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Centro Universitário de Patos - Campus Campina Grande

Curso: Bacharelado em Psicologia


Período: 7°
Docente: Ms. Anna Karenyna Lima
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Curiosidades sobre
a ABORDAGEM
CENTRADA NA
PESSOA
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CARL ROUGRS

▪ Carl Ransom Rogers foi um psicólogo e psicopedagogo norte-


americano nascido em 1908. Iniciou os estudos em Teologia,
mas decidiu dedicar-se ao estudo da psicologia. Rogers é um
dos representantes mais influentes do movimento Humanista.

▪ Rogers no início de sua carreira era um psicólogo de


abordagem Psicanálise, mas durante o tempo foi mudando sua
abordagem, o que lhe era facilitado, pois trabalha em um centro
educacional.
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▪ Como escola de Psicologia teórica e aplicada, a ACP é marcada


por um desenvolvimento dinâmico, flexível e não dogmático,
com constantes reformulações conceituais e ampliações do
campo de interesses e atuação. Por outro lado, tem mantido
consistente coerência em torno de alguns princípios
fundamentais e propostas características.

▪ É uma abordagem que se diferencia das demais sob diversos


aspectos, mas sobretudo por não haver técnica.
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▪ Sua trajetória de trabalho começou no ChildGuidance, com


orientações a crianças com dificuldades educacionais e
psicológicas. E foi na prática profissional que percebeu que as
práticas tradicionais de Psicologia na época, tanto a perspectiva
behaviorista, quanto psicanalítica tradicional, pareciam não
atingir os objetivos clínicos esperados.

▪ Para ele, o Ser Humano dispõe de vastos recursos para se


desenvolver e gerenciar seu próprio processo de
desenvolvimento e, portanto, cabe ao psicoterapeuta oferecer
condições relacionais que facilitem o acesso das pessoas ao
seu próprio potencial de desenvolvimento.
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Porque a perspectiva de Rogers é
considerada original?
▪ O processo psicoterapêutico mostrou-se mais promissor quando
a relação terapêutica envolvia três atitudes do terapeuta: a
consideração positiva incondicional, a compreensão
empática e a congruência do psicoterapeuta.

▪ Suas descobertas foram se tornando cada vez mais complexas.


Ele desenvolveu Uma Teoria da Psicoterapia, Teoria da
Personalidade, Teoria das Relações Humanas, Teoria do
Funcionamento de Grupos, Teoria do Desenvolvimento
Humano, Teoria da Educação, além de explorar suas
aplicabilidades.
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O que Carl Rogers descobriu à partir
de si mesmo?

▪ Uma das principais contribuições dele não está na teoria


ou nas pesquisas, mas no incentivo da descoberta do
jeito de ser de cada um. E é exatamente este movimento
de autocompreensão que pode levar as pessoas a se
tornarem facilitadoras do desenvolvimento umas das
outras, construindo verdadeiras relações facilitadoras.
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• Posso confiar na minha experiência.

• A avaliação dos outros não me serve de guia.

• A experiência é, para mim, a suprema autoridade.

• Gosto de descobrir ordem na experiência.

• Os fatos são amigos.

• Aquilo que é mais pessoal é o que há de mais geral.

• A experiência mostrou-me que as pessoas têm


fundamentalmente uma orientação positiva.

• A vida, no que tem de melhor é um processo que flui, que


se altera e onde nada está fixo.
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• Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a


longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que não sou.

• Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo
aceitando-me, e posso ser eu mesmo.

• Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir


compreender uma outra pessoa.

• Verifiquei ser enriquecedor abrir canais através dos quais os


outros possam me comunicar os seus sentimentos, seus
mundos perceptivos particulares.

• É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa.

• Quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros,


menos me vejo procurando, a todo custo, remediar as coisas.
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FASES DA
ACP
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Fase da Terapia Não-Diretiva
▪ Anos 30, durante essa década Rogers inicia sua vida profissional
como psicólogo.

▪ Em primeiro lugar, um seminário com Otto Rank causou-lhe forte


impacto, não tanto por sua teoria, mas por sua proposta de uma
terapia-relacional, sobre a qual Rogers veio a aprender mais com a
contratação, para o centro de tratamento que dirigia, de uma
assistente social com formação rankiana, e também pelo
intercâmbio que passou a manter com a Escola de Assistentes
Sociais da Pensilvânia.

▪ Em segundo lugar, e considerado o marco de nascimento da ACP,


é referido o insight sobre o poder do ouvir compreensivo e
empático como liberador do potencial auto direcional do cliente,
que ocorreu a Rogers durante o quase anedótico episódio das
entrevistas com a mãe de uma das crianças atendidas naquela
instituição.
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Fase da Terapia Centrada no Cliente

▪ A primeira grande tendência diz respeito à busca de um embasamento


empírico para a formulação de uma terapia realmente científica, seguindo-
se os parâmetros de cientificidade em voga na época.

▪ Uma segunda tendência que marca este período é a de buscar


formulações teóricas que ajudassem a organizar e a dar um sentido
explicativo ao conhecimento até então acumulado na prática e na
investigação da nova abordagem psicoterápica.

▪ Uma terceira tendência que se destaca nesse período é o crescente


empenho com que os colaboradores de Rogers experimentam e
investigam em novos campos de aplicação as possibilidades abertas por
sua abordagem. Extrapolando os limites da situação terapêutica individual,
as ideias de Rogers são aplicadas com sucesso à psicoterapia de grupo, à
educação, à ludoterapia, ao treinamento de conselheiros e à liderança
participativa.
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Fase da Terapia Experiencial
▪ A primeira tendência marcante deste período, diz respeito a
uma reformulação na compreensão da atuação do terapeuta.

▪ Foi Gendlin quem, vislumbrando as possibilidades expressivas


do terapeuta sugeridas a partir do trabalho com esquizofrênicos,
propôs o conceito de experienciar para esclarecer o verdadeiro
foco orientador do centrar-se do terapeuta rogeriano.

▪ Enfim, tantas são as possibilidades abertas pelas idéias de


Gendlin que diversos autores acham adequado designar este
período de desenvolvimento da ACP como sendo o período da
Terapia Experiencial, não obstante o próprio Rogers, ao
contrário de Gendlin, nunca tenha assim se referido à sua
proposta de psicoterapia.
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Fase dos Grupos de Encontro

▪ Este período muda bastante o foco de suas prioridades,


praticamente abandonando as atividades de terapeuta
individual, de pesquisador e de professor universitário,
tornando-se um conferencista, escritor e sobretudo um
facilitador de grupos de encontro, atividade que marca e inspira
a maior parte de sua produção nesses anos. O novo foco de
seus interesses progressivamente se volta, a partir dessa
época, para as potencialidades transformadoras do trabalho
grupal, para o desenvolvimento de novas aplicações para sua
abordagem (especialmente no campo da educação), para o
exame das transformações socioculturais em curso, e para o
significado científico e filosófico de suas ideias.
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Fase dos Grandes Grupos
▪ A primeira delas, associada de forma bastante estreita às demais,
diz respeito ao desenvolvimento de uma nova modalidade de
trabalho grupal centrado na pessoa, designado como o trabalho
com Grandes Grupos.

▪ A segunda grande característica deste período, largamente


reconhecida na literatura da ACP, refere-se à conscientização, e
crescente exploração, das potencialidades políticas decorrentes do
ponto de vista centrado na pessoa desenvolvido pelo pensamento
e prática de Rogers.

▪ A terceira, e menos reconhecida tendência característica desta


última fase do pensamento de Rogers, consiste na sua crescente
aproximação da perspectiva místico-espiritual que
contemporaneamente caracteriza o Movimento Transpessoal em
Psicologia.
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ACP no Brasil

▪ Para Carrenho, Tassinari e Pinto (2010), o percurso da ACP no


Brasil passou por fases: Pré-história (1945- 1976), caracterizada
pela pouca presença de trabalhos nesta abordagem;
Fertilização (1977-1986), marcada pela presença de Rogers e
sua equipe no Brasil, assim como a formação de profissionais,
tais como Rachel Rosenberg, que se dedicaram a promover
eventos de treinamento profissional e workshops; Declínio
(1978-1989), atravessado pelo luto trazido pela morte de
Rogers e Rosenberg; Renascimento (90 até hoje), trazendo
consigo um aumento significativo de profissionais que têm
contribuído criativamente para a construção da ACP
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▪ Nas vindas ao Brasil, Rogers realizou grupos de encontro,


alguns com mais de mil pessoas, um grupo inclusive realizado
em um programa de televisão ao vivo, na Rede Cultura, que
envolveu jornalistas, psicólogos e alguns mais participantes,
workshoppings e concedeu uma entrevista de grande
repercussão a revista Veja, na qual reafirmou a crença no
potencial humano e mostrou otimismo quanto ao futuro político
e social do Brasil (que na época vivia a ditadura militar).
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Referencias Bibliográficas

▪ FROTA, Ana Maria Monte Coelho. Origens e destinos da abordagem


centrada na pessoa no cenário brasileiro contemporâneo: reflexões
preliminares. Rev. abordagem gestalt., Goiânia , v. 18, n. 2, p. 168-
178, dez. 2012 .

▪ MELO, Roberto da S., Hermenegildo, Ana C. P.; SOARES, Ana L.


MATTOS, Andrei S. S.; ALMADA, C. V. A Importância Histórica de Carl
Rogers e da Abordagem Centrada no Pessoa. 2005

▪ ROGERS, Carl R. Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1961.

▪ ______. Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1983.

▪ TRZAN-AVILA, Alexandre; JACO-VILELA, Ana Maria. Uma história da


Abordagem Centrada na Pessoa no Brasil. Estud. pesqui.
psicol., Rio de Janeiro , v. 12, n. 3, p. 1063-1069, dez. 2012.

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