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COMENTE A POSSIBILIDADE DE SER EFECTUADO O CÁLCULO RETROSPECTIVO DA ALCOOLÉMIA


E O SEU VALOR MÉDICO-LEGAL – Há um intervalo de tempo entre a morte e a autópsia, que pode alterar a taxa
de álcool. A taxa de alcoolémia que se obtém na autópsia é a taxa de alcoolémia da morte, mas pode não ser a taxa de
alcoolémia do momento do evento. No cadáver, a concentração de etanol no sangue periférico é, teoricamente, mais
representativa do que a concentração existente no momento da morte, embora não necessariamente desta. Existe uma
variabilidade inter-indivíduo (de indivíduo para indivíduo) e uma variabilidade intra-indivíduo (dentro do próprio
indivíduo), que depende de vários factores, tais como a idade, sexo, peso e estado emocional.

COMENTE A VALIDADE DA DETERMINAÇÃO DA ALCOOLÉMIA NUM CADÁVER PUTREFACTO – Num


cadáver, a taxa de alcoolémia é normalmente calculada através do sangue. Quando esta metodologia não é aplicável,
pode fazer-se uma determinação indirecta através da medula óssea. Num cadáver putrefacto, produzem-se substâncias
químicas que causam dificuldades na determinação da taxa de alcoolemia.

EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS PODE O PERITO MÉDICO AFIRMAR CONCLUSIVAMENTE PELA


EXISTÊNCA DE DESFLORAMENTO (OU DESFLORAÇÃO) ? – Quando há lacerações e hímen permeável, e na
situação de hímen perfurado.

ENUNCIE OS OBJECTIVOS GERAIS DA AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL – Os objectivos gerais são: 1 -


Diagnóstico diferencial entre morte natural e morte violenta; 2 – Diagnóstico diferencial entre homicídio, suicídio e
acidente; 3 – Diagnóstico sobre a natureza do instrumento que produziu as lesões; 4 – Qualificação dos ferimentos em
causa adequada ou causa ocasional de morte; 5 – Indicação sobre se as lesões encontradas indiciam ou não intenção de
matar.

INDIQUE AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE É OBRIGATÓRIA A REALIZAÇÃO DA AUTÓPSIA MÉDICO-


LEGAL – A autópsia médico-legal tem lugar em situações de morte violenta ou de causa ignorada, como deflui do artº
54º/1 do Decreto-Lei nº 11/98, de 24 de Janeiro. Quando é afastada a hipótese de crime poder-se-á evitar a autópsia
médico-legal.

INDIQUE O QUE ENTENDE POR AUTÓPSIA COMPLETA – Todo o corpo deve ser aberto mesmo que a causa da
morte seja visível.

INDIQUE OS PARÂMETROS DE DANO TEMPORÁRIO E DE DANO PERMANENTE HABITUALMENTE


VALORIZADOS EM DIREITO CIVIL – Dentro dos danos temporários, os parâmetros de rotina são: 1 –
Incapacidade geral (funcional ou fisiológica); 2 – Incapacidade profissional; 3 – “Quantum doloris”. Dentro dos danos
permanentes, os parâmetros de rotina são: 1 – Taxa de IPP; 2 – Dano estético; 3 – Prejuízo de afirmação pessoal; 4 –
Outros danos.

INDIQUE OS PROCEDIMENTOS A SEGUIR NO ACONDICIONAMENTO E REMESSA DE UMA AMOSTRA


DE TECIDO CONTENDO UMA MANCHA HÚMIDA DE SANGUE – Na colheita de manchas devem-se observar
os seguintes procedimentos: 1 – Fotografam-se as manchas; 2 – O perito corta a mancha; 3 – O perito deve enviar a
peça inteira (não sendo possível, se a peça for absorvente deve a mancha ser retirada com algodão e água destilada, se
não for absorvente deve raspar-se com um bisturi); 4 – O perito deve usar luvas; 5 – Deve deixar secar as peças
húmidas; 6 – A amostra da mancha deve ser enviada em envelope de papel o mais rápido possível e deve-se evitar
expor as amostras ao calor.

INDIQUE, JUSTIFICANDO, SE COMPETE AO PERITO MÉDICO-LEGAL O ENQUADRAMENTO DE


DETERMINADO CRIME CONTRA A INTEGRIDADE FÍSICA COMO SIMPLES OU GRAVE – Não, não
compete. O perito não deve manifestar-se quanto à intenção de matar sob pena de relacionar as intenções com análises
subjectivas. Apenas se deve pronunciar em relação a três questões: 1 – Natureza do instrumento que provocou as lesões;
2 – Consequências temporárias; 3 – Consequências permanentes.

O QUE ENTENDE POR CAUSA ADEQUADA E CAUSA OCASIONAL DE MORTE ? – Causa adequada,
ferimentos idóneos ou adequados a produzir a morte em qualquer indivíduo. Causa ocasional, ferimentos que por si só
não são idóneos para produzir a morte, mas que circunstâncias externas fazem com que se produza a morte daquele
concreto indivíduo. Ver “Enuncie os objectivos gerais da autópsia médico-legal”.

O QUE SÃO OS CONSELHOS MÉDICO-LEGAIS, ONDE FUNCIONAM E QUE FUNÇÕES TÊM ? – Os


conselhos médico-legais são corpos consultivos criados junto de cada instituto, com funções de consultadoria técnico-
científica, apoio ao Conselho Superior de Medicina Legal, designadamente na elaboração de recomendações relativas
ao ensino da medicina legal e de outras ciências forenses, como deflui do artº 12º do Decreto-Lei nº 11/98, de 24 de
Janeiro.

PODE O PERITO MÉDICO-LEGAL FORMULAR DIAGNÓSTICO SOBRE O DISPARO A CURTA


DISTÂNCIA ? SE SIM, BASEADO EM QUÊ ? Pode. Baseado nos chamados sinais de disparo a curta distância, que
são os seguintes: 1 – Existência de partículas de pólvora em combustão (pois nem todas terão ardido); 2 – Detecção de
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negro de fumo numa zona mais afastada do orifício da entrada (ao contrário da pólvora que se encontra na sua
imediata vizinhança em virtude da sua maior densidade); 3 – Queimadura ou chamuscamento de pelos, cabelos ou
epiderme à volta do orifício; 4 – Detecção da chamada “Orla de Limpeza” ou “Orla de Enxugo”, caso tenha sido usada
uma arma velha e pouco usada, cujo lixo terá sido veiculado no projéctil, alojando-se no orifício de entrada.

QUAIS AS ASFIXIAS MECÂNICAS POR CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO QUE CONHECE ? – As constrições


conhecidas são: 1 – O enforcamento; 2 – O estrangulamento por laço; 3 – A esganadura.

QUAIS OS PARÂMETROS DE DANO TEMPORÁRIO HABITUALMENTE VALORIZÁVEIS EM


REPARAÇÃO CIVIL DO DANO PESSOAL PÓS-TRAUMÁTICO – No dano temporário são valorizáveis em
reparação civil: 1 – A incapacidade geral (funcional ou fisiológica); 2 – A incapacidade profissional; 3 – “Quanto
doloris” (dores físicas e psíquicas). No dano permanente: 1 – Incapacidade permanente (parcial, total ou absoluta); 2 –
Dano estético; 3 – Prejuízo de afirmação pessoal.

QUE MOTIVOS JUSTIFICAM QUE OS EXAMES SEXUAIS DEVAM SER REALIZADOS COM A MAIOR
BREVIDADE POSSÍVEL ? Os passos a considerar para apuramento dos motivos são: 1 – Interrogatório; 2 – Exame
do vestuário usado no momento da agressão; 3 – Exame corporal e exames complementares de laboratório. Se decorrer
demasiado tempo para percorrer estes passos torna-se impossível a interpretação de factores preponderantes para a
justificação dos motivos que levaram à agressão. Porque os vestígios são, em muitas situações, voláteis, a sua prova
depende da celeridade do processo, podendo correr-se também o risco de desaparecimento das sequelas das vítimas,
tornando-se dessa forma difícil tanto a identificação do agressor como a certeza ou não da existência de agressão sexual.

QUE TIPO DE ASFIXIAS MECÂNICAS CONHECE ? – 1 – Por constrição do pescoço: a) Enforcamento; b)


Estrangulamento por laço; c) Esganadura. 2 – Por sofucação: a) Oclusão dos orifícios respiratórios; b) Oclusão interna
das vias respiratórias; c) Compressão externa do tórax e permanência de corpos em espaço confinado. 3 – Por
submersão: Morte produzida pela introdução de líquido ou líquidos nas vias aéreas.

REFIRA AS SITUAÇÕES EM QUE DEVE SER SOLICITADA A AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL E AQUELAS


EM QUE A MESMA PODE SER DISPENSADA – A autópsia médico-legal é realizada quando o interesse judicial
subsiste motivado por situações de causa violenta (acidente, suicídio ou homicídio) ou causa ignorada de morte.
Admite-se a dispensa de autópsia médico-legal sempre que as informações clínicas, bem como os demais elementos,
permitam a conclusão, com suficiente segurança, de inexistência de suspeita de crime, apontando, assim, para morte
natural.

REFIRA JUSTIFICANDO, SE CONSIDERA CORRECTO QUE O PERITO MÉDICO-LEGAL CONCLUA POR


UMA CAUSA DE MORTE APENAS PELO EXAME EXTERNO DO CADÁVER – Não é correcto apontarmos a
solução apenas para a conclusão apoiada em exames externos, que se verificam ao nível do vestuário, do local, e do
exterior do cadáver. Será necessário realizar exames ao interior do mesmo. São importantes, também, os designados por
exames complementares, que são, exames toxicológicos, de criminalística, biológicos, histológicos, microbiológicos e
radiológicos.

REFIRA O QUE ENTENDE POR PREJUÍZO DE AFIRMAÇÃO PESSOAL – Trata-se de uma diminuição ou
privação de prazeres ou fruições do dia-a-dia, reflexos do prejuízo funcional existente nas capacidades de acção ligadas
a actividades lúdicas, desportivas e artísticas ou de simples relacionamento social.

REFIRA QUAL O POSICIONAMENTO QUE DEVE SER SEGUIDO RELATIVAMENTE AO PROBLEMA DA


INTENÇÃO DE MATAR, E QUAIS OS PARÂMETROS A OBSERVAR NESSA SITUAÇÃO – Os parâmetros
são os seguintes: 1 – Indicar se a região atingida é das que vulgarmente se sabe alojarem órgãos essenciais e vitais à
vida; 2 – Indicar se pela sua natureza, características e número, os ferimentos são favoráveis a produzir tal hipótese; 3 –
Indicar se os ferimentos denotam terem sido produzidos com violência; 4 – Indicar se o instrumento utilizado é
adequado a produzir lesões mortais na região atingida; 5 – No caso de ferimentos com armas de fogo, indicar existência
ou não de sinais de disparo a curta distância.

REGRAS DE EXCLUSÃO EM INVESTIGAÇÕES DE PATERNIDADE: DEFINIÇÃO E VALOR – As exclusões


seguem duas ordens. Exclusão de primeira ordem, que se verifica quando aparece no filho um alelo novo que não existe
no pai nem na mãe. Exclusão de segunda ordem, que consiste na não transmissão ao pretenso filho de características
que deveriam obrigatoriamente ser transmitidas. Para o cálculo da probabilidade, em primeiro lugar vamos excluir ou
não se é o pretenso pai da criança, e se não o excluirmos passamos ao cálculo. Então: a) Ou aquele não é o pai; b) Ou
pode haver um alelo silencioso transmitido ao filho; um alelo recessivo que não se manifesta. Assim: 1 – Quando não
há exclusões, calcula-se a probabilidade de paternidade; 2 – Quando houve uma exclusão de 1ª ordem ou 2 exclusões de
2ª ordem, eliminam-se os marcadores e calcula-se a probabilidade com base noutros marcadores; 3 – Se houver mais do
que uma exclusão de 1ª ordem ou mais de 2 exclusões de 2ª ordem, considera-se provada a exclusão e dizemos ao
tribunal que aquele não é o pai da criança. A probabilidade de paternidade calcula-se com base no teorema de Bayes ou
Hummel. Deve-se chegar à conclusão de exclusão de paternidade ou inclusão com 99,73%, embora existam excepções.
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A VÍTIMA ESTAVA NÃO DESFLORADA (COMENTE A AFIRMAÇÃO) - Num desfloramento
recente há a verificação de presença de esperma acima ou para lá do hímen, permeabilidade do ostíolo dos
dois dedos e laceração com bordos desiguais, vermelhos, sangrentos, edomaciados, e por vezes com
supuração. Quando estes sinais não se verificam e o hímen está complacente, dizemos que a vítima não está
desflorada. O não desfloramento não implica a exclusão da hipótese de violação, mas apenas a exclusão da
existência de penetração vaginal.

ACIDENTES DE TRABALHO (CARACTERÍSTICAS ACTUALMENTE CONTEMPLADAS NA LEI


QUE BENEFICIAM O SINISTRADO) - 1 - Sistema misto: aceita-se a doença que está na lista e outras
que possam ser provadas; 2 - Considera-se que a lesão é proveniente do trabalho sendo que a entidade
patronal tem que provar que não; 3 - Processo judicial gratuito; 4 - Obrigatoriedade de participação de
acidentes de trabalho e doenças de trabalho; 5 - Entidade patronal é obrigado a ter seguro contra riscos no
trabalho; 6 - Incapacidade for superior a 30% dá direito a pensão; 7 - Prestações irrenunciáveis - para não
serem sujeitos a chantagens pela entidade patronal.

ADN CROMOSSÓMICO, MITOCONDREAL, E DO CROMOSSOMA Y - 1 - ADN cromossómico:


permite identificação do cadáver em tanatologia (por comparação); do agressor, em criminalística; e do
pretenso pai em investigação de parentesco; 2 - ADN mitocondreal: apenas permite estudos de maternidade,
pois são apenas as mães que doam as mitocôndreas para o ovo – é útil na investigação de corpos e inclusão
em famílias – antropologia forense. Como tem pequenas dimensões e é muito resistente à degradação, é
muito importante quando o material biológico está muito degradado – tanatologia; 3 - ADN do cromossoma
Y: serve para exclusão do suspeito nomeadamente em crimes sexuais. Não se pode fazer cálculo de LR nem
de probabilidade de paternidade com este ADN.

AFIRMAÇÃO PESSOAL (PREJUÍZO NA) - É a diminuição ou privação das satisfações ou dos prazeres da
vida. É o reflexo do prejuízo funcional" existente nas capacidades de acção ligadas a actividades lúdicas, de
lazer e de relacionamento social. É avaliado em Direito Civil com justificação na discussão do relatório.

ASFIXIA MECÂNICA (SINAIS GERAIS DE UMA) – 1 – Internos: congestão visceral generalizada;


sufusões sanguíneas; sangue fluído, escuro, sem coágulos; edema pulmonar; 2 – Externos: cianose ou palidez;
sufusões sanguíneas na pele e mucosas.

ASFIXIAS MECÂNICAS – 1 - Típica: esganadura; 2 - Atípica: por enforcamento (suspensão completa ou


incompleta); estrangulamento por laço; sufocação por submersão.

ASFIXIAS MECÂNICAS POR CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO - Enforcamento, estrangulamento por laço,


esganadura.

AVALIAÇÃO DO DANO EVENTUAL (FUTURO E POTENCIAL) EM DIREITO CIVIL - O dano


futuro é aquele agravamento que pode prever-se corno facto, e o dano potencial é urna hipótese admissível,
mas não provável, de agravamento fisiopatológico do dano actual existente. Sendo assim, o dano futuro é
mais fácil de avaliar do que o potencial. Em direito civil como os encargos do processo estão a cargo do
sujeito e a reaberturas são difíceis opta-se por, no momento do julgamento, ter em conta o dano actual e o
dano futuro.

CARBONIZAÇÃO (DIFICULDADES QUE PODEM SER LEVANTADAS PARA O PERITO DE


MEDICINA LEGAL) – 1 – Posição de pugilista: simula posição de defesa; 2 – Soluções de continuidade da
pele por retracção: podem parecer lesões provocadas por objectos cortantes; 3 – Amputações espontâneas ou
fracturas ósseas: podem simular violência ou homicídio; 4 – Hematoma epidural disseminado por acção do
calor: pode sugerir outras causas de morte; 5 – Gotas de gordura nos vasos pulmonares por liquefacção da
gordura do tecido celular subcutâneo pelo calor: pode simular embolia gorda como causa da morte.

COMENTE A POSSIBILIDADE DE SER EFECTUADO O CÁLCULO RETROSPECTIVO DA


ALCOOLÉMIA E O SEU VALOR MÉDICO-LEGAL – Há um intervalo de tempo entre a morte e a
autópsia, que pode alterar a taxa de álcool. A taxa de alcoolémia que se obtém na autópsia é a taxa de
alcoolémia da morte, mas pode não ser a taxa de alcoolémia do momento do evento. No cadáver, a
concentração de etanol no sangue periférico é, teoricamente, mais representativa do que a concentração
existente no momento da morte, embora não necessariamente desta. Existe uma variabilidade inter-indivíduo
4
(de indivíduo para indivíduo) e uma variabilidade intra-indivíduo (dentro do próprio indivíduo), que
depende de vários factores, tais como a idade, sexo, peso e estado emocional.

COMENTE A VALIDADE DA DETERMINAÇÃO DA ALCOOLÉMIA NUM CADÁVER


PUTREFACTO – Num cadáver, a taxa de alcoolémia é normalmente calculada através do sangue. Quando
esta metodologia não é aplicável, pode fazer-se uma determinação indirecta através da medula óssea. Num
cadáver putrefacto, produzem-se substâncias químicas que causam dificuldades na determinação da taxa de
alcoolemia.

CONSELHO SUPERIOR DE MEDICINA LEGAL. COMPOSIÇÃO E FUNÇÕES - 1 - Coordena as


actividades dos IML, dos Gabinetes e dos Peritos; 2 - Emite pareceres sobre as reformas a empreender no
sistema médico-legal; 3 - Propõe ao ministério os preços dos exames e remunerações dos peritos médicos.

DANO ESTÉTICO EM MEDICINA LEGAL - O dano estético é subjectivo, pois o impacto psicológico por
cada vítima difere consoante a susceptibilidades pessoais. Para além disso. o dano estético pode ser
patrimonial, quando á pessoa em questão tem uma profissão em que é necessário ter-se uma figura agradável.
Na avaliação do dano estético (como dano permanente após consolidação) tem-se em coma: localização;
avaliação estática; avaliação dinâmica. A escala utilizada é a mesma que para o quantum doloris e o
procedimento na discussão também é o mesmo. De notar que o dano estético só é avaliado em Direito Civil
(eventualmente em penal se houver desfiguração grave e permanente).

DANO TEMPORÁRIO E DANO PERMANENTE - No dano temporário são valorizáveis em reparação


civil: 1 – A incapacidade geral (funcional ou fisiológica); 2 – A incapacidade profissional; 3 – “Quanto
doloris” (dores físicas e psíquicas). No dano permanente: 1 – Incapacidade permanente (parcial, total ou
absoluta); 2 – Dano estético; 3 – Prejuízo de afirmação pessoal.

DESFIGURAÇÃO GRAVE E PERMANENTEMENTE - A desfiguração grave e permanente é um dos


pressupostos presentes no artigo 144° do código penal no que diz respeito à inclusão de ofensa à integridade
fisica grave. Entende-se por desfiguração grave a alteração, em grau elevado, do aspecto e figura do ofendido
(rosto e corpo em conjunto).

DESFLORAMENTO (SINAIS DE) – 1 - Presença de esperma acima ou para lá do hímen; 2 - Hímen com
lacerações traumáticas, de bordos irregulares, desiguais, vermelhos, sangrentos, e por vezes com edema e
supuração; 3 - Permeabilidade do ostíolo (dois dedos).

DISCUSSÃO EM RELATÓRIO PERICIAL EM CIVIL – Ver “Relatório pericial em civil: necessidade ou


desnecessidade de discussão”.

DOENÇA COM PERIGO PARA A VIDA - A doença com perigo para a vida é um dos pressupostos que
está no artigo 144° do código penal e que se engloba num dos pressupostos para afirmar que houve ofensa à
integridade fisica grave. O estabelecimento deste critério é com base numa probabilidade concreta e presente
do resultado letal fundamentada em sinais e sintomas de morte próxima, situações criticas e de prognóstico
reservado, relacionadas directamente com a lesão resultante da ofensa. Esta avaliação é habitualmente
baseada na história de urgência hospitalar.

EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS PODE O PERITO MÉDICO AFIRMAR CONCLUSIVAMENTE PELA


EXISTÊNCA DE DESFLORAMENTO (OU DESFLORAÇÃO) – Quando há lacerações e hímen
permeável, e na situação de hímen perfurado.

ENUNCIE OS OBJECTIVOS GERAIS DA AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL – Os objectivos gerais são: 1


- Diagnóstico diferencial entre morte natural e morte violenta; 2 – Diagnóstico diferencial entre homicídio,
suicídio e acidente; 3 – Diagnóstico sobre a natureza do instrumento que produziu as lesões; 4 – Qualificação
dos ferimentos em causa adequada ou causa ocasional de morte; 5 – Indicação sobre se as lesões encontradas
indiciam ou não intenção de matar.

EQUIMOSE - 1 - resulta de um traumatismo contundente sem solução de continuidade; há ruptura de vasos


com extravasamento de sangue que infiltra os tecidos; 2 - cor: não é constante e correlaciona-se com as
alterações da hemoglobina azul, verde, amarela; desaparece.
5
ESPASMO CADAVÉRICO - É uma contracção muscular generalizada ou localizada que fixa a vítima no
momento da morte; não é precedido por flacidez; é importante para avaliar a circunstância da morte.

EXAME HIMENIAL (EM QUE CONSISTE O) - Para se observar o hímen deve-se introduzir no orifício
himenial uma sonda de Foley e enchê-la com cerca de 10 cm3. Ao puxar a sonda em direcção ao operador, o
hímen fica distendido sobre o balão da sonda (agora insuflado), o que permite ao perito observar os bordos e
as lesões. (Nota: são necessários 2 peritos para a tracção dos grandes lábios para fora e para trás). Após
o reconhecimento do hímen, este deve ser classificado quanto à: 1 - Forma: típica ou atípica; 2 - Altura e
largura: medir as zonas de maior ou menor dimensão indicando os quadrantes em que se situam; 3 -
Consistência: carnudo, tendinosa, cartilaginosa, membranosa; .4 - Elasticidade: média, pequena e grande.
Deve-se também descrever, com pormenores, o bordo livre do hímen: aspecto geral, dureza, regularidade,
irregularidade, cristas, desdobramentos, lesões de continuidade. Se existirem lesões de continuidade no
hímen, estas devem ser diferenciadas em traumáticas e congénitas, embora o diagnóstico diferencial nem
sempre seja fácil. As lesões traumáticas são normalmente assimétricas, localizadas em locais altos do hímen,
em pontos de menor espessura e elasticidade, vão até ao bordo de inserção do hímen e os bordos são
coafláveis. Pelo contrário, nas lesões congénitas, as lesões são simétricas, não muito altos e os bordos são
arredondados e não coaftáveis. Para avaliar a penneabilidade do ostíolo, deve-se ensaiar, suavemente, a
introdução dos dedos indicador e médio juntos, sendo que na criança apenas se utiliza um dedo.

GABINETES MÉDICO-LEGAIS – COMPETÊNCIAS - Realização das autópsias médico-legais


respeitantes aos óbitos ocorridos nas comarcas integradas na sua área de actuação, bem como a identificação
de cadáveres e execução de embalsamentos; Realização de exames e perícias em pessoas, para descrição e
avaliação dos danos na âmbito do direito penal, civil e do trabalho. No fundo têm a função médico-legal e
tanatológica em cada comarca.

HÍMEN COMPLACENTE (NOÇÃO DE) - O hímen é formado por tecidos conjuntivos com mais ou menos
vasos sanguíneos e mais ou menos fibras elásticas. O hímen está complacente quando pode permitir a cópula
sem se lacerar.

INCAPACIDADE PERMANENTE EM DIREITO CIVIL. PONTOS POSSÍVEIS - Incapacidade


permanente é toda aquela sequela que permanece, após a consolidação do trauma e que não é temporária. A
incapacidade permanente pode ser geral ou apenas do trabalho e pode ser total ou parcial. Existem tabelas
para avaliar a incapacidade permanente em forma de percentagem como forma de objectivar as
indemnizações a receber. Ao avaliar a incapacidade permanente, o perito deverá chegar a duas conclusões: 1
- qual o grau em % da incapacidade; 2 - ajustar essa capacidade ao exercício da profissão do sujeito
(compatível: exige esforços suplementares; impeditiva mas compatível com outras da mesma área:
impeditiva).

INDIQUE AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE É OBRIGATÓRIA A REALIZAÇÃO DA AUTÓPSIA


MÉDICO-LEGAL – A autópsia médico-legal tem lugar em situações de morte violenta ou de causa
ignorada, como deflui do artº 54º/1 do Decreto-Lei nº 11/98, de 24 de Janeiro. Quando é afastada a hipótese
de crime poder-se-á evitar a autópsia médico-legal.

INDIQUE O QUE ENTENDE POR AUTÓPSIA COMPLETA – Todo o corpo deve ser aberto mesmo que
a causa da morte seja visível.
INDIQUE OS PARÂMETROS DE DANO TEMPORÁRIO E DE DANO PERMANENTE
HABITUALMENTE VALORIZADOS EM DIREITO CIVIL – Dentro dos danos temporários, os
parâmetros de rotina são: 1 – Incapacidade geral (funcional ou fisiológica); 2 – Incapacidade profissional; 3
– “Quantum doloris”. Dentro dos danos permanentes, os parâmetros de rotina são: 1 – Taxa de IPP; 2 –
Dano estético; 3 – Prejuízo de afirmação pessoal; 4 – Outros danos.

INDIQUE OS PROCEDIMENTOS A SEGUIR NO ACONDICIONAMENTO E REMESSA DE UMA


AMOSTRA DE TECIDO CONTENDO UMA MANCHA HÚMIDA DE SANGUE – Na colheita de
manchas devem-se observar os seguintes procedimentos: 1 – Fotografam-se as manchas; 2 – O perito corta a
mancha; 3 – O perito deve enviar a peça inteira (não sendo possível, se a peça for absorvente deve a mancha
ser retirada com algodão e água destilada, se não for absorvente deve raspar-se com um bisturi); 4 – O perito
deve usar luvas; 5 – Deve deixar secar as peças húmidas; 6 – A amostra da mancha deve ser enviada em
envelope de papel o mais rápido possível e deve-se evitar expor as amostras ao calor.
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INDIQUE, JUSTIFICANDO, SE COMPETE AO PERITO MÉDICO-LEGAL O
ENQUADRAMENTO DE DETERMINADO CRIME CONTRA A INTEGRIDADE FÍSICA COMO
SIMPLES OU GRAVE – Não, não compete. O perito não deve manifestar-se quanto à intenção de matar
sob pena de relacionar as intenções com análises subjectivas. Apenas se deve pronunciar em relação a três
questões: 1 – Natureza do instrumento que provocou as lesões; 2 – Consequências temporárias; 3 –
Consequências permanentes.

INSTRUMENTOS DE AGRESSÃO – TIPOS - 1 - contundentes: pau, dentes, copo, veículo, água (super
fina); 2- perfurantes: chaves de fendas, espigões; 3 - cortantes: facas, vidro cortado, placas; 4 - corto –
contundentes: copo de vidro (inteiro/partido), machado (cabo/lâmina).

LESÕES MODULADAS. NOÇÃO - São lesões que reproduzem por completo o desenho do instrumento que
as produziu. Acontece, por exemplo, em queimaduras por objecto incandescente, atropelamentos (marcas de
pneus), sulco de enforcamento (corda), traumatismos contundentes, estigmas ungueais, etc.

LIVORES - 1 - acumulação de sangue não circulante em vasos cutâneos; 2 - fenómeno mecânico, mais visível
nas zonas de declive; 3 - cor: roxa (pode ser carmim se houver intoxicação com monóxido de carbono, e
verde se houver envenenamento).

MANCHAS (PROCEDIMENTO PRÉVIO NO ESTUDO DAS) - Deve ser descrito sobre a mancha: 1 -
onde foi colhida; 2 – forma; 3 – disposição; 4 – constituição; 5 – cheiro; 6 – cor; 7 – tamanho; 8 – idade. A
mancha deve ser fotografada (marcando a sua localização) e extraída pelo perito: se seca – raspar com um
bisturi; se húmida – absorver com um algodão embebido em água destilada. Durante todo o procedimento
deve-se usar luvas descartáveis. As peças húmidas devem ser colocadas em recipientes que não de plástico
(para evitar a humidade), fechadas, mantidas em baixa temperatura e devidamente etiquetadas. O seu envio
para o laboratório deve ser o mis rápido possível, assegurando sempre a manutenção da cadeia de custódia.

MANCHAS DE ESPERMA. DIAGNÓSTICO - As manchas de esperma são um bom instrumento na área da


criminalística para identificar a agressão, nomeadamente crimes sexuais e abusos de menores. Ao contrário
do esperma da cavidade bucal ou vaginal, que só pode ser utilizado após algumas horas após o crime, o DNA
das manchas de esperma permanece operável durante anos. As manchas secas devem-se raspar com bisturi e
as húmidas absorvidas com algodão embebido em água destilada. As amostras devem ser recolhidas com
luvas secas e embaladas em recipientes que não de plástico. O estudo dos alelos da mancha por comparação
aos do esperma do suspeito permite ao perito chegar a uma conclusão (alelos não coincidem) ou a uma
coincidência (alelos coincidem). Se houver coincidência calcula-se o L.R. (Likelihood Ratio) a partir da
probabilidade da mancha ser do suspeito (X) e a frequência desse genótipo na população (Y):L=X/Y. A
escala de Evett traduz o resulta do LR num valor qualitativo. Também aqui, quanto mais raros forem os
alelos em causa na população de referência, maior é a probabilidade do suspeito ser o autor daquela mancha.

MEDICINA LEGAL (ORGANIZAÇÃO DA) - Instituto Nacional de Medicina Legal. Tem 3 delegações
(Coimbra, criada em 2001, Lisboa e Porto). Coopera com tribunais e entidades que intervêm no sistema de
administração da justiça – realização de exames e perícias médico-legais e apoio técnico e laboratorial.
Prestas serviço a entidades públicas, privadas e particulares. Instituto Nacional de Medicina Legal: 1 - Órgão
consultivo: Conselho Nacional de Medicina Legal; 2 - Órgãos executivos: Conselho directivo; conselho
médico-legal; conselho do internato complementar; conselho de fiscalização.

MORTE POR CABONIZAÇÃO. SINAIS - Externos: a) redução do volume do cadáver; b) posição de


pugilista; c) coloração negra da pele; d) pele seca, ressoando à percussão; e) soluções de continuidade ao
nível das pregas; f) locais protegidos por roupa são menos afectados; g) chamuscamento de pelos; h) pode
haver esventrações; i) amputações espontâneas dos membros na união do 1/3 superior aos 2/3 inferiores; j)
coagulação do cristalino. Internos: a) vísceras cozidas e desidratadas (menos peso); b) fracturas ósseas; c)
hematoma epidural disseminado; d) gotas de calor nos vasos pulmonares (com o calor a gordura do tecido
celular subcutâneo liquefaz-se e entra para a circulação, embolizando nos vasos pulmonares).

MORTE POR QUEIMADURA (O QUE FAZER EM CASO DE MORTE POR) – 1 – Diagnóstico da


realidade das queimaduras: extensão, profundidade, datação; 2 – Diagnóstico etiológico da queimadura; 3 –
Analisar se a queimadura foi “post-mortem” ou em vivo. Para tudo isto é necessário proceder à autópsia
médico-legal e respectivos exames complementares de diagnóstico, nunca esquecendo o raio-x em caso de
morte por carbonização para excluir o suspeito de homicídio ocultado.
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MORTE SÚBITA (CONCEITO DE) - É uma morte imprevista, aparentemente de causa natural, mas de
patologia desconhecida, habitualmente rápida que pode acarretar uma suspeita de morte violenta longínqua
mas admissível.

O QUE ENTENDE POR CAUSA ADEQUADA E CAUSA OCASIONAL DE MORTE ? – Causa


adequada, ferimentos idóneos ou adequados a produzir a morte em qualquer indivíduo. Causa ocasional,
ferimentos que por si só não são idóneos para produzir a morte, mas que circunstâncias externas fazem com
que se produza a morte daquele concreto indivíduo. Ver “Enuncie os objectivos gerais da autópsia médico-
legal”.

O QUE SÃO OS CONSELHOS MÉDICO-LEGAIS, ONDE FUNCIONAM E QUE FUNÇÕES TÊM ? –


Os conselhos médico-legais são corpos consultivos criados junto de cada instituto, com funções de
consultadoria técnico-científica, apoio ao Conselho Superior de Medicina Legal, designadamente na
elaboração de recomendações relativas ao ensino da medicina legal e de outras ciências forenses, como
deflui do artº 12º do Decreto-Lei nº 11/98, de 24 de Janeiro.

OFENSAS CORPORAIS: SIMPLES VS GRAVES - Artigo 143° do código penal: ofensas leves: a) É
necessário queixa; b) Critérios de exclusão em relação ao art.l44° - punição até 3 anos ou pena de multa.
Artigo 144° do código penal: ofensas graves: a) Privação de órgão importante; b) Desfiguração grave e
permanente; c) Tirar ou afectar gravemente capacidade de trabalho, intelectual, procriação, ou a
possibilidade de utilizar o corpo, sentidos e linguagem; d) Doença dolosa ou permanente; e) Anomalia
psíquica grave ou incurável; f) Perigo para a vida - punição de 2 a 10 anos.

PATERNIDADE (EXCLUSÃO DA). REGRAS. IMPORTÂNCIA E VALOR DO DIAGNÓSTICO -


Existem dois tipos de exclusões: 1 - Primeira ordem: quando aparece no filho um alelo que não existia nem
na mãe nem no pai; 2 – Segunda ordem: quando o pretenso pai não transmite o alelo que devia e o filho só
tem alelos da mãe. No primeiro tipo de exclusão as 2 hipóteses explicativas: ou não é o pai ou houve
mutação (o que é muito raro). Na exclusão da segunda hipótese, ou não é o pai ou houve uma anomalia nas
transmissões dos genes (dissomia monoparental) que também é muito rara. Este último tipo de exclusão pode,
no entanto, surgir, quando usamos DNA muito danificado e a PCR só ampliou um alelo. Só se considera
provada a exclusão quando há mais do que uma exclusão de primeira ordem ou mais de duas de segunda
ordem com marcadores diferentes. Se não for provada a exclusão, calcula-se a probabilidade de paternidade
com base no teorema de Bayes (X/X+Y – sendo X a probabilidade de o indivíduo ser pai e Y é a
possibilidade de um qualquer homem ser o pai).

PATERNIDADE (INVESTIGAÇÃO DA) - A investigação de parentesco é uma das áreas de genética


forense (as outras duas são a criminalística biológica e a identificação individual) e pode ser pedida quer pelo
tribunal ou por particulares, quer por agrupamentos espirituais, quer psicólogos, quer físicos. A investigação
do parentesco faz-se através de amostras de ADN (normalmente pequenas amostras de sangue – manchas em
papel – em que se comparam os alelos do indivíduo e do pretenso pai através do número de unidades
repetitivas (VNTR´S) por sequenciação ou identificação na electroforense). Os VNTR´S utilizados
actualmente são microssatélites com +/- 3 a 4 bases cada. A investigação de parentesco também pode ser
feita através dos microssatélites do cromossoma Y, mas isto apenas serve para excluir o suspeito, pois dentro
da mesma família o Y é sempre igual. Amostra de sangue: pretenso pai falecido – restos cadavéricos;
pretenso pai ausente – amostra de sangue dos familiares; casos de violação – amostras intra-uterinas.

PODE O PERITO MÉDICO-LEGAL FORMULAR DIAGNÓSTICO SOBRE O DISPARO A CURTA


DISTÂNCIA ? SE SIM, BASEADO EM QUÊ ? Pode. Baseado nos chamados sinais de disparo a curta
distância, que são os seguintes: 1 – Existência de partículas de pólvora em combustão (pois nem todas terão
ardido); 2 – Detecção de negro de fumo numa zona mais afastada do orifício da entrada (ao contrário da
pólvora que se encontra na sua imediata vizinhança em virtude da sua maior densidade); 3 – Queimadura ou
chamuscamento de pelos, cabelos ou epiderme à volta do orifício; 4 – Detecção da chamada “Orla de
Limpeza” ou “Orla de Enxugo”, caso tenha sido usada uma arma velha e pouco usada, cujo lixo terá sido
veiculado no projéctil, alojando-se no orifício de entrada.

PROCESSO DE CONSERVAÇÃO NATURAL DO CADÁVER - 1 - mumificação; 2 - saponificação; 3 –


congelação.
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PSIQUIATRIA FORENSE. NA ESQUIZOFRENIA HÁ SEMPRE INIMPUTABILIDADE.
COMENTE - A inimputabilidade é para um acto específico e não para toda a vida. Não é por encontramos
uma patologia que se vai considerar o indivíduo como inimputável. Na esquizofrenia, por exemplo, se o
doente estiver controlado e perfeitamente consciente das suas acções não é considerado inimputável. O
doente mental tem direitos mas também tem o dever de se comprometer perante a sociedade que o tratou e
ajudou, logo a esquizofrenia não é sinónimo de inimputabilidade, possa embora ser um factor que leve a
decretar a inimputabilidade (quando não controlado ou não diagnosticado, por exemplo).

PSIQUIATRIA FORENSE. PERIGOSIDADE: CONCEITO MÉDICO OU JURÍDICO? - Segundo a lei


o indivíduo é inimputável quando: 1 - menor de 16anos; 2 - por razão psiquiátrica, a que é alheio, não se
encontra na capacidade de avaliar o acto cometido nem de se ter auto determinado contra ele na altura em
que o cometeu; 3 - por razão psiquiátrica, que não consegue controlar e não deve ser censurado, tem
capacidade de avaliar o acto diminuído bem como autodeterminação limitada na altura em que o cometeu. A
imputabilidade nega o pressuposto de culpabilidade e como tal os inimputáveis não cumprem pena até
porque não iriam entender o seu significado. Admite-se que seja perigoso todo o inimputável que possa vir a
cometer outros factos típicos graves. Quando o juiz decreta a perigosidade de um indivíduo, pode por lei
submetê-lo a um internamento compulsivo em estabelecimento de cura, segurança ou tratamento por três
anos ou mais. Apesar de relacionados entre si, pois a perigosidade assenta num pressuposto de
inimputabilidade, meio circundante, crime, personalidade e doença psiquiátrica; e o inimputável assenta,
entre outros, nos últimos dois referidos - acabam por também ser um pouco a antítese. Pois a
inimputabilidade pode ser decretada pelo perito e a perigosidade é um acto judicial. A inimputabilidade
"alivia" o indivíduo da pena e a perigosidade "pesa" sobre o indivíduo com o internamento compulsivo, que
pode ser contra a sua vontade. No entanto, a existência destes dois estados no código penal permite
estabelecer uma diferença entre indivíduo culpável e não culpável e assegura. um tratamento ao indivíduo
doente para sua própria protecção e da sociedade.

PSIQUIATRIA FORENSE. UM DOS SEUS OBJECTIVOS É CONCLUIR SOBRE A


PERIGOSIDADE. COMENTE - Segundo a lei, todos os inimputáveis são considerados criminalmente
perigosos quando é de esperar que venham a cometer outros factos típicos graves. A perigosidade não é um
diagnóstico, nem um prognóstico. É um conceito mais político-social que psiquiátrico, pelo que também não
deve ser o psiquiatra forense a determiná-lo. Ao perito é pedido que avalie uma série de parâmetros como
antecedentes relacionais, pessoais, familiares; estrutura da personalidade; susceptibilidade perante o
stress/humilhação; oligofrenia; instabilidade emocional; epilepsia com alteração de comportamento;
esquizofrenia; etc. Com base na anomalia mental, na personalidade, no crime cometido e no meio
circundante, o magistrado decide acerca da perigosidade do indivíduo, de modo a proceder ao internamento
compulsivo em estabelecimento psiquiátrico de cura, tratamento ou segurança durante 3 anos. Este
internamento, mesmo que contra a vontade do doente visa estabelecera a paz social e evitar o pânico e
reinserir o indivíduo na sociedade com o mínimo de encaminhamento e controle.

PUTREFACÇÃO (DIFICULDADES DA AUTÓPSIA EM CASO DE) – 1 - Dificuldades em descobrir


causa de morte (vísceras desfeitas, podres, e as análises sanguíneas e microbiológicas já não de podem fazer);
2 – Dificuldades em identificar a cadáver (cara desfeita; gases; alteração da cor da pele. O DNA só resiste
nos dentes).

QUAIS AS ASFIXIAS MECÂNICAS POR CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO QUE CONHECE ? – As


constrições conhecidas são: 1 – O enforcamento; 2 – O estrangulamento por laço; 3 – A esganadura.

QUAIS OS PARÂMETROS DE DANO TEMPORÁRIO HABITUALMENTE VALORIZÁVEIS EM


REPARAÇÃO CIVIL DO DANO PESSOAL PÓS-TRAUMÁTICO – No dano temporário são
valorizáveis em reparação civil: 1 – A incapacidade geral (funcional ou fisiológica); 2 – A incapacidade
profissional; 3 – “Quanto doloris” (dores físicas e psíquicas). No dano permanente: 1 – Incapacidade
permanente (parcial, total ou absoluta); 2 – Dano estético; 3 – Prejuízo de afirmação pessoal.

QUANTUM DOLORIS - É a valorização da dor física e psicológica resultante não só dos ferimentos mas
também pelos tratamentos. A sua avaliação é um pouco subjectiva e depende de: 1 - factores internos:
estado anterior; situação psíquica; factor étnico; idade; sexo; 2 - factores externos: característica da lesão;
modalidade do tratamento; evolução das lesões. Actualmente quantifica-se a dor numa escala de 0 a 7, sendo
que o perito deve explicar, na discussão, as razões que justificam, no seu entender, a inclusão do caso
naquele determinado grau de escala.
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QUE MOTIVOS JUSTIFICAM QUE OS EXAMES SEXUAIS DEVAM SER REALIZADOS COM A
MAIOR BREVIDADE POSSÍVEL - Os passos a considerar para apuramento dos motivos são: 1 –
Interrogatório; 2 – Exame do vestuário usado no momento da agressão; 3 – Exame corporal e exames
complementares de laboratório. Se decorrer demasiado tempo para percorrer estes passos torna-se impossível
a interpretação de factores preponderantes para a justificação dos motivos que levaram à agressão. Porque os
vestígios são, em muitas situações, voláteis, a sua prova depende da celeridade do processo, podendo correr-
se também o risco de desaparecimento das sequelas das vítimas, tornando-se dessa forma difícil tanto a
identificação do agressor como a certeza ou não da existência de agressão sexual.

QUE TIPO DE ASFIXIAS MECÂNICAS CONHECE ? – 1 – Por constrição do pescoço: a)


Enforcamento; b) Estrangulamento por laço; c) Esganadura. 2 – Por sofucação: a) Oclusão dos orifícios
respiratórios; b) Oclusão interna das vias respiratórias; c) Compressão externa do tórax e permanência de
corpos em espaço confinado. 3 – Por submersão: Morte produzida pela introdução de líquido ou líquidos
nas vias aéreas.

QUEIMADURAS EM VIVO E “POST MORTEM” (DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE) – Nas


queimaduras “in vivo”, verifica-se: 1 – A presença de produtos de combustão nas vias respiratórias
profundas e digestivas; 2 – queimadura da base da língua, laringe e faringe; 3 – níveis de
carboxihemoglobina superiores a 10%.

REFIRA AS SITUAÇÕES EM QUE DEVE SER SOLICITADA A AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL E


AQUELAS EM QUE A MESMA PODE SER DISPENSADA – A autópsia médico-legal é realizada
quando o interesse judicial subsiste motivado por situações de causa violenta (acidente, suicídio ou
homicídio) ou causa ignorada de morte. Admite-se a dispensa de autópsia médico-legal sempre que as
informações clínicas, bem como os demais elementos, permitam a conclusão, com suficiente segurança, de
inexistência de suspeita de crime, apontando, assim, para morte natural.

REFIRA JUSTIFICANDO, SE CONSIDERA CORRECTO QUE O PERITO MÉDICO-LEGAL


CONCLUA POR UMA CAUSA DE MORTE APENAS PELO EXAME EXTERNO DO CADÁVER –
Não é correcto apontarmos a solução apenas para a conclusão apoiada em exames externos, que se verificam
ao nível do vestuário, do local, e do exterior do cadáver. Será necessário realizar exames ao interior do
mesmo. São importantes, também, os designados por exames complementares, que são, exames
toxicológicos, de criminalística, biológicos, histológicos, microbiológicos e radiológicos.

REFIRA O QUE ENTENDE POR PREJUÍZO DE AFIRMAÇÃO PESSOAL – Trata-se de uma


diminuição ou privação de prazeres ou fruições do dia-a-dia, reflexos do prejuízo funcional existente nas
capacidades de acção ligadas a actividades lúdicas, desportivas e artísticas ou de simples relacionamento
social.

REFIRA QUAL O POSICIONAMENTO QUE DEVE SER SEGUIDO RELATIVAMENTE AO


PROBLEMA DA INTENÇÃO DE MATAR, E QUAIS OS PARÂMETROS A OBSERVAR NESSA
SITUAÇÃO – Os parâmetros são os seguintes: 1 – Indicar se a região atingida é das que vulgarmente se
sabe alojarem órgãos essenciais e vitais à vida; 2 – Indicar se pela sua natureza, características e número, os
ferimentos são favoráveis a produzir tal hipótese; 3 – Indicar se os ferimentos denotam terem sido
produzidos com violência; 4 – Indicar se o instrumento utilizado é adequado a produzir lesões mortais na
região atingida; 5 – No caso de ferimentos com armas de fogo, indicar existência ou não de sinais de disparo
a curta distância.

REGRAS DE EXCLUSÃO EM INVESTIGAÇÕES DE PATERNIDADE: DEFINIÇÃO E VALOR – As


exclusões seguem duas ordens. Exclusão de primeira ordem, que se verifica quando aparece no filho um
alelo novo que não existe no pai nem na mãe. Exclusão de segunda ordem, que consiste na não transmissão
ao pretenso filho de características que deveriam obrigatoriamente ser transmitidas. Para o cálculo da
probabilidade, em primeiro lugar vamos excluir ou não se é o pretenso pai da criança, e se não o excluirmos
passamos ao cálculo. Então: a) Ou aquele não é o pai; b) Ou pode haver um alelo silencioso transmitido ao
filho; um alelo recessivo que não se manifesta. Assim: 1 – Quando não há exclusões, calcula-se a
probabilidade de paternidade; 2 – Quando houve uma exclusão de 1ª ordem ou 2 exclusões de 2ª ordem,
eliminam-se os marcadores e calcula-se a probabilidade com base noutros marcadores; 3 – Se houver mais
do que uma exclusão de 1ª ordem ou mais de 2 exclusões de 2ª ordem, considera-se provada a exclusão e
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dizemos ao tribunal que aquele não é o pai da criança. A probabilidade de paternidade calcula-se com base
no teorema de Bayes ou Hummel. Deve-se chegar à conclusão de exclusão de paternidade ou inclusão com
99,73%, embora existam excepções.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DANO CORPORAL NO ÂMBITO DO DIREITO PENAL -1 -


data de cura/consolidação; 2 - tipo de doença e instrumento; 3 - tempo de doença; 4 - resultaram ou não
consequências permanentes; 5 - resultou ou não perigo para a vida; 6 - propor ou não medidas psicossociais.

RELATÓRIO EM DIREITO CIVIL (FASES DO) – a) Preâmbulo - introdução sumária ao caso; b)


Informação - nome e .identificação do indivíduo; c) Dados complementares - história na versão do individuo;
d) Estado actual - queixas, exame objectivo e exames complementares; e) Discussão - nexo de causalidade,
data de consolidação, quantum doloris, dano estético, dano futuro potencial, prejuízo na afirmação pessoal; f)
Conclusão.

RELATÓRIO PERICIAL EM CIVIL: NECESSIDADE OU DESNECESSIDADE DE DISCUSSÃO -


Relatório: 1 – preâmbulo; 2 – informação; 3 - dados complementares; 4 - estado actual; 5 – discussão; 6 –
conclusão. A discussão é parte fundamental no relatório, pois fundamenta as conclusões, explica se há nexo
de causalidade ou não e ainda estabelece os motivos de classificação do dano estético. Não esquecer que, em
Direito Civil, o indivíduo é visto como um todo e , como tal, analisa-se danos nem sempre muito objectáveis
como a dor (psíquica, fisica, mental), dano estético e prejuízo de afirmação pessoal. A discussão também é
um óptimo meio para o perito se pronunciar sobre danos futuros e danos potenciais.

RIGIDEZ CADAVÉRICA - Ocorre devido à desidratação muscular, ao aumento do ácido láctico coagulação
piasmática; é sempre precedido e seguido de flacidez; é um sinal de certeza de morte.

SERVIÇOS MÉDICO-LEGAIS - Serviços de: 1 - clínica médico-legal; 2 - tanatologia forense; 3 -


toxicologia forense; 4 - genética e biologia forense; 5 - anatomia patológica forense; 6 - psiquiatria forense.

SINAIS DE CERTEZA DE MORTE : 1 – Arrefecimento; 2 – desidratação; 3 – rigidez; 4 – livores; 5 -


putrefacção.

SINAIS DE MORTE POR ENFORCAMENTO E ESTRANGULAMENTO COM LAÇO


(DIFERENÇAS ENTRE) – Enforcamento: sulco único; fundo do sulco apergaminhado; sulco incompleto;
sulco alto; profundidade variável (máxima oposta ao nó); sulco em "V" invertido; pode ter lesões cervicais
(c2 e c3) que levam à morte por lesão medular; pode haver traumatismo dos grandes cornos da tiróide; face
pálida ou cianose; livres em relação à posição. Estrangulamento: sulco duplo; fundo do sulco é mole; sulco
completo; sulco abaixo da castilogentiroideia; profundidade uniforme; sulco horizontal; não há lesões
cervicais; pode haver estigmas ungueais; pode haver exoftalmia; face lumefacta, avermelhada e violácea.

TABELAS DE INCAPACIDADE E PERITAGEM MÉDICO-LEGAL - Actualmente existe uma tabela


com percentagens para uma avaliação objectiva da incapacidade. Esta tabela deve ser somente um guia para
o perito que deve, pelo seu juízo, avaliar a incapacidade e justificar a sua decisão na discussão .do relatório.
De notar que, em Portugal, por "preguiça" legislativa existia a mesma tabela por incapacidades em Direito
Civil e em Direito do Trabalho, o que não é o mais correcto.

Questões de resposta escrita de medicina legal

1- Mencione, descrevendo sucintamente, os parâmetros de avaliação corporal de natureza cível.


2- Refira os principais problemas médico-legais ocasionados pela carbonização.
3- O que são livores e sua importância médico-legal.
4- O que entende por violência conjugal?
5- Diagnóstico diferencial que tem de fazer perante uma contusão superficial?
6- Quem pode pedir análise químico-toxicológica ao serviço de toxicologia forense? Exemplifique um pedido em cada
entidade requisitante referida.
7- Qual a parte do esqueleto que dá mais e melhor informação para determinar o sexo em restos de esqueletizados?
8- Refira em que consiste a morte cerebral.
9- Em genética forense refira, comentando se é possível afirmar com 100% de certeza que determinado suspeito cometeu
um crime.
10-Comente brevemente o papel da psiquiatria no âmbito da medicina legal.
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A AUTÓPSIA NUM CRIME CONTRA A LIBERDADE SEXUAL DEVE SER ORIENTADA PARA – a) A
observação de lesões que indiquem o uso de violência física; b) A pesquisa de tóxicos que indiquem a ausência de
um consentimento válido; c) A via de penetração na relação sexual; d) A colheita de amostras para análise
laboratorial; e) Todas as respostas anteriores são correctas.

A PROPÓSITO DA PERÍCIA TOXICOLÓGICA, IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA CORRECTA – c) A


colheita de vísceras e as análises laboratoriais são um elemento fundamental para o diagnóstico de intoxicação.

A PROPÓSITO DO CÁLCULO RETROSPECTIVO DA TAXA DE ÁLCOOL NO SANGUE (T.A.S.)


IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA CORRECTA- e) Todas as alternativas anteriores são falsas.

AS CARACTERÍSTICAS E ASPECTOS DOS ORIFICÍOS DE ENTRADA DE PROJÉCTEIS DISPARADOS


POR ARMA DE FOGO DEPENDEM – a) Da natureza da arma; b) Do ângulo de incidência do disparo; c) Da
distância do disparo; d) Da superfície vulnerante do projéctil; e) Todas as alternativas anteriores são correctas.

AS FERIDAS DE ENSAIO SÃO CARACTERÍSTICAS DE – d) Suicídio por arma branca.

AS IMPRESSÕES FIGURADAS OU MODELADAS SÃO ASSIM DESIGNADAS POR – e) Reproduzirem o


modelo do objecto que os produziu.

ENTENDE-SE POR HÍMEN COMPLACENTE – d) Hímen sem soluções de continuidade traumáticas e permeável
aos dedos indicador e médio justapostos.

ENTRE OS INCONVENIENTES DA PUTREFACÇÃO CITAM-SE – a) – Dificultar em fases avançadas a


identificação do cadáver; b) – Inviabilizar a realização de exames histológicos; c) – Pode provocar a presença de
partículas alimentares oriundas do estômago nas vias aéreas, confundíveis com penetração vital; d) – Pode provocar
saída de sangue pelas narinas confundível com origem traumática. e) – Todas as alternativas anteriores são correctas.

F… FOI AGREDIDO À PAULADA, RESULTANDO DIVERSAS LESÕES. EM RELAÇÃO À NATUREZA


DO INSTRUMENTO O PERITO MÉDICO IRÁ CONCLUIR QUE AS LESÕES TRAUMÁTICAS
DENOTAM TER SIDO PRODUZIDAS POR – c) Instrumento de natureza contundente.

INDIQUE O MEIO BIOLÓGICO CADAVÉRICO QUE DEVE SER PREFERENCIALMENTE UTILIZADO


PELO PERITO MÉDICO PARA DETERMINAR A TAXA DE ÁLCOOL NO SANGUE (T.A.S.), QUANDO
NÃO HOUVER SANGUE DISPONÍVEL – b) Medula óssea.

NÃO FAZ PARTE DOS PADRÕES DE DANO VOLORIZÁVEIS EM PROCESSO CIVIL – c) O dano potencial.

NO QUE RESPEITA À DETERMINAÇÃO DA ALCOOLEMIA NO CADÁVER, IDENTIFIQUE A


ALTERNATIVA CORRECTA – e) Deve ser sempre referida relativamente ao momento da colheita (ou da morte).

O CAPÍTULO “DISCUSSÃO” NOS RELATÓRIOS MÉDICO-LEGAIS EM PROCESSO CIVIL – e) Pode ser


útil quando o caso concreto o exige.
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O CONSELHO SUPERIOR DE MEDICINA LEGAL NÃO TEM POR FUNÇÃO – c) Autorizar os diversos
esquemas de colaboração pedagógica entre os institutos de medicina legal e as universidades ou escolas superiores,
em especial no que concerne ao ensino pós-graduado de Medicina Legal.

O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE ENFORCAMENTOS E ESTRANGULAMENTO POR LAÇO


BASEIA-SE ESSENCIALMENTE – a) Nas características do sulco existente a nível do pescoço e nas lesões
observadas internamente a este nível.

RELATIVAMENTE À ASFIXIA POR OCLUSÃO DOS ORIFÍCIOS RESPIRATÓRIOS EXTERNOS


IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA INCORRECTA – d) É frequente a sua associação com a esganadura.

RELATIVAMENTE ÀS AUTÓPSIAS MÉDICO-LEGAIS, IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA INCORRECTA


– b) A autópsia da coluna pode ser sempre dispensada quando se encontrou previamente a causa da morte.

SÃO ELEMENTOS IMPORTANTES PARA O DIAGNÓSTICO DE CARBONIZAÇÃO VITAL – a) A presença


de partículas de fumo depositadas nas vias aéreas; c) A taxa de carboxihemoglobina no sangue; e) As alternativas a)
e c) são correctas.

SÃO ELEMENTOS QUE PERMITEM AO PERITO MÉDICO FUNDAMENTAR UM DIAGNÓSTICO DE


DISPARO A CURTA DISTÂNCIA DE PROJÉCTEIS DE ARMA DE FOGO – b) A presença de partículas de
pólvora; c) A presença de depósito de fumo; d) A presença de zona de queimadura; e) As alternativas b) c) e d) são
correctas.

SÃO MODALIDADES DE ASFIXIA MECÂNICA POR CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO – c) O enforcamento, a


esganadura e o estrangulamento por laço.

SÃO SERVIÇOS MÉDICO-LEGAIS – a) O Conselho Superior de Medicina Legal; b) Os Conselhos Médico-Legais;


c) Os Institutos de Medicina Legal; d) Os Gabinetes Médico-Legais; e) Todas as respostas anteriores são correctas.

SÃO SINAIS DE CERTEZA DE MORTE – a) – Livores, rigidez e putrefacção.

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