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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CÂMARA MUNICIPAL BH
(COORDENADOR DO PROCESSO LEGISLATIVO)
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROF. THIAGO TAVARES REIS AULA 00
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 01
2. Teoria 03
3. Revisão 29
4. Listas de questões 46
1. Apresentação
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cargos de Analista Educacional da Secretaria de Educação do Estado de
Minas Gerais, de Assistente Técnico Administrativo (ATA) do Ministério da
Fazenda e de Analista Administrativo da Advocacia-Geral da União (AGU).
Em 2014, abandonei minha cidade natal rumo à capital federal,
Brasília, para ser empossado e entrar em exercício no cargo de Analista
Administrativo da AGU. Porém, em 2016, fui aprovado para o cargo
de Analista de Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG).
No momento que vos escrevo, estou de “malas prontas” para
começar o curso de formação de APO na Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP).
Não escrevi as linhas acima para me vangloriar, mas
apenas para incentivá-los. Reprovações e fracassos virão, mas a
sua hora chegará. Persevere! Persista!
No que diz respeito à metodologia, vou descomplicar a matéria
de Políticas Públicas, tornando-a menos abstrata e mais atrativa. Vocês
sentir-se-ão, a despeito da distância do PDF, em sala de aula porque a
linguagem será didática. Ademais, vídeo-aulas serão postadas ao longo
do curso, com o intuito de facilitar ainda mais a matéria. Não vou
escrever para especialistas. O foco será na sua aprovação e não na
aquisição de conhecimento acadêmico. Para esse propósito,
muitas questões de concursos serão resolvidas e comentadas.
Vamos ao nosso cronograma, conforme o edital, de 2015, do
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IDECAN:
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2. Teoria
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estatais. Políticas públicas não são sinônimo de políticas estatais. Há
inúmeros atores envolvidos, embora os atores estatais sejam os únicos
que detêm o poder soberano. Portanto, sobretudo no contexto atual,
as políticas públicas envolvem atores estatais e não-estatais. Essa
ressalva ficará mais clara ao longo da argumentação contida nos
parágrafos subsequentes.
Dessa forma, o termo “público” refere-se àquilo que é de
interesse público e não apenas ao que interessa ao Estado. Há
políticas públicas concebidas e executadas por atores não públicos, mas o
Estado, de certa forma, sempre estará – direta ou indiretamente –
presente, visto que há decisões e ações que são exclusivas do
Estado. Segundo Paludo (2013), as políticas públicas congregam atores
políticos, técnicos e administrativos, públicos, privados e oriundos do
Terceiro Setor.
É comum associar o conceito de políticas públicas ao conceito de
política, contudo, trata-se de associação errônea. Vamos distinguir os
conceitos. Segundo Maria das Graças Rua (2009), a política é um
conjunto de procedimentos formais e informais que expressam relações
de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos
quanto a bens públicos. Enquanto a política é ampla, as políticas
públicas são específicas. As políticas públicas relacionam-se às ações
governamentais que produzem resultados específicos. Porém, para além
da diferença de amplitude, isto é, enquanto a política é ampla, as
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público está revestido da soberania legítima. Dessa forma, a alocação dos
valores e recursos é imperativa, isto é, obriga os governados.
Thiago, mas você disse que a política pública não deve ser vista
como, necessariamente, uma política estatal. Sim, eu disse isso. Porém,
com o intuito de adverti-los para o fato de que há atores públicos não-
estatais na arena decisória das políticas públicas, entretanto, apenas o
Estado tem o poder soberano de alocar valores e recursos de
forma imperativa. Portanto, a despeito da eventual participação do
Terceiro Setor e de atores privados, as políticas públicas sempre terão o
componente da soberania, o qual é único e exclusivo da instituição
estatal.
Ademais, as políticas públicas envolvem mais do que uma
decisão. Tais políticas requerem diversas ações estrategicamente
selecionadas para que as decisões tomadas sejam implementadas. A
decisão política corresponde à escolha dentre um conjunto de possíveis
alternativas. Assim, toda política pública pressupõe uma decisão
política, mas nem toda decisão política chega a se constituir como
uma política pública. Portanto, nem toda decisão política implica
necessariamente a construção de uma política pública. A
elaboração de políticas públicas é mais complexa do que uma mera
decisão política.
As políticas públicas comprometem, simultaneamente, o Estado
e a sociedade civil. Política pública pressupõe uma ação pública, na qual,
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no desenvolvimento econômico. Portanto, a política pública se
desenvolve internamente e em torno das instituições
governamentais, visto que são estas as instituições que
detêm o poder soberano estatal;
b) Conforme Rua (2009), as políticas públicas são entradas
resultantes da atividade política e que compreendem um
conjunto de decisões e ações relativas à alocação imperativa
de valores e recursos. As políticas públicas são uma
manifestação da autoridade soberana do poder público.
Apenas o poder público está revestido da soberania legítima.
Assim, a alocação dos valores e recursos é imperativa, isto é,
obriga os governados e
c) As políticas públicas são uma espécie de ação coletiva cuja
função é a de concretizar os direitos sociais previstos nas leis.
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Não raro é a sociedade civil que dá visibilidade aos problemas
sociais, conduzindo-os à agenda das políticas públicas, a ser
executada pelo governo. Gabarito: Errado.
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públicas são ações coletivas que concretizam os direitos
sociais. As políticas públicas são as prestações positivas do
Estado, pelas quais os direitos sociais previstos nas leis
adquirem aplicabilidade. Gabarito: Certo.
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da questão restringiu o conceito, trata-se de questão errada.
Gabarito: Errado.
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da ação dos governos que podem agir diretamente ou mediante
delegação. As políticas públicas compreendem o conjunto de decisões e
ações relativas à alocação imperativa de valores, eis a conceituação de
Maria das Graças Rua (2009). Por fim, as políticas públicas associam-se à
concretização dos direitos sociais.
Thiago, as políticas públicas alteram substancialmente a
realidade social, política e econômica? Sim, elas podem alterar. Contudo,
não se trata de uma relação necessária. Há, por exemplo, políticas
públicas cujo objetivo é o de manter a realidade tal como ela está.
Portanto, as políticas públicas podem ser transformadoras ou
conservadoras. Quando uma política pública mantém o status quo, sem
promover alterações substanciais na realidade, está-se diante de uma não
transformação e, a despeito disso, está-se diante de uma política pública.
A maioria das definições apresentada pela Coletânea associa as
políticas públicas ao governo. Entretanto, não se pode dizer que tais
políticas têm como único ator o governo. Assim, embora os agentes
governamentais, como, por exemplo, os políticos e os burocratas, sejam
atores importantes na elaboração e na implementação das políticas
públicas, eles não são atores exclusivos.
Já dissemos que as políticas públicas devem garantir os direitos
sociais. Tais direitos previstos em normas programáticas têm
aplicabilidade graças às políticas públicas. Nesse contexto, assiste-se,
atualmente, ao aumento da participação do Poder Judiciário, fenômeno
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Constituição, que sejam estas implementadas, sempre que os órgãos
estatais competentes, por descumprirem os encargos político-jurídicos
que sobre eles indicem em caráter mandatório, vierem a comprometer,
com a sua omissão, a eficácia e a integridade de direitos sociais e
culturais impregnados de estatura constitucional”.
Apesar da linguagem jurídica técnica, pode-se extrair que,
embora a formulação e a implementação das políticas públicas
relacionem-se diretamente com o Poder Executivo e, de certa forma,
com o Poder Legislativo, é permitido ao Poder Judiciário fiscalizar e
cobrar que tais políticas sejam, de fato, implementadas, visto que a
omissão estatal pode causar sérios prejuízos aos destinatários das
políticas. Imaginem um cidadão acometido de séria doença para a qual há
a exigência de onerosa medicação. E detalhe compromotedor: o Sistema
Único de Saúde (SUS) talvez não garanta tal medicação ao cidadão.
Nesse caso, como há uma espécie de omissão estatal, o próprio cidadão
aciona o Poder Judiciário com vistas a ter o seu direito social garantido.
Essa é a judicialização das políticas públicas.
O conteúdo de Políticas Públicas é fascinante, não é?
Continuemos. De acordo com Enrique Saravia, organizador da Coletânea
da ENAP, as políticas públicas apresentam as seguintes características:
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alocar, é a reserva para aplicação a um fim determinado. O verbo alocar
significa destinar ou reservar para determinado fim, colocar algo de
maneira a que esteja disponível. Portanto, quando se fala que as políticas
públicas são uma alocação de recursos e valores, afirma-se que elas
destinam recursos para determinado fim. Portanto, as políticas públicas
envolvem uma disputa entre atores públicos estatais e não-estatais para
a definição de quais recursos e valores são prioritários. Em síntese, as
políticas públicas pressupõem a luta por recursos e prioridades,
trata-se de uma relação de poder.
A propósito, o título de um livro sobre o tema publicado, em
1936, por Lasswell, resume muito bem o que dissemos acima: “quem
ganha o quê, quando e como”. Portanto, como disputa em torno de
recursos públicos e prioridades públicas, as políticas públicas definem,
segundo Lasswell, quem ganha o quê, quando e como.
Infelizmente, e, não só no Brasil, gestores públicos e privados,
às vezes, lidam com as políticas públicas não à luz de um “espírito”
republicano – para o qual as políticas públicas dizem respeito àquilo que é
público, a “res” pública, a coisa pública – mas sim a partir de um
“espírito” patrimonialista e parasitário – para o qual a esfera pública se
confunde com a esfera dos interesses privados.
As políticas públicas podem ter apenas um público-alvo ou
vários públicos. Ou seja, elas podem ser restritas ou abrangentes, a
depender das circunstâncias. Ressalva importante a ser feita: as
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Após a promulgação da Constituição de 1988, aumentou-se a
descentralização das políticas públicas. A gestão pública foi
municipalizada. Segundo Paludo (2013), estruturas organizacionais no
formato de redes, envolvendo organizações estatais, não-governamentais
e privadas, foram ampliadas. Nesse contexto, o controle social foi
intensificado, mediante o aumento dos Conselhos de Políticas Públicas,
previstos na própria Constituição Cidadã. A composição paritária de tais
Conselhos favoreceu o diálogo democrático entre atores estatais e não-
estatais.
O conteúdo avançou. Vamos juntos resolver mais questões.
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6. (FCC/2009/SGP-SP) Uma política pública corresponde a uma
escolha das autoridades políticas, após ouvir os empresários.
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contexto, a judicialização das políticas públicas ganha fôlego.
Gabarito: Certo.
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criado. Para grande parte dos autores, o elemento do Estado é o bem
comum, o interesse da coletividade. Portanto, o Estado existe, em teoria,
para preservar o interesse coletivo.
Vamos mapear os conceitos principais de Estado para as bancas
examinadoras. Comecemos com um autor brasileiro: Dalmo de Abreu
Dallari (2013). Ele caracteriza o Estado moderno como sendo a ordem
jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em
determinado território. Destaque-se que os elementos constitutivos do
Estado são indissociáveis, ou seja, é impossível conceber um Estado
soberano sem território, ou um Estado soberano sem povo. Vejamos
agora outro conceito de Estado consagrado e explorado pelas bancas
examinadoras: o conceito proposto por Max Weber (1864-1920),
pensador alemão.
Para Weber, o Estado reivindica para si o monopólio legítimo da
violência em determinado território. Assim, só o Estado tem legitimidade
de exercer a soberania coativa em determinado território. O conceito
pressupõe que, no território estatal, não há outras instâncias de poder
que possam exercer, de forma legítima, a violência. Portanto, o Estado é
a instituição política que detém o monopólio legítimo da violência
em determinado território. Apenas a violência estatal é legítima
porque está assentada em ordens legais. Cientes desses conceitos
podemos avançar rumo ao Estado liberal e ao Estado social.
O Estado liberal se opõe ao Estado absoluto. O Estado absoluto
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As bases filosóficas do liberalismo clássico podem ser
encontradas, por exemplo, na filosofia política de John Locke (1632-
1704). O Estado liberal não é, necessariamente, democrático, visto que
ele se realizou, inicialmente, em sociedades nas quais prevalecia a
desigualdade. O ideário liberal influenciou as Declarações de Direitos
Humanos das Revoluções Francesa e Americana, além de ter influenciado
as Cartas Constitucionais classificadas como sintéticas, como é o caso da
estadunidense. É comum associar o liberalismo à primeira geração
dos direitos e garantias fundamentais, na qual prevale a ideia das
liberdades negativas, isto é, da não interferência do Estado nas liberdades
individuais, restando ao Estado funções residuais. Os direitos políticos
e civis relacionam-se com as liberdades negativas.
Em síntese, para os liberais, o Estado é uma espécie de mal
necessário. As funções mínimas do Estado não devem afetar o princípio
da livre iniciativa da economia de mercado, tampouco as liberdades
individuais dos homens. Porém, como mal necessário, o Estado
liberal deve garantir a ordem e o direito à propriedade. Nesse
contexto, a principal crítica que é feita ao liberalismo é a de que ele
limitou-se a atender aos direitos dos proprietários, ignorando os direitos
civis e políticos das classes dos não-proprietários, como, por exemplo, a
classe dos trabalhadores.
Trata-se, assim, segundo os críticos, de Estado excludente social
e politicamente. Por outro lado, atribui-se a tal Estado o respeito às
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Para o Estado mínimo – o Estado liberal – as funções estatais
são residuais. A interveção estatal, portanto, é excepcional. A economia,
para os liberais, é a esfera da vida social superior à esfera política, que é
tida como a esfera do Estado. As leis da livre iniciativa do mercado devem
ser respeitadas pelo Estado. Em síntese, o Estado liberal não é do tipo
intervencionista. Nesse contexto, a assistência social aos desamparados
não é tida como função do Estado, mas sim como atribuição da sociedade
civil, mediante ações assistenciais e filantrópicas.
A caridade, portanto, ocupa, no Estado liberal, o lugar
destinado às políticas sociais. Dessa forma, os pobres são assistidos
mais por aqueles que praticam a caridade do que pelo próprio Estado. As
políticas públicas, no âmbito do Estado liberal, são também
mínimas, excepcionais e, portanto, seletivas, focalizadas. Não há
no liberalismo políticas públicas universalistas, como há no Welfare State,
próximo Estado a ser estudado.
O Estado liberal não conseguiu integrar social e economicamente
todos os cidadãos. A ideia de cidadania liberal era restrita aos
proprietários. Com a democratização do Estado, os cidadãos passaram a
exigir daquele prestações positivas, como, por exemplo, a universalização
dos direitos sociais. Nesse contexto, nasceu o Estado de Bem-estar Social
(Welfare State). Tal Estado vincula-se à segunda geração dos direitos e
garantias fundamentais, na qual há a prestação positiva por parte do
Estado dos direitos sociais. Para Norberto Bobbio (2010), o Welfare-State
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pode ser definido como o Estado que garante tipos mínimos de renda,
alimentação, saúde, habitação, educação, assegurados a todo o cidadão,
não como caridade, mas como direito político.
A manifestação histórica mais concreta desse Estado deu-se na
Inglaterra, no século XX, na década de 40. Antes, na Alemanha de
Bismarck, houve o esboço de tal Estado, porém, com políticas sociais
ainda assistenciais e, portanto, restritas. Para o Estado social, as
políticas públicas são universalistas, destinadas a todos os
cidadãos, como direitos sociais, independentemente de renda.
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Após a Segunda Guerra Mundial, o Welfare State disseminou-se no
Ocidente, sobretudo com o advento do modelo keynesiano de intervenção
estatal na economia. Portanto, contrariamente ao Estado liberal, o Estado
social foi do tipo intervencionista.
Chamo a atenção de vocês para o princípio fundamental do
Welfare State: independentemente de sua renda, todos os cidadãos,
como tais, têm direito de ser protegidos – com pagamento em dinheiro ou
com serviços – contra situações de dependência de longa duração
(velhice, invalidez) ou de curta (doença, desemprego, maternidade). As
políticas públicas, portanto, são universais, aplicáveis a todos os
cidadãos, independentemente de renda, isto é, sejam eles pobres
ou ricos. No Welfare State, as políticas públicas são uma espécie de
direito de cidadania, contrariando a acepção meramente assistencialista e
seletiva das políticas públicas liberais.
O conteúdo avançou um pouco mais, então, é o momento de
resolvermos juntos mais questões.
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renda, e a todos os cidadãos. Portanto, as políticas são
universalistas. Gabarito: Correto.
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b) na formulação, gestão e financiamento das políticas sociais
deve ser considerada a primazia do Estado, a quem cabe a
competência pela condução das políticas públicas e
c) esta primazia, contudo, não pode ser entendida como
responsabilidade exclusiva do Estado, mas implica a
participação ativa da sociedade civil nos processos de
formulação e controle social da execução, o que aponta
para a importância da análise dos conceitos de público e de
esfera pública.
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Eu sei que eu já ressaltei que as políticas públicas não são uma
mera decisão política, não é mesmo? Mas, quero que essa distinção fique
clara para vocês. E a clareza só é obtida com a repetição. Conforme Ruas
(2009), as políticas públicas envolvem mais do que uma decisão e
requerem diversas ações estrategicamente selecionadas para
implementar as decisões tomadas. Por outro lado, a decisão política
corresponde a uma escolha dentre um conjunto de possíveis
alternativas, conforme a hierarquia das preferências dos atores
envolvidos, expressando – em maior ou menor grau – certa adequação
entre os fins pretendidos e os meios disponíveis. Assim, atentem-se
para o fato de que, embora toda política pública implique uma
decisão política, nem toda decisão política constitui-se,
necessariamente, como uma política pública.
Vamos discutir agora o último conceito da aula demonstrativa: o
ciclo – ou processo – de políticas públicas. Em síntese, o ciclo de
política públicas é um conceito que explica de que forma a política pública
é concebida, escolhida, executada e avaliada. Segundo Procopiuck
(2013), o ciclo de política pública é uma sequência funcional de atividades
que começa com a identificação de um problema e definição de uma
agenda para tratá-lo, seguindo com a execução das soluções julgadas
mais adequadas e, por fim, a avaliação para corrigir os rumos ou para
decidir pela conclusão da política pública.
Não há consenso entre os principais autores em torno das
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Tal ciclo reflete apenas uma estrutura, uma proposta lógica de passos
racionais, trata-se, assim, de mera convenção, de mero conceito.
Contudo, na prática, a construção de tal ciclo dependerá dos
interesses e do poder dos atores envolvidos, da vontade política dos
governos e da capacidade da administração pública em utilizar
instrumentos de governança e de participação social, construindo
parcerias e acordos com vistas a obter eficiência no desempenho e
eficácia nos resultados.
A despeito da complexidade da prática, na teoria, podemos
adotar, de forma simplificada, a seguinte convenção: elaboração,
implementação – às vezes interpretada como a própria execução – e
avaliação. Dessa forma, as políticas públicas são elaboradas, postas em
execução e avaliadas. O edital passado do IDECAN previu a formulação, o
acompanhamento e a fiscalização da execução das políticas públicas. Por
questões óbvias, nas próximas aulas, vamos focar no edital.
As políticas públicas não existem apenas como conceito
abstrato, como convenção lógica. Elas só existem graças àqueles que
fazem-nas concretas, existentes na prática social. E quem são
estes? São os atores/agentes das políticas públicas: políticos, burocratas,
atores da sociedade civil, atores privados, como, por exemplo,
empresários e, por fim, cidadãos. Embora o Estado, como já salientei,
tenha primazia no desenho das políticas públicas, há a participação
importante de atores públicos não-estatais e privados. Sobre tais
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alternativas. Os atores invisíveis são, por exemplo, os servidores
públicos, os especialistas e os acadêmicos. Então, para fixar: a) os
atores visíveis têm maior poder de influenciar a formação da
agenda das políticas públicas e b) os atores invisíveis têm maior
poder para apresentar alternativas.
Thiago, você disse agenda das políticas públicas. Defina, por
favor, esse conceito. Segundo Rua (2009), a formação da agenda ocorre
quando uma situação qualquer é reconhecida como um problema político
e a sua discussão passa a integrar as atividades de um grupo de
autoridades dentro e fora do governo. A agenda das políticas públicas
relaciona-se ao conjunto de temas públicos prioritários, os quais merecem
a devida atenção dos governantes e da sociedade civil. Tal agenda
confere aos problemas políticos maior ênfase.
A formação da agenda é a identificação e reconhecimento de
problemas que merecem atenção e que, portanto, serão discutidos pelos
diversos atores a fim de se reconhecer ou não quais problemas serão
objeto das políticas públicas. Assim, nem todos os temas previstos na
agenda serão, necessariamente, alvo das políticas públicas. Haverá uma
seleção daqueles que são tidos como prioritários.
Rua (2009) chama a atenção para o “estado de coisas”, conceito
que significa uma situação que se arrasta durante um tempo
razoavelmente longo, incomodando grupos e gerando insatisfações sem,
no entanto, chegar a mobilizar as autoridades governamentais. Trata-se,
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assim, de uma situação incômoda, mas não o suficiente para ser incluída
na agenda governamental.
Nesse cenário, cabe aos agentes governamentais e aos não-
governamentais a formação de coalizões e alianças para a definição de
quais problemas políticas serão vistos como prioridade para as políticas
públicas. O reconhecimento do momento adequado para a inclusão dos
problemas políticos na agenda é tido como o momento da janela de
oportunidade. É na janela de oportunidade que as prioridades vêm à
tona e são destacadas na agenda das políticas públicas.
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Façamos outras questões de concursos anteriores sobre os
conceitos que vimos até aqui.
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Comentário: O enunciado revisou, com exatidão, a
concepção liberal das políticas públicas. Segundo o Estado
liberal, também conhecido como Estado mínimo, as funções
estatais eram residuais, restritas, por exemplo, à garantia do
direito de propriedade, mediante a criação de aparatos de
segurança pública. Nesse contexto, as políticas públicas eram
restritas e seletivas, contrariamente às políticas universalistas
presentes no Welfare State. Ademais, de acordo com o
ideário liberal, a esfera das relações sociais da economia é
superior à esfera política, a esfera do Estado. Dessa forma, o
mercado como agente autônomo era interpretado como
agente natural das relações sociais. Gabarito: Certo.
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participação ativa de instâncias da sociedade civil. Portanto,
uma política pública, em geral, envolve diferentes instâncias
de governo e da sociedade civil. Gabarito: Certo.
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oriundos do Terceiro Setor.
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envolvem uma disputa entre atores públicos estatais e não-estatais para a
definição de quais recursos e valores são prioritários. Em síntese, as
políticas públicas pressupõem a luta por recursos e prioridades, trata-
se de uma relação de poder.
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no âmbito do Estado liberal, são também mínimas, excepcionais e,
portanto, seletivas, focalizadas. Não há no liberalismo políticas públicas
universalistas, como há no Welfare State.
Consoante Paludo (2013), atores visíveis são aqueles que têm destaque
na mídia e para o público, como, por exemplo, Presidente da República,
Ministros e políticos profissionais. Portanto, eles têm maior poder de
influência na agenda das políticas públicas. Por outro lado, os atores
invisíveis são aqueles que têm menor poder de influência, embora
apresentem maior poder para apresentar alternativas. Os atores
invisíveis são, por exemplo, os servidores públicos, os especialistas e os
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acadêmicos. Então, para fixar: a) os atores visíveis têm maior poder de
influenciar a formação da agenda das políticas públicas e b) os atores
invisíveis têm maior poder para apresentar alternativas.
.
Com a revisão lida, vocês podem partir para as questões
comentadas. Vamos arrebentar! Os conceitos estão “fresquinhos” na
cabeça e vocês já estão aptos a garantir os pontos preciosos para a
aprovação. Infelizmente, não há muitas questões do IDECAN sobre o
tema da aula de hoje, então, grande parte das questões será da ESAF. A
ESAF é uma banca cujas questões são mais difíceis que as questões do
IDECAN, porém, a estrutura é similar: itens de múltipla escolha.
Treinando com a ESAF vocês estarão “calejados”. Afinal, “treino difícil,
combate fácil”. 00000000000
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absenteísmo estatal, isto é, o Estado é mínimo, atuando
apenas nos casos estritamente necessários, como na
manutenção da ordem. Se o Estado é mínimo e, por
consequência, não atua, em regra, no mercado, conclui-se
que tal Estado não advoga para si a tarefa de regular a
produção e distribuição de bens. Portanto, item D está
equivocado. Gabarito: D.
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avaliação e o monitoramento das políticas públicas são,
igualmente, importantes. Não, necessariamente, a
avaliação de uma política pública será feita pelo próprio
operador da política, vide o controle social que é feito pela
sociedade civil sobre as políticas públicas executadas pelos
agentes governamentais. Estamos diante de dois itens. O
item d) indica características conceituais das próprias
políticas públicas e não do ciclo. Observem que “um
conjunto de medidas concretas e “decisões sobre alocação
de recursos” são atributos das próprias políticas públicas e
não estágios do ciclo destas. Portanto, o item c) está
correto: definição de agenda, identificação de alternativas,
avaliação das opções, seleção das opções, implementação,
acompanhamento e avaliação. Gabarito: C.
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decisões de fatores políticos, e as participativas, que
buscam integrar os segmentos sociais, objeto das políticas
nos processos de gestão.
e) Uma política pública, para ser implementada, exige a
aprovação por parte dos legislativos de todos os níveis de
governo envolvidos.
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duas abordagens distintas e que, por esse motivo, não
raro, entram em tensão. Gabarito: E.
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importantes porque as políticas públicas são repletas de
tensões políticas. Gabarito: B.
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atores visíveis têm elevado poder de influência nas
políticas públicas, ao passo que os atores invisíveis têm
elevado poder de propor alternativas às políticas públicas.
Observem como a redação do item b) está correta: ”os
atores visíveis definem a agenda de políticas enquanto os
atores invisíveis têm maior poder de influência na escolha
das alternativas de resolução dos problemas”. Então, como
vimos, os atores invisíveis não têm elevado poder de
influência nas políticas públicas, mas sim poder de
influência na proposição de alternativas. Portanto, o item
c) está incorreto. Os itens corretos servem como revisão
do conteúdo. Gabarito: C.
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e) o sistema tributário nacional, os tributos direitos e
indiretos, as transferências constitucionais para Estados e
Municípios e a guerra fiscal.
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LISTA DE QUESTÕES:
realidade.
6. (FCC/2009/SGP-SP) Uma política pública corresponde a uma
escolha das autoridades políticas, após ouvir os empresários.
7. (CESPE/2007/TJ) Política pública significa ação coletiva cuja
função é concretizar direitos sociais demandados pela
sociedade e previstos nas leis.
8. (CESPE/2008/SEMAD-ES) O Welfare State ou Estado social
tem conotação histórica e institucional cujas políticas
possuem forte identificação com o conceito de cidadania.
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9. (CESPE/2007/AS-AC) As políticas sociais do Estado de Bem-
estar datadas do século XX assemelham-se às do século
anterior por manterem o foco de suas ações direcionadas
para a pobreza extrema, desvinculada da concepção de
cidadania e dos direitos sociais.
10. (CESPE/2007/AS-AC) O termo Estado de Bem-estar, em
geral, designa um sistema de organização social que
assegura aos cidadãos condições mínimas de bem-estar, ou
aquele que proporciona aos cidadãos serviços públicos, tais
como educação, saúde, renda em caso de necessidade
(desemprego, enfermidade, aposentadoria) ou outras
prestações e serviços sociais.
11. (CESPE/2007/PPG-SE) Em razão das escolhas feitas
pelos participantes do processo político, a adoção de
determinadas políticas públicas pode conduzir a resultados
ineficientes e a aumento de desigualdades, o que constitui
um dos custos da intervenção governamental.
12. (FUNCAB/2012/MP-RO/adaptada) No desenvolvimento
da ideia de política pública, no contexto do liberalismo
clássico, pode-se afirmar corretamente que prevaleceu as
ideias em torno de um Estado mínimo que assegurasse a
ordem, por meio de aparatos de segurança pública e de
garantia de propriedade, que não interfereria no mercado, o
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15. (FGV/2007/FNDE/adaptada) As políticas públicas são
exclusividade da administração pública e das agências
reguladoras.
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a) não configura decisões ou ações que envolvem o
consentimento de uma comunidade política soberana.
b) é uma questão meramente técnica.
c) nem sempre depende de decisões e ações que se revestem
de autoridade pública.
d) geralmente envolve mais do que uma decisão política e
requer diversas ações estrategicamente selecionadas para
implementar as decisões tomadas.
e) corresponde a uma escolha das autoridades políticas, após
ouvir os empresários.
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a) Formulação e implementação.
b) Decisão e proposição. A implementação, a execução e
avaliação são responsabilidades dos operadores da
política.
c) Definição de agenda, identificação de alternativas,
avaliação das opções, seleção das opções,
implementação, acompanhamento e avaliação.
d) Um conjunto de medidas concretas, decisões sobre
alocação de recursos, identificação de público-alvo,
definição de metas, definição de normas e valores.
e) A política pública é abrangente e não se limita a ciclos
para seu desenho.
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participativas, que buscam integrar os segmentos
sociais, objeto das políticas nos processos de gestão.
e) Uma política pública, para ser implementada, exige a
aprovação por parte dos legislativos de todos os níveis
de governo envolvidos.
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poder e suas expectativas quanto aos efeitos das decisões
sobre tais interesses.
b) Os atores visíveis definem a agenda de políticas enquanto
os atores invisíveis têm maior poder de influência na
escolha das alternativas de resolução dos problemas.
c) São atores invisíveis aqueles que, embora atuem fora do
centro das atenções da sociedade, são dotados de elevado
poder de influenciar as políticas públicas devido à sua
posição econômica, como financistas, banqueiros e
empreiteiros.
d) Também são atores invisíveis as comunidades de
especialistas que agem de forma relativamente
coordenada: acadêmicos, consultores, assessores e
funcionários legislativos, burocratas de carreira e analistas
ligados a grupos de interesses.
e) Os empresários políticos são atores de origem diversa,
dispostos a investir recursos para promover políticas que
possam lhes favorecer, por exemplo: políticos eleitos ou
sem mandato, burocratas de carreira, lobistas, jornalistas,
acadêmicos.
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b) as privatizações dos serviços públicos, as agências
reguladoras, a parceria público-privada e os investimentos
privados.
c) o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da
União, a Polícia Federal e a Receita Federal.
d) a própria política pública, a política, a sociedade política
e as instituições responsáveis pela implementação das
políticas públicas.
e) o sistema tributário nacional, os tributos direitos e
indiretos, as transferências constitucionais para Estados e
Municípios e a guerra fiscal.
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01 E 02 C 03 C 04 E 05 C 06 E 07 C
08 C 09 E 10 C 11 C 12 C 13 C 14 C
15 E 16 D 17 A 18 D 19 D 20 C 21 E
22 B 23 C 24 D 25 E
Referências Bibliográficas:
básicos. 2009.
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