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Centro de Ensino Unificado de Brasília

Administração de Unidade de Alimentação e Nutrição

EMPRESA JÚNIOR

BANCO DE LEITE HUMANO SAÚDE DA CRIANÇA

Alunos:
Elaine Acioli – RA21709668
Francinete Rocha – RA21605385
Isabel Cristina – RA21605615
Joaquina Portela - RA21652492
Joselma Rodrigues - RA21554445
Laís Mitre - RA21652904
Lucas Pereira - RA21504345

Prof. Dayanne da Costa Maynard

Brasília/Junho – 2017
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BANCO DE LEITE HUMANO SAÚDE DA CRIANÇA

1. Características Jurídicas

Razão social: Banco de Leite Humano DF


Nome de Fantasia: BLH Saúde da Criança
CNPJ: 07.806.456/0001-37
Representante Legal: Rodrigo Rocha Portela
Contrato social
Licença sanitária/funcionamento
Manual de Boas Práticas de Manipulação
Alvará de Localização/funcionamento
Endereço: QE 04 – lote16 - nº 22 – CEP: 71.015.216 Guará I – Brasília - DF
Telefone: 3568-00x1

2. Características físicas

Localização:
Distante de qualquer dependência que possa comprometer a qualidade do
produto processado/estocado, sob o ponto de vista químico, físico-químico e
microbiológico.
Iluminação e ventilação:
Suficiente em todas as dependências, respeitando as especificações de ordem
técnica.
BLH deve dispor das seguintes dependências:
Área de recepção, higienização, área de coleta, acolhimento, área de
processamento, área de estocagem, área de distribuição, área administrativa,
depósito, DML, vestuário, vestuário de barreira, laboratório, consultório, banheiro F/M,
descarte e copa.
Quadro de funcionários:
Nutricionista chefe - 1
Nutricionistas auxiliares - 2
Médicos pediatra - 3
3

Enfermeiros - 3
Técnicos de enfermagem - 6
Recepção - 3
Copeiro - 2
Auxiliar de serviços gerais - 2
Total: 22 funcionários

3. Fluxograma

O BLH deve obedecer a um layout com fluxo unidirecional de pessoas e


produtos, evitando cruzamento de fluxos e facilitando a higienização, de maneira a
não comprometer a qualidade do leite processado, seja do ponto de vista físico-
químico ou microbiológico. Deve ser observado o seguinte fluxo de trabalho no BLH:
Recebimento ou coleta do leite humano ordenhado (LHO); Degelo e seleção;
Classificação; Reenvase; Pasteurização; Liofilização (quando houver); Controle de
qualidade microbiológica; Estocagem; Distribuição e porcionamento.
Para exercer suas atividades, o BLH necessita de uma estrutura mínima,
conforme disposto na RDC 171/2006. Os setores que devem ser previstos em um BLH
são:
- Sala para recepção das doadoras, com área mínima de 7,5m².
- Área para estocagem de leite cru coletado, com área mínima de 4,0m² (em BLH com
produção de até 60L/mês).
- Área para recepção da coleta externa, com área mínima de 4,0m² (opcional).
- Vestiário de barreira (3,0 m²): ambiente exclusivo para a paramentação de
funcionários, doadoras e demais usuários.
- Sala para coleta (ordenha), com 1,5m² por cadeira de coleta.
- Sala para processamento, com área mínima de 15,0m² .
- Laboratório de controle de qualidade microbiológico, com área mínima de 6,0m² .
- Sala de porcionamento, com área mínima de 4,0m² (opcional).
- Sala para lactentes e acompanhantes, com área mínima de 4,4m² (opcional).
Além dos ambientes obrigatórios e opcionais, os ambientes de suporte
relacionados a seguir são necessários ao pleno desenvolvimento das atividades:
Sanitários (masculino, feminino e para deficientes); Depósito de material de limpeza;
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Central de material esterilizado; Sala Administrativa; Copa; Consultório; Sala de


demonstração e educação em Saúde.
A iluminação deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente, evitando
ofuscamentos, sombras, reflexos e contrastes excessivos, além de incidir numa
direção que não prejudique os movimentos nem a visão das pessoas que ali
trabalham.
As instalações elétricas precisam ser embutidas ou protegidas por material
resistente a impactos, à lavagem e ao uso de saneantes, para que não haja depósitos
de sujidades em sua extensão.
A ventilação deve ser natural ou forçada para proporcionar conforto e proteção
aos profissionais e usuários, além de manter os materiais e produtos em condições
próprias para o consumo. A direção da corrente de ar nunca deve ir de um local sujo
para um limpo.
Nas salas de processamento e de ordenha do BLH e do PCLH, não podem ser
instalados ventiladores de teto e circuladores de ar, pois esses equipamentos somente
promovem a circulação do ar ambiente, podendo, inclusive, carrear poeiras e
microrganismos indesejáveis. Nessas salas, o sistema de climatização deve ser
instalado de forma a promover a retirada do calor gerado pelos equipamentos de
refrigeração, degelo e pasteurização.
O planejamento e aquisição dos equipamentos dependem do tipo de
estabelecimento (BLH ou PCLH); estrutura físico-funcional; demanda de atendimento;
da disponibilidade financeira; da qualidade e quantidade de mão de obra; do padrão
de qualidade do serviço prestado.
A alocação dos móveis e equipamentos deverá ser de forma que as operações
ocorram de maneira contínua, sem que haja cruzamento de fluxo.

4. Organograma

Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárquica de uma


empresa, isto é, do desenho organizacional que, por sua vez, consiste na
configuração global dos cargos e da relação entre as funções, autoridade e
subordinação no ambiente interno de uma organização. O organograma é
considerado a melhor representação gráfica do desenho organizacional.
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Outra vantagem do organograma é identificar falhas estruturais na empresa,


tais como duplicidade de funções e o consequente desperdício de mão-de-obra. Os
principais objetivos de um organograma são: apresentar os diversos órgãos
competentes de uma organização, comunicar os vínculos e relações de
interdependência entre os vários departamentos e indicar os níveis hierárquicos em
que se dividem uma determinada empresa.
Características da Organização Linear, autoridade linear ou única: é a
autoridade única e absoluta do superior sobre seus subordinados;
Centralização das decisões: existe uma autoridade máxima que centraliza
todas as decisões e o controle da organização;
Aspecto piramidal: à medida que se sobe na escala hierárquica, diminui o
número de cargos ou órgãos.
Vantagens: Estrutura simples e de fácil compreensão: o subordinado só se
relaciona formalmente com o seu superior;
Facilidade de implantação: oferece facilidade em seu funcionamento, controle
e na disciplina; é bastante estável: permite o funcionamento da organização, graças a
centralização do controle.
Desvantagens: Autoridade linear baseada no comando único e direto: pode
tornar-se autocrática, dificultando a cooperação e a iniciativa das pessoas;
Estabilidade e constância das relações formais: podem levar à rigidez e
inflexibilidade, dificultando a inovação e adaptação da organização a novas situações.
Não responde às mudanças rápidas.

5. Funcionograma

Administração: Planejar, implementar e garantir a qualidade dos processos,


incluindo: os recursos humanos, materiais e equipamentos necessários para o
desempenho de suas atribuições, em conformidade com a legislação vigente; a
responsabilidade sobre o processo de trabalho; e a supervisão do pessoal técnico
durante o período de funcionamento.
A organização de um processo de trabalho em equipe, com cooperação e visão
integrada do usuário, constitui-se em tarefa diária de superação de desafios. O que
se pretende é alcançar os objetivos na construção de uma prática que vise à melhoria
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contínua da qualidade, sem fragmentação, possibilitando um melhor atendimento ao


usuário e conferindo boas condições de trabalho à equipe.
Gerencia de Nutrição/Enfermagem/Diretoria Clinica, desenvolver ações de
promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, como programas de incentivo e
sensibilização sobre a doação de leite humano (HINRICHSEN, 2004). Prestar
assistência à gestante, puérpera, nutriz e lactente na prática do aleitamento materno.
Prepará-la a gestante para a amamentação; elaborar medidas de prevenção de
doenças e outros fatores que impeçam a amamentação ou a doação de leite humano
ordenhado.
Quanto à puérpera, à nutriz e ao lactente, prestar orientações sobre,
autocuidado com a mama puerperal.
Nutricionista/Enfermagem acompanhar a mãe e prestar as informações necessárias
sobre amamentação;
Cuidados ao amamentar, pega, posição, sucção e ordenha, coleta e
armazenamento do leite ordenhado no domicílio (HINRICHSEN, 2004);
Cuidados na utilização do leite humano ordenhado cru (LHOC) e do leite humano
ordenhado pasteurizado (LHOP).
Atividades exercidas pelo posto de coleta, o banco de leite humano também
processa e distribuição do leite pasteurizado; responder tecnicamente pelo
processamento e controle de qualidade do leite humano ordenhado procedente do
PCLH a ele vinculado; e realiza o controle de qualidade dos produtos e processos sob
sua responsabilidade.
Nutricionista: Responsável técnico pelo serviço de BLH perante a vigilância
sanitária (BRASIL, 2006). Processamento e controle de qualidade do leite humano
ordenhado.
Gestão pela qualidade em BLH; realizar planejamento do atendimento diário;
trabalhar preferencialmente em equipe; proporcionar à equipe de trabalho
capacitações permanentes; instituir pausas e rodízios sistemáticos de tarefa,
principalmente em trabalho repetitivo.
Nutricionista/Técnico Nutrição/Auxiliar nutrição, prestar orientações e cuidado
com mama; executar as operações de controle clínico da doadora e encaminhar ao
médico caso necessário; manter um sistema de informação que assegure os registros
relacionados às doadoras e aos produtos disponíveis às autoridades competentes,
guardando sigilo e privacidade. Estabelecer ações que permitam a rastreabilidade do
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leite humano ordenhado, acompanhamento do controle biológico; estocagem e


distribuição; controle microbiológico; seleção e classificação do leite humano
ordenado; apoio a lactentes e acompanhantes.
O BLH ainda, seguir as orientações do Programa de Controle e Prevenção de
Infecção e de Eventos Adversos (PCPIEA) dos serviços de saúde aos quais estão
vinculados; dispor de normas e rotinas escritas para todos os procedimentos
realizados; e implantar e implementar as Boas Práticas de Manipulação do leite
humano ordenhado.
Enfermagem/Técnico de Enfermagem e auxiliar de enfermagem Interno:
Orientação sobre Higienização para coleta; acompanhamento na sala de ordenha;
registrar e garantir etapas garantindo a rastreabilidade do produto; estocagem do leite
humano ordenhado. Externo: Coleta e/ou recebimento do leite humano ordenhado;
processamento e controle de qualidade do leite humano ordenhado; cuidado em todo
processo em prol da qualidade em BLH.
Apoio, Assistente Social: Promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno
em BLH. Recepção: Registro e triagem das doadoras; orientações necessárias e
encaminhamento ao setor. Limpeza/copeiros: rotinas de higienização e apoio.

6. POP

Preparo para retirar o leite humano (ordenhar)

1- Para armazenar o leite, utilizar um frasco de vidro com tampa de plástico (como os
de café solúvel ou de maionese);
2- Colocar vidros e tampas (sem rótulo e o papel branco de dentro da tampa) numa
panela e cobri-los com água;
3- Ferver tudo por 15 minutos (contar o tempo a partir do início da fervura);
4- Deixar vidros e tampas escorrerem sobre um pano limpo até secar. Fechar os vidros
sem tocar na parte interna das tampas;
5- Escolha um lugar limpo, tranquilo. Evitando banheiro e cozinha, e longe de animais;
6- Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
7- Lave as mãos e antebraços com água e sabão e as mamas apenas com água, e
secar as mãos e mamas com uma toalha limpa;
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8- Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo
o nariz e a boca.
O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas
estiverem muito cheias. Comece fazendo massagem suave e circular nas mamas.
Massageie as mamas com as polpas dos dedos começando na aréola (parte escura
da mama) e, de forma circular, abrangendo toda mama. Coloque os dedos polegar e
indicador no local onde começa a aréola (parte escura da mama). Firme os dedos e
empurre para trás em direção ao corpo. Comprima suavemente um dedo contra o
outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair. Despreze os
primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco. Após terminar a coleta, fechar bem
o vidro.
Forma de armazenar o leite, identificar o vidro com a data da 1ª coleta, o leite
pode ficar armazenado congelado por até 15 dias. Frasco com o leite retirado deve
ser armazenado no congelador ou freezer.

7. Recursos Humanos

O número de pessoas na equipe varia conforme a clientela a ser atendida pelo


BLH, a composição da equipe multidisciplinar e a instituição. Organiza-se em geral
em: Enfermeiro: Responsável por : Coordenar a execução do programa global do
BLH; Responder junto a direção pela realização do programa; Fiscalizar a
manipulação do leite, desde a coleta até a entrega ao cliente; Manter o
entrosamento com os servidores; Fazer previsão do orçamentário; Determinar a
aquisição de material necessário e zelar pela execução do orçamento; Controlar a
distribuição do material , consumo e estoque; Zelar pelas instalações, pelo material e
pela condições de higiene; Controlar a frequência de atividade do pessoal; Elaborar e
manter atualizadas as rotinas do serviço; Preparar relatório e boletins técnicos
periódicos; Organizar mapas referentes ao movimentos diário, mensal, e anual das
atividades do BLH; Elaborar e apresentar à equipe o plano de trabalho; Planejar,
executar e avaliar, em conjunto com a equipe o programa de atividades; Promover
cursos encontros, visando ao aperfeiçoamento profissional do serviço; Participar do
treinamento do pessoal, tanto em curso regulares, como em serviço.
Médico - em conjunto com Enfermeiro são responsáveis por: Elaborar e apresentar à
equipe o plano de trabalho; Planejar, executar e avaliar, em conjunto com a equipe, o
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programa de atividades; Promover cursos encontros, visando ao aperfeiçoamento


profissional do serviço; Participar do treinamento do pessoal, tanto em curso regular,
como em serviço;
Como função exclusiva ao médico, deve por sua vez esse: Proceder ao controle
médico das doadoras; Decidir, em conjunto com a doadora, a matrícula ou seu
desligamento; Estabelecer periodicidade para o exame das doadoras, entre outras.
Nutricionista; De acordo com resolução CFN Nº200/1998, as atribuições do
nutricionista no BLH são: Incentivo ao aleitamento materno; Garantir a qualidade
higiênico-sanitária do leite humano, desde a coleta até a distribuição; Promover
campanhas para capacitar doadoras de leite humano, enfatizando as atividades do
BLH; Promover orientação, educação e assistência alimentar e nutricional da mãe;
Estabelecer controle quantitativo do leite humano coletado e distribuído; Promover
orientação e educação alimentar e nutricional para a família e a comunidade; Integrar
a equipe interdisciplinar com participação plena na atenção prestada ao cliente;
Desenvolver estudos e pesquisas relacionados com sua área de atuação; Participar
de planejamento e execução de programas de treinamento para pessoal técnico e
auxiliar; Colaborar com autoridades de fiscalização profissional ou sanitária; Colaborar
na formação de profissionais na área de saúde, orientando estágio e participando de
programas de treinamento; Efetuar controle periódico dos trabalhos executados; Para
pertencer à Rede de Bancos de Leite Humano Nacional, é necessário providenciar
documentação específica, fazer treinamento e inscrição.
Outras atividades que devem ser promovidas e apoiadas pelo nutricionista:
incentivar o parto humanizado; Promover o começo imediato da amamentação,
inclusive durante a permanência na sala de parto; Cuidar da alimentação da mãe,
especialmente em trabalhos de partos prolongados; Apoiar a mãe ao iniciar a primeira
mamada, assegurando assim que esta resulte em uma experiência satisfatória;
Gerenciar o BLH, inclusive responsabilizando-se pela distribuição do leite ordenhado
e pasteurizado; Estimular e orientar a prática adequada de doação de leite ordenhado,
de acordo com as normas de biossegurança; Treinar funcionários do Corpo de
Bombeiros ou de outras entidades, para a coleta domiciliar do leite humano doado e
participação efetiva em campanhas de incentivo ao aleitamento materno; Participar
de organizações não governamentais que apoiam, promovem e protegem a
amamentação, como a IBFAN e outras; Recomendar hábitos alimentares corretos.
Auxiliar na promoção à saúde. Também fazem parte do acompanhamento de
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atendimento e atenção a paciente a Assistente Social; Auxiliar de Enfermagem;


Técnico de laboratório.

8. Treinamento de complementação

Os tipos de treinamento formulados e acompanhados dentre a formação dos


profissionais da área de cuidado e incentivo a amamentação são os treinamentos
individuais, específicos, de ambientação e também o treinamento coletivo.
Individual - Exclusivo, focado nas metas pessoais do participante, que terá
atenção total do instrutor responsável.
Treinamento específico - Refere-se ao treinamento que almeja preparar o
empregado para exercer determinada função. É específico e direcionado para ações
dentro do setor onde a pessoa irá trabalhar. É o treinamento que procura preparar o
empregado para exercer o cargo.
Treinamento de ambientação - Consiste no treinamento dado ao empregado
logo após a sua admissão. O objetivo é conseguir informações sobre o novo
funcionário em relação aos diferentes aspectos vinculados à empresa.
Registro de Treinamento Coletivo – Este permite o registro de treinamentos para um
intervalo de funcionários selecionados, tendo como objetivo principal otimizar o
processo de informação dos cursos, para que não seja necessário efetuar o
procedimento de cadastrar calendários, reservar funcionários, controlar frequência,
realizar o processo de avaliação, controlar despesas e efetuar a baixa, como ocorre
no procedimento normal de um processo de treinamento.
O pacote de treinamento da Iniciativa Hospital Amigo da Criança compreende
propósitos de promoção, atenção, respeito e cuidados em questão de aleitamento
materno, se tratando em âmbito tanto quantitativa como qualitativamente, a OMS e o
UNICEF elaboraram um novo pacote, baseado num curso revisado de 20 horas para
profissionais de maternidade, compreende inclusive ao conceituado e reconhecido.
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Os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno são:

1 – Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente
transmitida a toda a equipe do serviço.
2 – Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma.
3 – Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da
amamentação.
4 – Colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, ◊ imediatamente após
o nascimento, durante pelo menos 1 hora e incentivar que as mães reconheçam o
momento em que seu bebê está pronto para mamar, oferecendo ajuda, se
necessitarem.
5 – Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem
a ser separadas de seus filhos.
6 – Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno,
a não ser que tenha indicação clínica.
7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos
24 horas por dia.
8 – Encorajar a amamentação sob livre demanda.
9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
10 – Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as
mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.
Feito um estudo transversal realizado em 2002 com a intenção de avaliar a aderência
à IHAC em 172 hospitais brasileiros, que foram certificados entre 1992 e 2000. Dos
167 hospitais avaliados, 137 (82%) cumpriam todos os 10 Passos da Iniciativa. (J Hum
Lact 2007).

Estratégia para motivação da equipe:

Oferecer cursos e treinamentos;


Estimular a autogestão;
Oferecer plano de carreira;
Fazer o reconhecimento público por um trabalho bem feito;
Reconhecer as qualidades.
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Para que uma equipe esteja plenamente motivada, é preciso que elas confiem
na figura do seu líder. E para que haja esta confiança, é preciso comunicação. É
somente com uma boa comunicação que as suas ideias e planos chegarão a todas
as áreas da sua empresa, garantindo o envolvimento de todos nos processos de
mudança.

9. O desperdício

O desperdício no banco de leite deve ser controlado em todas as etapas, na


ordenha e na coleta, no transporte, na recepção, na estocagem, no degelo e no
reenvase. Inicialmente a coleta deve ser realizada manualmente já que é a forma mais
efetiva, econômica e menos traumática e dolorosa. O uso de bombas tirar leite não é
indicado, pois é difícil higieniza-las e esterilizá-las proporcionando a proliferação
bacteriana, que leva a contaminação do leite humano, causando o seu desperdício.
Então para que se tenha um controle adequado de qualidade, a ordenha deve ser
conduzida com rigor higiênico-sanitário capaz de garantir a manutenção das
características imunobiológicas e nutricionais dos produtos.
Para se evitar o desperdício na coleta do leite, é importante sempre manter uma
higiene adequada, tanto da doadora, quanto do auxiliar que poderá ajudar na ordenha
devendo lembrar que para isso, deve-se usar luvas. Além disso, os utensílios devem
estar previamente esterilizados e devem ser desprezados os primeiros jatos de leite
para evitar contaminação. O recipiente para o transporte deve ser isotérmico e tem
que estar previamente limpo e desinfetado antes de cada rota, e junto com o recipiente
deve-se ter o gelo reciclável e um termômetro para que seja verificada a temperatura
durante todo o percurso. Durante a recepção do leite, o profissional deverá usar luvas,
avental, máscara e touca e esterilizar as embalagens com álcool 70% no momento da
chegada, para que sejam armazenadas. O leite deve ser armazenado dentro de
freezers e deve ser estocado por no máximo 15 dias a partir da data da coleta, já o
leite pasteurizado pode ser armazenado a temperaturas máximas de -3̊ C por no
máximo 6 meses.
Hoje existem diversos projetos para que estimulem a doação de leite, já que
muitas mães não conseguem, por diversos motivos, amamentarem seus bebes. Um
dos incentivos é para mães que estiverem doando pela primeira vez, solicitarem um
Kit que algumas redes disponibilizam que é composto por um potinho de vidro, uma
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touca e uma máscara, facilitando assim a coleta. A sustentabilidade da coleta do leite,


no DF, existe graças a uma parceria que há entre os bancos de leite e o corpo de
bombeiros, que ajuda muito na hora de transportar o leite da casa da doadora até o
banco de leite. Em Recife há projetos de sustentabilidade, que ajudam na arrecadação
de potes de vidros, que normalmente não possuem utilidade nas casas dos brasileiros,
para que sejam doados para os bancos de leite, para que sejam utilizados no
armazenamento do leite doado, além disso as próprias doadoras podem reutilizar os
potes de vidro de alimentos que foram utilizados e que normalmente seriam
descartados, devendo ter cuidado com o processo de esterilização, para que seja
realizado adequadamente.
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10. Anexos

(Logomarca do estabelecimento)
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Referências:

BRASIL, Ministério da Saúde,Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN.


Secretaria de Programas Especiais - SPE. Programa Nacional de Incentivo ao
Aleitamento Materno - PNIAM. Recomendações Técnicas para o Funcionamento de
Bancos de Leite Humano . Brasília, Ministerio da Saúde, 1993, 60p. >. Acesso em: 04
jun. 2017
Curtis P, Woodhill R, Stapleton H. The peer-professional interface in a community-
based, breastfeeding peer-support project. Midwifery 2007;23:146-56>. Acesso
em: 03 jun. 2017

Lasarte Velillas JJ, Hernández-Aguilar MT, Pallás Alonso CR et al. A breastfeeding e-


learning project based on a web forum. Breastfeed Med 2007;2:219-28>. Acesso
em: 01 jun. 2017

Kronborg H, Vaeth M, Olsen J et al. Effect of early postnatal breastfeeding support: a


cluster-randomized community based trial. Acta Paediatr 2007;96:1064-70 >. Acesso
em: 01 jun. 2017

Kronborg H, Vaeth M, Olsen J et al. Health visitors and breastfeeding support:


influence of knowledge and selfefficacy. Eur J Public Health 2008;18:283-88>. Acesso
em: 01 jun. 2017

Bassichetto KC, Rea MF. Infant and young child feeding counseling: an intervention
study. J Pediatr (Rio J) 2008;84:75- 82>. Acesso em: 01 jun. 2017
LTDA, PORTAL DA EDUCAÇÃO TECNOLOGIA EDUCACIONAL . Nutricionista
atuando no banco de leite humano. Disponível
em:<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/nutricionista-
atuando-no-banco-de-leite-humano/37409>. Acesso em: 01 jun. 2017.

BRASIL, Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN.


Secretaria de Programas Especiais - SPE. Programa Nacional de Incentivo ao
Aleitamento Materno - PNIAM. Manual de Rotinas para Banco de Leite Humano.
Brasília, Ministerio da Saúde, 1993, p; 36p.
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Moura de Araújo MF, Soares Schmitz BA. Reassessment of Baby Friendly Hospitals
in Brazil. J Hum Lact 2007;23;246-52 >.Acesso em: 06 jun. 2017.

BRASIL, UNICEF. Nutricionista atuando no banco de leite humano. Disponível


em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9999.htm>.Acesso em: 06 jun. 2017.

SECRETARIA DE SAUDE. Portal de doação de leite de Brasília. Disponível em:


<http://www.amamentabrasilia.saude.df.gov.br> Acesso em: 4 de jun. 2017.

ALMEIDA, A. J.; MAIA, R. P.; NOVAK, F. R.; ALENCAR, S. M.; MATTAR, M. J.; Banco
de Leite Humano: Funcionamento, Prevenção e Controle de Riscos. Agência nacional
de vigilância sanitária, Brasília, 2008

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2006/res0171_04_09_2006.html
Acesso em: 26/05/2017

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