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ENGENHARIA DE

ESTRUTURAS/
ESTRUTURA DE
AÇO I
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

As barras de aço tracionadas estudadas aqui são aquelas solicitadas


exclusivamente por força axial de tração.
Estas barras aparecem na maioria das vezes compondo treliças de cobertura e
também com treliças que funcionam como vigas de piso.
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

As treliças das vigas de piso geralmente têm dois banzos paralelos e podem
apresentar diversas geometrias, sendo muito conhecidas as designadas pelos
nomes próprios Pratt, Howe e Warren.
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

As treliças das tesouras de cobertura apresentam geometrias similares às das vigas


de piso. No entanto o banzo superior não pode ser plano, para que haja o
escoamento da água de chuva que incide no telhado. Assim ,são muito usadas
treliças de formas triangular, trapezoidal, parabólica e circular.
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Os perfis mais usados nos banzos, montantes e diagonais das treliças.


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Os nós das treliças normalmente são formados por uma chapa conectada ao banzo,
chamada de chapa de nó ou gusset, que serve para a ligação de diagonais e
montantes.
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas
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Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

Nos contraventamentos verticais e de cobertura, os chamados sistemas treliçados


usados para estabilização de muitas edificações, sempre há também barras
tracionadas. Os modelos mais comuns são o contraventamento em “X” e o
contraventamento em “V”.
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Como as barras tracionadas não são suscetíveis a instabilidade, a propriedade


geométrica mais importante no dimensionamento é a área da seção transversal.
Destaca-se ainda que nas regiões de ligação dessas barras a outros componentes
da estrutura, muitas vezes se tem uma área de trabalho inferior a área total da
seção transversal, devido a presença de furos e também a distribuição não-uniforme
de tensões causada por concentração de tensões junto a parafusos e soldas.
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Ligações Parafusadas
Chapas Parafusas – Área Liquida
Linha de ruptura e largura liquida

Linha de ruptura é o percurso que passa por um conjunto de furos em uma ligação
parafusada, segundo o qual a barras se rompe.

Ruptura ocorre na linha ABCD


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A possibilidade de romper a chapa acima seria pelas seguintes linhas


ABCD – ABFCD – ABGCD – ABFGCD - ABFKGCD
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

Na prática, para determinação da linha de ruptura que prevalece, utiliza um


processo empírico que fornece resultados compatíveis com ensaios.
Estruturas de Aço I – Barras Tracionadas

Na prática, para determinação da linha de ruptura que prevalece, utiliza um


processo empírico que fornece resultados compatíveis com ensaios.
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Largura dos furos – bh

Os furos podem ser feitos com broca ou com punção.


Nas estruturas de aço, na maioria das vezes, são usados furos-padrão, que
possuem diâmetro nominal 1,5 mm maior que o diâmetro do parafuso empregado.
Se os furos são efitos por punção deve-se tomar a a largura igual ao diâmetro do
parafuso mais 3,5 mm.
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Área Liquida - An

A área da seção transversal reduzida pela presença de furos é denominada área


liquida (Na).
Nas chapas a área liquida é obtida pelo produto da largura liquida pela espessura.

An = bn x t
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Outros Perfis – Área Liquida

As cantoneiras podem ser rebatidas segundo a linha do esqueleto e tratadas como


chapas para obtenção da largura liquida e da área liquida.
Caso a furacão seja uniforme não tem necessidade de rebater as cantoneiras para
obtenção da área liquida.
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Perfis I, H e U

Pode adotar procedimento simplificado que consiste em determinar a área liquida de


cada elemento componente independentemente, somando-se em seguida as áreas.

Em um perfil quando uma linha de ruptura tem todos os seus segmentos na seção
transversal, a área liquida pode ser obtida subtraindo-se da área bruta a área dos
furos.
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Ligações Soldadas

As barras tracionadas ligadas apenas por meio de solda, não tem redução de área
em função de furos, por isso possuem área liquida igual a área bruta.
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Área Liquida Efetiva – Ae

Uma barra tracionada, conectada por parafusos ou solda, por apenas alguns dos
elementos componentes da seção transversal, fica submetida a uma distribuição de
tensão não-uniforme na região da ligação.

Para efeitos práticos, a área liquida efetiva é dada por: Ae = Ct x An


Ct é um coeficiente de redução da área liquida que veremos a segur.
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Coeficiente de Redução – Ct

Nas barras com seção transversal aberta, quando as força de tração é transmitida
somente por parafusos ou somente por soldas longitudinais para alguns elementos
da seção transversal, o coeficiente Ct é dado pela seguinte equação:

ec = excentricidade da ligação, igual á distancia do centro geométrico da seção até


ao plano de cisalhamento da ligação.
lc = comprimento efetivo da ligação
Este comprimento, nas ligações soldadas, é igual ao comprimento da solda na
direção da força axial. Nas ligações parafusadas é igual a distancia do primeiro ao
ultimo parafuso da linha de furação na direção da força axial.
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Coeficiente de Redução – Ct

Não é permitido o uso de ligações que resultem em um valor do coeficiente Ct


menor que 0,60. Por outro lado se o valor obtido ultrapassar 0,90 por razões de
segurança deve ser usado nos cálculos esse valor.
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Coeficiente de Redução – Ct
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Coeficiente de Redução – Ct
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Coeficiente de Redução – Ct

Se a ligação é feita por meio de todos os elementos do perfil, pode-se adotar Ct


igual a 1,0.
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Coeficiente de Redução – Ct

Nas chapas planas ligadas exclusivamente pelas bordas longitudinais por meio de
solda, o comprimento dos cordões de solda (lw) não pode ser inferior á largura da
chapa (b) e devem ser usados os seguinte valores de Ct.
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Coeficiente de Redução – Ct
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Coeficiente de Redução – Ct

Se a chapa for ligada por parafusos bem distribuídos ao longo da largura b ou por
solda transversal, Ct pode ser tomado igual a 1,0.
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Dimensionamento aos Estados Limites Últimos

No dimensionamento aos estados limites últimos de uma barra submetida a força


axial de tração, deve atender a relação

Ntsd ≤ Ntrd

Ntsd é a força axial de tração solicitante de cálculo


Ntrd é a força axial de tração resistente de calculo
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Dimensionamento aos Estados Limites Últimos

Escoamento da Seção Bruta

γa1 = 1,10 (Ceficiente de ponderação da resistência)


Ruptura da Seção Liquida

γa2 = 1,35 (Ceficiente de ponderação da resistência)


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Índice de Esbeltez

O índice de esbeltez das barras tracionadas, tomado como a maior relação entre
o comprimento destravado Ld e o raio de giração correspondente não deve ser
superior a 300.
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Considerações para comprimento destravado Ld
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Barras Compostas
É usual se projetar barras compostas, constituídas por duas cantoneiras ou dois
perfis U, emq eu a ligação entre os perfis é feita por meio de chapas espaçadoras,
soldadas ou parafusadas a esses perfis.
Para assegurar um comportamento conjunto adequado dos perfis da barra
composta, a distancia máxima entre duas chapas espaçadoras adjacentes de ser a
seguinte:

Onde rmin é o raio de giração mínimo de apenas um perfil isolado da barra


composta
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Barras Compostas

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