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Relatório 

de NESH
Atualizado até o D.O.U 06/07/2022 Emitido em 06/07/2022

90.22   - Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem radiações alfa, beta ou gama, mesmo para usos 
médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de 
radioterapia, os tubos de raios X e outros dispositivos geradores de raios X, os geradores de 
tensão, as mesas de comando, as telas de visualização, as mesas, poltronas e suportes 
semelhantes para exame ou tratamento (+).

9022.1 - Aparelhos de raios X, mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários,
incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia:

9022.12 -- Aparelhos de tomografia computadorizada

9022.13 -- Outros, para odontologia

9022.14 -- Outros, para usos médicos, cirúrgicos ou veterinários

9022.19 -- Para outros usos

9022.2 - Aparelhos que utilizem radiações alfa, beta ou gama, mesmo para usos médicos, cirúrgicos,
odontológicos ou veterinários, incluindo os aparelhos de radiofotografia ou de radioterapia:

9022.21 -- Para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários

9022.29 -- Para outros usos

9022.30 - Tubos de raios X

9022.90 - Outros, incluindo as partes e acessórios

I.- APARELHOS DE RAIOS X
O elemento fundamental destes aparelhos é o bloco radiógeno, onde se encontram os tubos geradores de raios
X. Este bloco, geralmente suspenso ou montado sobre uma coluna ou outro suporte com mecanismo de
orientação e de elevação, é equipado com um dispositivo especial de alimentação que consiste num conjunto de
transformadores, retificadores, etc., os quais, captando a energia de uma fonte qualquer, geralmente da rede
geral, levam a corrente à voltagem apropriada. As características estruturais dos aparelhos de raios X variam
conforme a sua aplicação específica, em função da qual podem distinguir-se:
A)       Os aparelhos de Roentgendiagnóstico. Baseados na propriedade que têm os raios Roentgen de
atravessar os corpos opacos à luz comum, submetendo-os a uma absorção tanto maior quanto mais
densa forem as substâncias atravessadas, estes aparelhos consistem especialmente em:
1)  Aparelhos de radioscopia, em que os raios X são utilizados para projetar sobre uma tela apropriada,
em sombras mais ou menos pronunciadas, a imagem interna da zona do organismo atravessada pelos
raios.
2) Aparelhos de radiografia , em que os raios, à saída da zona interposta, encontram e impressionam
uma chapa ou um filme fotográfico. Um mesmo aparelho pode ser usado para radioscopia e radiografia.
3) Aparelhos de radiofotografia, nos quais, diferentemente dos precedentes, o que é fotografado é a
imagem produzida na tela radioscópica por meio de aparelho fotográfico convencional. Por “aparelhos
de radiofotografia”, na acepção da presente posição, devem entender-se os conjuntos (equipamentos)
constituídos por um aparelho de raios X destinado a ser associado a um aparelho fotográfico de tipo
muito especial, ambos apresentados ao mesmo tempo, ainda que estejam separados por conveniência
de transporte. Todavia, os aparelhos fotográficos desta espécie que se apresentem isoladamente

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seguem o seu próprio regime (posição 90.06).


B)      Os aparelhos de Roentgenterapia. Nestes, utilizam-se simultaneamente o poder de penetração dos
raios X e o efeito destrutivo que exercem sobre alguns tecidos vivos, para combater numerosas afecções
patológicas, tais como algumas doenças da pele ou certos tumores. Conforme a profundidade que os raios
atingem, obtém-se a radioterapia superficial, denominada também “radioterapia de contacto”, ou, ao
contrário, a radioterapia penetrante.
C) Os aparelhos de raios X para usos industriais. A indústria utiliza os raios X para numerosas aplicações.
O exame radiológico é utilizado, por exemplo, em metalurgia (radiometalurgia) para localizar bolhas em
peças ou para garantir a homogeneidade das ligas, nas indústrias mecânicas para verificar a exatidão das
montagens, nas indústrias elétricas para controlar a integridade dos cabos mais grossos ou das lâmpadas
de vidro opalino, na indústria da borracha para acompanhar o comportamento das carcaças internas de
pneumáticos (estiramento das lonas, por exemplo), para outras operações de medida ou de verificação,
etc. Podem empregar-se, nestas diferentes aplicações, aparelhos que são análogos aos de
radiodiagnóstico acima indicados, exceto por poderem estar equipados com adaptadores e dispositivos
auxiliares, para fins específicos.
Classificam-se também na presente posição:
1)  Os aparelhos especiais (difratômetros e espectômetros, de raios X) que se utilizam para análise da
estrutura cristalina ou composição química de substâncias. Os raios X são difratados pelos cristais e
impressionam, em seguida, um filme fotográfico ou contador eletrônico.
2) Os aparelhos para exame radioscópico de cédulas (notas), da correspondência ou de outros
documentos.

II.- APARELHOS QUE UTILIZEM RADIAÇÕES ALFA, BETA OU GAMA
As radiações alfa, beta ou gama provêm uma de substância radioativa com a propriedade de emitir radiações por
transformação espontânea dos seus átomos. Esta substância radioativa é colocada em um recipiente,
geralmente de aço, guarnecido de chumbo (bomba) que comporta uma abertura disposta de forma a deixar
passar as radiações apenas em uma determinada direção. As radiações gama são susceptíveis de usos muito
semelhantes aos dos raios X.
Conforme as radiações que utilizem e o uso a que se destinem, podem citar-se, especialmente:
1)    Os aparelhos de terapia, em que a fonte radioativa consiste em uma carga, quer de rádio (curieterapia),
quer de radiocobalto ou de um outro isótopo (gamaterapia).
2) Os aparelhos para exame, utilizados principalmente na indústria, em especial para controle não destrutivo
de peças metálicas, tais como, especialmente, os aparelhos de gamagrafia.
3)    Os aparelhos que comportam um instrumento de medida, tais como os aferidores beta e gama para medir a
espessura de materiais em folhas ou de revestimentos, os aparelhos para controle dos mais diversos
produtos contidos em embalagens (produtos farmacêuticos ou alimentícios, cartuchos de caça, perfumes,
por exemplo) ou os anemômetros denominados radioativos. Nestes aparelhos, as informações desejadas
são obtidas, geralmente, pela medida da modificação do valor das radiações, aplicadas ao elemento a
examinar.
4) Os alarmes de incêndio que comportam um detector de fumaça provido de uma substância radioativa.
Esta posição não compreende os instrumentos e aparelhos, mesmo graduados de acordo com uma escala
convencional, que não sejam concebidos para comportar uma fonte radioativa e sirvam apenas para medir
ou detectar as radiações (posição 90.30).
III.- TUBOS DE RAIOS X E OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X, 
GERADORES DE TENSÃO, MESAS DE COMANDO, TELAS 

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DE VISUALIZAÇÃO, MESAS, POLTRONAS E SUPORTES 
SEMELHANTES PARA EXAME OU TRATAMENTO
Este grupo compreende:
A)       Os tubos de raios X. São dispositivos em que a energia elétrica é transformada em raios Roentgen.
As suas características variam conforme o uso a que se destinam. Esquematicamente, consistem em um
cátodo que emite elétrons, e um anticátodo contra o qual vem chocar-se o feixe de elétrons, produzindo
assim os raios X; alguns tubos especiais comportam também eletrodos intermediários que aceleram os
elétrons. O conjunto é montado em uma ampola ou tubo, geralmente de vidro, provido de contatos para a
conexão com a fonte de energia elétrica. O tubo encontra-se alojado frequentemente em um invólucro
metálico que pode ter paredes duplas, geralmente preenchidas com óleo. Alguns tubos encontram-se
cheios de gás. A maioria funciona a vácuo, encontrando-se, por esta razão, hermeticamente fechados ou
ligados a bombas.
Excluem-se da presente posição as ampolas de vidro para tubos de raios X (posição 70.11).
B) Os outros dispositivos geradores de raios X. Trata-se de dispositivos especiais, tais como os que
comportam um betatron para acelerar fortemente o feixe de elétrons, o que permite produzir raios X muito
mais penetrantes. Mas os betatrons e outros aceleradores de elétrons, não especialmente adequados para
produzir raios X, classificam-se na posição 85.43.
C) As telas radiológicas. As telas de radioscopia são superfícies fluorescentes que recebem projeções; a
camada ativa é geralmente de platinocianeto de bário, de sulfeto de cádmio ou de tungstato de cádmio. Na
maioria das vezes, elas são recobertas de vidro ao chumbo. Existem ainda telas denominadas
“intensificadoras”, que acentuam a densidade luminosa das imagens e melhoram assim a qualidade das
provas radiográficas.
D) Os geradores de tensão, que comportam, por exemplo, além do transformador, válvulas alojadas num
recipiente de matéria isolante, bem como os contatos amovíveis para alta tensão, para conexão com os
tubos de raios X. Todavia, só se classificam na presente posição os aparelhos que apresentem
características radiológicas; caso contrário, seguem o seu próprio regime.
E)      As mesas de comando, que comportam geralmente um dispositivo para controlar o tempo de exposição,
órgãos de regulação da voltagem ou da intensidade e, às vezes, um dosímetro. Todavia, só se classificam
aqui os aparelhos que apresentam características radiológicas; caso contrário, seguem o seu próprio
regime.
F) As mesas, poltronas e suportes semelhantes para exame ou tratamento radiológico. Quer se trate
de equipamentos complementares concebidos para serem incorporados ao aparelho de radiologia (de
raios X ou outras radiações), quer de móveis que se destinem a ser utilizados separadamente,
simplesmente justapostos ao aparelho, estes móveis e equipamentos especiais são classificados na
presente posição ainda que apresentados isoladamente - desde que, todavia, sejam exclusiva ou
principalmente concebidos para fins radiológicos. Caso contrário, seguem o seu próprio regime (posição 
94.02, geralmente).

*
**

A presente posição compreende também os para-raios que se baseiam no princípio da radioatividade.


PARTES E ACESSÓRIOS
Ressalvadas as disposições das Notas 1 e 2 do presente Capítulo (ver também as Considerações Gerais,
acima), as partes e acessórios reconhecíveis como sendo exclusiva ou principalmente concebidos para os
aparelhos desta posição, também são classificados aqui. Entre estas partes e acessórios, podem citar-se:

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1) Os aplicadores , geralmente à base de chumbo, que se adaptam à saída do bloco radiógeno ou da


“bomba” de carga radioativa; estes dispositivos são denominados, por vezes, “localizadores”.
2) Os centradores luminosos ou visuais , que são utilizados especialmente em radioterapia, para controle
exato do campo irradiado, por visão direta sobre a epiderme. Este dispositivo, como os precedentes, é
fixado geralmente ao orifício de saída do bloco radiógeno ou da “bomba”.
3) As cúpulas ou bainhas de proteção , que são invólucros, de vidro ao chumbo ou de qualquer outra
substância à base de sais opacos, nas quais se colocam os tubos radiógenos para proteger o operador
das radiações nocivas.
4) As telas ou blindagens protetoras , guarnecidas de chumbo, que o operador interpõe entre a fonte de
radiação e ele próprio.
Esta posição não compreende os dispositivos de proteção concebidos para serem utilizados pelo próprio
operador, tais como os aventais e luvas, de borracha com chumbo (posição 40.15) e os óculos de vidro ao
chumbo ( posição 90.04).

*
**

Excluem-se também da presente posição:


a) As agulhas de rádio e os tubos, agulhas, cápsulas, etc., que contenham outros elementos radioativos
(Capítulo 28).
b) As chapas fotográficas, películas e filmes ( Capítulo 37).
c) Os tubos retificadores de correntes, denominados “válvulas”, tipos Kenotrons ou outros, que se utilizam em
dispositivos de alimentação de alguns blocos radiógenos (posição 85.40).
d)    Os projetores de imagens fixas, o material para revelação de clichês radiográficos ou radiofotográficos,
incluindo os aparelhos para exame dos mencionados clichês (posições 90.08 ou 90.10).
e) Os aparelhos de actinoterapia para aplicação de raios ultravioletas ou de raios infravermelhos (posição 
90.18).
f) Os instrumentos para medida ou detecção de raios X, ou de radiações alfa, beta, gama, etc. (dosímetros,
contadores, etc.); estes instrumentos classificam-se na posição 90.30, exceto no caso de se encontrarem
incorporados em aparelhos de radiologia.

o
oo

Nota Explicativa de Subposição. 
Subposição 9022.12
Classificam-se especialmente nesta subposição os aparelhos de tomografia computadorizada para a diagnose
integral do corpo humano. São sistemas de rádio-diagnóstico para exame integral do corpo humano por
visualização radiológica e eletrônica dos cortes transversais do corpo. As zonas do corpo humano são “varridas”
plano por plano por um feixe de raios X e a modificação variável dos raios X que se manifesta no corpo é medida
por uma centena de detectores dispostos anularmente em torno da abertura de um aparelho em forma de túnel,
no qual o paciente é colocado, sobre uma mesa.
O resultado das medidas dos detectores é convertido pela máquina automática para processamento de dados
em uma imagem que é reproduzida sobre o monitor do sistema. Em regra geral, as imagens tomográficas são
fotografadas por uma câmera especial que faz parte do sistema e, conforme o caso, memorizadas

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eletromagneticamente.

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