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Cantares de Salomâo 1 (O Livro) 7Diz-me, tu, a quem eu amo,para onde vais levar o

O Livro (OL) teu rebanho a pastar? Onde é que o farás descansar ao


Copyright © 2000 by International Bible Society meio-dia? Porque irei lá ter contigo,e assim não andarei
no meio dos rebanhos dos teus companheiros,dando
impressão duma rapariga de cabeça leve. Ele:

Cantares de Salomâo 1 8Se ainda não o sabes, ó mulher mais bela de


1Este cântico foi composto pelo rei Salomão. todas,segue as pisadas do meu rebanho,e apascenta as
Ela: tuas cabras lá, junto às tendas dos pastores.
2Que ele me beije com a sua boca,porque o seu amor
me é melhor do que o vinho. 9Eu comparo-te com uma linda égua, meu amor!

3Como o teu perfume é agradável! Como o teu nome 10Como são bonitas as tuas faces,com o cabelo
é doce! Não admira que todas as raparigas gostem de ti! caindo-lhe aos lados! Como fica soberbo o teu
pescoço,com esse magnífico colar de pedras preciosas.
4Leva-me contigo; anda, corramos! O rei levou-me
para o seu palácio. Como seremos felizes! O seu amor é 11Havemos de te mandar fazer brincos de ouro e
melhor para mim do que o vinho. Não admira que todas outras jóias de prata. Ela:
as raparigas te apreciem!
12O rei está no seu jardim,encantado com o meu
5Eu sou morena, mas bela, ó filhas de Jerusalém, perfume.
crestada como as tendas curtidas de Quedar; e no
entanto formosa como as tendas de seda de Salomão! 13O seu amor, para mim,é como um ramalhete de
mirra,que guardo entre os meus seios. Ele:
6Não olhem sobranceiramente para mim, por eu ser
assim escura,porque foi o Sol que me queimou. Meus 14A minha amada é um ramo de flores nos jardins de
irmãos tinham-me má vontadee mandaram-me para En-gedi.
foraa trabalhar nas vinhas sob os raios do Sol;e foi
assim que a minha pele se queimou! 15Como és bela, meu amor, como és linda! Teus
olhos são suaves,como pombas. Ela:
16-17 5Sustem-me com fruta, com uvas, com maçãs,pois
És gentil, meu querido; a tua presença,assim sobre a que estou desfalecendo de amor.
relva, à sombra dos cedros, debaixo dos ciprestes,é tão
agradável! 6Põe-me a sua mão esquerda debaixo da cabeçae
com a direita abraça-me.

7Ó filhas de Jerusalém, conjuro-vos,pelas gazelas e


cervas dos bosques,que não acordem o meu amado.
Deixem-no dormir!

Cantares de Salomâo 2 (O Livro) 8Já o ouço, o meu amor! Lá vem ele, galopando sobre
O Livro (OL) os montes,saltando por cima das colinas.
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9O meu querido é como um gamo,ou o filho dum
veado. Vejam, aí está ele, por detrás do nosso
muro;agora, está já a olhar pelas janelas.
Cantares de Salomâo 2
1Ela: 10Disse-me o meu amor: - Levanta-te, querida,
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Ele: minha bela,e vem.
2Sim, um lírio entre espinhos;assim é a minha
querida,quando a comparo às outras. Ela: 11Porque já passou o Inverno;a chuva parou, foi-se.

3O meu amado é como uma macieira no meio das 12As flores começam a brotar nos campos;é o tempo
árvores do pomar,quando comparado com outros dos cantos dos pássaros. Sim, chegou a Primavera.
rapazes. Sento-me à sua desejada sombra; seu fruto é
doce ao meu paladar. 13As árvores enchem-se de folhase os cachos
começam a aparecer nas vinhas. Já começam a cheirar
4Leva-me até à sala do banquete,e toda a gente pode bem! Levanta-te, amor, minha linda,e vem. Ele:
ver como me ama.
14Minha pomba,que te escondes pelas fendas das 2Levantei-me, para ver onde estava,e não o encontrei.
penhas,no fundo dos desfiladeiros. Faz-me ouvir a tua Saí para as ruas da cidade, pelas praças,a ver se o
voz tão doce; mostra-me o teu rosto encantador. achava, mas em vão.

15As raposinhas andam correndo pelas vinhas. 3Os guardas detiveram-me,e perguntei-lhes: - Viram
Apanhem-nas,porque os cachos estão já todos a aquele que eu tanto amo?
desabrochar. Ela:
4Mas passado pouco tempo depoislogo achei quem a
16O meu amor é meu,e eu sou dele. Ele apascenta o minha alma deseja, e não o deixei até o ter levado para
seu rebanho entre os lírios! casa,para o velho quarto de minha mãe.

17Antes que refresque o diae que caiam as sombras, 5Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,pelas gazelas e
volta, meu querido; faz-te semelhante a um gamo, ou ao cervas do campo, que não despertem o meu amor.
filho dum veado sobre os montes de Beter. Deixem-no dormir à sua vontade. As filhas de
Jerusalém:

6Que é isto que se eleva, dos desertos,semelhante a


uma nuvem de fumo cheirando a mirra,a incenso e a
Cantares de Salomâo 3 (O Livro) toda a espécie de pós aromáticosque se podem
O Livro (OL) importar?
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7Olhem: é o carro de Salomão. Rodeiam-no sessenta
dos homens mais valentes do seu exército.

Cantares de Salomâo 3 8Todos eles são hábeis no manejo de armase de


1Ela: instrumentos de guerra.
De noite, na minha cama, busquei aquele que a Cada um deles tem a sua espada pronta, à
minha alma deseja. cintura,para defender o rei contra qualquer incidente
nocturno.
9O rei Salomão mandou fazer para si próprioum 3Teus lábios são como um fio de escarlate - como
palanquim com madeira do Líbano. tens linda a boca! As tuas faces são duas romãs,por
detrás do teu véu.
10Os seus suportes são de prata;o dossel é de ouroe
o assento forrado de púrpura; todo o interior foi 4O teu pescoço é como a torre de David,ornada com
revestido com carinho pelas raparigas de Jerusalém! os milhares de escudos dos heróis.
Ela:
5Teus seios, dois filhotes de gazela,apascentando-se
11Saiam, ó filhas de Sião,e venham admirar o rei entre lírios.
Salomão; reparem na coroa com que sua mãe o coroou
no dia do casamento, nesse dia de grande alegria para 6Antes que refresque o diae que caiam as sombras,
ele. irei ao monte de mirra e ao outeiro de incenso.

7És toda formosa, minha querida;não tens defeito


nenhum.
Cantares de Salomâo 4 (O Livro)
O Livro (OL) 8Vem comigo do Líbano, minha esposa. Olharemos
Copyright © 2000 by International Bible Society para baixo,lá do cimo da montanha, do alto do monte
Hermon,onde os leões habitam e as panteras vagueiam.

9Tiraste-me o coração, meu amor, minha esposa; fico


Cantares de Salomâo 4 vencido quando os teus olhos se põem em mim; fico
1Ele: preso às voltas do teu colar.
Como és formosa, meu amor, como és bela! Teus
olhos são como pombas. Teus cabelos, como um 10Como me é doce o teu amor, minha querida
rebanho de cabraspastando no monte de Gileade. mulher. Como ele vale muito mais para mim do que o
2Teus dentes são brancos como a lã das ovelhas melhor vinho. O perfume do teu amor é mais intensodo
tosquiadas,subindo do lavadouro;todas elas têm que o das melhores especiarias.
gémeos, não há nenhuma estéril entre elas.
11Teus lábios, minha esposa, são de mel. Sim, mel e
leite estão debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus Cantares de Salomâo 5 (O Livro)
vestidosé semelhante à das florestas de cedro, do O Livro (OL)
Líbano. Copyright © 2000 by International Bible Society

12A minha querida esposa é como um jardim


privado, como uma fonte de que mais ninguém bebe,
que é só para mim. Cantares de Salomâo 5
1Ele:
13És semelhante a um pomar encantador,que dá Cá estou eu no meu jardim, minha querida esposa!
frutos excelentes,onde se cheiram os mais raros Colhi a minha mirra e as minhas especiarias. Comi o
perfumes: meu favo, com o mel. Bebi o vinho, mais o meu leite. As
filhas de Jerusalém: Oh! querido e amado, come e bebe!
14 o nardo, o açafrão, o cálamo, a canelae toda a Sim, bebe abundantemente! Ela:
sorte de árvore de incenso;e ainda a mirra, o aloés e 2Uma noite, estava eu a dormir e o meu coração
outras especiarias agradabilíssimas. acordou,num sonho. É que ouvi a voz do meu amor,que
me estava a bater à porta do quarto: -Abre-me, minha
15Tu és a fonte principal dos jardins, és como um querida, minha amada,minha pomba - dizia ele, - passei
poço de águas vivas,alimentando as correntes que a noite toda fora,e estou coberto de orvalho.
descem das montanhas do Líbano. Ela:
3Mas eu respondi-lhe: Já me despi; iria eu agora
16Levanta-te, vento norte, desperta; vem, vento sul, vestir-me de novo? Lavei já os pés, iria torná-los a
sopra sobre o meu jardim e espalha os seus perfumes sujar?
encantadores sobre o meu amado. Que ele venha para o
seu jardime coma os seus frutos excelentes. 4O meu amor tentou abrir ele próprio o fecho da
porta e as minhas entranhas estremeceram por amor
dele.
5Saltei por fim da cama para lhe abrir. As minhas
mãos destilavam perfume,quando puxei pela fechadura 13As faces são um canteiro de plantas aromáticas;
da porta. seus lábios perfumados,como lírios que gotejassem
mirra!
6Abri então ao meu amado,mas ele já se tinha ido
embora. O meu coração parou de bater. Busquei-o por 14Seus braços parecem argolas de ouro engastadas
toda a parte,mas sem o encontrar. Chamei por ele, mas de topázios; seu corpo é de esplêndido marfim,
não obtive resposta alguma. escrustado de pedras preciosas.

7Os guardas da ronda virame espancaram-me, 15As pernas, tem-nas como se fossem pilares de
deixando-me ferida; a sentinela da muralha rasgou-me mármore,assentes em bases de ouro puro; parecem-se
o manto. com os maravilhosos cedros do Líbano; não têm rival.

8Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,que se 16Seu falar é doce; sim, é todo desejável. Tal é o meu
encontrarem o meu amorlhe digam que estou doente de amado, o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
amor. As filhas de Jerusalém:

9Ó mulher de rara beleza, que tem o teu amado mais


do que qualquer outro,para que nos peças tal coisa? Cantares de Salomâo 6 (O Livro)
Ela: O Livro (OL)
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10O meu querido tem a cor saudável da pele:
queimada pelo Sol; é elegante; é melhor do que dez mil
outros mais!
Cantares de Salomâo 6
11A sua cabeça é como ouro puríssimo; tem os 1As filhas de Jerusalém:
cabelos ondulados e pretos retintos. Ó mais formosa entre as mulheres, para onde foi o teu
amado? Estamos dispostas a procurá-lo contigo. Ela:
12Seus olhos são duas pombasjunto a uma corrente
de águas, límpidas e calmas.
2O meu amor desceu ao seu jardim,aos canteiros de
bálsamo, para apascentar os seus rebanhos e colher os 10Quem é esta - perguntam elas -que aparece como a
lírios. alva do dia,formosa como a Lua,pura como o
Sol,incondicionalmente conquistadora?
3Eu sou do meu amado e o meu amado é meu. Ele
alimenta-se entre os lírios! Ele: 11Desci até ao pomar das nogueiras, fui até ao vale
para ver os novos frutos ali, para ver se floresciam as
4Ó minha querida, és tão belacomo a encantadora videse se já brotavam as romeiras.
terra de Tirza, sim, tão bela como Jerusalém. A tua
beleza conquistou-mecomo se se tratasse dum exército 12Mas antes de me dar conta disso,comecei a sentir
imponente. muitas saudades da minha casa,e grande vontade de
regressar para junto do meu povo. As filhas de
5Desvia de mim os teus olhos,porque eles me Jerusalém:
perturbam! O teu cabelo, emoldurando-te o rosto,é
como um rebanho de cabras pastando em Gileade. 13Volta, volta, ó sulamita, regressa,para que
possamos ver-te outra vez. Ela: Porque querem vocês
6Os teus dentes são como um rebanho de ovelhas olhar para uma simples rapariga de Sulam? Como para
recém-lavadas,das quais todas produzem gémeos; não uma dança de Maanaim?
há estéreis entre elas.

7Como um pedaço de romã,assim são as tuas faces,


entre o teu cabelo.

8Sessenta são as rainhas, oitenta as concubinas, as Cantares de Salomâo 7 (O Livro)


virgens são sem conta. O Livro (OL)
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9Mas tu, minha pomba, és única entre elas, és
perfeita, não tens rival! As mulheres de Jerusalém
ficaram encantadas quando te viram, e até as rainhas e
as concubinas te louvam. Cantares de Salomâo 7
1Ele: 9Teus beijos dão a mesma alegriaque o melhor dos
Como são bonitos os teus pés ágeis, ó princesa! As vinhos, suave e doce,fazendo até com que falem os
voltas das tuas coxas são como jóias,trabalhadas por lábios dos que dormem. Ela:
mãos de artista.
2O teu umbigo, como uma artística taça,cheia de fino 10Eu sou do meu amado, e ele deseja-me.
licor; teu ventreé um campo de trigo cercado de lírios.
11Vem, meu amor; vamos para os campos; passemos
3Teus dois seios parecem-me com gémeos de gazela. as noites nas aldeias.

4Teu pescoço é como uma torre de marfim; teus 12Levantemo-nos de manhã cedoe saiamos até às
olhos são dois límpidos poços,em Hesbom, junto à porta vinhas,a ver se já florescem as vides,se já se abrem as
de Bate-Rabim. Teu nariz tem a forma airosaduma torre florese se brotam as romeiras; ali te darei o meu grande
do Líbano, olhando para Damasco. amor.

5Como o monte Carmeloé a coroa das montanhas 13As mandrágoras exalam a sua fragância, às nossas
que o rodeiam,assim é a tua cabeça sobre ti; teus portas há toda a espécie de fruta,da mais excelente,
cabelos são púrpura! O rei está preso pelas tuas belas nova e velha. Guardei-a para ti, meu amor.
tranças.

6Como és formosa, como és encantadora,ó delícia de


amor!

7Tens o porte altivo e elegante de uma palmeira. Teus


peitos são como cachos de uvas. Cantares de Salomâo 8 (O Livro)
O Livro (OL)
8Disse eu assim: Hei-de subir à palmeira,e agarrar- Copyright © 2000 by International Bible Society
me aos seus ramos. Que os teus seios são como cachos
de vide e o hálito da tua respiraçãocomo o rescender de
maçãs.
Cantares de Salomâo 8
1Ela: 8Temos uma irmã, pequenina,que ainda não tem
Oh, se ao menos fosses meu irmão,poder-te-ia beijar à seios. Que faremos, se alguém pretender pedi-la em
vontade; fosse quem fosse que estivesse a olhar,não casamento? Ele:
havia de se rir de mim.
2Trazer-te-ia para a casa da minha mãe,aquela que 9Se ela for uma muralha,contruiremos sobre ela um
me ensinou. Dar-te-ia a beber vinho aromáticoe mosto palácio de prata; se ela for uma porta,cercá-la-emos
das minhas romãs. com placas de cedro. Ela:

3Pôr-me-ias a mão esquerda debaixo da cabeça,e 10Eu sou uma muralha. Meus seios são como torres.
com a direita me abraçarias. Por isso eu sou aos seus olhoscomo aquela que lhe traz
paz.
4Conjuro-vos, filhas de Jerusalém, não acordem o
meu amor,até que ele queira. As filhas de Jerusalém: 11Salomão teve uma vinha em Baal-Hamomque
entregou a uns rendeiros dali; cada um dava-lhe mil
5Quem é esta que sobe do deserto,encostada tão peças de prata.
aprazivelmente ao seu amado? Ele: Debaixo da
macieira,onde tua mãe te deu à luz,aí te acordei eu, 12Quanto à minha própria vinha, ó Salomão, trato eu
minha querida. Ela: dela, leva pois as tuas mil peças de prata, e eu darei
duzentas aos guardas que se ocupam dela.
6Põe-me como um selo sobre o teu coração,como
uma aliança, permanentemente; porque o amor é forte 13Ó meu amor, que habitas em jardins,os teus
como a mortee o ciúme cruel como a sepultura. Flameja companheiros atentam para a tua voz; deixa-me ouvi-la
com labaredas de fogo. São labaredas do Senhor. também.

7Nem a água toda poderia apagar este amor; tão- 14Vem depressa, meu querido; faz-te semelhante a
pouco enchentes de rios o poderiam fazer. Alguém que um gamo,a um veado novo,correndo sobre montanhas
quisesse comprar este amorcom a riqueza toda que perfumadas.
possuísse,não conseguiria.

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