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Ao analisar o processo de tomada de decisões do homem na história, surgiram

algumas teorias importantes. De acordo com Mosca (2009), esse processo é repleto de
influências e distorções geradas pelos aspectos psicológicos, segundo o autor, é extremamente
difícil encontrar um homem que desfrute de uma racionalidade perfeita, e que não sofra os
impactos de uma vida em sociedade, com determinada cultura, valores e padrões.

Com base nesse pensamento surge a Psicologia Financeira, que tem como um dos seus
principais foco de estudos as distorções que ocorrem no processo de tomada de decisões. Para
Ferreira (2007), essa nova área buscar compreender as influências psicológicas que os
indivíduos sofrem frente as tomadas de decisões. Vale ressaltar, que essa área da psicologia
tem como um dos seus principais objetivos estudar o comportamento das pessoas, sejam eles
indivíduos, governos e populações, sempre buscando como um dos seus principais foco de
estudo as influencias dos aspectos culturais, emocionais na tomada de decisões, reforçando a
ideia inicial de que o homem não é totalmente racional.

Ao estudar o processo de tomada de decisões, é necessário considerar o impacto das


heurísticas na tomada de decisões. De acordo com Tonetto, Kalil, Melo, Schneider e Stein
(2006), essas heurísticas são mecanismos ou estratégias que buscam otimizar tempo,
entretendo, essas tentativas de simplificar as atividades, para gerar mais lucro podem acabar
obtendo um resultado totalmente contrário, gerando prejuízos ao mercado financeiro. Desse
modo, devido aos sérios problemas que que essas distorções de percepção podem provocar é
que crescem os estudos desses mecanismos, pois quanto melhor compreender esse processo,
menos chances de erros e consequentemente um mercado mais eficiente.

Um ponto interessante, é que foram encontradas algumas contribuições para a


Psicologia Financeira nos trabalhos, dos liberais clássicos, Adam Smith, um filósofo e
economista britânico e David Hume, historiador e ensaísta britânico, foram possíveis
encontrar algumas descrições de que a mente humana sofria influencias dos impactos mentais
e crenças, que de acordo com eles, eram caracterizadas por acordos sub-racionais e não
apenas racionais.

Dessa maneira, o foco principal da Psicologia Financeira para Ferreira (2007), está
baseado na ideia de que os pensamentos que são influenciados pelas emoções, que geralmente
possuem um caráter primitivo, ou seja, as emoções e os pensamentos atuam juntos, que por
sua vez afetam nas decisões, com isso chegamos à conclusão de que dificilmente seremos
seres racionais puros, ou seja, então as pessoas possuem uma bagagem psicológica de crenças,
emoções, valores, religiosidades e elementos inconscientes que afetam diretamente a tomadas
de decisões.

Referências bibliográficas:
MOSCA, Aquiles. Finanças comportamentais: gerencie suas emoções e alcance sucesso nos
investimentos. Rio de Janeiro: Elsiever, 2009.

FERREIRA, Vera Rita de Mello. Decisões econômicas: você já parou para pensar? São Paulo:
Saraiva, 2007.

FONSECA, Eduardo Gianetti. A Psicologia do Agente Econômico em David Hume e Adam Smith.
http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/fonsecahumesmith.pdf. último acesso 10 de julho de 2022.

TONETTO, Leandro Miletto; KALIL, Lisiane Lindenmeyer; MELO, Wilson Vieira; SCHNEIDER,
Daniela Di Giorgio; STEIN, Lilian Milnitsky. O papel das Heurísticas no julgamento e na tomada
de decisões sob incerteza. https://www.scielo.br/j/estpsi/a/RnbtvVjsY9wgn7FLpxcGGHh/?
lang=pt.último acesso dia 10 de julho de 2022.

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