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Instituto de Artes
Departamento de Teoria, Crítica e História da Arte
Disciplina: Laboratório de Crítica, Teoria e História da Arte 2
Profª Drª: Maria do Carmo Couto da Silva
Discente: Ritichely de Jesus _ matrícula: 180054864
Em "O pintor da vida moderna" (1863) Charles Baudelaire questiona o que seria
esse homem moderno e essa noção de modernidade que permeia o XIX, com as
questões que se espraiam à partir dessa modernidade, pensando nesse indivíduo
que habita nesse espaço caótico e fugaz da urbis, que se vê diante das constantes
modificações sofridas nas cidades advindas da industrialização e das novas
tecnologias, e por conseguinte, como isso altera seu modo de vida, que resvalam
nos seus costumes e até mesmo na gosto da moda da época.
Esse costume, esse modus de vida do XIX irão resvalar na arte, nos motivos e
temas que serão elencados pelos artistas, onde o tema principal da obra não mais
será a pintura de corte ou a pintura religiosa, abrindo espaço a outras figuras antes
esquecidas ou coadjuvantes aparecerem, como a figura do camponês, do
trabalhador, do cidadão comum em sua vida cotidiana, a vida noturna das cidades,
nos bares e tabernas, o momento presente em si sendo registrado pelas pinceladas
rápidas, as novas invenções que modificam a paisagem das cidades, como as
estações de trens e ferrovias, que irão modificar também a concepção da
transposição do tempo em função dessa necessidade de ordenamento da
temporalidade que passa a ser uniforme.