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Fisiognomía da metropole moderna willi bolle

O estúdio de bolle sobre Benjamin mostra o modo de construção da crítica e não só a reflexão
do conteúdo, pois a teoria literária e a estética têm formas epistêmicas especificas, a sociologia
se acercava à arte estudando a macroestrutura social, então deixava de lado a vida cotidiana
das pessoas para compreender as formas da interação econômica e política. Os estudos
dialéticos colocavam a contradições discursivas e de classe social, mas não a experiência
subjetiva e estética do sujeito.

Benjamin retrato a fisionomia da metrópole moderna a traves da cotidianidade do pedestre na


rua, porque nela a fantasmagorias das mercancias se revelam da melhor forma, o lugar das
mercancias está na rua, o transeunte com seu olhar e percurso não poderá excluir-se ne afetar-
se do movimento econômico que tem as ruas.

A fantasmagoria da rua se mostra entre as contradições mesmas da modernidade e o


capitalismo, detrás da beleza das mercancias se encontram as relações sociais donde as pessoas
são compradores e vendedores. O retrato do mundo burguês com seus valores se mostra na
cotidianidade da multidão percorrendo as ruas, seus movimentos caóticos parecem ter um
sentido, pois o mercado deleita a os pedestres com a invenção dos novos objetos da indústria,
ao mesmo tempo que determina essa beleza como mercancia, e as relações sociais como
relações entre compradores e vendedores.

A revolução indústria trouço novas construções, ao mesmo tempo que novos objetos, mas não
só crio o espaço da fábrica sino que modifico o espaço das ruas, pois os novos objetos
precisavam de ser vendidos, de mostrar-se a os consumidores, a cidade esconde então em sua
fisionomia o novo sistema econômico.

Benjamin descreve como o lugar radiografia o novo sistema social da seguinte forma:

As passagens, uma recente invenção do luxo industrial, são galerias cobertas de vidro, com as
paredes em mármore, atravessando blocos inteiros de prédios, cujos proprietários se
associaram para esse tipo de espetáculo. Dos dois lados dessas galerias, que recebem sua luz
de cima, alinham-se as lojas mais elegantes, de modo que uma tal passagem é uma cidade,
um mundo em miniatura, onde o comprador pode encontrar tudo o que precisa. 62

Mas é a fantasia e o sonho, uma fantasmagoria, essa mentira deve ser revelada, então Benjamin
por médio da poesia de Baudelaire mostra como andar estético permite olhar o andar alienado.
O que faze o poeta é tomar distância no mesmo espetáculo, e dessa forma mostrar as
contradições do mesmo.

“Como flaneur, (o literário) vai ao mercado, achando que é para olhar, mas na verdade e para
encontrar um comprador” 78

o poeta olha como os outros olham o mundo, pois percebe a rua como espetáculo, descrevendo
o olhar do outro e que pode encontrar as contradições do capitalismo.

A mentalidade da época se encontra nesse novo espaço moderno; a rua, a beleza de seu
movimento esconde a fealdade da miséria, o distanciamento do poeta o faze encontrar-se com
a mirada da multidão:

Benjamin não fica selecionando a mirada dos artistas que mostram o espetáculo da rua, a
fisionomia dela, seleciona pelo contrário discursos ambíguos que desvirtuam as contradições da
cidade, pois mostram como a indústria e o consumo ademais de mercadorias trouxem a miséria,
a marginalidade não e são de os novos grupo de pessoas e também do artista e o arte, debelar
os mistérios desse encantamento da rua moderna e o que faze Baudelaire dentro da
interpretação de Benjamin.

Benjamin parte da leitura os Paysan de paris (1926), de Louis Aragon, a imagem da metropoli
moderna então entrava a ser parte da relação entre o consciente o inconsciente, mas Benjamin
não faz a mesma leitura surrealista, mas quer mostrar a fantasmagoria progressista que se
esconde na novidade dentro das ruas.

Enquanto os surrealistas escolhem a forma do sonho para expressar a mitologia da época, o


historiador materialista procura elaborar uma forma de “despertar”, como método para
traduzir a linguagem inconsciente para o conhecimento consciente. 62

O trabalho do crítico e desmontar a farsa moderna, nessa medida a função do crítico e negativa
frente aos valores mesmos da sociedade:

O historiador aparece aí no papel do detetive, prestes a investigar os rastros de um crime, que


são os feitos da burguesia. Seu instrumento para desfazer o efeito do narcótico e fazer surgir
os rastros é a análise dos sonhos e a fabricação de imagens dialéticas. 64.

Outra característica importante de Benjamin e mostrar o artista dentro de uma categoria social,
a visão de mundo não são implica a subjetividade do artista, pois sua vos representa um modo
de vida, es descer representa a um grupo social. Então a Bohemia de Baudelaire mostrara uma
fisionomia particular do mundo moderno.

O bohemio disfruta da vida da cidade, se deixa absorver por seu desejo, mas também esta
excluído do placer, pois não tem os médios econômicos, o observa a ostentazao e a o mesmo
tempo a miséria, por médio do deambular.

Detrás da experiência desinteressada do poeta, ele se encontra com que a rua tem outros
códigos com que o pedestre o mercader deambula com outros intensões. Dessa forma sente um
estranhamento com os modos de ser dos outros transeuntes.

Benjamin mostra olhar do olhar, e descer mostra como o poeta se distancia, e essa distância
serve para olhar como os outros olham o mundo, o estranhamento permite olhar as condições
e modos de ser dos outros, o poeta está na multidão se esconde nela ao mesmo tempo ao
observa, pode perceber as formas mesmas da multidão, seu olhar se desdobra no olhar dos
outros.

“fazendo-lhe perceber a discreta ironia no retrato baudelairiano das bandas militares, que “
põem um pouco de heroísmo no coração dos cidadãos”. Nota-se o distanciamento do poeta em
relação ao heroísmo oficial e a proximidade com o sentimento das mães que ouvem como seus
filhos são chamados para a guerra. Esse é o momento do ensaio em que a imagem individual
engendra a imagem coletiva: como pano de fundo diante do qual “ se destaca o perfil do herói”
aparece a “população doentia”. O crítico mostra o trabalho do poeta da modernite contra o
fundo das massa urbanas. 84

Mas o poeta não são fica observando à multidão sino que também se olha a si mesmo, e se
identifica com a classe marginal, a prostituta, pois ambos ficam vendendo, ela seu corpo, o
artista, sua obra. Então a modernidade mostra os modos de exclusão para o humano a arte e a
classe trabalhadora.
Depois do distanciamento o poeta tem um acercamento, um processo de identificação. O que
Willi Bolle chama do poeta apache, a figura de quem mostra seu mundo privado, e não fica so
observando o que está fora.

Wille bolle também mostra como Benjamin tinha um método fragmentado, caótico, que
corresponde a forma mesma de o que estuda, pois ele toma as partes para mostrar nelas a
imagem do todo.

O estilo da montagem em forma de choque, que consiste em a justaposição de fragmentos da


arte e outras disciplinas, jornais, discursos, poemas etc. A elaboração do histórico em Benjamin
é criar com a união dos fragmentos um sentido, e quitar a máscara da modernidade.

“Combinado a sintaxe do cinema com a semântica do sonho”96

Montagem em forma de choque. O termo é de adorno, que caracteriza assim a técnica


benjaminiana de renunciar a qualquer interpretação explicita, realizando as significações
somente por um montagem dos materiais em forma de choque. 97

A montagem como superposição permite por meio de fragmentos de textos diferentes construir
uma terceira imagem, os textos se cruzam para revelar os valores de uma época e um contexto.

Benjamin toma o conto de põe “o mistério de Marie Roget” e do soneto de Baudelaire “a uma
passeante” para com os dois mostrar a soledade do homem na multidão, pois o detective
necessita do anonimato, mas também o poeta mostrando seus desejos mostra não só a eles,
também sua condição como homem solitário. Reflexão que mostrar também a nascimento da
ideologia nazista donde o criminal se esconde na multidão.

“de um lado, a multidão como espetáculo fascinante (para quem caminha junto com ela), de
outro , essa massa compacta como encarnação de um movimento de terror, do olhar
fascinado do flaneur sobre a multidão, distancia-se o crítico que analisa o marketing político
dos “estados totalitários, que utilizam para seus fins de modo permanente e obrigatório o
ajuntamento em massa de seus clientes”. Disso resulta uma imagem da multidão, sem o véu
do fascínio. 102

Outro aspecto importante que faze referência o autor é a relação das pessoas com as coisas,
pois elas se vão degradando no mercado e consumo, mas ao mesmo tempo surge a alma do
colecionador, o resgate do inútil, o que fazem os artistas surrealistas ao trouxer objetos y
elementos da metropoli na suas obras, anúncios de publicidade, etc.

“ o surrealismo foi o primeiro a deparar com as energias revolucionarias que se revelam nas
coisas “antiquadas” nas primeiras construções de ferro, nas primeiras fabricas, nas fotos mais
antigas, nos objetos que começam a sair de circulação, nos pianos de cauda, nos vestidos de
cinco anos atrás, nos locais mundanaos de reunião que começam a sair de moda, de que
maneira essa coisas se relacionam com a revolução? Ninguém melhor do que esses autores
para explica-lo. De que modo a miséria, não apenas a social, mas também a arquitetônica, a
miséria dos interiores, as coisas escravizadas e escravizantes revertem em niilismo
revolucionário- os videntes e visionários surrealistas foram os primeiros a percebe-lo. ” 135 Commented [U1]:

Mas frente a produza-o continua das mercadorias, frente a esse fluxo continuo das coisas novas,
das construções que fazem demolições da cidade Antígua, surge a fotografia como paralises da
velocidade.
“Quando se inverte a perspectiva – o cadáver como parodia da moda- a modernidade aparece
sob a iluminação barroca; o rápido fluxo de suas imagens é “congelado” e se trona legível. A
modernidade sob o signo da moda-cadáver: uma cultura que vive obcecada pela
fantasmagoria do novo, a compulsão de ter que produzir, a qualquer custo, o “novo” –um
novo que é incessantemente desvalorizado por um novo mais novo... E o retrato da
modernidade como “tempo infernal” 136

Essa cotidianidade como transeunte nas ruas percebendo as mercadorias nas vitrinas, e as
multidões em seu anonimato, assim como a miséria dos oprimidos, faze pensar ao artista
também em sua própria condição e do livro dentro desse novo espaço, pois ele também e parte
da mercadoria, então o arte faze parte dos novos modos de técnica e produza-o do arte, pois as
mercadorias são reproduzidas para as massas, e o artista deverá pensar em como conquistarlas.

O escritor então faze parte da engrenagem da produza-o com seus discursos os quales podem
chegar as massas, desse modo escrive Juergen Habermas no articulo “O Autor como Produtor”
na que fala da responsabilidade do intelectual dentro da sociedade, pois suas palavras atingiram
os movimentos das massas.

No capitulo

Cidade e memoria

Willi bolle faze a comparação entre as forma temporales de assumir a cidade, pois para
boudelaire a representação se faze coma memoria, para Proust coma memoria involuntária,
para benjamim também e um viaje no passado,

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