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Ijuí (RS)
2015
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This course conclusion work studies the issue of property taxes exemption in the
State of Rio Grande do Sul granted to sensory, intellectual and mental disabilities by
changing the wording of item VI, Article 4 of Law 8,115 / 85. The wording old assured
they would be exempt only the disabled who have cars adapted to their disability, but
after repeated decisions of the State Judiciary, on the grounds, especially the
principle of human dignity, extended the benefit to all types of impaired above. It
comes to how the judiciary struck the principle of separation of powers, to play the
role of atypical negative legislator, injuring the powers of the legislative branch. Also
shows the financial impact on the public Treasury by the exemptions given at
random, since Article 14 of the Fiscal Responsibility Act requires estimate of financial
impact and compensation measures for tax cuts and their consequences for society.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
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INTRODUÇÃO
Melhor explicação acerca da definição dada pelo CTN foi dada por Castro,
Lustoza e Gouvêa (2014, p. 32):
Por fim, o critério espacial dessa regra é relacionado ao local onde o fato
gerador do tributo, local onde o fato (critério material) deve ocorrer, a fim de que
irradie os efeitos que lhe são característicos. Trazendo o exemplo novamente do
IPVA, o seu aspecto espacial é onde o proprietário do veículo automotor o registrou,
devendo ser no Estado daquele Município o local onde deve ser efetuado o
pagamento do tributo.
Fica claro, pois, que a relação do tributo envolve dois sujeitos: o ativo e o
passivo, sendo eles essenciais para a constituição da relação tributária, vez que um
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(sujeito ativo) é quem irá cobrar e receber a prestação pecuniária, e o outro (sujeito
passivo) é quem irá ter o ônus de fazer o pagamento da referida prestação.
Há, nesse caso, dois aspectos que devem ser levados em conta: a base de
cálculo e a alíquota que será implantada.
Quanto a sua função, acabaram por concluir Castro, Lustoza e Gouvêa (2014,
p. 623/624) que o IPVA é um imposto cuja função é, predominantemente, fiscal.
Assim, conclui-se que o objetivo principal da instituição deste imposto é arrecadar
dinheiro para o Erário.
Por outro lado, quando é falado de critério quantitativo do IPVA, tem que se
falar em base de cálculo e alíquota.
mercado. Via de regra são utilizadas tabelas anuais elaboradas e publicadas pelo
poder tributante, geralmente baseada em publicações especializadas de veículos.
Além disso, como forma de prevenir que indivíduos que adquiram o veículo
nos meses finais do ano tenham que pagar o mesmo valor que, por exemplo,
alguém que adquiriu o automóvel em meses iniciais do ano.
Por fim, a Lei Estadual nº 8.115/85, assim discorre acerca das alíquotas que
irão disciplinar a incidência do IPVA no Rio Grande do Sul:
1 Informação verbal obtida na palestra com o Procurador do Estado Carlos Henrique Gomes, na data de
18/05/2015, na Semana Jurídica do Curso de Direito da UNIJUÍ, na cidade de Santa Rosa.
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Disso, conclui-se que através das alíquotas acima expostas podemos, sim,
considerar o IPVA um imposto fiscal, porém, travestido de certa extrafiscalidade,
uma vez que diferencia as alíquotas que serão cobradas pela natureza dos veículos
automotores.
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2 ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
A isenção tributária, conforme o próprio nome diz, ocorre quando, por algum
motivo, e de forma excepcional, o sujeito passivo do tributo deixa de ser obrigado a
recolher o valor correspondente.
Neste sentido:
Assim sendo, vimos que, como regra geral, a isenção pode ser revogada a
qualquer tempo. Ademais, a revogação de norma de isenção equivale à edição de
norma que instituiu o tributo, sendo a diferença destas normas de caráter
meramente técnico-legislativo.
Assim sendo, é sabido, pois, que o Estado poderá, ou não, instituir a isenção
do pagamento de IPVA para quaisquer subconjunto, ficando a livre cargo do ente
fazê-la. “Perceba-se que o desenho da competência do Estado não se altera com a
concessão da isenção, pois, como afirmado, a isenção opera no exercício, e não na
limitação da competência” (ALEXANDRE, 2011, p. 178).
Vejamos:
[...]
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Explica-se que o Judiciário atuou como legislador atípico uma vez que, ao
tornar jurisprudência pacífica o deferimento de isenções para todos os tipos de
deficientes, a Lei Estadual que regula o IPVA acabou por ser modificada para tornar
legal a concessão da isenção à todos os tipos de deficiência.
Nesse condão, a própria lei acabou por diferenciar, então, os diferentes tipos
de deficiências, conforme dispõe o artigo 4°, do Decreto n° 3.298/99, que trata da
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida
as normas de proteção, e dá outras providências, vejamos:
Ainda, por óbvio que a isenção para deficientes físicos com o carro adaptado
tinha por principal objetivo fomentar a inserção desse grupo na sociedade por meio
do veículo, onde poderiam fazer exatamente aquilo que os demais cidadãos faziam,
de forma que sua restrição física ficasse esquecida, consagrando assim o já
comentado Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Resta explícito, pois, que qualquer renúncia de receita, dentre elas a isenção,
deve vir acompanhada de uma série de requisitos. Nesses requisitos, destaca-se a
estimativa do impacto financeiro que irá gerar aos cofres públicos. Dessa forma, não
há outra maneira de se concluir que, ao deferir isenções não previstas em lei, ou
seja, que não tiveram um estudo de impacto de financeiro, o Poder Judiciário estará
retirando ativos dos cofres públicos que não estavam previstos inicialmente.
Assim, acabamos por ver alguns casos práticos onde o Poder Judiciário, ao
julgar suas demandas, acabou por agir como um legislador atípico, ao julgar
inúmeras demandas de forma idêntica, causando certo prejuízo ao Erário, vez que
as isenções concedidas não estavam prevista no orçamento do ente público.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. São Paulo: Editora Saraiva, 2010,
16. ed.
em:<http://www.tjrs.jus.br/busca/search?q=cache:www1.tjrs.jus.br/site_php/consulta/
consulta_processo.php%3Fnome_comarca%3DTribunal%2Bde%2BJusti%25E7a%2
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8&numProcesso=70048189096&comarca=Comarca%20de%20Porto%20Alegre&dtJ
ulg=12/12/2012&relator=Carlos%20Roberto%20Lofego%20Canibal&aba=juris.
Acesso em 22 de out. de 2015.
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2012, 4. ed.