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DE PESSOA PARA PESSOA

Vida e pensamento de CARL RANSOM ROGERS

“Certa vez a revista Time publicou um artigo a meu respeito e sobre a Terapia Centrada no Cliente; e,
como todos os artigos de Time, li e concluí que eles tinham captado alguma coisa da idéia, e boa parte do
trabalho era bom; o resto era tipicamente Time. Estava eu dizendo isso a alguns amigos e um deles
comentou: “Bem, eles aplicaram-lhe um excelente termo... veja o título que deram ao artigo: “Terapia de
Pessoa para Pessoa”. Gostei quando vi que isso era verdade! Talvez seja essa, realmente, a melhor
denominação para a minha abordagem, pois essa expressão certamente capta muito mais. O termo
“Terapia Centrada no Cliente” tem sido mal interpretado com freqüência, mas, em princípio, representa o
pensamento de que essa terapia focaliza a percepção pelo cliente de sua própria vida e seus problemas.
Não creio que tenha dado qualquer rótulo novo ao desenvolvimento posterior, mas “Terapia de Pessoa
para Pessoa” seria, indubitavelmente, uma designação muito boa”. (Rogers, 1969)1
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Carl Rogers nasceu em Oak Park, Illinois, em 8 de janeiro de 1902, e sua infância foi marcada pela
convivência em uma família de valores bastante conservadores. A esmerada preocupação de seus pais com
o bem-estar dos filhos fazia-os controlar seus comportamentos de maneira ao mesmo tempo sutil e
afetuosa. Eram várias as proibições, desde bebidas, danças, jogos e espetáculos a qualquer pensamento
sobre namoro.
Rogers dizia que “mesmo as bebidas não alcoólicas tinham um aroma de pecado e lembro-me do meu
sentimento de culpa quando bebi meu primeiro refrigerante. Passávamos um tempo agradável em família,
mas não convivíamos. Tornei-me assim uma criança solitária que lia incessantemente e não tive, ao longo
de todos os meus anos de colégio, senão dois encontros com moças”.2
Tanta influência religiosa acabaram por levar Rogers a decidir-se, aos 22 anos, pelo ingresso em um
Seminário Teológico. Dois anos após, deixou o seminário, pois aspirava a uma profissão onde pudesse
estar seguro de que a sua liberdade de pensamento não sofreria restrições.
Ingressando na Universidade da Colúmbia, estudou Filosofia da Educação e Psicologia da Infância,
decidindo tornar-se Psicólogo Clínico. No seu primeiro emprego como Psicólogo, Rogers ganhava o
equivalente a R$ 700,00 por mês, para atuar com outros dois Psicólogos no Departamento de Estudos da
Criança na Associação para a Proteção à Infância em Rochester, Nova Iorque. “O ordenado era
1
ROGERS, MASLOW, MURPHY. Psicologia Humanista. Rio de Janeiro: Zahar, 1975 – Pág.126-127
2
ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa. 6ªed.São Paulo: Martins Fontes, 1918 – Pág. 17

1
insuficiente, mesmo para aquela época, mas tudo isso, se bem me recordo, não me afetava grandemente.
Julgo que sempre pensei que, se me fosse dada uma oportunidade de fazer uma coisa em que estivesse
interessado, tudo o mais se resolveria por si mesmo”.3
Rogers, que foi introduzido na Psicologia Clínica por Leta Hollingworth, foi bastante influenciado pelas
idéias de John Dewey. Obteve o grau de mestre em 1928 e seu doutorado em 1931, ambos na Universidade
de Columbia.
Foi interessante como Rogers começou a formular suas próprias idéias e teorias. Durante os seus anos de
formação, se sentiu atraído pelas obras de William Healy, segundo o qual a delinqüência se baseava muitas
vezes num conflito sexual e que, uma vez descoberto esse conflito, a delinqüência cessava. Nos dois
primeiros anos que Carl passou em Rochester trabalhou a fundo com um jovem piromaníaco 4 que
manifestava uma tendência incrível para provocar incêndios. Ao entrevistá-lo, dia após dia, na Casa de
Detenção, Rogers foi revelando, gradualmente, sua tendência para um impulso sexual ligado à
masturbação. Eureka! O caso estava resolvido. No entanto, quando colocado em liberdade condicional, o
jovem recaía na mesma dificuldade piromaníaca. Foi aí que Rogers pensou que talvez Healy estivesse
equivocado em sua teoria. Talvez ele, Rogers, tivesse se apercebido de algo que Healy não sabia. Seja
como for, o caso o fez ver com clareza a possibilidade de erro por parte da autoridade dos mestres e que
havia novos conhecimentos a adquirir.
Uma outra descoberta de Rogers foi em relação ao processo da entrevista psicológica. Ele tinha achado um
relato publicado de uma entrevista, praticamente palavra a palavra, com uma mãe em que o entrevistador
era perspicaz, penetrante e hábil, capaz de conduzir rapidamente a entrevista para o centro da dificuldade.
Rogers, encantado, decidiu utilizá-la como exemplo de boa técnica de entrevista. Tempos depois, se vendo
em situação semelhante, recorreu a esse material, mas ficou decepcionado ao perceber que na prática
parecia-lhe um nítido tipo de interrogatório judicial em que o psicólogo conseguia convencer a mãe das
suas motivações inconscientes e levá-la a admitir a sua culpabilidade. Percebeu que este gênero de
entrevista não podia ajudar nem a mãe nem a criança de uma forma duradoura.
O terceiro incidente ocorreu quando Rogers atendia a uma mãe bem inteligente que tinha um filho que era
extremamente travesso. Ele percebeu que ela rejeitava o menino desde cedo, mas, apesar das muitas
sessões não conseguia fazê-la ver isso. Rogers acabou desistindo e disse-lhe que havia feito o melhor que
podia, mas que havia fracassado e que a relação terapêutica deveria terminar ali. Acabada a entrevista,
apertaram as mãos, e ela já se dirigia para a porta quando se voltou para Rogers e perguntou: “Também faz
3
Idem pág. 21
4
Incendiário

2
psicoterapia de adultos aqui? Pois eu gostaria que me ajudasse”. Voltou, então, para a poltrona de onde
havia se levantado e começou a “derramar” o seu desespero sobre o seu casamento, sobre as suas relações
perturbadas com o marido, o seu sentimento de fracasso e de confusão, tudo isso muito diferente da estéril
“história de caso” que antes tinha fornecido a Carl Rogers. Iniciou-se então uma real terapia que acabou
por ser bem sucedida.
A conclusão de Rogers: É o próprio cliente que sabe aquilo de que sofre, e em que direção se deve ir. É o
paciente que sabe quais os problemas que são cruciais, que experiências foram profundamente recalcadas.
Carl Rogers começou então a compreender que, para fazer algo mais do que demonstrar a sua própria
clarividência e sabedoria, o melhor era deixar ao cliente a direção do movimento no processo terapêutico.
Rogers também falava do seu crescimento. Certa vez declarou: “Nas minhas relações com as pessoas
descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que não sou. Não serve de
nada agir calmamente e com delicadeza num momento em que estou irritado e disposto a criticar. Não
serve de nada agir como se sentisse afeição por uma pessoa quando nesse determinado momento sinto
hostilidade para com ela. Não serve de nada agir como se estivesse cheio de segurança quando me sinto
receoso e hesitante. Nunca achei que fosse útil ou eficaz nas minhas relações tentar manter uma atitude de
fachada, agindo de uma certa maneira na superfície quando estou passando pela experiência de algo
completamente diferente”. Rogers acreditava que atitude de fachada não serve de nada nos esforços que se
fazem para estabelecer relações construtivas com as outras pessoas.
E prossegue: “Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando
posso ser eu mesmo: tenho a impressão de que com os anos, aprendi a tornar-me mais capaz de ouvir a
mim mesmo, de modo que sei melhor do que antes o que estou sentindo num dado momento – que sou
capaz de compreender que estou irritado, ou que sinto em relação a alguém uma impressão de rejeição,
ou, pelo contrário, de afeição”.
A abordagem centrada na pessoa, tal como Carl Rogers a concebeu, leva em conta que a tendência das
relações reais, inclusive a terapêutica, é mais para se modificarem do que para se manterem estáticas.
Rogers dizia: ”Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir compreender uma outra pessoa. (...)
Será necessário permitir a si mesmo compreender outra pessoa? Penso que sim. A nossa primeira reação
à maior parte das afirmações que ouvimos das outras pessoas é uma apreciação imediata, é mais um juízo
do que uma tentativa de compreensão. Quando alguém exprime um sentimento, uma atitude ou uma
opinião, a nossa tendência é julgar imediatamente, na maioria das vezes: “Está certo”, ou: “Que
besteira”. “Não é normal”, ou: “Não tem sentido”. Raramente permitimos a nós mesmos compreender

3
precisamente o que significa para essa pessoa o que ela está dizendo, ou fazendo. (...) Se me permito
compreender, na realidade, uma outra pessoa, é possível que essa compreensão acarrete uma alteração. E
todos nós temos medo de mudar. Por isso, como afirmei, não é fácil permitir a si mesmo compreender
outra pessoa, penetrar inteiramente, completamente e empaticamente no seu quadro de referência. É
mesmo uma coisa muito rara”5.
A base do processo psicoterápico, segundo Rogers6, é que a consulta psicológica eficaz consiste numa
relação permissiva, estruturada de uma forma definida, que permite ao paciente alcançar uma compreensão
de si mesmo num grau que o capacita a progredir à luz da sua nova orientação. Todas as técnicas usadas na
terapia centrada no cliente devem ter como objetivo desenvolver essa relação permissiva e livre, essa
compreensão de si na sessão e nas outras relações, e essa tendência para uma ação positiva e de livre
iniciativa.
Rogers avaliou antigos métodos quando formulou suas técnicas psicoterápicas. Alguns ele viu que
tornaram-se desacreditados porque ineficazes. Ordens e ameaças, por exemplo, não são técnicas que
alterem profundamente o comportamento humano; no máximo o modificam superficialmente quando se
apoiam em forças repressivas que têm pouco lugar numa sociedade democrática. Do mesmo modo, a
“exortação” tornou-se anacrônica, pois consistia em levar o indivíduo a “prometer” que iria deixar o
comportamento indesejável, seja deixar de beber, de roubar ou decidir trabalhar mais seriamente. É bem
sabido que a conseqüência mais comum desta técnica é a reincidência. Fracassou, da mesma forma, o
recurso à “sugestão”, no sentido do encorajamento e do apaziguamento em que diz-se ao paciente, de
muitas maneiras, “Você está bem”, “Assim é melhor”, “Você está melhorando”, tudo na esperança de que
reforce a sua motivação nesse sentido. Não é raro um psicólogo ou um médico recorrerem a tais expressões
de aprovação e de encorajamento, a tal ponto que o indivíduo não se sente livre para apresentar na situação
clínica os seus impulsos menos aceitáveis.
A “catarse”, técnica da confissão e do desabafo é um outro método psicoterapêutico de antiga linhagem. A
psicanálise tomou esse conceito de catarse da Igreja católica e fez dele um uso muito mais profundo.
Aprendemos que a catarse não apenas liberta o indivíduo do medo e dos sentimentos de culpa conscientes,
mas que, prolongada, pode trazer à tona atitudes profundamente escondidas que também exercem a sua
influência no comportamento. Toda a técnica da ludoterapia se baseia nos princípios fundamentais da
catarse; a pintura com os dedos, o psicodrama, revelam uma relação com essa categoria antiga e bem
confirmada da psicoterapia.
5
TORNAR-SE PÉSSOA Pág.28-30
6
Conforme: ROGERS, Carl. Psicoterapia e consulta psicológica. São Paulo: Martins Fontes, 1986

4
Um tipo de psicoterapia habitualmente utilizado é o conselho e a persuasão. Possivelmente poderia ser
chamada de intervenção. De fato, num método deste gênero, o psicólogo escolhe o objetivo a atingir e
intervém na vida do indivíduo para assegurar que ele caminhe nessa direção. Encontramos exemplos
extremos deste método em certos “especialistas” de rádio que, depois de ouvirem um problema humano
complexo durante três ou quatro minutos, aconselham a pessoa sobre o que deve fazer exatamente. Embora
qualquer psicólogo experiente conheça bem o vício desse método, é no entanto surpreendente a freqüência
com que essa técnica é utilizada na prática.
São comuns, e ineficazes, as “explicações” ou “interpretações intelectualizadas” que designa-se como a
tentativa de modificar as atitudes do indivíduo através da explicação e da interpretação intelectual. À
medida em que os psicólogos clínicos foram aprendendo a conhecer mais adequadamente os fatores
subjacentes à conduta e as causas da estrutura de determinados comportamentos, procuraram estabelecer o
diagnóstico das situações individuais da forma mais perfeita possível. Assim se originou o erro natural de
pretender que o tratamento era apenas o diagnóstico em sentido inverso, que para ajudar o indivíduo só era
preciso explicar-lhe as causas da sua conduta.
Em oposição a estes métodos psicoterapêuticos há uma perspectiva mais atual que têm suas raízes em
fontes diversas como as teorias de Otto Rank, modificadas por Taft, Allen, Robinson e outros
pesquisadores, como a atual análise freudiana que ganhou suficiente confiança para criticar os métodos
terapêuticos de Freud e aperfeiçoá-los, e assim surge um novo direcionamento no execício da psicoterapia
que diverge dos antigos por ter uma finalidade realmente diferente. Ele visa diretamente a uma maior
independência e integração do indivíduo em vez de se esperar que esses resultados se consigam mais
depressa pela ajuda do psicólogo na solução do problema. É o indivíduo, e não o problema, que é posto em
foco. O objetivo não é resolver um problema particular, mas o de ajudar o indivíduo a DESENVOLVER-
SE para poder enfrentar o problema presente e os futuros de uma maneira mais perfeitamente integrada. Se
puder alcançar suficiente integração para lidar com um problema de uma forma mais independente, mais
responsável, menos confusa e melhor organizada, será capaz de lidar também da mesma maneira com os
novos problemas que surgirem.
A psicoterapia não é uma forma de fazer algo PARA O indivíduo ou de induzi-lo a fazer algo sobre si
mesmo. É antes um processo de libertá-lo para um amadurecimento, possibilitando que sejam removidos
obstáculos que o impedem de avançar.
A psicoterapia deve acentuar mais fortemente os elementos emotivos, os aspectos afetivos da situação, do
que os aspectos intelectuais. Põe afinal em prática a idéia bem conhecida de que a maior parte das

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desadaptações não são falhas no SABER, mas no SENTIR. Que o conhecimento é ineficaz porque está
bloqueado pelas satisfações afetivas que o indivíduo encontra na sua atual desadaptação.
Por fim, a história passada do indivíduo é muito importante para fins de pesquisa e para a compreensão da
gênese do seu comportamento, mas devemos acentuar muito mais a situação imediata do que o passado do
indivíduo. As estruturas emocionais significativas do indivíduo, as estruturas que cumprem uma finalidade
na economia psicológica que a pessoa precisa considerar com seriedade, revelam-se tanto na adaptação
atual e mesmo na hora da sessão como na sua história passada.
A própria relação terapêutica é uma experiência de crescimento. O próprio contato terapêutico é uma
experiência de desenvolvimento. Nele o indivíduo aprende a compreender-se a si mesmo, a optar de uma
forma independente e significativa, a estabelecer com êxito relações pessoais de uma forma adulta. Assim,
essa abordagem terapêutica não é uma preparação para a mudança, ela é a própria mudança.

TEORIA DO SELF DE ROGERS


Segundo Hall e Lindzey7, a teoria de Rogers sobre a personalidade representa uma síntese da
fenomenologia, da teoria holística, da teoria interpessoal e da organísmica. Os principais componentes
conceituais da sua teoria são listados abaixo, sendo os sete primeiros basicamente de caráter
fenomenológico e se referem ao comportamento do organismo. O oitavo introduz o conceito de self, e os
demais trabalham esse conceito para elaborar uma psicologia mais ou menos completa do self. Para ter
acesso ao texto completo destes copmponentes, consulte o livro de Hall e Lindzey.
1. Todo indivíduo vive em um mundo de experiências em contínua mudança do qual ele é o centro.
2. O organismo reage ao campo conforme o percebe e o experimenta.
3. O organismo reage ao campo fenomenológico como um todo organizado.
4. O organismo possui uma só tendência e um esforço básico – realizar-se, manter-se e desenvolver-se.
5. O comportamento é, basicamente, a tentativa do organismo para satisfazer suas necessidades como
foram experimentadas, dentro do campo como foi percebido.
6. A emoção acompanha e, em geral, facilita o encaminhamento do comportamento a alvos desejados,
estando o tipo de emoção relacionado a aspectos exploratórios do comportamento versus aspectos
consumatórios, e a intensidade da emoção relacionada ao significado percebido do comportamento para
o sustento e desenvolvimento do organismo.

7
TEORIAS DA PERSONALIDADE

6
7. A melhor maneira de compreender o comportamento está no padrão interno de referências, feitas pelo
próprio indivíduo.
8. Uma porção do campo total perceptivo se diferencia gradativamente para formar o self.
9. Como resultado da interação com o meio e, particularmente, como resultado das intenções avaliadoras
com outros, forma-se a estrutura do self, entendido como um padrão conceitual, organizado, fluido,
mas consistente de percepções de características e relações do “eu” ou do “me”, juntamente com
valores vinculados a esses conceitos.
10. Os valores anexos às experiências e os valores que formam parte da estrutura são, em alguns casos,
valores experimentados diretamente pelo organismo e, em outros, introjetados ou tomados de outros,
mas percebidos como se houvessem sido experimentados diretamente.
11. À proporção que ocorrem as experiências na vida de uma pessoa, elas são: a) simbolizadas, percebidas
e organizadas em alguma relação com o self; b) omitidas, porque não existe qualquer relação percebida
com a estrutura pessoal; c) simbolização rejeitada, ou é dada uma simbolização distorcida, porque a
experiência não é coerente com a estrutura do self.
12. A maioria das formas de comportamento adaptadas pelo organismo são as coerentes com o conceito de
self.
13. O comportamento pode, em alguns casos, ser produzido por experiências e necessidades orgânicas não
simbolizadas.
14. O desajustamento psicológico existe quando o organismo nega, ao consciente, experiências sensoriais e
viscerais importantes que, conseqüentemente, não são simbolizadas e organizadas na Gestalt da
estrutura pessoal. Quando ocorre essa situação, há uma tensão psicológica básica ou potencial.
15. O ajustamento psicológico existe quando o conceito de self é tal que as experiências sensoriais e
viscerais do organismo são, ou podem ser, assimiladas em um nível simbólico, num relacionamento
coerente com o conceito de self.
16. Qualquer experiência incoerente com a organização ou estrutura do self pode ser percebida como
ameaça e, quanto mais dessas percepções existam, mais rigidamente a estrutura pessoal se organiza
para se manter.

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