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O'Que é um robô ?

Um robô (ou robot) é um dispositivo, ou grupo de dispositivos, eletromecânicos capazes de


realizar trabalhos de maneira autônoma ou pré-programada.[1] Os robôs são comumente
utilizados na realização de tarefas em locais mal iluminados, ou na realização de tarefas
sujas ou perigosas para os seres humanos. Os robôs industriais utilizados nas linhas de
produção são a forma mais comum de robôs, uma situação que está mudando
recentemente com a popularização dos robôs comerciais limpadores de pisos e cortadores
de gramas. Outras aplicações são: tratamento de lixo tóxico, exploração subaquática e
espacial, cirurgias, mineração, busca e resgate, e localização de minas terrestres. Os robôs
também aparecem nas áreas do entretenimento e tarefas caseiras.

Como surgiu ?
A ideia de pessoas artificiais data de épocas como a da lenda de Cadmus, que semeou os
dentes de um dragão que se transformaram em soldados, e do mito do Pigmalião, no qual a
estátua de Galateia se torna viva. Na mitologia clássica, o deus deformado da metalurgia
(Vulcano ou Hefesto) criou serventes mecânicos, variando de serventes douradas inteligentes a
mesas utilitárias de três pernas que poderiam se mover por força própria. As lendas Judias se
referem ao Golem, uma estátua de argila animada através de mágica Cabalística. Similarmente,
o Younger Edda, da Mitologia escandinava conta que um gigante de argila, Mökkurkálfi ou
Mistcalf, foi construído para auxiliar o troll Hrungnir em um duelo com Thor, o Deus do Trovão.
O escritor checo Karel Čapek introduziu a palavra "Robô" em sua peça "R.U.R" (Rossum's
Universal Robots, cujo livro foi lançado no Brasil pela editora Hedra com o título A Fábrica de
[14]
Robôs), encenada em 1921. O termo "robô" realmente não foi criado por Karel Čapek, mas
por seu irmão Josef, outro respeitado escritor checo. O termo "Robô" vem da palavra checa
"robota", que significa "trabalho forçado".

Autômatos do inventor árabe Al-Jazari (século XII).

Modelo do Cavaleiro mecânico de Leonardo, baseado nos desenhos de da Vinci, exposto na cidade de
Berlim em 2005.

[15]
Unimate: primeiro robô industrial da história.

Dentre as ideias mais antigas que se conhecem sobre dispositivos automáticos, ou autômatos,
data de 350 A.C., a criada pelo matemático grego Arquitas de Tarento, amigo de Platão. Ele
criou um pássaro de madeira que batizou de “O Pombo”. O pássaro era propulsionado por vapor
e jatos de ar comprimido tendo, para muitos, mais méritos de ter sido a primeira máquina a
vapor do que a inventada por James Watt.
No ano 60, o matemático e engenheiro Heron de Alexandria construiu um triciclo de movimento
independente e programável, acionado pela força um peso em queda. O "programa" consistia
[16]
em cordas enroladas ao redor do eixo. O cientista da computação Noel Sharkey aponta este
[16]
triciclo como o primeiro robô programável da história. Uma moderna réplica do veículo
funcionou perfeitamente, provando que o invento não fora apenas especulação teórica ou fruto
[17]
da imaginação de Heron.
O primeiro projeto documentado de um autômato humanoide foi feito por Leonardo da Vinci por
volta do ano de 1495. As notas de Da Vinci, redescobertas nos anos 1950, continham desenhos
detalhados de um cavaleiro mecânico que era aparentemente capaz de sentar-se, mexer seus
braços, mover sua cabeça e o maxilar. O projeto foi baseado em sua pesquisa anatômica
documentada no Homem Vitruviano. Não é conhecido se ele tentou ou não construir o
mecanismo (veja: Cavaleiro mecânico de Leonardo).
O primeiro autômato funcional foi criado em 1738 por Jacques de Vaucanson, que fez um
androide que tocava flauta, assim como um pato mecânico que comia e defecava. A história
"The Sandman" de E.T.A. Hoffmann traz uma mulher mecânica semelhante a uma boneca, e
"Steam Man of the Prairies", de Edward S. Ellis (1865) expressa a fascinação americana com a
industrialização. Uma onda de histórias sobre autômatos humanoides culminou com a obra
"Electric Man" (Homem Elétrico), de Luis Senarens (1885).
Uma vez que a tecnologia avançou a ponto de as pessoas preverem o uso das criaturas
mecânicas como força de trabalho, as respostas literárias ao conceito dos autômatos (robôs)
refletiu o medo dos seres humanos, de serem substituídos por suas próprias criações.
Frankenstein (1818), de Mary Shelley, muitas vezes considerado o primeiro romance de ficção
científica, se tornou sinônimo deste tema. Quando a peça de Čapek RUR (1921) introduziu o
conceito de uma linha de montagem que utilizava robôs para tentar construir mais robôs, o tema
recebeu uma conotação econômica e filosófica, posteriormente propagada pelo filme clássico de
Fritz Lang Metropolis (1927). Porém, na década de 1940, o engenheiro químico Isaac Asimov
começou a escrever diversas obras sobre robôs domésticos educados e fieis ao ser humano,
onde grande parte do temor do domínio das máquinas (mecânicas) foi afastado parcialmente.
Mas, os populares Blade Runner (1982) e The Terminator (1984) são ícones deste temor. No
século XXI, com os robôs se tornando mais reais e perspectiva do surgimento de robôs
inteligentes, uma melhor compreensão das interações entre os robôs e o homens é abordada
em filmes modernos como A.I. (2001) de Spielberg e Eu, Robô (2004) de Proyas.
Muitos consideram o primeiro robô, segundo as definições modernas, como sendo o barco
teleoperado, similar a um ROV moderno, inventado por Nikola Tesla e demonstrado em uma
exibição no ano de 1898 no Madison Square Garden. Baseado em sua patente 613 809 para o
"teleautomation", Tesla desejava desenvolver o "torpedo sem fio" para se tornar um sistema de
armas para a marinha estadunidense.
Nos anos 1930, a Westinghouse fez um robô humanoide conhecido como Elektro. Ele foi exibido
no World's Fair de 1939 e 1940.
O primeiro robô autônomo eletrônico foi criado por Grey Walter na Universidade de Bristol, na
Inglaterra, no ano de 1948.
[15]
George Devol (1912-2011) patenteou o primeiro robô industrial, denominado Unimate,
[18]
empregado na fábrica da Ford Motor Company de Trenton (Nova Jérsei) em 1961.

Usos contemporâneos dos robôs


Robôs industriais.

Os robôs são utilizados para realizar trabalhos que são muitos pesados, sujos ou perigosos para
os seres humanos. Os robôs industriais nas linhas de produção são a forma mais comum de
robôs, porém isto vem mudando recentemente pela entrada de robôs faxineiros e cortadores de
grama. Em 2017, um robô de carga pessoal, que pode transportar até 40 quilos de suprimentos
[19]
de forma autônoma ou seguindo um operador humano. Outras aplicações incluem a limpeza
de lixo tóxico, exploração subaquática e espacial, cirurgias, mineração, busca e regaste e a
busca de minas terrestres. Os robôs também estão surgindo nas áreas de cuidados de saúde e
entretenimento.
Os manipuladores industriais possuem capacidades de movimento similares ao braço humano e
são os mais comumente utilizados na indústria. As aplicações incluem soldagem, pintura e
carregamento de máquinas. A indústria automotiva é um dos campos que mais se utiliza desta
tecnologia, aonde os robôs são programados para substituir a mão de obra humana em
trabalhos repetitivos ou perigosos. A adoção generalizada deste tipo de tecnologia, entretanto,
foi atrasada devido à avaliabilidade de funcionários baratos e aos altos requerimentos de capital
dos robôs. Outra forma de robôs industriais é o AGVs (Veículos Guiados Automaticamente). Os
AGVs são utilizados em estoques, hospitais, portos de contêineres, laboratórios, instalações de
servidores, e outras aplicações onde o risco, confiabilidade e segurança são fatores importantes.
De mesma forma, o patrulhamento autônomo e os robôs de segurança estão aparecendo como
parte de alguns prédios automatizados.
No começo do século XXI, os robôs domésticos começaram a surgir na mídia, com o sucesso
do Aibo, da Sony e uma série de fabricantes lançando seus aspiradores robóticos, tais como a
iRobot, Electrolux, Vileda e Karcher. Cerca de um milhão de unidades de aspiradores foram
vendidas em todo o mundo até o final de 2004. A iRobot planeja produziu um robô de
mapeamento similar no tamanho e forma aos aspiradores robóticos. As corporações japonesas
foram bem sucedidas em seus desenvolvimentos de protótipos de robôs humanoides e
planejam utilizar esta tecnologia não apenas nas linhas de produção, mas também nos lares
japoneses. Existem expectativas no Japão de que os cuidados caseiros para a população idosa
podem ser melhor realizados através da robótica. No Brasil, por incentivo de políticas públicas,
foi fundada uma indústria de robôs denominada ARMTEC Tecnologia em Robótica , que desde
2004 vem gerando robôs bombeiros, ROVs, de avaliação de pavimentos entre outros.
Os robôs também são comumente utilizados como uma forma de Arte de Alta Tecnologia.

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