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Capítulo 1

Introdução e Classificação dos


Trocadores
T d d
de C
Calor
l

Objetivos

Apresentar os principais tipos de trocadores de calor, suas aplicações


e suas características
t í ti mais
i marcantes.
t

Apresentar as principais variáveis e metodologias envolvidas no projeto,


dimensionamento e seleção de trocadores de calor.

Apresentar uma classificação dos trocadores de calor com relação


a aspectos
p construtivos,, operacionais
p e de princípios
p p físicos.

1
1.1. Definição

O que são Trocadores de Calor?

Equipamentos de vários tipos e configurações onde ocorre


transferência de energia sob a forma de calor* entre
duas ou mais massas de fluido** que podem ou
não estar em contato direto.

* Normalmente, NÃO há interações com a vizinhança sob a forma de calor e trabalho.


** Nos fluidos, pode haver sólidos em suspensão.

1.2. Aplicações
condicionamento de ar
resfr. armas aeronaves
radiador
refrigeradores
defesa doméstico
resfriamento
do óleo transportes
aquecimento de água
condicionamento
termoelétrica
de ar geotérmica leite e derivados pesca
óleo
e gás conversão indústria
componentes cogeração alimentícia
de energia
eletrônicos
nuclear conservação de
solar
alimentos
metais

indústria meio indústria de


de base ambiente transformação
vidro
novas eliminação
processos refino
tecnologias de
de poluentes
refrigeração

APLICAÇÕES

2
1.2. Aplicações

PROCESSOS/OPERAÇÕES
Aquecer, resfriar, condensar,
evaporar, ferver, esterilizar,
pasteurizar, congelar, fracionar,
destilar, concentrar, cristalizar,
fundir secar...
fundir, secar
As incontáveis aplicações e os inúmeros processos e
aplicações levam à necessidade de classificar os
trocadores de calor.

1.3. Classificação
I: Quanto ao processo de transferência

TROCADORES DE CALOR

RECUPERADORES REGENERADORES

Transferência direta Transferência indireta


(processamento contínuo) (processamento intermitente -
meio intermediário)

2
1 M M

1 Δt 2

3
1.3. Classificação
II: Quanto ao contato entre as correntes

TROCADORES DE CALOR

CONTATO INDIRETO CONTATO DIRETO

Maioria dos T.C.’s Fluidos Líquido/ Líquido/


(escopo do curso) Imiscíveis Gás Vapor

Transferência direta Transferência indireta Leito


(processamento contínuo) (intermitente) Fluidizado

Monofásico Multifásico

1.3. Classificação
gases

vapor

carvão
(particulado)

água

Leito Fluidizado

cinzas
ar

Uma caldeira a carvão

4
1.3. Classificação
III: Quanto ao número de correntes

TROCADORES DE CALOR

2 CORRENTES 3 CORRENTES N CORRENTES

IV: Quanto à razão área de troca/volume

TROCADORES DE CALOR

Micro Trocador Trocador Trocador


Trocador Laminar (Meso) Compacto Não compacto
Não-compacto

A m2 A m2 A m2 A m2
≥ 10000 3 ≥ 3000 3 ≥ 700 3 (g, l) < 700 3 (g, l)
V m V m V m V m
A m2 A m2
≥ 400 3 (l, l) < 400 3 (l, l)
V m V m

1.3. Classificação

Shah & Sekulic (2003)

5
1.3. Classificação
V: Quanto à construção

TROCADORES DE CALOR

Tubular Placas Aletados Regenerativos

Tubo- Placa- Matriz Matriz


aleta aleta rotativa fixa

Placas móveis Soldadas Espiral “Platecoil”

Duplo-tubo Casco-e- Casco- “Pipecoil”


tubos espiral

Escoamento Escoamento
normal aos tubos paralelo aos tubos

1.3. Classificação
VI: Quanto à disposição das correntes

TROCADORES DE CALOR

PASSES SIMPLES PASSES MÚLTIPLOS

Contra-corrente Paralelo Cruzado “Split” Dividido

Aletado Casco-e-tubos Placas

M passes (corrente 1)
N passes (corrente 2)

Cruzado/ Cruzado/ Misto Dividido(s) “Split” Paralelo ou C-corrente


série Paralelo M passes (corrente 1)
N passes (corrente 2)

6
1.3. Classificação

VII: Quanto ao mecanismo de transferência de calor

TROCADORES DE CALOR

Convecção Convecção Convecção Combinação de


monofásica bifásica em bifásica convecção e
em todas uma ou mais em todas radiação de
as correntes correntes as correntes calor

Critérios de projeto

Trocadores duplo-
duplo-tubo

7
Trocadores duplo-
duplo-tubo: Características básicas
1. Consiste de um tubo montado internamente e concêntrico a um tubo de maior
diâmetro. Acoplamentos hidráulicos (flanges etc.) servem para guiar os fluidos para o
interior do trocador e de uma seção para outra.

2. O tubo interno geralmente possui aletas longitudinais soldadas internamente ou


externamente para aumentar a área de troca térmica para o fluido de menor C.T.C.

3. Usado na maioria das vezes para transferência de calor sensível (aquecimento ou


resfriamento) em situações onde áreas de troca pequenas (até 50 m2) são necessárias.
Condensação e ebulição em pequenas quantidades também podem ser acomodadas.

4. Em alguns casos, há um feixe tubular interno ao invés de um tubo.

5. Alguns modelos são “itens de catálogo”.

Trocadores duplo-
duplo-tubo: Características básicas

VANTAGENS
1. Flexibilidade na aplicação, podendo ser conectados em diversos arranjos em série e/ou
paralelo a fim de acomodar limitações de perda de carga e de temperatura;

2. Flexibilidade na montagem, podendo ser facilmente construídos a partir de componentes


disponíveis (ex.: tubos, flanges, acoplamentos...) e também facilidade de aumento/redução
da área de troca de acordo com variações no processo;

3. São de fácil manutenção e limpeza;

4. Métodos de cálculo são razoavelmente bem estabelecidos e precisos

DESVANTAGENS

A principal desvantagem deste tipo de trocador é o seu elevado custo por unidade de área
de troca (quando comparado a outras configurações).

8
Trocadores casco-
casco-e-tubos

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas
1. É o tipo mais comum de trocador de calor, compreendendo diversos sub-tipos e
configurações (as quais dependem da aplicação);

2. Um trocador C-e-T típico


p possui
p os seguintes
g componentes:
p

9
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

(a) TUBOS:
Componentes básicos do trocador, que promovem a área de troca entre as
duas correntes de fluido.

Os tubos podem ser lisos ou possuir aletas de baixo perfil de maneira a


aumentar a área de troca.

Os tubos são mantidos no lugar pelas placas tubulares.

(b) PLACA TUBULAR:


Placa circular de metal perfurada na
quall os tubos
t b são ã fixados
fi d (por
( solda,
ld
interferência, dilatação térmica...). A(s)
placa(s) tubular(es) podem ser soldadas
ou fixadas por meio de parafusos ao casco
do trocador de calor.

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

10
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

(c) CASCO ou CARCAÇA:


Elemento metálico de formato cilíndrico que envolve o feixe
tubular. Dependendo das dimensões, pode ser fabricado a partir do corte
d um tubo
de b existente (D
( < 0.6 m),) ou da
d calandragem
l d de
d uma chapa
h
metálica seguida de soldagem.

O tamanho de um trocador C-e-T é designado através da combinação

diâmetro interno / comprimento dos tubos

Um trocador:
[mm] [mm]
1500/6000

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

(d) CHICANAS:
O arranjo de chicanas no lado do casco do trocador serve a dois
propósitos:
(i) dar suporte aos tubos contra flexão e vibração
vibração,
(ii) guiar o fluido do lado do casco através do feixe de
tubos de uma forma o mais próximo possível de
um escoamento cruzado ideal.

O tipo mais comum de chicanas são as segmentadas (como


na figura), mas outros tipos estão disponíveis pesquisa, patentes...

11
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

plate-type baffles

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

rod baffles helical baffles

12
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Características básicas
VANTAGENS
1. São robustos e de construção relativamente simples;
2. São de limpeza e manutenção relativamente simples (se forem projetados
corretamente...);
3. Métodos de projeto existentes já foram bem testados;
4. Flexibilidade na construção permite que praticamente qualquer processo possa ser
executado num trocador C-e-T (pressões e temperaturas extremamente baixas ou
altas, altas diferenças de temperatura, mudança de fase, incrustações severas,
fluidos corrosivos...).

DESVANTAGENS
Os itens 3 e 4 acima são responsáveis pela maior desvantagem dos
trocadores C-e-T. Para grande parte das situações, outros tipos de trocador de
calor executariam o processo de uma forma mais eficiente do que os
trocadores C-e-T.

13
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Padronização

TEMA Standards
(Tubular Exchangers Manufacturers Association)

Norma que fornece padrões para projeto mecânico, materiais,


dimensões, corrosão, fabricação, tolerâncias, testes,
inspeções, instalação, operação, manutenção e
garantias de trocadores C-e-T.

TEMA aplica-se a trocadores C-e-T com as seguintes limitações:

• Diâmetro do casco < 1524 mm


• Pressão < 21 MPa
• Produto Diam. casco x Pressão < 10500 MPa mm

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Padronização

Há três diferentes classes na Norma TEMA:

Classe R: “Requerimentos Severos de Petróleo e Aplicações de Processo”


“Generally Se
“Generall Severe
ere Req
Requirements
irements of Petrole
Petroleum
m and Related Processing
Applications”
Classe C: “Requerimentos Moderados de Petróleo e Aplicações de Processo”
“Generally Moderate Requirements of Petroleum and Related Processing
Applications”
Classe B: “Serviços de Processos Químicos”
“Chemical Process Service”

TEMA Desingnation Sheet (1978)

14
Tipos
p comuns:

AES
BEM
AEP
CFU
AKT
AJW

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AEM)

M E A

ambas as placas o acesso aos tubos dilatação térmica


são soldadas ao se dá pela remoção pode ser um fole de expansão
casco ((‘box
box type
type’)) das coberturas problema ((‘expansion
expansion bellows
bellows’))
a limpeza do casco
só é feita através de uma vantagem: a ausência
meios químicos de juntas internas, eliminando
fontes de vazamento
lado do casco não recomendável para
fluidos sujeitos a incrustação

15
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AEU)
U E A

Aplicação típica:
apenas uma placa
tubular (permite a
dilatação dos tubos)
a limpeza
li d
do llado
d ddo casco pode
d
ser feita mecanicamente;
a dos tubos, só quimicamente.

Aquecedor de óleo a ser bombeado na lado dos tubos não recomendável para
saída de um reservatório fluidos sujeitos a incrustação
(‘tank suction heater’).

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AES)

S E A

cabeçote
anel

presença de uma junta:


uma placa fixa ao
risco de vazamento e
casco e outra
mistura das correntes
‘flutuante’
flutuante

uma vantagem: as dificuldades na


limpeza e problemas devido ao movimento
relativo (dilatação térmica) típicos dos
tipo U e cabeçote fixo são eliminados

16
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AET)

T E
A

cabeçote

o diâmetro da placa uma placa fixa


é aumentado e o anel ao casco
não se faz necessário.
uma vantagem:
t devido
d id à ausência
ê i
do anel, o tempo de manutenção é
o diâmetro do cabeçote
menor do que para o tipo S
também pode ser
aumentado. uma desvantagem: de todos os
C-e-T, o tipo T acomoda o menor
presença de uma junta: número de tubos para um dado
risco de vazamento e diâmetro de casco.
mistura das correntes

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AJW)
placa não é fixa
ao casco.

A J W

vantagens: limpeza dos tubos in situ; placa não é fixa


o feixe pode ser retirado completamente; ao casco.
movimentos de dilatação podem ser
acomodados facilmente; ausência de juntas a separação entre as correntes é
internas; menor custo de todos os feita por meio de um conjunto de
trocadores de cabeçote flutuante. anéis de vedação externos.

limitados a baixas pressões, fluidos não-letais eventuais vazamentos não causam


e a temperaturas de projeto inferiores a 200 mistura interna dos fluidos
oC.

17
Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AEP)
placa não é fixa
ao casco.

A P
E

sistema de vedação do placa não é fixa


casco por meio
i d
de anéis
éi ao casco, no entanto,
de vedação externos é soldada a uma saia.
sistema de posicionamento
lado do casco limitado a baixas pressões, da saia (e portanto do feixe)
fluidos não-letais e a temperaturas de projeto
este arranjo permite que
inferiores a 300 oC.
uma maior pressão possa ser
atingida do lado dos tubos.

Trocadores casco
casco--e-tubos
tubos:: Exemplos (AKT)
aplicação especial do
tipo em U ou do tipo T.

destina-se a processos
de vaporização do fluido características gerais:
do lado do casco. a altura do espaço de vapor é tipicamente 1/3
do diâmetro do casco;
espaço destinado à uma placa assegura o nível de líquido;
separação do vapor e de Vaporização é limitada a aprox. 80%.
gotículas entranhadas

18
Trocadores de placas

Trocadores de placas:características básicas


1. Há pelo menos 3 tipos diferentes de trocadores de placas, os placas-e-armação
(mais conhecidos e utilizados), os em espiral e os trocadores do tipo lamela.

2. No curso, nos concentraremos no estudo dos trocadores do tipo


p pplacas-e-
armação.

19
Trocadores de placas:características básicas

1. Em sua variante mais comum, o trocador consiste


de placas metálicas corrugadas montadas em uma
armação. O conjunto de placas compreende a
superfície de troca e as ‘rugas’ promovem
turbulência e minimizam regiões de estagnação e
incrustação;

2. As juntas (geralmente de borracha, Viton ou


Neoprene) têm o propósito de vedar as folgas
entre placas adjacentes e delinear os caminhos a
serem ppercorridos p
pelas correntes;

3. Placas podem ser construídas a partir de qualquer


material ‘prensável’. Os mais comuns são aço
inox, titânio, Incoloy etc. Para aplicações sujeitas a
corrosão severa, alguns fabricantes oferecem
placas de grafite ou de materiais poliméricos;

Trocadores de placas:características básicas


4. Os trocadores P-e-A foram usados inicialmente na indústria de laticínios, onde a
necessidade de montagem, limpeza e desmontagem de fácil execução é mandatória;

5. A armação
ç consiste de uma barra superior
p e de p
placas de p pressão ((uma fixa e a outra
móvel) em ambas as extremidades do trocador. A flexibilidade de montagem e
adaptação a mudanças do processo são características importantes deste trocador;

6. Trocadores P-e-A aplicam-se a uma gama de processos, incluindo líquido-líquido,


condensação e evaporação. Sua utilização com gases e altas pressões não é
recomendada (vedação).

trocador P-e-A de pares soldados (utilizados quando um dos fluidos é corrosivo)

20
Trocadores de placas:características básicas
Tipos de Placas

Trocadores de placas:comparativo casco


casco--e-tubos
Devido a sua maior EFETIVIDADE, os trocadores P-e-A necessitam de uma
menor área para executar o mesmo processo.

Para aplicações
p ç líquido-líquido,
q q , áreas de um P-e-A são 25% menores e a
perda de carga é, na média, mais baixa.

Em termos de peso do trocador, os P-e-A são geralmente 40 a 50% mais


leves.

trocador P-e-A
equivalente

t
tamanho
h do
d
trocador C-e-T comparação dos
comprimentos (P-e-A)

21
Trocadores de placas:espiral e lamela

Trocadores de placas:soldadas e brazadas


Trocadores de Placas
(Aletas brazadas)

22
Trocadores de placas: platecoil

Trocadores de placas: circuito impresso

23
Trocadores tubo
tubo--aleta
Trocadores Aletados
(tubo-aleta)

Trocadores tubo
tubo--aleta
aleta:características
:características básicas

C.T.C. é aproximadamente uma ordem de magnitude


menor do lado externo (ar): colocação de aletas;

100%
% Total Thermal Resistance

80%

60% Inside

Wall
40% Outside

20%

0%
500 1000 1500 2000
Air Flow Velocity (SFPM)

Thermal resistance breakdown in a typical radiator

24
Trocadores tubo
tubo--aleta
aleta:características
:características básicas
BMW 3 Series Cooling Module

power steering
expansion bottle module support pusher fan
heat exchanger

module
d l
support

inlet

assembly unit

thermostat

drain plug

} outlet
condenser
low temperature section
transmission shrout radiator
heat exchanger

Trocadores tubo
tubo--aleta
aleta:características
:características básicas

1. São trocadores compactos utilizados em aplicações


gás-líquido;

2. São amplamente utilizados na indústria de refrigeração,


e no setor automotivo;

3. Trocadores tubo-aletas de maior capacidade são


utilizados como evaporadores e condensadores na
indústria de p
processos e de g
geração
ç de energia.
g

50

25
Trocadores arame-
arame-sobre
sobre--tubo

Trocadores de micro-
micro-canais

altamente compactos, resistentes a altas pressões internas, elevado C.T.C.

custo elevado, distribuição do fluido nos canais pode ser um problema

26
Trocadores placa
placa--aleta

Trocadores placa-
placa-aleta
aleta:: Características básicas

1. São construídos a partir de placas paralelas e seções de aletas corrugadas unidas


por diversos processos de fabricação (‘vacuum brazing’, ‘diffusion-bonding’)
umas sobre as outras (formando um “sanduíche”);
sanduíche );

2. As matrizes são geralmente construídas de alumínio. Recentemente, outras ligas


(incluindo aço inox) vêm sendo utilizadas;

3. A principal aplicação é em criogenia (processamento de gases liquefeitos). No


entanto, estes trocadores são encontrados em aplicações aeroespaciais,
petroquímicas, ‘off-shore’ etc.

4. Para algumas aplicações, trocadores compactos podem ser mais caros;

5. Não permitem desmontagem!

27
Trocadores placa
placa--aleta
aleta:: Tipos de aletas

Trocadores placa
placa--aleta
aleta:: Comparativo
Dois exemplos*:

(a) Um trocador placas-aletas com 6 aletas por cm fornece aproxima-


damente 1300 m2 de área por m3. Este trocador compreende ape-
nas 10% do volume de um trocador C-e-T com tubos de 19 mm O.D.

(b) Um resfriador de gás natural para aplicações ‘off-shore’ de 3 MW,


operando com o gás a 200 bar.
Se for um C-e-T: 6 m de comprimento e 6500 kg
Se for um ‘Plate fin’: 1.8 m de comprimento e 600 kg.

*retirados de “Guide to Compact Heat Exchangers”,


Good Practice Guide Series No. 89, ETSU, Harwell, UK.

28
Resumo

Regeneradores

Matriz Fixa

Matriz Rotativas
Rothemule

29
Disposição das correntes: passes simples

Contracorrente

Arranjo mais efetivo: produz a maior variação de temperatura para cada corrente
em uma dada condição (UA, C das correntes)

A diferença de temperatura máxima entre as correntes através da parede (em uma


dada extremidade) é a menor dentre todas as possíveis
configurações: menores tensões térmicas

Disposição das correntes: passes simples

Corr. paralelas

Arranjo menos efetivo: produz a menor variação de temperatura para cada corrente
em uma dada condição (UA, C das correntes)

A diferença de temperatura máxima entre as correntes através da parede (na entrada)


é a maior dentre todas as possíveis configurações: maiores tensões térmicas

30
Disposição das correntes: passes simples
Corr. paralelas vs. contracorrente
O arranjo de correntes paralelas, apesar da menor efetividade é preferido quando:

1. Se deseja minimizar a condução axial pela parede (C.P. produz um perfil de


temperatura de parede longitudinal mais uniforme)

2. Se deseja evitar que a corrente quente se condense ou solidifique (a mais


baixa temperatura de parede é MAIOR do que em qualquer outro arranjo)

3. Se deseja minimizar incrustação, corrosão ou decomposição do fluido (a mais


alta temperatura de parede é MENOR do que em qualquer outro arranjo)

Disposição das correntes: passes simples

Corr. cruzadas

(
(unmixed-unmixed)
i d i d)

Arranjo com efetividade intermediária entre contra-corrente e correntes paralelas

31
Disposição das correntes: passes simples

Corr. cruzadas

(mixed-unmixed)

Disposição das correntes: passes simples

Corr. cruzadas

(representação
simbólica:
mistura)

32
Disposição das correntes: passes simples

Split flow

(TEMA G-shell)

Disposição das correntes: passes simples

Divided flow

(TEMA J-shell)

33
Disposição das correntes: passes múltiplos

Aletados

SÉRIE

PARALELO

MISTO

Disposição das correntes: passes múltiplos

Casco-e-tubos

1-2 TEMA E

34
Disposição das correntes: passes múltiplos

Casco-e-tubos

1-2 TEMA J

1-2 TEMA G

Disposição das correntes: passes múltiplos

Placas

35
1.4. Critérios de um projeto

(a) “adequação a todos os requisitos e necessidades do projeto”

At d às
Atender à variações
i õ d de ttemperatura
t d
das correntes,
t com perdas
d
de carga aceitáveis, na presença de incrustações, durante o período
planejado entre manutenções.

Dificuldades:
1. Conhecer as propriedades físicas com precisão;
2. Incertezas experimentais associadas às correlações;
3. Limitações dimensionais da construção do trocador;
4. Variações dia-a-dia nas condições de operação;
5. Conhecimento dos processos de incrustação.

Experiência, bom-senso, super-dimensionamento prudente

1.4. Critérios de um projeto

(b) “o trocador deve tolerar as condições de serviço a ele impostas”

Suportar tensões e carregamentos mecânicos não só durante a


operação normal, mas também

1. Durante transporte, instalação, partida, desligamentos e


situações de acidentes (pelo menos as planejadas...);
2. Ser resistente à corrosão e à hostilidade do meio;
3. Suportar vibrações.

Projeto mecânico e seleção de materiais adequados

36
1.4. Critérios de um projeto

(c) “o trocador deve ser compatível com as necessidades de manutenção”

Escolha de uma configuração que permita

1. Limpeza do equipamento;
2. Substituição de tubos, juntas e outros componentes sujeitos a
corrosão, erosão, vibração e envelhecimento;
3. Posicionamento adequado do trocador no seu ambiente
(espaço, acesso, limpeza etc.).

Conhecimento do processo, interação (equipe) e experiência

1.4. Critérios de um projeto

(d) “o trocador não deve dificultar o processo, quando em manutenção”

Escolha de uma configuração que permita

1. A utilização de unidades múltiplas (quando uma estiver


parada, as outras continuam o serviço);
2. Utilização de tubos e conexões flexíveis (nem sempre
possível);
3. Beneficiar das condições climáticas (processos de res-
friamento durante o inverno);
4 Manter um estoque de peças de reposição.
4. reposição

Conhecimento do processo, interação (equipe) e experiência

37
1.4. Critérios de um projeto

(e) “o trocador deve custar o mínimo possível”

Os seguintes custos devem ser minimizados

1. Projeto;
2. Construção;
3. Operação;
4. Manutenção.

Conhecimento do processo,
processo interação (equipe) e experiência

1.5. Relação entre seleção, cálculo e projeto

SELEÇÃO

Escolha de um determinado tipo ou modelo de trocador a partir


de um número de unidades já existentes (catálogos), ou que
possam ser construídas em um curto intervalo de tempo.

Viável, geralmente, para trocadores de pequeno porte



(áreas < 10 ou 20 m2).
)

38
1.5. Relação entre seleção, cálculo e projeto
CÁLCULO
Procedimento computacional através do qual o desempenho
termo-hidráulico (temperaturas e perdas de carga) é
calculado para um trocador já existente ou
completamente
l t t identificado.
id tifi d
temps. saída
vazões (compr. especificado)
Programa de Cálculo:
temperaturas
pressões 1. Relações geométricas comprimento
configuração do T.C. (taxa calor especificado)
2. Correlações (Trans. Cal.)
propriedades físicas 3. Correlações (Perda de Carga) perda de carga
fatores de incrustação

Como visto anteriormente, o cálculo pode ser realizado em diversos


níveis de sofisticação.

O trocador é dito apropriado quando o cálculo fornece desempenho


térmico aceitável e perdas de carga próximas (porém menores)
do valor mínimo permitido pelo processo. 77

1.5. Relação entre seleção, cálculo e projeto


PROJETO
Os comentários abaixo relacionam-se à definição de projeto:

Geralmente,, procedimentos
p de cálculo termo-hidráulico aplicados
p a várias
configurações fornecem mais de uma configuração apropriada.
Neste caso, outros critérios (custo, flexibilidade, manutenção e
confiabilidade) devem ser usados para a eleição da
configuração apropriada.

Em algumas situações, o trocador selecionado para o cálculo apresenta


deficiência em um ou mais requisitos. Modificações na configuração
original podem ser realizadas buscando um enquadramento dos
resultados do cálculo às necessidades do processo.

(ver quadro abaixo)

39
1.5. Relação entre seleção, cálculo e projeto

40

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