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ControleConstitucionalidade Questoes Discursivas
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
AUTORES:
BALTAZAR RODRIGUES
RODRIGO DUARTE
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ÍNDICE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Assim, a legislação autoriza que o Supremo Tribunal Federal module esses efeitos,
sendo resguardada a segurança jurídica (art. 27 da Lei 9.868/99).
Leia, com atenção, as informações a seguir. Analise o caso de um cidadão que interpôs
ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) perante o Supremo Tribunal
Federal (STF), para discutir a inconstitucionalidade de determinada lei pré-
constitucional em face da Constituição de 1998. Na ação, foi formulado um pedido
para que, se não conhecida a ADPF, ela fosse recebida como ação direta de
inconstitucionalidade (ADI). O estado de Goiás e a Assembleia Legislativa de Goiás
foram intimados para se manifestarem. Com base nessas informações, redija um texto
dissertativo e (ou) descritivo respondendo ao questionamento “é correto afirmar que a
ADPF será julgada procedente?”. Aborde necessariamente, os tópicos a seguir: a)
Quem são os legitimados para ajuizar a ADPF? b) O que é o princípio da
subsidiariedade? c) Seria admitido, no caso narrado, o recebimento da ADPF como
ADI? d) No procedimento da ADPF, o relator poderia indeferir a inicial liminarmente, e
tal decisão é recorrível?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
2. Os legitimados para ação direita são os mesmo da ADPF - Podem propor arguição de
descumprimento de preceito fundamental: I - os legitimados para a ação direta de
inconstitucionalidade (art. 2o, da Lei no 9.882/1999);
3. Os legitimados para ADI estão na Constituição Federal (CF), art. 103 e seus incisos;
4. O princípio da subsidiariedade significa que não cabe ADPF quando houver outro
meio eficaz para sanar a lesividade, por exemplo, quando couber ADI, ADC etc. Não
será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade (art. 4o, § 1o, da Lei no 9.882/1999);
6. Não caberia o recebimento, porque não cabe ADI de lei pré-constitucional, nem o
legitimado está correto;
7. O STF não admite a fungibilidade da ADPF pela ADI quando se tratar de erro
grosseiro;
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10. Cabe recurso de agravo em cinco dias – art. 4, § 2o, da Lei no 9.882/1999.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Críticas são dirigidas ao instituto, pois pode ensejar ativismo judicial exagerado,
com déficit democrático e falta de legitimação, notadamente diante da imprecisão de
seus requisitos, o que conduz a possível falta de eficácia do instituto.
O Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) é uma técnica decisória que visa enfrentar
situações de violações graves e sistemáticas dos direitos fundamentais cujas causas
sejam de natureza estrutural, isto é, decorram de falhas estruturais em políticas
públicas adotadas pelo Estado, exigindo uma atuação conjunta de diversas entidades
estatais. Sendo assim, responda: a) qual a origem do ECI?; b) qual a sua importância?;
e c) discorra sobre o emblemático caso em que o Direito Brasileiro adotou o ECI.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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- Pois bem, o Estado de Coisas Inconstitucional tem origem nas decisões da Corte
Constitucional Colombiana (CCC) diante da constatação de violações generalizadas,
contínuas e sistemáticas de direitos fundamentais. Tem por finalidade a construção de
soluções estruturais voltadas à superação desse lamentável quadro de violação
massiva de direitos das populações vulneráveis em face das omissões do poder
público. A primeira decisão da Corte Constitucional Colombiana que reconheceu o ECI
foi proferida em 1997 (Sentencia de Unificación - SU 559, de 6/11/1997), numa
demanda promovida por diversos professores que tiveram seus direitos
previdenciários sistematicamente violados pelas autoridades públicas. Ao declarar,
diante da grave situação, o Estado de Coisas Inconstitucional, a Corte Colombiana
determinou às autoridades envolvidas a superação do quadro de
inconstitucionalidades em prazo razoável. É inegável que o reconhecimento do Estado
de Coisas Inconstitucional pressupõe uma atuação ativista do Tribunal (uma espécie de
Ativismo Judicial Estrutural), na medida em que as decisões judiciais vão
induvidosamente interferir nas funções executivas e legislativas, com repercussões,
sobretudo, orçamentárias (nota máxima 1,0). ITEM 3 – Sim. Na sessão plenária de 09
de setembro de 2015, o Supremo Tribunal Federal, ao deferir parcialmente o pedido
de medidas cautelares formulado na ADPF nº 347/DF, proposta em face da crise do
sistema carcerário brasileiro, reconheceu expressamente a existência do Estado de
Coisas Inconstitucional no sistema penitenciário brasileiro, ante as graves,
generalizadas e sistemáticas violações de direitos fundamentais da população
carcerária. Como é do conhecimento de todos, o sistema prisional brasileiro vive uma
grande crise. São observados inúmeros problemas, como a superlotação e a falta de
condições mínimas de saúde e de higiene. O STF, assim reconheceu que o sistema
penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma violação
generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade
aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. A ausência de
medidas legislativas, administrativas e orçamentárias eficazes representa uma
verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da
perpetuação e do agravamento da situação. Nesse sentido: STF. Plenário. ADPF 347
MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 798) (nota máxima 0,5).
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Esse instituto jurídico possibilita ao Poder Judiciário zelar pela fiel observância
da Constituição Federal, ao permitir que se extirpe do ordenamento e do mundo fático
atos e normas que possam violar os preceitos magnos, bem como prevenindo que tais
normas anômalas venham a viger no ordenamento jurídico. Quanto ao momento em
que se realiza, o controle de constitucionalidade pode se dar nas seguintes formas:
preventiva ou repressiva, isto é, se ocorre antes ou depois que a norma, objeto de
análise, tenha entrado no ordenamento jurídico.
Desse modo, são eles os únicos legitimados a impetrar o mandamus com tal
finalidade, visto que não se pode configurar o controle de constitucionalidade abstrato
de projeto de lei, o que não é reconhecido em nosso ordenamento jurídico, mesmo que
terceiros aleguem sua condição de destinatários da lei.
Por outro lado, ainda de acordo com a jurisprudência dominante do STF, não se
faz possível a utilização do remédio constitucional supramencionado para questionar
preventivamente projeto de lei sob a alegação de inconstitucionalidade material, ainda
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A violação de normas constitucionais pelo poder público pode ocorrer por omissão. A
Constituição Federal prevê instrumentos para garantir a própria supremacia, na
ocorrência desses casos. Esses instrumentos, apesar de aparentemente semelhantes,
possuem características distintas. A partir de uma análise comparativa desses
instrumentos, apresente-os, identificando as diferenças entre eles quanto ao objeto, à
legitimidade de partes e aos efeitos da decisão.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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controle abstrato da omissão do ente legiferante, que ocorre por meio da Ação Direta
de Inconstitucionalidade por omissão.
O mandado de injunção coletivo pode ser impetrado por partido político com
representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou
associação constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados, aplicando-se por analogia o disposto no art.
5°, LXX, da CRFB.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Sua natureza jurídica sempre foi objeto de debate, pois não se encaixa
propriamente em nenhuma das definições clássicas. Não se trata de uma parte do
processo, vez que não dispõe de todos os ônus e benefícios que lhe usualmente
pertence. Por outro lado, há quem defenda que se trata de uma intervenção de
terceiros sui generis, o que parece ter sido acolhido pelo Novo Código de Processo Civil,
consoante a topografia de seu art. 138.
Projeto de lei estadual de rigem parlamentar que criou um programa social, no Âmbito
da Administração Estadual, não foi vetado pelo anterior Governador do Estado e assim
se converteu em lei. Com base nessa premissa, responda de forma fundamentada: a.
Essa lei é constitucional? b. Pode o atual Governador do Estado propor Ação Direta de
Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal ou ha impedimento, nos
termos da Sumula 5 do Supremo Tribunal Federal? Obs.: A Súmula nº 5 do Supremo
Tribunal Federal assim está editada: "A sanção do projeto supra a falta de iniciativa do
Poder Executivo.”.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por outro lado, existia ainda entendimento de que atos com vício de iniciativa,
mas posteriormente sancionados, não poderiam ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade que alegasse o vício formal. O entendimento era tão sólido que
chegou a ser consolidado na mencionada Súmula nº 5 do STF.Não é despiciendo
lembrar que o processo legislativo é um conjunto de atos de autoridades destinadas a
produzir um ato normativo dotado, em regra, de generalidade e abstração, as leis.
Como expressão mais conhecida da soberania popular, as leis são elaboradas com base
no ideal democrático de participação, em harmonia com a independência que deve
nortear a relação entre os três poderes da República.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Porém, mesmo diante de uma lei cuja iniciativa é privativa do Executivo, o Chefe
deste Poder ainda apresenta outro momento para frear sua inserção no mundo
jurídico: a sanção, prevista no art. 66, §1º, da CRFB, que prevê a possibilidade de veto
por razões jurídicas, dentre elas, logicamente, o vício de iniciativa. Dispondo de meios
para tentar obstar a produção de efeitos do ato normativo, entendia-se que a sanção
do projeto importava em aquiescência com seu conteúdo e a derrogação do vício
formal e, consequentemente, importando em abuso de direito e benefício em virtude
de sua própria torpeza o manejo da ação direta de inconstitucionalidade para arguir
esse mesmo vício. No entanto, houve uma guinada expressiva neste entendimento.
Atualmente, casos como a lei que cria de programa que interfira diretamente
na Administração Estadual, considerados como de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo, podem ser arguidos pelo próprio a qualquer tempo, sem configurar
abuso de direito ou aquiescência.
Em primeiro lugar, entende-se que o vício de iniciativa não pode ser suprido
pela sanção, por estar ínsito na formação do ato, por existir desde o começo. Assim, a
sanção do projeto ou seu veto pelo Governador é irrelevante para que a nulidade do
ato seja arguida, notadamente pela necessidade de defesa da Constituição. Em
segundo lugar, o manejo da ação direta de inconstitucionalidade não é do Estado da
Federação, mas do próprio Governador, como figura política. Dessa maneira,
considera-se que sua propositura é um ato de disposição política, e não jurídica,
ficando a seu critério até mesmo impugnar ato por ele elabora, uma vez que seu juízo
de conveniência política pode assim requerer que o faça, especialmente por conta de
mudanças nas circunstâncias governamentais.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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Por ofensa à iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo para a propositura de leis
sobre o regime jurídico dos servidores públicos (CF, art. 61, § 1º II, c), o Tribunal,
julgando procedente a ação direta ajuizada pelo Governador do Estado do Rio de
Janeiro, declarou a inconstitucionalidade da Lei 1.786/91, do mesmo Estado, de
origem parlamentar ("Art.1º - Os servidores aposentados, por exceção, em razão de
exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas serão
considerados, para efeito de cálculo dos triênios incorporados aos seus proventos,
como se em atividade estivessem até o necessário para integralizar o percentual
máximo atribuível aos servidores em atividade. Parágrafo único - As disposições desta
lei são estendidas aos professores excetuados na aposentadoria por norma
constitucional, bem como a outras categorias funcionais em idêntica situação,
definidas em outras leis."). O Tribunal considerou ainda que a sanção tácita da lei não
supre o vício formal por falta de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. Precedentes
citados: Rp 890-GB (RTJ 69/625); ADInMC 1.070-MS (DJU de 15.995); ADInMC 1.963-PR
(DJU de 7.5.99). ADIn 700-RJ, rel. Min. Maurício Corrêa, 23.5.2001.(ADI-700)
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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Determinado estado da Federação editou lei que torna o exercício da acupuntura uma
exclusividade dos médicos. Dada a existência de relevante controvérsia doutrinária
sobre a aplicação dessa lei, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ajuizou no Supremo
Tribunal Federal (STF) ação declaratória de constitucionalidade (ADC) pedindo que o
tribunal declare sua constitucionalidade. Com base na jurisprudência do STF e nas
normas constitucionais, redija um texto dissertativo acerca da viabilidade da ADC
apresentada. Em seu texto, aborde 1 - a finalidade da ADC e a presunção de
constitucionalidade das normas; [valor: 2,00 pontos] 2 - a legitimidade do CFM para
ajuizar ADC; [valor: 2,50 pontos] 3 - o objeto da ADC; [valor: 2,50 pontos] 4 - a
relevante controvérsia sobre a aplicação da norma objeto da referida ADC como
requisito para sua propositura. [valor: 2,50 pontos]
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Em relação ao CFM, ele não se configura como uma entidade de classe, mas
uma entidade de fiscalização profissional. O rol do art. 103 da CRFB (legitimados para
ADI e ADC) é taxativo, de forma que a única entidade de fiscalização é o Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
O máximo que pode ser feito é o controle via sistema difuso, podendo a questão
ser levada ao Judiciário, por meio de recurso extraordinário, de forma incidental, ser
apreciada pelo STF e ter sua eficácia suspensa, pelo Senado Federal, nos exatos termos
do artigo 52, X, da CF.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O controle preventivo é feito, por exemplo, pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal, pelo chefe do Executivo Federal (ao vetar um artigo, por exemplo) e,
como aponta a jurisprudência do STF, em viés de extrema excepcionalidade pelo
Judiciário. Assim, de acordo com entendimento do STF, o controle jurisdicional prévio
ou preventivo de constitucionalidade sobre projeto de lei ainda em trâmite somente
pode ocorrer de modo incidental, na via de exceção ou defesa.
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Mas, em cunho excepcional, a norma estadual parâmetro pode ser uma norma
de norma de observância obrigatória ou compulsória pelos Estados-Membros (norma
de reprodução obrigatória). Assim, se a lei estadual municipal macula a Constituição
Estadual, ela pode também, como pano de fundo, macular a própria CRFB. Tendo em
vista que o Tribunal de Justiça é incompetente para analisar referida violação, há a
possiblidade de se interpor o recurso extraordinário para que o STF profira sua análise.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ato normativo do Poder Público, quando realizada por um Tribunal, só será possível
pelo voto da maioria absoluta dos seus membros ou dos membros de seu órgão
especial. No caso hipotético apresentado, muito embora não tenha declarado
expressamente a inconstitucionalidade da norma, o órgão fracionário (4ª Câmara)
afastou a incidência da norma, e, conforme Súmula Vinculante nº 10, viola a cláusula
de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A intenção disso é que para que os tribunais afastem determinada norma por
entendê-la inconstitucional, é necessário que a decisão seja proferida pela maioria
absoluta da composição do Tribunal ou de seu órgão especial. Isso, de acordo com a
doutrina, gera maior segurança e legitimidade nas discussões acerca da
constitucionalidade de uma norma. No caso do STF, a decisão por maioria absoluta
demanda a presença de pelo menos 2/3 dos Ministros, ou seja, 8 dos 11 Ministros.
Nota-se, portanto, que a declaração de inconstitucionalidade deve ser proferida pela
maioria absoluta (seis votos), mas desde que presente, ao menos, oito ministros.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
“(...) A cláusula de reserva de plenário (full bench) é aplicável somente aos textos
normativos erigidos sob a égide da atual Constituição. 3. As normas editadas quando
da vigência das Constituições anteriores se submetem somente ao juízo de recepção
ou não pela atual ordem constitucional, o que pode ser realizado por órgão fracionário
dos Tribunais sem que se tenha por violado o art. 97 da CF. (...) (ARE 705316 AgR,
Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 12/03/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-070 DIVULG 16-04-2013 PUBLIC 17-04-2013)
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A ação civil pública não consta do rol referido no item b, portanto, somente
pode ser realizado o controle concreto ou incidental de constitucionalidade por meio
dela. Conforme entendimento do STF, é cabível a ação civil pública como instrumento
de controle difuso de constitucionalidade quando a alegação de inconstitucionalidade
integra a causa de pedir, e não o pedido estrito.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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incidenter tantum da Lei n.º 754/1994 do Distrito Federal (...) Ação Civil Pública
ajuizada pelo Ministério Público do Distrito Federal com pedidos múltiplos, dentre
eles, o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum da Lei Distrital
n.º 754/1994, que disciplina a ocupação de logradouros públicos no Distrito Federal
(...) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido que se pode
pleitear a inconstitucionalidade de determinado ato normativo na ação civil pública,
desde que incidenter tantum. Veda-se, no entanto, o uso da ação civil pública para
alcançar a declaração de inconstitucionalidade com efeito erga omnes (...)”. (RE
424.993/DF. Relator: min. Joaquim Barbosa. Julgamento: 12/9/2007. Tribunal Pleno).
2) O MP/RR tem legitimidade para propor a ação, por tratar-se de controle incidental
de constitucionalidade.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O STF reiteradamente faz uso da modulação, ou seja, acaba por admitir sua
compatibilidade, situação que é seguida por boa parte da doutrina. Importante
ressaltar que a modulação pode ocorrer no controle abstrato e no controle concreto. O
novo CPC também faz previsão da modulação.
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Por fim, considerando que as leis que instituem ou majoram tributos podem em
tese acarretar questões de insegurança jurídica ou de excepcional interesse social,
poderão elas, em tese, sofrer modulação. Essa modulação, todavia, deve ser
excepcionalíssima, na medida em que a conduta de permanente modulação de
inconstitucionalidade de leis que instituem tributos por mero argumento de "prejuízo
ao Erário" termina por incentivar a produção de leis inconstitucionais e premiar o
Estado por sua própria torpeza, gerando enriquecimento estatal às custas do sacrifício
de direitos fundamentais do contribuinte. Ademais, o juiz deve ser imparcial em suas
decisões, sem pender para mera preocupação com eventuais prejuízos de seus julgados
aos cofres públicos.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Porém, existem situações excepcionais nas quais o efeito retroativo pode gerar
grave lesão à segurança jurídica e ao interesse social. Com base nisso, a legislação
ordinária prevê que em determinadas situações a declaração de inconstitucionalidade
não gera efeito retroativo, podendo gerar efeito ex nunc desde o seu trânsito em
julgado ou a partir de uma data a ser fixada pelo STF (efeitos pro futuro).
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Por outro lado, para outros, os efeitos provêm da decisão do STF. Quanto à
retroatividade dos efeitos, ela prevalece para a corrente que defende a nulidade do
texto normativo inconstitucional.
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e impor obrigações. Ex nunc, portanto. Por outro lado, para outros, os efeitos provém
da decisão do Supremo Tribunal Federal. Quanto à retroatividade dos efeitos, ela
prevalece para a corrente que defende a nulidade do texto normativo inconstitucional.
Discorra sobre a leitura atual do STF quanto ao disposto no art. 52, inciso X, da
Constituição Federal de 1988
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Segundo o STF, houve mutação constitucional, e, por isso, o papel do Senado agora é
intensificar a publicidade da declaração incidental de inconstitucionalidade pelo
Supremo. Ou seja, cabe ao Senado apenas divulgar a decisão do STF, que, por si só, já
conta com eficácia vinculante e efeito contra todos (erga omnes). Assim, mesmo a
declaração incidental de inconstitucionalidade opera a preclusão consumativa da
matéria. [ADI 3.406 e ADI 3.470, rel. min. Rosa Weber, j. 29-11-2017, P, Informativo
886].
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Em que pese a sua remota edição, o verbete da súmula 347 do STF continua
vigente, mas vem sendo alvo de críticas. Mesmo entre ministros do próprio STF há os
que entendem pela incompatibilidade da súmula, editada na égide da Constituição de
1946, com o atual ordenamento jurídico.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Em que pese a sua remota edição, o verbete da súmula 347 do STF continua
vigente, mas vem sendo alvo de críticas. Mesmo entre ministros do próprio STF há os
que entendem pela incompatibilidade da súmula, editada na égide da Constituição de
1946, com o atual ordenamento jurídico.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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há de ser apreciada em definitivo pelo Colegiado, prevalecendo, até aqui, porque não
revogado, o Verbete nº 347 da Súmula do Supremo. De início, a atuação do Tribunal de
Contas se fez considerado o arcabouço normativo constitucional." (MS 31439 MC,
Relator Ministro Marco Aurélio, Decisão Monocrática, julgamento em 19.7.2012, DJe
de 7.8.2012)
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seguida o veto do Chefe do Poder Executivo Estadual rejeitado pela maioria absoluta
de seus membros, e a lei consequentemente promulgada e publicada pelo Presidente
da Assembleia Legislativa. Reputando irregular o processo de elaboração da norma
nessas condições, o Governador do Estado pretende questionar sua
constitucionalidade, em sede judicial. À luz da disciplina da matéria na Constituição da
República e na Constituição do Estado de Mato Grosso, responda fundamentadamente
às seguintes indagações acerca da situação hipotética acima apresentada: a. Sob quais
aspectos o processo de elaboração da norma em questão acima referida seria
inconstitucional? b. Estaria o Governador do Estado legitimado a questionar a
constitucionalidade da lei em sede judicial? Em caso negativo, por quê? Em caso
afirmativo, qual a medida cabível e o juízo competente? (Elabore sua resposta
definitiva em até 40 linhas)
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Leia, com atenção, as informações a seguir. Analise o caso em que um partido político,
com representação da Câmara Legislativa, ajuizou ação direta de inconstitucionalidade
(ADI) em face de determinada lei estadual. O fundamento é a afronta de uma lei
estadual em face da Constituição do Estado que, por sua vez, reproduz dispositivo da
Constituição Federal. A ação foi julgada procedente e a lei foi declarada
inconstitucional com eficácia geral. Considerando o exposto, redija um texto
dissertativo e (ou) descritivo respondendo aos questionamentos “é cabível a referida
ação declaratória de inconstitucionalidade? É possível recorrer dessa decisão?”.
Aborde, necessariamente os tópicos a seguir. a) Explique se é cabível o controle de
constitucionalidade de lei estadual em face da Constituição do Estado, e qual o órgão
competente para o julgamento da ADI na justiça estadual. b) Indique, no que tange aos
legitimados para propor ação declaratória de inconstitucionalidade, se deve existir
simetria entre o modelo federal e o estadual. c) Indique se cabe recurso da decisão
que julgou procedente a ADI e a quem tal recurso deveria ser dirigido. d) Indique se a
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
1. Cabe ADI de lei estadual em face da Constituição do estado – cabe aos Estados a
instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único (art. 125, § 2o, da CF).
4. Não há necessidade de simetria – previsão que não afronta a CF, já que é ausente o
dever de simetria para com o modelo federal, que impõe apenas a pluralidade de
legitimados para a propositura da ação (art. 125, § 2o, CF/1988). [ADI 119, rel. min.
Dias Toffoli, j. 19-2-2014, P, DJE de 28-3-2014.].
10. Segundo entendimento do STF, não há prazo em dobro nos processos objetivos -
CPC, art. 183.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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constitucionalmente para o envio (e não aprovação) do projeto de lei, desde que seja
essencial para a disciplina e/ou tutela de direitos. No enunciado em comento, nenhum
desses requisitos está presente, uma vez que existia mera expectativa do particular
que o agente público conseguisse (por meios políticos) a aprovação de projeto que lhe
seria favorável.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Em primeiro lugar, é necessário pontuar que a lei padece de grave vício formal
de inconstitucionalidade. Com efeito, algumas matérias previstas na Constituição
guardam a chamada reserva de iniciativa, com fundamento no princípio da separação
de poderes. Vale dizer: com o intuito de evitar desequilíbrios ou até mesmo ingerências
entre os diferentes poderes, o legislador constitucional entendeu por bem reservar a
iniciativa dessas matérias para o Chefe do Poder Executivo (regra que é aplicada aos
demais entes da Federação em virtude do princípio da simetria).
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A princípio, o Prefeito não pode se furtar de cumprir a lei, pois uma norma geral
e abstrata é dotada de coercitividade, devendo ser de observância por todos,
indistintamente. No entanto, não se pode perder de vista que se está diante de um
Chefe de Poder, independente. Assim, o Prefeito tem o direito (talvez até o dever) de
orientar a Administração Pública acerca de uma possível inconstitucionalidade,
notoriamente sobre um tema que impacta diretamente nas contas públicas.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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não apenas no plano do governo da União, mas em todos os demais níveis político-
administrativos, incluindo, por óbvio, os estados e municípios
Por fim, saliente-se que, com base no entendimento do STF, o vício formal não é
superado pelo fato de a iniciativa legislativa ostentar hierarquia constitucional
estadual.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
Analise o caso de uma pessoa que tem um direito constitucional individual assegurado
na Constituição Federal por norma de eficácia plena, autoaplicável. Considere que esse
direito veio a sofrer restrições por norma infraconstitucional posterior à Constituição
Federal de 1988. Considere, então, o caso de uma lei que veio restringir o direito de
liberdade do cidadão e autorizar a prisão em afronta à Constituição Federal Brasileira.
Considere, também, que esse indivíduo deve observar essa lei, uma vez que ela possui
a presunção de constitucionalidade. Considere, além disso, que, estando esse
indivíduo sofrendo ou na iminência de sofrer violação de direito seu assegurado
constitucionalmente, ele pode se socorrer do Poder Judiciário para evitar a incidência
dessa norma violadora de seu direito. Diante da problemática apresentada e tendo em
vista o controle de constitucionalidade, considere os itens a seguir. a) Explique as
diferenças entre a ação judicial proposta pelo cidadão, permitindo-lhe o controle de
constitucionalidade, e o controle de constitucionalidade realizado pela instituição
denominada Ordem dos Advogados do Brasil, considerando que esta, no caso, não é
lesada. b) O órgão judicial competente para a ação será o mesmo para a ação que
envolve o cidadão e para a ação promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil?
Justifique sua resposta. c) O objeto principal das duas ações (do cidadão e da Ordem
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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