Psychology, Second Edition, Books/Cole Publishing Company,
California, 1977.
VALA, J. e MONTEIRO, M.B. Psicologia Social das Organizações Celta, Lisboa, 1995.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Psicologia.

100
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Estatística para Ciências Sociais


Código: Tipo: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: II
Créditos: 4 Carga horária total: 100 ( 48 de contacto +52 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A disciplina examina o processo da condução e avaliação da pesquisa sociológica.


Ela inclui o desenho da pesquisa e o uso de técnicas especiais para as ciências sociais.

1. Competências
 Domínio das ferramentas de pesquisa
 Capacidade de elaboração de um projecto de pesquisa social

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as bases da condução de uma pesquisa social
 Utilizar os métodos de colecta de dados
 Considerar os aspectos éticos da pesquisa

3. Pré-requisitos: Nenhum

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 O exame de condições para a condução de uma pesquisa social
8 8
O desenho do modelo de pesquisa
2 Métodos de colecta de dados 6 8
3 Medidas de tendência Central 6 8
Medidas de dispersão 6 8
4 Métodos básicos de análise de dados
 Inquéritos e Amostragem
 Análise Exploratória de Dados
8 8
 Inferência e Estimação
 Distribuições Estatísticas
 Testes de Hipóteses

101
Aplicação e Interpretação das Técnicas Estatísticas
5 Técnicas de Investigação Empírica

 Análise de Conteúdo
 Análise de Variância
 Análise Factorial
10 8
 Métodos de Extração de Factores
 Métodos de Rotação de Factores
 Análise de Clusters
 Modelo de Regressão Linear Simples
 Modelo de Regressão Linear Múltipla
6 Teoria elementar de probabilidades
4 4
Teoria de decisão estatística, testes de hipóteses e significância
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários


procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação

A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas


intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula; resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

ANDERSON, DR, Estatística aplicada à administração e economia; Thomson leaning;


São Paulo, 2003.
FONSECA, Jairo S. & MARTINS, Gilberto A. Curso de Estatística. 5. ed, Atlas, São
Paulo 1994.

102
HEALEY, Joseph. Statistics, a tool for social research, Wadswort Plublishing Company
Belmont, California 1990.
LEVIN, J & Fox, JA; Estatística para ciências humanas, Pearson Prentice Hall, 9 ª edição,
S. Paulo, 2004
MURTEIRA, B. & Black, G., Estatística Descritiva, Lisboa, Mc Graw-Hill, 1983.
SPIGEL, Murray. Estatística, Schaum Mcgraw - Hill, São Paulo 1998.

9.Docentes: A ser indicado pela Escola Superior de Contabilidade e Gestão.

103
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia do Ambiente


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução

A disciplina analisa a questão dos recursos naturais, a relação que as sociedades humanas
estabelecem com eles, bem como a forma como interagem e gerem-nos. A abraçar a dimensão
ecológica, esta disciplina complementa os olhares das outras disciplinas, centrando-se mais na
dimensão simbólica das relações sociais. Ao compreender os aspectos analisados na disciplina,
os estudantes adquirem mais uma ferramenta que os possibilita analisar a realidade social bem
como a relação que as sociedades humanas estabelecem com o meio no qual estão inseridos.

1. Competências
 Reflecte criticamente sobre a interacção entre o homem e o meio ambiente;
 Examina aspectos políticos e económicos das relações entre a sociedade e a natureza,
com especial referência as questões actuais sobre os direitos ambientais e humanos e
 Reflecte sobre desenvolvimento sustentável e a biodiversidade.

2. Objetivos Gerais
- Conhecer as principais teorias utilizadas em antropologia para analisar o ecológico;
- Ser capaz de analisar aspectos ecológicos a partir de uma perspectiva antropológica.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina

104
4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Abordagem ecológica na teoria antropológica:
- O percurso histórico da constituição da antropologia ecológica;
Abordagens teóricas (as teorias evolucionistas, neo-evolucionistas, o
18 25
funcionalismo, determinismo, estruturalismo, pós estruturalismo e o
materialismo cultural).
2 Natureza e os processos de adaptação ambiental
18 30
A relação entre cultura e meio ambiente
3 Análise do desenvolvimento económico a partir de perspectivas ecológicas:
- Biodiversidade e desenvolvimento; 14 20
- Alimentação e saúde.
4 Problemáticas da gestão dos recursos naturais e conservação da
biodiversidade 14 11
Dinâmicas transnacionais e meio ambiente: O caso do turismo.
Sub-Total 64 86
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as

105
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia
Arquivo Histórico de Moçambique, Estudos 12, pág. 396-406
Barata, Óscar Soares & Piopoli, Sónia Infante Girão(2001) Populações, Ambiente e
Desenvolvimento em África, ISCSP, Lisboa
Barth, Fredrik,(1981) Ecological relationships of ethnic groups in Swat, North Pakistan, In:
American Anthropologist, Vol. 58, N°. 6, 1965, London
Bermejo, Roberto (1994) Manual Para Una Economia Ecológica, Centro de Documentación y
Estudios para a Paz, Madrid
Carvalho, M. (1969) A agricultura tradicional de Moçambique – Distribuição Geográfica das
culturas e sua relação com o meio, Missão Inquérito Agrícola de Moçambique, pag. 13-47
Cuisin, Michel (1981) O que é a Ecologia? Livros Horizonte, Lisboa
Douglas, Mary(1998) As abominações do levitico In: Pureza e Perigo – Ensaio sobre as noções
de Poluição e Tabu, Edições 70, Lisboa, pag. 57-74
Foladori, G. & Taks, J. (2004) Um olhar antropologico sobre a questão ambiental, MANA 10
(2) pag. 323-348
Harris, Marvin(1997) The Abominable Pig, In: Food and Culture, Routledge, London
Hawley, Amos(1985) Human Ecology, University Chicago Press, Chicago
Kroeber, A. L. ,( 1952) A Natureza da Cultura, Ed.70, Lisboa
Laraia, R. B., (1992) Da natureza da cultura ou cultura da natureza – determinismo biológico
In: Cultura um conceito Antropológico, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro pag 9-24
Larme Anne C. (1998), Envirnoment, vulnerability, and Gender in Andeman Ethnomedicine,
Soc. Sci. Med. Vol. 47 n°. 8 Pag. 1005-1015
Lévi- Strauss, Claude (1997) The culinary triangle, In: Food and Culture, Routledge, London
Mariano, Esmeralda (2001). Ecological features In: Childlessness: Whom to Blame? How to
Cope? Symbolic Representations and Healing Practices among the Shangana of Southern
Mozambique. Master Thesis, University of Bergen. pag. 6-13
106
Palson, Gisli. Anthropology and the new genetics. Cambridge: Cambridge Universitty Press
Mauss, Marcel. 2003. [1904]. “Ensaio sobre as variações sazonais das sociedades esquimós”.
In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify: pag. 425 – 505.
Meneses, M. Paula(2001) A natureza, a biodiversidade e o conhecimento local: qual o papel dos
cientistas sociais? UEM/FL/DAA, Maputo
Afrontamento, pag. 357-391, Porto
Morán, Emilio F. 1990. Da ecologia cultural à ecologia humana. In: A ecologia humana das
populações da Amazónia. Petrópolis, Vozes: 56-79.
Morán, Emilio, F.,(1982) Human Adaptability – An Introduction to Ecological Anthropology,
Westview Press, USA
Neves, Walter (?) Antropologia Ecológica, Cortez Editora, Brasil, pag. 13-85
Ngoenha, Severino Elias, (1994) O Retorno do Bom Selvagem. Uma Perspectiva Filosófica –
Africana do Problema Ecológico, Ed.Salesianas, Porto
Pritchard, E. E. 1993. [1951]. “Ecologia, tempo e espaço”. In: Os Nuer. São Paulo: Perspectiva,
Rio de Janeiro: IUPERJ, pag. 61 - 150.
Rappaport, Roy, A, (s/d), Ecosystems, Populations and People, In: The Ecosystem approach in
Anthropology
Rappaport, Roy, A., (1979) Ecology, Meaning, & Religion, North Atlantic Books, Berkely,
California
Rodrigues, J. C. (s/d) Sobre a necessidade e outros mitos In: Antropologia e Comunicação,
Edições Loyla, Rio, pag. 60-106
Vayda, Andrew P., (1983) Progressive Contextualization: Methods for Research in Human
Ecology, In: Human Ecology, Vol. 11, N°. 3, pag. 265-278
Vayda, Andrew P., and Walters Bradley B. (1999) Against Political Ecology, Human Ecology,
Vol. 27, N°. 1
Velho, Otavio (2001) Artigo Bibliográfico de Bateson a Ingold: Passos na constituição de um
paradigma ecologico, MANA 7 (2), pag. 133-140.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

107
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia Económica


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

1. Competências
 Interpreta as formas alternativas de reprodução económica de Moçambique

2. Objectivos Gerais
 Conhece as técnicas de sobrevivência
 Identifica os sistemas e os meios de troca numa determinada comunidade
 Caracteriza as formas de consumo que decorrem num grupo social determinado.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Os principais conceitos e princípios da teoria económica 8 16
2 Formulação do projecto de uma Antropologia Económica:
 Conceitos e métodos 12 20
 Campo e objecto da Antropologia Económica.
3 Teorias e correntes da antropologia económica
 A corrente formalista;
 A corrente substantivista;
16 20
 A antropologia económica de orientação neo-marxista;
 O materialismo cultural de Marvin Harris;
 A componente ecológica da antropologia económica.
4 Temas clássicos da Antropologia Económica
 Escassez e abundância, necessidade e subsistência em Sahlins;
 As relações entre parentesco e produção (Meillassoux, Godelier, 16 15
Sahlins);
 As várias formas de produção, distribuição e troca de bens
5 Temas actuais da AE com referência ao contexto moçambicano
12 15

108
 O mercado paralelo em Moçambique
 O Xitique
Sub-total 64 86
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:


conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.


BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 3. Edição. São Paulo, Editora
Perspectiva, 1992.

CARVALHO, E. (Org). Antropologia Económica. São Paulo: Edit. Ciências Humanas, 1978.

CASAL, Adolfo Y., Entre a Dádiva e a Mercadoria. Ensaio de Antropologia Económica.


Lisboa : Ed. do autor, 2005.

CASTELO- BRANCO, Nuno. Moçambique, Perspectivas Económicas. Maputo, UEM, 1994.

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9. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

111
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia de Saúde e da Doença


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 2° Semestre: II
Créditos: 7 Carga horária total: 175 horas (80 de contacto + 95 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

Cada grupo social tem uma forma particular de identificar e representar o mal estar
e os problemas de saúde, bem como de doenças e formas específicas de tratar esses males.
A Antropologia Médica pretende iniciar um estudo nessa vertente.

1. Competências
 Interpreta os processos ligados à doença e cura nas sociedades moçambicanas.

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as perspectivas da Antropologia Médica
 Oferecer capacidade teórica e metodológica para identificar, descrever e analisar
representações, práticas e teorias sobre a saúde, a doença e a medicina em
diferentes contextos;
 Oferecer aos estudantes habilidades no uso de uma perspectiva interdisciplinar na
análise de fenómenos relativos à saúde e à doença.

3. Pré-requisitos:

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Constituição da Antropologia da Saúde
 Noção e abrangência da Antropologia da saúde;
20 20
 Definições e conceitos preliminares

2 Abordagens teóricas e metodológicas da Antropologia da


Saúde
15 20
 Principais abordagens teóricas da disciplina;
 Questões metodológicas.

112
3 Sistemas médicos
 Sistemas médicos como sistemas culturais
 Pluralidade, diversidade, dinâmicas e conflitos nos 20 20
sistemas médicos;

4 Concepções de saúde e doença


 Modelos explicativos de saúde e doença;
 Etiologia das doenças; 15 20
 Itinerários terapêuticos.

5 A perspectiva antropológica face a problemas actuais de


Saúde pública
 A perspectiva antropológica face ao HIV/SIDA; 10 15
 Antropologia e comunicação para a saúde.

Sub-total 80 95
Total 175

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

CAPRARA, A. and RODRIGUES, J. “A Relaçäo Assimétrica Médico-paciente:


Repensando o Vínculo Terapeutico” Ciencia e Saude Colectiva 9 (1): 139-146, 2004.

113
CARRARA, S., “Entre Cientistas e Bruxos: Ensaio sobre os Dilemas e Perspectivas da
Análise Antropológica da Doença” in Alvez, P. e Minayo, M. Saúde e Doença: Um
Olhar Antropológico. Rio de Janeiro: S/E, 1994
CELE, R. e BODSTEIN, A., “Ciências Sociais e Saúde Colectiva: Novas Questões, Novas
Abordagens” Cadernos de Saúde Publica 8 (2):140-149, 1992.
DOUGLAS, Mary. Perigo e Pureza. Lisboa: Ediçöes 70, 1991.
GAZZINELLI, M. et al. “Educaçäo em Saúde: Conhecimentos, Representaçöes Sociais e
Experiências da Doença” Cadernos de Saúde Publica 21 (1): 200-206, 2005.
HAGGENHOUGEN, K. e DRAPER, A. O Campo da Antropologia da Saúde. London:
London School of Hygiene and Tropical Medicine, 1990.
JORALEMON, D. “What so Cultural about Disease?” in Joralemon, D. Exploring Medical
Anthropology. Boston: Allyn and Bacon, 1999.
KALIPENI, E. “Health and Disease in Southern Africa: A Comparative and Vulnerability
Perspective” Social Science and Medicine (50): 965-983, 2000.
KLEINMAN, A. “Culture, Health Care Systems and Clinical Reality” in Kleinman, A..
Patients and Healers in the Context of Culture: An Exploration of Borderland between
Anthropology, Medicine and Psychiatry. California: California Press, 1980.
MATSINHE, Cristiano. Tábula rasa: Dinamica da Resposta Moçambicana ao HIV/SIDA,
Texto Editores, Maputo, 2005.
NORDSTROM, C. Formalizando a Medicina Tradicional. Maputo, MISAU, 1991
QUEIROZ, M. “Perspectivas Teóricas sobre Medicina e Profissão Médica: Uma Proposta
de Enfoque Antropológico” Revista de Saúde Pública 25 (4): 318-25, 1991.
RHODES, L. “Studying Biomedicine as a Cultural System” in Johnson, T. And Sargent, C.
Medical Anthropology: Contemporary Theory and Method. New York: Praeger, 1990.
TEIXEIRA, R. e CYRINO, A. “As Ciências Sociais, a Comunicaçäo e a Saúde” Ciência e
Saúde Colectiva 8 (1): 151-172, 2003.
UCHÔA, E. e VIDAL, J-M. “Antropologia Médica: Elementos Conceituais e
Metodológicos para uma Abordagem da Saúde e da Doença” Cadernos de Saúde
Pública 10 (4): 497-504, 1994.

9. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

114
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Cultura, Sexualidade e Género


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 (48 de contacto + 52 de estudo)

1. Competências
 Domina a relação entre sexualidade, género e cultura

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as noções de sexo, género e sexualidade
 Saber relacionar cultura, sexualidade e género
 Saber interpretar as tendências pós-modernistas sobre género e sexualidade

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Noções de sexo, género, sexualidade
Sexualidade como objecto de estudo
4 6
Perspectivas teóricas no estudo da sexualidade
Sexualidade, Indivíduo e Sociedade
2 A Sexualidade como construção social
A regulação social da sexualidade 6 8
Construção social e cultural das diferenças sexuais
3 Relação cultura, sexualidade e género
 Cultura e papéis sociais 10 12
 Direitos sexuais e direitos reprodutivos
4 Pós-Modernidade, Bioética, Trans-sexualidade e Homosexualidade
12 12
 Homossexualidade & Hetorosexualidade
5 Género e Sexualidade hoje
 Género e a representatividade
o Sexualidade e género
o Sexualidade e Poder 16 14
o Sexualidade e relações económicas
o Sexualidade e Saúde
 A sexualidade em Moçambique
Sub-total 48 52
Total 100
5. Métodos de ensino-aprendizagem
115
Os métodos de ensino-aprendizagem serão participativos e centrados no estudante.
Nas aulas teóricas os docentes irão fazer exposições dialogadas. Nas aulas práticas os
estudantes apresentarão temas previamente preparados, seguindo-se o debate.

6. Avaliação
A avaliação na disciplina terá um carácter formativo, sistemático e contínuo. Será
valorizada a participação dos estudantes nas aulas, a assiduidade, o cumprimento dos
prazos de entrega dos trabalhos e a organização dos portfólios. Ao longo do semestre
realizar-se-ão testes, que podem ser escritos ou orais. As dispensas, admissões e exclusões
obedecem ao que está preconizado no Regulamento Académico da UP.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BOTTOMORE, Tom. “Família e parentesco”. In: Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro,


Zahar Editores, s/d, pp.: 164 – 173.
GIMENO, A.. A Família: o desafio da diversidade. Lisboa, Instituto Piaget, 2001, pp 39 –
73.
WLSA. Famílias em contexto de mudanças em Moçambique. Maputo, WLSA MOZ. 1998.

9. Docente: a indicar pelo Departamento de Ciências Sociais.

116
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia da Educação e Cultura


Código: Tipo de disciplina: nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 3 Carga horária total: 75 horas (48 de contacto + 27 de estudo)

Introdução

A disciplina analisa a questão da educação a partir do ponto de vista da antropologia. Ao


analisar a contextualidade das lógicas educacionais a disciplina fornece aos estudantes
bases para compreender processos educativos tendo em conta as lógicas culturais vigentes
na instituição social em análise. Ao compreender os aspectos analisados na disciplina, os
estudantes adquirem mais uma ferramenta que desta feita expande a sua compreensão
sobre fenómenos educativos a partir de um olhar mais abrangente que a antropologia
fornece.

1. Competências
 Compreende e relaciona os processos educativos com a cultura;
 Compreende percursos, políticas, práticas e desafios da educação em Moçambique,
desde a época colonial até a actualidade, passando pelo período imediatamente à
independência.

2. Objetivos Gerais
- Compreender a contextualidade dos processos educativos;
- Distinguir escolarização e educação;
- Compreender as perspectivas que analisam sistemas de ensino, organizações
escolares e
agentes educativos.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina

117
4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Noções de cultura 6 4
2
Visões sobre educação e escolarização 8 4

3
A lógica da oralidade e a lógica da escrita 6 4
4 A transmissão e a reprodução de saberes 6 4
5 Dinâmicas de mutações culturais:
8 4
- Cultura, inovação e resistências
6 Políticas e problemas da escolaridade 6 4
7 Percursos, práticas e desafios para a educação em Moçambique 8 3
Sub-Total 48 27
Total 75

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia

Bernardi, Bernardo. 1978. Introdução aos estudos Etno-Antropológicos. Lisboa: Edições


70
118
Bernstein, Basil. 1971. “Class, codes and control”, VVAA: Theoretical Studies towards a
Sociology of Language. London
Bloch, Maurice.”The uses of schooling and literacy in a Zafimaniry village”, in: B.
STREET (ed.): Cross-cultural
Bourdieu, Pierre & J.C. Passeron. 1987. A reprodução. Lisboa: Vega
Buendia Gomes, Miguel. 2000. A educação em Moçambique. A história de um processo.
Maputo: Promédia,
Castiano, José P. 2005. Educar para quê? As transformações do sistema de educação em
Moçambique. Maputo: INDE
Collins, James. 1995. ”Literacy and literacies” Annual Rewiev of Anthropology, 24: 75-93
Conceição, R., Loforte, A., Manganhele, A., Mate, A.1998. “Inserção da escola na
comunidade”. Relatório das pesquisas antropológicas sobre a interação entre a cultura
tradicional e a escola oficial, realizado nas províncias de Nampula, Manica e
Inhambane. Maputo: UEM-Departamento de Arqueologia e Antropologia.
Policopiado.
Da Matta, Roberto. 1991. Relativizando: Uma introdução à Antropologia social. Rocco.
Rio de Janeiro
Dubar, Claude. 2000. La crise des identités – l`interprétation d`une mutation. Paris: PUF
Durkheim, Émile. 1984 (1922) Sociologia, Educação e Moral. Porto: Rés
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educational achievement”, Anthropology and Education Quarterly, 28: 318-329
Feldman-Bianco, B e Goody, Jack. Domesticação do pensamento selvagem. Lisboa:
Presença
Firmino, Gregório. 1998. “Língua e Educação em Moçambique”, INDE – Cadernos de
Pesquisa, 26
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120
Disciplina - Problemáticas Teóricos epistemológicos em Antropologia
Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (64 de contacto + 61 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução

Esta disciplina problematiza os pressupostos teórico epistemológicos que orientaram a


antropologia desde a sua fase inicial. A disciplina expõe as limitações dos pressupostos e
dos procedimentos metodológicos adoptados pela disciplina. Cientes dessas limitações os
estudantes passam a estar mais atentos a elas bem como se esforçam por contorná-las de
modo a produzirem conhecimento científico que transcende as limitações expostas.
1. Competências
 Conhecer as principais transformações ocorridas, ao longo da história da
disciplina, nos pressupostos e nos procedimentos adoptados pela disciplina no
processo de produção e validação e legitimação do conhecimento antropológico
 Conhecer as principais críticas feitas aos pressupostos e aos procedimentos
metodológicos que orientam a antropologia;
 Compreender as alternativas propostas, a nível da disciplina, face as referidas
críticas.
 Objetivo Geral
- Conhecer as diferentes problemáticas epistemológicas em Antropologia.
Pré-requisitos: nenhuma disciplina.
2. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução:
- A possibilidade de conhecer e a Epistemologia 15 15
- A epistemologia da pratica e do discurso antropológico.
2 A ciência antropológica:
- Desafios sobre o relativismo e a racionalidade do “Outro” 10 10

3 Condições sociais e epistemológicas e a produção do conhecimento 12 10

121
antropológico
- O paradigma experiencialista em antropologia;
- O paradigma interpretativo em antropologia.
4 IV. Pos-modernismo e Antropologia:
14 16
- Retórica, explicação e interpretação: Ficção ou realidade?
5 Antropologia, para além da crítica pós moderna 15 10
Sub-Total 64 61
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

Bibliografia básica

Abu-Lughod, L. (1991) ‘Writing against culture’, in Richard Fox (ed.) Recapturing


Anthropology, Santa
Fe: School of American Research
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Batalha, L. 1998. ‘Emics/Etics Revisitado: `Nativo´ e Antropólogo Lutam Pela Última
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124
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia do Desenvolvimento


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (64 de contacto + 61 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução
A disciplina problematiza discursos sobre desenvolvimento a partir do ponto de vista da
antropologia. Ao analisar a contextualidade das lógicas educacionais a disciplina fornece
aos estudantes bases para compreender discursos sobre desenvolvimento e processos a eles
associados. Ao compreender os aspectos analisados na disciplina, os estudantes adquirem
mais uma ferramenta que desta feita expande a sua compreensão sobre o desenvolvimento.

3. Competências
 Estejam familiarizados com alguns dos diferentes temas que atravessam a
problemática do desenvolvimento;
 Estejam habilitados para compreender e descrever a natureza iconoclasta e
processual do conhecimento tanto na antropologia como nos estudos de
desenvolvimento.
 Questionam a pertinência das teorias da modernização
 Analisam a problemática do desenvolvimento e em particular a questão da pobreza
e da miséria
 Avaliam os principais dilemas com que a Humanidade se defronta em particular a
pobreza e a miséria e contribuem para a sua resolução.

4. Objetivos Gerais
- Identificar e analisar as inter conexões entre a antropologia e o processo de
desenvolvimento;

125
- Identificar e analisar as representações (incluindo as suas próprias),
significados, práticas, noções e princípios teóricos que perpassam o
desenvolvimento.
5. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.
6. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Antropologia e Desenvolvimento:
- Contexto histórico e reconversão disciplinar. 18 15

2 Teorias do desenvolvimento:
- Modernização;
- Teorias da dependência; 18 15
- Teorias do subdesenvolvimento ou do Sistema-Mundo;
- Cultura e desenvolvimento.
3 Temas contemporâneos de desenvolvimento:
- O cenário da ajuda ao desenvolvimento e o Terceiro Sector: actores,
14 15
discursos, práticas e consequências.
4 A Era “Pós-Desenvolvimento”:
- Novidade ou reformulação discursiva? 14 16

Sub-Total 64 61
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

126
7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia
Antunes, M. (2001) “Do Crescimento Económico ao Desenvolvimento Humano: O Caso
de Vilarinho da Furna” Artigo apresentado no Primeiro Congresso de Estudos Rurais,
Vila Real, 16 a 18 de Setembro de 2001.
Bettelheim, C. (1969) “A Problemática do Subdesenvolvimento” in L. Pereira (org.)
Subdesenvolvimento e Desenvolvimento, Zahar Editores, Rio de Janeiro, pp 53-71.
Capra, F. (1982) “O Impasse da Economia” in O Ponto de Mutação: A Ciência, a
Sociedade e a Cultura Emergente, Editora Cultrix, São Paulo, pp. 180-225.
Casal, A. (1996) “Da Comunidade à Sociedade, da Tradição ao Desenvolvimento :
Identidades ou processos identitários” in Actas do Seminário Moçambique:
Navegações, Comércio e Técnicas, CNCDP, Maputo, pp. 364-386.
Casal, A. (1991) “Antropologia e Desenvolvimento”, Ethnologia (5), Lisboa, pp. 19-37.
Castel-Branco, C. (1995) “Opções económicas de Moçambique, 1975-1995: Problemas,
Lições e Ideias Alternativas” in B. Mazula (ed.) Eleições, Democracia e
Desenvolvimento, Inter-África, Maputo, pp. 581-636.
Crewe, E. & E. Harrison (1998) Whose Development: An ethnography of aid, Zed Books,
Londres.
Coméliau, Christian “Pour un Renouveau de l’étude du développement” in Revue Tiers
Monde : Paris, XXXIV, 1993, pp. 687/701
Escobar, A. (1999) “The Invention of Development” in Current History, Nov 1999; 98,
631, pp 382-387.
________. A. (1997) Anthropology and development . Oxford : Blakcwell Publishers
________. 1995. Encountering development : the making and unmaking of the third world.
Princetown : Princetown University Press
Faure, Yves-A. (1998) “Les ONG: de l’action à la recherche, de la compréhension à la
banalisation » in Deler, J.-P. ; Fauré, Y.-A ; Piveteau, A. & Roca, P.-J. (dir) ONG et
Développement. Société, Economie, Politique, Paris : Karthala/APAD, pp.09/22
Ferguson, James and Larry Lohman. 1994. ‘The anti-politics machine: “development” and
bureaucratic power in Lesotho’, The ecologist, 24(5): 176-181

127
Gronemeyer, M. (1992) “Helping” in W. Sachs (ed.) The Development Dictionary: A
Guide to Knowledge as Power, Zed Books, Londres e Nova Jersey, pp 70-87.
Clark, J. (1991) “Redefining Development” in Democratizing Development: The Role of
Voluntary Organizations, Kumarian Press, Nova York, pp 123-164.
Haubert, Maxime (2000) “L’idéologie de la société civile” in Haubert, Maxime & Rey,
Pierre-Philippe (coord) Les sociétés civiles face aux marchés, Paris, Karthala, pp.
13/86
Illich, I. (1997) “Development as a Planned Poverty” in M. Rahnema & V- Bawtree (Eds)
The Post Development Reader, Zed Books, Londres, 94-101.
Illich, I. & M. Rahnema (1997) “Twenty-six Years Later: Ivan Illich in Conversation with
Majid Rahnema” in M. Rahnema & V. Bawtree (Eds) The Post Development Reader,
Zed Books, Londres, pp 103-110.
Landes, D. (1998) “Perdedores” in A Riqueza e a Pobreza das Nações: Porque Algumas
são tão Ricas e outras são tão Pobres, 2ª ed, Editora Campos, Rio de Janeiro, pp. 554-
593.
Matsinhe, C. (1999) “Abordagens desenvolvimentistas”: ainda sobre cultura cívica e
ethos social. IFICS/PPGSA/UFRJ, Rio de Janeiro.
Myinth, H. (1969) “Uma Interpretação do Atraso Económico” in A. Agarwala e S. Singh
(eds) A Economia do Subdesenvolvimento, Forense Editora, Rio de Janeiro, pp 99-137.
Nyerere, J. (1968) “Socialism and Rural Development” in Uhuru na Ujamaa [Freedom and
Socialism], Oxford University Press, Dar Es Salaam, pp 337-366.
Nyerere, J. (1968) “Principles and Development: African Socialism and Development” in
Uhuru na Ujamaa [Freedom and Socialism], Oxford University Press, Dar Es Salaam,
pp 196-206.
Manji, F. & C. O´Coill (2002) “The missionary position: NGOs and development in
Africa”, International Affairs (78:3), Londres.
Negrão, J. (2003) “A Propósito das Relações entre as ONGs do Norte e a Sociedade Civil
Moçambicana” in Curso de Formação: A Globalização Alternativa e as Organizações
Não-Governamentais do Espaço de Língua Oficial Portuguesa, Faculdade de
Economia, Universidade de Coimbra.
Negrão, J. (2003) “Como induzir o desenvolvimento em África? O Caso de Moçambique”,
O Economista (3), pp. 39-75.
Negrão, J. (2001) “Samora e Desenvolvimento” (não publ)

128
Olivier de Sardan, J. P ; Bierschenk, Thomas & Chauveau, Jean-Pierre (2000) Courtiers en
développement. Les villages africains en quête de projets, Paris : Karthala/APAD
Olivier de Sardan, J. P (1998) « Ce que pourrait être un programme de recherche sur les
ONG » in Deler, J.-P. ; Fauré, Y.-A ; Piveteau, A. & Roca, P.-J. (dir) ONG et
Développement. Société, Economie, Politique, Paris : Karthala/APAD, pp.23/27
Olivier de Sardan, J.P (1995) « Un Renouvellement de l’Anthropologie ? » in
Anthropologie et Développement. Essai en socio-anthropologie de changement social,
Paris : Karthala/APAD, pp. 45/54
Schrodder, P. (1997) “A Antropologia do desenvolvimento : é possível falar de uma
subdisciplina verdadeira ?” In Rev. Antropol, vol. 40, no. 2, pp. 83-100.
Schwartzman, S. (1982) “As dificuldades do antietnocentrismo”, Dados – Revista de
Ciências Sociais, (25:2), Rio de Janeiro, pp. 230-248.
Sogge, D. (ed.) (1997) Moçambique: perspectivas sobre a ajuda e o sector civil, GOM,
Amesterdão, mimeo.
Wiarda, H. (1982) “Por uma teoria não etnocêntrica do desenvolvimento: as concepções
alternativas do terceiro mundo”, Dados – Revista de Ciências Sociais, (25:2), Rio de
Janeiro, pp. 229-251.
Wiarda, H. (1982) “Resposta às dificuldades do antietnocentrismo de Simon
Schwartzman”, Dados – Revista de Ciências Sociais, (25:2), Rio de Janeiro, pp. 255-
256.
Velho, O. (1995) “Impedindo ou Criticando a Modernização?” in Besta-Fera: Recriação
do Mundo, Relume Dumará, Rio de Janeiro, pp. 159-170.

129
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia Linguística


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A linguagem tem um significado especial no e para o Homem. Ela é o vector de


cultura, sendo, por isso, o aspecto mais importante da cultura humana. Com a presente
cadeira procurar-se-á explorar as relações entre a linguagem e as relações sociais, bem cmo
as diferentes organizações cognitivas dos indivíduos de uma determinada região.

1. Competências
 Explicita as relações entre a cultura e a linguagem
 Interpreta o comportamento de um grupo social em função da sua linguagem

2. Objectivos Gerais
 Conhecer os propósitos da Antropologia da Linguagem
 Identificar as funções da linguagem
 Ser capaz de identificar as relações entre a língua e a cultura

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina.

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução à Antropologia Linguística 4 15
2 Funções e valor da linguagem
11 20
 A linguagem como produto e como condição da cultura
3 Estrutura da língua
18 20
4 Língua, Cultura e Cognição
 Relações entre linguagem, pensamento 15 22
 Linguagem e sociabilidade
Sub-total 48 77
Total 125

130
5. Métodos de ensino e aprendizagem
A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.


COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70,
2005.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70,
1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências
Sociais 7ª edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

9. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

131
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia das Sociedades Rurais


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: II
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica


Introdução

A disciplina analisa sistemas de classificação de grupos camponeses tendo em conta


espaço e à organização doméstica da produção. A disciplina explora as estratégias de
reprodução social adoptadas nesses contextos. Processos sociais agrários que colocam as
comunidades camponesas em relação com o sistema de propriedade capitalista da terra e as
agro-industriais e o impacto das políticas públicas são também objectos desta disciplina.
Com essa informação os estudantes adquirem mais uma ferramenta para compreender o
mundo rural e as lógicas que nela se desenrrolam.

1. Competências
 Compreender os critérios de racionalidade dominantes nas sociedades rurais;
 Dominar instrumentos analíticos usados na análise de sociedades rurais.

2. Objetivos Gerais
- Conhecer os conceitos usados na análise de colectividades rurais;
- Compreender a relação entre as sociedades rurais e o seu meio ambiente.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina

4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Estudos de Comunidades Rurais 8 8
2 Conceito de Comunidade e paradigma comunitário
8 8

132
3
Conceito de Sociedade 6 6
4 Processos Identitários em contextos Rurais 6 10
5 Organização e Estrutura em contextos Rurais 6 8
6 Processos políticos em contextos Rurais 6 6
7 O local e o global 6 6
Sub-Total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia
Augé, Marc (coord.) (1974) A construção do Mundo (religião, representações, ideologia).
Lisboa: Ed. 70
Banton, Michel (ed) (1978) [1966] The Social Anthropology of Complex Societies.
London: Tavistock Publications
Brandão, Maria de Fátima, Feijó, Rui 1984 “Entre Textos e Contextos: os estudos de
comunidade e as suas fontes históricas”, in Análise Social, vol. XX, 83, 1984-4º, pp.
489-503
Bloch, Maurice, “The Long Term and the Short Term: the economic and political
significance of the morality of kinship”
_________________. (1997) [1994] “Espaço Social e Espaço Simbólico” in Razões
Práticas. Sobre a Teoria da Acção. Lisboa: Celta

133
_________________. (1989) “A génese dos conceitos de habitus e de campo”, in O Poder
Simbólico. Lisboa: Difel
C.E.R.M. (1974) O Modo de Produção Asiático. Lisboa: Seara Nova.
Channok, Martin (2000) “ “Culture” and human rights; orientalising, occidentalising and
authenticity”, in Mamdami, Mahmood (ed.) (2000) Beyond Rights Talk and Culture
Talk. Comparative Essays on the Politics of Rights and Culture. Cape Town: David
Publishers
Dalton, George (1972) “Peasantries in Anthropology and History”, in Current
Anthropology, vol. 13, nº 3-4, pp. 385-415
Eisenstadt, S.N., Roniger, L. (1980) “Patron-client relations as a model of structuring
social exchange”, in Comparative Studies in Society and History. Vol. 22, nº 1, pp.
42-77
Fardon, Richard (ed.) (1995) Counterworks. Managing the Diversity of Knowlege. London
& New York: Routledge
Fallers, L. A. (1961) “Are African cultivators to be called peasants?”, in Current
Anthropology. 2(2)
Feldman-Bianco, B., (org.) (1977), Antropologia das Sociedades Contemporâneas, São
Paulo, Global Editora, pp. 375-402
Ferreira de Almeida, João (1977) “Sobre a monografia rural”, in Análise Social. vol. XIII
(52), 1977-4º, pp. 789-803
Fortes, Meyer (1969) “The lineage in the Ashanti”, Kinship and the Social Order. The
Legacy of Lewis Henry Morgan. Chicago: Aldine
Friedman, Jonhathan (1988) “Cultural Logics of the Global System: a Sketch”, Theory,
Culture & Society, Vol. 5, 447-460
Godelier, Maurice (s/d) “O conceito de tribo. Crise de um conceito ou crise de dos
fundamentos empíricos da antropologia”, in Horizontes da Antropologia. Lisboa:
Edições 70, pp. 131-159
Goody, Jack (1972) “Domestic Groups” in Anthropology Readings, Massachussets
Hobsbawn, Eric & Ranger, Terence (eds.), (1983) The Invention of Tradition. Cambridge:
University Press
Kuper, Adam (ed.) (1992) Conceptualizing Society. London, & New York: Routledge
Long, Norman (1996) “Globalization and localization. New challenges to rural research”
in Moore, H. L. (ed.) (1996) The Future of Anthropological Knowledge. London &
New York: Routledge

134
Madureira Pinto, José (1977) “A etnologia e a sociologia na análise das colectividades
rurais”, in Análise Social, vol. XIII (52), 1977-4º, pp. 805-828
O’Neill, Brian (1988) “Entre a Sociologia Rural e a Antropologia: repensando a
“comunidade” camponesa”, in Análise Social, vol. XXIV, 4º-5º, pp. 1331-1355
Pina-Cabral, João (1989) Filhos de Adão, Filhos de Eva. A Visão do Mundo Camponesa
no AltoMinho. Lisboa: D. Quixote, pp. 151-152
Radcliffe-Brown, A.R. & Forde, Daryll (coords.) (1982) [1950] Sistemas Políticos
Africanos de Parentesco e Casamento. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
Radcliffe-Brown, A.R. (1979) [1952], “On social structure”, Structure and Function in
Primitive Society, London & Henley, Routledge & Kegan, pp. 188-204
Ranger, Terence (1983) “The invention of tradition in colonial Africa”, in Hobsbawn, Eric
& Ranger, Terence (eds.) (1983) The Invention of Tradition. Cambridge: University
Press
Redfield, Robert (1960). Peasant Society and Culture. Chicago & London, The University
of Chicago Press
Shanin, Teodor (1982) “Defining peasants: conceptualisations and de-conceptualisations:
old and new in a marxist debate”, in The Sociological Review, vol. 30, n.º 3, new
series, pp. 407-432
Spear, Thomas (2003) “Neo-Tradicionalism and the Limits of Invention in British Colonial
Africa”, in Journal of African History, 44, 3-27
VAIL, Leroy (ed.) (1989) The Creation of Tribalism in Southern Africa, London, James
Currey.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

135
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Prática Técnico Profissional III (Prática Sócio-Antropológica I)


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: II
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

Disciplina de componente de formação prática

Introdução
Esta disciplina introduz o estudante ao ofício do método etnográfico. Nesta disciplina os
estudantes aprendem história do método e procedimentos seguidos para realizar um
trabalho etnográfico. Esta disciplina é complementada pela disciplina de Práticas sócio-
Antropológica II e fornece uma ferramenta valiosa para o estudante conhecer as
especificidades do método etnográfico, respectivos procedimentos e finalidades.

1. Competências

No fim desta disciplina, o estudante:


 Conhece os procedimentos adoptados na produção das etnografias clássicas;
 Compreende o processo de “fabricação” do objecto antropológico;
 Percebe a relevância da etnografia no processo de produção de conhecimento
antropológico.

2. Objetivos Gerais

- Conhecer o contexto de surgimento do método etnográfico;


- Conhecer o percurso histórico da etnografia.

3. Pré requisitos: Prática profissional II.

4. Plano temático

136
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução:
- Contexto do surgimento;
12 16
- Da “invenção” do trabalho de campo à “profissionalização” da etnografia;
- Etnografia como método.
2 Procedimentos do método etnográfico:
12 12
- Natureza e singularidade da experiência etnográfica;
3 As técnicas;
- Desafios do campo; 12 12
- O antropólogo e os seus “outros”.
4 A relevância da etnografia na produção do conhecimento antropológico. 12 12
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia
Basques, M. (2010) ‘Uma Antropologia das coisas: Etnografia e método’, Espaço
Ameríndio, 4 (1): 150-165.
Blommaert, J e D. Jie (2010) Ethnographic Fieldwork A Beginner’s Guide. Salisbury:
Multilingual Matters, Pp, 1-59.
Boas, F. (2006) ´Os objectivos da pesquisa antropológica´ in: Antropologia cultural. Rio
de janeiro: Jorge Zahar Editores, Pp. 87-109.

137
Bogotá: Grupo Editorial Norma, Pp. 1-40.
Bourdourides, M. A. (S/D) ‘New Directions of Internet Research’. SL: SE.
Cardoso de Olivieira, R. (2006) ´Capítulo 1: o trabalho do antrólogo: olhar, ouvir,
escrever´, in: O trabalho do antropólogo. São Paulo: Editora UNESP, Pp. 17-36.
Foucault, M. (1996) A ordem do discurso. São Paulo; Edições Loyola
Foucault, M. [1981] (2000) As palavras e as coisas: Uma arqueologia das Ciências
Humanas. São Paulo: Livraria Martins Fontes
Geertz, C. [1973] (1978) ‘Uma Descrição Densa: Por uma Teoria Interpretativa da Cultura’
in: Interpretação das culturas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, Pp. 1-44
Guber, R. (2001) La etnografía, método, campo y reflexividad/Rosana Guber.
Ingol, T. (2003) E’thnography is not anthropology’, British Academic Review, 11: 21-23
Leach, E. (1982) ´Da etnografia totalizante a etnografia micro talhada. O meu tipo de
antropologia´, in: A diversidade da antropologia. Lisboa: Edições 70, Pp. 117-141.
Levi-Strauss, C. [1955] (2005) ´Como se faz um etnógrafóo, in: Tristes trópicos. São
Paulo: Companhia das Letras, Pp. 49-58.
Malinowski, B. (1974) ´Argonautas do pacífico Ocidental´, Ethnologia (8): 17-37.
Ofenhejm Mascarenhas, A. (2002) ‘Etnografia e cultura organizacional: Uma contribuição
da antropologia da à Administração de empresas’, Revista de Administração de
Empresas, 42 (2): 88-94.
Peirano, M. (1992) ‘A Favor da etnografia‘ Série Antropologia, Brasília. Pp. 2-21.
Peirano, M. (2006) `Max Weber e a antropologia: a relação entre microetnografia e
macrosociologia´, in: A teoria vivida e outros ensaios da antropologia`. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editores, Pp. 101-109.

Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

138
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia do Simbólico


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)
Disciplina de componente de formação específica

1. Competências
 Explica como o sistema simbólico é um sistema de pensamento
 Interpreta certos fenómenos sociais que ocorrem em Moçambique
 Explicita a influência dos rituais na valorização e preservação do património cultural
 Equaciona a relação entre Ritos Sociais e (re )construção de Identidades Sociais em
Moçambique

2. Objectivos Gerais
 Diferencia o sagrado do profano
 Explica as crenças, rituais e cultos praticadas em Moçambique
 Especifica a utilidade da mitologia
 Identifica a relação Ritos de iniciação e “Educação” em Moçambique

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Conteúdos fundamentais do simbólico
 Profano e Sagrado
Mitos
Ritos 8 15
Símbolos
Liminaridade

139
Ritos de passagem
Pureza – Perigo
Identidades sociais
Magia
Religião
2 Liminaridade 5 15
3 O sistema simbólico como sistema de pensamento
12 15
 Ritos sociais e construção de identidades
4 Religião como sistema simbólico
 Crenças, rituais e cultos 12 15
 Formas, tipos e métodos de rituais
5 Magia e os ritos de momentos difíceis
 Mito, Magia, Religião e Ciência
11 17
 Relação entre magia e religião
 Mitologia como fonte para a moral social
Sub-total 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

AUGÉ, Marc. A construção do mundo. Lisboa, Edições 70, 1994.

140
CAILLOIS. Roger. O Homem e o sagrado. Lisboa, Edições 70, 1998.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70, 2005.
LÉVI-STRAUSS. Claude. O totemismo hoje. Lisboa, Edições 70, 1986.
MALINOWSKI, Bronislaw. Magia, ciência e religião. Lisboa, Edições 70, 1984.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
TITIEV, Mischa. Introdução à Antropologia cultural. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,
2002.

9. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

141
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Música, Cultura e Identidade


Código: Tipo de disciplina: nuclear
Nível: I Ano Académico: 4º Semestre: I
Créditos: 3 Carga horária total: 75 horas (48 de contacto + 27 de estudo)

Introdução
A disciplina com abordagem etnomusicológica estuda a música no contexto como expressão
cultural e pretende discutir a contextualização e análise de diversas culturas musicais escolhidas
em torno de África e de Moçambique cultural.
Serão analisados os vectores de pertencça e elaboração discursiva de delimitação de fronteiras
entre grupos étnicos/sociais e suas representações culturais/ musicais. Através da leitura de
autores diversos também será elaborado um quadro de procedimentos e recursos metodológicos/
teóricos que permitem a compreensão das vinculações complexas entre música, cultura e
identidade.

1. Competências
No fim desta disciplina o estudante :
 Relaciona e explicar a ligação entre a música e a cultura,
 Identifica o papel da música na construção de identidades.

2. Objetivo Geral
- Conhecer o papel social da etnomusicologia.
3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.

4.Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
142
1 Introdução e delimitação
Conceitos básicos de etnomusicologia/ 15 10
Teorias da etnicidade
2 Música na África em contextos diversos:
Conceito de música / identidades
15 10
Música em diversos contextos
Elementos musicais como sinais diacríticos de identidade
3 Musica na diáspora: Precursores de pesquisas e construção de
discursos de matrizes, origens 10 4
Elementos musicais como elementos de definição de pertencimento
4 Música em contextos diversos: exemplos geográficos distintos. 8 3
Sub-total 48 27
75

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia
APPIAH, Kwame Anthony Na casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro,
Contrponto, 1997.

143
BASTOS, José de Menezes “Manipulação étnica e música entre os Índios Kiriri de Mirandela”.
In: Portugal e o Mundo. O encontro de culturas na música, (Salwa El Shawan Castelo
Branco, org.). Lisboa, Dom Quixote, 1997, p. 495 - 506.
CARVALHO, João Soeiro de. Cultura Acústica e letramento em Moçambique – em busca de
fundamentos antropológicos para uma educação intercultural. São Paulo, EDUC, 2004
___________________“Makwayela: Choral performance and Nation Building in Mozambique”.
Horizontes Antropológicos, nº. 11, p.145 a 182, 1999.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

144
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Estágio Técnico Profissional


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (48 de contacto + 102 de estudo)

Disciplina de componente de formação prática

Introdução

Esta disciplina complementa a disciplina de Prática Sócio-Antropológica I. Nesta disciplina o


estudante tem a oportunidade de praticar os ensinamentos sobre como conduzir pesquisa
etnográfica aprendidos na disciplina de Prática Sócio-Antropológica I. Esta disciplina fornece ao
graduado em antropologia uma oportunidade para a prática etnográfica de modo a que o mesmo
tenha preparo suficiente para realizar uma etnografia no âmbito da elaboração do seu Trabalho
de Culminação de Estudos.

1. Competências
No fim desta disciplina, o estudante:
 Domina o uso da etnografia para a recolha de dados e
 Analisa e interpreta dados etnográficos;
 Escreve um texto com base em material etnográfico.

2. Objetivos Gerais
- Saber elaborar a componente metodológica de uma pesquisa etnográfica;
- Saber conduzir um estudo etnográfico;

3. Pré-requisitos: Prática profissional III ( Prática sócio-Antropológica I).

145
4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Como fazer uma pesquisa etnográfica
- O lugar das lentes analíticas na escolha de “terrenos” e estratégias
15 25
metodológicas;
-Contextos sociais envolventes e a prática etnográfica.
2 Estratégias metodológicas
- Preparação técnica e metodológica para a pesquisa etnográfica;
- Preparação logística para a pesquisa etnográfica;
- A aproximação inicial ao ‘campo’ e ao ‘objecto’ de estudo; 10 25
- O processo de recolha de dados;
- O registo de dados;
- As notas de campo.
3 A análise etnográfica
- A organização dos dados
10 25
- Os desafios da interpretação
- Os desafios da tradução cultural: autoria vs autoridade.
4 Estratégias de escrita e de apresentação de dados
- Uso de fotos;
- Uso de citações e relatos do campo; 13 27
- O autor na escrita;
- Responsabilidade para com as fontes.
Sub-total 48 102
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.
146
7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia

Blommaert, J e D. Jie (2010) Ethnographic Fieldwork A Beginner’s Guide. Salisbury:


Multilingual Matters, Pp, 1-59.
Cardoso de Olivieira, R. (2006) O trabalho do antropólogo. São Paulo: Editora UNESP
Geertz, C. [1973] (1978) Interpretação das culturas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores
Guber, R. (2001) La etnografía, método, campo y reflexividad. Bogotá: Grupo Editorial Norma,
Pp. 1-40.
Junod, Henry A. 1974. Usos e Costumes dos Bantos. Tomos I e II, Lourenço Marques: Imprensa
Nacional
Leach, E. (1982) A diversidade da antropologia. Lisboa: Edições 70
Magnani, JGC. (2002)‘De dentro e de perto: notas para uma etnografia urbana’, RBCS,17(49):
11-29
Malinowski, B. (1978) Argonautas do pacífico Ocidental, São Paulo: Edições Abril
Peirano, M. (1992) A Favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará
Peirano, M. (2006) A teoria vivida e outros ensaios da antropologia`. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editores
Travancas, I. (2006) ‘Fazendo etnografia no mundo da comunicação’, In: Barros A. e Duarte, J.
(Orgs). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação, São Paulo: Atlas, pp. 98-10.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

147
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia Urbana


Código: Tipo de disciplina: nuclear
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: II
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

Introdução

Desde o começo que a Antropologia esteve ligada à povos ditos atrasados, primitivos,
não polidos, isto é, não urbanizados. Quantas vezes a Cidade hoje cria realidades exóticas e
contrastantes em relação ao perímetro de cimento ou no interior dele? Num mundo urbano cada
vez mais excludente, vários são os fenómenos de sobrevivência que demarcam realidades que se
afastam das tendências sociais caracteristicamente urbanas. Perscrutar estes aspectos constituir-
se-á no fundamento da operacionalidade da Antropologia Urbana.

1. Competências
 Explica como se forma a identidade urbana

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as bases da Antropologia Urbana
 Explicar como se formam as identidades urbanas
 Identificar as fontes de violência urbana

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A constituição da Antropologia Urbana: etnografia “nas” ou “das”
cidades?
 A Escola de Chicago: a definição de uma linha de pesquisas
etnográficas sobre a cidade e a cultura urbanas. 4 15
 O Instituto Rhodes-Livingston: Estratégias metodológicas e
contribuições conceptuais.
 A segregação socioespacial nas cidades: subúrbios, ghettos, favelas,
148
bantustões.
2  A cidade contestada: movimentos sociais e reestruturação do espaço
urbano. 6 10
 Da Antropologia “nas” cidades à Antropologia “das” cidades
3 Representação, identidade e cultura em contextos urbanos
 As cidades como campos de representação simbólica;
 A invenção das tradições nas cidades;
18 10
 Cidades multi-étnicas e crítica cultural; nacionalismo, etnicidade e
diversidade cultural;
 Cidades africanas: as periferias como locus de transformação
4 Moçambique: Leituras do espaço e da experiência urbana
 Campo e cidades moçambicanas;
 Crime, marginalidade e violência nas cidades moçambicanas; 10 10
 Cidadania, movimentos sociais e religiosidade no Moçambique actual.
5 Desafios contemporâneos à antropologia urbana 10 7
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

AGADJANIAN,Victor. As Igrejas ziones no espaço sóciocultural de Moçambique urbano (anos


1980 e 1990). In: Lusotopie, 1999, pp. 415-423
149
BARREIRA, Irlys A. F. A cidade no fluxo do tempo: invenção do passado e património.
Sociologias. Porto Alegre, ano 5, n°9, jan/jun 2003, p. 314-339
BASHAM, Richard. Urban Anthropology. The Cross-cultural study of complex societies. Palo
Alto, Mayfield Publishing Company, 1978.
BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.
BECKER, H., Conferência: a escola de Chicago. Mana – Estudos de Antropologia Social, Riode
Janeiro, vol. 2(2): 177-88, 1996.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70, 2005.
DA MATTA, Roberto. A casa e a rua. Rio de Janeiro, Guanabara/Koogan, 1991.
DE VLETER, Fion. The informal sector in Mozambique: a neglected majority. Maputo,
Gabinete de Promoção do Emprego – Ministério do Trabalho, 1991.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70, 1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
FORTUNA, Carlos. As cidades e as identidades: narrativas, patrimonios e memórias. Revista
Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo. ANPOCS, 33 (fevereiro), 1997.
HANNERZ, Ulf. Os limites de nosso auto-retrato. Antropologia urbana e globalização. Mana,
Abr 1999, vol.5, no.1, p.149-155.
HARVEY, David. Espaços urbanos na aldeia global: reflexos sobre a condição urbana no
capitalismo no final do século XX. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo. Minas Gerais,
PUC, 4 (maio), 1996.
LITTLE, Keneth. Urbanization as a social process. An essay on movement and change in
contemporary Africa. London, Routledge & Paul Kegan, 1974.
LOBÃO, Daniel Cerqueira Waldir. Determinantes da criminalidade: Arcabouços teóricos e
resultados empíricos. DADOS- Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro. Vol. 47, n°2,
2004. p.233-269.
LOW, Setha . “The Anthropology of Cities: Imagining and Theorizing the City”, Annual Review
of Anthropology, 25, pp. 383-409, 1996.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: Notas para uma etnografia urbana.
Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo. ANPOCS, 49 (junho), 2002.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
150
MITCHEL, Clyde (1956). The Kalela dance. In: http://era.anthropology.ac.uk/ERA2/kalela/.
RITA-FERREIRA, A. 1967-68, Os africanos de Lourenço Marques, Lourenço Marques, IICM,
Memórias do Instituto de Investigação científica de Moçambique, Série C, 9 : 95-491.
SALVADOR, Cristina (2004). Mutações nas periferias das cidades africanas. l
SIMMEL, Georg. A metrópole e a vida mental. In: VELHO, Octávio G. (org). O fenómeno
urbano. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.
SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito. MANA. 11(2): 577-591, 2005

8. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

151
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Antropologia Política


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

Normalmente a teoria política tem se reduzido à teoria do Estado, fundamentalmente da


herança à que o político esteve ligado: ao Eurocentrismo. Numa visão desmistificadora, a
Cadeira procurará prover as diversas manifestações políticas associadas aos grupos humanos.

1. Competências
 Categoriza as sociedades moçambicanas em função da s estruturas políticas
 Relaciona as diferenças sociais com o acesso ao poder

2. Objectivos Gerais
 Conhecer as diferentes noções relacioadas com o poder
 Caracterizar os diferentes tipos de sociedades
 Saber como o sagrado se interliga com o poder

3. Pré-requisitos:

4. Conteúdos (Plano Temático)


Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A constituição e o desenvolvimento da Antropologia Política
10 30
 A definição do político e de conceitos com ele relacionados;
 Antropologia Política, Ciência Política e Filosofia Política;
2 A diversidade de formas de manifestação do político em diferentes
contextos sociais 15 20

152
 O político enquanto “estrutura”;
 Sociedades com Estado e sociedades sem Estado: A desconstrução
do modelo funcionalista;
 O político como “processo”: os teóricos da “acção política” e os
processos de tomada de decisão;
 Posições maximalistas e posições minimalistas;
 Da legitimidade de se falar em “político” nas sociedades de
caçadores-recolectores: os Nambikwara e o consentimento da
colectividade (Lévi-Strauss); a sociedade contra o Estado (Clastres);
os Hadza e o “político mínimo” (Woodburn);
 Parentesco e Poder: as sociedades linhageiras (o caso dos Nuer do
Sudão);

Sociedades de poder centralizado e as teorias sobre a origem do Estado;


 O poder sacralizado.

3 A globalização e o contra-poder 5 6
4 Temas actuais e estudos de caso (Moçambique)

 Nação e nacionalismo; identidade e etnicidade;


 Antropologia dos processos identitários: um campo em
desenvolvimento; 18 21
 Poder e autoridade;
 Estado e Autoridade local em Moçambique;
 Antropologia dos processos eleitorais em Moçambique

Sub-total 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
153
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia Básica

BATALHA, Luís. Antropologia. Uma Perspectiva Holística. Lisboa, ISCSSP/UTL, 2005.

COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Lisboa, Edições 70, 2005.
EVANS-PRITCHARD, E. E. História do Pensamento Antropológico. Lisboa, Edições 70, 1981.
GONÇALVES. A. Custódio. Questões de Antropologia Social e Cultural. Porto, Edições
Afrontamento,1997.
MELLO, Luíz Gonzaga de., Antropologia Cultural. Iniciação, Teoria e Temas 12ª edição.
Petrópolis, Editora Vozes, 2005.
SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências Sociais 7ª
edição. Porto, Edições Afrontamento, 1986.
SPERBER, Dan. O saber dos antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.

9. Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

154
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Trabalho de Culminação do Curso


Código: Tipo de disciplina: Nuclear
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (32 de contacto + 118 de estudo)

Disciplina de componente de formação específica

Introdução

A disciplina de Trabalho de Culminação de Estudos marca o culminar do processo de


aprendizagem do graduado em antropologia. Nesta disciplina os estudantes têm a oportunidade
de mobilizar todos os recursos cognitivos e habilidades adquiridas ao longo do curso para redigir
um relatório de pesquisa, fruto de uma pesquisa ou de um estágio por si realizado. A disciplina
permite avaliar a capacidade cognitiva e as habilidades técnicas do estudante para a prática de
pesquisa antropológica.

1. Competências

No fim desta disciplina, o estudante:


 Gere dados que permitam alimentar a elaboração dum argumento tendo em conta o
problema específico de pesquisa que tenha seleccionado;
 Selecciona esquemas interpretativos e usá-los para elaborar o Relatório de sua pesquisa.

2. Objetivo Geral
- Pesquisar uma problemática a sua escolha.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina

4. Plano temático
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução: O projecto de pesquisa 2 12

155
2 O trabalho exploratório 4 12
3 A construção de uma problemática: O problema de Pesquisa 2 12
4 A construção de uma problemática: A revisão de literatura 4 12
5 O modelo de análise: das hipóteses aos indicadores 4 12
6 Técnicas de recolha de dados 2 12
7 O Estudo de caso 4 12
8 A pesquisa acção 4 12
9 Os métodos biográficos 4 12
10 Esquemas de inteligibilidade 2 10
Sub-total 32 118
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia

Almeida, João, e Pinto, José Madureira. 1975. Teoria e Investigação em Ciências Sociais
Análise Social, XI (2º-3º), (nº 42-43): 365-445
Adam, Yussuf. 2006. Escapar aos Dentes do Crocodilo e Cair na Boca do Leopardo. Maputo:
Promédia.
Berthelot, Jean-Michel 1990. “Typologie dês Schèmes D’Intelligibilité” in Berthelot, Jean-
Michel L'Intelligence du Social: Le Pluralisme Explicatif en Sociologie. Paris: PUF.

156
Chamberlayne, Prue, Bornat, Joanna and Wengraf, Tom. 2000. “Introduction: The Biographical
Turn” in Joanna Bornat, Prue Chamberlayne, Tom Wengraf The Turn to Biographical
Methods in Social Science: Comparative Issues and Examples. London: Routledge. 1-30
Durão,Susana 2008. Patrulha e Proximidade. Uma Etnografia da Polícia em Lisboa.
Departamento de Antropologia: Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Eriksen, Thomas 2004. “Fieldwork” in Eriksen, Thomas What is Anthropology?London: Pluto
Press. 42-60
Esteves, António Joaquim A Investigação-Acção pp. 251-278 in Silva, Augusto Santos e Pinto,
José Madureira (org.) Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento
Gewald, Jean-Bart. 1999. Herero Heroes: a Socio-Political History of the Herero of Namibia,
1890-1923. Oxford: James Curey
Gluckman, Max. 1961. “Ethnographic Data in British Social Anthropology” Sociological Review
9: 5-17
Kula 2006. Estudo de Base e Diagnóstico de Necessidades: Construção da Ponte sobre o Rio
Zambeze – Chimura e Caia
Langa, Quitério 2002. “Segurança Social” Análise Crítica da Génese e Funcionamento de um
Sistema: Estratégias de Sobrevivências das Pensionistas por Velhice no distrito de Boane
Unidade de Formação e Investigação em Ciências Sociais. UEM
Lewis, Oscar. 1963. The Children of Sanchez: Autobiography of a Mexican Family. New York:
Vintage
Mamdani, Mahmood. 1996. Citizen and Subject: Contemporary Africa and the Legacy of Late
Colonialism. Oxford: James Curey
Martiniello, Marco. 1995. L’Ethnicité dans les Sciences Sociales Contemporaines. Paris: PUF
Olivier de Sardan, Jean Pierre. 2008. La Rigueur du Qualitatif: Les Contraintes Empiriques de
L’Interpretation Socio-Anthropologique. Louvain-la-Neuve: Academia-Bruylant
Osório, Conceição e Cruz e Silva, Teresa 2009. Género e Governação local. Estudo de Caso na
Província de Manica, Distritos de Tambara e Machaze
Quivy, Raymond e Van Campenhoudt. Luc. 1998.Manual de Investigação em Ciências Sociais.
Lisboa: Gradiva 107-151
Van Valsen, Jean 1987. “A Análise Situacional e o Método de Estudo de Caso Detalhado” in
Feldman-Bianco, Bela. Antropologia das Sociedades Contemporâneas – Métodos. São
Paulo: Global. 345-374.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

157
23.1 Programas Temáticos das disciplinas do Minor em Estudos Étnicos e
Africanos

158
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Informática (SPSS)


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 (48 de contacto + 52 de estudo)

1. Competências

Domina o universo de análise de dados com SPSS

2. Objectivos Gerais
Conhecer o programa estatístico de análise de dados para as Ciências Sociais
Ser capaz de aplicar no tratamento de dados qualitativos e quantitativos

3. Pré-requisitos: Nenhuma precedência

4. Conteúdos (Plano Temático)

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Análise de dados em Ciências Sociais
Métodos de investigação 9 12
Estatística descritiva e inferencial
Testes de hipóteses (teoria de decisão)
2 SPSS: uma ferramenta fundamental
Introdução de variáveis e casos
9 12
Inserção de novas variáveis
3 Tratamento e apresentação dos dados
Transfomação de variáveis
9 10
Tipos de variáveis e de escala
Distribuição de probabilidades
4 Estatística descritiva
Medidas de localização (tendência central e não central)
Medidas de dispersão
Assimetria
Medidas de curtose 10
9
5 10 8

159
Associação entre variáveis
Coeficientes de correlação:
Biserial e point-biserial
Spearman e de kendall
Pearson
Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem

A aprendizagem das matérias será em função da utilização do programa


informático de análise de dados para as ciências sociais (SPSS) em exercícios práticos com
base em dados dos inquéritos realizados pelos estudantes nas práticas das metodologias
qualitativas e quantitativas.

6. Avaliação

A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas


intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizem o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

Docentes: A ser indicado pela Faculdade de Ciências Sociais .

8. Bibliografia Básica

Martinez, Luis e Aristides Ferreira. Análise de Dados com SPSS, Primeiros passos. Escolar
Editora, Lisboa, 2007.

160
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais
Disciplina - Teorias de Etnicidade
Código: Tipo de disciplina: Cimplementar
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 7 Carga horária total: 175 horas (64 de contacto + 111 de estudo)

Introdução

A presente disciplina visa oferecer um quadro conceptual e etnográfico das relações


étnicas, à luz de um espectro amplo que propicie uma diversidade de abordagens teóricas e
de contextos etnográficos. A disciplina procura apresentar os vários sentidos que a noção
de etnicidade ou identidade étnica, especialmente em seus desdobramentos políticos e
culturais, tem adquirido na pesquisa em Ciências Sociais. Almeja-se introduzir e
aprofundar alguns conceitos chaves, assim como estimular um debate sobre a relação entre
identidade étnica e modernidade e sobre o local e o global na criação de identidades
étnicas. Deste modo os estudantes receberão uma introdução detalhada sobre os clássicos,
assim como sobre as obras mais recentes que dizem respeito às novas formas que a
identidade étnica está assumindo na Modernidade tardia em contextos diferentes.

1. Competências
No fim do curso, o estudante deve ser capaz de:
 Compreende e explica o papel da etnicidade no mundo actual,
 Conhece as vertentes primordialistas e construtivistas da etnicidade,
 Conhece os variados processos de construção da etnicidade.

2. Objetivo Geral
- Conhecer e interpretar as teorias de Etnicidade.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.

4. Plano temático
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo

161
1 - As bases da etnicidade
 Aspectos teóricos da construção da etnicidade e a discussão
sobre sua vigência nas sociedades actuais;
15 30
- Grupo e identidade étnica
 A revivescência da etnicidade

2 - Nacionalismo e regionalismo étnico


 A questão da base étnica do Nacionalismo. As vertentes
Regionalismo e Sociedade plural
15 30
- Nação e etnicidade
 Movimentos autonomistas, separatistas e de defesas das
minorias étnicas
3 Os imigrantes e as novas formas de etnicidades
 A “velha” imigração, em particular nas Américas e na
12 20
Europa
 As imigrações no 3º mundo e sua ligação com a etnicidade
4 Globalização “tradicional” dentro dos diferentes impérios coloniais
Identidades locais (tradicionais) e novas
10 10
 A invenção das Etnias em África
 As identidades étnicas em Moçambique: um estudo de caso
5 Etnogénese na modernidade
 Globalização e etnicidade: homogeneização e 8 10
heterogeneização.
6
7 A nova globalização sob a égide do século americano. 4 11
Sub-total 64 111
Total 175

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

162
Língua Portuguesa

8. Bibliografia
ANDERSON, Benedict (1989). Nação e Consciência Nacional.São Paulo: Ática.
ERIKSEN, Thomas (1993). Ethnicity and Nationalism. Anthropological Perspectives,
Londres: Pluto.
JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de
Moçambique,1996.
HOBSBAWN, Eric (1990). Nações e Nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e
Terra.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de (1983). Etnia e estrutura de classes, in “Enigmas e
soluções”. Rio de Janeiro e Fortaleza: Tempo Brasileiro/UFC.
POUTIGNAT, P. e J. STREIFF-FENART (1995). Teorias de etnicidade.São Paulo:
EDUNESP.
SMITH, Anthony D. (1986). The ethnic origins of nations. Oxford: Blackwell Publishers.
(parte II. “Ethnic and nations in the modern era”, p. 129-302)
WEBER, Max. (1986). Economia e Sociedade. Brasília: UnB editora. (cap. IV, “Relações
Comunitárias Étnicas”, p. 267-277).
ROOSENS, E. (1989) Creating Ethnicity. The process of ethnogenesis. Londres: Sage,
pgs.: 9-21 e 149-154.
Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

163
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais
Disciplina - Estudos Africanos
Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)

Introdução

A disciplina pretende convidar a uma reflexão crítica sobre os principais conceitos e


principais abordagens teóricas e metodológicas no domínio das ciências humanas e sociais
sobre África. De uma forma particular, pretende-se, por um lado, proceder a uma reflexão
crítica sobre a produção recente de alguns africanistas sobre o continente africano,
analisando temáticas e abordagens que aproximam as Ciências Humanas e Sociais na sua
perspectiva multi e transdiciplinar, resgatando as contribuições não apenas da Sociologia
como também da Antropologia, Ciência Política e da História. Por outro lado, analisar-se-á
a produção teórica dos africanos residentes e na diáspora.

1. Competências
No fim do curso o estudante:
 Conhece os africanistas endógenos e exógenos,
 Explica e contextualiza os Estudos Africanos.

2. Objetivo Geral
- Conhecer o percurso dos Estudos Africanos.

3. Pré-requisitos: Nenhuma disciplina.

4. Plano temático
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Por uma História e Sociologia dos Estudos Africanos; 10 12

164
 Pressupostos metodológicos;
 Uma periodização dos Estudos Africanos.
2
Os Africanistas e os Estudos Africanos 8 12
3 Os estudos africanos, a diáspora africana e a produção autóctone:
a busca de
8 15
uma visão africana e a dependência teórica: Descolonização
epistemológica
4 As ciências sociais e o desenvolvimento do continente africano 8 15
5 As ciências humanas e sociais na contemporaneidade: desafios
8 10
epistemológicos
6 África e Modernidade 6 13
Sub-total 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa

8. Bibliografia

APPIAH, Kwame Anthony. Na casa do meu pai: A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro, Contraponto, 1997.
COPANS, Jeans (1974). Críticas e políticas da Antropologia. Lisboa, edições 70.

165
HOUNTONDJI, Paulin J. Conhecimento de África, conhecimento de Africanos: Duas
perspectivas sobre os Estudos Africanos. In. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80,
Março 2008, pp. 149-160.
CRUZ e SILVA, Teresa. O Público, o Privado e o Papel Social das Universidades em
África. Dakar, Codesria, 2010
MACAMO, Elisio (ed) Negotiating modernity: Africa´s ambivalent Experience.
Dakar/London, CODESRIA/ZED, 2005, pp.67-97.
MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto-inscrição. Estudos Afro-asiáticos v.23,
Rio de Janeiro, 2001.
SANTOS, Boaventura Sousa & MENEZES, Maria Paula, orgs, 2009, Epistemologias do
Sul. Coimbra: Almedina/CES.
Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

166
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Tradições Africanas e Identidades Sociais


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 3º Semestre: II
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (64 de contacto + 86 de estudo)

Introdução
A presente disciplina pretende introduzir no estudante a ideia de tradições africanas e o
papel que as potências europeias tiveram na invenção e montagem de suas tradições no
continente.

1. Competências
No fim do curso o estudante:
 Identifica e explicar o papel da tradição para a perpetuação das identidades
sociais;
 Diferencia a tradição da modernidade.
2. Objetivo Geral
- Explicar o papel das tradicões africanas no processo de construção identitária.
3. Pré-requisito: nenhuma disciplina.
4.Plano temático
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A invenção das tradições 10 20
2
A invenção das tradições na Africa colonial 10 15
3 A produção em massa das tradições na Europa 10 15
4 A tradição e modernidade 10 15
5 As tradições de autoridade transmitidas aos africanos
10 15
6 Identidades Africanas 12 16
Sub-total 64 86
Total 150

167
5. Métodos de ensino e aprendizagem
A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.
6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia
APPIAH, Kwame Anthony (1997). Na casa do meu pai: A África na filosofia da cultura.
Rio de Janeiro, Contraponto,.
HOBSBAWN, Eric e RANGER, Terence (2002). A invenção das tradições,3a edição, Rio
de Janeir, Editora Paz e Terra.
FRY, Peter (2001). Moçambique ensaios. Rio de Janeiro, UFRJ.
Comaroff, Jean e John (orgs), Modernity and its Malcontents. Ritual and Power in
Postcolonial África, Chicago/Londres, The University of Chicago Press, 1993.

Geschiere, Peter. "Feitiçaria e Modernidade: alguns pensamentos sobre uma estranha


cumplicidade”, Afro-Asia 34, 2006.

______________. The Modernity of Witchcraft. Politics and the Occult in Postcolonial


Africa, Charlottesville/Londres, University Press of Virginia, 1997 [1995].

Shaw, Rosalind “The Production of Witchcraft/Witchcraft as Production: Memory,


Modernity, and the Slave Trade in Sierra Leone”, American Ethnologist, Vol. 24, No.
4 (Nov.,
1997), pp. 856-876.
Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

168
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Governação e Poder Local


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 3º Semestre: II
Créditos: 7 Carga horária total: 175 horas (64 de contacto + 111 de estudo)

Introdução
A disciplina de Governação e Poder Local pretende fornecer ao futuro graduado em
Antropologia com Habilitação em Estudos Étnicos e Africanos uma perspectiva de relação
que pode se estabelecer com o processo de Governação central e as perspectivas de
poderes locais e o seu papel no desenvolvimento da Comunidade.

1. Competências
No fim deste curso o estudante:

 Compreende as dinâmicas da chamada democracia local e sua contribuição para o


aprofundamento e consolidação da democracia no contexto nacional;
 Compreende os conceitos e a aplicação de diferentes modalidades para prestação de
serviços à população; e
 Compreende o processo moçambicano de descentralização/desconcentração; a
estrutura da governação local em Moçambique; relações intergovernamentais e
enquadramento dos governos locais na estrutura da governação em Moçambique.

2. Objetivos Gerais
- Conhecer e avaliar os papéis e as responsabilidades dos governos locais;
- Compreender a natureza e relação dos governos locais com o governo central;
- Compreender o papel do governo local no desenvolvimento económico local.

169
3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.
4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Introdução: conceito, origem e funções do governo local 7 15
2 Descentralização 7 15
3 Governo Local versus Democracia Local 7 15
4 Relações Intergovernamentais 7 10
5 Governo Local versus Desenvolvimento Local 7 10
6 Governação e autoridades tradicionais 7 10
7 O papel das autoridades tradicionais no processo de governação 7 10
8 Modalidades de provisão local de serviços 7 10
9 O processo moçambicano de descentralização: Debate teórico e
8 16
realiadade
Sub-total 64 111
Total 175

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia

170
BRITO, L et al. (2005) Partidos, Cidadãos e Eleições Locais em Moçambique-2003.
Maputo: Imprensa Universitária.
GAVENTA, J. and VALDERRAMA, C. (1999) Participation, Citizenship and Local
Governance, background note prepared for workshop on strengthening participation
in local governance. UK: Institute of Development Studies.June 21-24.
GUAMBE, J. (1999) Descentralização e Autonomia Municipal em Moçambique. Maputo:
MAE.
IDEA (2001) Democracy at the Local Level: the international handbook on Participation,
Representation, Conflict, Management and Governance. Halmstad, Sweden.
JOSEPH, R. (ed) (1999) State, Conflict, and Democracy in Africa. . London: Lynne
Rienner Publishers. Inc.
KAELIN, W. (2002) Decentralized Governance in Fragmented Societies: Solutions or
Cause of New Evil? Bern (typoscript)
LINDER, W. (2009) On the Merits of Decentralisation in Young Democracies: Theory and
the Case of Mozambique‘s Autarquias. Switzerland :University of Bern.
LITVACK, J., AHMAN, J. and RICHARD B. (1999) Rethinking Decentralization in
Developing Countries. Washington D.C : the World Bank.
MANOR, J. (1999) A Promessa e as Limitações da Descentralização. Maputo: MAE.
––––––––––– (1999) The Political Economy of Democratic Decentralization. Washington
D.C: The World Bank.
OLOWU, D. (1999) Local Governance, Democracy, and Developmen. London: Lynne
Rienner Publishers, Inc.
SITOE, E. and HUNGUANA, C. (2005) A Descentralização Democrática é Condição
Necessária para Mater Vivo o Milagre Moçambicano. Maputo: Imprensa
Universitária.
SMOKE, Paul (2001) Fiscal Decentralization in Developing Countries: a review of
current concepts and Practice, Democracy, Governance and Human Rights
Programme Paper Number 2.United Nations Research Institute for Social
Development .
SOUZA, C. (1999) Reinventando o Poder Local: Limites e Possibilidades do Federalismo
e da Descentralização. São Paulo em Perspectiva 10 (3)
STEINICH, M. (2000) Monitoring and Evaluating Support to Decentralization: Challenges
and Dilemmas, paper presented in the European Support for Democratic

171
Decentralization and Municipal Development-A Contribution to Local Development
and Poverty Reduction Maastricht, 14-15 June
UNDP (1997) ‗Reconceptualising Governance‘. UNDP Discussion Paper no. 2, New
York.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

172
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Francês
Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 3° Semestre: I
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

Disciplina de componente de formação Geral

Introdução
Esta disciplina introduz o estudante à língua francesa. O mundo de hoje, globalizado e cada
vez mais conectado exige ao futuro antropólogo o conhecimento da língua francesa.

5. Competências

No fim desta disciplina, o estudante:


 Conhece os pressupostos básicos da língua francesa.
 Comunica-se com o mundo da língua francesa
6. Objetivos Gerais

- Falar a língua francesa


Pré requisitos: nenhuma disciplina.

7. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 Expressions de saluer

Bonjour madame/ monsieur, bonsoir, salut, comment vas-tu?, comment


allez-vous?, ça va?, ça roule?,

Expressions de feu:
12 16
Au revoir, bonne nuit, á bientôt, á tout de suite, á demain, à la prochaine,
adieu Tutoiement/ vouvoiement.
Expressions de merci:
Merci, merci bien, merci beaucoup, c’est gentil, c’est drôlement sympa, c’est
vraiment cool, c’est genial.

173
Réaction à Merci:
De rien, je t’en prie, je vous en prie, c’ est un plaisir, Il n’y a pas de quoi.
2 Expression de l’apresentation
Je m’appelle, je suis, moi, c’est, j`ai…, j`habite
12 12
Je vous/ te présente, viola, voice, c’est, j’ai l’honneur de vous presenter, j’ai
le plaisir de présenter

3 Fiche d’ identité:
Nom, prénom, âge, nationalité, adresse, profession, état civil.
Question sur l’identité: 12 12
Comment tu t’appelles?, Quel âge as-tu? Qu’est-ce que tu fais/ quelle est ta
profession?, Quelle est ta nationalité? Comment il s’appelle?. Il a quell âge,
quelle est sa nationalité, qu’est-ce qu’il fait?
4 Conjugaison des verbes: avoir, être, aimer, lancer, savoir, cêder, mener,
appeler, acheter, manger, abréger, créer, apprécier, employer, payer,
envoyer, puer, finir,, aller, dormer, venir, asaillir, mentir, vêtir, acquêrir,
srvir, et fuir en present, passé compose, passé simple et future.

Expressions pour situer les choices:


Devant/ derriére, au coin, sur, à côte de, prés de, loin de, au-dessous, au- 12 12
dessus, après.
Expressions pour indiquer l'itinéraire:
Suivez tout droit, tournez à droite, tournez à gauche, continuez, traversez.
Rédaction en français
Description des personnes, des lieux et des choses en français

Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

174
7. Língua de ensino

Língua francesa.

8. Bibliografia

Forum- Méthode de français. Paris: Hochete, 2000


Reflets- Métho de fraçais. Paris: Hochette, 2000
Studio 100 méthode de français. Paris: Didier, 2001
Dictionnaire du français-référence apprentissage. (Le Robert) Paris: Clé Internacional,
2002

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Línguas.

175
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Relações Etno-Raciais


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 4º Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (48 de contacto + 102 de estudo)

Introdução

Esta disciplina visa familiarizar os estudantes ao debate contemporâneo sobre as relações


raciais e étnicas, destacando o modo como o debate sobre os processos de construção de
identidades se articula com a problemática do racismo e do anti-racismo. A partir de uma
abordagem sobre o fenómeno da etnicidade e das identidades que leva em conta o
descentramento dos sujeitos e se distancia das teorias essencialistas, a disciplina visa
ampliar a discussão sobre estes temas. O foco será colocado sobre a discussão dos
conceitos de ‘identidade’, ‘identificação’, ‘fronteira’, ‘racismo’ e ‘anti-racismo’.

1. Competências
No fim da disciplina o estudante:
 Caracteriza as relações entre os africanos e os colonos;
 Caracteriza o mundo branco e africano colonial.

2. Objetivo Geral
- Estabelecer conexões entre identidades através dos processos de etnicidade e
racismo.
3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.

4.Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A identidade como problema 10 25

176
2
A identidade como fronteira 10 25
3 Processos de identificação no Moçambique colonial: os brancos e os
10 35
indígenas/etnias africanas
4 Identidades, racismo e anti-racismo 8 10
5 Assimilação como condição de ser branco
10 7
Sub-total 48 102
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários
procedimentos: conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa
individual ou colectiva sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à
aplicabilidade de algumas delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas
intervenções oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns
relacionados com temáticas particulares da disciplina, até aos resumos de matérias
recomendadas para o efeito e todas as outras formas recomendadas que valorizam o
esforço do estudante para a concretização parcial ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa do meu pai: A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro, Contraponto, 1997.
MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto-inscrição. Estudos Afro-asiáticos v.23,
Rio de Janeiro, 2001.

HALL, S (1997). Identidades culturais na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP


_______ Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv Sovik (Org.) Trad.
Adelaine
POUTIGNAT, Philippe, STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da Etnicidade. São Paulo,
Unesp, 1997.
SERRA, Carlos et al. Racismo, etnicidade e poder. Maputo, Livraria Universitária,

177
ZAMPARONI, Valdemir. Entre narros e mulungos: colonialismo e paisagem social em
Lourenço Marques, 1890-1940. Tese apresentada para obtenção do grau de Doutor em
História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, 1998.
____________________. Lourenço Marques: espaço urbano, espaço branco? In:
Construção e Ensino História de África. Lisboa: Comissão Nacional para a
Comemoração das Descobertas Portuguesas, 1995, p. 389-409.

178
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Religiões Tradicionais Africanas


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 4° Semestre: I
Créditos: 6 Carga horária total: 150 horas (48 de contacto +102 de estudo)

Introdução

A presente disciplina pretende iniciar os estudantes a um conjunto de religiões africanas e ao


papel desempenhado por elas no seio da comunidade. Como forma de inserí-lo no mundo
religioso africano serão fornecidos um conjunto de bibliografias que espelham a mesma
realidade no contexto africano no geral e moçambicano, em particular. Uma análise histórico-
antropológica de diversas instituições e práticas religiosas africanas

1. Competências
No fim do curso, o estudante:
 Identifica e explicar as características das Religiões Africanas;
 Compreende os fundamentos das Religiões Tradicionais Africanas.

2. Objetivo Geral
- Explicar a natureza sagrada das religiões tradicionais africanas e diferenciá-las das
religiões mundiais.

3. Pré-requisito: nenhuma disciplina.

179
4. Plano temático
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A África e os estudos antropológicos da religião
6 20
2
A ideia de fortuna e infortúnio nas religiões africanas 6 25
3 Os rituais de possessão 8 20
4 Encontros religiosos- O Islão, Catolicismo e religiões africanas 8 15
5 Encontros religiosos- O colonialismo, o pós-colonialismo e as novas igrejas
8 10
pentecostais- o caso moçambicano
6 A feitiçaria como componente da filosofia do infortúnio 6 6
7 Debates sobre a racionalidade: Ciência e religião. 6 6
Sub-total 48 102
Total 150

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia
BOUENE, Felizardo (s/d). Moçambique : Islão e cultura Tradicional

180
HONWANA, Alcinda. Espíritos vivos e tradições modernas. Possessão de espíritos e
reintegração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo, Promédia, 2002.
Blakely T.D. & Van Beek, W.E.A &, Thomson, D.L., (eds.), Religion in Africa, London, James
Currey, 1994. "Introduction", pp. 1-20.
Brenner, Louis, "Conceitos para o estudo da religião na África" (mimeo).
Turner, Victor W., O processo ritual : estrutura e antiestrutura (tradução de Nancy Campi de
Castro), Petrópolis, Ed. Vozes, 1974. Cap. 3 “Liminalidade e Communitas”.
Van Gennep, A. Rites of passage (tradução Vizedom, M. and Cafee, G.). Chicago, University of
Chicago Press, 1960.
Craemer Willy de, & Vansina, Jan & Fox, Renée C.. “Religious Movements in Central Africa: a
Theoretical Study”, Comparative Studies in Society and History, 18: 4, 1976, pp. 458-475.
Turner, Victor, The drums of affliction: a study of religious processes among the Ndembu of
Zambia, Oxford, Claredon Press, 1968.
Lewis, I.M., Êxtase Religioso. Um estudo antropológico da Possessão por Espírito e do
Xamanismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977 [1971]. Cap. 3, pp.79-123.
Vainfas, Ronaldo e Souza, Marina de Mello e. “Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino
do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XVXVIII”,
Tempo, 6, 1998, pp. 95-118.
Thornton, John K. “Religião e vida cerimonial no Congo e áreas umbundo, de 1500 a 1700”, in
Linda M. Heywood (org.) Diaspora negra no Brasil, São Paulo, Editora
Contexto, 2008, pp. 81-100.
Vincent Monteil, “O Islã na África negra”, Afro-Ásia n. 4-5, 1967.
Evans-Pritchard, E.E.. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro:
Zahar, 1978.
9. Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

181
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Línguas e Identidades Étnicas


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 4º Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)

Introdução

A disciplina pretende iniciar aos estudantes sobre a diversidade linguistica africana no geral e de
Moçambique em particular. Pretende aprofundar leituras sobre a complexidade sociolinguística
africana e os conceitos básicos de língua/dialeto e outros seus correlatos.

1. Competências
No fim do curso o estudante:
 Conhece a diversidade linguistica africana e de Moçambique em particular,
 Conhece a política linguistica actual.

2. Objetivo Geral
- Conhecer a diversidade socio-linguistica de África e de Moçambique.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.

4. Plano temático

Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1
6 10
Panorama da complexidade sociolingüística e cultural em África
2
O colonialismo e as línguas africanas 6 10
3 As línguas africanas após as independências 6 10
4 Conceitos básicos de língua/dialeto/ discurso, bilingüismo,
6 10
multilinguismo, nação, etnia, poder, identidade
5 Construção de estereótipos como regimes de representação e
6 10
intolerância linguística
182
6 Línguas e educação em África 6 10
7 Línguas e Educação em Moçambique 6 7
8 O bilinguismo na educação em Moçambique 6 10
Sub-total 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa do meu pai: A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro, Contraponto, 1997.
ANDERSON, Benedict (1991). Imagined communities: Reflections on the origin and spread of
Nationalism,London: Verso.
FIRMINO, G. (1987). Alguns Problemas sobre a normatização do Português em Moçambique.
___________ (2000). Situação Linguística de Moçambique, INE, Maputo.
STROUD, Christopher e TUZINE, António (1998). Uso de Línguas Africanas no Ensino:
Problemas e Perspectivas.INDE, Maputo.
HALL, S (1997). Identidades culturais na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP
_______ Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv Sovik (Org.) Trad. Adelaine
Resende et alii, Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006.
183
Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

184
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Interculturalismo e Cidadania


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 4º Semestre: II
Créditos: 5 Carga horária total: 125 horas (48 de contacto + 77 de estudo)

Introdução

Na presente disciplina pretende-se abordar a questão da cidadania como processo histórico e


resultante das reivindicações dos movimentos sociais por políticas públicas e equidade social nas
relações de gênero, étnico-racial, no acesso ao mundo digital, à educação, habitação, saúde,
segurança e defesa. A desigualdade social e a expressão da violência como questão social e a
inclusão dos excluidos na vida social. A Declaração Universal dos Direitos Humanos será
também abordada. O processo de globalização contemporânea como fundamento da sociedade
informacional. A interculturalidade.

1. Competências
No fim desta disciplina o estudante :
 Compreende o que é cidadania e interculturalismo e contextualizar nas relações sociais e
com isso construir uma visão de mundo baseada na solidariedade e na equidade social,
respeitando à diversidade cultural e social nas suas diversas modalidades na sociedade
contemporânea.

2. Objetivo Geral

- Conhecer os pressupostos básicos da interculturalidade e cidadania.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.


4. Plano temático
185
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 A Cidadania e os Direitos Humanos:
- Cidadania: Conceito e Histórico.
- Direitos Humanos, Justiça Social . 15 20
- Inclusão e Exclusão Social no Contexto Urbano. Movimentos Sociais, a
Cidadania e Políticas Públicas de Saúde, Educação, Segurança Pública e Habitação.
2 - A Cidadania no Mundo Contemporâneo:
- A Globalização, o Estado, o Terceiro Sector
10 25
- Ética e Moral na Sociedade Contemporânea.
- Mundo Contemporâneo 1: a Cidadania e as Relações de Gênero.
3 A INTERCULTURALIDADE
Conceito Sócio-Antropológico de Cultura e Identidade.
Sociodiversidade em Moçambique: Multiculturalismo, Tolerância e Inclusão. 15 25
Pluralidade Religiosa: um diálogo permanente com o “outro” e a educação
intercultural.
4 A Virtualidade e a Urbanidade:
8 7
A Sociedade da Informação: o mundo virtual e a inclusão e exclusão digital.
Sub-total 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino e aprendizagem


A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas
delas à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial
ou total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

186
8. Bibliografia

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2006.
MANZINI-COURG, Mª de Lourdes. O que É Cidadania. São Paulo: Brasiliense. (Coleção
Primeiros Passos), 2006.
NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, Cesar. Cidadania para Principiantes. A História dos
Direitos do Homem. São Paulo: Ática, 2003.

Docente: a ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

187
Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas
Departamento de Ciências Sociais

Disciplina - Pensamento Africano


Código: Tipo de disciplina: Complementar
Nível: I Ano Académico: 4º Semestre: II
Créditos: 4 Carga horária total: 100 horas (64 de contacto + 36 de estudo)

Introdução

A disciplina de Pensamento Africano fornece aos estudantes bases para que compreendam os
processos constitutivos do projecto de reivindicação da possibilidade de gerar conhecimento a
partir de epistemologias Africanas. Compreendidos esses aspectos, os estudantes têm informação
adicional que lhes orienta a problematizar quadros analíticos que se mostrem pouco adequados a
realidade antropológica dos diversos contextos que compõem o continente Africano bem como a
procurarem encontrar lógicas de racionalidade e de organização social que são específicas a esses
contextos.
1. Competências

No fim do curso o estudante:


 Aplica os conhecimentos adquiridos na análise de diversos fenómenos que caracterizam o
Pensamento político Africano no geral e o moçambicano em particular e
 Reconhece a informação relevante nas diversas fontes científicas e literárias sobre o
Pensamento Africano e usá-las no processo de reflexão.

2. Objetivos Gerais
- Compreender os princípios da sociogénese e da estruturação do Pensamento Africano;
- Compreender as fases que caracterizam o processo do Pensamento Africano.

3. Pré-requisitos: nenhuma disciplina.


4. Plano temático

188
Horas
Nº Tema
Contacto Estudo
1 I. A proto-história do Pensamento Africano
8 5
2 Os precursores do Pensamento Político Africano
- Booker Washington;
- William DuBois;
- Marcus Garvey;
- Edward Wilmont Blyden;
- Franklin H. Williams.
III. O Renascimento Negro 16 10
- Claude MacKay;
- Jean Toomer;
- Countee Cullen;
- James Weldon Johnson;
- Langston Hughes;
- Charles S. Brown
3 A Era dos Africanos
- Kwame Nkrumah;
- Frantz Fanon;
- Wole Soyinka;
- Leopold Senghor;
- Julius Nyerere; 16 7
- Ahmed Touré;
- Namdi Azikiwé;
- Amilcar Cabral;
- Jomo Kenyatta;
- Eduardo Mondlane.
4 V. O Novo Pensamento Crítico Africano e suas
Perspectivas
John Mbiti;
Kweshi Bimwenyi; 12 10
Marcien Towa;
Paulin Houtondji;
Eboussi Boulaga.
5 Pós-colonialismo, Pensamento Africano e a Proposta
12 4
Restaurativa
Sub-total 64 36
Total 100

5. Métodos de ensino e aprendizagem

189
A aprendizagem das matérias será em função da utilização de vários procedimentos:
conferências, baseadas em exposições; debates; trabalhos de pesquisa individual ou colectiva
sobre determinadas temáticas, fundamentalmente no respeitante à aplicabilidade de algumas delas
à realidade moçambicana, entre outras técnicas.

6. Avaliação
A avaliação será multifacetada, desde os testes tradicionais, passando pelas intervenções
oportunas nos diferentes momentos da aula ou em debates em fóruns relacionados com temáticas
particulares da disciplina, até aos resumos de matérias recomendadas para o efeito e todas as
outras formas recomendadas que valorizam o esforço do estudante para a concretização parcial ou
total dos requisitos de aprendizagem.

7. Língua de ensino

Língua Portuguesa.

8. Bibliografia

 Almeida, E. (2008, March 10). Da Emergência da Politologia Africana à União Africana.


Retrieved March 10, 2008, from http://www.elcalmeida.net/content/view/193/46/.
 Firmino, G. (2008, March 10). Nacionalismo, Imperialismo e Colonialismo em
África.Retrieved March 10, 2008, from http://neh.no.sapo.pt/documentos/nacionalismo.htm.
 Makgoba, M. (1999). African Renaissance. Johannesburg: Mafube Publishing.
 Mance, E. (1996). Desafios que a filosofia da libertação enfrenta. Cadernos da FAFIMC , 50-
62.
_______________As Filosofias Africanas e a Temática da Libertação. Retrieved March 10,
2008, from
http://www.unicruzeiro.org.br/1315/148943.html?*session*id*key*=*session*id*val*.
Ngoenha, S. (1992). Por Uma Dimensão Moçambicana da Consciência Histórica. Porto: Edições
Salesianas.
______________(1992) Das Independências às Liberdades. Maputo: Paulistas.
______________(2004) Os Tempos da Filosofia: Filosofia e Democracia Moçambicana.
Maputo: Imprensa Universitária.
Nhantumbo, N. (2006). Renascença Africana: Sonho ou Realidade. Maputo: Imprensa
Universitária.
Nkrumah, K. (1977). A África deve unir-se.Lisboa: Edições Ulmeiro.
Docente: A ser indicado pelo Departamento de Ciências Sociais.

190
23.2 Orientações para a abordagem dos Temas Transversais

191
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS EDUCATIVAS
COMISSÃO CENTRAL DE REFORMA CURRICULAR

Orientações gerais para os Temas Transversais

A transversalidade e a interdisciplinaridade são formas de trabalhar o conhecimento e


visam reintegrar assuntos vários numa visão mais ampla sobre a realidade que nos rodeia. Tais
assuntos foram ficando separados uns dos outros por causa do tratamento disciplinar que a escola
vem fazendo há muitos anos.
Na revisão curricular de 2004 a UP sugeriu que fossem introduzidos temas transversais
nos currículos, mas devido a questões de vária ordem não foi possível implementar tal proposta
educativa. Neste momento retomamos a sugestão de 2004 e consideramos que o trabalho com os
temas transversais será uma das principais inovações da actual Reforma Curricular.
O planeta Terra está neste momento a enfrentar problemas de vária ordem que exigem de
nós educadores uma posição mais firme e concreta acerca dos problemas que se relacionam com o
ambiente, com a violência, com a discriminação rácica, étnica, religiosa e sexual; com o
HIV/SIDA que todos os dias colhe vidas humanas. Todos estes problemas estão a ser vividos pela
sociedade, pelas famílias em todas as partes do mundo. As preocupações são urgentes e também
são globais. As questões que preocupam os habitantes da Terra não se encontram, muitas vezes,
contempladas nos currículos escolares visto que são consideradas saberes extra-escolares que
envolvem uma aprendizagem sobre a realidade, na realidade e da realidade.
As Bases e Directrizes Curriculares da UP preveêm 8 temas transversais, respectivamente:

1. Empreendedorismo;
2. Género;
3. Saúde Reprodutiva – HIV/SIDA;
4. Currículo Local;
5. Educação Ambiental;
192
6. Ètica e Deontologia Profissional;
7. Educação para a Paz;
8. Educação Estética e Artística.

Para se trabalhar os temas transversais não se pode ter uma perspectiva disciplinar rígida.
É necessário ressaltar que os temas transversais não constituem mais disciplinas a incorporar
no currículo. Eles não devem também ser considerados elementos “intrusos” que vêm
sobrecarregar os conteúdos das disciplinas ou os professores. Eles não constituem disciplinas, mas
devem permear toda a prática educativa e isso exige um trabalho sistemático, abrangente e
integrado ao longo dos cursos.
Devido ao seu carácter inovador ao nível da educação, a introdução de tais temas deve ser
cuidadosamente programada em conjunto pelas várias disciplinas dos cursos. Temos de ter o
cuidado de não assumir os temas transversais como algo que é comum a todos, correndo o risco
de não serem assumidos por ninguém.
Existem alguns cuidados que são importantes ter ao se tratar de temas transversais,
nomeadamente:
I. os temas tratam de assuntos que não constituem novas áreas do saber científico;
II. a implementação da transversalidade obriga a Universidade a reflectir com mais cuidado
sobre a educação de valores éticos e morais;
III. a adopção de temas transversais obriga a transformações nas práticas de ensino e nas
abordagens metodológicas;
IV. é necessário que se incentive um trabalho colectivo entre os docentes de várias áreas de
modo a fomentar a troca de conhecimentos entre especialistas.
Consideramos que as formas mais adequadas para trabalhar os temas tranversais na UP
são:
1. abordagem sobre os temas em várias disciplinas, de preferência nas disciplinas de
tronco comum como, por exemplo, Técnicas de Expressão; Fundamentos de
Pedagogia, Psicologia Geral, Prática Pedagógica, etc ;
2. desenvolvimento de actividades práticas sobre os temas;
3. criação de Projectos Educativos;

Os docentes de Técnicas de Expressão, por exemplo, poderiam escolher textos que se


relacionam com os temas antes apresentados. Na Prática Pedagógica, poder-se-ia focalizar o olhar
193
para as condições ambientais e estéticas das escolas, a educação das raparigas, a violência na
escola, as questões do currículo local nas disciplinas escolares, etc.
Podem ser desenvolvidas várias actividades práticas como, por exemplo, divulgação de
ideias através de cartazes, jornais, boletins, revistas, dramatizações, filmes, fotos, etc.. Podem ser
realizadas pesquisas variadas a partir de fontes bibliográficas ou de fontes orais. Outras
actividades que podem ser desenvolvidas relacionam-se com a análise crítica de informações
veiculadas pelos meios de comunicação de massas, por filmes, vídeos, revistas, etc.
Em relação à criação de Projectos Educativos, sugerimos que os cursos da UP deveriam
ter um grande Projecto institucional que seria a “Educação para a Sustentabilidade”, que
funcionaria como eixo estruturador à volta do qual girariam todos os outros temas. A partir deste
projecto institucional comum iríamos ter sub-projectos correspondentes aos 8 temas transversais.
Para a abordagem da Educação para a Sustentabilidade poderíamos adoptar a Carta da
Terra (The Earth Charter) que tem 4 pilares fundamentais:
1. Respeito e cuidado pela comunidade de vida (diversidade humana, compaixão,
amor, paz e beleza);
2. Integridade ecológica (diversidade ecológica, proteção do ambiente, direitos
humanos);
3. Justiça social e económica (erradicação da pobreza, desenvolvimento humano,
igualdade de género, dignidade humana, saúde física e espiritual);
4. Democracia, não-violência e paz (democracia, respeito e consideração.

O Projecto de “Educação para a sustentabilidade” teria 2 componentes:


Componente 1 – reflexão e consciencialização;
Componente 2 – acção e inovação.
A componente 1 seria materializada de forma discursiva (palestras, seminários,
conferência, colóquios, aulas, etc.).
A componente 2 seria materializada por meio de projectos de acção (engajamento
comunitário, parceria com ONG´s, movimentos sociais, etc; criação de espaços: Oficinas
Pedagógicas, Laboratórios de Ensino, Incubadoras, Observatórios, Gabinetes, Experiências
Escolares, Núcleos, etc.).
Julgamos que as acções de extensão enquadram-se perfeitamente, por exemplo, nas acções
das Práticas Pedagógicas. Os estudantes praticantes podem eleger nas suas Escolas Integradas

194
temas que serão tratados juntamente com a comunidade escolar (por exemplo, educação
ambiental, violência doméstica e infantil, etc.).
Se acordarmos que o Estágio Pedagógico será realizado durante um certo período
específico, podemos aproveitar esse período para realizar várias actividades com as comunidades
escolares.
Apesar de trabalharmos transversalmente, consideramos que é oportuno fazer uma
sistematização dos conhecimentos em cada uma das áreas. Nesse sentido, estamos a construir
livros, manuais e brochuras sobre os diferentes temas, de modo a fornecer aos docentes da UP
informação sistematizada. Junto anexamos a listagem dos conteúdos de alguns temas. Esperamos
que os docentes e discentes de cada um dos cursos da UP proponham formas interessantes e
inovadoras de trabalhar com os temas transversais.

195
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS EDUCATIVAS
COMISSÃO CENTRAL DE REFORMA CURRICULAR
Empreendedorismo e Visão de Negócios

Introdução

Esta disciplina poderá incluída nos programas de Licenciatura da UP, ou ser oferecida
com formato de curso de “curta duração”, em período de seis meses, para participantes que
estejam cursando a Licenciatura, alunos egressos da décima segunda mais um (12+1), ou
interessados de fora do ambiente académico que possam estar interessados em adquirir uma visão
como iniciar e gerir um pequeno negócio.
A disciplina Empreendedorismo e Visão de Negócios tem como finalidade principal criar
habilidades sobre como desenvolver atitudes com um perfil empreendedor e “práticas de gestão
de negócios” para professores que irão leccionar a disciplina Noções de Empreendedorismo no
ensino secundário.
Além deste propósito, esta disciplina proporciona uma alternativa de carreira para
professores que desejam iniciar-se na actividade empreendedora, ou ainda, poderá ser oferecida
para o público em geral que deseje desenvolver competência para iniciar ou gerir um novo
negócio.
A disciplina aborda o trinómio “ser-saber-fazer acontecer” presentes na acção de
empreender. Inicialmente são discutidos os diferentes perfis do profissional empreendedor, onde o
aluno é estimulado a reconhecer o seu próprio perfil e as carências a serem superadas para se
tornar um empreendedor ou um intraempreededor bem-sucedido (SER). A seguir são
apresentados os conhecimentos básicos para criação de um novo empreendimento ou projecto que
ele pratica idealizando o seu, desde a escolha de uma oportunidade, até a sua modelagem em um
Plano de empreendedor (SABER). Finalmente, o aluno é orientado como iniciar seu próprio
negócio e quais as práticas de gestão mais relevantes para assegurar o seu sucesso (FAZER
ACONTECER).

196
Objectivos gerais

- Desenvolver uma atitude epreendedora a ser aplicada na sua condição de pedagogo ou


fora do âmbito acadêmico.
- Saiba como identificar uma oportunidade, planejar a sua execução e iniciar a operação
de um novo empreendimento.
- Compreender o funcionamento e a utilização das principas práticas de gestão de um
pequeno negócio.
- Dispor do embasamento em práticas de gestão de negócios necessário para lecionar a
disciplina Noções de Empreendedorismo.
- Desenvolver a competência necessária para practicar o seu próprio negócio.

4. Plano temático
Nº Temas Carga horária
Contacto Estudo
1 Conhecendo seu perfil empreendedor 3 0
2 Identificando a oportunidade de negócio 3 3
3 Analisando a viabilidade do negócio 3 6
4 Conhecendo um Plano de Negócios 3 0
5 Definindo a empresa 3 3
6 Definindo o negócio 3 3
7 Analisando o mercado 3 6
8 Elaborando o Plano de Marketing 3 3
9 Elaborando o Plano de Operações 3 3
10 Elaborando o Plano Financeiro 3 3
11 Começando o seu próprio negócio 3 3
12 Gestão da empresa familiar 3 0
13 Gestão do relacionamento com o cliente 3 0
14 Gestão das operações de uma pequena empresa 3 0
15 Gestão dos activos na pequena empresa 3 0
16 Avaliando o desempenho de uma pequena empresa 3 0
Sub – total 48 30
Total 78

Estratégias e métodos de ensino aprendizagem

197
Estratégia de ensino orientada por projectos de trabalho onde o aluno desenvolve o
projecto para realização de um novo empreendimento.
Metodologia de ensino através de aulas interactivas, onde o professor demonstra o
conceito seguido de sua aplicação pelo aluno no seu projecto de negócio.

Meios de ensino-aprendizagem

Sempre que possível as aulas deverão ser desenvolvidas em ambiente electrónico, tanto na
demonstração dos conceitos com slides em projector de multimédia, como na sua aplicação pelos
alunos através de editor de texto e planilhas electrónicas, que os alunos receberão no início da
disciplina.
Alternativamente o mesmo material pode ser apresentado com projector de transparências
e disponibilizado para os alunos de forma impressa.

Avaliação

Nota obtida pela participação individual e em grupo nas actividades desenvolvidas durante
as aulas, utilizando os seguintes critérios de avaliação:
– Desenvolvimento do Perfil Empreendedor (60%)
– Elaboração do Plano de Negócios (15%)
– Exercícios de Práticas de Gestão· (25%)

Bibliografia

BARON, Roberto A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo, Thomson Learning,
2007.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e
dinâmicas. São Paulo, Atlas, 2003.
BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo,
Pearson Makron Books, 2001.
DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo,
McGraw-Hill, 1989.

198
DOLABELA, Fernando Celso. O segredo de Luísa. São Paulo, Cultura Editores Associados,
1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Planos de negócio que dão certo. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008.
FARAH, Osvaldo Elias. Empreendedorismo estratégico: criacão e gestão de pequenas empresas.
São Paulo, Cengage Learning, 2008.
LONGENECKER, Justin et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo, Thomson
Learning, 2007.
MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Criando empresas para o sucesso. São Paulo, Saraiva,
2004.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil.
São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil.
São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administracão para empreendedores. São Paulo, Pearson
Prentice Hall, 2006.
MIRSHAWKA, Victor; MIRSHAWKA, Victor Jr. Gestão criativa: aprendendo com mais bem-
sucedidos empreendedores do mundo. São Paulo, DVS Editora, 2003.
MIRSHAWKA, Victor. Empreender é a solução. São Paulo, DVS Editora, 2004.
RAMOS, Fernando Henrique. Empreendedores: histórias de sucesso. São Paulo, Saraiva, 2005.
SALIM, César Simões et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando o estudo de
casos. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004.
SALIM, César Simões et al. Construindo planos de negócios: passos necessários para planejar e
desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro, Campus, 2005.
WEVER, Francisco Brito. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes
nomes. Rio de Janeiro, Campus, 2003.

199
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS EDUCATIVAS
COMISSÃO CENTRAL DE REFORMA CURRICULAR
Educação para a Igualdade de Género

Introdução

O presente documento é uma proposta para a promoção de inclusão da Educação para a


igualdade de Género, como tema transversal no currículo de formação inicial de professores na
Universidade Pedagógica (UP), no âmbito da reforma curricular em curso.
Esta é a primeira versão, com a qual se pretende colher inicialmente diferentes
sensibilidades e subsídios da comunidade universitária da UP, com a finalidade de produzir um
instrumento norteador da promoção de igualdade de género em nossa instituição, mas também de
capacitar aos docentes nessa matéria, com o intuito de dotar os nossos graduandos com os
necessários conhecimentos e competências que lhes garantam uma intervenção activa nos Ensinos
Básico e Secundário Geral, no que concerne a promoção da igualdade de Género.
Esta acção é ainda reforçada pelo facto do Ministério da Educação e Cultura ter efectuado
a inclusão de temas sobre Relações de género, Sexualidade, Saúde Sexual e Reprodutiva nos
curricula do Ensino Básico e Secundário Geral. Neste sentido, justifica-se que a Universidade
contemple igualmente esses temas, nos seus curricula de formação. Com isso, pretende-se abrir
mais um espaço de debate, de problematização, de reflexão e pesquisa sobre o Currículo, Género
e Sexualidade.

Justificativa
A presente proposta tem por objectivo promover o debate no campo da educação em torno
das desigualdades de gênero, bem como discutir e aprofundar os temas relativos à sexualidade,
especialmente no que diz respeito à construção das identidades sexuais. Trata-se de discutir as

200
relações de poder que se estabelecem socialmente, a partir de concepções naturalizadas em torno
das masculinidades e feminilidades.
A Universidade, como um espaço social importante de formação dos sujeitos, tem um
papel primordial a cumprir, que vai além da mera transmissão de conteúdos. Cabe a ela ampliar o
conhecimento de seu corpo discente, bem como dos demais sujeitos que por ela transitam
(professoras/es, funcionárias/os) Para que a Universidade cumpra a contento o seu papel é preciso
que esteja atenta às situações do quotidiano, ouvindo e reflectindo sobre as demandas dos alunos e
alunas, observando e acolhendo os seus desejos, as inquietações e frustrações.
De facto, vivemos, na contemporaneidade, um tempo de rápidas transformações de toda a
ordem e a nossa instituição não pode se eximir da responsabilidade que lhe cabe de discutir temas
sociais tão actuais, tais como as desigualdades de gênero e a diversidade sexual, com intuito de
favorecer mudanças.

Objectivos do programa

A série de temas tem como objectivo fomentar o debate e o aprofundamento das questões
de gênero e sexualidade no campo da educação. Os programas discutirão de que forma as
representações de gênero são produzidas no âmbito da cultura e como elas são produzidas e
reiteradas na escola, a partir das expectativas sociais colocadas em torno de meninos e meninas,
homens e mulheres. Tais expectativas também se estendem às identidades sexuais, que se referem
aos modos pelos quais direccionamos e administramos os nossos desejos, fantasias e prazeres
afectivo-sexuais. Desse modo, é importante ressaltar a indissociabilidade entre os conceitos de
gênero e sexualidade, bem como a relevância de desenvolvermos projectos específicos de
formação docente (inicial e continuada), que extrapole o viés biológico, enfatizando as produções
culturais, históricas e sociais em torno desses temas.

Tema I: Fundamentos do Género

Este primeiro tema pretende deflagrar a discussão em torno de aspectos conceptuais e


epistemológicos sobre o género e suas dimensões ou categorias, Teorias sobre género e suas
consequências na educação (currículo). Analisar o género como uma categoria social e, portanto,
não estática.
 Múltiplas visões sobre género;
201
 Teorias (essencialista, constructo social e politico);
 Género como categoria biológica;
 Género como categoria social;
 Relação entre o género gramatical e o sexo;
 Teorias de Opressão do Género:
 Teoria psicanalítica;
 Teoria cultural;
 Teoria feminista radical;
 Teoria socialista;
 Teoria queer (gay e lésbica).

Tema II: Relações de Género

Este segundo tema pretende debater em torno das construções sociais, culturais e
históricas das diferenças entre homens e mulheres. Este tema objectiva inclusive fazer uma
desconstrução e discussão de posicionamentos sobre a masculinidade e feminilidade. Discutir o
quanto os diferentes discursos (religioso, médico, psicológico, jurídico, pedagógico), pautados em
fundamentações biológicas, colocam a maternidade como principal (e às vezes única)
possibilidade de completude das mulheres, num amplo processo de glorificação da maternidade.
 Papel tradicional do homem e da mulher na família e na comunidade;
 Papel social dos géneros;
 Situação da mulher em Moçambique (desde a luta de libertação nacional);
 Estatuto da mulher na sociedade moçambicana (sociedades
 matriarcais e patriarcais);
 A construção das masculinidades e feminilidades;
 Relações de género nas sociedades tradicionais e modernas em Moçambique
(inversão de papéis transcendentais do homem e da mulher ?);
 O papel da família na identidade sexual;
 Ritos de iniciação e mutilação genital feminina;
 Valores morais e culturais sobre sexualidade;
 Género e práticas culturais;

202
 A construção sócio-cultural do género na sociedade moçambicana (em algumas
etnias Moçambique);
 Conflitos sociais na construção da identidade de Género;
 Quadro legal para a igualdade de género e não descriminação.

Tema III: Currículo, Género e Sexualidade

Este terceiro tema pretende discutir como os currículos e as práticas escolares actuam na
produção e na reprodução das relações de gênero socialmente construídas, pautando-se por
relações desiguais de poder. Nesse sentido, os conteúdos ministrados nas diversas disciplinas, as
rotinas, a utilização dos espaços, as actividades propostas nas instituições escolares, as sanções, as
linguagens, muitas vezes, promovem ou reforçam concepções naturalizadas em torno das
masculinidades e feminilidades, na interface com as identidades sexuais.
 Políticas e mecanismos institucionais para a igualdade de género na Educação, em
especial nas IES (Instituições de Ensino Superior);
 Construção do género no currículo (oficial e oculto);
 Mecanismos envolvidos com a produção de diferenças e desigualdades sociais e
culturais de gênero e de sexualidade, no âmbito da escola e do currículo;
 Discriminação com base no género, no currículo oficial e oculto;
 Género, Educação e Saúde;
 Promoção da educação para igualdade de género, Saúde sexual e Reprodutiva nas
escolas;
 Género e sexualidade na educação escolar: Teorias e politicas
 Discursos político-educativos sobre o género em Moçambique
 A Mulher e o acesso a educação;
 Género e sexualidade no espaço escolar;
 Responsabilidade do homem e da mulher na prevenção do SIDA e da
gravidez;
 Género, Sexualidade e a lei (direitos sexuais);
 Construção de identidades sexuais na educação infanto-juvenil;
 Abordagens sobre o género nos Currículos do Ensino Básico, Secundário

203
 Geral, Técnico Profissional e Ensino Superior.

Tema IV: Educação para a igualdade de género e sexualidade: uma proposta de formação
docente
Com este tema pretende-se apresentar propostas de formação inicial e continuada de
professores/as, em seus diversos níveis (Básico, Secundário, Médio e Superior), que podem ser
desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos históricos, sociais
e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades sexuais. Nessas formações,
serão abordados temas como história do corpo e da sexualidade, história de diversos movimentos
sociais – de mulheres, de gays e lésbicas –, história do casamento, novas formas de conjugalidade,
maternidade, paternidade, dentre outros. Desse modo, amplia-se a discussão além do viés
meramente biológico e de prevenção.
Tais propostas apontam subsídios para se trabalhar com a temática do género e da diversidade
sexual dentro das várias disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia, Artes, etc.).

 História do corpo e da sexualidade;


 Linguagem, estereotipias sobre género;
 A construção das identidades de gênero e das identidades sexuais;
 História do casamento em Moçambique e as novas formas de
 conjugalidade;
 Pedofilia e a pedofilização como prática social contemporânea;
 Homossexualidade e lesbianismo;
 Violência doméstica e a violência/abuso sexual;
 Educação para sexualidade1 e igualdade de género (metodologia e estratégias de
implementação no espaço escolar);
 Estratégias de ensino sobre temas ligados ao género, sexualidade, saúde sexual e
reprodutiva.

Tema V: Género, sexualidade, violência e poder

1
O termo educação para a sexualidade (e não educação sexual) é usado aqui para enfatizar uma
abordagem mais ampla, com ênfase nos aspectos históricos, sociais e culturais, que extrapolam uma
visão meramente biológica e higienicista, pautada apenas na prevenção.
204
Este tema objectiva apresentar os assuntos relativos à violência com base no gênero e
discutir o papel da educação escolar na produção e reprodução das desigualdades entre meninas e
rapazes, homens e mulheres. Também visa reflectir sobre a cultura da violência, especialmente na
constituição das masculinidades, gerando comportamentos machistas, sexistas e homofóbicos.
Ao longo do tema, procurar-se-á desconstruir a idéia de uma essência ou natureza que
explique e justifique as desigualdades de gênero, bem como as desigualdades estabelecidas entre
os vários grupos sociais em função das identidades sexuais que fogem aos padrões considerados
hegemônicos. Serão mostradas algumas experiências que estão sendo desenvolvidas nas escolas,
que objectivam discutir e problematizar a questão da violência, do género e da sexualidade. O
estudo desses temas se conjuga com um dos principais objectivos em educação hoje em dia, o da
escola inclusiva, que valoriza a diversidade.
 Violência doméstica e poder (a hegemonia masculina?)
 Equidade de género;
 Escola e estratificação social do género;
 Crises nas relações de género;
 Género e orientação sexual;
 Estratégias para educação em género e sexualidade;
 Identidades de género;
 A problemática do carácter hegemónico da masculinidade nas relações
de género;
 Relações de poder na vivência da sexualidade;
 Género e o poder de negociação de sexo seguro;
 Género e HIV/SIDA;
 Abuso sexual de menores;
 Violência com base no género;
 Violência , violação e assédio sexual na escola

Tema VI: Género e Formação profissional


 Género e orientação profissional;
 Estatuto profissional da mulher em Moçambique
 Áreas ou cursos historicamente frequentados pelas mulheres;
 Efeitos da formação profissional sobre género e a ilusão igualitarista dos
205
empregos;
 Orientação profissional com base no género;
 Cursos profissionais para paridade e igualdade de género.

Tema VII: Representações do Género nos materiais didácticos e Paradidácticos

A Educação Sexual no Ensino Básico e Secundário Geral, não constitui uma disciplina
específica, de carácter curricular obrigatório. Não seria leviano afirmar que, até os meados de
2003, quando o Ministério da Educação lançou com os revisão curricular os temas transversais
´´Género e sexualidade´´ “Educação para Saúde Sexual e Reprodutiva”, as discussões sobre
sexualidade humana encontravam espaço quase que exclusivamente nas aulas de Ciências e
Biologia e no trabalho isolado dos professores/ras. Fortemente associada ao corpo humano e aos
aparelhos “reprodutores” masculino e feminino, essa educação sexual baseava-se e ainda se
baseia, em grande parte, nos conteúdos disponíveis nos livros didácticos de Ciências. Hoje, com a
transversalidade assumida por muitas escolas, o livro didáctico de Ciências tem sido incorporado
a outros aliados, como os livros paradidácticos.
Com este sétimo tema pretende-se apresentar uma discussão sobre os materiais didácticos
e paradidácticos, em especial os livros de literatura infantil e os livros de sexualidade voltados
para o público infanto-juvenil, que foram produzidos nos últimos anos. Como esses materiais
posicionam homens e mulheres, de que forma entendem as novas configurações familiares, e
como tratam algumas temáticas específicas da sexualidade, tais como: abuso/violência sexual,
homossexualidade e os demais sujeitos que vivem identidades consideradas de fronteira (travestis,
transexuais, intersexuais, transgêneros)? Analisar alguns livros didácticos estrangeiros (e os
poucos nacionais) que discutem a temática da homossexualidade, bem como os cartazes e
cartilhas produzidas para o público jovem sobre temas como o SIDA. Pretende-se ainda, com este
tema discutir em torno da produção de determinados artefactos culturais, tais como filmes, sites
(jogos infantis), programas de TV, propagandas, revistas de grande circulação. De que forma
esses artefactos accionam representações de gênero e de identidades sexuais.

 Representações do gênero na arte e nos spots publicitários em Moçambique.


 A construção do género na linguagem publicitária dos mass media;
 O papel dos media na espectacularização dos corpos e na liberalização
206
da sexual;
 Representações dos géneros e das sexualidades nos livros escolares,
 Livro (didáctico e paradidáctico) como artefacto cultural que produz e
veicula representações de gênero e sexuais;
 Exclusão de identidades sexuais.

Tema VIII: Gênero em Moçambique: Politicas e Estratégia de implementação

Neste tema pretende-se abrir uma discussão sobre o status questione das políticas de
género em Moçambique, sua formulação e estratégias de Implementação em sectores chave como
a educação, saúde, justiça, agricultura, emprego. Pretende-se ainda discutir a articulação existente
entre tais políticas e a praxis do ponto de vista de integração do género nos planos sectoriais, o
emponderamento económico das mulheres, a segurança alimentar, a educação, a redução da
mortalidade materna, a eliminação da violência contra as mulheres, a participação das mulheres
na vida pública e nos processos de tomada de decisão, e a protecção dos direitos das raparigas.

 Sociedade civil, organizações de mulheres e movimento feminino;


 Politicas de género no sector público e privado;
 Mecanismos e políticas institucionais para a promoção da igualdade de género;
 Influencia da politica de género na educação em Moçambique;
 Política de género em Moçambique:
- Objectivos; Visão e missão; Princípios norteadores;
- Estratégias de implementação;
- Acções estratégicas;
- Níveis de implementação;
- Monitoria e avaliação;
- Intervenientes sociais (governamentais, não governamentais, sociedade civil);
 Género através dos discursos legislativos;
 Diferenças e diferendos entre a lei e a praxis;
 Quadro legal para a igualdade de género e a não-discriminação;
 Formas de violência contra menores e abuso de menores.

207
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS EDUCATIVAS
COMISSÃO CENTRAL DE REFORMA CURRICULAR

Ética e Deontologia Profissional

1. Introdução

Sendo a Universidade Pedagógica (UP) vocacionada á formação de professores para os


diversos sistemas e níveis de ensino em Moçambique, urge a necessidade de se conceber um
programa transversal em Ética e Deontologia profissional.
O programa de Ética e Deontologia Profissional visa proporcionar ao graduado
conhecimentos em questões de ética e deveres profissionais de modo a que possa realizar a sua
actividade com uma competência assente em valores, tanto morais como profissionais.
A transversalidade deste tema tem uma dupla implicação: por um lado, implica fazer de
todos os docentes da UP ministradores da ética e da deontologia profissional; por outro lado,
implica fazer de todos os estudantes que concluem a sua formação na UP saiam com
conhecimentos fundamentais destes conteúdos, pois, estes são cruciais para a formação integral
do professor. A sua urgência resulta do facto de estarmos a viver uma época em que se verifica
um manifesto desrespeito pelas normas morais pelos princípios profissionais.
Perante esta situação, o mais sensato não será assistirmos alarmados e com as mãos à
cabeça” ao afundamento moral das nossas instituições, incluindo as escolas, mas sim num esforço
conjugado de todos os docentes da UP, dotá-las de capacidades alternativas que lhes possam
permitir encontrar respostas novas e adequadas aos desafios presentes. Isto passa necessariamente
pela formação ética e deontologicamente profissional dos futuros professores, pois a actividade
pedagógica não se equipara a uma mera produção de bens, não é um mero fazer. A actividade do
professor é um agir que implica uma relação humana com o aluno; a sua finalidade está nela
mesma, a educação e formação do homem.
Os pontos teóricos de partida do presente tema transversal são:

208
I. A ética é reflexão sobre a moral; ela é filosofia da moral;
II. A deontologia profissional ou ética profissional é parte da ética aplicada; ela é aplicação
dos princípios extraídos da ética normativa na actividade profissional, abordando normas
de conduta que devem ser postas em prática no exercício de qualquer profissão e, neste
caso, da do professor;
III. Os deveres profissionais só assumem sentido ético-moral quando interiorizados como
virtudes de ser aplicados ao relacionamento com as pessoas, neste caso os alunos, com a
classe profissional, neste caso com os colegas, com a sociedade, a partir da comunidade
em que se insere a escola, e com o Estado.

2. Objectivos

 Discernir sobre os conceitos “moral” e “ética”;


 Abordar a especificidade dos dilemas ético-morais e profissionais da actualidade;
 Discernir sobre os deveres e as virtudes básicas profissionais;
 Compreender o fenómeno da corrupção em suas causa, manifestações e custos;
 Relacionar e interpretar a Reforma do Sector Publico em Moçambique com os
conhecimentos em “Ética e Deontologia Profissional;
 Compreender a veemência, a pertinência e a urgência com que os problemas ético-
morais se colocam à actividade educativa.

3. Temas e conteúdos

Tema Conteúdos
I. Moral e (1) Origem, significado e evolução semântica das palavras ética e moral
Ética (2) Ética individual ética social
(3) A condições transcendentais do agir moral
- Consciência;
- Liberdade;
- Norma;
- Responsabilidade.
(4) Divisões da ética
- Meta ética;
- Ética normativa;
- Ética Aplicada.
209
(5) Questões centrais da Ética
- O problema da virtude;
- O problema da felicidade (bem aventurança);
- O problema da Liberdade;
- O problema do bem e do mal.
6. Formas de argumentação moral
- Referência aos factos;
- Referência aos sentimentos;
- Referência aos possíveis resultados;
- Referência à autoridade;
- Referência ao código moral;
- Referência à consciência.
II. Aspectos gerais
Deontologia 1. Os conceitos de deontologia, profissão e deontologia profissional;
Profissional 2. Classes profissionais;
3. Código de ética profissional;
4. Conduta pessoal e sucesso;
5. Valor geral e valor social da profissão;
6. Responsabilidade e projecção profissional;
7. Obstáculos à fama profissional e postura ética na defesa do direito de
imagem;
8. Especialização, cultura e ambiência social contemporânea.

Deveres profissionais vs Virtudes


Deveres
1. Génese e natureza íntima do dever;
2. Sensibilidade para com o dever;
3. Compulsoriedade de dever;
4. Educação e dever;
05. Vocação para o dever e conflitos entre vontade e compulsão;
6. O dever social;
7. Dever e racionalidade;
8. Individualismo e ética profissional;
9. Vocação para o colectivo;
10. Dever profissional e escolha da profissão:
- Dever de conhecer a profissão;
- Dever de executar bem as tarefas e virtudes exigíveis;
- Dever para com o micro e o macro social.
11. Eticidade, conduta humana e actos institucionais.

Virtudes
1.conceito e essência da virtude;
2. Efeitos e responsabilidades na prática da virtude;
3. Efeitos e responsabilidades na prática da virtude;
4. Carácter e virtude;
5. Virtudes básicas:
- Zelo/diligência,
210
- Honestidade,
- Sigilo,
- Competência.
6. Virtudes complementares.
III. O 1. Causas;
problema da 2. Manifestações;
corrupção 3. Custos.

IV. A 1. Objectivos;
Reforma do 2. Fases;
Sector Público 3. Aspectos ético-morais e de deontologia profissional;
em 4. Impacto.
Moçambique
V.
Ética/Deontol
ogia
Profissional e
Pedagogia

4. Bibliografia
ARAÚJO, Ulisses F. Temas Transversais e estratégias de projectos. São Paulo, Editora Moderna,
2004.
ARCHER, Luís. Bioética. S. Paulo, Editorial Verbo, 1996.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco
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Portucalense, 1998.
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Piaget, 2004.
BORGES, M. De L. Et al. Ética. Rio de Janeiro, DP & A Editora, 2003.
CASTIANO, José P. Educar para quê? As transformações no sistema da educação em
Moçambique. Maputo, Imprensa Universitária (UEM), 2005.
CORTINA, A. E MARTINEZ, E. Ética. S. Paulo, Edições Loyola, 2005.
CUNHA, Pedro D’Orey da. Ética e educação. Lisboa, Universidade Católica Editora, 1996.
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Sociedade Filhas de São Paulo, 2007.
DURKHEIM, Émile. A educação moral. Petrópolis – Brasil, Editora Vozes, 2008.
KANT, Immanuel. Metafísica dos Costumes
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_____. Fundamentação da metafísica dos costumes, edições 70, Lisboa, 2004
_____. Crítica da razão prática
_____. A paz perpétua e outros opúsculos
KESSELRING, Thomas. Ética, política e desenvolvimento humano – a justiça na era da
Globalização. Editora Verlag C. H., Munique
LIPOVETSKI, Gilles. A sociedade pós-moralista – o crepúsculo do dever e a ética do indolor dos
novos tempos. Editora Manole, S. Paulo
MANCIN, Roberto (org.). Ética da mundialidade – o nascimento de uma consciência Planetária.
Ed. Paulinas, S. Paulo, 2000
MARQUES, Ramiro. Ensinar valores – teorias e modelos. Porto Editora, Porto, 1998
_____. Escola, currículo e valores. Lisboa, Livros Horizonte, 1997
MAZULA, Brazão. Ética, Educação e criação da riqueza. Maputo, Imprensa Universitária
(UEM), 2005
MONTEIRO, Agostinho dos R. Educação & deontologia. Lisboa, Escolar Editora, 2004
NGOENHA, Severino. E. Estatuto e axiologia da Educação. O paradigmático Questionamento
da Missão Suiça. Maputo, Imprensa Universitária (UEM), 2000
OLIVEIRA, Manfredo A. Ética e sociabilidade. S. Paulo, Edições Loyola, 1993
_____. Desafios éticos da globalização. Ed. Paulinas, S. Paulo
PASSOS. Elizete. Ética nas organizações. S. Paulo, Editora Atlas S. A., 2004
PIEPER, Annemarie. Einfuerung in die Ethik (Introdução à ética). Tuebingen, A. Francke Verlag
Tuebingen und Based, 2007.
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RESWEBER, Jean-Paul. A filosofia dos valores. Editora Almedina, Coimbra.
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