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Nome: Ana Luiza Dias Duarte

Período/Turno: 6º Período N

Relatório individual - Estágio Básico III


Tema: Auto estima e Auto confiança de dependentes químicos em tratamento

A medida que vamos avançando nos períodos do curso de Psicologia, surgem


novos desafios e propostas. O Estágio básico III, supervisionado pela professora
Mariana, nos trouxe uma proposta que até então não tínhamos conhecimento na
prática. Acredito que ocorreu no momento exato, pois no semestre passado estudamos
Técnicas de Grupos, por mais que na teoria tenha sido incrível, eu já esperava o
melhor da prática, ainda assim, fui muito surpreendida.

Inicialmente com a proposta da terapia em grupo, precisamos escolher o local


e o tema, desde o início queria um desafio e quando o mesmo surgiu com a ideia da
Maria Eduarda de fazermos a intervenção em uma comunidade terapêutica de
reabilitação, prontamente me interessei. Nunca tive contato próximo com este perfil,
precisaria de muito estudo, pesquisas de casos, leitura de livros e artigos que nos
dessem um embasamento teórico. A medida que fui estudando e me aprofundando,
meu interesse pelo assunto e pela área aumentava.

Diante do exposto acerca do tema, introduzo os encontros desde o primeiro,


quando fomos conhecer a instituição. Confesso que fui com alguns preconceitos, por
não entender e não conhecer, então esperei por uma clínica, com médicos e
enfermeiros, pessoas de branco, um cenário pré estabelecido, ao chegarmos a
ABENERVI, me deparei com um lugar calmo, muita vegetação, homens trabalhando
em diversas funções, um ambiente que lembra uma fazenda, muita paz. Os
preconceitos caíram por terra e no lugar surgiu apenas uma esperança de que eu
poderia ajudar aquelas pessoas, por mais que ainda tivesse pouco conhecimento, me
dispus ao meu melhor, estudar o máximo que eu podia, para de alguma forma ser um
diferencial para eles. A conversa que tivemos com o diretor e a psicóloga foi de
grande ajuda e entendimento de caso. Após este dia de conhecimento de campo,
partimos para os encontros, já no primeiro senti uma troca muito grande com os
acolhidos, além disso, desde o primeiro dia fui modificada, a cada encontro era um
aprendizado e tiveram mudanças na forma de enxergar muitas coisas na minha vida.
Acredito que aprendi mais com eles do que eles comigo.

A dependência química e a auto estima dos dependentes não foi um tema


tranquilo de ser abordado, falando do meu papel como coordenadora, acredito que em
meio a todas as dificuldades, dei meu máximo, escutei aquelas pessoas, interferi no
que pude e no momento em que saia de lá, buscava casos parecidos e assuntos que
eram trazidos e eu tinha pouco conhecimento. Tenho plena noção de que o trabalho
não teria andamento e finalização sem meus esforços, que praticamente foram
individuais, pensando num contexto de grupo, mas de qualquer forma não me
arrependo de ter feito tudo o que pude.

Dando prosseguimento neste sentimento de ter me esforçado mais, destaco que


tive problemas com as integrantes do grupo desde o início até a finalização do
trabalho, que fiz praticamente sozinha. Tenho que a vida é feita de escolhas, eu
escolhi a psicologia e elas também, então o mínimo que eu esperava era parceria e
comprometimento, o que não ocorreu, mas tudo na vida é aprendizado e num futuro
apenas não trabalharia com elas novamente.

Quanto a supervisão da professora Mariana, pra mim, foi de grande valia.


Senti uma aproximação e uma troca muito boa o que influencia que o trabalho ocorra
bem. Diante das dificuldades que enfrentei, a forma com que a supervisora se
dispunha a ajudar e aconselhar a todo momento, foi um grande diferencial, também
acredito que a bagagem que a Mariana carrega e a maneira que conduz as aulas é
maravilhosa.

Por fim, finalizo concluindo que este estágio foi um divisor de águas para
mim, como acadêmica e pessoa, daqui pra frente minha visão de vida é outra, também
posso dizer que foi uma experiência insubstituível e quero ter a oportunidade de
outros trabalhos na mesma área.

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