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CAROS LEITORES

É com imensa satisfação que a Braja Editora apresenta, à


comunidade brasileira em geral e à comunidade gaudiya-vaisnava
em particular, o PDF do belíssimo Sri Gaudiya Giti-Guccha, uma
coletânea de poemas, orações e canções devocionais da autoria de
eminentes mestres e santos gaudiya-vaisnavas.
Quem aprende essas orações e as recita com constância sob a
orientação de um vaisnava rasika, não só medita nos atributos
divinos de Sri Guru, Sri Gauranga-deva e Sri Sri Radha-Krsna, mas
também sente a natureza específica dos humores devocionais de
seus admiráveis autores. De fato, esclarece Srila Bhaktivedanta
Narayana Gosvami Maharaja, a recitação regular dessas orações
constitui um aspecto importante de bhakti-sadhana, sendo
inclusive aconselhável meditar no conteúdo esotérico de cada uma
delas enquanto se canta harinama.
Em breve, lançaremos a versão revisada e atualizada desse
cancioneiro maravilhoso!

Equipe editorial Braja


Setembro de 2019
www.braja.com.br

Ma‰gal€caraŠa
vande ’haˆ r… guroƒ r…-yuta-pada-kamalaˆ r… gur™n vaiŠav€ˆ ca
r… r™paˆ s€graj€taˆ saha-gaŠa-raghun€th€nvitaˆ taˆ sa-j…vam
s€dvaitaˆ s€vadh™taˆ parijana-sahitaˆ kŠa-caitanya-devaˆ
r…-r€dh€-kŠa-p€d€n saha-gaŠa-lalit€-r…-vi€kh€nvit€ˆ ca

Ofereço praŠ€ma aos pés de lótus de ®r… Gurudeva (que inclui r… d…k€-guru e
bhajana-ik€-guru), ao guru varga (toda a nossa sucessão discipular) e a todos os demais
VaiŠavas; a ®r…la R™pa Gosv€m…, ao seu irmão mais velho ®r…la San€tana Gosv€m…, a ®r…la
Raghun€tha d€sa Gosv€m…, a ®r… J…va Gosv€m… e aos seus associados; a ®r… Advaita Prabhu, a
®r… Nity€nanda Prabhu, a ®r… KŠa Caitanya Mah€prabhu e aos Seus associados; e aos pés de
lótus de ®r… R€dh€ e KŠa, acompanhados por ®r… Lalit€, Vi€kh€ e todas as outras sakh…s.

®r… Guru praŠ€ma


oˆ ajñ€na-timir€ndhasya jñ€n€ñjana-al€kay€
caksur unm…litaˆ yena tasmai r… gurave namaƒ

Ó Gurudeva, você é tão misericordioso! Ofereço-lhe meu humilde praŠ€ma e oro do


fundo do meu coração para que, com a luz do conhecimento divino, você abra meus olhos,
os quais estão cegos pela escuridão da ignorância.

®r…la Bhaktived€nta N€r€yaŠa Gosv€m… vandan€


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nama oˆ viŠu-p€d€ya r€dhik€yai priy€tmane


r…-r…mad-bhaktived€nta-n€r€yaŠa iti n€mine (1)

Ofereço praŠ€ma a oˆ viŠup€da ®r… ®r…mad Bhaktived€nta N€r€yaŠa Mah€r€ja, que


é muito querido por ®r…mat… R€dhik€.

r…-kŠa-l…l€-kathane sudakam aud€rya-m€dhurya-guŠai ca yuktam


varaˆ vareŠyaˆ puruaˆ mah€ntaˆ n€r€yaŠaˆ tv€ˆ iras€ nam€mi (2)

®r…la N€r€yaŠa Mah€r€ja é perito em descrever kŠa-l…l€. Ele é dotado com as


qualidades de magnanimidade e doçura e é a melhor das grandes almas. Por estar sempre
saboreando a doçura de KŠa, ele é capaz de distribuí-la livremente aos outros. Prostro-me e
coloco minha cabeça em seus pés de lótus.

tridaŠin€ˆ bhakta-iromaŠiˆ ca r…-kŠa-pad€bja-dhtaika-hdi


caitanya-l…l€mta-s€ra-s€raˆ n€r€y€Šaˆ tv€ˆ satataˆ prapadye (3)

TridaŠ…-sanny€s… ®r…la N€r€yaŠa Mah€r€ja, a jóia mais preciosa entre os devotos,


sempre mantém em seu coração os pés de lótus de R€dh€ e KŠa, especialmente quando
KŠa serve a ®r…mat… R€dhik€. Ele medita profundamente em ®r… Caitanya Mah€prabhu e nas
razões internas do Seu advento. Prostro-me aos pés de lótus de ®r…l€ N€r€yaŠa Mah€r€ja, que
possui inúmeras qualidades transcendentais.

®r…la Bhaktived€nta Sv€mi vandan€


nama oˆ viŠu-p€d€ya kŠa-pre˜h€ya bh™tale
r…mate bhakti-ved€nta-sv€min iti n€mine

Ofereço praŠ€ma a oˆ viŠup€da ®r… ®r…mad Bhaktived€nta Sw€m…, que é muito


querido de KŠa, por ter se abrigado a Seus pés de lótus.

namas te s€rasvati deve gaura-v€Š…-prac€riŠe


nirviea-™nyav€di-p€c€tya-dea-t€riŠe

Nossas respeitosas reverências a você, ó servo de Sarasvat… Gosv€m…. Você está


pregando bondosamente a mensagem de Gaurasundara e libertando os países ocidentais,
influenciados pelo impersonalismo e niilismo.
*Se ®r…la Prabhup€da for o seu d…k€-guru, este praŠ€ma deve ser cantado primeiro.

®r…la Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… praŠ€ma


nama oˆ viŠu-p€d€ya €c€rya-siˆha-r™piŠe
r…-r…mad-bhakti-prajñ€na-keava iti n€mine
atimartya-caritr€ya sv€rit€n€ˆ ca p€line
j…va-duƒkhe sad€rt€ya r…-n€ma-prema-d€yine

Ofereço praŠ€ma ao mais adorável €c€rya, que é como um leão, jagad-guru oˆ


viŠup€da a˜ottara-ata ®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… Mah€r€ja. Assim como
um pai protetor, ele nutre com conhecimento e extrema afeição divina aqueles que nele se
abrigam. Ele sempre fica compadecido ao ver o sofrimento das j…vas que se afastaram de
KŠa e lhes concede ®r… Nama com prema.

gauraraya-vigrah€ya kŠa k€maika c€riŠe


r™p€nuga-pravar€ya vinodeti-svar™pine
2
3

Ele é a manifestação do receptáculo do prema de Mah€prabhu e o maior pregador de


prema-bhakti na linha de ®r…la Rupa Gosv€m…. Seu nome é Vinoda porque é muito habilidoso
em dar prazer (vinoda) a Vinodin… R€dh…k€ e a Mah€prabhu.

®r…la Prabhup€da vandan€


nama oˆ viŠu-p€d€ya kŠa-pre˜h€ya bh™tale
r…mate bhakti-siddh€nta-sarasvat…ti-n€mine
r…-v€rabh€nav…-dev…-dayit€ya kp€bdhaye
kŠa-sambandha-vijñ€na-d€yine prabhave namaƒ

Ofereço praŠ€ma a oˆ viŠup€da ®r… ®r…mad Bhaktisiddh€nta Sarasvat… Gosv€m…


µh€kura Prabhup€da, que é muito querido por KŠa e é o mais amado de ®r… V€rabh€nav…-
dev… R€dhik€. Ele é um oceano de compaixão e misericordiosamente nos concede nosso
relacionamento eterno com ®r… R€dh€ e KŠa (sambandha-vijñ€na).

m€dhuryojjvala-prem€hya-r…-r™p€nuga-bhaktida
r…-gaura-karuŠ€-akti-vigrah€ya namo ’stu te

Ofereço reverências, repetidas vezes, a ®r…la Sarasvat… µh€kura, que é a personificação


da misericórdia de ®r… Gaur€‰ga Mah€prabhu, que desceu à Terra para nos conceder o mais
elevado tipo de atração amorosa por KŠa: amor ( prema) conjugal pleno (ujjvala-madhurya-
r€sa). Ele é a personificação de bhakti (®r… Rupanuga-bhakti) na linha de R™pa Gosv€m… (o
mais exaltado servo de ®r…mati R€dh€r€n… e do Senhor Caitanya Mah€prabhu).
namas te gaura-v€Š…-r…-m™rtaye d…na-t€riŠe
r™p€nuga-viruddh€pasiddh€nta-dhv€nta-h€riŠe

Ofereço reverências a ®r…la Sarasvat… µh€kura, a personificação dos ensinamentos de


®r… Gaur€‰ga Mah€prabhu ( gaura-vani). Ele salva as almas caídas e dissipa a escuridão
provocada pelos conceitos errôneos ( €pasiddh€nta), os quais são contrários ( viruddh€) aos
preceitos transmitidos por ®r…la R™pa Gosv€m….

®r…la Gaura-kiora vandan€


namo gaura-kior€ya s€k€d-vair€gya m™rtaye
vipralambha-ras€mbhodhe! p€d€mbuj€ya te namaƒ

Ofereço praŠ€ma aos pés de lótus de ®r… Gaura-kiora, que é a renúncia


personificada e um oceano de vipralambha-r€sa, sempre absorto na doçura da separação
divina de ®r… R€dh€ e KŠa.

®r…la Bhaktivinoda vandan€


namo bhaktivinod€ya sac-cid-€nanda-n€mine
gaura-akti-svar™p€ya r™p€nuga-var€ya te

Ofereço praŠ€ma a Saccid€nanda ®r…la Bhaktivinoda µh€kura, que é o mais destacado


entre os r™p€nug€s e a personificação (prak€s€) de Gad€dhara PaŠita, a energia (akti) de
®r… Gaur€‰ga Mah€prabhu.

®r…la Jagann€tha vandan€


gaur€virbh€va-bh™mes tvaˆ nirde˜€ sajjana-priyaƒ
3
4
vaiŠava-s€rvabhauma r… jagann€th€ya te namaƒ

Ofereço praŠ€ma ao VaiŠava mais elevado, ®r… Jagann€tha d€sa B€b€j… Mah€r€ja, que
confirmou a descoberta do local do aparecimento de ®r… Gaurasundara, e é tão querido por
todos os devotos santos.

®r… VaiŠava vandan€


v€ñch€-kalpa-tarubya ca kp€-sindhubhya eva ca
patit€n€ˆ p€vanebhyo vaiŠavebhyo namo namaƒ

Ofereço praŠ€mas aos VaiŠavas, que são como árvores dos desejos e oceanos de
misericórdia. Eles libertam as almas caídas condicionadas.

®r…man Mah€prabhu vandan€


namo mah€-vad€ny€ya kŠa-prema-prad€ya te
kŠ€ya kŠa-caitanya-n€mne gaura-tvie namaƒ

Ofereço praŠ€ma a ®r… KŠa Caitanya Mah€prabhu, que é o próprio KŠa. Tendo
assumido a têz dourada de ®r…mat… R€dhik€, Ele está distribuindo generosamente o presente
mais raro: kŠa-prema.

®r… KŠa praŠ€ma


he kŠa! karuŠ€-sindho! d…na-bandho! jagat-pate!
gopea! gopik€-k€nta! r€dh€-k€nta! namo ’stu te

Ofereço ilimitados praŠ€mas a Você, ó KŠa! Você é um oceano de misericórdia, o


amigo dos caídos, o Senhor da criação e o mestre entre os pastores de vacas! Você é Gop…-
K€nta, o amado das gop…s e, acima de tudo, é R€dh€ K€nta, o amado de ®r…mat… R€dhik€!

®r… R€dh€ praŠ€ma


tapta-k€ñcana-gaur€‰gi! r€dhe! vnd€vanevari!
vabh€nu-sute! devi! praŠam€mi hari-priye!

Ó Gaur€‰g…, Sua pele possui o aspecto do ouro derretido! Ó R€dhe! Rainha de


Vnd€vana! Ó filha de Vabh€nu Mah€r€ja! Ó Devi! Ó mais querida de Hari! Ofereço minhas
reverências (praŠ€mas) a Você repetidas vezes!

®r… Sambandh€dhideva praŠ€ma


jayat€ˆ suratau pa‰gor mama manda-mater gat…
mat-sarvasva pad€mbhojau r€dh€-madana-mohanau

Todas as glórias aos todo-misericordiosos ®r… R€dh€-Madana-Mohana! Embora eu seja


imperfeito, tolo e destituído de inteligência, me abrigo em Seus pés de lótus, que são tudo
para mim.

®r… Abhidhey€dhideva praŠ€ma


d…vyad-vnd€raŠya-kalpa-drum€dhaƒ
r…mad-ratn€g€ra-siˆh€sana-sthau
4
5
r…-r…-r€dh€-r…la-govinda-devau
pre˜h€l…bhiƒ sevyam€nau smar€mi

Medito em ®r… ®r… R€dh€-Govinda-deva, que estão sentados sob uma árvore kalpa-
vka numa refulgente siˆh€sana cravejada de jóias, na supremamente bela terra de
Vnd€vana, onde Eles são sempre servidos por Suas queridas sakh…s, lideradas por Lalit€ e
Vi€kh€.
®r… Prayojan€dhideva praŠ€ma
r…m€n r€sa-ras€rambh… vaˆ…va˜a-ta˜a-sthitaƒ
karan veŠu-svanair gop…r gop…n€thaƒ riye ’stu naƒ

®r… Gop…n€tha é a razão do prazer transcendental da dança da r€sa. Ele está debaixo
de uma árvore Vaˆ…-va˜a, atraindo com o som de Sua flauta todas as kior…-gop…s, e assim,
concede auspiciosidade sobre mim.

®r… Tulas… praŠ€ma


vnd€yai tulas…-devyai priy€yai keavasya ca
kŠa-bhakti-prade devi! satyavatyai namo namaƒ

Ofereço praŠ€ma repetidas vezes a Tulas…-dev…, que é a mais querida para ®r… KŠa e
também é conhecida como VŠda-devi e Satyavat… (a personificação da verdade pura). Ó
Dev…! Você é aquela que concede kŠa-bhakti!

®r… Pañca-tattva praŠ€ma


pañca-tattv€tmakaˆ kŠaˆ bhakta-r™pa-svar™pakam
bhakt€vat€raˆ bhakt€khyaˆ nam€mi bhakta-aktikam

Ofereço praŠ€ma a ®r… KŠa Caitanya Mah€prabhu em Seus cinco aspectos como
bhakta-r™pa (Mah€prabhu), bhakta-svar™pa (Nity€nanda Prabhu), bhakta-avat€ra (Advaita
šc€rya), bhakta (®r…v€sa) e bhakta-akti (Gadadh€ra PaŠita).

®r… Pañca-tattva mantra


r… kŠa-caitanya prabhu-nity€nanda
r… advaita gad€dhara r…v€s€di-gaura-bhakta-vnda

Mah€-mantra
hare kŠa hare kŠa kŠa kŠa hare hare
hare r€ma hare r€ma r€ma r€ma hare hare

®r… N€ma vandan€


jayati jayati n€m€nanda-r™paˆ mur€rer
viramita-nija-dharma-dhy€na-p™j€di-yatnam
katham api sakd €ttaˆ muktidaˆ pr€Šin€ˆ yat
paramam amtam ekaˆ j…vanaˆ bh™aŠaˆ me (1)
(®r… Bhad-bh€gavat€mta 1.9, San€tana Gosv€m…)
Todas as glórias, todas as glórias ao nome de KŠa-Mur€ri, o inimigo da luxúria e a
personificação da bem-aventurança divina! Ele cessa o ciclo de nascimentos e mortes e nos
alivia dos esforços dolorosos para praticar religião, meditação, caridade, adoração à Deidade
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e austeridades. Ele outorga a liberação a quem pronuncia Seu nome, mesmo que uma única
vez. KŠa-n€ma é o néctar supremo, sem igual, e é o único tesouro da minha vida.

madhura-madhuram etan ma‰galaˆ ma‰gal€n€ˆ


sakala-nigama-vall…-sat-phalaˆ cit-svar™pam
sakd api parig…taˆ raddhay€ helay€ v€
bhgu-vara! nara-m€traˆ t€rayet kŠa-n€ma (2)
(®r… Hari-bhakti-vil€sa 11.234)

KŠa-n€ma é a mais doce das doçuras e o mais auspicioso dentre tudo que é
auspicioso. Ele é a fruta madura da trepadeira florida dos Vedas (®r…mad Bh€gavatam) e é a
manifestação do conhecimento, cit-akti. Ó melhor da dinastia de Bhgu! Mesmo que alguém
cante o santo nome uma única vez, seja com fé, ou com indiferença ( hel€), imediatamente é
liberado deste oceano de nascimentos e mortes!

®r… Guru vandan€


n€ma-re˜haˆ manum api ac…-putram atra svar™paˆ
r™paˆ tasy€grajam uru-pur…ˆ m€thur…ˆ go˜hav€˜…m
r€dh€-kuŠaˆ giri-varam aho! r€dhik€-m€dhav€€ˆ
pr€pto yasya prathita-kpay€ r… guruˆ taˆ nato ’smi (1)
(®r… Mukta-carita, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)

Tenho uma dívida eterna para com ®r… Gurudeva, porque ele tem me possibilitado
tantas coisas. Ele me dá o santo nome, que contém a forma mais elevada de pensamento,
aspiração e ideal, e me concede o serviço àquele grande salvador, o filho de Mãe ®ac…, ®r…
Caitanya Mah€prabhu, que é como uma montanha dourada indicando o caminho para kŠa-
l…l€. ®r… Gurudeva me trouxe até Svar™pa D€modara, que é a própria Lalit€-dev…, a amiga mais
próxima de ®r…mat… R€dhik€. Depois, Ele me levou até ®r… R™pa, que recebeu a ordem de
distribuir r€sa-tattva, e, em seguida, fui levado até ®r… San€tana Gosv€m…, que ajusta nossa
posição em relação à r€g€nug€-bhakti. Gurudeva me levou até Mathur€ MaŠala, onde
acontecem os passatempos de R€dh€ e Govinda, onde as florestas, colinas e cada trepadeira,
arbusto e grão de areia são udd…pana (estímulos) que me ajudam a lembrar de R€dh€ e
Govinda. Ele me deu o R€dh€-kuŠa e Girir€ja Govardhana e, aho (viva!), me deu a certeza
de tudo isso, por isso, inclino minha cabeça com profundo respeito a Seus pés de lótus.
(tradução de ®r…la B.R. ®r…dhara Gosv€m… Mah€r€ja)

namas te gurudev€ya sarva-siddhi-prad€yine


sarva-ma‰gala-r™p€ya sarv€nanda-vidh€yine (2)

Ofereço praŠ€ma a ®r…la Gurudeva, que é a personificação de toda auspiciosidade e


que concede toda perfeição e felicidade espirituais.

yaˆ pravrajantam anupetam apeta-ktyaˆ


dvaip€yano viraha-k€tara €juh€va
putreti tan-mayatay€ taravo ’bhinedus
taˆ sarva-bh™ta-hdayaˆ munim €nato ’smi (3)

Ofereço praŠ€ma a ®r… ®ukadeva Gosv€m…, que pode entrar nos corações de todos os
seres vivos. Quando ele deixou o lar sem submeter-se aos processos purificatórios, tais como
aceitar o cordão sagrado, seu pai, Vy€sa, exclamou: "Ó meu filho"! E como se estivessem
absortas nesse mesmo sentimento de separação, somente as árvores ecoaram em resposta ao
seu chamado.(®r…mad-Bh€gavatam 1.2.2)

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Vijñapti
he r… guro jñ€nada d…na-bandho sv€nanda-d€taƒ karuŠaika-sindho
vnd€van€s…na hit€vat€ra pras…da r€dh€-praŠaya-prac€ra (1)

Ó Gurudeva, você concede conhecimento transcendental e é o amigo dos caídos.


Você transfere a bem-aventurança espiritual que existe dentro de seu próprio coração para o
coração do discípulo. Você é um oceano de misericórdia, um residente de VŠdavana, a
personificação de toda auspiciosidade e prega sobre o amor de ®r…mat… R€dhik€ por KŠa.
Por favor, seja misericordioso comigo.(Arcana-paddhati)

tr€yasva bho jagann€tha guro saˆs€ra-vahnin€


dagdhaˆ m€ˆ k€la-da˜aˆ ca tv€m ahaˆ araŠaˆ gataƒ (2)

Ó Gurudeva, mestre deste mundo! Devido à existência material ser como um


incêndio na floresta, semelhante aos dentes devoradores de Yamar€ja, eu busco refúgio e
apelo para que você me salve.

®r… Guru-r™pa-sakh… praŠ€ma


r€dh€-sanmukha-saˆsaktiˆ sakh…-sa‰ga-niv€sin…m
t€m ahaˆ satataˆ vande guru-r™p€ˆ par€ˆ sakh…m

Eternamente adoro meu Guru, que em sua forma, como uma exaltada sakh…, vive
alegremente imerso na companhia de ®r…mat… R€dhik€ e das outras sakh…s.

®r…la San€tana Gosv€m… vandan€


vair€gya-yug-bhakti-rasaˆ prayatnair
ap€yayan m€m anabh…psum andham
kp€mbudhir yaƒ para-duƒkha-duƒkh…
san€tanaˆ taˆ prabhum €ray€mi
(®r… Vil€pa-kusum€ñjali 6, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)

Eu estava hesitante em tomar o néctar da devoção ( bhakti-r€sa) imbuído da renúncia,


mas, ®r…la San€tana Gosv€m…, que é um oceano de misericórdia e não consegue tolerar o
sofrimento alheio, convenceu-me a fazê-lo. Portanto, ®r…la Sanatana Gosv€m… é meu ika-
guru e me refugio nele.
®r…la R™pa Gosv€m… vandan€
r…-caitanya-mano ’bh…˜aˆ sth€pitaˆ yena bh™tale
svayaˆ r™paƒ kad€ mahyaˆ dad€ti sva-pad€ntikam (1)
(®r… Prema-bhakti-candrik€, Narottama d€sa µh€kura)

Quando ®r… R™pa Gosv€m… me dará refúgio a seus pés de lótus? Tendo compreendido
o desejo mais íntimo de ®r… Caitanya Mah€prabhu, ele foi capaz de estabelecer Sua missão
neste mundo e é muito querido pelo Senhor.

€dad€nas tŠaˆ dantair idaˆ y€ce punaƒ punaƒ


r…mad-r™pa-pad€mbhoja-dh™liƒ sy€ˆ janma-janmani (2)
(®r… Mukt€-carita, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)

Com uma palha entre meus dentes, imploro repetidamente para obter a poeira dos
pés de lótus de ®r…mad R™pa Gosv€m…, nascimento após nascimento.
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®r…man Mah€prabhu vijñapti


anarpita-car…ˆ cir€t karuŠay€vat…rŠaƒ kalau
samarpayitum unnatojjvala-ras€ˆ sva-bhakti-riyam
hariƒ pura˜a-sundara-dyuti-kadamba sand…pitaƒ
sad€ hdaya-kandare sphuratu vaƒ ac…-nandanaƒ (1)
(®r… Vidagdha-m€dhava, R™pa Gosv€m…)

Possa este Senhor, que é conhecido como o filho de ®r…mat… ®ac…dev…, estar
transcendentalmente situado no mais profundo recôndito de seus corações. Refulgente como
o brilho do ouro derretido, Ele apareceu na era de Kali por Sua misericórdia imotivada para
dar o que há muito tempo não havia sido concedido, mañjar…-bh€va, o serviço a ®r…mat…
R€dhik€ como Sua serva confidencial.

saˆs€ra-duƒkha-jaladhau patitasya k€makrodh€di-


nakra-makaraiƒ kaval…-ktasya
durv€san€-nigaitasya nir€rayasya
caitanya-candra mama dehi pad€valambam (2)
(Caitanya-candr€mtam, Prabodh€nanda Sarasvat…)

Ó Caitanya-candra! Preso na perversa armadilha da existência material, caí num


oceano de misérias, onde estou sendo devorado pelos crocodilos e tubarões da luxúria, ira,
cobiça e tudo o mais. Por favor, conceda a este aflito, que está acorrentado por desejos
pecaminosos, um abrigo a Seus pés.

caitanya-candra mama ht-kumudaˆ vik€ya


hdyaˆ vidhehi nija-cintana-bh‰ga-ra‰gaiƒ
kiñc€par€dha-timiraˆ nibiaˆ vidh™ya
p€d€mtaˆ sadaya p€yaya durgataˆ m€m (3)
(®r… Stav€vali, Abh…˜a-s™canam 11, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)

Ó Caitanya-candra! Imploro a Você que, por favor, faça o botão do lótus do meu
coração abrir, para que ele possa atrair e abrigar a abelha-rainha da Sua lembrança. Ó Senhor
misericordioso, meu segundo pedido é que, depois de destruir a densa escuridão de minhas
ofensas, por favor, faça com que esta pessoa miserável beba o néctar dos Seus pés.

®r… Nity€nanda Prabhu praŠ€ma


sa‰karaŠaƒ k€raŠa-toya-€y…
garbhoda-€y… ca payobdhi-€y…
ea ca yasy€ˆa-kal€ƒ sa nity€nand€khya-
r€maƒ araŠaˆ mam€stu (1)
(Diário de ®r… Svar™pa D€modara Gosv€m…)
Sa‰karaŠa, ®ea N€ga e os ViŠus, que Se deitam nos Oceanos K€raŠa, Garbha e K…
ra, são as porções plenas e porções das porções plenas de ®r… Nity€nanda R€ma. Que Ele me
dê um refúgio.

nity€nanda namas tubhyaˆ prem€nanda-prad€yine


kalau kalmaa-n€€ya j€hnav€-pataye namaƒ (2)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nity€nanda Prabhu, o qual concede a bem-aventurança do


amor divino, que remove a contaminação da era de Kali e que é o senhor de J€hnav€-dev….

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®r… Gaura-Nity€nanda praŠ€ma
€j€nu-lambita-bhujau kanak€vad€tau
sa‰k…rtanaika-pitarau kamal€yat€kau
vivambharau dvija-varau yuga-dharma-p€lau
vande jagat-priya-karau karuŠ€vat€rau
(®r… Caitanya-bh€gavata, Vnd€vana d€sa µh€kura)

Adoro ®r… Caitanya Mah€prabhu e ®r… Nity€nanda Prabhu, as encarnações da


misericórdia, cujos braços se estendem até Seus joelhos, cujas compleições são como amarelo
resplandecente e muito encantadoras como a cor do ouro, os quais inauguraram o
movimento de sa‰k…rtana, cujos olhos são alongados como pétalas de lótus, que sustentam o
universo inteiro, que apareceram nas famílias de br€hmaŠas elevados, os quais protegem o
yuga-dharma e que concedem a mais elevada auspiciosidade aos residentes do mundo
material.

®r… KŠa dhy€na


barh€p…€bhir€maˆ mga-mada-tilakaˆ kuŠal€kr€nta-gaŠaˆ
kañj€kaˆ kambu-kaŠ˜haˆ smita-subhaga-mukhaˆ sv€dhare nyasta-veŠum
y€maˆ €ntaˆ tri-bha‰gaˆ ravi-kara-vasanaˆ bh™itaˆ vaijayanty€
vande vnd€vana-sthaˆ yuvati-ata-vtaˆ brahma gop€la-veam (1)

Adoro este Parabrahma, que usa uma coroa decorada com uma pena de pavão, Sua
larga testa possui marcas de tilaka de almíscar e candana açafroada, Seus brincos, em forma
de peixe, fazem sombra sobre Suas bochechas encantadoras, as quais pulverizam o orgulho
da safira, Seus olhos parecem-se com flores de lótus completamente desabrochadas. Seu
pescoço é bonito como uma concha, Seu rosto de lótus é ornado por um sorriso gentil, e traz
uma flauta junto aos lábios que são semelhantes à fruta bimba. Sua tez é da cor de uma
nuvem escura de chuva, Ele é supremamente pacífico, Sua postura em pé apresenta três
encantadoras curvas, Sua veste amarela é resplandecente como os raios do sol, Ele está
adornado com uma guirlanda de flores vaijayant…, está rodeado em todos os lados por
milhares de gop…s, e reside em ®r… Vnd€vana-Dh€ma, ventindo-se como um pastorzinho de
vacas.

kastur…-tilakaˆ lal€˜a-pa˜ale vakaƒ-sthale kaustubhaˆ


n€s€gre vara-mauktikaˆ kara-tale veŠuƒ kare ka‰kaŠam
sarv€‰ge hari-candanaˆ sulalitaˆ kaŠ˜he ca mukt€val…
gopa-str…-parive˜ito vijayate gop€la-c™€maŠiƒ (2)

Todas as glórias Àquele que é o melhor dentre todos os pastorzinhos! Sua testa está
decorada com tilaka almiscarada, em Seu peito descansa a jóia Kaustubha, a ponta de Seu
nariz é adornada com uma delicada pérola, Sua mão de lótus segura a flauta; Seus pulsos
estão enfeitados com pulseiras, Seu corpo todo está untado com polpa de sândalo, Seu
pescoço encantador está enfeitado por um colar de pérolas e Ele está rodeado por jovens
vaqueirinhas.

vaˆ…-nyast€sya-candraˆ smita-yutam atulaˆ p…ta-vastraˆ vareŠyaˆ


kañj€kaˆ sarva-dakaˆ nava-ghana-sadaˆ barha-c™aˆ araŠyam
trai-bha‰gair bha‰gim€‰gaˆ vraja-yuvati-yutaˆ dhvasta-key€di-™raˆ
vande r… nanda-s™nuˆ madhura-rasa-tanuˆ dhurya-m€dhurya-p™ram (3)

Adoro ®r… Nanda-nandana, que segura uma flauta junto aos lábios e Seu sorriso suave
irradia um brilho incomparável, que se veste com uma roupa amarelo-brilhante e Seus olhos
são como lótus. Ele é perito em todas as artes e Sua têz é como a de uma nuvem de chuva.
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Sua cabeça está adornada com uma coroa de penas de pavão e Ele é o refúgio para aqueles
que se rendem a Ele. Sua postura em pé apresenta três encantadoras curvas e está rodeado
pelas jovens donzelas de Vraja; Ele subjuga Ke… e outros demônios, é a jóia suprema da
infinita doçura e é a própria personificação da m€dhurya-r€sa.

phullend…vara-k€ntim indu-vadanaˆ barh€vataˆsa-priyaˆ


r…vats€Škam ud€ra-kaustubha-dharaˆ p…t€mbaraˆ sundaram
gop…n€ˆ nayanotpal€rcita-tanuˆ go-gopa-sa‰gh€vtaˆ
govindaˆ kala-veŠu-v€dana-paraˆ divy€‰ga-bh™aˆ bhaje (4)

Adoro Govinda, cuja tez é da cor da flor de lótus azul ao desabrochar, cujo rosto é
como a lua, que gosta de usar uma pena de pavão em Sua coroa, cujo peito porta a marca de
®r…vatsa e está adornado com a jóia Kaustubha, que está vestido com lindas roupas amarelas,
cuja linda forma as gop…s adoram com olhares de soslaio, que é acompanhado por muitas
vacas e gopas, que toca melodias doces em Sua flauta e cujo corpo é decorado com
ornamentos cintilantes.

®r… KŠa praŠ€ma


namo nalina-netr€ya veŠu-v€dya-vinodine
r€dh€dhara-sudh€-p€na-€line vana-m€line (1)

Ofereço praŠ€ma Àquele cujos olhos são como flores de lótus, que toca Sua flauta
alegremente, que é perito em beber o néctar dos lábios de R€dhik€ e que está adornado com
uma guirlanda de flores silvestres.

kŠ€ya v€sudev€ya haraye param€tmane


praŠata-klea-n€€ya govind€ya namo namaƒ (2)
(®r…mad-Bh€gavatam 10.73.16)

Repetidas vezes, ofereço praŠ€ma a ®r… KŠa, que é o filho de V€sudeva e o


destruidor dos apegos materiais de Seus devotos.

®r… R€dhik€ dhy€nam


amala-kamala-k€ntiˆ n…la-vastr€ˆ suke…ˆ
aadhara-sama-vaktr€ˆ khañjan€k…ˆ manojñ€m
stana-yuga-gata-mukt€d€ma-d…pt€ˆ kior…ˆ
vraja-pati-suta-k€nt€ˆ r€dhik€m €raye ’ham (1)

Abrigo-me em ®r…mat… R€dhik€, cuja têz é como uma flor de lótus imaculada e que se
veste com um tecido azul; cujo cabelo é muito lindo e o rosto, como a lua cheia; cujos olhos
irrequietos e encantadores são como pássaros khañjar…˜a e em cujos seios repousa um
reluzente colar de pérolas; que é eternamente jovem e é a mais querida amante do filho de
Nanda Mah€r€ja.

bhaj€mi r€dh€ˆ aravinda-netr€ˆ


smar€mi r€dh€ˆ madhura-smit€sy€ˆ
vad€mi r€dh€ˆ karuŠ€-bhar€rdr€ˆ
tato mam€ny€sti gatir na k€pi (2)
(®r… Stav€vali, ®r… Vi€kh€nandad€bhidha-stotram 131, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)
10
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Adoro R€dh€ que possui olhos de lótus, lembro-me de R€dh€, que possui um sorriso
doce e falo de R€dh€, que está enternecida de compaixão. Não existe nada além Dela para
mim. Ela é minha vida e alma.

Vijñapti
h€! devi k€ku-bhara-gadgaday€dya-v€c€
y€ce nipatya bhuvi daŠavad udbha˜€rtiƒ
asya pras€dam abudhasya janasya ktv€
g€ndharvike tava gaŠe gaŠan€ˆ vidhehi (1)
(®r… G€ndharv€-sampr€rthan€˜akam 2, R™pa Gosv€m…)

Ó Dev… G€ndharvike! Em total desespero, jogo-me ao chão em daŠavat e, com a


voz embargada, humildemente imploro a Você para que, por favor, seja misericordiosa com
este tolo e considere-me como Sua propriedade.
r€dhe vnd€van€dh…e karuŠ€mta-v€hini
kpay€ nija-p€d€bja-d€syaˆ mahyaˆ prad…yat€m (2)
(Arcana-paddhati)
Ó R€dhe, rainha de Vnd€vana, detentora da misericórdia nectárea! Por favor,
conceda-me o serviço a Seus pés de lótus.

yat-ki‰kar…u bahuaƒ khalu k€ku-v€Š…


nityaˆ parasya puruasya ikhaŠa-mauleƒ
tasy€ƒ kad€ rasa-nidher vabh€nu-j€y€s
tat-keli-kuñja-bhavan€‰gana-m€rjan… sy€m? (3)
(®r… R€dh€-r€sa-sudh€-nidhi 8, Prabodh€nanda Sarasvat…)

Ó filha de Vabh€nu Mah€r€ja, ó oceano de r€sa! O Supremo Bhagav€n, a fonte de


todos os avat€ras, que usa uma pena de pavão em Seu cabelo, cai aos pés de Suas servas e,
aflito e com palavras muito humildes, implora para que Lhe permitam entrar em Seu kuñja,
onde Vocês Se ocupam em divertidos passatempos amorosos. Ah! Se eu pudesse me tornar
apenas uma palha da vassoura usada pelas Suas sakh…s para limpar o chão do Seu bosque
encantador, consideraria minha vida bem sucedida.

®r… Yugala-kiora dhy€nam


kanaka-jalada-g€trau n…la-oŠ€bja-netrau
mgamada-vara-bh€lau m€lat…-kunda-m€lau
tarala-taruŠa-veau n…la-p…t€mbareau
smara nibhta-nikuñje r€dhik€-kŠacandrau (1)
(®r… Nikuñja-rahasya-stava 16, R™pa Gosv€m…)

Ó mente, medite apenas em ®r…mat… R€dhik€ e KŠacandra – A compleição Dela é


como ouro e a Dele, uma nuvem de chuva. Os olhos Dela são como flores de lótus azuis e os
Dele, como lótus vermelhos. Suas testas estão decoradas com tilaka de almíscar, Ela usa uma
guirlanda de flores m€lat… em volta do pescoço e Ele, de flores kunda. Eles estão
maravilhosamente decorados de forma graciosa e juvenil, Ela usando um vestido azul e Ele,
uma veste amarela – enquanto desfrutam dos Seus passatempos nos isolados nikuñjas de
Vraja.

a‰ga-y€malima-ccha˜€bhir abhito mand…ktend…varaˆ


j€yaˆ j€gua-roci€ˆ vidadhataˆ pa˜˜€mbarasya riy€
vnd€raŠya-niv€sinaˆ hdi lasad-d€m€bhir €modaraˆ
r€dh€-skandha-niveitojjvala-bhujaˆ dhy€yema d€modaram (2)
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(®r… Stava-m€l€, R€dh€-d€modara-dhy€na, R™pa Gosv€m…)

Medito nesse ®r… D€modara – Cuja tez negra brilhante é milhões de vezes mais bela
que a flor de lótus azul, cujas vestes amarelas reluzentes acanham a refulgência do ku‰kuma
dourado, cuja residência é ®r… Vnd€vana-dh€ma, cujo peito é embelezado por uma oscilante
guirlanda vaijayant… e cuja magnífica mão esquerda repousa sobre o ombro direito de ®r…mat…
R€dhik€.

®r… Navadv…pa-dh€ma praŠ€ma


nav…na-r…-bhaktiˆ nava-kanaka-gaur€kti-patiˆ
nav€raŠya-reŠ…-nava-sura-sarid-v€ta-valitam
nav…na-r…-r€dh€-hari-rasamayotk…rtana-vidhiˆ
navadv…paˆ vande nava-karuŠa-m€dyan nava-rucim
(®r… Navadv…pa-ataka, Prabodh€nanda Sarasvat…)

Eu adoro ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde KŠa apareceu na forma dourada para


conceder um nível de bhakti que jamais fora dado antes, onde a floresta recém-surgida se
torna mais bela pelo Gang€, fluindo com suas suaves brisas refrescantes, onde ®r…mat…
R€dhik€ e ®r… Hari apareceram em uma nova forma combinada, para trazer aquele k…rtana que
está saturado de r€sa, onde o gosto sempre fresco da doçura devocional original ( ‰g€ra-
r€sa) é outorgado misericordiosamente.

®r… Vnd€vana-dh€ma praŠ€ma


jayati jayati vnd€raŠyam etan mur€reƒ
priyatamam ati-s€dhusv€nta-vaikuŠ˜ha-v€s€t
ramayati sa sad€ g€ƒ p€layan yatra gop…ƒ
svarita-madhura-veŠur vardhayan prema r€se
(®r… Bhad-bh€gavat€mta 1.5, San€tana Gosv€m…)

Todas as glórias, todas as glórias a ®r… Vnd€vana-dh€ma, onde ®r…-Mur€ri desfruta


mais em residir, do que nos corações dos s€dhus, ou mesmo em VaikuŠ˜ha; onde Ele
eternamente pastoreia as vacas, e onde, tocando doces melodias em Sua flauta, aumenta a
paixão amorosa das gop…s por Ele.

®r… PaurŠam€s…-dev… praŠ€ma


r€dhea-keli-prabhut€-vinoda
viny€sa-vijñ€ˆ vraja-vandit€‰ghrim
kp€lut€dy€khila-viva-vandy€ˆ
r… paurŠam€s…ˆ iras€ nam€mi

Inclino minha cabeça e ofereço praŠ€ma a ®r… PaurŠam€s…-dev…, que é totalmente


hábil em arranjar as mais elevadas variedades de desfrute para o senhor de ®r…m€t… R€dhik€,
cujos pés de lótus são adorados pelos Vrajav€s…s, e que, por possuir a totalidade das
qualidades transcendentais, começando pela bondade, é adorável por todos no universo
inteiro.

®r… R€dh€-kuŠa vandan€


he r… sarovara sad€ tvayi s€ mad-…€
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pra˜hena s€rdham iha khelati k€ma-ra‰gaiƒ
tvaˆ cet priy€t priyam at…va tayor it…m€ˆ
h€ daray€dya kpay€ mama j…vitaˆ t€m
(Vil€pa-kusum€ñjali 98, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)
Ó R€dh€-kuŠa, minha senhora está ocupada em mui secretos, belos e divertidos
passatempos com Seu querido KŠa às margens de seu kuñja. Você é tão íntimo e querido
por Eles. Portanto, me refugio em você e oro para que conceda a misericórdia de me mostrar
minha Sv€min…, que é minha vida e alma.

®r… Govardhana praŠ€ma


govardhano jayati aila-kul€dhir€jo
yo gopik€bhir udito hari-d€sa-varyaƒ
kŠena akra-makha-bha‰ga-kt€rcito yaƒ
sapt€ham asya kara-padma-tale ’py av€ts…t (1)
(®r… Bhad-Bh€gavat€mta 1.7, San€tana Gosv€m…)
Glórias à colina de Govardhana, o rei de todas as montanhas (inclusive Sumeru), que
recebeu das gop…s o título de hari-d€sa-varyaƒ: O melhor servo de Hari, que foi adorada pelo
próprio KŠa após Ele parar o sacrifício dos Vrajav€s…s a Indra, e que foi erguida pelas mãos
de lótus de KŠa por sete dias.

sapt€ham ev€cyuta-hasta-pa‰kaje
bh‰g€yam€naˆ phala-m™la-kandaraiƒ
saˆsevyam€naˆ harim €tma-vndakair
govardhan€driˆ iras€ nam€mi (2)
(®r… Bhad-bh€gavat€mta, San€tana Gosv€m…)
Inclino minha cabeça e ofereço praŠ€ma a Girir€ja Govardhana, que descansou sobre
a mão de lótus de Acyuta por sete dias, que é embelezada pelo zumbido dos abelhões, e que
serve a Hari e Seus mais queridos devotos com perícia ao lhes proporcionar as cavernas e
kuñjas, que produz uma abundante variedade de frutas, flores e raízes para o prazer Deles.

®r… Gop…vara-iva praŠ€ma


vnd€van€vani-pate! jaya soma! soma-maule
sanaka-sanandana-san€tana-n€radeya
gop…vara! vraja-vil€si-yug€‰ghri-padme
prema prayaccha nirup€dhi namo namas te
(®r… Sankalpa-kalpadruma 103, Vivan€tha Cakravart… µh€kura)

Ó guardião de Vnd€vana! Ó Soma, todas as glórias a você! Ó você, cuja fronte está
decorada com a lua e que é adorável para todos os sábios liderados por Sanaka, Sanandana,
San€tana e N€rada! Ó Gop…vara! Ansiando que você me conceda prema pelos pés de lótus de
®r… ®r… R€dh€-M€dhava, que executam passatempos jubilosos em Vraja-dh€ma, ofereço-lhe
praŠ€ma repetidas vezes.

®r… Yamun€ praŠ€ma


cid-€nanda-bh€noƒ sad€ nanda-s™noƒ
para-prema-p€tr… drava-brahma-g€tr…
agh€n€ˆ lavitr… jagat-kema-dh€tr…
pavitr…-kriy€n no vapur mitra-putr… (1)
(®r… Padma Pur€Ša)
Yamun€-dev…, a filha do deus do Sol, é um reservatório de prema por ®r… Nanda-s™nu
(filho de Nanda), a personificação da bem-aventurança espiritual. O corpo líquido dela é
13
14
completamente transcendental, ela perdoa pecados e ofensas e confere auspiciosidade ao
universo. Que esta Yamun€-dev… purifique-me.

ga‰g€di-t…rtha-parievita-p€da-padm€ˆ
goloka-saukhya-rasa-p™ra-mahiˆ mahimn€
€pl€vit€khila-sudh€-sujal€ˆ sukh€bdhau
r€dh€-mukunda-mudit€ˆ yamun€ˆ nam€mi (2)
(®r… Padma Pur€Ša)
Ofereço praŠ€ma repetidamente a ®r… Yamun€-dev…, cujos pés de lótus são servidos
por todos os locais sagrados purificantes liderados por Ga‰g€, e que é gloriosa por possuir
devoção a KŠa no humor de m€dhurya-r€sa, que é o oceano que a todos submerge nas
águas do nectáreo êxtase devocional, e que sempre proporciona grande felicidade a ®r…
R€dh€-Mukunda.

®r… Vraja-v€si-vnda praŠ€ma


mud€ yatra brahm€ tn-nikara-gulm€diu paraˆ
sad€ k€‰kan janm€rpita-vividha-karm€py anudinam
kram€d ye tatraiva vraja-bhuvi vasanti priya-jan€
may€ te te vandy€ƒ parama-vinay€ƒ puŠya-khacit€ƒ
(®r… Vraja-vil€sa-stava 100, Raghun€tha d€sa Gosv€m…)
Embora Brahm€ esteja sempre muito ocupado cumprindo seus árduos e numerosos
deveres, o que inclui criar o universo material, ainda assim, ele anseia nascer em Vnd€vana
como uma folha de grama, um arbusto ou qualquer outra espécie de vida. Com toda
humildade, adoro cada um dos queridos devotos que residem nessa Vnd€vana. Eles são
todos supremamente adoráveis e altamente piedosos.

®r… Nsiˆha praŠ€ma


namas te narasiˆh€ya prahl€d€hl€da-d€yine
hiraŠyakaipor vakaƒ il€-˜a‰ka-nakh€laye (1)

Ofereço praŠ€ma a Narasiˆha Bhagav€n, que dá júbilo a Prahl€da Mah€r€ja e cujas


unhas são como cinzéis no peito de pedra do demônio HiraŠyakaipu.

v€g-…€ yasya vadane lakm…r yasya ca vakasi


yasy€ste hdaye saˆvit taˆ nsiˆham ahaˆ bhaje (2)

Em Sua boca, a deusa ®uddha-Sarasvat… está sempre presente; em Seu peito, Lakm…-
dev… sempre brinca e, em Seu coração, afeição especial por Seus devotos sempre se manifesta
– eu adoro esse Nsiˆhadeva.

ito nsiˆhaƒ parato nsiˆho yato yato y€mi tato nsiˆhaƒ


bahir nsiˆho hdaye nsiˆho nsiˆham €diˆ araŠaˆ prapadye (3)
Nsiˆhadeva está aqui e também lá. Onde quer que eu vá, ali Nsiˆhadeva está. Ele
está dentro e também fora do coração. Eu me rendo a Nsiˆhadeva, a origem de tudo e o
refúgio supremo.
Jaya-Dhvani

®r… ®r… Guru-Gaur€‰ga-G€ndharvik€-Giridh€r…-R€dh€-Vinoda-bih€r…j… k… jaya!


Oˆ viŠup€da paramahaˆsa parivr€jak€c€rya a˜ottara-ata ®r… ®r…mad Bhaktived€nta
N€r€yaŠa Mah€r€ja k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a oˆ viŠup€da paramahaˆsa parivr€jak€c€rya a˜ottara-ata ®r… ®r…
mad Bhaktived€nta V€mana Mah€r€ja k… jaya!
14
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Nitya-l…l€-pravi˜a oˆ viŠup€da a˜ottara-ata ®r… ®r…mad Bhaktived€nta Sv€m…
Mah€r€ja k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a oˆ viŠup€da a˜ottara-ata ®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava
Gosv€m… Mah€r€ja k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a oˆ viŠup€da a˜ottara-ata ®r… ®r…mad Bhaktisiddh€nta Sarasvat…
Gosv€m… Prabhup€da k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a paramahaˆsa ®r…la Gaura kiora d€sa B€b€j… Mah€r€ja k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a saccid€nanda ®r…la Bhaktivinoda µh€kura k… jaya!
Nitya-l…l€-pravi˜a vaiŠava-s€rvabhauma ®r…la Jagann€tha d€sa B€b€j… Mah€r€ja k… jaya!
®r… Gau…ya Ved€nt€c€rya ®r…la Baladeva Vidy€bh™aŠa Prabhu k… jaya!
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura k… jaya!
®r…la Narottama-®r…niv€sa-®y€m€nanda Prabhu-traya k… jaya!
®r…la KŠad€sa Kavir€ja Gosv€m… Prabhu k… jaya!
®r… R™pa, San€tana, Bha˜˜a Raghun€tha, ®r… J…va, Gop€la-bha˜˜a, d€sa Raghun€tha, ±a-
Gosv€m… Prabhu k… jaya!
®r… Svar™pa D€modara, R€ya R€m€nand€di, ®r… Gaura-p€rada-vnda k… jaya!
N€m€c€rya ®r…la Harid€sa µh€kura k… jaya!
Prema-se kaho ®r… KŠa-Caitanya, Prabhu Nity€nanda, ®r… Advaita, Gad€dhara, ®r…
v€s€di, ®r… Gaura-bhakta-vnda k… jaya!
®r… Antardv…pa-M€y€pura, S…mantadv…pa, Godrumadv…pa, Madhyadv…pa, Koladv…pa,
¬tudv…pa, Jahnudv…pa, Modadrumadv…pa, Rudradv…p€tmaka ®r… Navadv…pa-dh€ma
k… jaya!
®r… ®r… R€dh€-KŠa gopa-gop…-go-govardhana-dv€daa-van€tmaka ®r… VrajamaŠala k…
jaya!
®r… ®y€ma-kuŠa, R€dh€-kuŠa, Yamun€, Ga‰g€, Tulas…, Bhakti-dev… k… jaya!
®r… Jagann€tha, Baladeva, Subhadr€j… k… jaya!
Nsiˆha Bhagav€n k… jaya! Bhakta-pravara ®r… Prahl€da Mah€r€ja k… jaya!
C€ro samprad€ya k… jaya!
škara ma˜ha-r€ja ®r… Caitanya Ma˜ha k… jaya!
®r… Gau…ya Ved€nta Samiti k… jaya!
®r… Dev€nanda Gau…ya Ma˜ha aura any€nya €kh€ ma˜ha sam™há k… jaya!
®r… Harin€ma-sa‰k…rtana k… jaya!
Ananta-ko˜i vaiŠava-vnda k… jaya!
Sam€gata bhakta-vnda k… jaya!
®r… Gaura-prem€nande! Hari hari bol!

®r… Guru-Parampar€
®r…la Bhaktisiddh€nta Sarasvat… Gosv€m… Prabhup€da

kŠa hoite catur-mukha, hoya kŠa-sevonmukha, brahm€ hoite n€radera mati


n€rada hoite vy€sa, madhva kohe vy€sa-d€sa, p™rŠaprajña padman€bha-gati (1)

No início da criação, ®r… KŠa falou a ciência do serviço devocional ao Senhor Brahm€
de quatro faces, o qual, por sua vez, transmitiu esses ensinamentos a N€rada Mun…, que
aceitou KŠa Dvaip€yana Vy€sadeva como seu discípulo. Vy€sa transmitiu esse
conhecimento a Madhv€c€rya, o qual também é conhecido como P™rŠaprajña T…rtha e que foi
o único refúgio para seu discípulo Padman€bha T…rtha.

nhari-m€dhava-vaˆe, akobhya-paramahaˆse, iya boli’ a‰g…k€ra kore


akobhyera iya jaya-t…rtha n€me paricaya, t€’ra d€sye jñ€nasindhu tore (2)

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Seguindo na linha de Madhv€c€rya, vieram Nhari T…rtha e M€dhava T…rtha, cujo
discípulo principal foi um grande paramahaˆsa, Akobhya T…rtha. Ele, por sua vez, aceitou
como discípulo Jayat…rtha, que passou seu serviço adiante para Jñ€nasindhu.

t€h€ hoite day€nidhi, t€’ra d€sa vidy€nidhi, r€jendra hoilo t€h€ ho’te
t€h€ra ki‰kara jaya-dharma n€me paricaya, parampar€ j€no bh€lo-mate (3)

A partir dele, a linha descendeu até Day€nidhi, depois, ao seu discípulo Vidy€nidhi,
em seguida, para R€jendra T…rtha, cujo servo foi o famoso Jayadharma, também conhecido
como Vijayadhvaja T…rtha. Desta forma, o guru parampar€ é devidamente compreendido.

jayadharma-d€sye khy€ti, r… puruottama-yati, t€’ ho’te brahmaŠya-t…rtha-s™ri


vy€sat…rtha t€’ra d€sa, lakm…pati vy€sa-d€sa, t€ha ho’te m€dhavendra-pur… (4)

O grande sanny€s… ®r… Puruottama T…rtha foi um renomado discípulo a serviço de


Jayadharma. A partir de ®r… Puruottama, a linha descende ao poderoso BrahmaŠyat…rtha, em
seguida, a Vy€sat…rtha. Seu sucessor foi ®r… Lakm…pati, que deu continuidade à linha com ®r…
M€dhavendra Pur….

m€dhavendra-pur…-vara-iya-vara r… …vara, nity€nanda, r… advaita vibhu


…vara-pur…ke dhanya, korilena r… caitanya, jagad-guru gaura mah€prabhu (5)

®r… Ÿvara Pur… foi o discípulo sanny€sa mais proeminente do grande ®r… M€dhavendra
Pur…, cujos discípulos também incluíam os avat€ras ®r… Nity€nanda Prabhu e ®r… Advaita
šc€rya. ®r… Caitanya Mah€prabu, o Senhor Dourado e preceptor espiritual de todos os
mundos, tornou Ÿvara Pur… mui afortunado ao aceitá-lo como seu d…ka guru.
(Nity€nanda Prabhu aceitou d…ka de Lakm…pati T…rtha e, na verdade, era irmão espirtitual de
M€dhavendra Pur…, mas aceitou M€dhavendra como s…ka-guru. Assim, seguimos o Bhagavat-
parampar€, na linha de s…ka em vez de d…ka).

mah€prabhu r… caitanya, r€dh€-kŠa nahe anya, r™p€nuga-janera j…vana


vivambhara-priya‰kara, r… svar™pa-d€modara, r… gosv€m… r™pa, san€tana (6)

®r… Caitanya Mah€prabhu, que é a combinação de R€dh€ e KŠa, é a própria vida dos
r™p€nuga VaiŠavas, que seguem ®r… R™pa Gosv€m…. ®r… Svar™pa D€modara Gosvam…, ®r… R™pa
e ®r… San€tana Gosv€m…s eram os mais queridos servos de Vivambhara (®r… Caitanya).
r™pa-priya mah€jana, j…va, raghun€tha hana, t€’ra priya kavi kŠad€sa
kŠad€sa-priya-vara, narottama sev€-para, j€’ra pada vivan€tha-€a (7)

®r…la R™pa Gosv€m… tinha em altíssima estima as magníficas personalidades santas ®r… J…
va Gosv€m… e ®r… Raghun€tha d€sa Gosv€m…, cujo discípulo íntimo foi o grande poeta ®r…
KŠad€sa Kavir€ja. O mais querido de KŠad€sa foi ®r…la Narottama d€sa µh€kura, que
estava permanentemente ocupado em guru-sev€. Seus pés de lótus eram a única esperança e
aspiração de ®r… Vivan€tha Cakravart… µh€kura.

vivan€tha bhakta-s€tha, baladeva, jagann€tha, t€’ra priya r… bhaktivinoda


mah€-bh€gavata-vara, r… gaurakiora-vara, hari-bhajanete j€’ra moda (8)

Proeminente entre os associados de Vivan€tha Cakravart… µh€kura foi ®r… Baladeva


Vidy€bh™aŠa. Depois dele, a linha descendeu até Jagann€tha d€sa B€b€j… Mah€r€ja, que foi o
amado …ka-guru de Bhaktivinoda µh€kura. Bhaktivinoda foi o amigo íntimo do grande
mah€bh€gavata ®r…la Gaurakiora d€sa B€b€j… Mah€r€ja, cujo único deleite era hari-bhajana.
r… v€rabh€nav…-var€, sad€ sevya-sev€-par€, t€h€ra dayita-d€sa n€ma
prabhup€da-antara‰ga, r…-svar™pa-r™panuga, r… keava bhakati-prajñ€na
gau…ya-ved€nta-vett€, m€y€v€da-tamohant€, gaurav€Š…-prac€r€c€ra-dh€ma (9)

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O mais célebre ®r…la Bhaktisiddh€nta Sarasvat… µh€kura, cujo nome de iniciação era ®r…
V€rabh€nav… Dayita d€sa, estava sempre ocupado no serviço divino a Hari, Guru e VaiŠava.
Um discípulo íntimo de Prabhup€da, seguindo a linha de Svar™pa D€modara e R™pa
Gosv€m…, foi ®r… Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m…. Tendo conhecimento pleno da filosofia
Ved€nta de acordo com a Gau…ya samprad€ya, ®r…la Keava Mah€r€ja aniquilou a escuridão
de todos os argumentos m€y€v€da. Ele serviu muitíssimo a Navadv…pa Dh€ma e sua vida é um
exemplo de prática e pregação da mensagem de Mah€prabhu.

Ou: t€’ra iya agaŠana, t€’ra madhye pre˜ha hana, r… bhakti-prajñ€na keava
t€’ra iya agaŠana, t€’ra madhye anyatama, r… bhaktived€nta n€r€yaŠa (9)

Entre os discípulos incontáveis de Prabhup€da, ®r… Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… foi
o mais querido. E, entre os incontáveis discípulos de ®r… Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m…, um
dos mais proeminentes é ®r… Bhaktived€nta N€r€yaŠa Mah€r€ja.

Ou: t€ra pradh€n prac€rako, r…-bhaktived€nta n€mo, patita-janete doy€-dh€ma

O mais exaltado pregador, discípulo de ®r…la Bhaktisiddh€nta Sarasvat… foi ®r…


Bhaktived€nta Sv€m… Prabhup€da, que propagou a mensagem de ®r… Caitanya Mah€prabhu
pelo mundo, sendo assim, um reservatório de misericórdia e compaixão para todas as almas
caídas.

ei saba harijana, gaur€‰gera nija-jana, t€’dera ucchi˜e mora k€ma (10)


É meu desejo honrar os remanentes ( ucchi˜a) - a mah€-pras€da e as instruções – dos
lábios de lótus de todos estes associados pessoais de ®r… KŠa e ®r… Caitanya Mah€prabhu.

®r… Gurva˜akam
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

saˆs€ra-d€v€nala-l…ha-loka, tr€Š€yak€ruŠya-ghan€ghanatvam
pr€ptasya kaly€Ša-guŠ€rŠavasya, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (1)

Assim como uma nuvem carregada extingue um incêndio abrasante na floresta ao


despejar sua chuva sobre ela, ®r… Gurudeva, através da sua chuva de misericórdia divina, salva
as pessoas que estão ardendo no fogo da existência material, sofrendo as três classes de
misérias – adhy€tmika, adhibhautika e adhidaivika . Ofereço preces aos pés de lótus de ®r…
Gurudeva, que se manifesta quando a misericórdia de KŠa torna-se muito intensa e que é
um oceano de qualidades auspiciosas.

mah€prabhoƒ k…rtana-ntya-g…ta, v€ditra-m€dyan-manaso rasena


rom€ñca-kamp€ru-tara‰ga-bh€jo, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (2)

®r… Gurudeva é inspirado pelo sa‰k…rtana de Mah€prabhu e está sempre dançando,


cantando e tocando instrumentos musicais. Por saborear o prema-rasa de Mah€prabhu em seu
coração, às vezes, tal como um alienado, ele exibe sintomas extáticos, seus pêlos se arrepiam,
ele treme e ondas de lágrimas fluem dos seus olhos. Ofereço preces aos pés de lótus de ®r…
Gurudeva.

r…-vigrah€r€dhana-nitya-n€n€, ‰g€ra-tan-mandira-m€rjan€dau
yuktasya bhakt€ˆ ca niyuñjato ’pi, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (3)

Adorando constantemente ®r… Vigraha e absorto em ‰g€ra-rasa, ®r… Gurudeva As veste


diferentemente, a cada dia, com belas roupas e ornamentos elaborados para facilitar Seus
encontros. Ele limpa o templo e realiza outros serviços para Elas. Da mesma forma, ocupa
seus discípulos nestes serviços. Ofereço preces aos pés de lótus de ®r… Gurudeva.
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catur-vidha-r…-bhagavat-pras€da,sv€dv-anna-tpt€n hari-bhakta-sa‰gh€n
ktvaiva tptiˆ bhajataƒ sadaiva, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (4)

®r… Gurudeva fica sempre satisfeito ao ver os devotos de ®r… KŠa saboreando quatro
tipos de alimentos que foram oferecidos: aqueles que podem ser mastigados, chupados,
lambidos e bebidos. Assim, os devotos ficam satisfeitos ao saborear mah€-pras€da (isto é, ao
aceitar pras€da no humor de serviço, a vida material é destruída e a bem-aventurança do amor
divino desperta em seus corações). Ofereço preces aos pés de lótus de ®r… Gurudeva.

r…-r€dhik€-m€dhavayor ap€ra, m€dhurya-l…l€-guŠa-r™pa-n€mn€m


prati-kaŠ€sv€dana-lolupasya, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (5)

A todo o momento, ®r… Gurudeva experimenta avidez intensa em seu coração por
saborear a ilimitada doçura dos santos nomes, formas, qualidades e passatempos de ®r… ®r…
R€dh€-M€dhava em Vnd€vana. Ofereço minhas preces aos pés de lótus de ®r… Gurudeva.

nikuñja-y™no rati-keli-siddhyai, y€ y€libhir yuktir apekan…y€


tatr€ti-d€k€d ati-vallabhasya, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (6)

®r… Gurudeva está sempre presente com as sakh…s, planejando os arranjos para a
perfeição dos passatempos amorosos (rati-keli) de yugala-kiora nos kuñjas de Vnd€vana.
Por ser muito hábil em fazer esses arranjos deliciosos para o prazer Deles, ele é muito querido
por ®r… R€dh€ e KŠa. Ofereço preces aos pés de lótus de ®r… Gurudeva.

s€k€d-dharitvena samasta-€strair, uktas tath€ bh€vyata eva sadbhiƒ


kintu prabhor yaƒ priya eva tasya, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (7)

Todas as escrituras proclamam que ®r… Gurudeva é s€k€t hari, a potência direta de ®r…
Hari, portanto, é considerado pelas autoridades santas como sendo o representante não-
diferente Dele. Por ®r… Gurudeva ser tão querido pelo Senhor, sendo o seu servo confidencial
(acintya-bhed€bheda-prak€a vigraha - a inconcebível manifestação adorável diferente e não-
diferente do Senhor), ofereço preces a seus pés de lótus.

yasya pras€d€d bhagavat-pras€do, yasy€pras€d€n na gatiƒ kuto ’pi


dhy€yaˆ stuvaˆs tasya yaas tri-sandhyaˆ, vande guroƒ r… caraŠ€ravindam (8)

Somente pela misericórdia de ®r… Gurudeva é que se pode receber a misericórdia de


KŠa; sem a graça dele, as entidades vivas não conseguem fazer avanço algum, nem mesmo
se salvar. Meditando três vezes ao dia nas glórias de ®r… Gurudeva e recitando stava-stuti,
ofereço preces aos pés de lótus dele.

r…mad-guror a˜akam etad uccair, br€hme muh™rte pa˜hati prayatn€t


yas tena vnd€vana-n€tha-s€k€t, sevaiva labhy€ januo ’nta eva (9)

A pessoa que, com muita atenção, recitar este a˜akam para ®r… Gurudeva durante o
br€hma muh™rta, com certeza, obterá o serviço direto aos pés de lótus de ®r… KŠa, a própria
vida e alma de Vnd€vana (vnd€vana-n€tha), alcançando, assim, o seu vastu-siddhi, ou forma
espiritual pura.

®r… Gurva˜akam (versão em Bengali)


®r…mad Bhaktiviveka Bh€rat… Gosv€m… Mah€r€ja

d€v€nala-sama saˆs€ra-dahane, dagdha j…va-kula uddh€ra k€raŠe


koruŠ€-v€rida kp€v€ri-d€ne, (vandi) guŠa-sindhu gurura caraŠa-kamala (1)
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ntya-g…ta-v€dya-r…-hari-k…rtane, rahena magana mah€matta mane


rom€ñca-kamp€ru hoya gaura-preme, vandi sei gurur caraŠa-kamala (2)

sad€ rata jini vigraha-sevane, ‰g€r€di €ra mandira-m€rjane


korena niyukta anugata-jane‚ vandi sei gurur caraŠa-kamala (3)

carvya-cuya-lehya-peya-rasamaya, pras€d€nna kŠera ati sv€du hoya


bhakta-€sv€dane nija tpta roya, vandi sei gurur caraŠa-kamala (4)

r…-r€dh€-m€dhava-n€ma-r™pa-guŠe, ananta-m€dhurya-l…l€-€sv€dane
lubdha-citta jini hana pratikane, vandi sei gurur caraŠa-kamala (5)

vraja-yuva-dvandva-rati-samvardhane, yukti kore sakh…-gaŠe vnd€vane


ati daka t€he, priyatama-gaŠe, vandi sei gurur caraŠa-kamala (6)

sarva-€stre g€ya r… harira svar™pa, bhakta-gaŠa bh€ve sei anur™pa


kintu jini prabhu-priyatama-r™pa, vandi sei gurur caraŠa-kamala (7)

j€h€ra pras€de kŠa-kp€ p€i, j€’ra apras€de anya gati n€i


tri-sandhy€ k…rtira stava-dhy€ne bh€i, vandi sei gurur caraŠa-kamala (8)

gurudev€˜aka ati yatna kori’, br€hma-muh™rte poe ucca kori’


vnd€vana-n€tha s€k€t r… hari, sev€ p€ya sei vastu-siddhi-k€le (9)
Tradução: mesma do Gurva˜akam de ®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

Gurudeva! Boo Kp€ Kori’


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

gurudeva! boo kp€ kori’, gaua-vana m€jhe, godrume diy€cha sth€na


€jñ€ dil€ more, ei vraje bosi’, harin€ma kara g€na (1)

Gurudeva, muito misericordiosamente você me trouxe a Godruma nas florestas de


Gaua, ordenando para que eu habite no sagrado reino de Vraja e cante hari-n€ma.

kintu kabe prabhu, yogyat€ arpibe, e d€sere day€ kari’


citta sthira ha’be, sakala sohibo, ek€nte bhajiba hari (2)

Mas quando, ó meu mestre, você terá a misericórdia de outorgar a esse seu servo a
qualificação para cumprir sua ordem? Somente assim, minha mente estará em paz, serei capaz
de suportar todas as dificuldades e servir ®r… Hari com foco uni-direcionado.

aiava-yauvane, jaa-sukha-sa‰ge, abhy€sa hoilo manda


nija-karma-doe, e deha haila, bhajanera pratibandha (3)

Entregando-me aos prazeres mundanos na minha infância e juventude, cultivei


muitos maus hábitos. Devido às reações a estes atos pecaminosos, meu próprio corpo se
tornou um obstáculo para executar bhajana.

v€rdhakye ekhana, pañca-roge hata, kemane bhojibo bolo’


k€‰diy€ k€‰diy€, tom€ra caraŠe, paiy€chi suvihvala (4)

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Agora, na velhice, afligido pelas mazelas dos cinco sentidos, como posso fazer
bhajana? Ó Mestre, chorando amargamente e em grande ansiedade, atiro-me a seus pés de
lótus.
Gurudeva! Kp€-Bindu Diy€
– Gurudeva ! Dê-me Uma Gota de Misericórdia –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

gurudeva!
kp€-bindu diy€, koro ei d€se, tŠ€pek€ ati h…na
sakala sahane, bala diy€ koro, nija-m€ne sph€-h…na (1)

Gurudeva! Dê-me uma gota de misericórdia, faça este servo mais humilde do que uma
folha de grama. Dê-me forças para tolerar todas as provações. Que eu não anseie por minha
própria honra e fama.

sakale samm€na, karite akati, deha n€tha! yath€yatha


tabe ta’ g€ibo, harin€ma sukhe, apar€dha ha’be hata (2)

Dê-me forças para honrar todas as entidades vivas de acordo com o que lhes é devido
(e a todos os VaiŠavas conforme a sua plataforma). Então, serei capaz de cantar os santos
nomes em bem-aventurança, e todas as minhas ofensas serão extintas!

kabe hena kp€, labhiy€ e jana, kt€rtha haibe n€tha!


akti-buddhi-h…na, €mi ati d…na, kara more €tma-s€tha (3)

Ó meu mestre! Quando serei abençoado com sua misericórdia e, finalmente, minha
vida se tornará exitosa? Sou tão caído que não tenho nenhuma força ou inteligência. Tenha a
bondade de pegar minha alma e faça com que eu me torne assim como você.

yogyat€-vic€re, kichu n€hi p€i, tom€ra karuŠ€ s€ra


karuŠ€ n€ haile, k€‰diy€ k€‰diy€, pr€Ša n€ r€khibo €ra (4)

Se examinar a mim mesmo, não encontrarei boas qualidades, a sua misericórdia é


fundamental para minha existência. Se você não for misericordioso comigo, chorarei
amargamente e não mais manterei a minha vida.

®r… Guru-CaraŠa-Padma
– Os Pés de Lótus de ®r… Guru –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

r… guru-caraŠa-padma, kevala bhakati-sadma, vando mui s€vadh€na-mate


j€h€ra pras€de bh€i, e bhava tariy€ j€i, kŠa-pr€pti haya j€h€ ha’te (1)

Os pés de lótus de gurudeva são o tesouro do imaculado r… prema-bhakti por KŠa.
Com todo o cuidado, eu adoro e sirvo estes pés de lótus ( gurup€da padma). Pela misericórdia
de gurudeva, ó irmão, qualquer um pode atravessar este vasto oceano de misérias e alcançar
os pés de lótus de ®r… KŠa.

guru-mukha-padma-v€kya, cittete kariy€ aikya, €ra n€ kariha mane €€


r… guru-caraŠe rati, ei se uttam€ gati, je pras€de p™re sarva €€ (2)

As palavras que emanam da boca de lótus de ®r… Gurudeva devem ser guardadas no
coração. Nossa única aspiração deve ser ouvir suas instruções, pois elas nos conduzem à meta

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mais elevada - rati, apego transcendental a seus pés de lótus. Por sua graça, todos os nossos
anseios por perfeição espiritual são realizados.

caku-d€na dil€ jei, janme janme prabhu sei, divya-jñ€na hde prak€ito
prema-bhakti j€h€ haite, avidy€ vin€a j€te, vede g€ya j€h€ra carito (3)

Ele me concede a graça da visão transcendental e ilumina meu coração com


conhecimento divino. Ele é meu mestre nascimento após nascimento. Dele emana prema-
bhakti, divina devoção amorosa, através da qual, a ignorância é destruída. As escrituras
védicas enaltecem o seu caráter.

r… guru karuŠ€-sindhu, adhama jan€ra bandhu, lokan€tha lokera j…vana


h€ h€ prabhu! koro doy€, deho more pada-ch€y€, tuw€ pade loinu araŠa
(ebe yaa ghuuka tribhuvana) (4)

®r… Gurudeva é um oceano de misericórdia, o maior amigo dos desamparados, a vida


e alma de todos! Ó mestre, seja misericordioso! Ó Gurudeva dê-me a sombra dos seus pés de
lótus – estou me rendendo aos seus pés. (Agora, sua fama será espalhada pelos três mundos.)

Ohe! VaiŠava µh€kura


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

ohe! vaiŠava ˜h€kura, doy€ra s€gara, e d€se koruŠ€ kori’


diy€ pada-ch€y€, odha he €m€re, tom€ra caraŠa dhori (1)

Ó adorável VaiŠava µh€kura! Oceano de misericórdia! Seja misericordioso para com este
seu servo e, concedendo-me a sombra de seus pés, purifique-me! Estou me agarrando a seus pés
de lótus!
chaya vega domi’, chaya doa odhi’, chaya guŠa deho’ d€se
chaya sat-sa‰ga, deho’ he €m€re, bosechi sa‰gera €e (2)

Ajude-me a subjugar os seis impulsos1 e purificar minhas seis falhas2. Por favor,
conceda-me as seis qualidades de um devoto 3 e me ofereça os seis tipos de associação
devocional4. Permanecerei na sua associação, esperando receber isto.

ek€k… €m€ra, n€hi p€ya bala, harin€ma-sa‰k…rtane


tumi kp€ kori’, raddh€-bindu diy€, deha’ kŠa-n€ma-dhane (3)

Sozinho, não tenho forças para realizar meu harin€ma-sa‰k…rtana. Por favor, seja
bondoso e me dê uma gota de fé. Por favor, conceda-me o tesouro inestimável de kŠa-
n€ma!
kŠa se tom€ra, kŠa dite p€ra, tom€ra akati €che
€mi ta’ k€‰g€la, ‘kŠa kŠa’ boli’, dh€i tava p€che p€che (4)

KŠa é seu! Você tem o poder de dar KŠa! Não sou mais que um mendicante correndo
atrás de você clamando: “KŠa! KŠa”!

1. Os seis impulsos (chaya vega): v€cah - fala, manasah – mente; krodha – ira; jihv€ – língua; udara –
estômago; e upastha – órgãos genitais.
2. Seis falhas que arruinam o bhajana (chaya doa): aty€h€ra - comer ou coletar demais; pray€sah -
esforço demasiado; prajalpa - conversa inútil; niyama-€graha – seguir regras e regulações
mecanicamente ou com apego excessivo ou niyama-agraha - negligenciar demais as regras; asat-
jana-sanga – convivência com pessoas de mentalidade mundana; laulyam - ardente cobiça
mundana.
21
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3. Seis qualidades que incrementam o bhajana (chaya guŠa): uts€h€ – entusiasmo; niscay€t - fé firme;
dhairya - paciência para conseguir prema; bhakti-anukula-pravrtti - aceitar atividades que são
favoráveis para bhajana; asat-sanga-ty€ga - abandonar a convivência mundana; bhakti-sad€c€ra –
bom comportamento em favor da devoção.
4. Seis maneiras fidedignas de interação com os devotos (chaya sat-sanga): d€na - dar caridade aos
devotos, pratigraha - aceitar presentes em troca; bhajana-kath€-sravana-alapa - ouvir e discutir
temas sobre bhajana; mah€prasada bhaksana - honrar mah€pras€da; bhojana d€na - dar pras€da.

®r… VaiŠava-Vandan€
®r… Devak…nandana d€sa µh€kura

vnd€vana-v€s… jata vaiŠavera gaŠa, prathame vandan€ kari sab€ra caraŠa (1)

Primeiramente, ofereço glorificações aos pés de todos os VaiŠavas de Vnd€vana.

n…l€cala-v€s… jata mah€prabhura gaŠa, bh™mite paiy€ vandoñ sab€ra caraŠa (2)

Louvando a todos os associados de Mah€prabhu em N…l€cala, prostro-me aos pés


deles.
navadv…pa-v€s… jata mah€prabhura bhakta, sab€ra caraŠa vandoñ haiy€ anurakta (3)

Oro pelo apego amoroso aos pés de lótus de todos os bhaktas de Mah€prabhu em
Navadv…pa.
mah€prabhura bhakta jata gaua-dee sthiti, sab€ra caraŠa vandoñ kariy€ praŠati (4)

Ofereço praŠ€ma aos pés de todos os devotos de Mah€prabhu em Gauadea


(Bengala).
je-dee je-dee baise gaur€‰gera gaŠa, ™rdhva-b€hu kari vandoñ sab€ra caraŠa (5)

De braços erguidos, oro aos pés de todos os bhaktas de Gaur€Šga, seja qual for o país
em que residam.
haiy€chena haibena prabhura jata d€sa, sab€ra caraŠa vandoñ dante kari’ gh€sa (6)

Com uma palha entre meus dentes, rendo-me aos pés de todos os servos de
Mah€prabhu do passado, presente e futuro.

brahm€Ša t€rite akti dhare jane jane, e veda pur€Še guŠa g€ya jev€ une (7)

Os Vedas e Pur€Šas glorificam os VaiŠavas e proclamam que cada um dos devotos do


Senhor possui akti para salvar o universo inteiro.
mah€prabhura gaŠa saba patita-p€vana, t€i lobhe mui p€p… lainu araŠa (8)

Ouvindo sobre as glórias deles, vim com muita vontade me render aos bhaktas de
Mah€prabhu, todos eles são patita p€vana para pecadores como eu.

vandan€ karite mui kata akti dhari, tamo-buddhi-doe mui dambha m€tra kari (9)

Que capacidade tenho para glorificá-los? Mas pela minha ignorância e orgulho
excessivo o faço mesmo assim, julgando-me qualificado para tanto.

tath€pi m™kera bh€gya manera ull€sa, doa kami’ mo-adhame kara nija-d€sa (10)

Embora eu seja tolo e incapaz de expressar a grandeza deles, ainda assim, meu coração
está alegre devido a minha grande boa fortuna (que os VaiŠavas me aceitaram como sendo
deles e Gurudeva me deu harin€ma repleto de bem-aventurados passatempos). Perdoem as
falhas desta alma caída e façam de mim seu servo.
22
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sarva-v€ñch€ siddhi haya yama-bandha chu˜e, jagate durlabha haiy€ prema-dhana lu˜e (11)

Eles concedem a perfeição de todos os desejos, inclusive o de libertar-se da morte e,


até mesmo, o mais raro tesouro que não é encontrado nesse mundo – prema!

manera v€san€ p™rŠa acir€te haya, devak…nandana d€sa ei lobhe kaya (12)

Todos os desejos que forem puros e sinceros serão realizados sem demora. Devak…
nandana d€sa, intensamente, anseia por isso, glorificando e orando aos VaiŠavas.

Ei-b€ro KaruŠ€ Koro


®r…la Narottama d€sa µh€kura

ei-b€ro karuŠ€ koro vaiŠava gos€i, patita-p€vana tom€ vine keho n€i (1)

VaiŠava Gos€i, por favor, me dê sua misericórdia desta vez! Você é patita-p€vana, o
purificador dos caídos. Não há ninguém, além de você, para nos salvar!

k€h€ra nika˜e gele p€pa d™re j€ya, emona doy€la prabhu kev€ kath€ p€ya? (2)

Na sua associação, todos os pecados desaparecem. Onde encontraremos um mestre


tão misericordioso quanto você?

ga‰g€ra paraa hoile pac€te p€vana, darane pavitra koro – ei tom€ra guŠa (3)

Após tocar o Ga‰g€, a pessoa torna-se purificada, contudo, sua virtude é tamanha
que, apenas por vê-lo, ela já se purifica de seus pecados!

hari-sth€ne apar€dhe t€’re harin€ma, tom€ sth€ne apar€dhe nahika eh€na (4)

Ofensas cometidas aos pés de lótus de ®r… Hari são absolvidas pelo harin€ma. Porém,
para ofensas contra você, não há absolutamente nenhum meio de salvação!

tom€ra hdaye sad€ govinda vir€ma, govinda kahena, ‘mama vaiŠava par€Ša (5)

Govinda permanece sempre em seu coração. Assim, Govinda diz: “Os VaiŠavas são
Minha vida e alma”!

prati-janme kari €€ caraŠera dh™li, narottame koro doy€ €pan€ra boli’ (6)

Narottama d€sa ora: “A cada nascimento, anseio pela poeira dos seus pés de lótus.
Por favor, seja misericordioso comigo e considere-me seu”.

Sakala VaiŠava Gos€i


®r… R€dh€-Mohana d€sa

sakala vaiŠava gos€i doy€ koro more, dante tŠa dhori’ kohe e d…na p€mare (1)

Com uma palha entre meus dentes, esta pessoa mui desprezível e caída pede a todos
os VaiŠavas e Gosv€m…s: "Por favor, dêem-me sua misericórdia."

r… guru-caraŠa €ra r… kŠa-caitanya, p€da-padma p€oy€iy€ more koro dhanya (2)
23
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®r… Guru, os VaiŠavas e ®r… KŠa-Caitanya (e Nity€nanda Prabhu) devem dar-me


refúgio aos seus pés de lótus e tornar-me afortunado.

tom€’ sab€ra karuŠ€ vine ih€ pr€pti naya, viee ayogya mui kahila nicaya (3)

Sem receber a misericórdia de todos os VaiŠavas, serei privado do refúgio dos pés
de lótus de Gaura-Nit€i. Sei que sou totalmente desqualificado.

v€ñch€-kalpa-taru hao karuŠ€-s€gara, ei ta’ baras€ mui dhariye antara (4)

Todos os VaiŠavas são v€ñch€ kalpa-taru (árvores que realizam desejos) e um


oceano de misericórdia. É minha mais profunda esperança que os VaiŠavas me dêem sua
misericórdia para que, assim, eu possa alcançar os pés de lótus de Mah€prabhu.

guŠa-lea n€hi more apar€dhera s…m€, €m€’ uddh€riy€ loke dekh€o mahim€ (5)

Não tenho nenhuma boa qualidade e cometi incontáveis ofensas, mas, se os


VaiŠavas me salvarem (concedendo-me bhakti), então todos ficarão sabendo de suas glórias.

n€ma-sa‰k…rtane ruci €ra prema-dhana, e r€dh€-mohane deha’ haiy€ sa-karuŠa (6)

Estou orando para obter gosto pelo n€ma-sa‰k…rtana e pela riqueza de prema. Só
assim, este R€dh€-Mohana d€sa haverá de compreender a suprema misericórdia dos
VaiŠavas.
Kabe ®r… Caitanya More
– do Kaly€Ša Kalpa-Taru –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kabe r… caitanya more karibena day€, kabe €mi paiba vaiŠava-pada-ch€y€ (1)

Quando será que ®r… Caitanya Mah€prabhu me dará sua misericórdia, de forma que eu
me torne capaz de obter o abrigo dos pés de lotus dos VaiŠavas?

kabe €mi ch€iba e viay€bhim€na, kabe viŠu-jane €mi kariba samm€na (2)

Quando será que eu, renunciando meu espírito de desfrute, me tornarei capaz de
honrar apropriadamente os VaiŠavas?

gala-vastra kt€ñjali vaiŠava-nika˜e, dante tŠa kari’ d€€iba nikapa˜e (3)

Num humor muito humilde, submisso e livre de duplicidade, me apresentarei aos


VaiŠavas com um pano em torno do pescoço, as mãos postas e uma palha entre os dentes.
k€diy€ k€diy€ j€n€iba duƒkha-gr€ma, saˆs€ra-anala haite m€giba vir€ma (4)

Chorando amargamente, compreenderei as misérias resultantes da minha indulgência e


suplicarei por alívio do ardente fogo da existência material.

uniy€ €m€ra duƒkha vaiŠava ˜h€kura, €m€’ l€gi’ kŠe €vedibena pracura (5)

Quando os veneráveis VaiŠavas souberem do meu sofrimento, eles recorrerão ao


Senhor em meu favor.

vaiŠavera €vedane kŠa day€maya, e hena p€mara prati ha’bena sa-daya (6)

24
25
Em resposta à oração deles, o todo-misericordioso ®r… KŠa derramará Sua compaixão
sobre esta perversa pessoa.

vinodera nivedana vaiŠava-caraŠe, kp€ kari’ sa‰ge laha ei akiñcane (7)

Bhaktivinoda ora aos pés de lotus dos VaiŠavas: “Ó VaiŠava µh€kura,


misericordiosamente, favoreça com seu abrigo e sua associação esta pessoa destituída.

µh€kura VaiŠava-Pada
®r…la Narottama d€sa µh€kura

˜h€kura vaiŠava-pada, avan…ra su-sampada, una bh€i, hoiy€ eka mana


€raya loiy€ bhaje, t€re kŠa n€hi tyaje, €ra saba more ak€raŠa (1)

Os pés de lótus dos santos VaiŠavas são a maior riqueza neste mundo. Ó meus
queridos irmãos! Por favor, ouçam atentamente: KŠa nunca abandona aquele que toma
refúgio nos VaiŠavas e que O adora. Outros, morrem sem razão.
vaiŠava-caraŠa-jala, prema-bhakti dite bala, €ra keha nahe balavanta
vaiŠava-caraŠa-reŠu, mastake bh™aŠa vinu, €ra n€hi bh™aŠera anta (2)

A água que banhou os pés de um VaiŠava dá força divina para se obter prema-
bhakti. Nada é mais poderoso que isto. A poeira dos pés dos VaiŠavas sobre minha cabeça é
a única decoração necessária na hora da morte.

t…rtha-jala pavitra guŠe, likhiy€che pur€Še, se-saba bhaktira pravañcana


vaiŠavera p€dodaka, sama nahe ei saba, j€te haya v€ñchita-p™raŠa (3)

As qualidades purificantes das águas dos locais sagrados são mencionadas nos
Pur€Šas e em cada discurso sobre bhakti. Contudo, a água dos pés de um VaiŠava não pode
ser comparada às águas de todos estes locais sagrados. Nossos desejos são satisfeitos ao
tomarmos esta água.

vaiŠava-sa‰gete mana, €nandita anukana, sad€ hoya kŠa-parasa‰ga


d…na narottama k€nde, hiy€ dhairya n€hi b€ndhe, more da€ kena hoilo bha‰ga (4)

Por associarmo-nos com os VaiŠavas, sentimos bem-aventurança sempre crescente


enquanto discutimos os tópicos relacionados a ®r… KŠa. Despretensiosamente, Narottama
d€sa clama: "Ó! Meu coração está partido – perdi a associação dos bhaktas íntimos de KŠa”!

Hari Hari, Kabe Mora Ha’be Hena Dina


Bimala VaiŠava
–Kalyana Kalpa-Taru–
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

hari hari, kabe mora ha’be hena dina


bimala vaiŠave, rati upajibe, v€san€ haibe k…Ša (1)

Ó Hari! Ó Mah€prabhu! Quando chegará o afortunado dia em que rati (profundo


amor e apego) aos pés de lótus dos VaiŠavas de coração puro, surgirá em meu coração?
Haverei, então, de honrá-los e servi-los e, assim, todos os meus desejos materiais e anarthas,
especialmente a luxúria e a ira, irão embora.

antara-b€hire, sama vyavah€ra, am€n… m€nada ha’ba


kŠa-sa‰k…rtane, r…-kŠa-smaraŠe, satata majiy€ ra’ba (2)
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Com o coração livre de duplicidade, meu comportamento externo corresponderá a


meus sentimentos e pensamentos internos. Sentindo-me completamente insignificante
prestarei respeito aos outros, sem esperar nenhuma honra em troca. Sempre dançando e
cantando os santos nomes, permanecerei constantemente absorto em lembrar dos belos
passatempos de ®r… KŠa.

e dehera kriy€, abhy€se kariba, j…vana j€pana l€gi’


r…-kŠa-bhajane, anuk™la j€h€, t€he ha’ba anur€g… (3)

A manutenção do meu corpo haverá de continuar simplesmente por hábito, de forma


que minha mente possa doar-se plenamente ao harin€ma. Apegar-me-ei apenas àquilo que
for favorável ao serviço a ®r… KŠa.

bhajanera j€h€, pratik™la t€h€, dha-bh€ve tey€giba


bhajite bhajite, samaya €sile, e deha ch€iy€ diba (4)

Rejeitarei com firmeza o que for desfavorável a Seu serviço. Continuando a fazer
bhajana e, no tempo apropriado, abandonarei este corpo alegre e pacificamente.

bhakativinoda, ei €€ kari’, basiy€ godruma-vane


prabhu-kp€ l€gi’, vy€kula antare, sad€ k€de sa‰gopane (5)

Residindo sozinho na floresta de Godruma e chorando sem parar, Bhaktivinoda ora


ansiosamente: "Vivo apenas por ter esperança de que Mah€prabhu me concederá Sua
misericórdia".

Kp€ Koro VaiŠava µh€kura


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kp€ koro vaiŠava ˜h€kura, sambandha j€niy€,


bhajite bhajite, abhim€na hao d™ra (1)

Ó VaiŠava µh€kura! Por favor, conceda-me sua misericórdia – o conhecimento da


minha relação com Bhagav€n e a capacidade de fazer bhajana, mandando meu falso ego para
bem longe.
‘€mi to’ vaiŠava,’ e buddhi hoile, am€n… n€ ha’ba €mi
prati˜h€€ €si’, hdaya d™ibe, hoibo niraya-g€m… (2)

Se eu pensar: “Sou um VaiŠava", jamais me tornarei humilde. Meu coração será


contaminado com a esperança de receber honra dos outros e, certamente, irei para o inferno.
tom€ra ki‰kora, €pane j€nibo, ‘guru’-abhim€na tyaji’
tom€ra ucchi˜ha, pada-jala-reŠu, sad€ nikapa˜e bhaji (3)

Dê-me sua misericórdia para que eu possa renunciar ao falso conceito de ser guru e
que eu seja seu servo. Permita-me aceitar, sem duplicidade, seus remanentes e a água que
lavou seus pés.

‘nije re˜ha’ j€ni’, ucchi˜h€di d€ne, ho’be abhim€na-bh€ra


t€i iya taba, th€kiy€ sarvad€, n€ loibo p™j€ k€’r (4)

Considerando-me superior (guru-abhim€na) por dar meus remanentes a outros, serei


sobrecarregado com o fardo do falso orgulho. Permita-me, sempre, identificar-me como seu
discípulo e não aceitar adoração ou louvor dos outros.

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am€n… m€nada, hoile k…rtane, adhik€ra dibe tumi
tom€ra caraŠe, nikapa˜e €mi, k€‰diy€ lu˜ibo bh™mi (5)

Assim, posso renunciar ao desejo de honra pessoal e oferecer respeito aos outros.
Chorando sinceramente aos seus pés de lótus e rolando no chão, oro para que me dê a
capacidade de executar k…rtana puramente.

Ya‰ Kali R™pa ®ar…ra N€ Dharata ?


®r… M€dhava d€sa

ya‰ kali r™pa ar…ra na dharata?


ta‰ vraja-prema-mah€nidhi ku˜har…ka, kon kap€˜a ugh€ata (1)

Se R™pa Gosv€m… não tivesse aparecido na Kali-yuga, quem teria aberto o grande
depósito de vraja-prema e distribuído seu conteúdo livremente?

n…ra-k…ra-haˆsana, p€na-vidh€yana, kon pthak kari p€yata


ko saba tyaji, bhaji’ vnd€vana, ko saba grantha viracita (2)

Assim como um cisne separa o leite da água, quem poderia ter separado as rasas para
saboreá-las? Abandonando tudo, ele realizou bhajana em Vnd€vana e escreveu sua literatura
rasika.

jaba pitu vana-phula, phalata n€n€-vidha, manor€ji aravinda


so madhukara vinu, p€na kon j€nata, vidyam€na kari bandha (3)

Quando as flores amarelas da floresta desabrochavam e as frutas amadureciam, ele,


como uma abelha, vivia colhendo o néctar dos lótus. Quem poderia compreender o néctar
que ele estava recolhendo?

ko j€nata, mathur€ vnd€vana, ko j€nata vraja-n…ta


ko j€nata, r€dh€-m€dhava-rati, ko j€nata soi pr…ta (4)

Quem poderia compreender as l…l€s de KŠa em Mathur€ e Vnd€vana? Como


poderíamos ter conhecido as doces vraja-l…las e o amor entre R€dh€-M€dhava?

j€kara caraŠe, pras€de sakala jana, g€i g€oy€i sukha p€ota


caraŠa-kamale, araŠ€gata m€dho, tava mahim€ ura l€gata (5)

Pela misericórdia dos seus pés de lótus, todos podem cantar acerca de tal bem-
aventurança divina e alcançá-la. O rendido M€dhava d€sa constantemente ora para abraçar as
glórias de R™pa.

Je šnilo Prema-Dhana
®r…la Narottama d€sa µh€kura

je €nilo prema-dhana koruŠ€ pracura, heno prabhu koth€ gel€ €c€rya ˜h€kura (1)

Quem é que, por Sua vasta compaixão, trouxe ®r… Caitanya Mah€prabhu com Seu
tesouro do amor divino para este mundo, ao chamá-lo com amor e afeição? Aonde foi esse
Advaita šc€rya µh€kura? [Advaita šc€rya clamava tão alto que o trono de N€r€yaŠa tremia!]
k€h€ mora svar™pa-r™pa, k€h€ san€tana, k€h€ d€sa raghun€tha patita-p€vana (2)

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Onde estão meus Svar™pa D€modara e R™pa Gosv€m…? Onde está San€tana Gosv€m…?
Onde está Raghun€tha d€sa Gosv€m…, o salvador das almas caídas?

k€h€ mora bha˜˜a-yuga, k€h€ kavir€já, eka-k€le koth€ gel€ gor€ na˜ar€ja (3)

Onde estão meus Raghun€tha Bha˜˜a e Gop€la Bha˜˜a Gosv€m…s? Onde está
KŠad€sa Kavir€ja Gosv€m…? Aonde foi Gaur€‰ga, o rei dos dançarinos? De repente, todos se
foram ao mesmo tempo! Aonde foram?

p€€Še ku˜ibo m€th€ anale paibo, gaur€‰ga guŠera nidhi koth€ gele p€bo (4)

Baterei minha cabeça contra uma pedra ou me atirarei ao fogo! Ó, onde encontrarei
um tesouro de qualidades maravilhosas como Gaur€‰ga? Para onde Ele foi?

se saba sa‰g…ra sa‰ge je koilo vil€sa, se sa‰ga n€ p€iy€ k€nde narottama d€sa (5)

Todos eles compartilharam passatempos de extrema beleza e doçura. Privado da


associação deles, Narottama d€sa chora.

®r… R™p€nugatya-M€h€tmya
®uniy€chi S€dhu Mukhe
As Glórias dos Seguidores de ®r…la R™pa Gosv€m…
®r…la Narottama d€sa µh€kura

uniy€chi s€dhu-mukhe bole sarva-jana, r…-r™pa-kp€ya mile yugala-caraŠa (1)


Dos lábios dos s€dhus, ouvi isso e digo a todos: através da misericórdia de ®r… R™pa
pode-se alcançar os pés de lótus de ®r… Yugala.

h€! h€! prabhu san€tana gaura-pariv€ra, sabe mili’ v€ñch€-p™rŠa karaha €m€ra (2)
Ai de mim, San€tana Prabhu! Ó associados eternos de Gaur€‰ga! Somente quando
vocês me derem sua misericórdia (então ®r… R™pa me dará sua misericórdia), é que todos os
desejos do meu coração serão satisfeitos.

r… r™pera kp€ jena €m€ prati haya, se pada €raya j€’ra, sei mah€aya (3)
®r… R™pa Gosv€m…, só quero sua misericórdia. Aquele que toma seus pés de lótus
como abrigo é mah€aya, uma grande personalidade.

prabhu lokan€tha kabe sa‰ge laiy€ j€be, r… r™pera p€da-padme more samarpibe (4)
Quando será que meu sagrado mestre Lokan€tha Sv€m… (que também é mestre do
mundo inteiro) me levará e me oferecerá aos pés de lótus de ®r… R™pa Mañjar…?

hena ki haibe mora – narma-sakh…-gaŠe, anugata narottame karibe €sane (5)


Quando chegará o dia em que as narma sakh…s mais queridas de R€dh€ darão
instruções diretas a Narottama, aceitando-o como seu seguidor íntimo (anugata)?
Koth€y Go Premamayi R€dhe R€dhe
A canção sobre a meta da vida de ®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…
®r…la Gaura-kiora d€sa B€b€j… Mah€r€ja

koth€y go premamayi r€dhe r€dhe, r€dhe r€dhe go, jaya r€dhe r€dhe (1)

Onde está Ela que é repleta de prema? Todas as glórias a ®r… R€dh€.

dekh€ diye pr€Ša r€kha, r€dhe r€dhe, tom€ra k€‰g€la tom€ya €ke, r€dhe r€dhe (2)

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Ó R€dh€! Por favor, dê-me Seu darana e salve minha vida. Seu miserável pedinte
implora chamando: "R€dhe! R€dhe”!

r€dhe vnd€vana-vil€sini, r€dhe r€dhe, r€dhe k€nu-mana-mohini, r€dhe r€dhe (3)

Ó R€dh€, Você desfruta de passatempos na floresta de Vnd€vana de tal modo que


encanta a mente de KŠa.

r€dhe a˜a-sakh…ra iromaŠi, r€dhe r€dhe, r€dhe vabh€nu-nandini, r€dhe r€dhe (4)

Ó R€dhe, Você é a jóia suprema entre Suas oito principais sakh…s. Ó R€dh€, filha de
Vabh€nu B€b€.
(gos€i) niyama kore sad€i €ke, r€dhe r€dhe

Raghun€tha d€sa Gosv€m… vivia exclamando: "R€dhe! R€dhe”!

(gos€i) eka-b€ra €ke kei-gh€˜e, €b€ra €ke vaˆ…-va˜e, r€dhe r€dhe (5)

Às vezes no Ke… Gh€˜a, às vezes em Vaˆ… Va˜a.

(gos€i) eka-b€ra €ke nidhu-vane, €b€ra €ke kuñja-vane, r€dhe r€dhe

Às vezes em Nidhuvana, às vezes no Sev€ Kuñja.

(gos€i) eka-b€ra €ke r€dh€-kuŠe, €b€ra €ke y€ma-kuŠe, r€dhe r€dhe (6)

Às vezes no R€dh€ KuŠa, às vezes no ®y€ma KuŠa.

(gos€i) eka-b€ra €ke kusuma-vane, €b€ra €ke govardhane, r€dhe r€dhe

Às vezes no Kusuma Sarovara, às vezes em Girir€ja-Govardhana.

(gos€i) eka-b€ra €ke t€la-vane, €b€ra €ke tam€la-vane, r€dhe r€dhe (7)

Às vezes em T€lavana, às vezes em T€malavana.

(gos€i) malina vasana diye g€ya, vrajera dh™l€ya ga€gai jaya, r€dhe r€dhe

Raghun€tha d€sa usa vestes simples que parecem sujas porque ele está sempre
rolando no chão exclamando: "R€dhe! R€dhe”!

(gos€i) mukhe r€dh€ r€dh€ bale, bh€se nayanera jale, r€dhe r€dhe (8)

Chamando "R€dhe! R€dhe", seus olhos cascateiam numa torrente de lágrimas.

(gos€i) vnd€vane kuli kuli kede be€ya, r€dh€ boli’, r€dhe r€dhe

Ele perambula pelas alamedas de Vnd€vana, clamando: "R€dhe! R€dhe”!

(gos€i) ch€p€nna daŠa r€tri-dine, j€ne n€ r€dh€-govinda vine, r€dhe r€dhe (9)

Ele não toma conhecimento de nada além de R€dh€-Govinda dia e noite adentro (56
daŠas: 1 daŠa = 24 minutos). R€dhe! R€dhe!

t€ra para c€ri daŠa uti’ th€ke, svapne r€dh€-govinda dekhe, r€dhe r€dhe (10)
29
30
Ele descansa por apenas 4 daŠas (1 hora e 36 minutos). Neste tempo, em seus
sonhos, ele recebe o darana de R€dh€-Govinda. R€dhe! R€dhe!

Akrodha Param€nanda
®r…la Locana d€sa µh€kura

akrodha param€nanda nity€nanda r€ya, abhim€na ™nya nit€i nagare be€ya (1)

O nobre Nity€nanda Prabhu nunca Se zanga, pois Ele é a personificação da suprema


bem-aventurança transcendental. Destituído de todo falso ego, Nit€i perambula pela cidade.
[Baladeva e LakmaŠa se zangam, mas não Nity€nanda).

adhama patita j…vera dv€re dv€re giy€, harin€ma mah€-mantra dicchena bil€iy€ (2)

Indo de porta em porta nas casas das almas mais caídas e desprezíveis, Ele distribui
livremente a dádiva do harin€ma mah€-mantra.

j€’re dekhe t€’re kohe dante tŠa dhari’, ‘€m€re kiniy€ loho bolo gaurahari’ (3)

Com uma palha entre os dentes, Ele exclama a todos que vê: “Você pode Me comprar
adorando Gaurahari”!

eta boli’ nity€nanda bh™me gai’ j€ya, son€ra parvata jeno dh™l€te lo˜€ya (4)

Ao dizer isso, Nity€nanda Prabhu rola pelo chão, parecendo uma montanha dourada
rolando na poeira.

hena avat€re j€’ra rati n€ janmila, locana bole sei p€p… elo €ra gelo (5)

Locana d€sa diz: “Aquela pessoa pecaminosa que não experimentou o despertar da afeição
por um avat€ra como este, simplesmente vai e vem, inutilmente, no ciclo de repetidos
nascimentos e mortes".
Nit€i GuŠa-MaŠi
®r…la Locana d€sa µh€kura

nit€i guŠa-maŠi €m€ra nit€i guŠa-maŠi, €niy€ premera vany€ bh€s€ila avan… (1)

Meu Nit€i - a jóia de todas as virtudes, a jóia de todas as virtudes – meu Nit€i trouxe a
inundação do amor divino na qual o mundo inteiro está mergulhado.

premera vany€ laiy€ nit€i €ila gaua-dee, ubila bhakata-gaŠa d…na h…na bh€se (2)

De Puri, Nit€i trouxe este estonteante dilúvio de prema para a Bengala, pregando a
mensagem de ®r… Caitanya Mah€prabhu. Os devotos imergiam no êxtase da inundação,
enquanto as pessoas, miseráveis e caídas, eram arrastadas pela correnteza.

d…na h…na patita p€mara n€hi b€che, brahm€ra durlabha prema sab€k€re y€ce (3)

Sem discriminar, Nity€nanda Prabhu ofereceu livremente este raro prema a todos,
mesmo aos caídos e desgraçados que não o desejavam (ninguém podia evitar isso!), embora
este prema seja difícil de ser obtido até mesmo pelo Senhor Brahm€.

€baddha karuŠ€-sindhu k€˜iy€ muh€na, ghare ghare bule prema-amiy€ra v€na (4)

30
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Anteriormente, o oceano da misericórdia estava bem represado, mas Nit€i rompeu a
barragem. Ele ía de casa em casa com este prema nectáreo, pedindo docemente que todos
tomassem harin€ma.

locana bale mora nit€i jev€ n€ bhajila, j€niy€ uniy€ sei €tma-gh€t… haila (5)

Locana d€sa diz: “Aquele que não tenha adorado meu Nit€i, ou que tenha ouvido as
instruções Dele, mas não as siga, conscientemente, comete suicídio”.

Jaya ®ac…nandana, Jaya Gaurahari


jaya ac…nandana, jaya gaurahari
gad€dhara*-pr€Šadhana, nad…y€-vih€r…
(gad€dhara-pr€Šadhana, sa‰k…rtan-bih€r…)
jaya ac…nandana, gaura-guŠ€kara
prema paraamaŠi, bh€va-rasa-s€gara
*ou (viŠupriy€-pr€Šadhana)

Glórias a ®ac…nandana Gaurahari – que é a riqueza da vida de Gad€dhara, realizando


Seus passatempos encantadores em Navadv…pa e que vaga, por aí, fazendo sa‰k…rtana. Ele
possui a mais elevada jóia, a pedra-de-toque de prema, e é o oceano de néctar do êxtase. *ou
(Que é a riqueza da vida de ViŠupriy€).

®r… Nity€nanda Ni˜h€ – Nit€i-Pada-Kamala


– Fé Firme em ®r… Nity€nanda Prabhu –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

nit€i-pada-kamala, ko˜…-candra-su…tala, je ch€y€ya jagat ju€ya


hena nit€i vine bh€i, r€dh€-kŠa p€ite n€i, dha kori’ dharo nit€iyera p€ya (1)

Os pés de lótus de Nit€i são mais refrescantes que o brilho de milhões de luas. Sua
sombra dá alívio ao universo. Ó irmão! Sem uma personalidade como Nit€i, não é possível
alcançar R€dh€ e KŠa. Assim, com muita firmeza (dha) agarre-se a Seus pés de lótus.

se sambandha n€hi j€’ra, vth€ janma gelo t€’ra, sei pau boo dur€c€ra
nit€i n€ bolilo mukhe, majilo saˆs€ra sukhe, vidy€kule ki koribe t€’ra (2)

Alguém que ainda não estabeleceu sua relação com Nity€nanda Prabhu, só faz
desperdiçar sua vida. Tal pessoa não é melhor que um animal. Por não tomar o nome de Nit€i
em seus lábios, tornar-se-á absorta na pretensa felicidade deste mundo. Qual é, então, o valor
da educação e nascimento em família de classe alta ou numa grande nação?

aha‰k€re matta hoiy€, nit€i-pada p€sariy€, asatyere satya kori’ m€ni


nit€iyera koruŠ€ habe, vraje r€dh€-kŠa p€be, dhara nit€iyera caraŠa du’kh€ni (3)

Esquecendo os pés de lótus de Nit€i, fica-se enlouquecido pelo falso conceito da vida
corpórea e considera-se a energia ilusória como real. Recebendo a misericórdia de Nit€i, é
possível alcançar ®r… R€dh€ e KŠa em Vraja. Agarre-se com firmeza aos pés de lótus de Nit€i.

nit€iyera caraŠa satya, t€h€ra sevaka nitya, nit€i-pada sad€ koro €a
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narottama boo duƒkh…, nit€i more koro sukh…, r€kha r€‰g€-caraŠera p€a (4)

Os pés de lótus de Nit€i são reais e o serviço a Ele é eterno. Sempre anseie e ore
pelos pés de lótus de Nit€i. “Narottama está muito infeliz! Ó Nit€i, por favor, faça-me feliz.
Mantenha-me próximo a Seus pés, que são como lótus avermelhados”.

Emona Gaur€‰ga Vin€ N€hi šra


®r…la Prem€nanda d€sa µh€kura

emona gaur€‰ga vin€ n€hi €ra


heno avat€ra, ha’be ki ho’yeche, heno prema-parac€ra (1)

Não há ninguém como Gaur€‰ga! Nenhuma outra encarnação no passado, presente


ou futuro pregou sobre uma forma tão rara de prema (Ele nunca considerava qualquer ofensa,
portanto, Ele é até mais misericordioso do que o próprio KŠa).

duramati ati, patita p€aŠ…, pr€Še n€ m€rila k€re


harin€ma diy€, hdoya odhila, y€ci giy€ ghar-ghare (2)

Ele não matava os mais perversos ou os ateístas caídos (em vez disso, Ele
transformava o humor deles). Distribuindo os santos nomes, ía de porta em porta, purificando
o coração de todos.

bhava-viriñcira, v€ñchita je prema, jagate phelila h€li


k€‰g€le p€iy€, kh€ila n€ciy€, b€j€iy€ karat€li (3)

Mesmo Brahm€ e ®aŠkara anseiam por aquele amor divino que Gaur€‰ga está
derramando sobre o mundo todo. Quando as pessoas, miseráveis e desgraçadas, recebem
este prema, elas começam a dançar e batem palmas de alegria.

h€siy€ k€‰diy€, preme ga€gai, pulake vy€pila a‰ga


caŠ€le-br€hmaŠe, kore kol€-kuli, kabe v€ chilo e ra‰ga (4)

Rindo e chorando, com suas vozes embargadas pelo amor e seus cabelos arrepiados,
até os c€Šalas (comedores de cães) e br€hmaŠas se abraçam [liberados de todas as
designações materiais]. Quando é que se viu semelhante cena antes?

€kiy€-h€kiy€, khola-karat€le, g€iy€-dh€iy€ phire


dekhiy€ amana, tar€sa p€iy€, kap€˜a h€nila dv€re (5)

Tocando alto as mda‰gas e kar€talas, ®r… Caitanya Mahaprabhu e Seu grupo


perambulavam por toda a parte cantando os nomes de KŠa. Ao ver o grupo de sa‰k…rtana,
Yamar€ja (a morte personificada) ficou com medo e fechou sua porta.

e tina bhuvana, €nande bhorilo, u˜hila ma‰gala sora


kohe prem€nanda, emona gaur€‰ga, rati n€ janmila mora (6)

Todos os três mundos tornam-se repletos de bem-aventurança devido ao auspicioso


tumulto do k…rtana. Prem€nanda d€sa lamenta amargamente: “Ó, mesmo Gaur€‰ga sendo tão
misericordioso, rati por Ele ainda não brotou em meu coração".

®r… Gaura-R™pa-GuŠa-VarŠana
®r…la Govinda d€sa Kavir€ja
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jaya nanda-nandana, gop…-jana-vallabha, r€dh€-n€yaka n€gara y€ma


so ac…-nandana, nad…y€-purandara, sura-muni-gaŠa-manomohana dh€ma (1)

Todas as glórias ao filho de Nanda Mah€r€ja, o amado das gop…s, o herói de R€dh€,
Seu mais querido ®y€ma. Ele apareceu como o filho de ®ac…, o monarca de Nad…y€. Sua bela
forma, KŠa-r™pa ou ®ac…nandana-r™pa, é a morada de toda a beleza e atrai todos os sábios e
pessoas piedosas.

jaya nija-k€nt€, k€nti kalevara, jaya jaya preyas…-bh€va-vinoda


jaya vraja-sahacar…-locana-ma‰gala, jaya nad…y€-v€si-nayana-€moda (2)

Todas as glórias a Ele que adornou-se com a k€nti de Sua amada R€dh€ e manifestou
Sua Gaura-r™pa, sempre regozijando-Se nos humores de preyas…–r€dh€-bh€va, mah€-bh€va,
madan€kya-bh€va. Todas as glórias Àquele que torna auspiciosos os olhos das moças de
Vraja. Todas as glórias Àquele que agora deleita os olhos dos residentes de Nad…y€.

jaya jaya r…d€ma, sud€ma, subal€rjuna, prema-vardhana nava-ghana-r™pa


jaya r€m€di sundara, priya sahacara, jaya jaga-mohana gaura anupa (3)

Todas as glórias a ®r…dhama, Sud€m€, Subala e Arjuna que, como nuvens novas e
frescas de chuva, aumentam o oceano de prema. Todas as glórias a Ram€i PaŠita, ®r…v€sa e
seus outros irmãos que são todos devotos íntimos de Mah€prabhu e dançam, cantam e rolam
pelo chão em grande amor.

jaya atibala-balar€ma-priy€nuja, jaya jaya r… nity€nanda-€nanda


jaya jaya sajjana-gaŠa-bhaya-bhañjana, govinda d€sa €a anubandha (4)

Todas as glórias ao querido irmão mais novo do poderoso Balar€ma! Todas as glórias
a Baladeva, que é Nity€nanda Prabhu, o doador da bem-aventurança eterna. Todas as glórias!
Todas as glórias a esses Dois, que destroem todo o temor dos devotos. As esperanças e
aspirações de Govinda d€sa estão na misericórdia Deles.

‘Gaur€‰ga’ Bolite Ha’be


– Ao Dizer “Gaur€‰ga” –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

‘gaur€‰ga’ bolite ha’be pulaka ar…ra, ‘hari hari’ bolite nayane ba’be n…ra (1)

Quando chegará o dia em que meu corpo ficará arrepiado ao cantar o nome "Gaur€
‰ga?" Quando meus olhos transbordarão em lágrimas enquanto eu cantar os santos nomes de
"Hari Hari"?

€ra kabe nit€i-c€dera karuŠ€ hoibe, saˆs€ra-v€san€ mora kabe tuccha ha’be (2)

Quando a lua de Nity€nanda Prabhu me concederá Sua misericórdia? Quando será


que meus desejos materiais se tornarão pequenos e insignificantes?

viaya ch€iy€ kabe uddha ha’be mana, kabe h€ma herabo r… vnd€vana (3)

Quando será que renunciarei ao desfrute material e minha mente se tornará


purificada? Quando verei o cin-maya svar™pa de ®r… Vnd€vana?

r™pa-raghun€tha-pade haibe €kuti, kabe h€ma bujhaba se yugala-p…riti (4)


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Quando seguirei avidamente a senda de ®r… R™pa Gosv€m… e de ®r… Raghun€tha d€sa
Gosv€m…? Através das instruções deles, serei capaz de compreender o amor divino de ®r…
R€dh€ e KŠa.

r™pa-raghun€tha-pade rahu mora €a, pr€rthan€ koroye sad€ narottama d€sa (5)
Minha única aspiração é alcançar os pés de lótus de ®r… R™pa Gosv€m… e de ®r…
Raghun€tha d€sa Gosv€m…. Esta é a constante prece de Narottama d€sa.
Ohe, Premera µh€kura Gor€
–®r… Sajjana-ToaŠ… –

ohe, premera ˜h€kura gor€


pr€Šera y€tan€ kiv€ kabo, n€tha! hayechi €pana-h€r€ (1)

Ó, ®r… Gaurasundara, adorável Senhor do prema! Ó meu Mestre! Que poderia dizer-
lhe sobre minhas tristezas e sofrimentos? Esqueci minha identidade original.

ki €ra bolibo, je-k€jera tare, enechile, n€tha! jagate €m€re,


eta-dina pare kahite se ka˜h€, khede duƒkhe hoi s€r€ (2)

Ó, meu Senhor, que mais posso dizer? Após suportar tantos golpes causados por
tantas adversidades, somente muito tempo depois, lembrei-me do motivo pelo qual Você me
fez nascer neste mundo.

tom€ro bhajane n€ janmilo rati, jaamohe matta sad€ duramati –


viay…ra k€che theke theke €mi hoinu viay…p€r€ (3)

Ó, Senhor! Sou tão desafortunado que nunca tive apego por adorá-lo, mas sempre fui
malicioso e louco por desfrute material. Vivendo com desfrutadores, tornei-me um deles.
ke €mi, keno je esechi ekh€ne, se-kath€ kakhono n€hi bh€vi mane,
kakhono bhogera, kakhono ty€gera chalan€ya mana n€ce (4)

Quem sou eu? Por que estou neste mundo? Nunca ponderei sobre estas questões. Ora
desfrutando, ora renunciando, minha mente dançava nesta enganação.

ki gati hoibe kakhono bh€vi n€, hari-bhakatera k€cheo j€i n€,


hari-vimukhera ku-lakaŠa jata €m€tei saba €che (5)

Nunca considerei sobre as conseqüências de meus atos. Jamais me associei com os


devotos de KŠa, e exibia todos os maus sinais de ser oposto a Bhagav€n.

r…-guru-kp€ya bhe‰geche svapana, bujhechi ekhana tumi €pana,


tava nija-jana parama-b€ndhava saˆs€ra k€r€g€re (6)

Agora, pela graça de ®r… Guru, meus olhos se abriram e meu sonho se desfez.
Compreendo que só tenho Você e que, na prisão deste mundo material, Seus amados devotos
são meus maiores amigos.

€na n€ bhajibo bhakta-pada binu, r€tula-caraŠe araŠa loinu,


uddh€raha n€tha! m€y€-j€la ha’te, e d€sera kee dho’re (7)

Agora, adorarei exclusivamente a Seus devotos e não servirei ninguém mais. Ó Natha!
Refugio-me a Seus pés de lótus, que são como lótus vermelhos. Puxando-me pelo cabelo, por
favor, salve-me da rede de m€y€.

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p€tak…re tumi kp€ koro n€ki? jag€i-m€dh€i chilo je p€tak…,
t€h€te jenechi, premera ˜h€kura! p€tak…reo t€ra tumi (8)

Você não concede Sua misericórdia aos pecadores? Jag€i e M€dh€i também não eram
caídos? Contudo, Você lhes deu Sua misericórdia. Por isso, posso entender que Você é o
Senhor de prema e o salvador dos caídos.

€mi bhakti-h…na, d…na, akiñcana – apar€dh…-ire d€o du’ caraŠa,


tom€ra abhaya r… caraŠe cira – araŠa loinu €mi (9)

Ó, Prabhu! Sou desprovido de bhakti, miserável e destituído. Coloque Seus pés (que
concedem destemor) sobre a cabeça deste ofensor. Refugio-me em Seus divinos pés.

(Yadi) Gaur€‰ga Nahito


®r… Narahari d€sa

(yadi) gaur€‰ga nahito, tabe ki hoito, kemone dharita de?


r€dh€ra mahim€, prema-rasa-s…m€, jagate j€n€ta ke (1)

Se ®r…man Gaur€‰ga Mah€prabhu não tivesse aparecido, o que teria acontecido


conosco? Como poderíamos ter tolerado viver? Quem, neste universo, algum dia, haveria de
conhecer as glórias de ®r…mat… Radh€r€n… e a expressão máxima de prema rasa?

madhura vnd€-vipina-m€dhur…-pravea c€tur… s€r


varaja-yuvati-bh€vera bhakati, akati haita k€r (2)

Se Caitanya Mah€prabhu não tivesse vindo, quem teria tido a inteligência para
evidenciar a doce madhura-rasa das l…l€s de ®r… R€dh€-KŠa em Vnd€vana? Quem mais
poderia outorgar o poder de adentrar no humor amoroso de seva que as vraja-raman…s
prestam a Yugala kiora?

g€o punaƒ punaƒ, gaur€‰gera guŠa, sarala hoiy€ mana


e bhava-s€gare, emana doy€la, n€ dekhi je eka-jana (3)

Com simplicidade no coração, cante repetidas vezes as qualidades gloriosas de ®r…


Gaur€‰ga! Ninguém jamais viu uma pessoa tão compassiva como Ele em todo o oceano da
existência material.

gaur€‰ga boliy€, n€ genu galiy€, kemone dharinu de


narahari-hiy€, p€€Ša diy€, kemone gaiy€che (4)

Mesmo cantando o nome, qualidades e passatempos de Gaur€‰ga, por algum motivo,


meu coração ainda não se derreteu – como é que continuo suportando o fardo deste corpo?
Como é que o Senhor criou o corpo de Narahari, colocando uma pedra no lugar do coração?

Kaha N€ Gaura Kath€


®r…la Narahari Sarak€ra

mana re! kaha n€ gaura kath€


gaurera n€ma, amiy€ra dh€ma, pir…ti m™rati d€t€ (1)

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Ó mente! Fale apenas sobre Gaura. O nome de Gaura é a morada do néctar e o
doador adorável de unnatojjvala-prema.

ayane gaura, svapane gaura, gaura nayanera t€r€


j…vane gaura, maraŠe gaura, gaura gal€ra h€r€ (2)

Ao dormir – Gaura. Em meus sonhos – Gaura. Gaura é a estrela dos meus olhos. Em
vida – Gaura. Na hora da morte – Gaura. O nome de Gaura é o precioso colar que uso em
volta do meu pescoço!

hiy€ra m€jh€re, gaur€‰ga r€khiy€, virale basiy€ robo


manera s€dhete, se r™pa-c€dere, nayane nayane thobo (3)

Mantendo Gaura dentro de meu coração, sentarei sozinho e fixarei minha mente em
Sua encantadora forma semelhante à lua. Contemplarei Seus olhos e ficarei absorto na Sua
beleza.

gaura vihane, na vañchi par€Še, gaura ka’rechi s€ra


gaura baliya, jauka j…vane, kichu n€ c€hiba €ra (4)

Sem Gaura não consigo viver. Gaura é tudo para mim. Oro para abandonar minha
vida recitando o nome de Gaura - não peço nada mais.

gaura gamana, gaura ga˜hana, gaura mukhera h€si


gaura-pir…ti, gaura m™rati, h…y€ya rahala pai (5)

Os movimentos de Gaura, a natureza de Gaura, o rosto sorridente de Gaura, o amor


de Gaura, a forma plena de Gaura – todos invadem meu coração.

gaura dharama, gaura karama, gaura vedera s€ra


gaura caraŠe, par€Ša sampinu, gaura karibena p€ra (6)

Gaura é meu dharma, Gaura é o objeto de meu karma, Gaura é a essência dos Vedas.
Entrego minha vida aos pés de lótus de Gaura. É Gaura que me levará através do oceano da
existência material.

gaura abada, gaura sampada, j€h€ra hiy€ya j€ge


narahari d€sa, t€h€ra caraŠe, satata araŠa m€ge (7)

Gaura é a vibração sonora essencial e a riqueza para aquela pessoa em cujo coração
Ele Se manifesta. Narahari d€sa ora para tomar refúgio aos pés de tal pessoa.

Emona ®ac…ra Nandana Vine


®r…la Prem€nanda d€sa µh€kura

emana ac…ra nandana vine


‘prema’ boli’ n€ma, ati-adbhuta, ruta hoito k€’ra k€ne? (1)

Aho! Sem a misericórdia de ®r… Gaurasundara, o filho de ®ac…, quem poderia ter
ouvido sobre aquele extremamente maravilhoso prema-n€ma?

r…-kŠa-n€mera, sva-guŠa mahim€, kev€ j€n€ita €ra?


vnd€-vipinera, mah€ madhurim€, pravea hoito k€’ra? (2)

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Quem nos teria narrado as glórias ilimitadas de r…-kŠa-n€ma? Se ®r… Gaurahari, que
é KŠa dotado do bh€va e da cor de ®r… R€dh€, não tivesse aparecido e descrito a doçura
ímpar de Vnd€vana; e se Ele não tivesse, indiscriminadamente, derramado Sua misericórdia
imotivada sobre as j…vas caídas da Kali-yuga, quem, então, teria conseguido entrar na doçura
de Vnd€vana?

keb€ j€n€ita, r€dh€ra m€dhurya, rasa-yaa camatk€ra?


t€’ra anubh€va, s€ttvika vik€ra, gocara chila v€ k€’ra? (3)

®r… R€dh€ é a máxima expressão daquela tão refulgente madhurya-rasa. O


mah€bh€va maravilhoso Dela consiste de adhir™a, modana, m€dana e vários outros êxtases.
Sem a misericórdia do rasika-ekhara, ®r… Gaurahari, quem haveria de saber tudo isso? Como
seria possível alguém ter conhecido as divinas transformações s€ttvikas antes de ®r… ®ac…-
nandana Gaurahari revelá-las em Jagann€tha Pur… no ®r… Gambh…r€, dentro da casa de K€…
Mira, enquanto Ele experimentava os humores de separação de ®r…mat… R€dh…k€?
vraje je vil€sa, r€sa mah€-r€sa, prema parak…ya tattva
gop…ra mahim€, vyabhic€r… s…m€, k€’ra avagati chilo eta? (4)

Sem Ele, quem poderia ter compreendido as aventuras amorosas em parak…ya rasa
que são compartilhadas entre akhila-r€samta-m™rti, ®r… KŠa, e mah€bh€va-m€y…, ®r… R€dh€,
e Suas k€ya-vyuha-svar™p€ gop…s ? Quem possibilitou que se conhecessem as glórias das gop…
s, seus corpos transcendentais e seus vários bh€vas –– vibh€va, anubh€va, s€ttvika e
vyabhhic€r… ?

dhanya kali dhanya, nit€i-caitanya, parama koruŠ€ kori


vidhi-agocara, je prema-vik€ra, prak€e jagata-bhori’ (5)

Ó abençoada era de Kali, você é muito gloriosa, pois ®r… Gaurahari e Nity€nanda
Prabhu apareceram neste mundo para mostrar compaixão suprema. Eles encheram este
mundo com níveis tão elevados de prema, que nem mesmo Brahm€j… pôde compreendê-los.
uttama adhama, kichu n€ b€chilo, y€ciy€ dileka kola
kahe prem€nande, emona gaur€‰ge, antare dhariy€ dola (6)
Sem discriminar entre elevados ou caídos, Eles simplesmente acolhiam a todos. ®r…
Prem€nanda diz: “Ó irmãos! Conservem esse ®r… Gaurasundara no âmago de seus corações”.
Gaur€‰gera Du˜…-Pada
– Os Dois Divinos Pés de Lótus de ®r… Gaur€‰ga –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

gaur€‰gera du˜…-pada, j€’ra dhana sampada, se j€ne bhakati-rasa s€ra


gaur€‰gera madhura l…l€, j€’ra karŠe praveil€, hdoya nirmala bhelo t€ra (1)

Aquela pessoa que aceita os dois pés de lótus de ®r… Gaur€‰ga como o tesouro dos
tesouros, conhece a essência de bhakti-rasa, as divinas doçuras do serviço devocional. E se os
doces passatempos de Gaur€‰ga, de fato, entraram pelo portal dos ouvidos, tal pessoa é pura
de coração.

je gaur€‰gera n€ma loya, t€ra hoya premodoya, t€’re mui j€i balih€ri
gaur€‰ga guŠete-jhure, nitya-l…l€ t€’re sphure, se jana bhakati-adhik€r… (2)

Prema despertará para aquele que aceita os santos nomes de Gaur€‰ga. Para tal
pessoa exclamo: "Bolih€ri! Excelente! Bravo!" A pessoa que aprecia as qualidades de
Gaur€‰ga com lágrimas brotando em seus olhos, tornou-se qualificada para bhakti e para tal
pessoa, a nitya-l…l€, ou eterna a˜a-k€l…ya-l…l€, de ®r… R€dh€-KŠa, manifesta-se.

gaur€‰gera sa‰gi gaŠe, nitya-siddha kori m€ne, se j€ya vrajendra-suta-p€a


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r… gaua-maŠala-bh™mi, jev€ j€ne cint€maŠi, t€ra hoya vraja-bh™me v€sa (3)

Aquele que compreende que os associados pessoais de Gaur€‰ga são nitya-siddha,


eternamente perfeitos, é promovido à morada transcendental de Vrajendra Suta (o filho do
líder de Vraja). Quem reconhece a divina morada de ®r… Gaua-maŠala, ®r… Navadv…pa, como
uma pedra dos desejos (cint€maŠi) transcendental, na verdade é um residente de Vraja-
bh™mi, ®r… Vnd€vana.

gaura-prema-ras€rŠave, se tara‰ge jev€ ™be, se r€dh€-m€dhava-antara‰ga


ghe v€ vanete th€ke, ‘h€ gaur€‰ga’ bole €ke, narottama m€ge t€ra sa‰ga (4)

Gaura-prema é um oceano de rasa. Quem mergulha fundo nas ondas deste oceano
torna-se um associado confidencial de ®r… R€dh€-M€dhava. Quer viva em casa como um
ghastha ou na floresta como um renunciante, desde que a pessoa exclame " Ha Gaur€‰ga!",
Narottama d€sa implora por seu sa‰ga.

‘Hari’ Bole Modera Gaura Elo


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

Refrão: ‘hari’ bo’le modera gaura elo

elo re gaur€‰ga-c€da preme elothelo, nit€i-advaita-sa‰ge godrume pailo (1)

Nosso Gaur€‰ga Mah€prabhu veio cantando “Hari! Hari!” ®r… Gaurac€ndra parecia
desalinhado como um louco devido ao prema. Junto com Nity€nanda Prabhu e Advaita
šc€rya, Ele adentrou na terra de Godruma.
sa‰k…rtana-rase mete’ n€ma bil€ilo, n€mera h€˜e ese’ preme jagat bh€s€ilo (2)

Profundamente absorto em sa‰k…rtana-rasa, Ele distribuiu o santo nome e, trazendo o


mercado do santo nome, fez com que todo o universo nadasse em prema.

godruma-b€s…ra €j duƒkha d™re gelo, bhakta-vnda-sa‰ge €si’ h€˜a j€g€ilo (3)

Hoje, todas as misérias dos residentes de Godrumadv…pa foram dissipadas, pois Gaur€
‰ga, chegando com todos os Seus devotos, fez com que o mercado do santo nome aparecesse
ali.
nad…y€ bhramite gor€ elo n€mer h€˜e, gaura elo h€˜e, sa‰ge nit€i elo h€˜e (4)

Viajando por toda a terra de Nad…y€, Gaurasundara, junto com Nity€nanda, trouxe o
mercado do santo nome.

n€ce m€toy€r€ nit€i godrumera m€˜he, jagat m€t€ya nit€i premera m€las€˜e (5)

Enlouquecido de êxtase, Nity€nanda Prabhu dançava nos prados de Godruma.


Devido ao prema, Ele movia Seus braços poderosos como um lutador desafiante deixando o
universo maravilhado de encanto.

(tor€ dekhe j€ re)


advait€di bhakta-vnda n€ce gh€˜e gh€˜e, pal€ya duranta kali paiy€ bibhr€˜e (6)

Todos vocês, por favor, venham e vejam os VaiŠavas liderados por Advaita šc€rya
dançando às margens do Ganges, indo de um gh€˜a a outro. Diante de tal visão, a perversa
personalidade de Kali corre grande perigo e foge temendo por sua vida.
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ki sukhe bh€silo j…va gor€c€dera n€˜e, dekhiy€ uniy€ p€aŠ…ra buka ph€˜e (7)

Por que todas as j…vas nadaram num oceano de felicidade? Porque ao verem a dança
de Gaurasundara e ouvirem Sua voz, até o coração dos ateístas derrete.

Kali-Kukkura Kadana
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kali-kukkura kadana yadi c€o (he)


kali-yuga p€vana, kali-bhaya-n€ana, r… ac…-nandana g€o (he) (1)

Ó irmãos, se quiserem se salvar da canina era de Kali, cantem o nome de ®r… ®ac…-
nandana, o salvador desta era, que anula o medo de Kali.

gad€dhara-m€dana, nit€’yera pr€Ša-dhana, advaitera prap™jita gor€


nim€i vivambhara, r…niv€sa-…vara, bhakata-sam™ha-cita-cor€ (2)

Gaur€ é o deleite de Gad€dhara PaŠita, a própria vida de Nity€nanda Prabhu e o


senhor adorável de Advaita e ®r…niv€sa šc€ryas. Ele possui muitos nomes, como Nim€i e
Vivambhara, e rouba os corações de Seus devotos.

nad…y€-oadhara, m€y€pura-…vara, n€ma-pravartana sura


ghijana-ikaka, ny€sikula-n€yaka, m€dhava r€dh€bh€va-pura (3)

Ele é o Senhor de M€y€pur e a lua de Nadiy€, que encarnou para manifestar o santo
nome. Ele ensinou a conduta adequada aos ghastas e é o n€yaka (herói) de todos os
sanny€s…s. Ele é M€dhava, dotado do bh€va e k€‰ti de ®r… R€dh€.

s€rvabhauma-odhana, gajapati-t€raŠa, r€m€nanda-poana v…ra


r™p€nanda-vardhana, san€tana-p€lana, hari-d€sa-modana dh…ra (4)

Ele purificou S€rvabhauma, salvando-o das garras da filosofia M€y€vada, e liberou o


rei Prat€parudra. O heróico Mah€prabhu nutriu a bhakti de R€y€ Ram€nanda, aumentou a
bem-aventurança de ®r… R™pa e manteve ®r… San€tana. Como um sanny€s… sóbrio, Ele deleitou
Harid€sa µh€kura (ao dar-lhe darana diário).

vraja-rasa-bh€vana, du˜amata-€tana, kapa˜i-vigh€tana k€ma


uddha bhakta-p€lana, uka-jñ€na-t€ana, chala-bhakti-d™aŠa r€ma (5)

Ele está absorto em vraja-rasa. Como o transcendental K€madeva, castiga aqueles de


mentalidade pérfida e destrói o engano. Como R€dh€-ramaŠa R€ma, nutre Seus devotos
puros, afugenta o impersonalismo árido e elimina todas as imitações de bhakti.

®r… Gaura-Nity€nandera Day€


–A Misericórdia de ®r… Gaura-Nity€nanda
®r…la Locana d€sa µh€kura

parama karuŠa, pah™ dui-jana, nit€i gauracandra


saba avat€ra-s€ra iromaŠi, kevala €nanda-kanda (1)

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Os dois senhores, Nit€i e Gauracandra, são supremamente misericordiosos. Eles são a
essência e a jóia suprema de todos os avat€ras e são a própria fonte da bem-aventurança.
bhajo bhajo bh€i, caitanya-nit€i, sudha biv€sa kori’
viaya ch€iy€, se rase majiy€, mukhe bolo hari hari (2)

Meu querido irmão, com firme fé, apenas adore Caitanya-Nit€i. Renunciando a todo
desfrute material, sempre ocupe sua boca em cantar “Hari, Hari!” e você mergulhará na
bhakti-rasa Deles.

dekho ore bh€i, tri-bhuvane n€i, emona doy€la-d€t€


pau p€kh… jhure, p€€Ša vidare, uni’ j€’ra guŠa-g€th€ (3)

Ó irmão, veja só! Em todos os três mundos, não há ninguém tão misericordioso
quanto Eles. Ao ouvirem sobre Suas glórias (especialmente a Sua misericórdia), os animais
e aves começam a chorar lágrimas de amor e as pedras se derretem.

saˆs€re majiy€, rohili paiy€, se pade nahilo €a


€pana karama, bhuñj€ye amana, kahoye locana-d€sa (4)

Locana d€sa lamenta: “Estou sempre tão absorto em meu desfrute material que não
surge nenhum desejo de adorar Gaura-Nit€i no meu coração. Não receber nenhuma
inspiração para executar bhajana é a punição de Yam€r€ja pelas minhas atividades
pecaminosas do passado.”

Nit€i-Gaura-N€ma
®r…la Locana d€sa µh€kura

nit€i-gaura-n€ma, €nandera dh€ma, jei jana n€hi laya


t€re yama-r€ya, dhare loye j€ya, narake ub€ya t€ya (1)

Os santos nomes de Nit€i e Gaura são a morada de todo o júbilo. Aqueles que nunca
pronunciam estes nomes são levados por Y€ma Mah€r€ja e jogados nos planetas infernais.
tulas…ra h€ra, na pare je ch€ra, yam€laye v€sa t€ra
tilaka dh€raŠa, na kore je jana, vth€ya janama t€ra (2)

Aqueles que nunca usam contas de tulas… fazem da morada de Y€ma Mah€r€ja sua
residência permanente e aqueles que nunca adornam suas testas com tilaka vivem suas vidas
em vão.

n€ loya harin€ma, vidhi t€re v€ma, p€mara p€aŠa-mati


vaiŠava-sevana, n€ kore je jana, ki habe t€h€ra gati (3)

Aqueles que nunca cantam harin€ma têm um destino desfavorável. Eles são caídos e
seus corações, semelhantes à pedra, vivem cheios de engano. Qual será o destino daqueles
que nunca servem aos VaiŠavas?

guru-mantra s€ra, kora ei b€ra, vrajete hoibe v€sa


tamo-guŠa j€be, sattva-guŠa p€be, hoibe kŠera d€sa (4)

É chegada a hora de receber d…k€ de ®r… Guru. Se alguém cantar estes mantras
cuidadosamente, haverá de morar em Vraja para sempre. O modo da ignorância irá embora, a
bondade brotará no coração e tal pessoa se tornará serva eterna de KŠa.

e d€sa locana, bole anukana, (nit€i) gaura-guŠa g€o sukhe


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ei rase j€ra, rati n€ hoilo, c™Ša k€li t€ra mukhe (5)

Este Locana d€sa instrui todos a sempre cantarem os santos nomes de Gaura-Nit€i.
Aqueles que não têm nenhuma afeição por gaura-rasa serão difamados publicamente (seus
rostos serão cobertos com cal e piche negro).

Gaur…d€sa-Mandire
®r…la Gaur…d€sa PaŠita

dev€di-deva gauracandra gaur…d€sa-mandire


nity€nanda-sa‰ge gaura ambik€te vihare (1)

O Senhor dos senhores, ®r… Gauracandra, junto com Nity€nanda Prabhu,


prazeirosamente se ocupa em Seus passatempos na casa de Gaur…d€sa PaŠita em Ambika
Kalna.

c€ru-aruŠa-guñj€-h€ra ht-kamale ye dhare


viriñci-sevya-p€da-padma lakm…-sevya s€dare (2)

Gaurasundara está adornado com uma belíssima guñj€-m€l€ vermelha, que cai sobre
Seu coração de lótus. Brahm€ e Lakm… adoram Seus pés de lótus com grande respeito.

tapta-hema a‰ga-k€nti pr€taƒ-aruŠa-ambare


r€dhik€nur€ga prema-bhakti v€ñch€ ye kore (3)

Seu corpo reluz brilhantemente como o ouro derretido e Seu traje é açafroado como
o sol nascente. Ele deseja aquele prema bhakti com o anur€ga de ®r…mat… R€dhik€.

ac…-suto gauracandra €nandita antare


p€aŠa-khaŠa nity€nanda-sa‰ge ra‰ge vihare (4)

O filho de ®ac…, Gaurasundara, que é tão alegre internamente, caminha com


Nity€nanda Prabhu purificando os corações dos ateístas.

nity€nanda gauracandra gaur…d€sa-mandire


gaur…d€sa karata €a sarva-j…va uddh€re (5)

Ambos, Nity€nanda e Gaurasundara, estão na casa de Gaur…d€sa, que tem a


esperança de que Eles libertarão todas as j…vas.

®r…man Mah€prabhura Hari-V€sara-Vrata-P€lana


– ®r…man Mah€prabhu Observando Ek€da… –
®r…la Vnd€vana d€sa µh€kura

r… hari-v€sare hari-k…rtana-vidh€na, ntya €rambhil€ prabhu jagatera pr€Ša (1)

No dia de Ek€da…, Mah€prabhu, que é a vida e alma de todos os seres, decretou que
todos devem se reunir para fazer k…rtana. Ouvindo o som de Seu próprio nome, Ele começou
a dançar em êxtase.

puŠyavanta r…v€sa-a‰gane ubh€rambha, u˜hilo k…rtana-dhvani ‘gop€la’ ‘govinda’ (2)

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Em ®r…v€sa-a‰gana, o divino pátio de ®r…v€sa µh€kura, Ele inaugurou as auspiciosas


reverberações do k…rtana com Sua voz retumbante: 'Gop€la! Govinda!'

mda‰ga-mandir€ b€je a‰kha-karat€la, sa‰k…rtana-sa‰ge saba hoilo mi€la (3)

No pátio, os sons da mda‰ga, pequenos címbalos, karat€las, búzio e belos cantos


misturavam-se.

brahm€Ša bhedila dhvani p™riy€ €k€a, caudikera ama‰gala j€ya saba n€a (4)

O som estrondoso trespassou o brahm€Ša inteiro e encheu todo o céu, alcançando


Svetadv…pa e destruindo tudo de inauspicioso em todos os quatorze mundos.

uaƒ-k€la haite ntya kare vivambhara, y™tha y™tha haila jata gayana sundara (5)

Desde a manhã, Vivambhara (que nutre e mantém o universo todo com bhakti)
começava a dançar. Muitos grupos cantavam encantadoramente – cada grupo cantando uma
melodia diferente.

r…v€sa-paŠita laiy€ eka samprad€ya, mukunda loiy€ €ra jana-kota g€ya (6)

®r…v€sa PaŠita era o guru de um grupo de k…rtan…yas e Mukunda, o cantor, liderava


outro grupo.

loiy€ govinda ghoa €ra kata-jana, gauracandra-ntye sabe korena k…rtana (7)

Govinda Ghoa era o líder de outro grupo. Gauracandra dançava no meio do festival
de k…rtana.

dhariy€ bulena nity€nanda mah€bol…, alakite advaita layena pada-dh™li (8)

O poderoso Nity€nanda Prabhu protegeu Mah€prabhu quando Este desmaiou ao


dançar, enquanto Advaita šc€rya aproveitou a ocasião para, secretamente, pegar a poeira de
Seus pés.

gad€dhara-€di jata sajala-nayane, €nande vihvala hoilo prabhura k…rtane (9)

Gad€dhara, Mukunda, ®r…dh€ra e outros chegaram às lágrimas ao ouvirem o k…rtana


de Mah€prabhu enquanto a˜a-sattvika bh€vas, cada vez mais intensos, dominavam seus
corações.

jakhana uddaŠa n€ce prabhu vivambhara, pthiv… kampita hoya, sabe p€ya ara (10)

Vivambhara dançava com tanta força que a terra tremia, fazendo com que todos os
devotos ficassem com medo.

kakhana v€ madhura n€caye vivambhara, jena dekhi nandera nandana na˜avara (11)

Às vezes, Vivambhara dançava tão graciosa e docemente que parecia ser


na˜avara Nanda-nandana, o melhor dos dançarinos.

apar™pa kŠ€vea, apar™pa ntya, €nande nayana bhori’ dekhe saba bhtya (12)

A beleza de Mah€prabhu é inigualável e insuperável, derrotando até a beleza de


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KŠa (nem mesmo KŠa tem mah€bh€va). Os olhos de todos os Seus seguidores encheram-
se de €nanda vendo Sua dança.

nij€nande n€ce mah€prabhu vivambhara, caraŠera t€la uni ati manohara (13)

Mah€prabhu Vivambhara dançava, absorto em €nanda. Ouvindo o ritmo de Seus pés


dançando, os devotos ficavam fascinados.

bh€va-bhare m€l€ n€hi rahaye gal€ya, chiŠiy€ paaye giy€ bhakatera p€ya (14)

Enquanto Mah€prabhu dançava, estando cheio de bh€va, Sua guirlanda não


permanecia ao redor de Seu pescoço – ela rompeu-se e todas as flores caíram aos pés de Seus
devotos.

catur-dike r…-hari-ma‰gala-sa‰k…rtana, m€jhe n€ce jagann€tha-mirera nandana (15)

Os auspiciosos sons de r… harin€ma-sa‰k…rtana espalhavam-se em todas as direções,


enquanto o filho de Jagann€tha Mira dançava em meio a todos os devotos.

j€ra n€m€nande iva-vasana n€ j€ne, j€ra yae n€ce iva, se n€ce €pane (16)

®iva canta o mesmo nome bem-aventurado e fica tão absorto em prema que sua veste
cai. Ouvindo as glórias de Mah€prabhu, ®iva começa a dançar e Mah€prabhu, ouvindo Suas
próprias glórias, também dança.

j€ra n€me v€lm…ki hoil€ tapodhana, j€ra n€me aj€mila p€ilo mocana (17)

Por este mesmo n€ma, Valm…ki obteve a riqueza da austeridade – ele viu todo o
r€ma-l…l€. E por este mesmo n€ma, todos os anarthas e apar€dhas de Aj€mila foram arrancados
pela raiz.

j€ra n€ma ravaŠe saˆs€ra-bandha ghuce, hena prabhu avat€ri’ kali-yuge n€ce (18)

Ouvir r… kŠa-n€ma corta completamente todos os apegos mundanos. O próprio ®r…
KŠa veio na Kali-yuga como Mah€prabhu, dançando e aconselhando a todos cantarem
kŠa-n€ma.

j€’ra n€ma g€i’ uka-n€rada be€ya, sahasra-vadana prabhu j€ra guŠa g€ya (19)

®ukadeva e N€rada também cantam este kŠa-n€ma e o distribuem. Com milhares


de línguas, Mah€prabhu canta as glórias deste n€ma.

sarva mah€-pr€yacitta je prabhura n€ma, se-prabhu n€caye, dekhe jata bh€gyav€na (20)

Adotar o nome de Mah€prabhu constitui a mais elevada forma de expiação. Vendo


Mah€prabhu dançar, os devotos tornam-se supremamente afortunados.

prabhura €nanda dekhi’ bh€gavata-gaŠa, anyonye gal€ dhari’ koroye krandana (21)

Vendo a bem-aventurança de Mah€prabhu, os devotos se abraçavam e choravam alto


(enquanto os raios da €nanda de Mah€prabhu entravam em seus corações).

sab€ra a‰gete obhe r… candana-m€l€, €nande g€yena kŠa-rase hai’ bhol€ (22)

Todos os devotos compareciam ao k…rtana e Mah€prabhu, pessoalmente, decorava


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seus corpos com candana e guirlandas. ®r… Gaurasundara e os devotos cantavam e
saboreavam kŠa-rasa com grande alegria.

jateka vaiŠava-saba k…rtana-€vee, n€ j€ne €pana deha, anya jana kise (23)

Absortos no k…rtana, todos os devotos VaiŠavas perdiam toda a consciência de seus


próprios corpos e dos demais em torno deles.

jaya kŠa-mur€ri-mukunda-vanam€l…, ahar-nia g€ya sabe hoi’ kut™hal… (24)

"Jaya kŠa, mur€ri, mukunda, vanam€l…." Dia e noite, todos os devotos cantavam k…
rtana com grande felicidade.

ahar-nia bhakta-sa‰ge n€ce vivambhara, r€nti n€hi k€ra, sabe sattva-kalevara (25)

Vivambhara dançava vinte e quatro horas com Seus devotos, mas nunca Se cansava,
porque Seu corpo era sattva-kalevara, plenamente transcendental.

ei-mata n€ce mah€prabhu vivambhara, nii avaea m€tra se eka prahara (26)

Diariamente, Mah€prabhu (em completo prema) dançava em k…rtana a noite toda, e


só parava três horas antes do nascer do sol.

ei-mata €nanda haya navadv…pa-pure, prema-rase vaikuŠ˜hera n€yaka vihare (27)

Diariamente, Mah€prabhu, o herói que desfruta o prema-rasa de VaikuŠ˜ha (Svetadv…pa),


saboreava e distribuía grande bem-aventurança em Navadv…pa.

e sakala puŠya kath€ je kare ravaŠa, bhakta-sa‰ge gauracandre rahu t€ra mana (28)

Gauracandra e todos os Seus associados entram nos corações dos devotos que ouvem
o totalmente virtuoso hari-kath€ com plena fé (assim, seus corações tornam-se ®r…v€sa-a
‰gana).

r… kŠa-caitanya-nity€nanda-c€da j€na, vnd€vana-d€sa tachu pada-yuge g€na (29)

Vnd€vana d€sa diz: "®r… KŠa Caitanya e Nity€nanda Prabhu (que parece a lua) são
minha vida e alma. Ofereço meus daŠavat-praŠ€mas a Seus pés de lótus”.
Gaur€‰ga Tumi More Doy€ N€ Ch€iho
®r… V€sudeva Ghoa

gaur€‰ga tumi more doy€ n€ ch€iho, €pana koriy€ r€‰g€ caraŠe r€khiho (1)

Ó Gaur€‰ga! Por favor, não deixe de me conceder Sua misericórdia. Faça-me Seu e
mantenha-me junto aos Seus pés de lótus avermelhados.

tom€ra caraŠa l€gi saba tey€ginu, …tala caraŠa p€y€ araŠa loinu (2)

A fim de alcançar Seus pés de lótus, abandonei tudo o mais. Agora, tomei pleno
refúgio nos Seus refrescantes pés de lótus.

e kule o kule mui dilu til€ñjoli, r€khiho caraŠe more €pan€ra boli (3)

“Nascer nesta ou naquela família” – deixei tudo isso para trás. Imploro que Você me
mantenha perto dos Seus pés de lótus, chamando-me de Seu.
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v€sudeva ghoe bole caraŠe dhoriy€, kp€ kori r€kha more pada-ch€y€ diy€ (4)

V€sudeva Ghoa exclama: "Agarrei-me firmemente a Seus pés de lótus!


Bondosamente, deixe-me ficar aqui, sempre concedendo-me a suavizante sombra deles”.

Ke J€bi Ke J€bi Bh€i ?


– Quem Irá? Quem Irá, Irmãos? –
®r…la Locana d€sa µh€kura

ke j€bi ke j€bi bh€i bhava-sindhu-p€ra, dhanya kali-yugera caitanya-avat€ra (1)

Quem irá? Quem irá, irmãos? Quem atravessará este oceano do sofrimento material?
Esta Kali-yuga, na qual o ®r… Caitanya avat€ra apareceu, é abençoada (Caitanya av€tara não
vem em toda Kali-yuga).

€m€ra gaur€‰gera gh€˜e ad€na-khey€ vaya, jada, andha, €tura avadhi p€ra haya (2)

No local de banho do meu Gaur€‰ga, gratuitamente, uma barca está esperando. Não
há restrições – todos estão vindo, inclusive os aleijados, cegos e angustiados. Todos estão
embarcando para fazer a travessia.

harin€mera nauk€kh€ni r… guru k€Š€r…, sa‰k…rtana kheroy€la du’b€hu pas€ri (3)

Harin€ma é o barco, ®r… Guru é o barqueiro, o grupo de sa‰k…rtana movimentando-se


com os braços erguidos são os remos!

saba j…va haila p€ra premera v€t€se, paiy€ rahila locana €pan€ra doe (4)

Todas as almas podem atravessar com os ventos favoráveis de prema. Somente


Locana d€sa, de tão desafortunado e por sua própria culpa, foi deixado para trás.
Kabe šh€ Gaur€‰ga Boliy€
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kabe €h€ gaur€‰ga boliy€


bhojana-ayane, dehera jatana, ch€ibo virakta hoiy€ (1)

Ai de mim! Que sofrimento estou passando! Quando haverei de aceitar o nome de


Gaur€‰ga e tornar-me averso à gratificação dos sentidos, abandonando todos os esforços para
simplesmente comer e dormir?

navadv…pa dh€me, nagare nagare, abhim€na porihari’


dh€ma-v€s…-ghare, m€dhukar… loba, kh€ibo udara bhori’ (2)

Quando vagarei de aldeia em aldeia em ®r… Navadv…pa-dh€ma, abandonando


completamente meu falso ego? Mendigarei m€dhukar… dos lares dos dh€ma-v€s…s e, assim,
encherei meu estômago.

nad…-ta˜e giy€, añjali añjali, pibo prabhu-pada-jala


taru-tale pai’, €lasya tyajibo, p€ibo ar…re bolo (3)

Andarei pelas margens do Ga‰g€ e, se sentir sede, de gole em gole beberei aquela
água sagrada que lavou os pés de lótus do Senhor. Se me sentir cansado, simplesmente
deitarei sob a árvore mais próxima. Quando tiver força suficiente, deixarei minha indolência
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de lado e continuarei vagando por aqui e por ali.

k€kuti koriy€, ‘gaura-gad€dhara’, ‘r…-r€dh€-m€dhava’ n€ma


k€‰diy€ k€‰diy€, €ki’ ucca-rave, bhramibo sakala dh€ma (4)

Num humor de humilde súplica, exclamarei em prantos os nomes de Gaura-


Gad€dhara e ®r… R€dh€-M€dhava! Assim, chorando e chorando, vagarei pelo dh€ma inteiro.

vaiŠava dekhiy€, paibo caraŠe, hdayera bandhu j€ni


vaiŠava ˜h€kura, ‘prabhura k…rtana’, dekh€ibe d€sa m€ni’ (5)

Vendo um devoto VaiŠava, cairei a seus pés de lótus, sabendo que ele é o único e
verdadeiro amigo do meu coração. Aceitando-me como seu servo, o venerável devoto haverá,
então, de me revelar o k…rtana mais confidencial para adorar o Senhor.

Kabe Gaura-Vane
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kabe gaura-vane, suradhun…-ta˜e, ‘h€ r€dhe h€ kŠa’ bole


k€‰diy€ be€bo, deha sukha ch€i’, n€n€ lat€-taru-tale (1)

Ó, quando chegará o dia em que, abandonando toda felicidade corpórea, vagarei


pelas margens do Ga‰g€ em ®r… Navav…pa-dh€ma, debaixo das muitas árvores e trepadeiras,
chorando e clamando “H€ R€dh€, H€ KŠa”?
(kabe) vapaca-ghete, m€giy€ khaibo, pibo sarasvat…-jala
puline puline, ga€-gai dibo, kori’ kŠa-kol€ holo (2)

Ó, quando será que mendigarei alimento nas casas dos intocáveis e beberei água do
Sarasvat…, mantendo minha vida desta maneira? Quando rolarei nas margens dos rios sagrados
causando tumulto ao exclamar: “Ó KŠa! Ó KŠa!”?

(kabe) dh€ma-v€s…-jane, praŠati koriy€, m€gibo kp€ra lea


vaiŠava-caraŠa-reŠu g€ya m€khi’, dhori’ avadh™ta vea (3)

Ó, quando oferecerei praŠ€ma a todos os residentes do dh€ma, implorando por uma


gota da misericórdia deles? Adotarei a roupa de um avadh™ta (pessoa acima das convenções
sociais, louca de prema) e untarei todo o meu corpo com a poeira dos pés dos VaiŠavas.
(kabe) gaua-braja-jane, bheda n€ dekhibo, hoibo baraja-v€s…
(takhana) dh€mera svar™pa, sphuribe nayane, hoibo r€dh€ra d€s… (4)

Quando eu não mais fizer distinção entre os moradores de Navadv…pa e os de


Vnd€vana, somente então me tornarei um verdadeiro Vrajav€s…. A forma cinmaya do dh€ma
me concederá seu darana e me tornarei uma serva de ®r… R€dh€j….

®r… KŠa-Caitanya Prabhu Doy€ Koro More


®r…la Narottama d€sa µh€kura

r… kŠa-caitanya prabhu doy€ koro more, tom€’ vin€ ke doy€lu jagat-saˆs€re (1)

®r… KŠa Caitanya Prabhu, por favor, seja bondoso comigo. Quem neste mundo é
mais misericordioso que Você?

patita-p€vana-hetu tava avat€ra, mo sama patita prabhu n€ p€ibe €ra (2)


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Você adveio como este €vat€ra para salvar as almas caídas. Ó Senhor, asseguro-Lhe
que ninguém é mais caído que eu!

h€ h€ prabhu nity€nanda prem€nanda-sukh…, kp€valokana kara €mi baa duƒkh… (3)

Ai de mim! Nity€nanda Prabhu, Você está sempre alegre em amor extático


(prem€nanda)! Lance Seu olhar misericordioso sobre mim, que sou tão desafortunado!

day€ koro s…t€-pati advaita gos€i, tava kp€-bale p€i caitanya-nit€i (4)

Ó Advaita Gos€i, esposo de S…t€, seja bondoso comigo. Pelo poder da sua
misericórdia, certamente Caitanya-Nit€i também haverão de me dar Sua misericórdia!

h€ h€ svar™pa, san€tana, r™pa, raghun€tha, bha˜˜a-yuga, r… j…va, h€ prabhu lokan€tha (5)

Ai de mim! Svar™pa D€modara, San€tana Gosv€m…, R™pa Gosv€m…, Raghun€tha d€sa


Gosv€m…, Gop€la Bha˜˜a Gosv€m…, Raghun€tha Bha˜˜a Gosv€m…, ®r… J…va Gosv€m…! Ó
Prabhu Lokan€tha!

day€ koro r… €c€rya prabhu r…niv€sa, r€macandra-sa‰ga m€ge narottama d€sa (6)

Seja misericordioso, ó Prabhu ®r…niv€sa šc€rya! Narottama d€sa implora pela


companhia de R€macandra!

day€ koro prabhup€da r… dayita d€sa, vaiŠavera kp€ m€ge e adhama d€sa (7)

Seja misericordioso, Ó Prabhup€da, servo mais amado de ®r…mat… R€dhik€! Este servo
caído suplica a bondade dos VaiŠavas.

day€ koro gurudeva patita-p€vana, r… caraŠe sev€ m€ge e patita jana (8)

Ó Gurudeva, salvador dos caídos, seja misericordioso. Esta pessoa caída implora pelo
serviço aos seus pés de lótus.

Bhaja Re šm€ra Mana


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

bhaja re bhaja re €m€ra mana ati manda


(bhajana vin€ gati n€i re)
(bhaja) vraja-vane r€dh€-kŠa-caraŠ€ravinda
(jñ€na-karma parihari re)
(bhaja) (vraja-vane r€dh€-kŠa) (1)

Ó minha mente tola, adore os pés de lótus de R€dh€-KŠa nas florestas de Vraja. Sem
isto não pode haver avanço espiritual algum. Abandone todo o conhecimento especulativo e
as atividades materialistas.

(bhaja) gaura-gad€dhar€dvaita guru-nity€nanda


(gaura-kŠe abheda jene’ re)
(guru kŠa-pre˜ha jene’ re)
(smara) r…niv€sa-harid€sa-mur€ri-mukunda
(gaura-preme smara, smara re)
(smara) (r…niv€sa harid€se) (2)

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Adore Gaura-Gad€dhara, Advaita e o guru original, Nity€nanda. Sabendo que Gaura e
KŠa são a mesma pessoa e que o guru é muito querido por KŠa, lembre-se dos associados
íntimos de Mah€prabhu: ®r…v€sa, Harid€sa, Mur€ri Gupta e Mukunda Datta.

(smara) r™pa-san€tana-j…va-raghun€tha-dvandva
(kŠa-bhajana yadi karbe re)
(r™pa-san€tane smara)
(smara) r€ghava-gop€la-bha˜˜a-svar™pa-r€m€nanda
(kŠa-prema yadi c€o re)
(svar™pa-r€m€nande smara) (3)

Lembre-se dos Gosv€m…s de Vnd€vana. Se você adora ®r… KŠa, deve lembrar-se de
®r… R™pa e San€tana. Também lembre-se de R€ghava PaŠita, Gop€la Bha˜˜a, Svar™pa
D€modara e R€m€nanda R€y€. Se você realmente busca kŠa-prema, deve lembrar-se de
Svar™pa D€modara e R€m€nanda R€y€.

(smara) go˜hi-saha karŠap™ra, sena iv€nanda


(ajasra smara, smara re)
(go˜hi-saha karŠap™re)
(smara) r™p€nuga-s€dhu-jana bhajana-€nanda
(vraje v€sa yadi c€o re)
(r™p€nuga-s€dhu smara) (4)

Lembre-se de Kavi KarŠap™ra e seus familiares, todos servos sinceros de


Mah€prabhu. Também lembre-se do pai dele, ®iv€nanda Sena. Lembre-se de todos estes
VaiŠavas que seguem estritamente os passos de R™pa Gosv€m… e que estão absortos no
êxtase de bhajana. Se você quer realmente morar em Vraja, deve lembrar-se de todos os
VaiŠavas que são seguidores de ®r… R™pa Gosv€m….

Kabe Ha’be Hena Da€ Mora


(Navadv…pa Bhajana-Ku˜…ra)
– Kalyana-Kalpa-Taru –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kabe habe hena da€ mora


tyaji’ jaa €€, vividha bandhana, ch€ibo saˆs€ra ghora (1)

Quando, ó quando, será esta a minha condição? Renunciando a todos os meus


desejos mundanos, que produzem vários tipos de enredamento, desistirei desta escura e
medonha existência material.

vnd€van€bhede, navadv…pa-dh€me, b€dhibo ku˜…rakh€ni


ac…ra nandana-caraŠa-€raya, karibo sambandha m€ni’ (2)

Construirei minha pequena cabana em Navadv…pa-dh€ma, que não é diferente de ®r…


Vnd€vana. Ali, estabelecerei meu relacionamento com ®r… ®ac…-nandana, refugiando-me em
Seus pés de lótus.

j€hnav…-puline, cinmaya-k€nane, basiy€ vijana-sthale


kŠa-n€m€mta, nirantara piba, €kibo ‘gaur€‰ga’ bo’le (3)

Vivendo num lugar solitário, numa floresta sagrada à margem do Ga‰g€, beberei
incessantemente o néctar do nome de ®r… KŠa e bradarei o nome de Gaur€‰ga assim:

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h€ gaura-nit€i, tor€ du’˜… bh€i, patita-janera bandhu
adhama patita, €mi he durjana, hao more kp€ sindhu (4)

“Ó Gaura-Nit€i! Vocês, dois irmãos, são os únicos e verdadeiros amigos de todas as


almas caídas! Sou o mais reles dos canalhas, o mais caído e de mente vil - por isso,
bondosamente, concedam-me Seu oceano de misericórdia!"
k€‰dite k€‰dite, ola-kroa-dh€ma, j€hnav… ubhaya k™le
bhramite bhramite, kabhu bh€gya-phale, dekhi kichu taru-m™le (5)

Soluçando repetidas vezes e clamando assim, vagarei por toda a morada de 51


quilômetros quadrados, ora numa margem do Ga‰g€, ora noutra. E possivelmente, enquanto
perambular por lá, se eu receber uma gota de boa fortuna, poderei de repente olhar para a
base de uma árvore (e contemplar alguma visão lá).

h€ h€ manohara, ki dekhinu €mi, boliy€ m™rchita há’ba


samvit p€iy€, k€diba gopane, smari’ du’hu kp€-lava (6)

Exclamarei: "H€ h€! Que maravilhoso! Que coisa espantosa vi agora!", e desmaiarei
em seguida. Mais tarde, recuperando a consciência, esconder-me-ei e chorarei secretamente,
lembrando que todo este êxtase é devido a ter recebido apenas uma pequena partícula da
misericórdia de ®r… ®r… Gaura-Nit€i.

Yaomat…-Nandana
– O Filho de Mãe Yaoda –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

yaomat…-nandana, braja-baro-n€gara, gokula-rañjana k€na


gop…-par€Ša-dhana, madana-manohara, k€l…ya-damana-vidh€na (1)

KŠa é o amado filho de mãe Yaod€, o amante transcendental supremo em


Vrajabhumi. Como K€na (uma forma afetuosa de chamá-lo), deleita Gokula e é a riqueza da
vida das gop…s. Ele é um ladrão inveterado que rouba o coração de todos e esmagou a
serpente K€l…ya.
amala harin€ma amiya-vil€s€
vipina-purandara, nav…na-n€gara-bora, vaˆ…-vadana, suv€s€ (2)
Estes imaculados santos nomes estão carregados de todos os doces passatempos
nectáreos de KŠa. Ele é o Rei (purandara - Indra) de todas as florestas de Vraja. Ele é o amante
eternamente jovem e viçoso, que sempre usa lindas vestes, atraindo as gop…s com Sua
fragrância corpórea e mantendo a flauta junto de Sua boca.

vraja-jana-p€lana, asura-kula-n€ana, nanda-godhana-r€khow€l€


govinda, m€dhava, navan…ta-taskara, sundara nanda-gop€l€ (3)
Ele sempre protege os Vrajav€s…s, destrói os demônios e toma conta das vacas de
Nanda B€b€. Como Govinda, Ele dá prazer às vacas, à terra, aos gopas, gop…s e aos sentidos.
Como M€dhava, é o esposo da Lakm… mais elevada – ®r…mat… R€dhik€. Vive roubando
manteiga (o prema dos Vrajav€s…s) para incrementar o amor dos Vrajav€s…s por Ele e é o
maravilhoso filho de Nanda B€b€.

y€muna-ta˜a-cara, gop…-vasanahara, r€sa-rasika kp€moya


r… r€dh€-vallabha, vnd€vana-na˜abara, bhakativinoda-€raya (4)
Perambulando pelas margens do Yamun€, Ele roubou as vestes das gop…s bem
jovens. Ele é o desfrutador da dança da r€sa e é repleto de misericórdia. É muito querido de

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®r…mat… R€dhik€r€Š… e é o mais hábil dançarino em Vndav€na. Bhaktivinoda µh€kura deseja
se abrigar nesse KŠa!
Vibh€var…-®ea
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

vibh€var…-ea, €loka-pravea, nidr€ ch€i’ u˜ha j…va


bolo’ hari hari, mukunda mur€ri, r€ma kŠa hayagr…va (1)

A noite terminou. Está raiando a luz do amanhecer. Acorde, ó alma! Desista do seu
sono! Cante os nomes de Hari! Mukunda! Mur€ri! R€ma! KŠa! e Hayagr…va! Hari rouba todos
os nossos anarthas, pecados e misérias. Mukunda dá liberação facilmente e, mais do que isso,
outorga prema-sukha. Seu rosto sorridente é belo como a tão perfumada flor branca do
kunda. Mur€ri matou o demônio Mura, que representa todas as más qualidades em nossos
corações. R€ma é a expansão de KŠa como Seu irmão mais velho Balar€ma. KŠa é aquele
que encanta todos os seres vivos. Hayagr…va, é a encarnação de R€ma e KŠa com cabeça de
cavalo, que trouxe-nos os Vedas e Upaniads.

nsiˆha v€mana, r… madhus™dana, vrajendra-nandana y€ma


p™tan€-gh€tana, kai˜abha-€tana, jaya d€arathi-r€ma (2)

Nsiˆha, V€mana, ®r… Madhus™dana, o filho de Nanda Mah€r€ja, ®y€ma! Ele é o


matador de P™tan€ e Kai˜abha! Todas as glórias ao filho do rei Daaratha, o Senhor R€ma!
Nsimha remove os obstáculos no caminho da devoção, assim, permitindo que se
desenvolvam amor e afeição no coração do devoto. V€mana enganou Bali Mah€r€ja e
devolveu o reino aos semideuses. Bali se rendeu a V€manadeva, que auxilia os devotos a
alcançarem €tma-nivedana, rendição plena. ®r… Madhus™dana remove todo o apego ao mundo
material e sempre saboreia madhu, o néctar dos lábios de ®r…mat… R€dh€r€n…. Vrajendra-
nandana ®y€ma, sempre está em Vraja e embeleza (y€ma) Sua morada. P™tan€-gh€tana
remove as impurezas do coração da j…va. Kai˜haba-€tana destrói a duplicidade.
yaod€-dul€la, govinda gop€la, vnd€vana-purandara
gop…-priya-jana, r€dhik€-ramaŠa, bhuvana-sundara-bora (3)

Ele é o querido filho de Yaod€ (yaod€-dul€la), mantém, nutre e dá prazer às vacas,


a todos os gopas e gop…s (govinda-gop€la). É o Rei (Indra) de Vnd€vana (vnd€vana-
purandara) e o mais amado das gop…s (gop…-priya-jana) - sempre dando prazer a R€dhik€, e
Ela dá prazer a Ele (r€dhik€-ramaŠa), o qual é a beleza insuperável do mundo inteiro
(bhuvana-sundara-bora)!

r€vaŠ€ntakara, m€khana-taskara, gop…-jana-vastra-h€r…


vrajera r€kh€la, gopa-vnda-p€la, citta-h€r… vaˆ…-dh€r… (4)

Para R€vana, que raptou Sita, achando que Bhagav€n não tinha potência, Ele é a
morte personificada (r€v€Š€ntakara); para as gop…s mais velhas, um ladrão de manteiga (que
rouba o amor e afeição delas sob a forma dessa manteiga – m€khana-taskara). É o ladrão das
roupas das gop…s jovenzinhas, que são a própria potência Dele (gop…-jana-vastra-h€r…), o
protetor e mantenedor de Vraja (vrajera-r€kh€la), o guardião dos gopas (gopa-vnda-p€la)
que seduz os corações de todos com Sua flauta (citta-h€r…- vam…-dh€r…).

yog…ndra-vandana, r… nanda-nandana, vraja-jana-bhaya-h€r…


nav…na-n…rada, r™pa-manohara, mohana-vaˆ…-bih€r… (5)
Ele é sempre adorado pelos grandes yog…s, ®ukadeva, N€rada, Vy€sa (yog…ndra-
vandana); é o belo filho de Nanda Mah€r€ja (r… nanda-nandana); remove os medos dos
residentes de Vraja (vraja-jana-bhaya-h€r…); Parecendo uma refrescante nuvem de chuva
recém-formada(nav…na n…rada), encanta as mentes dos Vrajav€s…s com Sua beleza (r™pa-

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manohara); Ele vagueia e perambula tocando a flauta e cativando a todos (mohana-vam…-
bih€r…)!
yaod€-nandana, kaˆsa-nis™dana, nikuñja-r€sa-vil€s…
kadamba-k€nana, r€sa-par€yaŠa, vnd€-vipina-niv€s… (6)

Ele é o menino doce e agradável de Yaod€ ( yaod€-nandana) e, ao mesmo tempo, o


matador de Kaˆsa (kaˆsa-nis™duna). Ele realiza Suas brincadeiras amorosas confidenciais
nos agradáveis bosques de Vnd€vana (nikuñja-r€sa-vil€s…). É devotado a desfrutar de r€sa
(r€sa-par€yaŠa) nos kuñjas do imenso jardim de Kadamba (kadamba-k€nana).
€nanda-varddhana, prema-niketana, phula-ara-yojaka k€ma
gop€‰gan€-gaŠa-citta-vinodana, samasta-guŠa-gaŠa-dh€ma (7)

Ele expande o oceano da bem-aventurança (€nanda-varddhana), é a morada divina


do amor puro (prema-niketana), o Cupido transcendental que, com cinco flexas floridas,
incita k€ma, ou a luxúria divina, das belas gop…s (phula-ara-yoj€ka-k€ma), dando prazer aos
corações delas (gop€ngan€-gaŠa-citta-vinodana) e a morada de todas as boas qualidades
(samasta-guŠa-gaŠa-dh€ma)!

y€muna-j…vana, keli-par€yaŠa, m€nasa-candra-cakora


n€ma-sudh€-r€sa, g€o kŠa-yaa, r€kho vacana mana mora (8)

Yamun€ é a vida de KŠa, pois Ele realiza r€sa às suas margens, e KŠa é a vida de
Yamun€ (yamun€-j…vana) porque brinca em suas águas (jala-keli). Está sempre absorto em
passatempos amorosos (keli-par€yaŠa). É como a lua para as mentes das gop…s, que são como
pássaros cakora que subsistem apenas do luar (m€nasa-candra-cakora). “Ó mente, lembre-se
sempre destas palavras (r€kha-vacana-mana-mora) e cante as glórias de KŠa ( g€o kŠa-
yaa) na forma desses santos nomes repletos de néctar (n€ma-sudh€-r€sa).”

Bandhu-Sa‰ge
®r…la Bhaktivinoda µh€kura
(Tradução Bengali do verso em Sânscrito de R™pa Gosv€m…)

bandhu-sa‰ge yadi tava ra‰ga parih€sa, th€ke abhil€a (th€ke abhil€a)


tabe mora kath€ r€kha, jeyo n€ko jeyo n€ko, mathur€ya ke…-t…rtha-gh€˜era sak€a (1)

Se você quer desfrutar rindo e se divertindo com amigos e família; se este é realmente
seu desejo, então ouça-me: “Não vá, não vá ao Ke…-gha˜a em Mathur€ (Vnd€vana).”

govinda vigraha dhori’, tath€ya €chena hari, nayane va‰kima-d˜i, mukhe manda-h€sa
kiv€ tri-bha‰gama ˜h€ma, varŠa samujjvala y€ma, nava-kialaya obh€ r… a‰ge prak€a (2)
Ali, ®r… Hari assume a forma de Govinda, que dá prazer a todos, cujo olhar astucioso é
completamente cativante, cuja boca sorri suavemente, que exibe Sua pose tribha‰ga. Sua tez é
de uma cor y€ma muito refulgente e Seus membros, atraentes como folhas tenras.

adhare vaˆ…-˜… t€ra, anarthera m™l€dh€ra, ikhi-c™€keo bh€i koro n€ viv€sa


se m™rti nayane here, keho n€hi ghare phire, saˆs€r… gh…ra je go hoya sarva-n€a
(t€i mora mane baa tr€sa)
gha˜ibe vipada bh€r…, jeyo n€ko he saˆs€ri, mathur€ya ke…-t…rtha-gh€˜era sak€a (3)

O som de Sua flauta (Vam…), entronizada em Seus lábios, é a causa principal da


loucura. “Irmão, não tenha fé nesta pessoa que usa uma pena de pavão em Sua cabeça.” Se
você vir essa forma, não será mais capaz de retornar para casa. Sua vida familiar estará
arruinada (este é meu grande temor!). Haverá grande perigo se você for até lá. Se você quer
desfrutar da vida familiar, não vá para Mathur€, próximo ao Ke…-gha˜a.
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[Nota: Esta canção baseia-se no verso smer€ˆ bha‰g…traya-paricit€m de ®r…la R™pa Gosv€m…
(Bhakti-ras€mta-sindhu 1.2.239).]

Janama Saphala T€’ra


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

janama saphala t€’ra, kŠa-daraana j€’ra, bh€gye hoiy€che eka-b€ra


vikaiy€ hn-nayana, kori’ kŠa-darana, ch€e j…va cittera vik€ra (1)

Ah! Para aquele que obteve o darana de KŠa uma única vez, por boa fortuna, seu
nascimento tornou-se vitorioso, pois, ao vê-lo com os olhos da devoção, todas as causas da
transformação da mente (luxúria, cobiça, ira e outros anarthas) são afastadas para bem longe.

vnd€vana-keli-catura vana-m€l…, tri-bha‰ga-bha‰gima r™pa,


vaˆ…-dh€r… apar™pa, rasamaya-nidhi, guŠa-€l… (2)

Ornado com guirlandas de flores silvestres, Ele Se ocupa habilmente no desfrute


amoroso em Vnd€vana. De pé, em Sua forma tribha‰ga, curvada em três pontos e segurando
Sua flauta, exibe Sua beleza sem precedentes. Ele é um oceano de r€sa e um reservatório de
todas as boas qualidades.

varŠa-nava-jaladhara, ire ikhi-piccha vara, alak€ tilaka obh€ p€ya,


paridh€ne p…ta-v€sa, vadane madhura h€sa, hena r™pa jagata m€t€ya (3)

Sua tez é como uma nuvem de chuva. Ele usa uma pena de pavão na cabeça e Sua
testa está lindamente decorada com candana tilaka. Usando um p…t€mbara dourado e sorrindo
tão docemente, enlouquece o mundo inteiro com Sua beleza.

indran…la jini’, kŠa-r™pakh€ni, heriy€ kadamba-m™le,


mana uc€˜ana, n€ cale caraŠa, saˆs€ra gel€ma bhule (4)

Óh, agora que vi essa forma de KŠa, mais bela que uma jóia indran…la negra,
de pé sob uma árvore kadamba, minha mente se encheu de dúvidas. Não consigo mais
sair daqui e me esqueci do mundo material.

(sakhi he) sudh€maya, se r™pa-m€dhur…,


dekhile nayana, hoya acetana, jhare premamaya v€ri (5)

Ei sakh…! A doce forma Dele é plena de néctar. Quem quer que O veja, cai
inconsciente e lágrimas de amor fluem de seus olhos.

kiv€ c™€ ire, kib€ vaˆ… kore, kib€ se tri-bha‰ga ˜h€ma,


caraŠa-kamale, amiy€ uchale, t€h€te n™pura-d€ma (6)

Óh, quão maravilhosa é a pena de pavão em Sua cabeça, a flauta em Suas mãos, o
corpo curvado em três partes e os pés enfeitados com tornozeleiras de sininhos que
derramam chuvas de néctar!

sad€ €€ kori, bh‰ga-r™pa dhori’, caraŠa-kamale sth€na


an€y€se p€i, kŠa-guŠa g€i, €ra n€ bhajiba €na (7)

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Bhaktivinoda diz: “Anseio tornar-me uma abelha para, assim, permanecer
eternamente a Seus pés de lótus. Desta maneira, poderei facilmente cantar as glórias de KŠa
e não pedirei nada mais além disso.”

Brajendra-Nandana, Bhaje Jei Jana


®r…la Locana d€sa µh€kura

brajendra-nandana, bhaje jei jana, saphala j…vana t€’ra,


t€h€ra upam€, vede n€hi s…m€, tri-bhuvane n€hi €ra (1)

Aquele que adora Brajendra-nandana torna sua vida um sucesso. Nos três mundos,
não há ninguém igual a KŠa. Os Vedas não conseguem descrever completamente Suas
glórias.

emona m€dhava, n€ bhaje m€nava, kakhana mariy€ j€be,


sei se adhama, prah€riy€ yama, raurave kamite kh€be (2)

Quem não consegue adorar ®r… M€dhava é levado para Yamar€ja após a morte e
deixado num inferno chamado Raurava-loka (onde se é comido vivo por vermes e insetos).
Não há ninguém mais pecaminoso que tal pessoa.

t€ra-par €ra, p€p… n€hi ch€ra, saˆs€ra jagat-m€jhe,


kauk€le t€ra, gati n€hi €ra, mich€i bhramiche k€je (3)

Já que não há maior pecador que tal pessoa em todo o universo, ela não consegue
salvar-se em tempo algum e continua a vagar, realizando atividades materialistas temporárias
que resultam em sofrimento.
r… locana d€sa, bhakatira €a, hari-guŠa kahi likhi,
heno r€sa-s€ra, mati n€hi j€’ra, t€’ra mukha n€hi dekhi (4)

®r… Locana d€sa declara: “Somente pelo meu desejo de obter bhakti é que sou capaz
de descrever as qualidades de ®r… Hari. Nunca desejo ver a face da pessoa cuja inteligência
não está fixa em Brajendra-nandana, a própria essência e personificação de toda r€sa.”

Vnd€vana-Vil€sin…, R€dhe, R€dhe


r€dhe, r€dhe, r€dhe, r€dhe
vnd€vana-vil€sin…, r€dhe, r€dhe
vabh€nu-nandin…, r€dhe, r€dhe
govind€nandin…, r€dhe, r€dhe
k€nu-mana-mohin…, r€dhe, r€dhe
a˜a-sakh…ra iromaŠi, r€dhe, r€dhe
parama-karuŠ€may…, r€dhe, r€dhe
prema-bhakti-prad€yin…, r€dhe, r€dhe
ei b€ra more day€ koro, r€dhe, r€dhe
apar€dha kam€ koro, r€dhe, r€dhe
sev€ adhik€ra diyo, r€dhe, r€dhe
tom€ra k€‰g€la tom€ya €ko, r€dhe, r€dhe

®r… R€dh€-Bhajana Mahim€ – R€dh€-Bhajane Jadi


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– Glorificação da Adoração à ®r… R€dh€ –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r€dh€-bhajane yadi mati n€hi bhel€, kŠa-bhajana taba ak€raŠa gel€ (1)

Se o desejo de servir a ®r…mat… R€dhik€ não surge em meu coração, então, minha
adoração a KŠa é simplesmente inútil.

€tapa-rohita s™raya n€hi j€ni, r€dh€-virahita m€dhava n€hi m€ni (2)

Assim como o Sol não pode ser percebido sem a luz solar, do mesmo modo, não
reconheço M€dhava sem R€dh€.

kevala m€dhava p™jaye, so ajñ€n…, r€dh€-an€dara koroi abhim€n… (3)

Aqueles que adoram somente M€dhava são ignorantes – simplesmente negligenciam


®r…mat… R€dhik€ por causa de seu orgulho mundano.

kabhi n€hi korobi t€kora sa‰ga, citte icchasi yadi vraja-r€sa-ra‰ga (4)

Se você deseja que os passatempos amorosos de vraja-r€sa manifestem-se em seu


coração, jamais associe-se com tais pessoas.

r€dhik€-d€s… yadi hoya abhim€na, …grai milai taba gokula-k€na (5)

Se você desenvolver orgulho em ser serva exclusiva de ®r…mat… R€dhik€, então, muito
em breve, encontrará Gokula K€na.

brahm€, iva, n€rada, ruti, n€r€yaŠ…, r€dhik€-pada-raja p™jaye m€ni (6)

Brahm€, ®iva, N€rada, os …s ®ruti-cari e N€r€y€Š… honram e adoram a poeira dos pés
de lótus de ®r…mat… R€dhik€.

um€, ram€, saty€, ac…, candr€, rukmiŠ…, r€dh€ avat€ra sabe – €mn€ya-v€Š… (7)

Nosso €mn€ya (escrituras reveladas) declara que Um€, Ram€, Saty€, ®ac…, Candr€val… e
RukmiŠ… são todas expansões de R€dh€.

heno r€dh€-paricary€ j€kara dhana, bhakativinoda t€’ra m€gaye caraŠa (8)

Bhaktivinoda implora aos pés de lótus daqueles cuja riqueza é o serviço a ®r…mat…
R€dh€r€Š….

Glorificações Adicionais a ®r…mat… R€dh…k€


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

RamaŠ…-®iromaŠi
ramaŠ…-iromaŠi, vabh€nu-nandin…, n…la-vasana-paridh€na
chinna-pura˜a jini, varŠa-vik€in…, baddha-kavar… hari-pr€Š€ (1)
€bharaŠa-maŠit€, hari-r€sa-paŠit€, tilaka-suobhita-bh€l€
kañculik€cch€dit€, stana-maŠi-maŠit€, kajjala-nayan… ras€l€ (2)
sakala tyajiy€ se r€dh€-caraŠe, d€s… ho’ye bhaja parama-yatane (3)
saundarya-kiraŠa dekhiy€ j€h€ra, rati-gaur…-l…l€ garva-parih€ra (4)
ac…-lakm…-saty€ saubh€gya bolane, par€jita hoya j€h€ra caraŠe (5)
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kŠa-va…k€re candr€val…-€di, par€jaya m€ne hoiy€ viv€d… (6)
hari-dayita-r€dh€-caraŠa-pray€s…, bhakativinoda r…-godruma-v€s… (7)

Rasika N€gar…
rasika n€gar…, gaŠa-iromaŠi, kŠa-preme sara-haˆs…
vabh€nu-r€ja, uddha kalpa-vall…, sarva-lakm…-gaŠa-aˆ… (1)
rakta pa˜˜a-vastra, nitamba-upari, kudra ghaŠ˜i dule t€’ya
kuca-yugopari, duli’ mukt€-m€l€, citta-h€r… obh€ paya (2)
sarasija-vara-karŠik€-sam€na, atiaya k€ntimat…
kaiora-amta, t€ruŠya-karp™ra, mira-smit€dhar€ sat… (3)
van€nte €gata, vraja-pati-suta, parama-cañcala-vare
heri a‰k€kula, nayana-bha‰gite, €darete stava kore (4)
vrajera mahil€-gaŠera par€Ša, yaomat…-priya-p€tr…
lalita lalit€-snehete praphulla-ar…r€ lalita-g€tr… (5)
vi€kh€ra sane, vana-phula tuli, g€the vaijayant… m€l€
sakala-reyas…, kŠa-vaka-sthit€, parama-preyas… b€l€ (6)

snigdha veŠu-rave, druta-gati j€i, kuñje pe’ye na˜avare


hasita-nayan…, namra-mukh… sat…, karŠa kaŠuyana kore (7)
spariy€ kamala, v€yu su-…tala, kare jabe kuŠa-n…ra
nid€ghe tath€ya, nija-gaŠa saha, tuaya gokula-v…ra (8)
bhakativinoda, r™pa-raghun€the, kohaye caraŠa dhori’
hena r€dh€-d€sya, sudh…ra-sampada, kabe dibe kp€ kori’ (9)

Varaja-Vipine
varaja-vipine yamun€-kule, mañca manohara obhita phule (1)
vanaspati-lat€ tuaye €khi, tad upari kata €kaye p€kh… (2)
malaya anila vahaye dh…re, ali-kula madhu-lobhete phire (3)
v€sant…ra r€k€ uupa tad€, kaumud… bitare €dare sad€ (4)
emata samaye rasika-vara, €rambhila r€sa m™ral…dhara (5)
ata-ko˜… gop… m€jhete hari, r€dh€-saha n€ce €nanda kori’ (6)
m€dhava-mohin… g€iy€ g…ta‚ harila sakala jagata-cita (7)
sth€vara-ja‰gama mohil€ sat…, h€r€ola candr€val…ra mati (8)
mathiy€ varaja-kiora-mana, antarita hoya r€dh€ takhana (9)
bhakativinoda param€da gaŠe, r€sa bh€‰gala (€ji) r€dh€ vihane (10)

®ata-Ko˜i Gop…
ata-ko˜i gop… m€dhava-mana, r€khite n€rila kori’ yatana (1)
veŠu-g…te €ke r€dhik€-n€ma, ‘eso eso r€dhe!’ akaye y€ma (2)
bh€‰giy€ r…-r€sa-maŠala tabe, r€dh€-anveaŠe calaye jabe (3)
‘dekh€ diy€ r€dhe! r€khaha pr€Ša!’ boliya k€daye k€nane k€na (4)
nirjana k€nane, r€dh€re dhori, miliy€ par€Ša ju€ya hari (5)
bole, ‘t™hu vin€ k€h€ra r€sa? t™hu l€gi’ mora varaja-v€sa’ (6)
e hena r€dhik€-caraŠa-tale, bhakativinoda k€‰diy€ bole (7)
‘tuw€ gaŠa-m€jhe €m€re gaŠi, kinkar… kariy€ rakha €pani’ (8)

R€dhik€-CaraŠa-Padma
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r€dhik€-caraŠa-padma, sakala reyera sadma, yatane je n€hi €r€dhilo


r€dh€-pad€‰kita-dh€ma, vnd€vana j€r n€ma, t€h€ je n€ €raya korilo (1)

r€dhik€-bh€va-gambh…ra-citta jev€ mah€dh…ra, gaŠa-sa‰ga n€ koilo j…bane


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kemone se y€m€nanda-r€sa-sindhu-sn€n€nanda, labhibe bujhoha eka-mane (2)

Aquele que não conseguiu adorar com grande esmero os pés de lótus de ®r…mat…
R€dhik€, a morada de toda auspiciosidade, que não se refugiou em Vnd€vana dh€ma,
ornamentada com as pegadas dos lindos pés de lótus Dela, que nesta vida não se associou
com os devotos de ®r…mat… R€dhik€, cujos humores, como os de ®r…mat… R€dhik€, são muito
profundos e graves e cujos corações e inteligência estão fixos na adoração a Ela – como tal
pessoa poderá experimentar a bem-aventurança de banhar-se no oceano de y€ma-r€sa? Por
favor, compreenda isto muito atentamente!

r€dhik€ ujjvala-rasera €c€rya, r€dh€-m€dhava-uddha-prema vic€rya (3)

®r…mat… R€dhik€ é €c€rya das doçuras do amor conjugal (ujjvala-r€sa). O amor puro
entre R€dh€ e M€dhava deve ser o tema de nossas conversas e reflexões.

je dharilo r€dh€-pada parama jatane, se p€ilo kŠa-pada am™lya-ratane (4)

Aqueles que colocam os pés de lótus de ®r…mat… R€dhik€ em Seus corações e os


adoram, com grande requinte, obtém a inestimável jóia dos pés de lótus de KŠa.

r€dh€-pada vin€ kabhu kŠa n€hi mile, r€dh€ra d€s…r kŠa sarva-vede bole (5)

Sem o refúgio nos pés de lótus de R€dh€, não se pode encontrar KŠa. As escrituras
védicas declaram que KŠa é propriedade das servas de ®r… R€dh€.

chorata dhana-jana, kalatra-suta-mita, choata karama gey€na


r€dh€-pada-pa‰kaja-madhurata sebana, bhakativinoda param€Ša (6)

Abandonando riqueza, seguidores, esposa, filhos, amigos e deixando de lado as


atividades materialistas e o conhecimento especulativo, deve-se ficar absorto na doçura do
serviço aos pés de lótus de ®r…mat… R€dh€r€Š…. Esta é a declaração solene de Bhaktivinoda.

®r…-R€dh€-Ni˜h€
– Dedicação à ®r… R€dh€ –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

r€dhik€-caraŠa-renu, bh™aŠa koriy€ tanu, an€y€se p€be giridh€r…


r€dhik€-caraŠ€raya, je kore se mah€aya, t€’re mui j€o bolih€ri (1)

A pessoa que ornamentar seu corpo com a poeira dos pés de lótus de ®r…mati
R€dh€r€Š…, facilmente, obterá Giridh€r…. Parabenizo tal grande alma que se abriga aos pés de
lótus de ®r…mat… R€dh€r€Š… e digo-lhe: “Muito bem! Bravo! Excelente!”

jaya jaya r€dh€-n€ma, vnd€vana j€ra dh€ma, kŠa-sukha-vil€sera nidhi


hena r€dh€ guŠa g€na, na unila mora k€na, bañcito korilo more bidhi (2)

Todas as glórias, todas as glórias àquela cujo nome é R€dh€, cuja morada divina é
Vnd€vana e que é o tesouro dos passatempos cheios de bem-aventurança de KŠa. Ai de
mim! Se meus ouvidos não escutaram as glórias de R€dh€, o destino me enganou.

t€ra bhakta-sa‰ge sad€, r€sa-l…l€ prema kath€, je kore se p€ya ghanay€ma


ih€te vimukha jei, t€ra kabhu siddhi n€i, n€hi jena uni t€ra n€ma (3)

Aquele que permanece na companhia de devotos que estão sempre discorrendo


sobre os passatempos nectáreos e repletos de r€sa (r€sa-l…l€ prema kath€) de R€dh€-KŠa,
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com certeza, alcançará Ghanay€ma, que é escuro como uma nuvem carregada da monção.
Uma pessoa avessa a ouvir estas l…l€s jamais alcançará a perfeição. Recuso-me a ouvir sequer
o nome de tal pessoa.

kŠa-n€ma g€ne bh€i, r€dhik€-caraŠa p€i, r€dh€-n€ma g€ne kŠacandra


sa‰kepe kahinu kath€, ghuc€o manera byath€, duƒkha maya anya kath€-dvandva (4)
Ó irmão, cantando o nome de KŠa você alcançará R€dh€ e ao cantar o nome de
R€dh€, obterá KŠacandra. Acabo de lhe revelar, em breves palavras, como encontrar alívio
de todos os sofrimentos em seu coração. Tudo que contradisser estas palavras só trará dor e
conflito.

®r… R€dh€-KŠa Vijñapti – ®r… R€dh€-KŠa Pada-Kamale


– Uma Oração a ®r… R€dh€-KŠa –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r… r€dh€-kŠa pada-kamale mana, kemone labhibe carama araŠa


cira-dina koriy€ o-caraŠa-€a, €che he basiy€ e adhama d€sa (1)

Ó mente, como é possível alcançar o refúgio supremo – os pés de lótus de ®r… R€dh€
e KŠa? Este servo desprezível, desde tempos imemoriais, não perde a esperança de obter o
refúgio Deles.

he r€dhe! he kŠacandra! bhakta pr€Ša, p€mare yugala-bhakti koro’ d€na


bhakti-h…na boli’ n€ kara’ upek€, m™rkha-jane deha’ jñ€na-suik€ (2)

Ó R€dhe! Ó KŠacandra! Sei que sou p€mara (muito perverso), mas, por favor, sejam
misericordiosos comigo e concedam-me bhakti por Vocês. Sou completamente desprovido de
devoção, portanto, Vocês não poderão me desamparar. Sou tão tolo ( m™rkha-jana), mesmo
assim, por favor, concedam-me conhecimento e instruções devocionais.

viaya-pip€s€-prap…ita-d€se, deha’ adhik€ra yugala-vil€se (3)

É verdade, estou demasiadamente absorto e perturbado pela minha sede de desfrute


material. Assim, por favor, permitam-me entrar no serviço a Seus passatempos amorosos.
cañcala-j…vana-srota prav€hiy€, k€lera s€gare dh€ya
gela je divasa, n€ €sibe €ra, ebe kŠa ki up€ya (4)

Esta vida flutuante corre em direção ao oceano da morte e pode findar a qualquer
momento. Os dias que se passaram sem realizar bhajana jamais poderão ser recuperados. Ai
de mim, KŠa, que devo fazer agora?

tumi (ta’) patita-janera bandhu


j€ni he tom€re n€tha, tumi ta’ karuŠ€-jala-sindhu (5)

Ó meus mestres, sei que Vocês são os verdadeiros amigos dos caídos e o próprio
oceano de bondade (não há limites para Sua misericórdia).

€mi bh€gya-h…na, ati arv€c…na, n€ j€ni bhakati-lea


nija-guŠe n€tha, kara’ €tmas€t, ghuc€iy€ bhava-klea (6)

Sou desprovido de toda boa fortuna e extremamente tolo. Não tenho sequer um
vestígio de bhakti. He Natha! Por Sua grandeza, permita que eu me concentre totalmente
em Vocês, concedendo-me, assim, alívio das dores dos sofrimentos materiais.

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siddha-deha diy€, vnd€vana m€jhe, sev€mta-koro d€na
piy€iy€ prema, matta kori more, una nija guŠa-g€na (7)

Por favor, concedam-me meu siddha-deha. Coloquem-me no meio de Vnd€vana e


derramem sobre mim o néctar do Seu serviço devocional. Permitam-me beber o néctar do Seu
prema e que eu possa ficar plenamente absorto nele, tanto, que fique enlouquecido. Sendo
assim, Vocês poderão me ouvir cantar sobre Seus surpreendentes atributos.

yugala sev€ya, r… r€sa-maŠale, niyukta koro’ €m€ya


lalit€ sakh…ra, ayogy€ ki‰kar…, vinoda dhariche p€ya (8)

Bhaktivinoda, o indigno servo de Lalit€ Sakh…, segurando com força Seus pés de lótus
próximos ao seu coração, implora para ser ocupado no Seu sev€ confidencial na r… r€sa-
maŠala. Por favor, ouçam minha súplica e me estabeleçam como Sua serva. [outro
significado de vinoda é “Aquele que sempre dá prazer a ®r… R€dh€-KŠa”]

Jaya R€dh€-M€dhava
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

(jaya) r€dh€-m€dhava (jaya) kuñja-bih€r…


gop…-jana-vallabha (jaya) giri-vara-dh€r…
yaod€-nandana, vraja-jana-rañjana,
y€muna-t…ra-vanac€r…

Todas as glórias a ®r… R€dh€-M€dhava! Todas as glórias a Kuñja-Bih€r…, que é o mais


querido amado das gop…s. Ele ergueu a Colina de Govardhana e é o querido filho de Yaod€-
maiy€. Ele perambula pelas florestas às margens do Yamun€, onde Se diverte com os
diferentes níveis de gop…s (vanac€r…) em seus bosques.

Jaya Jaya R€dhe KŠa Govinda


jaya jaya r€dhe kŠa govinda
r€dhe govinda r€dhe govinda (1)
jaya jaya y€masundara, madana-mohana, vnd€vana-candra
jaya jaya r€dh€-ramaŠa, r€sa-vih€r…, r… gokul€nanda (2)
jaya jaya r€sevar…, vinodin…, bh€nukula-candra
jaya jaya lalit€, vi€kh€ €di jata sakh…-vnda (3)
jaya jaya r… r™pa-mañjar…, rati-mañjar…, ana‰ga
jaya jaya paurŠam€s…, yoga-m€y€, jaya b…r€-vnda (4)
sabe mili’ koro kp€ €mi ati manda
(tomar€) kp€ kori’ deha yugala-caraŠ€ravinda (5)

(5) Que todos Vocês juntos me concedam Sua misericórdia –– sou tão baixo e
desafortunado. Por Sua misericórdia, obterei o serviço a R€dh€-KŠa yugala-kiora.

Hari Hari, Kabe Mora Hoibe Sudina


– Ó ®r… Hari, quando chegará esse auspicioso dia?
®r…la Narottama d€sa µh€kura

hari hari, kabe mora hoibe sudina, bhajibo r… r€dh€-kŠa hoiy€ prem€dh…na (1)

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Ó ®r… Hari! Quando chegará o auspicioso dia em que, repleto de prema, adorarei ®r…
R€dh€-KŠa?

suyantre mi€iy€ g€’ba sumadhura t€na, €nande koriba d™h€ra r™pa-guŠa-g€na (2)

Enquanto os sons dos instrumentos divinos se misturarem e criarem as melodias mais


doces, cantarei em bem-aventurança, canções sobre Suas formas e qualidades.

‘r€dhik€-govinda’ boli’ k€ndibo uccaiƒ-svare, bhijibe sakala a‰ga nayanera n…re (3)

Ao cantar “R€dhik€-Govinda,” chorarei ruidosamente e meu corpo todo ficará


molhado pelas lágrimas descendo de meus olhos.

ei-b€ra koruŠ€ koro r™pa-san€tana, raghun€tha d€sa mora r… j…va-j…vana (4)

Sejam misericordiosos agora, R™pa Gosv€m… e San€tana Gosv€m…! Ó, meu


Raghun€tha d€sa Gosv€m…! Ó, meu ®r… J…va Gosv€m…, doador de vida!

ei-b€ro koruŠ€ koro lalit€ vi€kh€, sakhya-bh€ve r…d€ma-subala-€di sakh€ (5)

Sejam misericordiosas agora, ó Lalit€ e Vi€kh€! Ó ®r…d€ma, Subala e todos os outros


amigos em sakhya-bh€va!

sabe mili’ koro day€ puruka mora €a, pr€rthan€ koroye sad€ narottama d€sa (6)

Sejam misericordiosos comigo e, juntos, caridosamente, realizem meu mais profundo


desejo! Narottama d€sa constantemente ora desta maneira.

®r… R™pa-Mañjar…-Pada
®r…la Narottama d€sa µh€kura

r… r™pa-mañjar…-pada, sei mora sampada, sei mora bhajana-p™jana (1)

Os pés de lótus de ®r… R™pa Mañjar… são o meu tesouro mais querido. São o objetivo
supremo da minha adoração e práticas devocionais confidenciais.

sei mora pr€Ša-dhana, sei mora €bharaŠa, sei mora j…vanera j…vana (2)

Os pés de lótus dela são a maior riqueza que trago em meu coração e me são mais
queridos, até mesmo, que minha própria vida. São o prazer que sustenta minha alma e a
própria essência da minha existência.

sei mora r€sa-nidhi, sei mora v€ñch€-siddhi, sei mora vedera dharama (3)

Os pés de lótus dela são o lugar onde se encontra o tesouro de r€sa. Concedem a
perfeição do meu desejo [o precioso serviço a ®r…mat… R€dhik€ ( sva-bhakti-r…yam)] e são a
conclusão de todos os Vedas.

sei vrata, sei tapa, sei mora mantra japa, sei mora dharama karama (4)

Os pés de lótus dela são a meta que pretendo alcançar com o cumprimento dos meus
votos e austeridades, meu harin€ma japa, minhas ações e minhas práticas espirituais. Em tudo
que faço, o objetivo é agradar ®r… R™pa Mañjar….

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anuk™la ha’be vidhi, se-pade haibe siddhi, nirakhiba e dui nayane (5)

Quando Mah€prabhu estiver satisfeito comigo, por Sua misericórdia, alcançarei a


perfeição e, com estes meus olhos, contemplarei os pés de lótus de ®r… R™pa Mañjar….

se r™pa-m€dhur…-r€i, pr€Ša-kuvalaya-a…, praphullita ha’be nii-dine (6)

A beleza de ®r… R™pa Mañjar… é plena de doçura como a lua. Assim como numa noite
enluarada o lótus kumuda desabrocha plenamente, meu coração desabrochará por completo,
noite e dia, sob seus raios com beleza semelhante!

tuw€ adarana-ahi, garale j€rala deh…, cira-dina t€pita j…vana (7)

Se eu não for capaz de vê-la, minha força se consumirá gradualmente como se


houvesse um veneno de serpente espalhando-se por todo o meu corpo. E minha alma arderá
pelo resto de minha vida.

h€ h€ prabhu! koro doy€, deho more pada-ch€y€, narottama loila araŠa (8)

Narottama d€sa lamenta: “Ai, ai, Prabhu! Ó R™pa Gosv€m…! Por favor, conceda-me a
sombra dos seus pés de lótus. Aí está o meu refúgio!”

Sakh…-Vnde Vijñapti – R€dh€-KŠa Pr€Ša Mora


– Oração às sakh…s –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

r€dh€-kŠa pr€Ša mora yugala-kiora, j…vane maraŠe gati €ro n€hi mora (1)

O jovem casal divino é minha vida e alma. Na vida ou na morte, Ele é minha única
meta.
k€lind…ra k™le keli-kadambera vana, ratana-ved…ra upara vos€bo du’jana (2)

Numa floresta de keli-kadamba, às margens do Yamun€, há um trono cravejado de


jóias no qual assentarei Yugala-Kiora.

y€ma-gaur… a‰ge dibo (cuw€) candanera gandha


c€mara hul€bo kabe heriba mukha-candra (3)

Decorarei o negro KŠa e a dourada R€dh€r€Š… com pasta de sândalo aromatizada


com cuwa. Irei abaná-Los com uma c€mara e contemplarei Seus rostos semelhantes à lua.

g€thiy€ m€lat…ra m€l€ dibo doh€ra gale, adhare tuliy€ dibo karp™ra t€mb™le (4)

Colocarei guirlandas de flores malati em volta de Seus pescoços e oferecerei t€mb™la


(betel) aromatizado com cânfora às Suas bocas de lótus.

lalit€ vi€kh€ €di jata sakh…-vnda, €jñ€ya koribo sev€ caraŠ€ravinda (5)

Recebendo a ordem de Lalit€, Vi€kh€ e outras sakh…s, servirei a Seus pés de lótus.

r… kŠa-caitanya-prabhura d€sera anud€sa, sev€ abhil€a kore narottama-d€sa (6)

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Narottama d€sa, servo do servo de ®r… KŠa Caitanya Mah€prabhu, anseia pelo sev€
a ®r… Yugala-Kiora.

Vabh€nu-Sut€
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

vabh€nu-sut€-caraŠa-sevane, hoibo je p€lya-d€s…


r… r€dh€ra sukha, satata s€dhane, rohibo €mi pray€s… (1)

Servindo aos pés de lótus da filha do rei Vbh€nu, tornar-me-ei Sua serva e me
esforçarei constantemente para trazer-Lhe toda felicidade.

r… r€dh€ra sukhe, kŠera je sukha, j€nibo manete €mi


r€dh€-pada ch€i, r…-kŠa-sa‰game, kabhu n€ hoibo k€m… (2)

Sei que a felicidade de R€dhik€ é o único prazer de KŠa, sendo assim, jamais
desejarei abandonar os pés de lótus Dela para desfrutar separadamente com KŠa.

sakh…-gaŠa mama, parama-suht, yugala-premera guru


tad-anug€ ho’ye, sevibo r€dh€ra, caraŠa-kalapa-taru (3)

As sakh…s são minhas supremas bem-querentes e gurus no que se refere às relações


amorosas do Casal Divino. Sob a orientação delas, servirei aos pés de lótus de ®r… R€dh€, que
são como árvores dos desejos.

r€dh€-paka ch€i, je-jana se-jana, je-bh€ve se-bh€ve th€ke


€mi to r€dhik€-paka p€t… sad€, kabhu n€hi heri t€ke (4)

Estou sempre no séquito de R€dhik€ e jamais olho para os rostos daqueles que A
deixam, não importa quem sejam ou qual seja o seu humor.
Dekhite Dekhite
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

dekhite dekhite, bhulibo v€ kabe, nija-sth™la-paricaya


nayane heribo, braja-pura-obh€, nitya cid-€nanda-maya (1)

Quando esquecer minha identidade corpórea grosseira, contemplarei a excelsa


beleza de Vraja, eternamente repleta de bem-aventurança e conhecimento espirituais.

babh€nu-pure, janama loibo, y€va˜e viv€ha ha’be


braja-gop…-bh€va, hoibe svabh€va, €na bh€va n€ rohibe (2)

Nascerei na cidade de Vabh€nu Mah€r€ja e casarei na aldeia próxima a Y€vat.


Minha única disposição e natureza, será a de uma donzela vaqueirinha.

nija-siddha-deha, nija-siddha-n€ma, nija-r™pa sva-vasana


r€dh€-kp€-bole, lobhibo v€ kabe, kŠa-prema-prakaraŠa (3)

Quando obterei, pelo poder da misericórdia de R€dh€, minha forma espiritual eterna,
meu nome eterno e vestes, embelezando minha forma verdadeira? Quando receberei
iniciação nas técnicas para exprimir amor divino por KŠa?

y€muna-salila-€haraŠe giy€, bujhibo yugala-r€sa


prema-mugdha ha’ye, p€galin…-pr€ya, g€ibo r€dh€ra yaa (4)
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Enquanto for pegar água do Yamun€, compreenderei as doçuras confidenciais das


relações amorosas de Yugala-Kiora. Cativada assim por prema, cantarei as glórias de ®r…
R€dhik€, assim como uma mulher enlouquecida.

Yamun€-Puline
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

yamun€-puline, kadamba-k€nane, ki herinu sakhi! €ja


y€ma vaˆ…dh€r…, maŠi-mañcopori, kore’ l…l€ r€sar€ja (1)

Ó sakh…! Ouça o que vi hoje! Em um bosque de kadamba às margens do Yamun€,


estava um lindo menino negro segurando uma longa flauta, sentado num trono de jóias,
realizando Seus passatempos como r€sa-r€ja, o monarca de todas as doçuras transcendentais.

kŠa-keli sudh€-prasravana, a˜a-dalopari,


r… r€dh€ r… hari, a˜a-sakh… parijana (2)

Nas oito pétalas do altar cravejado de jóias, Suas mais queridas servas, as oito gop…s
principais rodeavam R€dh€ e Hari. Ali, KŠa realizava Seus passatempos amorosos, que são
como uma cachoeira de néctar.

sug…ta-nartane, saba sakh…-gaŠe, tuiche yugala-dhane


kŠa-l…l€ heri’, prakti-sundar…, vist€riche obh€ vane (3)

Com suas doces canções e exímias danças, todas as gop…s satisfaziam o Casal Divino.
Assim, contemplei as l…l€s de KŠa com Suas belas amadas enquanto passeavam pela
esplêndida floresta.

ghare n€ j€ibo, vane praveibo, o l…l€-rasera tare


tyaji’ kula-l€ja, bhaja vraja-r€ja, vinoda minati kore (4)

A fim de saborear o néctar destas l…l€s não voltarei para casa e adentrarei a floresta.
Renunciando a todos os laços familiares, apenas adore o Senhor de Vraja. Este é o humilde
pedido de Bhaktivinoda.

®r… KŠa-Virahe
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r… kŠa-virahe, r€dhik€ra da€, €mi to’ sahite n€ri


yugala-milana, sukhera k€raŠa, j…vana ch€ite p€ri (1)

Sou absolutamente incapaz de tolerar a condição lastimável de ®r… R€dhik€ quando


Ela está sofrendo em separação de ®r… KŠa, entretando, estou plenamente preparado para
abandonar minha vida de imediato pela feliz reunião Deles.

r€dhik€-caraŠa, tyajiy€ €m€ra, kaŠeke pralaya hoya


r€dhik€ra tare, ata-b€ra mari, se duƒkha €m€ra soya (2)

Se algum dia eu tivesse que renunciar aos pés de lótus de R€dhik€, ainda que por
apenas um instante, ficaria totalmente desolado. Pelo bem Dela, alegremente tolerarei a dor e
agonia da morte centenas de vezes.
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e heno r€dh€ra, caraŠa-yugale, paricary€ p€ibo kabe


h€h€ vraja-jana, more doy€ kori’, kabe vraja-vane loibe (3)

Quando serei capaz de servir aos dois pés de lótus de R€dhik€? Ai de mim! Imploro a
todos vocês, ó residentes de Vraja, por favor, sejam misericordiosos comigo agora. Quando
vocês me levarão para as florestas de Vraja?

vil€sa mañjar…, ana‰ga mañjar…, r… r™pa mañjar… €ra


€m€ke tuliy€, loho nija pade, deho more siddhi s€ra (4)

Ó Vil€sa Mañjar…! Ó Ana‰ga Mañjar…! Ó R™pa Mañjar…! Por favor, elevem-me e tragam-
me para perto de seus pés de lótus, concedendo-me, então, a perfeição máxima.

Hari Hari! Kabe Hobo Vnd€vana-V€s…


®r…la Narottama d€sa µh€kura

hari hari! kabe hobo vnd€vana-v€s…, nirakhibo nayane yugala-r™pa-r€i (1)

Ó ®r… Hari! Quando serei capaz de viver em Vnd€vana e ser um verdadeiro Vrajav€s…?
Quando meus olhos contemplarão as lindas formas de ®r… R€dh€-KŠa Yugala?

tyajiy€ ayana-sukha vicitra p€la‰ka, kabe vrajera dh™l€ya dh™sara habe a‰ga (2)

Abrindo mão da alegria de dormir numa maravilhosa e luxuosa cama, quando será
que meu corpo ficará coberto com a poeira acinzentada de Vraja enquanto rolo pelo chão?
a-r€sa bhojana d™re parihari, kabe vraje m€giy€ kh€iba m€dhukar… (3)

Abandonando todo desejo de desfrutar dos seis sabores de alimentos deliciosos


[doce, azedo, salgado, picante, amargo e adstringente], quando farei m€dhukar… em Vraja,
mendigando pequenas quantidades de alimento de casa em casa?

parikram€ koriy€ be€ba vane-vane, vir€ma koribo j€i yamun€-p™line (4)

Realizando o parikram€ dos locais sagrados, vagarei de floresta em floresta e, então,


me livrarei de toda fadiga ao descansar às margens do Yamun€.

t€pa d™ra koribo …tala vaˆ…-va˜e, (kabe) kuñje bai˜haba h€ma vaiŠava-nika˜e (5)

Depois, irei ao refrescante Vaˆ…-va˜a, onde meu coração em chamas encontrará


alívio. Quando sentarei num kuñja em meio aos VaiŠavas [que me instruirão sobre bhajana e
me revelarão as l…l€s de ®r… R€dha-M€dhava]?

narottama d€sa kohe kori’ parih€ra, kabe v€ emana da€ hoibe €m€ra (6)

Narottama d€sa diz: “Quando, ó quando abandonarei toda má companhia (e serei


capaz de receber o darana de Seus passatempos repletos de amor)?

R€dh€-KuŠa-Ta˜a
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– Nas Margens do R€dh€-kuŠa –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r€dh€-kuŠa-ta˜a-kuñja-ku˜…ra, govardhana-parvata, y€muna-t…ra (1)

Uma pequena cabana num arvoredo à beira do R€dh€-kuŠa, a Colina de


Govardhana, as margens do Yamun€...

kusuma-sarovara, m€nasa-ga‰g€, kalinda-nandin… vipula-tara‰g€ (2)

Kusuma-sarovara, M€nasa-ga‰g€, a filha da Montanha Kalinda (Yamun€) com


suas ondas expansivas...

vaˆ…-va˜a, gokula, dh…ra-sam…ra, vnd€vana-taru-latik€-v€n…ra (3)

Vaˆ…-va˜a, Gokula, Dh…ra-sam…ra, as árvores, trepadeiras e bosques de Vnd€vana...

khaga-mga-kula, malaya-v€t€sa, may™ra, bhramara, mural…- vil€sa (4)

...as diferentes variedades de aves coloridas, veados, as frescas e fragrantes brisas das
Montanhas Malaya, os pavões, abelhões, os passatempos com a flauta...

veŠu, ‰ga, pada-cihna, megha-m€l€, vasanta, a€‰ka, a‰kha, karat€l€ (5)

...a própria flauta, o berrante de chifre de búfalo, as pegadas das vacas na poeira, os
grupos de nuvens enegrecidas, a primavera, a lua, o búzio e karat€l€s...

yugala-vil€se anuk™la j€ni, l…l€-vil€sa-udd…paka m€ni (6)

Sei que todos esses elementos são muito úteis para as trocas amorosas entre ®r… R€dh€
e KŠa e, por isso, os considero udd…paka, estímulos, para a entrada do bhakta em Sua l…l€-
vil€sa.

e saba choata kãhi n€hi j€u, e saba choata par€Ša h€r€u (7)

Recuso-me a ir a qualquer lugar se ali não houver estes udd…pakas, pois abandoná-los
todos, é deixar a própria vida.

bhakativinoda kahe, una k€na, tuw€ udd…paka h€m€r€ par€Ša (8)

Bhaktivinoda diz: “Ouça-me, ó K€na, Seu udd…paka (que faz lembrar-me de Você), é
minha vida e alma.”

®r… Vraja-Dh€ma-Mahim€mta
Jaya R€dhe, Jaya KŠa, Jaya Vnd€vana
– Glórias Nectáreas de ®r… Vraja-Dh€ma –

jaya r€dhe, jaya kŠa, jaya vnd€vana, r… govinda, gop…n€tha, madana-mohana (1)

Todas as glórias a ®r… R€dh€ e KŠa e à divina floresta de ®r… Vnd€vana. Todas as
glórias às três Deidades que presidem Vnd€vana – ®r… Govinda, Gop…n€tha e Madana–
Mohana.

y€ma-kuŠa, r€dh€-kuŠa, giri-govardhana, k€lind… yamun€ jaya, jaya mah€vana (2)


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Todas as glórias a ®y€ma-kuŠa, R€dh€-kuŠa, à Colina de Govardhana e ao rio


Yamun€ (K€lind…). Todas as glórias à grande floresta conhecida como Mah€vana, onde KŠa
e Balar€ma manifestaram todos os Seus passatempos infantis.
ke…-gh€˜a, vaˆ…-va˜a, dv€daa-k€nana, j€h€ saba l…l€ koilo r… nanda-nandana (3)

Todas as glórias ao Ke…-Gh€˜a, onde KŠa matou o demônio Ke…. Todas as glórias à
árvore Vaˆi-va˜a, para onde KŠa atraiu todas as gop…s ao tocar Sua flauta. Glórias a todas as
doze florestas de Vraja. Nesses locais o filho de Nanda, ®r… KŠa, realizou todos os Seus
passatempos.

r… nanda-yaod€ jaya, jaya gopa-gaŠa, r…d€m€di jaya, jaya dhenu-vatsa-gaŠa (4)

Todas as glórias aos divinos pais de KŠa, Nanda e Yaod€. Todas as glórias aos
vaqueirinhos liderados por ®r…d€ma, o irmão mais velho de ®r…mat… R€dh€r€Š… e Ana‰ga
Mañjar…. Todas as glórias às vacas e bezerros de Vraja.

jaya vabh€nu, jaya kttid€ sundar…, jaya jaya paurŠam€s…, €bh…ra-n€gar… (5)

Todas as glórias aos divinos pais de R€dh€, Vabh€nu e a bela K…rtid€. Todas as
glórias a PaurŠam€s…, a guru de toda a comunidade de vaqueiros (ela é mãe de S€‰d…pani
Muni, avó de Madhuma‰gala e N€nd…-mukh… e é a amada discípula de Devari N€rada).

jaya jaya gop…vara vnd€vana-m€jh, jaya jaya kŠa-sakh€ ba˜u dvija-r€ja (6)

Todas as glórias, todas as glórias à Gop…vara ®iva, que reside em Vnd€vana a fim de
proteger o dh€ma sagrado. Todas as glórias, todas as glórias ao (divertido) amigo br€hmaŠa
de KŠa, Madhuma‰gala.

jaya r€ma-gh€˜a, jaya rohiŠ…-nandana, jaya jaya vnd€vana-v€s… jata jana (7)

Todas as glórias ao R€ma-gh€˜a, onde Baladeva realizou Sua dança da r€sa. Todas as
glórias a Balar€ma, o filho de RohiŠ…. Todas as glórias, todas as glórias a todos os residentes
de Vnd€vana.

jaya dvija-patn…, jaya n€ga-kany€-gaŠa, bhaktite j€h€r€ p€ilo govinda-caraŠa (8)

Todas as glórias às esposas dos orgulhosos br€hmaŠas Védicos. Todas as glórias às


esposas da serpente K€l…ya. Por meio da devoção pura, todas elas obtiveram os pés de lótus
de Govinda.

r… r€sa-maŠala jaya, jaya r€dh€-y€ma, jaya jaya r€sa-l…l€ sarva-manorama (9)
Todas as glórias ao local onde se realizou a r€sa-l…l€. Todas as glórias a R€dh€ e
®y€ma. Todas as glórias, todas as glórias à divina dança da r€sa, que é o mais belo entre todos
os passatempos de KŠa.

jaya jayojjvala-r€sa sarva-r€sa-s€ra, parak…y€-bh€ve j€h€ brajete prac€ra (10)


Todas as glórias, todas as glórias à ‰g€ra-r€sa, que é a essência e a mais excelente
de todas as r€sas e é propagada em Vraja como parak…y€-bh€va.

r… j€hnav€-p€da-padma koriy€ smaraŠa, d…na kŠa-d€sa kohe n€ma-sa‰k…rtana (11)


Lembrando-se dos pés de lótus da consorte de Nity€nanda-Prabhu, ®r… J€hnav€ Dev…,
este muito caído e baixo servo de KŠa canta o sa‰k…rtana do santo nome.
Tuh™ Se Rohili Madhupura
®r…la Govinda d€sa Kavir€ja
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tuh™ se rohili madhupura


vrajakula €kula, duk™la kalarava, k€nu k€nu kori jhura (1)

Ó KŠa-candra, Você está agora muito longe, em Madhupur…, Mathur€. Mas qual é a
condição de Vnd€vana? Todos os Vrajav€s…s, com muita dor e sofrimento pela separação,
estão clamando: "K€nu (KŠa), K€nu! Onde está Você?" Até mesmo as aves estão clamando.
Mas não há resposta, somente um eco. Todos estão chorando e à beira da morte.

yaomat…-nanda, andha sama bai˜hai, s€hase u˜hai n€ p€ra


sakh€-gaŠa dhenu, veŠurava n€ uniye, vichurala nagara bäjära (2)

Yaod€ Maiy€ e Nanda B€b€ estão chorando tanto que é como se tivessem ficado
cegos e não conseguissem mais enxergar. Só ficam sentados a chorar. Já sem forças, são como
esqueletos, incapazes até de ficar em pé. Estão à beira da morte porque pararam de cozinhar.
Para quem cozinharão? E todas as vacas e Seus amigos – onde estão? Porque não conseguem
Lhe ouvir chamando-os com Sua flauta, os mercados e as estradas estão todos desertos – não
se vê ninguém lá!

kusuma tyajiy€ ali, kititale lu˜ata, taru-gaŠa malina sam€na


mayur… n€ n€cata, kapot… n€ bolata, kokil€ n€ karatahi g€Ša (3)

Mesmo os abelhões, que antes estavam tão ocupados colhendo mel, agora andam
tão desconcertados que deixaram as flores. Eles choram e rolam no chão com a dor da
separação. Todas as árvores parecem tão sem vida e sofridas. Os pavões já não dançam, os
pombos nem cantam mais e os cucos estão calados – não exclamam mais "kuhu, kuhu".
Todos estão sentindo tanta dor com a separação.

virahiŠ… r€…, virahajvare jara jara, caudike viraha hut€a


sahaje yamun€ jala, €gi sam€na bhela, kahatahi govinda d€sa (4)

®r…mat… R€dh€raŠ… está ardendo na febre da separação. Em todas as direções, todos


estão afundando no oceano da separação de Você. Mesmo o Yamun€, cujas águas agora são
feitas das lágrimas das gop…s, deixou de fluir. Esta é a condição de Vnd€vana! Govinda d€sa
conta esta triste história.

±a-A‰ga ®araŠ€gati
®r… KŠa-Caitanya Prabhu Jive Doy€ Kori’
– Os Seis Tipos de Rendição Incondicional –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

r… kŠa-caitanya prabhu j…ve doy€ kori’, sva-p€rada sv…ya dh€ma saha avatari’ (1)

®r… KŠa Caitanya Prabhu, sendo misericordioso para com todos os seres vivos,
descendeu com Sua própria morada divina e associados pessoais.
atyanta durlabha prema korib€re d€na, ikh€ya araŠ€gati bhakatera pr€Ša (2)

A fim de conceder livremente o raríssimo tesouro de prema-bhakti, amor espontâneo,


Ele ensinou araŠ€gati (rendição), a vida e alma dos devotos:

dainya, €tma-nivedana, gopttve varaŠa, ‘avaya rakibe kŠa’ – viv€sa-p€lana (3)

Humildade, auto-dedicação, aceitá-lo como o único mantenedor e guardião, ter plena


convicção de que KŠa certamente nos protegerá;
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bhakti-anuk™la-m€tra k€ryera sv…k€ra, bhakti-pratik™la-bh€va-varjan€‰g…k€ra (4)

Aceitar as coisas favoráveis para o serviço devocional, rejeitando as desfavoráveis.

a-a‰ga araŠ€gati hoibe j€h€ra, t€h€ra pr€rthan€ une r… nanda-kum€ra (5)

As orações de quem se submete incondicionalmente a esta rendição, que inclui estes


seis itens, são ouvidas por ®r… Nanda-kum€ra.

r™pa-san€tana-pade dante tŠa kori’, bhakativinoda pae duh™ pada dhori’ (6)

Com uma palha entre os dentes, Bhaktivinoda prostra-se ante ®r… R™pa e San€tana
Gosv€m…s, abraçando os pés de lótus de ambos.

k€‰diy€ k€‰diy€ bole – ‘€mi to’ adhama, ikh€ye araŠ€gati koro he uttama’ (7)

Lamentando, ele clama: “Sou tão baixo e caído! Ensinem-me a rendição incondicional
e façam de mim um VaiŠava de primeira classe!”

Bhajo Bhajo Hari!


®r…la Locana d€sa µh€kura

bhajo bhajo hari, mana dha kori’, mukhe bolo t€’ra n€ma
vrajendra-nandana gop…-pr€Ša-dhana, bhuvana mohana y€ma (1)

Ó minha querida mente, com firme fé, realize hari-bhajana, sem o que você não
poderá se salvar. E com sua boca, cante os nomes de Brajendra-nandana, Gop…-pr€Ša-dhana
(a vida e riqueza das gop…s) e ®y€masundara, cuja beleza encanta a manifestação material
inteira.

kakhana maribe, kemane taribe, viama amana €ke


j€h€ra prat€pe, bhuvana k€paye, n€ j€ni mara vip€ke (2)

Não há certeza de quando sua vida chegará ao fim, tampouco, você pensa sobre sua
libertação deste mundo material. Mas Yamad™tas muito temíveis estão parados perto de você.
Você se esqueceu de Bhagav€n, cujo poder faz com que os três mundos tremam de medo.
Esse é o seu infortúnio. Assim, você sofre diferentes tipos de misérias neste mundo material e
agora está prestes a morrer.
kula-dhana p€iy€, unmatta hoiy€, €pan€ke j€na baa
amanera d™te, dhari’, p€ye h€te, b€dhiy€ koribe jaa (3)

Você tornou-se intoxicada devido ao seu nascimento privilegiado e seus bens,


pensando ser de classe muito elevada. Mas, você se esqueceu de que um dia os Yamad™tas
virão levá-la, amarrando-a pelas mãos e pés.

kiv€ yati sat…, kiv€ n…ca j€ti, jei hari n€hi bhaje
tabe janamiy€, bhramiy€ bhramiy€, raurava-narake maje (4)

Assim, quer alguém seja um sanny€s… ou pertencente a uma casta muito baixa, se não
realizar hari-bhajana, continuará a girar no saˆs€ra e irá para o inferno chamado Raurava.

e d€sa locana, bh€ve anukaŠa, mich€i janama gela


hari n€ bhajinu, viaye majinu, hdoye rahala ela (5)
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Locana d€sa diz: "Nunca pratiquei nada de hari-bhajana, ficando absorto no desfrute
sensorial. Desta maneira, tenho desperdiçado minha forma de vida humana. Isto me causa
dor excruciante, como se um espinho trespassasse meu coração."

šr Keno M€y€-J€le
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

€r keno m€y€-j€le paitecha, j…va-m…na, n€hi j€na baddha hoye ra’be tumi cira-dina (1)

Ó j…va semelhante ao peixe! Porque você está caindo outra vez nas redes de M€y€?
Você não sabe que se ficar presa nessas redes, terá de permanecer neste mundo por
muitíssimo tempo?

ati tuccha bhoga-€e, band… hoye m€y€-p€e, rahile vikta-bh€ve daŠya yath€ par€dh…na (2)

Devido aos seus desejos por divertir-se com coisas insignificantes, você se tornará
prisioneira da armadilha de m€y€ e permanecerá numa condição espiritualmente frágil,
passível de ser castigada como um servo dependente.

ekhana bhakati-bole, kŠa-prema-sindhu-jale, kr…d€ kori’ an€y€se th€ka tumi kŠ€dh…na (3)

Agora, com a força da devoção pura, brinque livremente no oceano de krsna-prema e


mantenha-se sempre subserviente e dependente de ®r… KŠa.

štma-Nivedana
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

€tma-nivedana, tuw€ pade kori’, hoinu parama sukh…


duƒkha d™re gela, cint€ n€ rahila, caudike €nanda dekhi (1)

Ó meu Senhor, desde que entreguei minha alma permanentemente aos Seus pés de
lótus, tornei-me supremamente feliz. Todos os meus sofrimentos e tristezas desapareceram e
minha mente não mais experimenta ansiedade. Só vejo bem-aventurança por toda parte em
todas as quatro direções.

aoka-abhaya, amta-€dh€ra, tom€ra caraŠa-dvaya


t€h€te ekhana, vir€ma lobhiy€, ch€inu bhavera bhaya (2)

Seus pés de lótus são o reservatório do néctar imortal, onde se pode viver livre da
lamentação e do medo. Neles, encontrei a paz e abandonei o medo da existência mundana.

tom€ra saˆs€re, koriba sevana, nahibo phalera bh€g…


tava sukha j€he, koriba yatana, hoye pade anur€g… (3)

Sou um servo em Sua casa, trabalhando diligentemente sem me apegar aos frutos do
meu trabalho. Tudo que faço é somente para o Seu prazer e, assim, estou sempre encantado
por lembrar-me dos Seus pés de lótus.

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tom€ra sev€ya, duƒkha hoya jata, seo to parama sukha
sev€-sukha-duƒkha, parama sampada, n€aye avidy€-duƒkha (4)

Aceito com muitíssima satisfação quaisquer problemas que surjam enquanto Lhe presto
serviço, pois, em tal processo, a felicidade e o sofrimento são riquezas igualmente grandiosas.
Ambas dissipam o infortúnio da ignorância.

p™rva itih€sa, bhulinu sakala, sev€-sukha pe’ye mane


€mi to’ tom€ra, tumi to €m€ra, ki k€ja apara dhane (5)

Desde que me absorvi em servi-lo alegremente, esqueci completamente de toda a


minha história passada. Só sei que sou Seu e que Você é meu. O que seria mais valioso que
isso?

bhakativinoda, €nande ubiy€, tom€ra sev€ra tare


saba ce˜a kare, tava icch€-mata, th€kiy€ tom€ra ghare (6)

Bhaktivinoda, profundamente imerso num oceano de néctar, diz: "Todos os meus


esforços estão completamente conectados com os Seus desejos e são voltados apenas a Você,
pois agora, sou um residente de Sua própria casa".

šm€ra J…vana
– Minha Vida –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

€m€ra j…vana, sad€ p€pe rata, n€hiko puŠyera lea


parere udvega, diy€chi je kato, diy€chi j…vere klea (1)

Por toda minha vida fui viciado no pecado, sem jamais realizar alguma atividade
piedosa. Simplesmente, sou uma fonte de perturbação e sofrimento para os outros.

nija sukha l€gi’, p€pe n€hi ori, doy€-h…na sv€rtha-paro


para sukhe duƒkh…, sad€ mithy€-bh€…, para-duƒkha sukha koro (2)

Para meu próprio prazer, não temo cometer pecado algum. Sou desprovido de
compaixão e um poço de esgoísmo. A felicidade alheia me incomoda e sou um mentiroso
inveterado. De fato, sinto prazer com o sofrimento alheio.

aea k€man€, hdi m€jhe mora, krodh… dambha-par€yaŠa


mada-matta sad€, viaye mohita, hiˆs€-garva vibh™aŠa (3)

Infindáveis são os desejos egoístas em meu coração. Sou propenso à ira e fiel à
arrogância. Intoxicado pela prepotência e iludido pela atração do prazer dos sentidos, meus
ornamentos são a vaidade e a inveja.

nidr€lasya-hata, suk€rye virata, ak€rye udyog… €mi


prati˜h€ l€giy€, €˜hya-€caraŠa, lobha-hata sad€ k€m… (4)

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Atormentado pela preguiça e pelo sono, sou averso às atividades piedosas. Deleito-
me em praticar todo tipo de maldade a fim de obter nome e fama. Sou adepto da duplicidade,
sempre luxurioso e corrompido pela cobiça.

e hena durjana, sajjana-varjita, apar€dh… nirantara


ubha-k€rya-™nya, sad€nartha-man€, n€n€ duƒkhe jara jara (5)

Por ser um canalha, sou rejeitado pelas pessoas santas e tornei-me um ofensor
contumaz. Nunca pratico boas ações e sou totalmente inclinado aos maus hábitos. Desta
maneira, vivo angustiado por tantas misérias.

v€rdhakye ekhona, up€ya vih…na, t€’te d…na akiñcana


bhakativinoda, prabhura caraŠe, kore duƒkha nivedana (6)

Agora na velhice, estou desamparado, reduzido a uma condição caída e miserável.


Bhaktivinoda apresenta seu triste caso aos pés do Senhor.

Emona Durmati
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

(prabhu he!) emona durmati, saˆs€ra-bhitare, paiy€ €chinu €mi


tava nija-jana, kono mah€jane, p€˜h€iy€ dile tumi (1)

Ó Senhor, sou tão infeliz que caí neste mundo material, porém, um dos Seus elevados
devotos puros veio para me salvar.

doy€ kori’ more, patita dekhiy€, kohilo €m€re giy€


ohe d…na-jana, uno bh€lo kath€, ullasita ha’be hiy€ (2)

Ao me ver tão caído e desventurado, apiedou-se de mim, dizendo: “Ó alma


humilhada, ouça as boas novas que trarão alegria ao seu coração”.

tom€re t€rite, r… kŠa caitanya, navadv…pe avat€ra


tom€’ heno kato, d…na h…na jane, karilena bhava-p€ra (3)

“®r… KŠa Caitanya apareceu na terra de Navadv…pa para salvá-lo. Ele já conduziu
com segurança tantas outras almas sofredoras através do oceano de nascimentos e mortes.

bedera pratijñ€, r€khib€ro tore, rukma-varŠa vipra-suta


mah€prabhu n€me, nad…y€ m€t€ya, sa‰ge bh€i avadh™ta (4)

“Satisfazendo a promessa dos Vedas, o filho de um br€hmaŠa, de nome Mah€prabhu


e com tez dourada, descendeu com Seu irmão, o avadh™ta Nity€nanda. Juntos, Eles
inundaram toda Nad…y€ em êxtase divino.

nanda-suta jini, caitanya gos€i, nija-n€ma kori’ d€na


t€rila jagat, tumi-o j€iy€, loho nija-paritr€Ša (5)

“®r… Caitanya, que é o próprio KŠa, o filho de Nanda, salvou o mundo ao distribuir
livremente o Seu santo nome. Vá você também, e receba sua salvação.”

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se kath€ uniy€, €siy€chi, n€tha! tom€ra caraŠa-tale


bhakativinoda, k€‰diy€ k€‰diy€, €pana-k€hin… bole (6)

Ó Senhor! Ouvindo estas palavras, Bhaktivinoda vem em prantos até Seus pés de
lótus e narra a história de sua vida.

Ki-R™pe P€ibo Sev€


®r…la Narottama d€sa µh€kura

ki-r™pe p€ibo sev€ mui dur€c€ra, r…-guru-vaiŠave rati n€ hoilo €m€ra (1)

Ai de mim, sou tão caído e desventurado que nem mesmo uma gota de afeição por
r… guru-vaisnava surge em meu coração. Como, então, obterei o serviço a Bhagav€n?

aea m€y€te mana magana hoilo, vaiŠavete lea-m€tra rati n€ janmila (2)

Minha mente vive absorta em ocupações materiais, não me permitindo desenvolver


um mínimo de afeto pelos VaiŠavas.

viaye bhuliy€ andha hoinu div€-nii, gale ph€sa dite phire m€y€ se pi€c… (3)

Dia e noite, fico amarrado pela bruxa m€y€ com um laço de desejos fruitivos em volta
do pescoço. Iludido desta maneira, sirvo a pessoas materialistas em vão.

ih€re koriy€ jaya ch€€na n€ j€ya, s€dhu-kp€ vin€ €ra nahika up€ya (4)

Envolvido com essas ocupações, passo minha vida, incapaz de me libertar. Vejo que
não há outro remédio além da misericórdia dos VaiŠavas.

adoa-darai prabhu! patita uddh€ra, ei-b€ra narottame koraha nist€ra (5)

Narottama d€sa ora: “Ó veneráveis VaiŠavas, vocês nunca olham as falhas nos outros
e são conhecidos como os salvadores dos caídos, portanto, por favor, salvem-me desta vez!”

škepa
– Arrependimento –
®r…la Narottama d€sa µh€kura

gaura p€hu n€ bhajiy€ mainu, prema-ratana-dhana hel€ya h€r€inu (1)

Ai de mim! Deixando de adorar ®r… Gaurasundara, negligenciei o mais precioso


tesouro de prema e, assim, o perdi.

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adhane jatana kori dhana tey€ginu, €pana karama-doe €pani ubin™ (2)

Dediquei-me a ninharias insignificantes, jogando fora minha verdadeira riqueza e


estou me afogando nas minhas próprias más ações.

sat-sa‰ga ch€i kainu asate vil€sa, te-k€raŠe l€gilo je karama-bandha ph€ñsa (3)

Por abandonar a associação dos s€dhus, em troca de desfrute temporário com não-
devotos, fui capturado na armadilha do karma por minha própria estupidez.

viaya viama via satata kh€inu, gaura-k…rtana-rase magana n€ hainu (4)

Bebi continuamente o veneno fatal dos objetos dos sentidos, em vez de dedicar-me
ao néctar de cantar as glórias de ®r… Gaurasundara.

kena v€ €chaye pr€Ša ki sukha p€iy€, narottama d€sa kena n€ gela mariy€ (5)

“Em busca de que tipo de satisfação é que mantenho minha vida?” Narottama d€sa
lamenta: “Por que simplesmente não morro?”

Bhajah™ Re Mana
®r…la Govinda d€sa Kavir€ja

bhajah™ re mana, r… nanda-nandana, abhaya-caraŠ€ravinda re


durlabha m€nava-janama sat-sa‰ge, taroho e bhava-sindhu re (1)

Ó mente, sirva aos pés de lótus de Nanda-nandana, que trazem destemor. Este
nascimento humano é muito raro. Busque a companhia dos s€dhus e atravesse este oceano
de nascimentos e mortes.

…ta €tapa, b€ta bariaŠa, e dina y€min… j€gi re


viphale sevinu, kpaŠa durajana, capala sukha-laba l€gi’ re (2)

Dia e noite, permaneço sem dormir, sofrendo as agruras do calor e do frio, vento e
chuva. Em vão, simplesmente em troca de alguma felicidade oscilante e insignificante, que
pode ser perdida a qualquer momento, servi inutilmente a pessoas avarentas e miseráveis
(ladrões interessados apenas em sua própria felicidade, que se opunham a que eu realizasse
bhakti).

e dhana, yauvana, putra, parijana, ithe ki €che parat…ti re


kamala-dala-jala, j…vana ˜alamala, bhajah™ hari-pada n…ti re (3)

Riqueza, juventude, filhos e parentes – que felicidade real trazem? Esta vida é
vacilante como uma gota d'água equilibrando-se na ponta da pétala de uma flor de lótus, a
qualquer momento ela pode cair (similarmente, não há garantia de quando esta vida chegará
ao fim). Portanto, sempre sirva aos pés de lótus de ®r… Hari.

ravaŠa, k…rtana, smaraŠa, vandana, p€da-sevana, d€sya re


p™jana, sakh…-jana, €tma-nivedana, govinda-d€sa-abhil€sa re (4)

No fundo do coração de Govinda d€sa, está o desejo penetrante de ocupar-se na


prática dos nove processos de bhakti – ouvir, cantar, lembrar, oferecer orações, servir a Seus
pés de lótus, ocupar-se como servo Dele, adorá-Lo, servi-Lo como amigo e entregar seu
próprio ser completamente.
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Gop…n€tha
®r…la Bhaktivinoda µh€kura
Primeira Canção

gop…n€tha, mama nivedana uno viay… durjana, sad€ k€ma-rata, kichu n€hi mora guŠa (1)

Ó Gop…n€tha, por favor, ouça meu pedido. Sou um materialista malvado, sempre
viciado em desejos mundanos e sem nenhuma boa qualidade.

gop…n€tha, €m€ra bharas€ tumi tom€ra caraŠe, loinu araŠa, tom€ra ki‰kara €mi (2)

Ó Gop…n€tha, Você é minha única esperança. Portanto, refugio-me em Seus pés de


lótus. Sou Seu servo.

gop…n€tha, kemone odhibe more, n€ j€ni bhakati,


karme jaa-mati, poŽechi saˆs€ra-ghore (3)

Ó Gop…n€tha, como Você me purificará? Não sei o que é devoção e minha mente
materialista está absorta em trabalho fruitivo. Caí nesta existência mundana, escura e perigosa.

gop…n€tha, sakali tom€ra m€y€ n€hi mama bala, jñ€na sunirmala, sv€dh…na nahe e k€y€ (4)

Ó Gop…n€tha, tudo aqui é a Sua energia ilusória. Não possuo força ou conhecimento
espiritual e este meu corpo não é independente ou livre do controle da natureza material.

gop…n€tha, niyata caraŠe sth€na m€ge e p€mara, k€‰diy€ k€‰diy€, korohe koruŠ€ d€na (5)

Ó Gop…n€tha, esta alma perversa, que está chorando de maneira comovente, suplica
por um lugar eterno aos Seus pés de lótus. Por favor, abençoe-a com a Sua misericórdia.

gop…n€tha, tumi to’ sakali p€ro durjane t€rite, tom€ra akati, ke €che p€p…ra €ro (6)

Ó Gop…n€tha, Você pode fazer qualquer coisa, portanto, tem o poder de salvar a
todos os pecadores. Alguém é mais pecador do que eu?

gop…n€tha, tumi kp€-p€r€v€ra j…vera k€raŠe €siy€ prapañce, l…l€ koile subist€ra (7)

Ó Gop…n€tha, Você é um oceano infinito de misericórdia. Descendo a este mundo


fenomenal, Você expande Seus divinos passatempos para o benefício das almas caídas.

gop…n€tha, €mi ki doe do… asura sakala, p€ilo caraŠa, vinoda th€kila bosi’ (8)

Ó Gop…n€tha, eu sou tão pecaminoso que, embora todos os demônios tenham


alcançado Seus pés de lótus, Bhaktivinoda continua nesta existência material.

Gop…n€tha
Segunda Canção

gop…n€tha, ghuc€o saˆs€ra-jv€l€ avidy€-j€tan€, €ra n€hi sahe, janama-maraŠa-m€l€ (1)

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Ó Gop…n€tha, por favor, livre-me do tormento ardente que estou sentindo devido a
esta existência material. Torturado pela ignorância, já não sou capaz de tolerar o jugo da
repetida sucessão de nascimentos e mortes.

gop…n€tha, €mi to’ k€mera d€sa viaya-v€san€, j€giche hdoye, ph€diche karama ph€se (2)

Ó Gop…n€tha, sou servo fiel da luxúria. Portanto, muitos desejos por desfrute
sensorial mundano brotam do meu coração e estou sendo asfixiado pelo laço das ações e
reações fruitivas.

gop…n€tha, kabe v€ j€gibo €mik€ma-r™pa ari, d™re tey€gibo, hdaye sphuribe tumi (3)

Ó Gop…n€tha, quando hei de despertar e lançar para bem longe este inimigo sob a
forma da luxúria? Só serei capaz de fazê-lo se Você, bondosamente, Se manifestar em meu
coração.

gop…n€tha, €mi to’ tom€ra jana tom€re ch€iy€, saˆs€ra bhajinu, bhuliy€ €pana-dhana (4)

Ó Gop…n€tha, na verdade sou Seu! Porém, por abandoná-Lo para desfrutar do mundo
material, esqueci minha riqueza verdadeira.

gop…n€tha, tumi to’ sakali j€na €pan€ra jane, daŠiy€ ekhano, r… caraŠe deho’ sth€no (5)

Ó Gop…n€tha, com certeza, Você sabe tudo. Agora, Você pode corrigir este Seu servo
e, assim, dar-lhe um lugar aos Seus belos pés de lótus.

gop…n€tha, ei ki vic€ra taba vimukha dekhiy€, ch€a nija-jane, n€ koro’ karuŠ€ laba (6)

Ó Gop…n€tha, é esta a Sua mentalidade? Vendo Seu próprio servo avesso a Você,
Você o abandona sem conceder-lhe nem mesmo uma gota de misericórdia?

gop…n€tha, €mi to’ m™rakha ati kise bh€la hoya, kabhu n€ bujhinu, t€i hena mama gati (7)

Ó Gop…n€tha, sou de fato, um grande tolo e nunca consegui compreender o que era
bom para mim. Esta é minha sina.

gop…n€tha, tumi to’ paŠita bara m™hera ma‰gala, tumi anveibe, e d€se n€ bh€va’ para (8)
Ó Gop…n€tha, Você é, verdadeiramente, a pessoa mais sábia de todas e está
procurando maneiras e os meios para trazer auspiciosidade para os tolos deste mundo. Por
favor, não considere este servo um intruso.

Gop…n€tha
Terceira Canção

gop…n€tha, €m€ra up€ya n€i tumi kp€ kori’, €m€re loile, saˆs€re uddh€ra p€i (1)

Ó Gop…n€tha, não consigo vislumbrar meio algum de salvação. Somente se Você


conceder Sua misericórdia imotivada e me levar para o Seu reino, será possível obter a
libertação da existência material (saˆs€ra).

gop…n€tha, paechi m€y€ra phere dhana-d€r€-suta, ghireche €m€re, k€mete rekheche jere (2)
Ó Gop…n€tha, enredei-me na ilusão material. Bens, esposa e filhos cercaram-me
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completamente e fui consumido pelas brasas ardentes da luxúria.

gop…n€tha, mana je p€gala mora n€ m€ne €sana, sad€ acetana, viaye ro’yeche ghora (3)

Ó Gop…n€tha, minha mente está completamente insana e inconsciente, sem mostrar


nenhum respeito por autoridade alguma, forçando-me, assim, a permanecer neste temível
poço de gratificação dos sentidos.

gop…n€tha, h€ra je menechi €mi aneka yatana, hoilo biphala, ekhana bharas€ tumi (4)

Ó Gop…n€tha, rendo-me e aceito minha derrota. Tantos esforços mostraram-se inúteis.


Agora, Você é minha única esperança.

gop…n€tha, kemone hoibe gati prabala indriya, va…bh™ta mana, n€ ch€e viaya-rati (5)

Ó Gop…n€tha, como posso fazer algum avanço rumo à meta final? Minha mente
submeteu-se ao controle dos poderosos sentidos e sou incapaz de deixar meu vício de
desfrutar dos objetos dos sentidos.

gop…n€tha, hdaye bosiy€ mora manake amiy€, laho nija p€ne, ghucibe vipada ghora (6)

Ó Gop…n€tha, por favor, resida no meu coração. Subjugue e apazigue minha mente,
livrando-me desta vida de terríveis flagelos.

gop…n€tha, an€tha dekhiy€ more tumi h…kea, h…ka damiy€, t€ro’ he saˆsrti-ghore (7)

Ó Gop…n€tha, Você é conhecido como H…kea, o senhor dos sentidos. Vendo-me


em condição tão desvalida, bondosamente, subjugue meus sentidos e liberte-me desta
existência material, obscura e perigosa.

gop…n€tha, gal€ya legeche ph€sa kp€-asi dhori’, bandhana chediy€, vinoda koroho d€sa (8)
Ó Gop…n€tha, o nó do materialismo está bem apertado em torno de meu pescoço.
Com a afiada espada da Sua misericórdia, libere-me deste cativeiro e, por favor, faça este
Bhaktivinoda, novamente,um servo Seu.

Sukhera L€giy€
®r… CaŠ…d€sa

sukhera l€giy€, ei ghara b€dhinu, €gune puiy€ gelo


amiy€ s€gare, sin€na korite, sakali garala bhelo (1)

Aho! Na esperança de encontrar felicidade, trabalhei arduamente para construir uma


casa, porém, veio o fogo e ela foi queimada. Nadei no oceano de néctar, mas tal néctar
acabou se revelando veneno.

sakhi! ki mora kap€le lekhi


…tala boliy€, c€da sevinu, bh€nura kiraŠa dekhi (2)

He sakh…! Ó minha querida amiga, como sou desafortunada! Sabendo que raios de
luar são muito refrescantes, fui buscar refúgio na lua para refrescar meu corpo ardente, mas,
esses raios transformaram-se em escaldantes raios de sol que, em vez disso, queimaram-me
gravemente.

ucala boliy€, acale cainu, painu ag€dha-jale


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lacham… c€hite, d€ridrya behala, m€Šika h€r€nu hele (3)

Mesmo sabendo da altura de uma montanha, subi até o pico e acabei caindo num
oceano profundo. Quero dinheiro, mas estou sempre rodeado pela pobreza. Uma pedra-de-
toque muito valiosa chegou às minhas mãos, mas, logo a perdi.

nagara bas€l€ma, s€gara b€dhil€ma, m€Šika p€b€ra €e


s€gara uk€la, m€Šika luk€la, abh€g…-karama-doe (4)

Construí uma cidade à beira mar e fiz uma barragem para desviar a água na esperança
de encontrar pedras preciosas em seu leito, mas, devido ao meu próprio infortúnio, as jóias
também se esconderam.

piy€sa l€giy€, jalada sevinu, vajara paiy€ gelo


kohe caŠ…d€sa, y€mera pir…ti, marame rahala elo (5)

Com sede, esperei por uma nuvem, mas, a chuva não veio. Em vez disso, um raio
atingiu minha cabeça. O poeta CaŠ…d€sa lamenta: " O único pesar de meu coração é que eu
não possuo afeição pelos pés de lótus de ®r… ®y€masundara. Meu amor por ®y€ma é como um
tridente perfurando meu coração."

‘šm€ra’ Bolite Prabhu!


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

‘€m€ra’ bolite prabhu! €ra kichu n€i, tumi-i €m€ra m€tra p…t€-bandhu-bh€i (1)

Ó Senhor! Além de Você nada tenho neste mundo. Você é pai, amigo e irmão para
mim.

bandhu, d€r€, suta, sut€ – tava d€s…-d€sa, sei to’ sambandhe sabe €m€ra pray€sa (2)
Os supostos amigos, esposa, filhos e filhas, são todos servos Seus. Só os mantenho
como um dever que tenho para com Você.

dhana, jana, gha, d€ra ‘tom€ra’ boliy€, rakh€ kori €mi m€tro sevaka hoiy€ (3)

Minhas riquezas, membros familiares, lar e posses são Seus, é por isso que eu os
protejo. Sou apenas Seu servo.

tom€ra k€rjera tare up€rjibo dhana, tom€ra saˆs€re-vyaya koribo vahana (4)

Ganharei dinheiro para servi-Lo e, com ele, cuidarei da Sua família.

bh€lo-manda n€hi j€ni sev€ m€tra kori, tom€ra saˆs€re €mi viaya-prahar… (5)

Ó meu Senhor, eu não sei o que é bom ou ruim. Sou apenas Seu servo, um sentinela
guardando as propriedades do Seu lar.

tom€ra icch€ya mora indriya-c€lan€, ravaŠa, darana, ghr€Ša, bhojana-v€san€ (6)

Ocupo meus sentidos – audição, visão, olfato, paladar e assim por diante – conforme
o Seu desejo.

nija-sukha l€gi’ kichu n€hi kori €ra, bhakativinoda bole, tava sukha-s€ra (7)

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®r…la Bhaktivinoda µh€kura diz: “He Prabhu! Não ajo mais por mim mesmo. A Sua
felicidade é a própria essência da minha vida.”

M€nasa, Deho, Geho


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

m€nasa, deho, geho, jo kichu mora, arpiluñ tuw€ pade, nanda-kiora! (1)

Mente, corpo, família e tudo que possuo, ofereço a Seus pés de lótus, ó Nanda-kiora!
sampade vipade, j…vane-maraŠe, d€ya mama gel€, tuw€ o-pada baraŠe (2)

Tanto na boa, quanto na má fortuna, na vida ou na morte, abrigo-me a Seus pés de


lótus. Entreguei todas as minhas posses a Você, portanto, já não tenho qualquer
responsabilidade sobre elas.

m€rabi, r€khabi – jo icch€ toh€r€, nitya-d€sa prati tuw€ adhik€r€ (3)

Mate-me ou proteja-me, como quiser. Sou seu servo eterno, por isso, Você tem este
direito.
janm€obi moe icch€ yadi tor, bhakta-ghe jani janma hau mor (4)

Se for Seu desejo que eu nasça outra vez, então, que seja na casa de um devoto Seu.
k…˜a-janma hau yath€ tuw€ d€sa, bahir-mukha brahma-janme n€hi €a (5)

Posso nascer novamente até mesmo como um verme, desde que eu permaneça Seu
devoto. Não tenho nenhum desejo de nascer como um Brahm€ averso a Você.

bhukti-mukti-sph€-vih…na je bhakta , labhaite t€‰ka sa‰ga anurakta (6)

Anseio pela companhia daquele devoto que é completamente desprovido de todo


desejo de desfrute mundano ou liberação.

janaka, janan…, dayita, tanoya, prabhu, guru, pati – tuhuñ sarva-moya (7)

Pai, mãe, amante, filho, Senhor, preceptor e marido – Você é tudo para mim.

bhakativinoda kahe, suno k€na! r€dh€-n€tha! tuhuñ h€m€ra par€Ša (8)

Bhaktivinoda diz: “Ó K€na, por favor, ouça-me! Ó amado de R€dh€, Você é minha
vida e alma.”

Avat€ra-S€ra
®r…la Locana d€sa µh€kura

avat€ra-s€ra, gor€-avat€ra, kena n€ bhajili t€‰re


kori’ n…re v€sa, gela n€ piy€sa, €pana karama phere (1)

Ó minha mente, por que você não adora ®r… Gaurasundara, a tão preciosa jóia
suprema de todas as encarnações? Você está sempre na água, mas, sua sede não é saciada
devido a seus próprios maus feitos.

kaŠ˜akera taru, sad€i sevili (mana), amta p€ib€ra €e


prema-kalpataru, r… gaur€‰ga €m€ra, t€h€re bh€vili vie (2)

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Você espera obter frutos doces e suculentos pela sua adoração a árvores espinhosas,
mas isso não é possível. Nosso Gaurasundara é uma árvore do desejo ( kalpataru), mas você O
deixou, pensando que Ele era veneno.

saurabhera €e, pal€a ™kili (mana), n€€te paila k…˜a


ikudaŠa bh€vi’, k€˜ha cuili (mana), kemone p€ibi mi˜ha (3)

Ó minha mente, em busca de um aroma suave, você cheira a bela flor pal€sa, mas ela
não tem perfume e, em vez disso, um inseto da flor entra em seu nariz. Você suga madeira
seca, tomando-a por cana-de-açúcar; como poderia obter algum caldo doce?

h€ra boliy€, gal€ya parili (mana), amana ki‰kara-s€pa


…tala boliy€, €guna poh€li (mana), p€ili bajara t€pa (4)

Ó minha mente, a morte é como uma serpente que você colocou em volta do
pescoço, pensando ser uma guirlanda. Você entrou no fogo pensando que fosse fresco, e
sofreu queimaduras excruciantes.
saˆs€ra bhajili, r… gaur€‰ga bh™lili, n€ sunili s€dhura kath€
iha parak€la, du’k€la khoy€li (mana), kh€ili €pana m€th€ (5)

Ó minha mente, gozando os prazeres materiais, você nunca prestou atenção nas
palavras dos devotos e se esqueceu de Gaurasundara. Destarte, tanto este mundo quanto o
próximo, estão perdidos para você.

Hari Hari! Viphale Janama Go‰€inu


®r…la Narottama d€sa µh€kura

hari hari! viphale janama go‰€inu


manuya janama p€iy€, r€dh€-kŠa n€ bhajiy€, j€niy€ uniy€ via kh€inu (1)

Ó Hari! Mesmo após ter recebido esta rara forma humana de vida, eu a desperdicei ao
não realizar bhajana a R€dh€-KŠa. Pelo contrário, bebi veneno conscientemente.

golokera prema-dhana, harin€ma sa‰k…rtana, rati n€ janmilo kene t€ya


saˆs€ra-vi€nale, div€-nii hiy€ jvale, ju€ite n€ koinu up€ya (2)

O tesouro de prema-bhakti descendeu com n€ma-sa‰k…rtana. Óh! Por quê não sinto
atração por ele? Meu coração arde dia e noite no fogo venenoso da vida material, mas não
tomei o remédio para extingui-lo.

brajendra-nandana jei, ac…-suta hoilo sei, balar€ma hoilo nit€i


d…na-h…na jata chilo, hari-n€me uddh€rilo, t€ra €k… jag€i m€dh€i (3)

Vrajendra-nandana veio como ®ac…-suta Gaurasundara. Balar€ma veio como


Nity€nanda. Eles salvaram todas as jiv€s caídas e miseráveis através do hari-n€ma, conforme
testemunhamos no caso de J€gai e M€dh€i.

h€ h€ prabhu nanda-suta, vabh€nu-sut€-juta, karuŠ€ koroho ei-b€ro


narottama-d€sa koya, n€ ˜heliho r€‰g€ p€ya tom€ vine ke €che €m€ra (4)

He R€dhe! He KŠa! Por favor, concedam-me Sua misericórdia desta vez. Não me
afastem de Seus pés, vermelhos como o lótus. Além de Vocês, quem mais é meu neste
mundo?

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Hari He Doy€la Mora


®r… Vidy€pati

hari he doy€la mora jaya r€dh€n€tha, b€ra-b€ra eib€ra laha nija s€tha (1)

Ó Hari! Ó meu misericordioso R€dh€n€tha! Todas as glórias a Você. Repetidamente


Lhe pedi, agora, estou implorando que me aceite na Sua companhia íntima.
bahu yoni bhrami’ n€tha lainu araŠa, nija-guŠe kp€ kara adhama-t€raŠa (2)
Ó meu Senhor! Após vagar por tantas espécies de vida, cheguei ao Seu refúgio. Por
Sua magnanimidade, bondosamente salve esta pessoa degradada.

jagata-k€raŠa tumi jagata-j…vana, tom€ ch€€ k€’ra nahi, he r€dh€-ramaŠa (3)

He R€dh€-RamaŠa! Você é a causa da criação e sua própria vida. Você é meu único
apoio, não há ninguém mais.

bhuvana-ma‰gala tumi bhuvanera pati, tumi upekile n€tha, ki haibe gati (4)

He N€tha! Você é a fonte da auspiciosidade e Senhor beneficente dos três mundos. Se


Você me abandonar, qual será o meu fim?

bh€viy€ dekhinu ei jagata-m€jh€re, tom€ vin€ keha n€hi e d€se uddh€re (5)

Ó Senhor! Cheguei à conclusão de que, neste oceano material, não há ninguém,


exceto Você, para salvar este Seu servo.

M€dhava, Bahuta Minati Kori Toya


®r… Vidy€pati

m€dhava, bahuta minati kori toya


dei tulas… tila, deha samarpinu, day€ j€ni n€ ch€obi moya (1)

Ó M€dhava, com esta oferenda de uma folha de tulas… e sementes de gergelim,


suplico-Lhe e prometo empenhar meu corpo a Seu serviço. Sei que Sua compaixão é tamanha
e que você não me rejeitará.

gaŠaite doa, guŠalea n€ p€obi, jaba tuh™ karobi vic€ra


tuh™ jagann€tha, jagate kah€osi, jaga-b€hira nahi mui ch€ra (2)

Enquanto considera este apelo, Você só poderá contar meus defeitos e não
encontrará um vestígio sequer de boas qualidades em mim. Você é conhecido em toda a
criação como Jagann€tha. Será que eu, uma alma inútil que vive dentro deste universo, não
tem o direito de aceitá-Lo como mestre?

kiye m€nua pau-p€kh… je janamiye, athav€ k…˜a-pata‰ge


karama vip€ke, gat€gati punaƒ punaƒ, mati rahu tuw€ parasa‰ge (3)

Nascimento após nascimento, como resultado de meu karma, vou e volto


repetidamente, ora como ser humano, ora como animal e, às vezes, como pássaro, verme ou
inseto. Mas, qualquer que seja a espécie em que eu nasça, que minha mente esteja sempre
fixa em Seus passatempos..

bhaŠaye vidy€pati, atiaya k€tara, taraite iha bhava-sindhu


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tuw€ pada-pallava, kori avalambana, tila eka deha d…na-bandhu (4)

Com grande remorso, o poeta Vidy€pati humildemente ora: “Ó M€dhava,


amigo dos caídos, por favor, dê abrigo a essa pessoa insignificante na tenra pétala de Seus pés
de lotus. Só assim, poderei atravessar este oceano da existência material.”

Sarvasva Tom€ra
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

sarvasva tom€ra, caraŠe s€piy€, paechi tom€ra ghare


tumi to’ ˜h€kura, tom€ra kukura, baliy€ j€naha more (1)

He Prabhu! Entreguei tudo o que era meu a Seus pés de lótus e permaneço prostrado
em Sua casa. Você é meu Senhor e eu sou Seu cão. Por bondade, aceite-me como tal.

b€dhiy€ nika˜e, €m€re p€libe, rahiba tom€ra dv€re


prat…pa-janere, €site n€ diba, r€khiba gaera p€re (2)

Acorrente-me pertinho de Você. Montarei guarda à porta de Sua casa. Não deixarei
nenhuma pessoa desfavorável entrar e a afastarei para bem longe.

tava nija-jana, pras€da seviy€, ucchi˜a r€khibe j€h€


€m€ra bhojana, parama-€nande, prati-dina ha’be t€h€ (3)

Diariamente, em suprema bem-aventurança, aceitarei os remanentes dos Seus


queridos devotos, que honraram Sua pras€da.

basiy€ uiy€, tom€ra caraŠa, cintiba satata €mi


n€cite n€cite, nika˜e j€iba, jakhana €kibe tumi (4)

Deitado ou sentado, lembrarei constantemente, dos Seus pés de lótus e, quando Você
me chamar, virei imediatamente ao Seu encontro, dançando de alegria.

nijera poaŠa, kabhu n€ bh€viba, rahiba bh€vera bhare


bhakativinoda, tom€re p€laka, baliy€ varaŠa kare (5)

Bhaktivinoda diz: “Ó Prabhu! Sem pensar em meu próprio sustento, ficarei


perpetuamente submerso em bh€va, porque O tenho como meu mantenedor.”

Doy€la Nit€i Caitanya’ Bole


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

‘doy€la nit€i caitanya’ bole’ n€c re €m€r mana


n€c re €m€r mana, n€c re €m€r mana (1)

Ó minha mente, cante ‘doy€la (misericordioso) nit€i caitanya’ e apenas dance! Ó


minha mente, dance!

(emona doy€la to’ n€i he, m€ra khe’ye prema deya)


(ore) apar€dha d™re j€’be, p€’be prema-dhana
(o n€me apar€dha-vic€ra to n€i he)
(takhon) kŠa-n€me ruci ha’be, ghucibe bandhana (2)
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Uma personalidade tão misericordiosa como Nity€nanda Prabhu, que concede prema
mesmo após ser surrado, não se encontra em lugar algum. Prema pode surgir depois de se
superar as ofensas, todavia, ao se cantar os nomes Caitanya-Nit€i, não há consideração de
ofensas. Uma vez que o gosto por kŠa-n€ma surge, rompe-se o cativeiro material.
(kŠa-n€me anur€ga to ha’be he)
(takhon) an€y€se saphala ha’be j…vera jivana
(kŠa-rati vin€ j…vana to’ miche he)
(ee) vnd€vane r€dh€-y€mera p€’be daraana
(gaura-kp€ ho’le he) (3)

Quando existe amor profundo por kŠa-n€ma, facilmente a vida torna-se bem-
sucedida. Sem apego a KŠa, a vida é simplesmente vazia. Pela misericórdia de
Gaurasundara, pode-se obter a visão de R€dh€-®y€ma ao final da vida.

Kabe Ha’be Bolo


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

kabe ha’be bolo se-dina €m€r


(€m€r) apar€dha ghuci’, uddha-n€me ruci, kpa-bale ha’be hdoye sañc€r (1)

Por favor, diga-me quando chegará o dia em que, por Sua misericórdia, minhas
ofensas cessarão e um gosto pelo puro santo nome brotará no meu coração?

tŠ€dhika h…na, kabe nija m€ni, sahiŠut€-guŠa hdoyete €ni


sakale m€nada, €pani am€n…, ha’ye €sv€dibo n€ma-r€sa-s€r (2)

Quando me sentirei inferior a uma folha de grama? Quando aparecerá em meu


coração a qualidade da tolerância? Quando respeitarei a todos sem me importar com minha
própria honra? Somente então, saborearei ®r… n€ma-r€sa, o néctar do santo nome.

dhana jana €ra, kobit€-sundar…, bolibo n€ c€hi deha-sukha-k€r…


janme-janme d€o, ohe gaurahari! ahaituk… bhakti caraŠe tom€r (3)

Riqueza, seguidores, belas mulheres, conforme são descritos nas poesias mundanas –
não quero nada disso. Ó Gaurahari, por favor, conceda-me devoção imotivada a Seus pés de
lótus, nascimento após nascimento.

(kabe) korite r…-kŠa-n€ma ucc€raŠa, pulakita deho gadgada vacana


vaivarŠya-bepathu, ha’be saˆgha˜ana, nirantara netre ba’be aru-dh€r (4)

Quando será que, ao pronunciar r… kŠa-n€ma, meu corpo vibrará de arrebatamento
extático, com os pelos arrepiados, minha voz embargada de emoção, manifestando
tremedeira e palidez, enquanto torrentes de lágrimas fluírem constantemente de meus olhos

kabe navadv…pe, suradhun…-ta˜e, gaura-nity€nanda boli’ nikapa˜e


n€ciy€ g€iy€, be€ibo chu˜e, b€tulera pr€ya ch€iy€ bic€r (5)

Quando será que, em Navadv…pa, às margens do rio Ganges, correrei exclamando


sem duplicidade: “Ó Gaura! Ó Nity€nanda!”, dançando e cantando como um louco,
completamente alheio ao mundo externo?

kabe nity€nanda, more kori’ day€, ch€€ibe mora viayera m€y€


diy€ more nija-caraŠera ch€y€ n€mera h€˜ete dibe adhik€r (6)
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Quando será que Nity€nanda Prabhu será misericordioso comigo e me libertará da


armadilha do gozo dos sentidos? Quando Ele me dará a sombra dos Seus pés de lótus e me
permitirá entrar no mercado do santo nome?

kiniba, lu˜ibo, hari-n€ma-r€sa, n€ma-rase m€ti’ hoibo vivaa


rasera rasika-caraŠa paraa, koriy€ mojibo rase anib€r (7)

Comprarei e saquearei o néctar do nome de Hari e, embriagando-me com esse n€ma-


r€sa, ficarei atordoado. Ao tocar os pés daquelas grandes almas, capazes de saborear essa
r€sa, mergulharei continuamente no doce néctar do santo nome.

kabe j…ve doy€, hoibe udoya, nija-sukha bhuli’ sud…na-hdoya


bhakativinoda, koriy€ binoya, r…-€jñ€-˜ahalo koribe prac€r (8)

Quando será que sentirei compaixão por todas as almas caídas? Quando será que este
Bhaktivinoda, deixando de lado sua própria felicidade, com o coração enternecido e meigo,
começará a propagar, com humilde súplica, a sagrada ordem de ®r… Caitanya Mah€prabhu?

Nagara Bhramiy€ šm€ra Gaura


nagara bhramiy€ €m€ra gaura elo ghare, gaura elo ghare €m€ra nit€i elo ghare (1)

Depois de percorrerem muitas cidades e aldeias, meu Gaur€‰ga e meu Nity€nanda


voltaram ao lar.

p€p… t€p… uddh€ra diy€ gaura elo ghare, p€p… t€p… uddh€ra diy€ nit€i elo ghare (2)

Meu Gaura e meu Nit€i, magnanimamente, libertaram inúmeros pecadores que


sofriam das tríplices misérias e depois voltaram ao lar.

n€ma prema bil€iya gaura elo ghare, n€ma prema bil€iya nit€i elo ghare (3)

Perambulando por aí, Gaura e Nit€i distribuíram prema através do harin€ma e, em


seguida, voltaram ao lar.
dh™la jhori’ ac…-m€t€ gaura kole kore, dh™la jhori’ padm€vat… nit€i kole kore (4)

O corpo de Gaura estava coberto de poeira. Vendo isto, o coração de ®ac… M€t€
encheu-se de gaura-prema e, tirando aquela poeira, ela colocou-o em seu colo. Da mesma
forma, Padm€vat… Dev… tirou a poeira do corpo de Nitai e colocou-o em seu colo.

®uddha-Bhakata
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

uddha-bhakata-caraŠa-reŠu, bhajana-anuk™la
bhakata-sev€, parama-siddhi, prema-latik€ra-m™la (1)

A poeira dos pés de lótus dos devotos puros é muito favorável ao bhajana e o serviço
aos VaiŠavas, a mais elevada perfeição e a própria raiz da delicada trepadeira do amor
divino.
m€dhava-tithi, bhakti-janan…, jatane p€lana kori
kŠa-basati, basati boli’, parama €dare bori (2)

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Com todo cuidado, observo os dias santos de M€dhava, tais como Ek€da… e
Janm€˜am…, pois, eles são a mãe da devoção. KŠa permanece nesses tithis, de modo que, ao
honrá-los, podemos alcançá-Lo facilmente. Por respeitar profundamente os l…l€-sthal…s (locais
dos passatempos), receberei a bênção deles.

gaura €m€ra, je-saba sth€ne, koralo bhramaŠa ra‰ge


se-saba sth€na, heribo €mi, praŠayi-bhakata-sa‰ge (3)

Na companhia dos devotos praŠayi (amados, íntimos), irei a todos os locais por onde
Mah€prabhu jubilosamente andou.

mda‰ga b€dya, sunite mana, abasara sad€ y€ce,


gaura-bihita, k…rtana uni’, €nande hdoya n€ce (4)

Minha mente está sempre ansiosa por ouvir o som da mda‰ga. Quando ouço o k…
rtana descrevendo Mah€prabhu, meu coração dança em júbilo.

yugala-m™rti, dekhiy€ mora, parama-€nanda hoya


pras€da-seb€, korite hoya, sakala prapañca jaya (5)

Sinto a maior bem-aventurança ao ver as formas da deidade Yugala-kiora. A pras€da


Deles permite-nos conquistar os cinco elementos.

je-dina ghe, bhajana dekhi, ghete goloka bh€ya


caraŠa-s…dhu, dekhiy€ ga‰g€, sukha n€ s…m€ p€ya (6)

Minha casa transforma-se em Goloka Vnd€vana quando vejo a adoração a ®r…


R€dh€-KŠa sendo realizada ali. Quando honro caran€mta de ®r… Bhagav€n e olho para o rio
Ganges, minha felicidade não tem limites.

tulas… dekhi’, ju€ya pr€Ša, m€dhava-toaŠ… j€ni’,


gaura-priya, €ka-sevane, j…vana s€rthaka m€ni (7)

Quando vejo Tulas…, meu coração se acalma e abranda, porque sei que ela agrada a
M€dhava. ®€ka (vinte e duas variedades de verduras), é muito apreciado por Mah€prabhu,
assim, quando honro este alimento, considero minha vida exitosa.

bhakativinoda, kŠa-bhajane, anuk™la p€ya j€h€,


prati-divase, parama-sukhe, sv…k€ra koroye t€h€ (8)

Bhaktivinoda sempre aceita com muita alegria tudo o que é favorável para kŠa-
bhajana.

N€ma-Sa‰k…rtana – Hari Haraye Namaƒ KŠa


®r…la Narottama d€sa µh€kura

(hari) haraye namaƒ kŠa y€dav€ya namaƒ, y€dav€ya m€dhav€ya keav€ya namaƒ (1)

gop€la govinda r€ma r… madhus™dana, giridh€r… gop…n€tha madana-mohana (2)

r… caitanya, nity€nanda, r… advaita gopt€ (s…t€), hari, guru, vaiŠava, bh€gavata, g…t€ (3)

r… r™pa, r… san€tana, bha˜˜a-raghun€tha, r… j…va, gop€la-bha˜˜a, d€sa raghun€tha (4)

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ei chaya gos€ir kori caraŠa vandana, j€h€ hoite vighna-n€a abh…˜a-p™raŠa (5)

ei chaya gos€i j€ra– mui t€ra d€sa, t€- sab€ra pada-reŠu mora pañca-gr€sa (6)

t€era caraŠa sevi bhakta-sane v€sa, janame janame hoy ei abhil€a (7)

ei chaya gos€i jabe vraje koil€ v€sa, r€dh€-kŠa-nitya-l…l€ koril€ prak€a (8)

€nande bolo hari bhaja vnd€vana, r…-guru-vaiŠava-pade maj€iy€ mana (9)

r…-guru-vaiŠava-p€da-padma kori €a, n€ma-sa‰k…rtana kohe narottama-d€sa (10)

– Tradução e Significado –
®r… ®r…mad Bhaktived€nta N€r€yaŠa Mah€r€ja

1)KŠa é o próprio Hari e também é Y€dava. Ele está nas dinastias, tanto de Nanda B€b€,
quanto de Vasudeva; todos são Y€davas, da dinastia de Yadu. Assim, ofereço meus daŠavat
praŠ€ma aos pés de lótus de svayaˆ Hari que é Y€dava-KŠa. Namaƒ significa abandonar
todos os tipos de relações mundanas ( up€dhis) e oferecer tudo que é nosso aos pés de lótus
de KŠa .
2)Esse mesmo KŠa é Gop€la, Aquele que sustenta e nutre as vacas, os campos de pastagem,
todos os gopas e gop…s. Ele também é Govinda, que dá prazer a todas estas coisas. É R€ma,
que brinca nos corações de todos os seres, especialmente, no de ®r…mat… R€dhik€. É
Madhus™dana porque acaba com todos os tipos de €sakti, apegos mundanos (como no
demônio Madhu), e porque Ele também saboreia o madhu, ou seja, o amor e afeição de todas
as gop…s, principalmente, o m€h€bh€va-svar™p€ ®r…mat… R€dhik€. Giridh€r… levanta a Colina de
Govardhana e salva todos os Vrajav€s…s. É Gop…n€tha porque é o coração e alma de todas as
gop…s. Também é Madana-mohana porque atrai e controla todos os seres e rouba os corações
dos Vrajav€s…s e gop…s. Assim, Ele é Gop€la, Govinda, R€ma, Madhus™dana, Giridh€r…, Gop…
n€tha, Madana-Mohana, portanto, ofereço meu daŠavat praŠ€ma a esse mesmo KŠa.

3)®r… Caitanya Mah€prabhu, ®r… Nity€nanda Prabhu e ®r… Advaita Prabhu podem conceder-nos
o serviço a R€dh€-KŠa Yugala. Sem quaisquer causas, todos Eles podem nos proteger
misericordiosamente dos apegos mundanos, anarthas e apar€dhas, e podem ocupar-nos no
sev€ a R€dha-KŠa. Assim, estou prestando namask€ra aos pés de lótus de ®r… Caitanya,
Nity€nanda, Advaita Prabhu e aos pés de lótus de ®r… Hari, do d…k€ guru, ik€ guru, dos
VaiŠavas e, também, ao ®r…mad-Bh€gavatam e Bhagavad-g…t€. Tanto S…t€ quanto gopt€
significam “protetor”, ou “guardião”. S…t€, a esposa de Advaita šc€rya, é muito favorável ao
Mah€prabhu sev€ e pode outorgar kŠa-prema. ( Narottama d€sa originalmente escreveu
gopt€, porque não foi dado nenhum nome feminino, porém posteriormente alguém
modificou isto. )

4)Ofereço preces e glorificações (vandana) a ®r… R™pa Gosv€m…, ®r… San€tana, Bha˜˜a
Raghun€tha, ®r… J…va Gosv€m…, Gop€la Bha˜˜a e D€sa Raghun€tha.

5)Pela misericórdia imotivada dos a-gosv€m…, os obstáculos à devoção podem ser


removidos e meu serviço (abh…˜a) a ®r… Yugala pode ser obtido, ou seja, todos os meus
desejos poderão ser realizados.

6)Sou o servo daquele Caitanya Mah€prabhu que é o i˜adeva ( Senhor adorável ) dos Seis
Gosv€m…s. A poeira dos pés de lótus deles é meu pañca-gr€sa, minha vida e alma. Nós
tomamos pañca-gr€sa, cinco tipos de alimentos ou mah€-pras€da, com os quais mantemos
nossos cinco ares vitais. Da mesma maneira, a poeira dos pés de lótus desses a-gosv€m… é
nossa vida e alma, mantendo nossos cinco pr€Šas.
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7)Nascimento após nascimento, só tenho uma meta: Servir aos pés de lótus dos Seis Gosv€m…
s. Também desejo poder sempre viver na associação de todos os VaiŠavas puros.

8)Enquanto os Seis Gosv€m…s viviam em Vraja, eles revelaram os passatempos de R€dh€ e


KŠa.

9)Todos devem cantar: “hari bol! hari bol!”e fazer bhajana de Vnd€vana, vivendo em Vraja e
sempre servindo Vnd€vana. Como? Através de maj€iy€ mana, sempre absorver o coração no
serviço ao guru e VaiŠavas.

10)Na espera de obter o estimado serviço dos pés de lótus do guru e dos VaiŠavas,
Narottama realiza n€ma-sa‰k…rtana.

AruŠodaya-K…rtana
– Canção do Alvorecer –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

udilo aruŠa p™raba bh€ge, dvija-maŠi gor€ amani j€ge,


bhakata-sam™ha loiy€ s€the, gel€ nagara-vr€je (1)

Quando o sol avermelhado começou a surgir no horizonte oriental, ®r… Gaur€‰ga, a


jóia dentre os br€hmaŠas, imediatamente despertou e levou Seus devotos para as aldeias de
Navadv…pa.
‘t€thai t€thai’ b€jala khola, ghana ghana t€he jh€jera rola,
preme hala hala son€ra a‰ga, caraŠe n™pura b€je (2)

“T€thai t€thai” ressoavam as mda‰gas; os karat€las marcavam o ritmo.


Transbordando prema, a forma dourada de ®r… Gaur€‰ga oscilava graciosamente, fazendo
com que as tornozeleiras (n™puras) tilintassem em Seus pés.

mukunda m€dhava y€dava hari, bolo-re bol- re vadana bhori’,


miche nida-vae gela re r€ti, divasa ar…ra-s€je (3)

“Mukunda! M€dhava! Y€dava! Hari! Todo mundo, cantando! Cantem! Encham suas
bocas com os santos nomes do Senhor! Ó!! Vocês passam suas noites em vão, cativados pelo
sono e seus dias, decorando seus corpos.

emona durlabha m€nava-deho, p€iy€ ki kara bh€van€ keho,


ebe n€ bhajile yaod€-suta, carame paibe l€je (4)

“Vocês alcançaram este raro nascimento humano! E o que estão fazendo? Não se
importam com este presente? Todavia, se não adorarem o filho de Yaod€, no final das
contas, na hora da morte, cairão para uma condição vergonhosa.

udita tapana hoile asta, dina gelo boli’ hoibe byasta,


tabe keno ebe alasa hoi’, n€ bhaja hdoya-r€je (5)

“A cada alvorecer e pôr-do-sol um dia se passa e é perdido. Por que, então, vocês
ainda estão à toa? Por que não estão adorando o Senhor no coração?

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j…vana anitya j€naha s€ra, t€he n€n€-vidha vipada bh€ra,
n€m€raya kori’ yatane tumi, th€kaha €pana k€je (6)

“Entendam este fato essencial – a vida material é temporária e repleta de perigos e


infortúnios. Vocês devem refugiar-se, sinceramente, nos santos nomes e satisfazer apenas as
necessidades básicas para manter suas vidas.

kŠa-n€ma-sudh€ koriy€ p€na, jur€o bhakativinoda-pr€Ša,


n€ma vin€ kichu n€hika €ro, caudda-bhuvana-m€jhe (7)

Ao beber o puro néctar de kŠa-n€ma, o coração ardente de Bhaktivinoda acalmou-


se totalmente. Não há nada além de n€ma em todos os quatorze mundos.
j…vera kaly€Ša-s€dhana-k€ma, jagate €si’ e madhura n€ma,
avidy€-timira-tapana-r™pe hd-gagane vir€je, (8)

Desejando abençoar as atividades de todas as entidades vivas, estes doces santos


nomes descenderam a este plano material. Eles brilham como o sol no céu do coração,
destruindo a escuridão da ignorância.

J…va J€go, J…va J€go


– Despertem! Despertem, Almas Adormecidas! –
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

j…va j€go, j…va j€go, gor€c€da bole, kota nidr€ j€o m€y€-pi€c…ra kole (1)

®r… Gaur€c€ndra está chamando: “Acordem! Acordem, almas adormecidas! Por quanto
tempo, ainda, dormirão no colo da bruxa m€y€?”

bhajibo boliy€ ese’ saˆs€ra-bh…tore, bhuliy€ rohile tumi avidy€ra bhore (2)

“Vocês vieram a este mundo material dizendo que adorariam ao Senhor, mas,
esquecendo-se Dele, tornaram-se repletos de ignorância.”

tom€re loite €mi hoinu avat€ra, €mi vin€ bandhu €ra ke €che tom€ra (3)

“Eu vim apenas para salvá-los! Além de Mim, quem mais é amigo de vocês?

enechi auadhi m€y€ n€ib€ra l€gi’, harin€ma-mah€-mantra lao tumi m€gi’ (4)

“Eu trouxe o hari-n€ma mah€-mantra - o remédio que extermina a doença de m€y€.


Suplico-lhes: cantem estes santos nomes!”

bhakativinoda prabhu-caraŠe paiy€, sei harin€ma-mantra loilo m€giy€ (5)

Bhaktivinoda, depois de tanto implorar, caindo aos pés de lótus de ®r…man


Mah€prabhu, obteve e agarrou-se a este harin€ma-mantra.

Harin€ma, Tuw€ Aneka Svar™pa


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

harin€ma, tuw€ aneka svar™pa


yaod€-nandana, €nanda-vardhana, nanda-tanaya r€sak™pa (1)

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Ó Harin€ma, você possui ilimitadas formas, tal como o filho amado de Yaoda;
Aquele que aumenta a bem- aventurança de Gokula; o filho de Nanda e a ilimitada fonte de
r€sa.
p™tan€-gh€tana, tŠ€varta-hana, aka˜a-bhañjana gop€la,
mural…-vadana, agha-baka-mardana, govardhana-dh€r… r€kh€la (2)

Você é o matador dos demônios P™tan€ e µŠ€varta; Aquele que quebrou a carreta; o
protetor das vacas; o tocador de flauta; o destruidor dos demônios Agha e Baka; o levantador
da Colina de Govardhana e um pastorzinho de vacas.

ke…-mardana, brahma-vimohana, surapati-darpa-vin€…,


ari˜a-€tana, gop…-vimohana, y€muna-pulina-vil€s… (3)

Você matou o demônio Ke…; confundiu Brahm€ e acabou com o orgulho de Indra.
Matou Arit€sura; encantou todas as jovens gop…s e realizou passatempos divertidos ao longo
das margens do Yamun€.

r€dhik€-rañjana, r€sa-ras€yana, r€dh€-kuŠa-kuñja-bih€r…


r€ma, kŠa, hari, m€dhava, narahari, matsy€di-gaŠe avat€r… (4)

Você deleita ®r…mat… R€dhik€ e traz o néctar da vida para a dança da r€sa. Se diverte
nos kuñjas do R€dh€-kuŠa. É o reservatório do prazer, atrativo para todos os seres. Remove
tudo que é inauspicioso; É o marido da deusa da fortuna, Niˆhadeva, metade homem e
metade leão, e É a fonte de todas as outras encarnações, começando pelo peixe Matsya.
govinda, v€mana, r… madhus™dana, y€dava-candra, vanam€l…
k€l…ya-€tana, gokula-rañjana, r€dh€-bhajana-sukha-€l… (5)

Você dá prazer às vacas. É a encarnação do br€hmaŠa anão; o matador do demônio


Madhu, a lua da dinastia Yadu. Você usa belas guirlandas de flores frescas das florestas; pune
a serpente K€l…ya; deleita Gokula e Se regozija na adoração de ®r…mat… R€dhik€ .
ity €dika n€ma, svar™pe prak€ma, b€uka mora rati r€ge,
r™pa-svar™pa-pada, j€ni’ nija sampada, bhaktivinoda dhori’ m€ge (6)

Compreendendo Suas glórias, Bhaktivinoda agarra os pés de lótus de R™pa Gosv€m…


e Svar™pa D€modara e oferece esta prece: “Ó Harin€ma, pela Sua doce vontade, Você Se
manifesta em todas estas formas e, também, em muitas outras. Por favor, permita que meu
amor e apego por estas formas aumente sempre mais.”

Jaya Jaya Harin€ma


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

jaya jaya harin€ma, cid€nand€mta-dh€ma, para-tattva akara-€k€ra


nija-jane kp€ kori’, n€ma-r™pe avatari’, j…ve doy€ korile ap€ra (1)

Todas as glórias ao santo nome, o armazém do néctar da bem-aventurança e


conhecimento divino, que não é outro senão a Verdade Suprema, Bhagav€n ®r… KŠa. Para
derramar misericórdia sobre Seus devotos, Ele descendeu na forma do som, demonstrando
imensa compaixão por todas as j…vas.

jaya hari-kŠa-n€ma, jaga-jana-suvir€ma, sarva-jana-m€nasa rañjana,


muni-vnda nirantara, je n€mera sam€dara, kori g€ya bhariy€ vadana (2)

Todas as glórias aos muitos nomes de Hari e KŠa. ®r… N€ma é o refúgio sublime para
todas as entidades vivas. Retirando-as do ciclo de nascimentos e mortes, enche seus corações
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de felicidade. Os munis cantam os santos nomes, incessantemente, com grande respeito e
júbilo.

ohe kŠa-n€m€kara, tumi sarva-akti-dhara, j…vera kaly€Ša-vitaraŠe


tom€ vin€ bhava-sindhu, uddh€rite n€hi bandhu, €siy€cho j…va-uddh€raŠe (3)

Ó sílabas do kŠa-n€ma, Vocês possuem todos os poderes para conceder


auspiciosidade às j…vas. Surgindo apenas para nos libertar, Vocês são os únicos amigos que
podem nos resgatar do oceano de nascimentos e mortes.

€che t€pa j…ve jata, tumi saba koro hata, hel€ya tom€re eka-b€ra
€ke yadi kaun jana, ha’ye d…na akiñcana, n€hi dekhi anya pratik€ra (4)

Mesmo ao cantar Seu nome negligentemente, apenas uma vez, sentindo-se


insignificante e desvalido, e não vendo nenhum outro remédio para o próprio alívio, Você
afasta completamente todas as misérias que afligem as j…vas.

tava svalpa-sph™rti p€ya, ugra-t€pa d™re j€ya, li‰ga-bha‰ga hoya an€y€se


bhakativinoda koya, jaya harin€ma jaya, pae’ th€ki tuw€ pada-€e (5)

Uma visão momentânea Sua faz toda sorte de terríveis misérias desaparecerem. O
corpo sutil facilmente é destruído e Você estabelece a j…va em seu svar™pa. Bhaktivinoda diz:
“Ó Harin€ma, todas as glórias a Você. Rendo-me eternamente a Seus pés de lótus.”

N€rada Muni
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

n€rada muni, b€j€ya v…Š€, ‘r€dhik€-ramaŠa’ n€me


n€ma amani, udita haya, bhakata-g…ta-s€me (1)

O supremamente rasika N€rada Muni toca Sua vina e canta os nomes de ®r… R€dhik€-
ramaŠa. Ouvindo esse k…rtana, n€m… ®r… R€dh€ e ®r… R€dhik€-ramaŠa, Eles mesmos,
descendem imediatamente, dançando e saboreando o bh€va dos Seus próprios devotos.
amiya-dh€r€, varie ghana, ravaŠa-yugale giy€
bhakata-jana, saghane n€ce, bhariy€ €pana hiy€ (2)

Como um forte aguaceiro, na forma de Seus santos nomes, uma inundação de néctar
entra nos ouvidos dos devotos, fazendo com que seus corações se expandam com júbilo e
eles também começam a dançar.

m€dhur…-pura, €sava pai’, m€t€ya jagata-jane


keho v€ k€de, keho v€ n€ce, keho m€te mane mane (3)

Ao sorver pelos ouvidos este néctar inebriante, todos os seres no universo inteiro
enlouquecem - alguns choram, alguns dançam e outros ficam com suas mentes
totalmente embriagadas.

pañca-vadana, n€rade dhori, premera saghana rol


kamal€sana, n€ciy€ bole, ‘bolo bolo hari bolo’ (4)

O Senhor ®iva, de cinco faces, abraça N€rada e, repleto de prema, canta em altos
brados o santo nome, enquanto Brahm€j… começa a dançar com entusiasmo e clamar
“Haribol ! Haribol!"

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sahasr€nana, parama-sukhe, ‘hari hari’ bali’ g€ya
n€ma-prabh€ve, m€tilo viva, n€ma-r€sa sabe p€ya (5)

®ean€ga, das mil faces, sentindo suprema felicidade canta: “Hari! Hari!”. Pela
surpreendente influência do n€ma, todo o universo fica enlouquecido e todos provam o
maravilhoso sabor (r€sa) do santo nome.

r…-kŠa-n€ma, rasane sphuri’, p™r€’lo €m€ra €a


r…-r™pa-pade, j€caye ih€, bhakativinoda-d€sa (6)

Este servo, Bhaktivinoda, ora aos pés de lótus de ®r… R™pa Gosv€m…: “Que o santo
nome manifeste-se em minha língua, realizando assim, todos os meus desejos.”

‘R€dh€-KŠa’ Bol
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

‘r€dh€-kŠa’ bol bol bolo re sob€i


(ei) ik€ diy€, saba nad…y€, phirche nece’ gaura-nit€i
(miche) m€y€ra boe, j€ccho bhese’, kh€ccho h€buubu, bh€i (1)

Cantem todos, cantem, cantem: “R€dh€-KŠa”. Vagando por toda Navadv…pa, ®r…
Caitanya Mah€prabhu e Nity€nanda Prabhu estão dançando e instruindo a todos. Ó irmãos!
Todos vocês, cantem este santo nome de R€dh€-KŠa. Vocês submeteram-se inutilmente ao
controle de m€y€, ora flutuando, ora afogando-se no oceano da felicidade e sofrimento
materiais.

(j…va) kŠa-d€sa, e viv€sa, karle to’ €r duƒkho n€i


(kŠa) bolbe jabe, pulaka ha’be, jhorbe €khi, boli t€i (2)

Contudo, se tiverem fé que a j…va é uma serva de KŠa, vocês não terão mais
sofrimentos. Se pronunciarem kŠa-n€ma, seus corpos tremerão de êxtase e lágrimas fluirão
de seus olhos.

(r€dh€) kŠa bolo, sa‰ge calo, ei-m€tra bhik€ c€i


(j€ya) sakala bipoda, bhaktivinoda bolena, jakhona o-n€ma g€i (3)

Bhaktivinoda diz: “Ó irmãos! Cantem r€dh€-kŠa-n€ma com os VaiŠavas. Isso é


tudo que peço a vocês. Quando vocês cantarem esses nomes, todos os perigos serão jogados
para bem longe.”
Nad…y€-Godrume
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

nad…y€-godrume nity€nanda mah€jana, p€tiy€che n€ma-ha˜˜a j…vera k€raŠa (1)

Na terra de Nad…y€, na ilha de Godruma, o magnânimo Nity€nanda Prabhu abriu uma


feira do santo nome para distribuí-lo a todas as almas caídas.

(raddh€v€n jana he, raddh€v€n jana he)


prabhura €jñ€ya, bh€i, m€gi ei bhik€, bolo kŠa, bhajo kŠa, koro kŠa-sik€ (2)

Ali, Ele brada: “Ó homens de fé!! Ó homens de fé!! Pela ordem de ®r… Gaur€‰ga, ó
irmãos, imploro apenas uma coisa: Cantem “KŠa”! Adorem a KŠa, sirvam-no e sigam Suas
instruções.

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apar€dha-™nya ho’ye loho kŠa-n€ma, kŠa m€t€, kŠa pit€, kŠa dhana-pr€Ša (3)

Livrando-se das ofensas, cantem o santo nome de KŠa. KŠa é nossa mãe, nosso
pai e é o tesouro de nossas vidas.

kŠera saˆs€ra koro ch€i’ an€c€ra, j…ve doy€, kŠa-n€ma – sarva-dharma-s€ra (4)

Executem seus deveres materiais sempre com relação a KŠa e abandonem o


comportamento pecaminoso. Demonstrem compaixão por todas as almas caídas mediante o
cantar sonoro do santo nome de KŠa – esta é a essência de todas as formas de religião.

G€ya Gor€ Madhura Svare


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

g€ya gor€ madhura svare


hare kŠa hare kŠa kŠa kŠa hare hare
hare r€ma hare r€ma r€ma r€ma hare hare (1)

®r… Gaurasundara canta com voz muito doce: “Hare KŠa Hare KŠa KŠa KŠa
Hare Hare / Hare R€ma Hare R€ma R€ma R€ma Hare Hare.”

ghe th€ka, vane th€ka, sad€ ‘hari’ bole €ko,


sukhe duƒkhe bhulo n€’ko, vadane harin€ma koro re (2)

Quer você seja um chefe de família ou um sanny€s…, constantemente cante: “Hari!


Hari!” Nunca deixe de cantar, não importa em que condição você esteja, feliz ou aflito.
Apenas encha seus lábios com harin€ma.

m€y€-j€le baddha ho’ye, €cha miche k€ja lo’ye,


ekhana-o cetana peye, ‘r€dh€-m€dhava’ n€ma bolo re (3)

Você está preso na rede de m€y€ e é forçado a trabalho árduo e infrutífero. Agora que
você obteve verdadeiro conhecimento, cante os nomes de R€dh€-M€dhava.
j…vana hoilo ea, n€ bhajile h…kea
bhaktivinodopadea, ekab€ra n€ma-r€se m€to re (4)

Sua vida pode terminar a qualquer momento e você não serviu ao Senhor dos
sentidos, Hrikea. Aceite este conselho de Bhaktivinoda: “Apenas uma vez, aprecie o néctar
do santo nome!”

Soi (Sakhi), Kev€ ®un€ilo ®y€ma-N€ma


®r… CaŠ…d€sa

soi (sakhi), kev€ un€ilo y€ma-n€ma


k€nera bhitara diy€, marame pailo go, €kula korila mora pr€Ša (1)

Ó minha querida sakh…! Quem é aquela pessoa que primeiro Me fez ouvir este nome
“®y€ma”? Quando entra em Meu coração através dos Meus ouvidos, sou subjugada pela
impaciência.

na j€ni kateka madhu, y€ma-n€me €che go, vadana ch€ite n€hi p€re
japite japite n€ma, avaa korila go, kemone p€ibo, sai, t€re (2)

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Não sei quanta doçura há neste nome. É tão doce que Minha língua não o deixa nem
por um momento. A medida que repito este nome, fico completamente absorta. Ó sakh…!
Como me será possível encontrar com Ele?

n€ma-parat€pe j€’ra, aichana korila go, a‰gera parae kiv€ hoya


jekh€ne vasati t€’ra, sekh€ne th€khiya go, yuvat… dharama koiche raya (3)

Se o nome desta pessoa, por si só, já tem o poder de deixar-Me em tal condição, nem
consigo imaginar como seria se tocasse no corpo Dele. Perto Dele, como é que as jovens
mulheres conseguem manter seus princípios religiosos?

p€sarite cahi mane, p€sar€ n€ j€ya go, ki koribo ki habe up€ya


kahe dvija-caŠid€se, kulavat… kula-n€e, apan€re yauvana j€c€ya (4)

Em Meu coração quero esquecê-Lo, mas não consigo. Agora, não consigo saber qual
é o remédio, o que fazer. Dvija CaŠid€sa diz: “Simplesmente por exibir Sua jovial beleza,
aquele ®y€m€nanda destruiu toda a dinastia das castas damas.

Bol Hari Bol


®r…la Bhaktivinoda µh€kura

bolo hari bolo (3 x)


maner €nande, bh€i, bolo hari bolo
bolo hari bolo (3 x)
janame janame sukhe bolo hari bolo (1)

Cantem o nome de Hari! Ó irmãos, com a mente em êxtase, cantem o nome de Hari!
Nascimento após nascimento, com alegria, cantem o nome de Hari!

bolo hari bolo (3 x)


m€nava-janma pe’ye, bh€i, bolo hari bolo
bolo hari bolo (3 x)
sukhe th€ko, duƒkhe th€ko, bolo hari bolo (2)

Cantem o nome de Hari! Ó irmãos, vocês alcançaram um nascimento humano, agora,


cantem o nome de Hari! Cantem o nome de Hari! Na felicidade ou na tristeza, cantem o nome de
Hari!
bolo hari bolo (3 x)
sampade vipade, bh€i, bolo hari bolo
bolo hari bolo (3 x)
ghe th€ko, vane th€ko, bolo hari bolo
kŠaera saˆs€re th€ki’ bolo hari bolo (3)

Cantem o nome de Hari! Ó irmãos, na prosperidade ou no infortúnio, cantem o nome de


Hari! Cantem o nome de Hari! Quer vivam em casa ou na floresta, cantem o nome de Hari!
Permanecendo neste mundo material para os propósitos de KŠa, cantem o nome de Hari!

bolo hari bolo (3 x)


asat-sa‰ga ch€i’, bh€i, bolo hari bolo
bolo hari bolo (3 x)
vainava-caraŠe poi’ bolo hari bolo (4)

Cantem o nome de Hari! Ó, irmãos, abandonem a associação de não-devotos e cantem o


nome de Hari! Cantem o nome de Hari! Caindo aos pés dos VaiŠavas, cantem o nome de Hari!
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bolo hari bolo (3 x)
gaura-nity€nanda bolo (3 x)
gaura-gad€dhara bolo (3 x)
gaura-advaita bolo (3 x) (5)

Cantem o nome de Hari! Cantem os nomes de Gaura e Nity€nanda! Cantem os nomes de


Gaura e Gad€dhara! Cantem os nomes de Gaura e Advaita!

Boo Sukher Khabor Gai


®rila Bhaktivinoda µh€kura

boo sukher khabor g€i


surabhi-kuñjete n€mer h€˜ khule’che khoda nit€i (1)

Canto sobre as melhores boas novas! No Surabhi-kuñja, o Senhor Nit€i abriu um


mercado do santo nome.
boo moj€r kath€ t€y
raddh€-m™lye uddha-n€ma sei h€˜ete bik€y (2)

Coisas maravilhosas estão sendo oferecidas lá. Este mercado vende uddha-n€ma (os
puros santos nomes) ao preço da fé.

jata bhakta-vnda vasi’


adhik€r… dekhe’ n€ma becche daro kasi’ (3)

Todos os devotos reunidos aguardam, enquanto Ele examina suas qualificações. Ao preço
fixo da fé deles, Nit€i vende o santo nome.

yadi n€ma kinbe bh€i


€m€r sa‰ge calo mah€janer k€che j€i (4)

Se você quiser comprar este nome, ó irmão, venha comigo e lhe levarei a Nity€nanda
Mah€jana.
tumi kinbe kŠa-n€ma
dasturi loibo €mi, p™rŠa ha’be k€ma (5)

Você comprará kŠa-n€ma e eu receberei minha comissão – nossos desejos serão


completamente satisfeitos.
boo doy€l nity€nanda
raddh€-m€tra lo’ye dena parama-€nanda (6)

O mais misericordioso Nity€nanda aceitará somente sua fé, em troca, lhe concederá
parama-€nanda (a bem-aventurança suprema).

ek-b€r dekhle cake jal


‘gaura’ bo’le nit€i dena sakala sambal (7)

Se alguma vez Ele lhe vir lacrimejando ao dizer ‘Gaura’, Nit€i lhe dará força espiritual.

dena uddha kŠa-iks€


j€ti, dhana, vidy€, bala n€ kore apek€ (8)

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Ele dá instruções puras sobre KŠa sem considerar a casta, a riqueza, o
conhecimento ou a força de quem ouve.

amani ch€e m€y€-j€l


ghe th€ko, vane th€ko, n€ th€ke jañj€l (9)
Desta forma, você automaticamente rejeitará o enredamento de m€y€. Quer você viva
na sua casa ou na floresta, não haverá problemas.

€ra n€iko kalir bhoy


€caŠ€le dena n€ma nit€i doy€moy (10)
Você não temerá mais Kali. Nit€i, que é cheio de compaixão, está distribuindo n€ma
para todos, mesmo aos caŠ€las.

bhaktivinoda €ki’koy
nit€i-(candra)-c€raŠa vin€ €ra n€hi €roy (11)
Bhaktivinoda exclama: “Não há outro abrigo que não seja os pés de lótus de Nit€i-candra!”
Mama Mana Mandire
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

Refrão: mama m€na mandire taha nii-din, kŠa mur€ri r… kŠa mur€ri

Ó, meu querido KŠa Mur€ri, por favor, more no templo de minha mente!

bhakti pr…ti m€l€ candana, tumi nio he nio cita-nandana(1)

Por favor, aceite minha devoção, amor, guirlanda de flores e pasta de sândalo. Ó, por
favor, aceite. Você que dá deleite ao coração!

j…vana maraŠa tava p™j€ nivedana, sundara he mana-h€r…(2)

Na vida ou na morte, adoro Você com estas oferendas, ó Belo, ó Encantador dos corações!
eso nanda-kum€r €ra nanda-kum€r, habe prema-prad…pe €rati tom€r(3)

Venha, Filho de Nanda, e então, ó Filho de Nanda, oferecerei Sua cerimônia de €rati com a
lamparina do meu amor.

nayana yamun€ jhare anib€ra, tom€ra virahe giridh€r…(4)

As águas do rio Yamun€ jorram de meus olhos incessantemente, como cascatas, pela
separação de Você, ó Sustentador da Colina de Govardhana!

vandana g€ne tava bajuka j…vana, kŠa mur€ri r… kŠa mur€ri(5)

Que eu passe minha vida absorto somente em canções em Seu louvor, ó KŠa Murari, ®r…
KŠa Mur€ri!

Cint€maŠi Moy
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

cint€maŠi-maya r€dh€-kuŠa-ta˜a, t€ha kuñja ata ata


prabala bidruma maya taru-lat€, mukt€-phale abanata (1)

As margens do Radha Kunda são feitas de bilhões de, conscientes e estáticas, pedras dos
desejos e, em volta do lago, há centenas de belos e transcendentais jardins e arbustos. Todas as
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árvores e trepadeiras nesses jardins, são feitas de corais e rubis e seus frutos são diamantes e
pérolas. Seus galhos curvam-se ao chão por estarem carregados com milhões de graciosas jóias.
sv€nanda-sukhada kuñja manohara, t€h€te ku˜ira obhe
vasiy€ tath€ya g€bo kŠa n€m, kabe kŠa-d€sya hobe (2)

Minha pequena cabana, chamada Sv€nanda-sukhada-kuñja, brilha belamente dentro deste


mais encantador jardim. Morando lá, cantarei o santo nome de KŠa e, ansiosamente, aguardarei
pelo momento em que receberei a chance de servir a Ele e a Seus associados.
emona samaya mural…ra g€na, pasibe e d€s…-k€ne
€nanda m€tibo, sakala bhulibo, r…-kŠa-vaˆ…ra g€ne (3)

Nesse momento, pensando dessa forma, o som de uma flauta transcendental


repentinamente entrará nos ouvidos dessa serva. Ficando loucamente feliz por ouvir tal som,
esquecerei de tudo e apenas ouvirei, encantada, o som da flauta de KŠa.

r€dhe r€dhe boli mural… €kibe, mad…a …war… n€ma


uniy€ camaki u˜hibe e d€s…, kemon koribe pr€Ša(4)

O baixo e profundo som de sua longa flauta mural…, chamará: "R€dhe... R€dhe..." O nome
da minha única adorada rainha e Mah€r€n…! Atônita e com grande espanto, por ouvir tal som, esta
serva se levantará apressadamente com o coração ansioso, pensando “o que fazer?”.

Pras€da-Sev€ya
Canções para Honrar Alimento Espiritual (Pras€da)

mah€-pras€de govinde
n€ma-brahmaŠi vaiŠave
svalpa-puŠyavat€ˆ r€jan
viv€so naiva j€yate
(Caitanya-carit€mta, Antya-lila 16.96 (Significado) – do Skanda Pur€Ša)

Aqueles que não possuem crédito acumulado de atividades piedosas, jamais


conseguem desenvolver fé na mah€-pras€da, em ®r… Govinda, no Santo Nome do Senhor e
nos VaiŠavas.

®ar…ra Avidy€-J€l
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

bh€i re! ar…ra avidy€-j€l, jaendriya t€he k€l, j…ve phele viaya-s€gare
t€’ra madhye jihv€ ati, lobhamoya sudurmati, t€’ke jet€ ka˜hina saˆs€re (1)

Ó irmão, este corpo material é um amontoado de ignorância e os sentidos, uma rede


de caminhos que conduzem à morte. Caímos neste oceano de gozo material dos sentidos e,
de todos os sentidos, a língua é o mais difícil de ser controlado e está sempre ansiosa por
gratificação.

kŠa boro doy€moy, korib€re jihv€ jaya, sva-pras€da-anna dil€ bh€i


sei ann€mta p€o, r€dh€-kŠa-guŠa g€o, preme €ko caitanya-nit€i (2)
preme bhore €ko re
doy€la nit€i-caitanya bole, preme bhore €ko re
jaya nit€i, jaya gaura, jaya nit€i, jaya gaura
hare kŠa hare kŠa kŠa kŠa hare hare
hare r€ma hare r€ma r€ma r€ma hare hare
Contudo, ó irmão, KŠa é tão misericordioso que nos dá Sua pras€da, os restos de
Sua própria boca, para nos ajudar a controlar a língua. Esta pras€da é cheia de néctar.
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Honrando esta pras€da, cantem as glórias de R€dh€ e KŠa e, com amor, roguem pela ajuda
de Caitanya-Nit€i.
šrati K…rtanas
®r… Gurudeva šrati
®r…mad Bhaktived€nta Trivikrama Mah€r€ja

jaya jaya gurudeva r… bhakti prajñ€na, parama mohana-r™pa €rta-vimocana (1)

Todas as glórias, todas as glórias, ao nosso divino mestre, ®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na
Keava Mah€r€ja, cujo semblante, supremamente encantador, é o refúgio para a humanidade
sofredora.

m™rtimanta r… ved€nta aubha-n€ana, ‘bhakti grantha r… ved€nta’ tava vighoaŠa (2)

Que é a própria personificação do Ved€nta, o aniquilador de tudo que é inauspicioso


e que, audaciosamente, declarou que o ®r… Ved€nta é, essencialmente, um livro de bhakti.

ved€nta samiti-d…pe r…-siddh€nta-jyoti, €rati tom€ra t€he haya niravadhi (3)

Na lamparina da ®r… Gau…ya Ved€nta Samiti, a esplêndida luz das conclusões das
escrituras (€str…ya-siddh€nta) flameja e, com essa lamparina, o seu €rati é realizado
perpetuamente.

r…-vinoda-dh€r€-taile d…pa prap™rita, r™p€nuga-dh™pe daa-dik €modita (4)

Esta lamparina está repleta do óleo de Bhaktivinoda-dh€r€ (a corrente dos


ensinamentos fluindo de Bhaktivinoda) e os ensinamentos dos seguidores de ®r… R™pa, são o
incenso que deleita as dez direções com sua doce fragrância.

sarva-€stra-sugambh…ra karuŠ€-komala, yugapat suobhana vadana-kamala (5)

A sua face de lótus irradia austera gravidade, enraizada em sua profunda realização
de todos os €stras, e, ao mesmo tempo, a brandura nascida de sua profunda compaixão.

svarŠa-k€nti vinindita r…-a‰ga-obhana, yati-v€sa paridh€ne jagat-kaly€Ša (6)


O brilho de seus belos membros corporais, vestidos com o manto da renúncia para o
bem da criação inteira, supera a refulgência do ouro derretido.

n€n€ ch€de sajjana c€mara hul€ya, gaura-jana ucca-kaŠ˜he sumadhura g€ya (7)
Com enlevado humor, ®r… Sajjana1 o abana com uma c€mara enquanto ®r… Gaura-
n€r€yaŠa2 canta, mui docemente, a plenos pulmões.

suma‰gala n…r€jana kare bhakta-gaŠa, duramati d™ra haite dekhe trivikrama (8)
À distância, o tolo Trivikrama observa os devotos realizando este €rati de imensa
auspiciosidade.
Ma‰gala šrati
®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… Mah€r€ja

ma‰gala r… guru-gaura ma‰gala m™rati, ma‰gala r… r€dh€-kŠa-yugala-p…riti (1)

1
O nome de ®r…la V€mana Mah€r€ja antes de aceitar sanny€sa.
2
O nome de ®r…la N€r€yaŠa Mah€r€ja antes de aceitar sanny€sa.

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Glórias às auspiciosas formas de ®r… Guru e Gaura e todas as glórias aos auspiciosos
passatempos amorosos de ®r… R€dh€-KŠa.

ma‰gala ni€nta-l…l€ ma‰gala udaye, ma‰gala €rati j€ge bhakata-hdoye (2)

Todas as glórias à auspiciosa nianta-l…l€, que anuncia o fim da noite e Seu alegre
despertar, trazendo esperança a todos! Glórias ao ma‰gala-€rati que desperta uma sph™rti
(visão) desta nianta-l…l€ dentro dos corações dos devotos!

tom€ra nidr€ya j…va nidrita dhar€ya, tava j€garaŠe viva j€garita hoya (3)

Enquanto Vocês repousam, as j…vas dormem profundamente em sua ignorância, mas,


quando Vocês despertam, o mundo inteiro acorda! (significando que se Vocês Se manifestam
em seus corações, então todo tattva e siddh€nta lhes serão revelados).

ubha d˜i kara ebe (prabhu) jagatera prati, j€guka hdoye mora suma‰gal€ rati (4)

(Prabhu!) Derrama Seu olhar bondoso sobre o mundo agora. Desperta no meu
coração este mais auspicioso rati.

may™ra uk€di s€ri kata pikar€ja, ma‰gala j€gara-hetu koriche vir€ja (5)

Os pavões, papagaios, uka, s€ri, e cucos (por ordem de Vnd€-dev…) estão cantando
os motivos para Seu auspicioso despertar.

sumadhura dhvani kare jata €kh…-gaŠa, ma‰gala ravaŠe b€je madhura k™jana (6)

Pousados nos galhos das árvores, todos os pássaros cantam suas melodias matinais,
supremamente doces, que ressoam pela floresta afora. Essas doces canções, suaves e
auspiciosas, vêm e agraciam a todos!

kusumita sarovare komala-hillola, ma‰gala saurabha vahe pavana kallola (7)

No lago, repleto com muitas variedades de flores, os lótus oscilam no centro. As


brisas espalham seus agradáveis aromas em todas as direções, trazendo puro deleite e júbilo
a todos.

jh€jhara k€sara ghaŠ˜€ a‰kha karat€la, ma‰gala mda‰ga b€je parama ras€la (8)

Grandes címbalos, gongos, sinos, conchas, karat€las e mda‰gas anunciam


favoravelmente a r€sa suprema.

ma‰gala €rati kore bhakatera gaŠa


abh€g€ keava (r… keavera d€sa) kahe n€ma-sa‰k…rtana (9)
Realizando ma‰gala €rati na companhia dos devotos, o desafortunado Keava (servo
de ®r… Keava) canta n€ma-sa‰k…rtana.

®r…la Prabhup€da šrati


®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… Mah€r€ja

jaya jaya prabhup€dera €rati neh€ri, yoga-m€y€pura-nitya-sev€-d€nak€r… (1)

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Todas as glórias, todas as glórias à cerimônia de €rati de ®r…la Bhaktisiddh€nta
Sarasvat… Prabhup€da, que concede serviço eterno ao Yoga-p…˜ha em M€y€pur àqueles que
dela participam.

sarvatra prac€ra-dh™pa saurabha manohara, baddha-mukta alikula mugdha car€cara (2)

A fragrância encantadora do incenso se espalha por todos os lados, assim como sua
pregação que surpreende a todos os devotos liberados e condicionados, bem como a todas as
j…vas, tanto móveis quanto imóveis.

bhakati-siddh€nta-d…pa jv€liy€ jagate, pañca-r€sa-sev€-ikh€ prad…pta t€h€te (3)

Ele iluminou o mundo inteiro com o archote das conclusões perfeitas de uddha-
bhakti. Esta tocha é composta de cinco chamas brilhantemente reluzentes que representam o
serviço nas cinco r€sas primárias.

pañca mah€d…pa yath€ pañca mah€jyotiƒ, triloka-timira n€e avidy€ durmati (4)

Estas cinco luzes radiantes destroem a escuridão da ignorância e da inteligência


tortuosa pelos três mundos afora.

bhakativinoda-dh€r€ jala-a‰kha-dh€ra, niravadhi vahe t€h€ rodha n€hi €ra (5)

A água na concha de €rati é a concepção de ®r…la Bhaktivinoda µh€kura que flui


continuamente e não pode ser detida por ninguém.

sarva-v€dya-may… ghaŠ˜€ b€je sarva-k€la, bhat-mda‰ga-v€dya parama ras€la (6)

KŠa-k…rtana, que é acompanhado por karat€las, sinos e outros instrumentos, ressoa


o tempo todo em todas as direções, mas na realidade, é a prensa tipográfica, conhecida como
bhat-mda‰ga, que distribui a r€sa suprema.

vi€la-lal€˜e obhe tilaka ujjvala, gala-dee tulas…-m€l€ kare jhalamala (7)

Tilaka resplandecente adorna sua ampla fronte e, em volta de seu pescoço, um colar
de contas de Tulas… reluz.

€j€nu-lambita-b€hu d…rgha kalevara, tapta k€ñcana-varaŠa parama sundara (8)

Com seus braços longos que se estendem até os joelhos, sua figura altaneira e sua tez,
como ouro derretido, ele é supremamente belo.

lalita-l€vaŠya mukhe sneha-bhar€ h€si, a‰ga-k€nti obhe jaiche nitya p™rŠa-a… (9)

Seu rosto, maravilhoso e encantador, exibe um sorriso cheio de afeição e a beleza de


sua tez é como a de uma lua perpetuamente cheia.

yati-dharme paridh€ne aruŠa-vasana, mukta kaila megh€vta gau…ya-gagana (10)

Vestido com tecido na cor do alvorecer, que significa os princípios religiosos de


sanny€sa, ele nulificou as concepções errôneas que eram como nuvens, cobrindo o céu
claro da Gau…ya e estabeleceu a doutrina de bhakti pura.

bhakati-kusume kata kuñja viracita, saundarye saurabhe t€ra viva €modita (11)

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Seus vários templos são como exuberantes kuñjas repletos de aromáticas flores de
bhakti (os seus bhaktas). Através da pregação eles espalham a beleza e a fragrância desses
kuñjas pelo universo inteiro para o deleite de todos.

sev€dare narahari c€mara hul€ya, keava ati €nande nir€jana g€ya (12)

Enquanto Narahari Prabhu, o servo ideal, abana ®r…la Prabhup€da com uma c€mara,
com grande deleite, Keava d€sa canta esta canção de €rati.

®r… Gaura šrati


®r…la Bhaktivinoda µh€kura
(letras em itálico claro são complementos de outros VaiŠavas)

jaya jaya gor€c€‰dera €ratiko obh€, j€hnav…-ta˜a-vane jaga-mano-lobh€


jaga-janera mano lobh€
gaur€‰gera €rati obh€, jaga-janera mano lobh€
j€hnav…-ta˜a-vane, jaga-janera mano lobh€ (1)

Todas as glórias, todas as glórias ao belo €rati de ®r… Gaur€‰ga realizado na floresta às
margens do J€hnav… (Ga‰g€), atraindo as mentes e corações de todos.

dakhiŠe nit€i-c€nda b€me gad€dhara, nikate advaita r…niv€sa chatra-dhara


r…niv€sa chatra-dhare
gaur€‰gera €rati-k€le, r…niv€sa chatra-dhore (2)

À direita de Gaur€‰ga, fica Nity€nanda Prabhu que é como a lua (nit€i-c€nda); a


esquerda, está Gad€dhara PaŠita e, ao lado, ficam Advaita Prabhu e ®r…v€sa PaŠita que
segura a sombrinha.

basiy€che gor€c€da ratna-siˆh€sane


ratna-siˆh€sana alo kori he
€rati karena brahm€-€di deva-gaŠe
deva-gaŠe €rati kore
gaura-nity€nandera €rati-k€le, deva-gaŠe €rati kore
brahm€-€di deva-gaŠe, gaur€‰gera €rati kare (3)

®r… Gaur€‰ga está sentado num trono cravejado de jóias. Brahm€ está fazendo o €rati
junto com outros semideuses.

narahari-€di kari’ c€mara hul€ya, sañjaya-mukunda-v€su-ghoa-€di g€ya


v€su-ghoe g€na kore
‘jaya nit€i’ ‘jaya gaura’ bole, v€su-ghoe g€na kore
€mi gaura-kp€ p€bo bole, v€su-ghoe g€na kore
€m€ya day€ koro bole, v€su-ghoe g€na kore(4)

Narahari Sarak€ra µh€kura e outros abanam com c€maras enquanto muitos outros,
como Sañjaya PaŠita, Mukunda Da˜˜a e V€sudeva Ghoa, cantam canções.

a‰kha b€je, ghaŠ˜€ b€je, b€je karat€la, madhura mda‰ga b€je parama ras€la
madhur madhur, madhur b€je
gaura-nity€nandera €rati-k€le, madhur madhur madhur b€je
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a‰kha-ghaŠ˜€ khol-karat€la, madhura madhu madhu b€je (5)

Os sons da concha, sino e karat€las se misturam com o doce som das mda‰gas,
produzindo a mais apreciável ambrosia para os ouvidos.

bahu-ko˜i candra jini’ vadana ujjvala, gala-dee vana-m€l€ kare jhalamala


m€l€, jhalamala jhalamala jhalamala kore
gaura-gole vana-phullera m€l€, jhalamala jhalamala jhalamala kore
m€l€, n€ dul€le €pani dole
gad€dhararera g€th€ m€l€, n€ dul€le €pani dole
gaura-gole vana-phullera m€l€, n€ dul€le €pani dole (6)

A face reluzente de ®r… Gaur€‰ga supera o brilho de muitos milhares de luas e a


guirlanda de flores silvestres reluz, esplendorosamente, em volta de Seu pescoço.

iva-uka-n€rada preme gada-gada, bhakativinoda dekhe gor€ra sampada


gor€ra sampada sei ta’ dekhe
se ye gaura boli €ra j€ne nare, gor€ra sampada sei ta’ dekhe
ye jana gaura-pade pr€Ša apeche, gor€ra sampada sei ta’ dekhe
‘ohe gaura’ boli j€ne nare, gor€ra sampada sei ta’ dekhe (7)

®iva, ®ukadeva Gosv€m… e N€rada Muni embargaram-se devido ao prema.


Bhaktivinoda µh€kura admira as glórias de ®r… Gaur€‰ga.

®r… Yugala šrati


®r…la Bhaktivinoda µh€kura
(letras em itálico claro são complementos de outros VaiŠavas)

jaya jaya r€dh€-kŠa yugala-milana, €rati koroye lalit€di sakh…-gaŠa (1)

Todas as glórias, todas as glórias ao local dos encontros amorosos de ®r… R€dh€-
KŠaYugala! Todas as sakh…s, lideradas por Lalit€ e seu grupo, realizam arat… para o prazer
Deles.

madana-mohana-r™pa tri-bha‰ga-sundara, p…t€mbara ikhi-puccha-cu€ manohara (2)

Em Sua bela forma madana-mohana, que se curva em três pontos, Ele é atraente até
mesmo para o Cupido. Com Seu dhoti de seda amarela e coroa decorada com penas de
pavão, cativa as mentes de todos.

lalita-m€dhava-b€me vabh€nu-kany€, n…la-vasan€ gaur… r™pe guŠe dhany€ (3)

À esquerda do amoroso e encantador ®r… M€dhava, está a bela filha do Rei Vabh€nu,
®r…mat… R€dhik€, vestida com um s€r… da cor do lótus azul. Sua tez é da cor do ouro derretido
e Sua beleza e qualidades são inigualáveis.

n€n€-vidha ala‰k€ra kore jhalamala, hari-mano-vimohana vadana ujjvala (4)

Ela está adornada com ornamentos cintilantes e tremeluzentes (ala‰k€ras),


encantando a mente de Hari com Sua face radiante.

vi€kh€di sakh…-gaŠa n€n€ r€ge g€ya, priya-narma-sakh… jata c€mara hul€ya (5)
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c€mara hul€ya re
r€dh€-kŠera €rati-k€le, c€mara hul€ya re
‘jaya r€dhe, r… r€dhe’ bole, c€mara hul€ya re
lalit€-vi€kh€-€di, c€mara hul€ya re

Vi€kh€ lidera todas as sakh…s no canto das r€gas (canções melodiosas de acordo com
a hora apropriada do dia), enquanto todas as outras priya-narma-sakh…s aliviam ®r… R€dh€ e
KŠa com abanos (c€maras).

r… r€dh€-m€dhava-pada-sarasija-€e, bhakativinoda sakh…-pade sukhe bh€se (6)

Aos pés das donzelas de Vraja-dh€ma encontra-se um oceano de alegria. Nele


Bhaktivinoda µh€kura nada, esperando alcançar os pés de lótus de ®r… R€dhik€ e M€dhava.

®r… Tulas… K…rtana


namo namaƒ tulas… kŠa-preyas…, (vraje) r€dh€-kŠa-sev€ p€bo ei abhil€… (1)

Ó Tulas…, amada de KŠa, ofereço praŠ€ma repetidamente a você. Meu desejo


acalentado é conseguir o sev€ de ®r… R€dh€-KŠa Yugala-kiora.
je tom€ra araŠa loya, t€ra v€ñch€ p™rŠa hoya, kp€ kori’ koro t€re vnd€vana-v€s… (2)

Qualquer pessoa que se abrigue em você tem todos os seus desejos realizados. Sendo
tão misericordiosa, você lhe concede residência em Vnd€vana.

mora ei abhil€a, vil€sa-kuñje dio v€sa, nayane heribo sad€ yugala-r™pa-r€i (3)

Desejo intensamente que, por favor, você me faça um residente dos bosques
prazerosos (vil€sa-kuñja) de ®r… Vnd€vana. Então, poderei contemplar os belos passatempos
de R€dh€-KŠa.

ei nivedana dhara, sakh…ra anugata koro, sev€-adhik€ra diy€ koro nija d€s… (4)

Apresento minha sincera oração para que me faça uma seguidora das sakh…s, dando-
me assim, o privilégio do sev€ de R€dh€-KŠa e fazendo de mim sua própria criada.

d…na kŠa-d€se koya, ei jena mora hoya, r…-r€dh€-govinda-preme sad€ jena bh€si (5)

Este caído KŠad€sa implora para sempre banhar-se no prema de ®r… R€dh€ e
Govinda.

Bhoga šrati
®r…la Bhaktivinoda µh€kura

bhaja bhakata-vatsala r… gaurahari


r… gaurahari so hi go˜ha-bih€r…, nanda-yaomat…-cittah€r… (1)

bel€ ho’lo, d€modara! €isa ekhano, bhoga-mandire bosi’ koroha bhojana (2)

nandera nirdee baise giri-vara-dh€r…, baladeva-saha sakh€ boise s€ri s€ri (3)

ukt€-€k€di bh€ji n€lit€ kum€Ša, €li €ln€ dugdha-tumb… dadhi moc€-khaŠa (4)

mudga-va€ m€a-va€ ro˜ik€ ght€nna, akul… pi˜aka k…ra puli p€yas€nna (5)

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karp™ra amta-keli rambh€ k…ra-s€ra, amta ras€l€, amla dv€daa prak€ra (6)

luci cini sarapur… l€u ras€val…, bhojana korena kŠa ho’ye kut™hal… (7)

r€dhik€ra pakka anna vividha vyañjana, parama €nande kŠa korena bhojana (8)

chale-bale l€u kh€ya r… madhuma‰gala, bagala b€j€ya €ra deya hari-bolo (9)

r€dhik€di gaŠe heri’ nayanera koŠe, tpta ho’ye kh€ya kŠa yaod€-bhavane (10)

bhojan€nte piye kŠa sub€sita b€ri, sabe mukha prak€loya ho’ye s€ri s€ri (11)

[Interrompa aqui para oferecer a Gurudeva e Vrajav€s…s]


hasta-mukha prak€liy€ jata sakh€-gaŠe, €nande vir€ma kore baladeva sane (12)

j€mb™la ras€la €ne t€mb™la-mas€l€, t€h€ kheye kŠacandra sukhe nidr€ gel€ (13)

vi€l€ka ikhi-puccha-c€mara hul€ya, ap™rva ayy€ya kŠa sukhe nidr€ j€ya (14)

yaomat…-€jñ€ pe’ye dhani˜h€-€n…ta, r…-kŠa-pras€da r€dh€ bhuñje ha’ye pr…ta (15)

lalit€di sakh…-gaŠa avaea p€ya, mane mane sukhe r€dh€-kŠa-guŠa g€ya (16)

hari-l…l€ eka-m€tra j€h€ra pramoda, bhog€rati g€ya ˜h€kura bhakativinoda (17)

Apenas adore ®r… Gaurahari que é sempre afetuoso com Seus devotos. Ele não é
outro, senão o próprio KŠa, que vagava com as vacas de floresta em floresta, e que roubou
os corações de Nanda e Yaod€. (1)
Yaod€-maiy€ chama: “Ó D€modara, é muito tarde. Por favor, venha agora mesmo.
Sente-se para tomar Sua refeição no pavilhão de refeições (bhoga-mandira). (2)
Por ordem de Nanda B€b€, KŠa, aquele que ergueu a Colina de Govardhana, senta-
Se. Então, todos o sakh€s junto com Baladeva sentam-se em filas para tomar seu almoço. (3)
Servem-lhes um banquete de ukt€ e vários tipos de verduras folhosas verdes, depois,
várias agradáveis iguarias fritas e uma salada de folhas de juta. Também, servem-lhes abóbora,
cestas de frutas, abobrinha cozida em leite com açúcar ( luk-lauki), iogurte espesso e sabj… de
flor-de-bananeira. (4)
Depois, eles ganham bolinhos achatados de mung e urad dahl, cap€t…s e arroz com
ghee. Logo, doces feitos com leite, açúcar e gergelim; panquecas de farinha de arroz, leite
condensado, pães doces e arroz doce. (5)
Amta-keli aromatizada com cânfora que é tão saborosa e mais que doce. Arroz doce
cozido com bananas e amta ras€l€. Ainda, doze tipos de preparações acres feitas com
tamarindos, tomates, limas, limões, laranjas e romãs. (6)
Pur…s com açúcar, pur…s recheados com creme, l€us e bolinhos de dahl fervidos em
calda açucarada. KŠa, alegremente, come todas as preparações. (7)
Em suprema bem-aventurança, KŠa come o arroz, vários vegetais com curry e
doces cozidos por ®r…mat… R€dh€r€Š…. (8)
O divertido amigo br€hmaŠa de KŠa, Madhuma‰gala, que gosta muito de l€us,
os consegue de qualquer maneira. Enquanto ele come um l€u, faz um som engraçado
batendo sua mão sob sua axila e clama: “Dêem-me mais! Haribol!” (9)
Vendo ®r…mat… R€dh€r€Š… e Suas sakh…s pelo canto de Seus olhos, KŠa toma Seu
almoço na casa de Yaod€-maiy€ com grande satisfação. (10)
Depois do almoço, KŠa bebe água aromatizada com rosas. Então, todos os sakh€s
de pé, em filas, lavam suas bocas. (11)
[Interrompa aqui para oferecer a Gurudeva e Vrajav€s…s]

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Após lavar mãos e boca, todos o sakh€s descansam, em grande bem-aventurança,
com Baladeva. (12)
Então, os sakh€s J€mbula e Ras€la trazem para KŠa nozes de bétel condimentadas.
Após mastigá-las, KŠacandra vai dormir feliz. (13)
Enquanto KŠa dorme contente na Sua bela cama, Seu criado Vi€l€ka O refresca,
às vezes, com um abano de pena de pavão e, às vezes, com uma c€mara. (14)
A pedido de Yaod€-maiy€, Dhani˜ha traz os restos de comida deixados no prato de
KŠa para ®r…mat… R€dhik€ que os toma com grande deleite. (15)
Recebendo as sobras Dela, Lalit€-dev… e todas as outras sakh…s, não cabendo em si de
tão profundo contentamento, cantam as glórias de R€dhik€ e KŠa. (16)
µh€kura Bhaktivinoda, que só encontra alegria nos passatempos de Hari, canta esta
canção de Bhoga-€rati! (17)

®r… Tulas… Parikram€ e šrati


®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m…

namo namaƒ tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ)


r€dh€-kŠa-nitya-sev€ – ei abhil€… (1)

Ó ®r…mat… Tulas…-dev…! Desejando entrar no serviço eterno de ®r… R€dh€ e KŠa,


ofereço repetidamente praŠ€ma a você que é tão querida por ®r… KŠa.

je tom€ra araŠa loya, sei kŠa-sev€ p€ya, kp€ kori koro t€re vnd€vana-v€s…
tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (2)

Quem toma seu abrigo obtém o serviço a ®r… KŠa. Sendo misericordiosa, você o faz
um residente de Vnd€vana.

tom€ra caraŠe dhari, more anugata kari’, gaurahari-sev€-magna r€kha div€-nii


tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (3)

Permita-me segurar seus pés de lótus. Que você faça de mim seu seguidor íntimo e,
dia e noite, mantenha-me imerso no serviço a ®r… Gaurahari.

d…nera ei abhil€a, m€y€pure dio v€sa, a‰gete m€khibo sad€ dh€ma dh™li r€i
tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (4)

Sou caído, porém, desejo que você me torne um residente de M€y€pura, onde
sempre esfregarei a poeira do dh€ma em meu corpo.

tom€ra €rati l€gi’, dh™pa, d…pa, pupa m€‰gi, mahim€ b€kh€ni ebe hao more khu…
tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (5)

Realizando seu €rati com incenso, lamparina de ghee e flores, receberei grande
felicidade por descrever suas glórias.

jagatera jata phula, kabhu nahe samatula, sarva-tyaji kŠa tava patra mañjar… vil€s…
tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (6)

De todas as flores dentro do universo, nenhuma se equipara a você, pois, ®r… KŠa,
colocando de lado todas elas, realiza passatempos apenas com as suas folhas e mañjar…s.

ogo vnde mah€r€Š…! kŠa-bhakti prad€yin…! tom€ra p€dapa-tale, deva-i kut™hale,


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sarva-t…rtha loye t€r€ hana adhiv€s…, tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (7)

Ó Vnde Mah€r€n…! Doadora de kŠa-bhakti! Todos os semideuses, sábios e locais


sagrados residem jubilosamente a seus pés.

r… keava ati d…na, s€dhana-bhajana-h…na, tom€ra €raye sad€ n€m€nande bh€si
tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) (8)

Desprovido de s€dhana-bhajana, ®r… Keava refugia-se em você e realiza ininterrupto


n€m€nanda.

Canções em Sânscrito
®r… Keav€c€ry€˜akam
®r…mad Bhaktived€nta Trivikrama Mah€r€ja

nama oˆ viŠu-p€d€ya €c€rya-siˆha-r™piŠe


r…-r…mad-bhakti-prajñ€na-keava iti n€mine (1)

Ofereço daŠavat-praŠ€ma ao €c€rya semelhante a um leão: oˆ viŠup€da ®r… ®r…mad


Bhakti Prajñ€na Keava Mah€r€ja...

r… sarasvaty abh…psitaˆsarvath€ su˜hu-p€line


r… sarasvaty abhinn€ya patitoddh€ra-k€riŠe (2)

...que, de diferentes maneiras, realiza habilmente o desejo sincero de ®r…la Sarasvat…


Prabhup€da e, em sua missão para salvação dos caídos, na realidade, não é diferente de ®r…la
Prabhup€da...

vajr€d api ka˜hor€ya c€pasiddh€nta-n€ine


satyasy€rthe nirbh…k€ya kusa‰ga-parih€riŠe (3)

... é tão duro e severo como um raio ao erradicar conclusões filosóficas


desautorizadas, destemido ao estabelecer a verdade e remover a associação perniciosa...

atimartya-caritr€ya sv€-rit€n€ˆca p€line


j…va-duƒkhe sad€rt€ya r…-n€ma-prema-d€yine (4)

...é uma personalidade profundamente transcendental; nutre com grande afeição


aqueles que nele se abrigaram; sempre se entristece ao ver o sofrimento das almas que são
inimigas de KŠa e outorga amor pelo santo nome...

viŠu-p€da-prak€€ya kŠa-k€maika-c€riŠe
gaura-cint€-nimagn€ya r… guruˆ hdi dh€riŠe (5)

... é uma manifestação direta dos pés de lótus de ®r… ViŠu, cujo único compromisso é
realizar os desejos de ®r… KŠa e está absorto na meditação em ®r… Caitanya Mah€prabhu,
sempre mantendo seu próprio ®r… Guru em seu coração...

vivaˆ viŠumayam iti snigdha-darana-€line


namas te gurudev€ya kŠa-vaibhava-r™piŠe (6)

...por sua visão amorosa, vê a presença de ViŠu em toda parte. Ofereço praŠ€ma a

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®r… Gurudeva, a personificação da eminência de KŠa ...

r… r… gau…ya-ved€nta-samiteƒ sth€pak€ya ca


r… r… m€y€pura-dh€mnaƒ sev€-samddhi-k€riŠe (7)

...que estabeleceu a ®r… Gau…ya Ved€nta Samiti e incrementou o serviço a ®r…


M€y€pura-dh€ma.
navadv…pa-parikram€ yenaiva rakit€ sad€
d…naˆ prati day€lave tasmai r…-gurave namaƒ (8)

Ofereço praŠ€ma a ®r…la Gurudeva, o protetor eterno do parikram€ de ®r… Navadv…pa-


dh€ma que é sempre misericordioso com as pessoas caídas.

dehi me tava aktis tu d…neneyaˆ suy€cit€


tava p€da-sarojebhyo matir astu pradh€vit€ (9)

Ó Gurudeva! Por favor, conceda sua misericórdia a esta pessoa desamparada, que
mantem, com todo respeito, o desejo de permanecer eternamente imerso na meditação a
seus pés de lótus.

®r… Prabhup€da-P€dma-Stavaƒ
– Oração aos Pés de Lótus de ®r…la Bhaktisiddh€nta Sarasvat… Prabhup€da –
®r…la Bhakti Rakaka ®r…dhara Gosv€m… Mah€r€ja

sujan€rbuda-r€dhita-p€da-yugaˆ, yuga-dharma-dhurandhara-p€tra-varam
varad€bhaya-d€yaka-p™jya-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (1)

Ó ®r…la Prabhup€da, seus belos pés de lótus são adorados por milhões e milhões dos
mais puros e qualificados devotos; você é a personalidade mais competente para pregar o
processo reconhecido para esta era. Seus pés de lótus sagrados são adoráveis, pois concedem
destemor livremente e conferem a mais elevada benção a todas entidades vivas. Ofereço
eternamente meus respeitos àquela encantadora refulgência que resplandesce emanando das
radiantes pontas dos pés de lótus de ®r…la Bhaktisiddh€nta Sarasvat… µh€kura Prabhup€da.

bhajanorjita-sajjana-sa‰gha-patiˆ, patit€dhika-k€ruŠikaika-gatim
gati-vañcita-vañcak€cintya-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (2)

Você reluz como o monarca natural que lidera os devotos da mais alta classe devido
ao seu bhajana imensamente poderoso. É a exclusiva meta máxima dos verdadeiramente
caídos por causa do seu misericordioso abraço de longo alcance. Seus inconcebíveis pés de
lótus concedem pleno refúgio para os enganadores e os enganados.
ati-komala-k€ñcana-d…rgha-tanuˆ, tanu-nindita-hema-mn€la-madam
madan€rbuda-vandita-candra-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (3)

Sua divina figura é tão graciosa e delicada, sua pele tão macia e sua forma altaneira
tão radiante e dourada. Sua aparência, estonteantemente bela, zomba do orgulho das hastes
de lótus dourados, enquanto incontáveis Cupidos oferecem seus humildes respeitos a seus
dedos dos pés, que são como luminosas pétalas brancas da lua radiante.

nija-sevaka-t€raka-rañji-vidhuˆ, vidhut€hita-hu‰kta-siˆha-varam
varaŠ€gata-b€lia-anda-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (4)

Como encantadora lua que apraz a suas estrelas orbitantes, você está rodeado por
seus discípulos íntimos e satisfazendo os desejos de seus corações. Seu rugido, como o de
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um leão, faz com que os invejosos tremam e rapidamente fujam, enquanto seus delicados
dedos dos pés graciosamente concedem o beneficio máximo para os inocentes.

vipul…-kta-vaibhava-gaura-bhuvaˆ, bhuvaneu vik…rtita-gaura-dayam


dayan…ya-gaŠ€rpita-gaura-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (5)

Você propagou amplamente as glórias da morada sagrada de ®r… Gaur€‰ga, ®r…


M€y€pura-dh€ma, e declarou abertamente a natureza da misericórdia de ®r… Caitanya
Mah€prabhu pelo universo afora. Sua graciosa personalidade plantou o lótus dos sagrados
pés de Gaur€‰ga nos corações de seus fiéis seguidores.

cira-gaura-jan€raya-viva-guruˆ, guru-gaura-kioraka-d€sya-param
param€dta-bhaktivinoda-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (6)

Como o santo mestre universal, é o refúgio eterno para os devotos de ®r… Caitanya
Mah€prabhu. Você está sempre dedicado a servir seu santo mestre, ®r…la Gaura Kiora, e é a
morada de máxima honra para ®r…la Bhaktivinoda µh€kura.

raghu-r™pa-san€tana-k…rti-dharaˆ, dharaŠ…-tala-k…rtita-j…va-kavim
kavir€ja-narottama-sakhya-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (7)

A intensa magnitude da sua devoção lhe concede uma posição gloriosa dentro do
grupo íntimo de Raghun€tha d€sa, San€tana e R™pa Gosv€m…s. Seus felizes e elevados
conceitos filosóficos coroaram e assentaram-no junto à personalidade estimada de ®r…la J…va
Gosv€m…. Você compartilha relações amistosas com KŠad€sa Kavir€ja e Narottama d€sa,
sendo tão querido por eles quanto suas próprias vidas.

kpay€ hari-k…rtana-m™rti-dharaˆ, dharaŠ…-bhara-h€raka-gaura-janam


janak€dhika-vatsala-snigdha-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (8)

Você serve às entidades vivas por revelar misericordiosamente sua personalidade


divina como a personificação de hari-k…rtana e, por fazer isto, elimina as ofensas que
sobrecarregam a terra. Sua disposição amável é mais afetuosa até que a de um pai para com
os seguidores de Gaur€‰ga Mah€prabhu.

araŠ€gata-ki‰kara-kalpa-taruˆ, taru-dhik-kta-dh…ra-vad€nya-varam
varadendra-gaŠ€rcita-divya-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (9)

Assim como uma árvore-dos-desejos transcendental (árvore-filosofal), você realiza


todos os desejos do servo imaculado do Senhor. Sua natureza, paciente e firme, sobrepuja a
disposição tolerante de uma árvore, sem falar na sua benevolência. A pureza de seus divinos
pés de lótus atrai a adoração dos grandes semideuses como Durga-dev… e Indra.

parahaˆsa-varaˆ param€rtha-patiˆ, patitoddharaŠe kta-vea-yatim


yati-r€ja-gaŠaiƒ parisevya-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (10)

Sendo o guardião do depósito da mais elevada riqueza da vida, o puro kŠa–prema,


você supera todos os outros devotos mah€-bhagavata! Simplesmente para resgatar as almas
caídas, você aceitou as vestes de um renunciante. Por conseguinte, seus divinos pés de lótus
são adoráveis em todos os sentidos para os maiores baluartes sanny€sis.

vabh€nu-sut€-dayit€nucaraˆ, caraŠ€rita-reŠu-dharas tam aham


mahad-adbhuta-p€vana-akti-padaˆ, praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (11)

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Uma vez que você é um servidor exclusivo de Vab€nu-nandin…, ®r…mat… R€dhik€,
minha ousada aspiração é tomar pleno refúgio, como uma diminuta partícula atômica,
daquela cintilante poeira que se agarra aos seus lindos pés de lótus. Sua akti maravilhosa
pode libertar o mundo inteiro. Ofereço eternamente meus respeitos a essa refulgência
encantadora que resplandesce emanando das pontas dos pés radiantes de ®r…la
Bhaktisidd€nta Sarasvat… µh€kura Prabhup€da!
· (Nota: ®r…la Bhaktisidd€nta Sarasvat… ficou tão satisfeito com esta oferenda que ordenou que fosse
cantada diariamente em todos os seus ma˜has. Este poema exibe um notável esquema de rima, a
penúltima sílaba da linha inicial sempre principia a linha seguinte. Também revela uma profunda
compreensão (siddh€nta) da missão de ®r…la Bhaktisiddh€nta.

Vande Vivambhara
®r… R€dha-Mohana d€sa

vande vivambhara-pada-kamalam, khaŠita-kaliyuga-jana-mala-samalam (1)

Ofereço orações aos pés de lótus de Vivambhara, que elimina a consciência


defeituosa daqueles que são influenciados por Kali-yuga.

saurabha-karita nija-jana-madhupam, karuŠ€ khaŠita-viraha-vit€pam (2)

Com a fragância de Sua supremamente doce filosofia, nome, qualidades, etc...,


Mah€prabhu atrai Seus seguidores que parecem abelhas melíferas. Por Sua misericórdia sem
causa, Ele remove a angústia da separação de Seus queridos associados (como Advaita
šc€rya).

n€ita-hd-gata-m€y€-timiram, vara-nija-k€nty€ jagat€m aciram (3)

Por muito tempo, os corações das j…vas, neste mundo, têm sido afligidos pela ignorância
devido a m€y€, que Ele instantaneamente destrói com Sua brilhante refulgência.
satata-vir€jita-nirupama-obham, r€dh€-mohana kalpita vilobham (4)

Fortemente atraído por Mah€prabhu, cujo incomparável esplendor está sempre se


irradiando, R€dh€-Moh€na espalha Suas glórias a todos.

®r… Gaura-G…ti
®r… R€dh€-mohana d€sa

sakhe, kalaya gauram ud€ram


nindita-h€˜aka-k€nti-kalevara-garvita-m€raka-m€ram (1)

He Sakhe! Cante os doces nomes, beleza, atributos e atividades de ®r… ®ac…nandana


Gaurahari, que realiza passatempos supremamente munificentes, cuja tez supera o brilho do
ouro derretido e sua beleza derrota a de milhões de Cupidos...

madhukara-rañjita-m€lati-maŠita-jita-ghana-kuñcita-keam
tilaka-vinindita-aadhara-r™paka-bhuvana-manohara-veam (2)

...que está encantadoramente adornado com uma guirlanda de belas flores m€lat…
fragrantes, por sua vez, embelezada pelo doce zumbido de abelhas negras; cujo esplendor
dos cachos de cabelo, negro e ondulado, derrota o brilho das nuvens escuras. Sua tilaka é
mais brilhante que a lua e Suas vestes maravilhosas encantam a mente de todos no universo
inteiro...
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madhu-madhura-smita-lobhita-tanu-bhtam anupama-bh€va-vil€sam
nidhuvana n€gar… mohita-m€nasa-vikathita-gadgada-bh€am (3)

...cujo doce e suave sorriso, juntamente com insuperáveis sentimentos de amor puro,
encantam todos os seres corporificados. Seu coração está profundamente imerso no
unnatojjvala-prema de ®r…mat… R€dhik€, que exalta amorosamente ®r… KŠa numa voz
embargada.
param€kiñcana-kiñcana-nara-gaŠa-karuŠ€-vitaraŠa-…lam
kobhita-durmati-r€dh€-mohana-n€maka-nirupama-l…lam (4)

Ansiando saborear os passatempos sem paralelo do tão munificente ®r…


Gaurasundara, que distribui misericórdia na forma de n€ma-prema para as almas niskiñcana
(cuja única posse é o amor por KŠa) supremamente afortunadas, o caído e tolo R€dh€-
mohana canta num humor de grande aflição.

®r… ±a-Gosv€mya˜akam
®r…la ®r…niv€sa šc€rya

kŠotk…rtana-g€na-nartana-parau prem€mt€mbho-nidh…
dh…r€dh…ra-jana-priyau priya-karau nirmatsarau p™jitau
r…-caitanya-kp€-bharau bhuvi bhuvo bh€r€vahant€rakau
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (1)

Adoro os Seis Gosv€m…s, ®r… R™pa, San€tana, Raghun€tha Bha˜˜a, Raghun€tha d€sa, ®r…
J…va e Gop€la Bha˜˜a, que sempre se ocupavam no canto do nome, beleza, qualidades e
passatempos de KŠa, dançando no humor da doçura de Suas l…l€s. Os Gosv€m…s são a
própria personificação do oceano do néctar do amor divino ( prem€mta-samudra-svar™pa).
Eles são igualmente aceitos e respeitados, tanto pelos eruditos quanto pelos ignorantes e suas
atividades fazem-nos queridos porque são livres da inveja. ®r… Caitanya Mah€prabhu
abençoou-os plenamente com Sua misericórdia. Assim, eles são capazes de propagar o doce
néctar de bhakti, diminuindo o peso da vida pecaminosa na terra.

n€n€-€stra-vic€raŠaika-nipuŠau sad-dharma-saˆsth€pakau
lok€n€ˆ hita-k€riŠau tri-bhuvane m€nyau araŠy€karau
r€dh€-kŠa-pad€ravinda-bhajan€nandena matt€likau
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (2)

Ofereço preces aos Seis Gosv€m…s que são peritos em extrair a essência de todas as
escrituras reveladas, com o objetivo de estabelecer a j…va na sua posição eterna de devoção
pura (uddha-bhakti-r™pa-parama-dharma). Suas atividades trazem auspiciosidade e supremo
beneficio a todos. Assim, são dignos de adoração nos três mundos. Eles são especialmente
afetuosos com aqueles que se refugiam neles e estão tão absortos no serviço a ®r… R€dh€-
Govinda, que tornaram-se enlouquecidos como abelhas embriagadas pelo mel dos pés de
lótus do Casal Divino.

r…-gaur€‰ga-guŠ€nuvarŠana-vidhau raddh€-samddhy-anvitau
p€pott€pa-nikntanau tanu-bht€ˆ govinda-g€n€mtaiƒ
€nand€mbudhi-vardhanaika-nipuŠau kaivalya-nist€rakau
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (3)

Ofereço praŠ€ma aos Seis Gosv€m…s, que possuem tão profunda fé e amor por ®r…
Gaur€‰ga. Eles sempre glorificam as qualidades de Mah€prabhu e Govinda em canções que
criam uma chuva refrescante para as j…vas condicionadas, que estão sendo consumidas pelas
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misérias e atividades pecaminosas. Assim, as j…vas purificadas podem adentrar no oceano
sempre crescente da bem-aventurança divina (€nand€mbudhi). Quando as j…vas vivenciam
essa bem-aventurança, o mundo inteiro torna-se auspicioso. Eles resgatam as j…vas da
liberação impessoal ao derramarem sobre elas o néctar de bhakti-r€sa.

tyaktv€ t™rŠam aea-maŠala-pati-reŠ…ˆ sad€ tuccha-vat


bh™tv€ d…na-gaŠeakau karuŠay€ kaup…na-kanth€ritau
gop…-bh€va-ras€mt€bdhi-lahar…-kallola-magnau muhur
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (4)

Adoro os Seis Gosv€m…s, que abandonaram, como sendo insignificante, a sua posição
na aristocracia e aceitaram os trajes de renúncia. Por extrema misericórdia pelas almas
condicionadas, eles humildemente usavam apenas kaupins e panos velhos rasgados para se
cobrir, demonstrando como um s€dhaka deve viver. Contudo, estavam sempre imersos no
oceano extático do amor das gop…s (gop…-bh€va-ras€mt€bdhi) por KŠa, experimentando
repetidamente as grandes ondas de €nanda que se erguiam em seus corações.

k™jat-kokila-haˆsa-s€rasa-gaŠ€k…rŠe may™r€kule
n€n€-ratna-nibaddha-m™la-vi˜apa-r…-yukta-vnd€vane
r€dh€-kŠam ahar-niaˆ prabhajatau j…v€rthadau yau mud€
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (5)

Ofereço preces aos Seis Gosv€m…s, que sempre se ocupavam na adoração de ®r…
R€dh€ e KŠa na terra transcendental de Vnd€vana, que está repleta de tantos cisnes, cucos,
papagaios, pavões e outros pássaros, sempre expressando suas doces canções. As mui
esplêndidas árvores estão repletas de frutos e flores e todas possuem jóias valiosas sob suas
raízes. Dia e noite, os Gosv€m…s faziam seu bhajana nessa Vnd€vana e concediam a todas as
j…vas a mais alta benção da vida na forma de bhakti.

sa‰khy€-p™rvaka-n€ma-g€na-natibhiƒ k€l€vas€n…-ktau
nidr€h€ra-vih€rak€di-vijitau c€tyanta-d…nau ca yau
r€dh€-kŠa-guŠa-smter madhurim€nandena sammohitau
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (6)

Adoro os Seis Gosv€m…s, que passavam todo seu tempo a cantar os santos nomes,
cantando canções e oferecendo daŠavat-praŠ€ma, cumprindo com humildade, seu voto de
completar um número fixo diariamente. Desta maneira, aproveitaram suas valiosas vidas e
superaram o sono e a fome. Vendo-se completamente sem valor, viviam encantados no
divino enlevo por lembrar das doces qualidades de ®r… R€dh€-KŠa.

r€dh€-kuŠa-ta˜e kalinda-tanay€-t…re ca vaˆ…va˜e


premonm€da-va€d aea-daay€ grastau pramattau sad€
g€yantau ca kad€ harer guŠa-varaˆ bh€v€bhibh™tau mud€
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (7)

Ofereço daŠavat praŠ€ma aos Seis Gosv€m…s, que tornaram-se enlouquecidos pelo
prema (premonm€da) no humor de separação. Às vezes, iam às margens do R€dh€-kuŠa ou
do Yamun€ e, às vezes, ao Vaˆ…-va˜a. Embriagados pelo kŠa-prema, eram tomados por
bh€va e cantavam jubilantemente sobre a mais sublime e brilhante m€dhurya-r€sa de ®r… Hari.

he r€dhe! vraja-devike! ca lalite! he nanda-s™no! kutaƒ


r…-govardhana-kalpa-p€dapa-tale k€lind…-vanye kutaƒ
ghoant€v iti sarvato vraja-pure khedair mah€-vihvalau
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau r…-j…va-gop€lakau (8)

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Estou realizando vandan€ para os Seis Gosv€m…s, que estavam sempre clamando: “He
R€dhe! Ó Rainha de Vnd€vana! Onde está Você? He Lalite! Ó filho de Nanda Mah€r€ja! Onde
está Você? Você está sentado embaixo das árvores kalpa-vka da Colina de ®r… Govardhana?
Ou está caminhando pelas florestas ao longo das macias margens do K€lind…?” Eles sempre
estavam se lamentando, subjugados e ardendo em sentimentos de grande separação
enquanto perambulavam por toda Vraja-maŠala.

®r… Nity€nand€˜akam
®r…la Vnd€vana d€sa µh€kura

arac-candra-bhr€ntiˆ sphurad-amala-k€ntiˆ gaja-gatiˆ


hari-premonmattaˆ dhta-parama-sattvaˆ smita-mukham
sad€ gh™rŠan netraˆ kara-kalita-vetraˆ kali-bhidaˆ
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (1)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, cujo rosto
reluzente zomba do brilho da lua cheia outonal, cuja tez pura reluz, cujo caminhar é como o de
um elefante embriagado, que está sempre louco de kŠa-prema. Ele é a personificação da pura
energia espiritual, Seu rosto ostenta um suave sorriso, Seus olhos estão sempre girando devido
a Sua absorção em kŠa-prema, Sua mão de lótus é embelezada por uma vara, que pela
realização de n€ma-sa‰k…rtana, perfura a influência de Kali-yuga.

ras€n€m €g€raˆ svajana-gaŠa-sarvasvam atulaˆ


tad…yaika-pr€Ša-pratima-vasudh€-j€hnav€-patim
sad€ premonm€daˆ paramaviditaˆ manda-manas€ˆ
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (2)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que é a


viga-mestre de todas as r€sas, que é tudo para Seus devotos, que está além de qualquer
comparação, que é o mestre tanto de Vasudh€ quanto de J€hnav€-dev… que O consideram mais
querido do que suas próprias vidas; que está sempre enlouquecido em kŠa-prema e só é
desconhecido para aqueles de inteligência escassa.

ac…-s™nu-pre˜haˆ nikhila-jagad-i˜aˆ sukhamayaˆ


kalau majjaj-j…voddharaŠa-karaŠodd€ma-karuŠam
harer-€khy€n€d v€ bhava-jaladhi-garvonnati haraˆ
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (3)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz de kŠa-bhakti, que é muito querido
por ®r… ®ac…-nandana, adorado pelo universo inteiro, a personificação da felicidade, cuja infinita
misericórdia é o meio de salvar as almas que estão se afogando na era de Kali e que, por
realizar r…-harin€ma-sa‰k…rtana, erradica o inchado falso orgulho do oceano de repetidos
nascimentos e mortes.

aye bhr€tar nŠ€ˆ kali-kaluiŠ€ˆ kiˆ nu bhavit€


tath€ pr€yacitaˆ racaya yad an€y€sata ime
vrajanti tv€m-itthaˆ saha bhagavat€ mantrayati yo
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (4)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que disse
a ®r… KŠa Caitanya: “Ei irmão Gaur€‰ga! Qual será o destino das almas pecaminosas da Kali-
yuga e como serão redimidas? Por favor, elabore um método para que elas possam facilmente
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alcançar Você”.

yathe˜aˆ re bhr€taƒ! kuru hari-hari-dhv€nam aniaˆ


tato vaƒ saˆs€r€mbudhi-taraŠa-d€yo mayi laget
idaˆ b€hu-spho˜air a˜ati ra˜ayan yaƒ pratighaˆ
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (5)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que


perambulando pela Bengala, se aproximava da porta de cada lar e, com os braços levantados
exclamava: “Ó irmãos! Sem inibição, todos vocês juntos, cantem continuamente r…-harin€ma.
Se assim fizerem, tomarei a responsabilidade de salvar vocês do oceano da existência material.”

bal€t saˆs€r€mbhonidhi-haraŠa-kumbhodbhavam aho


sat€ˆ reyaƒ-sindh™nnati-kumuda-bandhuˆ samuditam
khala-reŠ…-sph™rjat-timira-hara-s™rya-prabham ahaˆ
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (6)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que é o


Agastya Muni que engole, à força, o oceano de repetidos nascimentos e mortes, que é uma lua
cheia elevando-se, que causa o aumento do oceano de bem-estar das pessoas santas (suas
bh€vas) e que é como o sol, cujo brilho dissipa a escuridão da ignorância lançada por todas as
classes de vilões e pessoas incrédulas.

na˜antaˆ g€yantaˆ harim anuvadantaˆ pathi pathi


vrajantaˆ payantaˆ svam api na dayantaˆ jana-gaŠam
prakurvantaˆ santaˆ sakaruŠa-dgantaˆ prakalan€d
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (7)

Eternamente adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que


vagava por todos os caminhos da Bengala, dançando, cantando e clamando “Hari bol! Hari
bol!” e que, amorosamente, concedia misericordiosos olhares de soslaio aos que não tinham
compaixão nem por si mesmos.

suvibhr€Šaˆ bhr€tuƒ kara-sarasijaˆ komalataraˆ


mitho vaktr€lokocchalita-param€nanda-hdayam
bhramantaˆ m€dhuryair ahaha! madayantaˆ pura-jan€n
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi (8)

Eternamente, adoro ®r… Nity€nanda Prabhu, a raiz da árvore de kŠa-bhakti, que


segurou a mão supremamente suave de lótus de Seu irmão ®r… Gaur€‰ga Mah€prabhu, cujo
coração encheu-se com a mais alta bem-aventurança quando os dois irmãos Se contemplaram
no rosto e que vagavam aqui e acolá deleitando as pessoas da cidade com Sua doçura.

ras€n€m €dh€raˆ rasika-vara-sad-vaiŠava-dhanaˆ


ras€g€raˆ s€raˆ patita-tati-t€raˆ smaraŠataƒ
paraˆ nity€nand€˜akam idam ap™rvaˆ pa˜hati yas
tad-a‰ghri-dvandv€bjaˆ sphuratu nitar€ˆ tasya hdaye (9)

Que ®r… Nity€nanda Prabhu coloque Seus pés de lótus no coração daquele que
amorosamente recitar este supremamente potente Nity€nand€˜akam sem precedentes, que é o
reservatório de r€sa, o maior tesouro dos mais exaltados rasika VaiŠavas e o armazém da
essência de bhakti-r€sa. Ele concede liberação para uma alma caída que simplesmente lembre
das qualidades sublimes de Nity€nanda. (Este a˜aka é recitado em uma métrica poética
conhecida como ‘®ikhariŠ…’.)
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®r… Caitany€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

sadop€syaƒ r…m€n dhta-manuja-k€yaiƒ praŠayit€ˆ


vahadbhir g…rv€Šair giria-parame˜hi-prabhtibhiƒ
sva-bhaktebhyaƒ uddh€ˆ nija-bhajana-mudr€m upadian
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (1)

®r… Caitanya Mah€prabhu é perpetuamente adorável para os semideuses como ®iva e


Brahm€, que assumiram a forma humana (como Advaita šc€rya e Harid€sa µh€kura) e que
nutrem grande amor por Ele; Ele é supremamente radiante e instrui Seus devotos na prática do
bhajana puro. Quando será que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim outra vez?

sure€n€ˆ durgaˆ gatir atiayenopaniad€ˆ


mun…n€ˆ sarvasvaˆ praŠata-pa˜al…n€ˆ madhurim€
viniry€saƒ premŠo nikhila-pau-p€l€mbuja-d€ˆ
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (2)

®r… Caitanya Mah€prabhu é uma fortaleza que constitui a base do destemor para os
semideuses. Ele é a verdade máxima e o objetivo final conforme delineado pelos Upaniads; a
riqueza dos sábios em ambos os mundos e a personificação da doçura para Seus devotos, que
se aproximam Dele no humor de servidão. Ele é a essência daquele tipo de kŠa-prema
possuído pelas gop…s de Vraja. Quando será que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para
mim outra vez?

svar™paˆ vibhr€Šo jagad-atulam advaita-dayitaƒ


prapanna-r…v€so janita-param€nanda-garim€
harir d…noddh€r… gaja-pati-kpotseka-taralaƒ
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (3)

®r… Caitanya Mah€prabhu, com o néctar de Sua misericórdia, nutre perpetuamente Seus
associados eternos como Svar™pa D€modara e Anupama (pai de J…va Gosv€m…). Ele é muito
querido por Advaita šc€rya e a ®r…vasa PaŠita que a Ele se rendeu. Ele honrou Param€nanda
Pur… como Seu Guru; é conhecido como ‘Hari’ porque leva embora a ignorância da existência
material. Ele é o salvador dos caídos que estão oprimidos pelas misérias tríplices e está sempre
ansioso para derramar torrentes de Sua misericórdia em Gajapati Prat€parudra, o rei de Orissa.
Quando será que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim outra vez?

rasodd€m€ k€m€rbuda-madhura-dh€mojjvala-tanur
yat…n€m uttaˆsas taraŠi-kara-vidyoti-vasanaƒ
hiraŠy€n€ˆ lakm…-bharam abhibhavann €‰gika-ruc€
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (4)

®r… Caitanya Mah€prabhu está eternamente embriagado pela felicidade de saborear


madhura-r€sa. Sua forma cativante é mais esplendorosa que o doce brilho encantador de
milhões de K€madevas. Ele é a principal jóia na coroa dos sanny€s…s, Sua veste é da cor dos
raios do sol nascente e Sua tez, supera o esplendor do ouro derretido. Quando será que esse
®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim outra vez?

hare kŠety uccaiƒ sphurita-rasano n€ma-gaŠan€kta-


granthi-reŠ…-subhaga-ka˜i-s™trojjvala-karaƒ
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112
vi€l€ko d…rgh€rgala-yugala-khel€ñcita-bhujaƒ
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (5)

A língua de ®r… Caitanya Mah€prabhu está sempre dançando ao clamar em voz alta
“Hare KŠa!” (ou o mah€-mantra dança extaticamente no palco de Sua língua). Ele conta os
nomes que está clamando na excelsa tira de pano de kaupina que fica em volta de Sua cintura,
amarrada com nós para usar no cantar. Seus olhos são tão grandes que parecem chegar às Suas
orelhas e Seus longos braços se estendem até Seus joelhos. Quando será que esse ®r… Caitanya-
deva Se tornará visível para mim outra vez?

payor€es t…re sphurad-upavan€l…-kalanay€


muhur vnd€raŠya-smaraŠa-janita-prema-vivaaƒ
kvacit kŠ€vtti-pracala-rasano bhakti-r€sikaƒ
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (6)

®r… Caitanya Mah€prabhu, ao ver os estupendos jardins que margeiam as costas do


oceano em Jagann€tha Pur…, repetidamente fica subjugado pelo prema que surge pela
lembrança de Vnd€vana. Ele é o supremo r€sika de prema-bhakti e Sua língua canta os nomes
de KŠa a cada momento. Quando será que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim
outra vez?

rath€r™hasy€r€d adhipadavi n…l€cala-pater


adabhra-premormi-sphurita-na˜anoll€sa-vivaaƒ
sa-haraˆ g€yadbhiƒ parivta-tanur vaiŠava-janaiƒ
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (7)

®r… Caitanya Mah€prabhu, rodeado por devotos jubilantes, executando n€ma-sa‰k…


rtana e dominado por grande prema, dança diante do carro de Jagann€tha-deva. Quando será
que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim outra vez?

bhuvaˆ siñcann aru-srutibhir abhitaƒ s€ndra-pulakaiƒ


par…t€‰go n…pa-stabaka-nava-kiñjalka-jayibhiƒ
ghana-sveda-stoma-stimita-tanur utk…rtana-sukh…
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (8)

®r… Caitanya Mah€prabhu encharca o chão com rios de lágrimas que caem em cascata
de Seus olhos. Seus membros estão decorados com arrepios que derrotam a beleza de um
cacho de flores kadamba. Seu corpo inteiro está úmido de transpiração e Ele está em bem-
aventurança enquanto, ousadamente, realiza k…rtana de pé com os braços erguidos. Quando
será que esse ®r… Caitanya-deva Se tornará visível para mim outra vez?

adh…te gaur€‰ga-smaraŠa-padav…-ma‰galataraˆ
kt… yo virambha-sphurad-amala-dh…r a˜akam idam
par€nande sadyas tad-amala-pad€mbhoja-yugale
parisph€r€ tasya sphuratu nitar€ˆ prema-lahar… (9)

Aquela pessoa afortunada, de inteligência pura que lembra de ®r… Caitanya-deva ao


recitar fielmente este tão auspicioso a˜aka, experimentará, instantaneamente, poderosas ondas
de prema pelos supremamente bem-aventurados pés de lótus de Mah€prabhu, surgindo
dentro de seu coração – essa é a benção do autor.

®r… ®ac…-Tanay€˜akam
®r…la S€rvabhauma Bha˜˜€c€rya

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ujjvala-varaŠa-gaura-vara-dehaˆ, vilasita-niravadhi-bh€va-videham
tri-bhuvana-p€vana-kp€y€ leaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (1)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya (filho de ®ac…) ®r… Gaurahari, cuja sublime forma é mais
brilhante que o ouro derretido e que, dominado pela bh€va de ®r…mat… R€dhik€,
incessantemente executa variedades de passatempos extáticos e purifica os três mundos com
uma mera partícula de Sua misericórdia.

gadagada-antara-bh€va-vik€raˆ, durjana-tarjana-n€da-vi€lam
bhava-bhaya-bhañjana-k€raŠa-karuŠaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (2)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, cuja voz sempre se embarga quando
experimenta ondas de s€ttivika-bh€va em Seu coração. Cujo brado estrondoso espalha terror
nos ateístas que se opõem a bhakti. Sua misericórdia destrói todo temor da existência material.

aruŠ€mbaradhara-c€ru-kapolaˆ, indu-vinindita-nakha-caya-ruciram
jalpita-nija-guŠa-n€ma-vinodaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (3)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, que está vestido com tecido da cor do sol
nascente, cujas belas bochechas são excessivamente encantadoras, cujas unhas da mão
irradiam um brilho que derrota a glória da lua cheia e que recebe imensa bem-aventurança ao
realizar o k…rtana dos Seus próprios nomes e virtudes.

vigalita-nayana-kamala-jaladh€raˆ, bh™aŠa-nava-r€sa-bh€va-vik€ram
gati-ati-manthara-ntya-vil€saˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (4)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, de cujos olhos de lótus fluem


perpetuamente torrentes de lágrimas, cujo corpo está decorado com a˜a-s€ttvika-bh€vas
sempre novos e cujos movimentos são suaves enquanto dança.
cañcala-c€ru-caraŠa-gati-ruciram, mañj…ra-rañjita-pada-yuga-madhuram
candra-vinindita-…tala-vadanaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (5)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, cujos movimentos irrequietos de Seus


sublimes pés de lótus, que são adornados com tornozeleiras de sininhos, são imensamente
encantadores e cujo rosto é mais refrescante que a lua.

dhta-ka˜i-ora-kamaŠalu-daŠaˆ, divya kalevara-muŠita-muŠam


durjana-kalmaa-khaŠana-daŠaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (6)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, que usa uma laçada para Suas kaup…nas
(ora) ao redor de Sua cintura, cuja cabeça raspada é muito bela e que segura um kamaŠalu
em uma mão e na outra, uma daŠa que conquista os pecados dos perversos.

bh™aŠa-bh™raja-alak€-valitaˆ, kampita-bimb€dhara-vara-ruciram
malayaja-viracita-ujjvala-tilakaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (7)

Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, cujo cabelo parece mui belamente
ornamentado com a poeira da terra que se eleva enquando dança; cujos imensamente
cativantes lábios avermelhados, que lembram a fruta bimba, tremem devido ao Seu cantar de
harin€ma-k…rtana e cuja testa está adornada com a reluzente tilaka composta de malayaja-
candana.

nindita-aruŠa-kamala-dala-nayanaˆ, €j€nu-lambita-r…-bhuja-yugalam
kalevara-kaiora-nartaka-veaˆ, taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam (8)

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Ofereço praŠ€ma a ®ac…-tanaya ®r… Gaurahari, cujos olhos da cor do sol nascente
(aruŠa) derrotam o esplendor de um buquê de flores de lótus; cujos braços chegam até Seus
joelhos e cuja forma está elegantemente trajada como um dançarino juvenil.

®r… ®ac…-S™nva˜akam
®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…

harir d˜v€ go˜he mukura-gatam €tm€nam atulaˆ


sva-m€dhuryaˆ r€dh€-priyatara-sakh…v€ptum abhitaƒ
aho gaue j€taƒ prabhur apara-gauraika-tanu-bh€k
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (1)

®ac…-s™nu é aquele Hari que, encantado ao contemplar Sua própria beleza


incomparável num espelho, tomou nascimento em Gaua-dea para saborear toda Sua própria
doçura, como somente Sua querida sakh… ®r…mat… R€dhik€ conseguiria e “aho!!”, Ele até adotou
a própria tez dourada de ®r…mat… R€dhik€ quando assim o fez. Quando será que esse filho de
®ac… novamente me concederá Seu darana?

pur…-devasy€ntaƒ praŠaya-madhun€ sn€na-madhuro


muhur govindodyad-viada-paricary€rcita-padaƒ
svar™pasya pr€Š€rbuda-kamala-n…r€jita-mukhaƒ
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (2)
®ac…-s™nu foi banhado pelo mel do amor que existe dentro do coração de ®r… Ÿvara
Pur…, Seus pés de lótus foram peritamente servidos por Govinda d€sa e Seu rosto encantador,
era constantemente adorado pelas ilimitadas flores de lótus da própria vida de Svar™pa
D€modara. Quando será que o filho de ®ac… novamente será visível para mim?

dadh€naƒ kaup…naˆ tad-upari bahir-vastram aruŠaˆ


prak€Šo hem€dri dyutibhir abhitaƒ sevita-tanuƒ
mud€ g€yann uccair nija-madhura-n€m€valim asau
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (3)

Embora Ele seja o próprio Bhagav€n, usou kaup…nas e, sobre estas, uma veste
açafroada só para estabelecer um exemplo para Seus devotos. Ao ver a brilhante tez dourada
do Seu grande corpo, o Monte Sumer™ abandonou seu orgulho e adorou essa tez com toda sua
própria beleza majestosa. No humor de um devoto e vestido como sanny€s…, Ele vagava
cantando em voz alta Seus próprios nomes com grande deleite. Quando será que o filho de
®ac… novamente me concederá Seu darana?

an€vedy€ˆ p™rvair api muni-gaŠair bhakti-nipuŠaiƒ


ruter g™h€ˆ premojjvala-r€sa-phal€ˆ bhakti-latik€m
kp€lus t€ˆ gaue prabhur ati-kp€bhiƒ praka˜ayan
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (4)

Por imensurável misericórdia, na Bengala, Mah€prabhu revelou e expandiu a


trepadeira de bhakti que produz o fruto de ujjvala-prema-r€sa. Os munis de eras anteriores,
embora altamente peritos na ciência de bhakti, não conseguiam chegar a uma verdadeira
compreensão desta trepadeira, pois, os rutis a mantinham oculta como uma jóia de valor
inestimável. Quando será que o filho de ®ac… novamente me concederá Seu darana?

nijatve gau…y€n jagati parighya prabhur im€n


hare-kŠety evaˆ gaŠana-vidhin€ k…rtayata bhoƒ
iti pr€y€ˆ ik€ˆ janaka iva tebhyaƒ paridian
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (5)
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®ac…-s™nu, tomando os residentes da Bengala como sendo Seus, inspirou-os a cantar


Hare KŠa por um número prescrito de vezes diariamente e tal como um pai, deu-lhes muitas
instruções preciosas. Quando será que o filho de ®ac… novamente Se tornará visível para mim?

puraƒ payan n…l€cala-patim uru-prema-nivahaiƒ


karan netr€mbhobhiƒ snapita-nija-d…rghojjvala-tanuƒ
sad€ ti˜han dee praŠayi-garua-stambha-carame
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (6)

®ac…-s™nu banhou Seu corpo tão belo e alto nos rios de lágrimas causadas por Seu
imenso prema, enquanto estava de pé atrás de Sua amada Garua- stambha, recebendo o
darana de Jagann€tha-deva. Quando será que o filho de ®ac… novamente Se tornará visível para
mim?

mud€ dantair da˜v€ dyuti-vijita-bandh™kam adharaˆ


karaˆ ktv€ v€maˆ ka˜i-nihitam anyaˆ parilasan
samutth€pya premŠ€gaŠita-pulako ntya-kutuk…
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (7)

Mordendo Seus lábios, que derrotam o rubor da flor bandhuka; colocando Sua mão
esquerda em Seu quadril; agitando Sua mão direita acima de Sua cabeça e com Seus pêlos
arrepiados, devido a Sua absorção nas emoções que ®r…mat… R€dhik€ sentia na separação de
KŠa, Ele dançava com o maior deleite. Quando será que o filho de ®ac… novamente me
concederá Seu darana?

sarit-t…r€r€me viraha-vidhuro gokula-vidhor


nad…m any€ˆ kurvan nayana-jala-dh€r€-vitatibhiƒ
muhur m™rcch€ˆ gacchan mtakam iva vivaˆ viracayan
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ (8)

Num jardim às margens de um rio, ®ac…-s™nu derramou tantas lágrimas pela separação
da lua de Vraja, ®r… KŠa, que Ele criou um novo rio e, por repetidamente cair inconsciente, Ele
fazia com que o mundo inteiro também caísse estirado, como que sem vida. Quando será que
o filho de ®ac… novamente me concederá Seu darana?

ac…-s™nor asy€˜akam idam abh…˜aˆ viracayat


sad€ dainyodrek€d ati-viada-buddhiƒ pa˜hati yaƒ
prak€maˆ caitanyaƒ prabhur ati-kp€vea-vivaaƒ
pthu prem€mbhodhau prathita-rasade majjayati tam (9)

Quem quer que recite com permanente sentimento de humildade e coração puro este
a˜aka, o qual descreve ®r… ®ac…-sunu, que realiza os desejos de Seus devotos, receberá a
misericórdia Dele e será mergulhado no insondavél oceano de kŠa-prema néctareo.

®r… Navadv…p€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

r… gaua-dee sura-d…rghik€y€s, t…re ’ti-ramye pura-puŠya-mayy€ƒ


lasantam €nanda-bhareŠa nityaˆ, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (1)

Estou lembrando de ®r… Navadv…pa-dh€ma, a linda e virtuosa terra de Gaurasundara na


agradável margem do Bhaghirath…. Ela é eternamente brilhante e plena de bem-aventurança.
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yasmai paravyoma vadanti kecit, kecic ca goloka it…rayanti


vadanti vnd€vanam eva taj-jñ€s, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (2)

Estou lembrando de ®r… Navadv…pa-dh€ma. Alguns dizem que é o céu espiritual


VaikuŠ˜haloka outros, que é o reino transcendental de Goloka, mas, aqueles que realizaram a
verdade, conhecem-na como ®r… Vnd€vana-dh€ma.

yaƒ sarva-diku sphuritaiƒ su…tair, n€n€-drumaiƒ s™pavanaiƒ par…taƒ


r…-gaura-madhy€hna-vih€ra-p€trais, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (3)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, que é tomada por suaves brisas
frescas e onde bosques sublimes, com muitos tipos de árvores frondosas, manifestam-se
proporcionando o cenário para as l…l€s do meio dia de Gaurasundara.

r… svar-Šad… yatra vih€ra-bh™miƒ, suvarŠa-sop€na-nibaddha-t…r€


vy€ptormibhir gaura-vag€ha-r™pais, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (4)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde a Gang€ celestial (Mandakin…)


flui com grande prazer. Em suas margens, há escadas douradas ( gha˜as) e ela se enche de altas
ondas, dançando de alegria quando Gaurasundara toma Seu banho em suas águas.
mah€nty anant€ni gh€Ši yatra, sphuranti haim€ni manohar€Ši
praty€layaˆ yaˆ rayate sad€ r…s, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (5)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde existem incontáveis e belas


casas douradas em que Lakm…-dev… sempre reside com os devotos. Estas casas são tão
transcendentalmente encantadoras que automaticamente cativam a mente.

vidy€-day€ k€nti-mukhaiƒ samastaiƒ, sadbhir guŠair yatra jan€ƒ prapann€ƒ


saˆst™yam€n€ i-deva-siddhais, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (6)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde as almas aperfeiçoadas são


ornamentadas pelo conhecimento, compaixão, tolerância, sacrifício e todas as qualidades
transcendentais, sendo glorificadas pelos is, semideuses e siddhas.

yasy€ntare mira-purandarasya, s€nanda-s€myaika padaˆ niv€saƒ


r…-gaura-janm€dika-l…l€hyas, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (7)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde Purandara Jagann€tha Mira


permanece com grande satisfação, onde todas as variedades de bem-aventurança residem
(niv€sa) aos pés de lótus de Gaurasundara, onde Ele executou o passatempo de Seu
nascimento e outras doces atividades.

gauro bhraman yatra hariƒ sva-bhaktaiƒ, sa‰k…rtana-prema-bhareŠa sarvam


nimajjayaty ullasad-unmad€bdhau, taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi (8)

Estou lembrando daquela ®r… Navadv…pa-dh€ma, onde Gaurahari vagava com Seus
devotos cantando o santo nome, com grande amor, e mergulhando-os no oceano de ujjvala-
r€sa-prema.

etan navadv…pa-vicintan€hyaˆ, pady€˜akaˆ pr…ta-man€ƒ pa˜hed yaƒ


r…mac-chac…-nandana-p€da-padme, sudurlabhaˆ prema sam€pnuy€t saƒ (9)

A pessoa que diariamente recita e lembra com afeição este €˜akam a ®r… Navadv…pa-
dh€ma, alcança a raríssima jóia de prema e os pés de lótus do meu ®r… ®ac…nandana.
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®r… Da€vat€ra-Stotram
®r… Jayadeva Gosv€m…

pralaya-payodhi-jale dhtav€n asi vedaˆ, vihita-vahitra-caritram akhedam


keava! dhta-m…na-ar…ra! jaya jagad…a! hare (1)

Ó Keava! Ó Você, que assume a forma de um peixe! Ó Jagad…a, Você remove as


tribulações de Seus devotos! Todas as glórias a Você, que nas águas da dissolução universal
matou o demônio Hayagriva e salvou os Vedas. Você assumiu a forma semelhante a um barco
e, facilmente, manteve flutuando Satyavrata ¬i e os sete sábios principais. [nota dos tradutores:
o demônio Hayagriva furtou os Vedas. ViŠu encarnou como Matsya para matá-lo e resgatar os
Vedas.]

kitir iha vipulatare ti˜hati tava p˜he, dharaŠi-dharaŠa-kiŠa-cakra-gari˜he


keava! dhta-k™rma-ar…ra! jaya jagad…a! hare (2)

Ó Keava, o qual assume a forma de uma tartaruga! Ó Jagad…a, que furta o coração de
Seus devotos! Todas as glórias a Você que, nessa encarnação, segura a Montanha Mandara e, na
verdade, todo planeta terra nas Suas costas maciças, que são adornadas com muitas
depressões, parecendo cicatrizes.

vasati daana-ikhare dharaŠ… tava lagn€, aini-kala‰ka-kaleva nimagn€


keava! dhta-™kara-r™pa! jaya jagad…a! hare (3)

Ó Keava! Ó Você que assume a forma de um javali! Ó Jagad…a, o qual remove os


pecados de Seus devotos! Todas as glórias a Você, porque o planeta terra que havia
submergido no oceano na parte inferior do universo, se assenta fixo na ponta da Sua presa, tal
como uma mancha sobre a lua.

tava kara-kamala-vare nakham adbhuta-‰gaˆ, dalita-hiraŠyakaipu-tanu-bh‰gam


keava! dhta-narahari-r™pa! jaya jagad…a! hare (4)

Ó Keava, que assume a forma metade homem, metade leão! Ó Jagad…a, o qual
remove o sofrimento de Seus devotos! Todas as glórias àquele que possui maravilhosas unhas,
parecidas com pétalas, em Suas belas mãos de lótus e despedaçam o corpo de HiraŠyakaipu,
que é como um abelhão. O assombroso disto é que normalmente o abelhão despedaça as
pétalas do lótus, porém aqui, as pétalas despedaçam a abelha.

chalayasi vikramaŠe balim adbhuta-v€mana!, pada-nakha-n…ra-janita-jana-p€vana!


keava! dhta-v€mana-r™pa! jaya jagad…a! hare (5)

Ó Keava! Ó Você que assume a maravilhosa forma de um anão br€hmaŠa! Ó Jagad…a!


Ó Hare, o qual furta o falso ego de Seus devotos! Todas as glórias a Você que, na hora de medir
a terra, enganou Bali Mah€r€ja com Seus passos firmes e com as águas do Ganges, que
emanam das unhas dos Seus pés de lótus, purifica todos os residentes deste mundo.

katriya-rudhira-maye jagad-apagata-p€paˆ, snapayasi payasi amita-bhava-t€pam


keava! dhta-bhgupati-r™pa! jaya jagad…a! hare (6)
Ó Keava! Ó Você que assume a forma de Paraur€ma! Ó Jagad…a! Todas as glórias a
Você, que remove os tormentos, pecados e sofrimentos dos habitantes deste mundo ao banhar
a terra (em Kuruketra) com rios de sangue dos corpos dos katriyas demoníacos que matou.

vitarasi diku raŠe dik-pati-kaman…yaˆ, daa-mukha-mauli-baliˆ ramaŠ…yam


keava! dhta-r€ma-ar…ra! jaya jagad…a! hare (7)

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Ó Keava! Ó Você que assume a forma de R€macandra! Ó Jagad…a, o qual remove o
sofrimento dos is! Todas as glórias a Você que, na batalha de La‰ka, destrói o demônio
R€vaŠa e distribui as cabeças dele como uma oferenda agradável para as deidades que
presidem as dez direções, as quais desejavam muito que assim fosse, por terem sido muito
atormentadas por esse monstro.

vahasi vapui viade vasanaˆ jalad€bhaˆ, hala-hati-bh…ti-milita-yamun€bham


keava! dhta-haladhara-r™pa! jaya jagad…a! hare (8)

Ó Keava! Ó Você que assume a forma de Balarama! Ó Jagad…a, que subjuga a


arrogância dos perversos! Todas as glórias a Você que, no Seu alvo corpo reluzente, usa trajes
da cor de uma nuvem azulada, fresquinha, carregada de chuva. Essas roupas também ostentam
o mesmo belo tom escuro do Yamun€, que O teme muito devido ao golpe de Seu arado.

nindasi yajña-vidher ahaha ruti-j€taˆ, sadaya-hdaya! darita-pau-gh€tam


keava! dhta-buddha-ar…ra! jaya jagad…a! hare (9)

Ó Keava! Ó Você que assume a forma de Buddha! Ó Jagad…a! Ó Você que bane o
ateísmo! Ó Hare! Todas as glórias a Você, porque o Seu coração é tão cheio de compaixão e,
por isso, defende a não-violência como o princípio religioso supremo. Aho! Você censura os
rutis que prescrevem a execução de sacrifícios que infligem dor aos animais .

mleccha-nivaha-nidhane kalayasi karav€laˆ, dh™ma-ketum iva kim api kar€lam


keava! dhta-kalki-ar…ra! jaya jagad…a! hare (10)

Ó Keava! Ó Você que assume a forma de Kalki! Ó Jagad…a, que remove a sujeira da
era de Kali! Todas as glórias a Você que, como um cometa, significando a eminente destruição
dos maus, aparece manejando Sua imensa e aterrorizante espada, com a qual aniquila os
bárbaros que restam ao final da Kali-yuga.

r…-jayadeva-kaver idam uditam ud€raˆ, Šu sukhadaˆ ubhadaˆ bhava-s€ram


keava! dhta-daa-vidha-r™pa! jaya jagad…a! hare (11)

Ó Keava! Ó Você, que assume estas dez formas! Ó Jagad…a, que remove os desejos
materiais de Seus devotos! Todas as glórias a Você! Minha humilde súplica aos Seus pés de
lótus é que, por favor, ouça esse Da€vat€ra-Strota composto pelo poeta Jayadeva, porque ele
descreve a essência de Suas encarnações e é excelente, concedendo felicidade e
auspiciosidade.

ved€n uddharate jaganti vahate bh™-golam udvibhrate


daity€n d€rayate baliˆ chalayate katra-kayaˆ kurvate
paulastyaˆ jayate halaˆ kalayate k€ruŠyam €tanvate
mlecch€n m™rcchayate da€kti-kte kŠ€ya tubhyaˆ namaƒ (12)

Ó ®r… KŠa, Você descende em dez encarnações! Ofereço-Lhe centenas de praŠ€ma


porque como Matsya, resgata os Vedas; como K™rma, suporta o planeta terra; como Var€ha,
levanta a terra com Suas presas; como Nsiˆha, despedaça o peito do demônio HiraŠyakaipu;
como V€mana, engana Bali; como Paraur€ma, mata os malvados katriyas; como R€ma,
conquista R€vaŠa; como Balar€ma, empunha o arado; como Buddha, demonstra compaixão
por todas as entidades vivas e como Kalki, vence os bárbaros remanescentes ao final da Kali-
yuga.

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®r… Jagann€th€˜akam
Composição de ®r… ®a‰kar€c€rya e recitado por ®r… Caitanya Mah€prabhu

kad€cit k€lind…-ta˜a-vipina-sa‰g…ta-taralo
mud€bh…r…-n€r…-vadana-kamal€sv€da-madhupaƒ
ram€-ambhu-brahm€mara-pati-gaŠe€rcita-pado
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (1)

®r… Jagann€thadeva, às vezes, toca fervorosamente Sua flauta às margens do Rio


Yamun€ em ®r… Vnd€vana; Ele é como um abelhão que saboreia extaticamente os rostos de
lótus das vraja-gop…s e Seus pés são adorados por grandes personalidades como Lakm…, ®iva,
Brahm€, Indra e GaŠea. Que esse ®r… Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

bhuje savye veŠuˆ irasi ikhi-picchaˆ ka˜ita˜e


duk™laˆ netr€nte sahacara-ka˜€kaˆ ca vidadhat
sad€ r…mad-vnd€vana-vasati-l…l€-paricayo
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (2)

®r… Jagann€thadeva segura uma flauta em Sua mão esquerda; Ele usa uma pena de
pavão em Sua cabeça e uma fina veste de seda amarela em torno dos Seus quadris; pelos
cantos de Seus olhos, concede amorosos olhares laterais para os Seus companheiros e É
eternamente conhecido como Aquele que realiza maravilhosos passatempos na divina morada
de ®r… Vnd€vana. Que esse ®r… Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

mah€mbhodhes t…re kanaka-rucire n…la-ikhare


vasan pr€s€d€ntaƒ sahaja-balabhadreŠa balin€
subhadr€-madhyasthaƒ sakala-sura-sev€vasarado
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (3)

®r… Jagann€thadeva reside num palácio situado ao litoral do grande oceano, no cume
áureo da Colina de N…l€cala, acompanhado do Seu poderoso irmão Baladevaj… e Sua irmã
Subhadr€. Ele outorga a todos os semideuses a oportunidade de servi-Lo. Que esse ®r…
Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

kp€-p€r€v€raƒ sajala-jalada-reŠi-ruciro
ram€-v€Š…-r€maƒ sphurad-amala-pa‰keruha-mukhaƒ
surendrair €r€dhyaƒ ruti-gaŠa-ikh€-g…ta-carito
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (4)

®r… Jagann€thadeva é um oceano de misericórdia; Sua tez é tão bela como um conjunto
de nuvens escuras carregadas de chuva; Ele desfruta com Lakm…-dev… e Sarasvat…; Seu rosto é
como um imaculado lótus plenamente desabrochado; Ele é adorado pelos principais
semideuses e Suas glórias transcendentais foram cantadas nas mais elevadas escrituras. Que
esse ®r… Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

rath€r™ho gacchan pathi milita-bh™deva-pa˜alaiƒ


stuti-pr€durbh€vaˆ prati-padam up€karŠya sadayaƒ
day€-sindhur bandhuƒ sakala-jagat€ˆ sindhu-sutay€
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (5)

Quando o Ratha-y€tr€ de Jagann€tha se move pela estrada, a cada passo, grupos de


br€hmaŠas cantam louvores a Ele. Ao ouvir isso, Jagann€tha, sendo um oceano de misericórdia
e o verdadeiro amigo de todos os mundos, torna-se favoravelmente predisposto para com eles.
Que esse ®r… Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

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param-brahm€p…aƒ kuvalaya-dalotphulla-nayano
niv€s… n…l€drau nihita-caraŠo ’nanta-irasi
ras€nand… r€dh€-sar€sa-vapur €li‰gana-sukho
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (6)

®r… Jagann€thadeva é a coroa de jóias de todas as manifestações da verdade absoluta;


Seus olhos são como pétalas de um lótus azul plenamente florescido; Ele reside em N…l€cala e
Seus pés estão sobre a cabeça de ®ea; Jagann€thadeva está extaticamente imerso em bhakti-
r€sa e emana felicidade ao abraçar o corpo carregado de r€sa de ®r…mat… R€dhik€. Que esse ®r…
Jagann€thadeva seja o objeto da minha visão.

na vai y€ce r€jyaˆ na ca kanaka-m€Šikya-vibhavaˆ


na y€ce ’haˆ ramy€ˆ sakala-jana-k€my€ˆ vara-vadh™m
sad€ k€le k€le pramatha-patin€ g…ta-carito
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (7)

Não oro a Jagann€tha por um reino, nem por ouro, jóias, riqueza, ou mesmo por uma
bela esposa, conforme todos os homens desejam. Minha única oração é que ®r…
Jagann€thadeva, cujas glórias esplêndidas sempre são cantadas por ®iva, seja o constante
objeto da minha visão.

hara tvaˆ saˆs€raˆ drutataram as€raˆ sura-pate!


hara tvaˆ p€p€n€ˆ vitatim apar€ˆ y€dava-pate!
aho d…ne ’n€the nihita-caraŠo nicitam idaˆ
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (8)

Ó mestre dos semideuses! Rapidamente, me salve desta existência terrena, passageira e


sem valor. Ó Senhor dos Yadus! Purifique-me de meus ilimitados pecados. Aho! Você
prometeu colocar Seus pés sobre os caídos e desabrigados – Ó Jagann€tha Sv€m…, por favor
seja o objeto da minha visão.

jagann€th€˜akaˆ puŠyaˆ yaƒ pa˜het prayataƒ uci


sarva-p€pa-viuddh€tm€ viŠu-lokaˆ sa gacchati (9)

A pessoa que recita cuidadosamente este sagrado Jagann€th€˜akam, purifica-se de


todos os seus pecados, seu coração torna-se puro e obtém morada em ViŠuloka.

®r… D€modar€˜akam
Falado por Satyavrata Muni em conversa com N€rada ¬i e ®aunaka ¬i no Padma Pur€Ša

nam€m…varaˆ sac-cid-€nanda-r™paˆ, lasat-kuŠalaˆ gokule bhr€jam€nam


yaod€-bhiyol™khal€d dh€vam€naˆ, par€m˜am atyaˆ tato drutya gopy€ (1)

Ofereço reverências a ®r… KŠa, o possuidor de todas as potências, cuja maravilhosa


forma é a totalidade da existência concentrada, do conhecimendo e da bem-aventurança. Em
Suas bochechas, brincos em forma de makara balançam alegremente. Sua infinita magnificência
brilha de Sua mais esplêndida residência, a morada transcendental, ®r… Gokula. Ele estava com
medo de Mãe Yasoda (por que Ele havia quebrado o pote de iogurte). Quando Ele a viu,
largou o pilão e saiu correndo. Apesar disso, Mãe Yasoda O agarrou pelas costas, pois, corria
mais rápido que Ele.

rudantaˆ muhur netra-yugmaˆ mjantaˆ, kar€mbhoja-yugmena s€ta‰ka-netram


muhuƒ v€sa-kampa-tri-rekh€‰ka-kaŠ˜há, sthita-graiva-d€modaraˆ bhakti-baddham (2)
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Vendo a varinha na mão de Sua mãe e com medo de apanhar, Ele chora copiosamente
e esfrega Seus olhos, repetidamente, com Suas mãos de lótus. Seus olhos ficam extremamente
inquietos e cheios de medo. Sua respiração ofegante faz com que as pérolas e outros
ornamentos em volta de Seus pescoço, que é marcado por três linhas cúrveas graciosas,
tremam. Ó D€modara, Você foi amarrado pelo vatsalya-bhava de Mãe Yasoda. Ofereço minhas
reverências a este D€modara.

it…dk sva-l…l€bhir €nanda-kuŠe, sva-ghoaˆ nimajjantam €khy€payantam


tad…yeita-jñeu bhaktair jitatvaˆ, punaƒ prematas taˆ at€vtti vande (3)

Através de passatempos infantis como este dama-bandhana-lila, Ele perpetuamente


mergulha os habitantes de Gokula – Seus gopas, gopis, vacas e assim por diante, que são todos
manifestados por Sua potência de passatempos – em lagos de bem-aventurança. Desta forma,
instrui aqueles que possuem conhecimento de Sua absoluta divindade, que apenas o puro e
simples amor daqueles devotos pode conquistá-lo. Novamente, centenas de vezes, ofereço
reverências a este D€modara KŠa .

varaˆ deva! mokaˆ na mok€vadhiˆ v€, na c€nyaˆ vŠe ’haˆ vare€d ap…ha
idaˆ te vapur n€tha! gop€la-b€laˆ, sad€ me manasy €vir€st€ˆ kim anyaiƒ (4)

Ó suprema causa e alegre divindade, não quero libertação dos sofrimentos mortais
(uma das quatro metas humanas), nem peço pelo mais elevado limite de liberdade (residência
em VaikuŠ˜ha, a morada da felicidade concentrada e extraordinária). Também, não peço
nenhuma outra bênção Sua que, sendo o bem-feitor supremo, pode facilmente conceder todas
as graças. Ó Senhor da minha vida, que sua belíssima forma como Bala-gopala (um pequeno
vaqueirinho) em Vraja, permaneça sempre visível dentro do meu coração. Nenhuma outra
benção, além dessa, seria útil para mim.

idaˆ te mukh€mbhojam avyakta-n…lair, vtaˆ kuntalaiƒ snigdha-raktai ca gopy€


muhu cumbitaˆ bimba-rakt€dharaˆ me, manasy €vir€st€m alaˆ laka-l€bhaiƒ (5)

Ó, Deva, Sua face de lótus, emoldurada por Suas negras madeixas encaracoladas,
possui um brilho avermelhado e é repetidamente beijada pela gopi Sri Yaod€. Que sua face de
lótus, supremamente charmosa, com lábios que são como a fruta bimba, permaneça sempre
manifesta em meu coração. Não me interessam milhões de outras metas.

namo deva! d€modar€nanta viŠo! pras…da prabho! duƒkha-j€l€bdhi-magnam


kp€-d˜i-v˜y€ti-d…naˆ bat€nu, gh€Šea! m€m ajñam edhy aki-dyaƒ (6)

Ó, Deva! Que possui uma forma divina, ofereço-Lhe minhas respeitosas reverências. Ó
Você, que é Bhakta-Vatsala, afeiçoado por Seus devotos! Sri D€modara, Ó Ananta, Senhor de
potências inconcebíveis e magníficas! Ó ViŠu onipenetrante, Ó meu mestre e senhor, fique
satisfeito comigo! Estou afundando num oceano de incessantes misérias mundanas. Ai de mim,
sou extremamente miserável e não sei o que fazer. Ó Isa, supremo controlador independente,
por favor, liberte-me através da chuva nectárea de Seu olhar misericordioso e abençoe-me
aparecendo diante de meus olhos.

kuver€tmajau baddha-m™rtyaiva yadvat, tvay€ mocitau bhakti-bh€jau ktau ca


tath€ prema-bhaktiˆ svak€ˆ me prayaccha, na moke graho me ’sti d€modareha (7)

He D€modara! Mesmo amarrado com cordas ao pilão por Mãe Yaod€, Você
misericordiosamente libertou os dois filhos de Kuvera, que foram amaldiçoados por N€rada a
ficar de pé como árvores e os presenteou com Seu próprio prema-bhakti. Da mesma maneira,
por favor, conceda a esta insignificante alma esse mesmo prema-bhakti por Você. Este é meu
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único anseio – não desejo nenhum outro tipo de liberação.

namas te ’stu d€mne sphurad d…pti-dh€mne, tvad…yodar€y€tha vivasya dh€mne


namo r€dhik€yai tvad…ya priy€yai, namo ’nanta-l…l€ya dev€ya tubhyam (8)

Ó D€modara! Ofereço praŠ€ma para a refulgente corda que ata Sua cintura. Também,
ofereço praŠ€ma ao Seu abdômen que é a fonte da refulgência Brahman e o esteio de todo
universo. Repetidas vezes, ofereço praŠ€ma a ®r…mati R€dhik€, Sua mais querida amada e,
ainda, ofereço meus praŠ€mas, centenas de vezes, a Seus maravilhosos e ilimitados
passatempos transcendentais.

®r… Nanda-Nandan€˜akam
– Antiga prece de um autor VaiŠava desconhecido –

suc€ru-vaktra-maŠalaˆ sukarŠa-ratna-kuŠalam
sucarcit€‰ga-candanaˆ nam€mi nanda-nandanam (1)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, cuja face é extremamente amável, de cujas


belas orelhas pendem brincos de jóias e cujo corpo todo é ungido com candana fragrante.

sud…rgha-netra-pa‰kajaˆ ikhi-ikhaŠa-m™rdhajam
ana‰ga-ko˜i-mohanaˆ nam€mi nanda-nandanam (2)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, cujos olhos alongados são belos como um
lótus plenamente desabrochado, cujo topo da cabeça está maravilhosamente adornado com
penas de pavão e que encanta milhões de Cupidos (K€madevas).

sun€sik€gra-mauktikaˆ svacchanda-danta-pa‰ktikam
nav€mbud€‰ga-cikkaŠaˆ nam€mi nanda-nandanam (3)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, em cujo lindo nariz pende uma pérola de
elefante, cujos dentes estão brilhando luminosamente e cuja tez é mais bela e brilhante que
uma nuvem de chuva.

kareŠa veŠu-rañjitaˆ gati-kar…ndra-gañjitam


duk™la-p…ta-obhanaˆ nam€mi nanda-nandanam (4)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, cujas mãos de lótus seguram a flauta, cujo
passo vigoroso é mais forte que o de um elefante intoxicado e cujos membros escuros são
embelezados por um dho˜… amarelo.

tri-bha‰ga-deha-sundaraˆ nakha-dyuti-sudh€karam
am™lya-ratna-bh™aŠaˆ nam€mi nanda-nandanam (5)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, cuja postura curvada em três pontos é


requintadamente elegante, cuja refulgência das unhas de Seus pés envergonha até mesmo a
lua e que usa jóias e ornamentos de valor inestimável.

sugandha-a‰ga-saurabham uro-vir€ji-kaustubham
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sphuracchr…-vatsal€ñchanaˆ nam€mi nanda-nandanam (6)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, cujo corpo exala uma fragrância


extraordinariamente encantadora e em cujo amplo peito a jóia kaustubha reluz, junto com a
marca de ®r…vatsa.
vnd€vana-sun€garaˆ vil€s€nuga-v€sasam
surendra-garva-mocanaˆ nam€mi nanda-nandanam (7)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, o perito amante de Vnd€vana, que Se veste de


maneira a incrementar Seus encantadores e divertidos passatempos e que pulverizou o orgulho
de Indra.
vraj€‰gan€-sun€yakaˆ sad€ sukha-prad€yakam
jaganmanaƒ pralobhanaˆ nam€mi nanda-nandanam (8)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Nanda-nandana, que como o amante das gop…s de Vraja, as
deleita perpetuamente e que encanta as mentes de todas as entidades vivas.

r…-nanda-nandan€˜akaˆ pa˜hed yaƒ raddhay€nvitaƒ


tared bhav€bdhiˆ dustaraˆ labhet tad-a‰ghri-yugmakam (9)

Quem quer que recite regularmente este ®r… Nanda-nandan€˜akam com profunda fé,
facilmente, atravessará o aparentemente intransponível oceano da existência material, obtendo
assim, eterna residência aos pés de lótus de ®r… Nanda-nandana.

®r… Caur€gragaŠya-Puru€˜akam
®r… Bilvama‰gala µh€kura

vraje prasiddhaˆ navan…ta-cauraˆ, gop€‰gan€n€ˆ ca duk™la-cauram


aneka-janm€rjita-p€pa-cauraˆ, caur€gragaŠyaˆ puruaˆ nam€mi (1)

Ofereço praŠ€ma ao maior dos ladrões – que é famoso em Vraja como ladrão de
manteiga, Aquele que rouba as roupas das gop…s e que, para os que se abrigaram Nele, rouba
os pecados acumulados em muitas vidas.

r… r€dhik€y€ hdayasya cauraˆ, nav€mbuda-y€mala-k€nti-cauram


pad€rit€n€ˆ ca samasta-cauraˆ, caur€gragaŠyaˆ puruaˆ nam€mi (2)

Ofereço praŠ€ma ao maior dos ladrões - que rouba o coração de ®r…mat… R€dhik€, que
rouba o escuro brilho de uma nuvem de chuva fresquinha e que rouba os pecados e
sofrimentos daqueles que se abrigam a Seus pés.

akiñcan…-ktya pad€ritaˆ yaƒ, karoti bhikuˆ pathi geha-h…nam


ken€py aho bh…aŠa-caura …dg, d˜aƒ-ruto v€ na jagat-traye ’pi (3)

Ele transforma Seus devotos rendidos em indigentes e mendicantes errantes sem


domicílio – Aho! Nunca dantes se viu ou ouviu falar sobre tão temível ladrão em todos os três
mundos.
yad…ya n€m€pi haraty aeaˆ, giri-pras€r€n api p€pa-r€…n
€carya-r™po nanu caura …dg, d˜aƒ ruto v€ na may€ kad€pi (4)

A mera menção de Seu nome purifica a pessoa de uma montanha de pecados – De um


ladrão tão surpreendentemente maravilhoso, jamais vi ou ouvi falar em lugar algum.

dhanaˆ ca m€naˆ ca tathendriy€Ši, pr€Š€ˆ ca htv€ mama sarvam eva


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pal€yase kutra dhto ’dya caura, tvaˆ bhakti-d€mn€si may€ niruddhaƒ (5)

Ei Ladrão! Tendo roubado minha riqueza, minha honra, meus sentidos, minha própria
vida e tudo meu, para onde Você pode correr? Já capturei Você com a corda da minha
devoção.
chinatsi ghoraˆ yama-p€a-bandhaˆ, bhinatsi bh…maˆ bhava-p€a-bandham
chinatsi sarvasya samasta-bandhaˆ, naiv€tmano bhakta-ktaˆ tu bandham (6)

Você corta o terrível laço de Yamar€ja, parte o terrível laço da existência material e
rompe o cativeiro material de todos, porém, É incapaz de desatar o nó amarrado por Seus
amorosos devotos.

man-m€nase t€masa-r€i-ghore, k€r€ghe duƒkha-maye nibaddhaƒ


labhasva he caura! hare! cir€ya, sva-caurya-doocitam eva daŠam (7)

Ó Você, que me roubou tudo! Ei Ladrão! Hoje, O aprisionei na prisão miserável do


meu coração, que causa muito temor devido à escuridão da minha ignorância e ali, durante
muito tempo, Você ficará recebendo a punição apropriada pelos Seus crimes de ladroagem!

k€r€ghe vasa sad€ hdaye mad…ye, mad-bhakti-p€a-dha-bandhana-nicalaƒ san


tv€ˆ kŠa he! pralaya-ko˜i-at€ntare ’pi, sarvasva-caura! hday€n na hi mocay€mi (8)

Ó KŠa, ladrão de tudo que é meu! Com o laço da minha devoção eternamente
amarrado, Você continuará preso na cadeia do meu coração, pois, não O libertarei por milhões
de eras. (Este a˜aka é recitado na métrica poética conhecida como ‘Upaj€ti’.)

®r… KŠa-Candr€˜akam
®r…la KŠad€sa Kavir€ja Gosv€m…

ambud€ñjanendra-n…la-nindi-k€nti-ambaraƒ
ku‰kumodyad-arka-vidyud-aˆu-divyad-ambaraƒ
r…mad-a‰ga-carcitendu-p…tan€kta-candanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (1)

A refulgente tez de ®r… KŠa derrota o brilho de uma nuvem de chuva, do añjana
(delineador para os olhos) e da safira azul; Sua veste amarela é mais refulgente que o ku
‰kuma, o sol nascente e um lampejo de relâmpago e Sua forma inteira, está ungida com
candana misturado à cânfora e açafrão. Que esse ®r… KŠa, filho do rei dos pastores de vacas,
me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

gaŠa-t€Šav€ti-paŠit€Šajea-kuŠala
candra-padma-aŠa-garva-khaŠan€sya-maŠalaƒ
ballav…u vardhit€tma-g™ha-bh€va-bandhanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (2)

Nas bochechas de ®r… KŠa balançam brincos em forma de peixe, que são muito
peritos em dançar. Sua face despedaça o orgulho da lua cheia e de todas as variedades de lótus
e Ele, eternamente, aperta os grilhões dos Seus humores secretos de amor nas vraja- gop…s. Que
esse ®r… KŠa, filho do rei dos pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

nitya-navya-r™pa-vea-h€rda-keli-ce˜itaƒ
keli-narma-arma-d€yi-mitra-vnda-ve˜itaƒ
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sv…ya-keli-k€nan€ˆu-nirjitendra-nandanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (3)

A beleza, a roupa, ornamentos e alegres passatempos saturados de amor de ®r… KŠa,


são todos eternamente novos e viçosos. Ao brincar, está sempre rodeado por Seus amigos que
Lhe dão alegria com suas palavras divertidas. Os raios de luz que emanam de Seu jardim de
brincadeiras, ®r… Vnd€vana, derrotam o jardim celestial Nandana de Indra. Que esse ®r… KŠa,
filho do rei dos pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

prema-hema-maŠit€tma-bandhut€bhinanditaƒ
kauŠi-lagna-bh€la-lokap€la-p€li-vanditaƒ
nitya-k€la-s˜a-vipra-gaurav€li-vandanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (4)

®r… KŠa deleita-Se eternamente com Seus amigos, cujos corações são decorados com
o ouro de prema. Ele glorifica esses amigos virtuosos, embora seja adorado diariamente com
reverências pelos senhores de vários planetas. Mesmo sendo o herói de ilimitados universos,
diariamente adora os br€hmaŠas e Seus superiores mais velhos nas horas apropriadas. Que
esse ®r… KŠa, filho do rei dos pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

l…layendra-k€liyoŠa-kaˆsa-vatsa-gh€takas
tat-tad-€tma-keli-v˜i-pu˜a-bhakta-c€takaƒ
v…rya-…la-l…lay€tma-ghoa-v€si-nandanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (5)

®r… KŠa, sem esforço, esfriou o calor de Indra e de K€l…ya-n€ga e facilmente matou
Kaˆsa e Vats€sura. As gotas de chuva de Seus divertidos passatempos (como esmagar o
orgulho de Indra) nutrem Seus devotos que são como pássaros c€taka. Ele deleita os Vrajav€s…s
com Seu valor, Sua natureza pura e Seus passatempos imaculados. Que esse ®r… KŠa, filho do
rei dos pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

kuñja-r€sa-keli-s…dhu-r€dhik€di-toaŠas
tat-tad-€tma-keli-narma-tat-tad-€li-poaŠaƒ
prema-…la-keli-k…rti-viva-citta-candanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (6)

®r… KŠa agrada ®r…mat… R€dhik€ e as gop…s com o néctar de Seus passatempos nos
kuñjas. Com a r€sa-l…l€, Ele as nutre com Suas brincadeiras e travessuras e deleita os corações
de todos com Seu prema, caráter, brincadeiras e fama sobrenaturais. Que esse ®r… KŠa, filho
do rei dos pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

r€sa-keli-darit€tma-uddha-bhakti-sat-pathaƒ
sv…ya-citra-r™pa-vea-manmath€li-manmathaƒ
gopik€su netra-koŠa-bh€va-vnda-gandhanaƒ
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (7)
®r… KŠa, pela execução da r€sa-l…l€, que é completamente desprovida de um grão
sequer de luxúria mundana, mostrou a verdadeira senda de bhakti pura por Ele. Sua beleza
diversificada e vestes variadas, agitam os corações de todas as classes de amantes e, pelo canto
de Seus olhos, Ele informa às gop…s de Seus desejos íntimos. Que esse ®r… KŠa, filho do rei dos
pastores de vacas, me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

pupa-c€yi-r€dhik€bhimara-labdhi-taritaƒ
prema-v€mya-ramya-r€dhik€sya-d˜i-haritaƒ
r€dhikoras…ha lepa ea h€ri-candanah
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ (8)
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®r… KŠa está sempre ávido por obter o toque de ®r…mat… R€dhik€ enquanto Ela vai
colher flores. R€dhik€ é muito atraente devido à Sua sinuosidade amorosa e, assim, Ele sempre
fica jubilante ao conseguir o darana Dela. Ele é como a encantadora pasta de sândalo que
adorna o peito de R€dhik€. Que esse ®r… KŠa, filho do rei dos pastores de vacas, me conceda
o serviço a Seus pés de lótus.

a˜akena yas tv anena r€dhik€-suvallabhaˆ


saˆstav…ti darane ’pi sindhuj€di-durlabham
taˆ yunakti tu˜a-citta ea ghoa-k€nane
r€dhik€‰ga-sa‰ga-nandit€tma-p€da-sevane (9)

Por cantar este a˜aka, quem ora a ®r… KŠa, o amor do coração de R€dhik€, cujo
darana não é possível nem para as deusas celestiais lideradas por Lakm…, satisfará não apenas
a Ele, mas também a R€dhik€ e Suas companheiras. Sendo assim, KŠa ocupará tal devoto no
serviço a Seus pés de lótus em ®r… Vnd€vana. (Esse a˜aka é cantado na métrica poética
conhecida como ‘T™Šaka’.)

Jaya Jaya Sundara Nanda-Kum€ra


®r…la R™pa Gosv€m…

Refrão: jaya jaya sundara-nanda-kum€ra

Todas as glórias a Você, ó belo filho de Nanda!

saurabha-sa‰ka˜a-vnd€vana-ta˜a-vihita-vasanta-vih€ra (1)

Você Se ocupa em Seus passatempos vasanta em Vnd€vana, que é fragrante por suas
flores.
abhinava-ku˜mala-guccha-samujjvala-kuñcita-kuntala-bh€ra

Sua aparência é muito bela e Seus cabelos ondulados, são decorados com uma coroa
refulgentemente brilhante feita de raminhos de folhas recém-brotadas.

praŠayi janerita-vandana-sahakta-c™rŠita-vara-ghana-s€ra (2)

Seu corpo colorido com candana e rubros pigmentos em pó, lançados por Suas
amadas, que oferecem preces em forma de amáveis repreensões, derrota a beleza de uma
nuvem de chuva recém-formada.

ca˜ula-dg-añcala-racita-rasocchala-r€dh€-madana-vik€ra

Seu inquieto olhar de soslaio faz com que anur€gin… ®r…mat… R€dhik€ experimente as
transformações extáticas de ilimitados desejos amorosos.

bhuvana-vimohana-mañjula-nartana-gati-valgita-maŠi-h€ra (3)

Sua extraordinária dança encanta o universo inteiro enquanto Seu colar balança, de cá
para lá, em Seu peito.

adhara-vir€jita-mandatara-smita-locita-nija-pariv€ra

O doce sorriso suave em Seus lábios, incita avidez nos corações das gop…s.

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nija-vallabha-jana-suht-san€tana-citta-viharadavat€ra (4)

Você é o eterno bem-querente de Seus amados devotos e descende para brincar nos
corações deles. [Ou: Você sempre brinca no coração do meu mais querido guru e amigo,
San€tana Gosv€m….]

®r… Vraja-R€ja-Sut€˜akam
– Antiga prece de um autor VaiŠava desconhecido –

nava-n…rada-nindita-k€nti-dharaˆ, r€sa-s€gara-n€gara-bh™pa-varam
ubha-va‰kima-c€ru-ikhaŠa-ikhaˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (1)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! Sua
tez é mais refulgente que uma nuvem de chuva; Ele é o rei dos amantes e o oceano de r€sa. Sua
coroa é adornada com uma linda pena de pavão, auspiciosamente inclinada para a esquerda
(curvando-se na direção dos pés de lótus de ®r… R€dh€).

bhru-via‰kita-va‰kima-akra-dhanuˆ, mukha-candra-vinindita-ko˜i-vidhum
mdu-manda-suh€sya-subh€ya-yutaˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (2)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias!
Suas sobrancelhas arqueadas superam o arco-íris (o arco de Indra); Sua face imaculada de lua,
que envergonha milhões e milhões de luas, é decorada por um doce e encantador sorriso e por
uma refinada linguagem.

suvikampad-ana‰ga-sad-a‰ga-dharaˆ, vraja-v€si-manohara-vea-karam
bha-l€ñchita-n…la-saroja daˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (3)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! O
corpo de Cupido foi queimado pela ira do Senhor ®iva, porém, a forma de KŠa estremecendo
é o verdadeiro corpo de Cupido. Ele Se veste encantadoramente de maneira a fascinar os
Vrajav€s…s e é adornado com extraordinários olhos, como flores de lótus azuis desabrochadas.

alak€vali-maŠita-bh€la-ta˜aˆ, ruti-dolita-m€kara-kuŠalakam
ka˜i-ve˜ita-p…ta-pa˜am sudha˜aˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (4)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! Sua
fronte é emoldurada por madeixas onduladas de cabelo, brincos em forma de peixe makara,
balançam em Suas orelhas. Sua cintura é adornada com seda amarela meticulosamente
arrumada, abraçando Seus quadris.

kala-n™pura-r€jita-c€ru-padaˆ, maŠi-rañjita-gañjita-bh‰ga-madam
dhvaja-vajra-jha€‰kita-p€da-yugaˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (5)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias!
Tornozeleiras tilintantes ressoam em Seus belos pés; Ele reluz com ornamentos de jóias; Seu
comportamento espirituoso zomba da intoxicação das abelhas melíferas e as solas de Seus pés
são marcadas com a bandeira, o raio, um peixe e outros símbolos encantadores.

bha-candana-carcita-c€ru-tanuˆ, maŠi-kaustubha-garhita-bh€nu-tanum
vraja-b€la-iromaŠi-r™pa-dhtaˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (6)

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Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! Seu
gracioso corpo está generosamente ungido com pasta de sândalo; Sua reluzente jóia Kaustubha
ofusca o sol e Ele apareceu como uma jóia-real entre os jovens meninos de Vraja.

sura-vnda-suvandya-mukunda-hariˆ, sura-n€tha-iromaŠi-sarva-gurum
giridh€ri-mur€ri-pur€ri-paraˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (7)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! Ele
é o Senhor Supremo Hari, Mukunda, que é adorado por todos os semideuses e sábios; É a jóia-
real entre todos os controladores e o guru de todas as entidades vivas. Ele é o levantador de
Giri-Govardhana, o matador do demônio Mura e o mestre do Senhor ®iva.

vabh€nu-sut€-vara-keli-paraˆ, r€sa-r€ja-iromaŠi-vea-dharam
jagad-…varam-…varam-…ya-varaˆ, bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam (8)

Apenas adore ®r… KŠa, o filho do rei de Vraja, que é um baú de inestimáveis jóias! Ele
Se dedica a aventuras amorosas com a filha de Vabh€nu Mah€r€ja, vestindo-Se
impecavelmente como o rei dos desfrutadores de r€sa; É o monarca supremo e o mais adorável
Senhor de toda criação.

(KŠa) Deva! Bhavantaˆ Vande


®r…la R™pa Gosv€m…

(kŠa) deva! bhavantaˆ vande


man-m€nasa-madhukaram arpaya nija-pada-pa‰kaja-makarande (1)

Ó Bhagav€n ®r… KŠa! Estou oferecendo uma prece a Você. Por favor, permita que o
mel nectáreo de Seus pés de lótus seja oferecido à abelha da minha mente. Em outras
palavras, permita que ela experimente o gosto da r€sa (humores transcendentais) desses pés
de lótus, de modo que jamais se atraia por outra coisa!

yadyapi sam€dhiu vidhir api payati na tava nakh€gra-mar…cim


idam icch€mi niamya tav€cyuta! tad api kp€dbhuta-v…cim (2)

Ó Acyuta! Apesar do próprio Senhor Brahm€, em pleno sam€dhi, não obter sequer um
vislumbre de um raio da refulgência das pontas dos dedos de Seus pés, mesmo assim, tendo
ouvido sobre as ondas de Sua misericórdia impressionante, desejo receber Sua graça.

bhaktir udañcati yadyapi m€dhava! na tvayi mama tila-m€tr…


paramevarat€ tad api tav€dhika-durgha˜a-gha˜ana-vidh€tr… (3)

Ó M€dhava! Embora eu não possua nem mesmo a quantidade equivalente a uma


semente de gergelim de bhakti por Você, ainda assim, pelo Seu poder inconcebível de tornar o
impossível possível, por favor, realize os desejos do meu coração.

ayam avilolatay€dya san€tana! kalit€dbhuta-r€sa-bh€ram


nivasatu nityam ih€mta-nindini-vindan madhurima-s€ram (4)

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Ó San€tana! Como Seus pés de lótus estão cheios de tão maravilhosa r€sa, permita que a abelha
da minha mente sempre resida nesse néctar, que envergonha tudo o mais, pois, eles são a
essência de toda doçura – esta é minha única prece.

®r… Madhur€˜akam
®r…mad Vallabh€c€rya

adharaˆ madhuraˆ vadanaˆ madhuraˆ, nayanaˆ madhuraˆ hasitaˆ madhuram


hdayaˆ madhuraˆ gamanaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (1)

Seus lábios são doces, Seu rosto é doce, Seus olhos são doces, Seu sorriso é doce, Seu
coração é doce, Seu andar é doce – tudo é doce no original Senhor da Doçura.

vacanaˆ madhuraˆ caritaˆ madhuraˆ, vasanaˆ madhuraˆ valitaˆ madhuram


calitaˆ madhuraˆ bhramitaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (2)

Sua voz é doce, Seu caráter é doce, Suas vestes são doces, Sua fala é doce, Seus
movimentos são doces, Seu perambular é doce -– tudo é doce no original Senhor da Doçura.

veŠur madhuro reŠur madhuraƒ, p€Šir madhuraƒ p€do madhuraƒ


ntyaˆ madhuraˆ sakhyaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (3)

Sua flauta é doce, a poeira dos Seus pés é doce, Suas mãos são doces, Seus pés são
doces, Sua dança é doce, Sua amizade é doce – tudo é doce no original Senhor da Doçura.

g…taˆ madhuraˆ p…taˆ madhuraˆ, bhuktaˆ madhuraˆ suptaˆ madhuram


r™paˆ madhuraˆ tilakaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (4)

Seu canto é doce, Seu beber é doce, Seu comer é doce, Seu dormir é doce, Sua beleza
é doce, Sua tilaka é doce – tudo é doce no original Senhor da Doçura.

karaŠaˆ madhuraˆ taraŠaˆ madhuraˆ, haraŠaˆ madhuraˆ ramaŠaˆ madhuram


vamitaˆ madhuraˆ amitaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (5)

Seus feitos são doces, Seus atos de salvação são doces, o Seu roubar é doce, Suas
brincadeiras amorosas são doces, o Seu bocejo é doce e, até mesmo Seus castigos, são doces –
tudo é doce no original Senhor da Doçura.

guñj€ madhur€ m€l€ madhur€, yamun€ madhur€ v…c… madhur€


salilaˆ madhuraˆ kamalaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (6)

Sua guirlanda de guñja é doce, Sua guirlanda é doce, Seu Rio Yamun€ é doce e suas
ondas, água e lótus são todos doces – tudo é doce no original Senhor da Doçura.

gop… madhur€ l…l€ madhur€, yuktaˆ madhuraˆ bhuktaˆ madhuram


h˜aˆ madhuraˆ li˜aˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (7)

Suas gop…s são doces, Seus passatempos são doces, Sua parafernália e ornamentos são
doces, Seu alimento é doce, Seu deleite é doce, Seu abraço é doce -– tudo é doce no original
Senhor da Doçura.

gop€ madhur€ g€vo madhur€, ya˜ir madhur€ s˜ir madhur€


dalitaˆ madhuraˆ phalitaˆ madhuraˆ, madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram (8)

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Seus gopas são doces, Suas vacas são doces, Seus companheiros são doces, Sua
criação é doce, o Seu derrotar de demônios é doce e Sua concessão de frutos é doce – tudo é
doce no original Senhor da Doçura.

G…tam – ®r… ®r… R€dhik€ P€da-Padme Vijñapti


®r…la R™pa Gosv€m…

r€dhe! jaya jaya m€dhava-dayite! gokula-taruŠ…-maŠala-mahite (1)

Ó ®r…mat… R€dhike ! Ó amada de M€dhava ! Ó Você, cujas glórias são cantadas pelas
jovens criadinhas de Gokula-maŠala ! Todas as glórias a Você ! Todas as glórias a Você !

d€modara-rati vardhana-vee! hari-niku˜a-vnd€vipinee! (2)


Da refulgência das extremidades das pontas dos Seus dedos dos pés até a extremidade
de Sua cabeça, Você está artisticamente vestida. Toda a sua aparência aumenta o apego
amoroso que D€modara tem por Você ! Ó, Rainha da floresta de Vnd€vana! Jardim de prazer
de ®r… Hari !

vabh€n™dadhi-nava-ai-lekhe! lalit€-sakhi! guŠa-ramita-vi€khe! (3)

Assim como a lua foi produzida pelo batimento do Oceano de Leite, Você surgiu como
a lua nova do oceano da afeição de Vabh€nu Mah€r€ja por Você. Ó querida amiga de Lalit€ !
Que cativou o coração de Sua sakh… íntima Vi€kh€ com as Suas encantadoras qualidades
(lalita) de amizade, bondade e lealdade a KŠa !

karuŠ€ˆ kuru mayi karuŠ€-bharite! sanaka-san€tana-varŠita-carite! (4)

Ó KaruŠa-may…, toda-compassiva! Até nai˜ika-brahmac€r…s como Sanaka e San€tana


(que descreveram a Sua a˜a-k€l…ya l…l€ nos Vedas, assim como Bh…madeva e ®ukadeva
Gosv€m…) meditam nas Suas qualidades e caráter transcendentais. Ó ®r… R€dhe ! Conceda-me a
Sua bondade !

®r… R€dh€-Kp€-Ka˜€ka-Stava-R€ja
– Falado por ®iva a Gaur… no Urdhv€mn€ya-tantra –

mun…ndra-vnda-vandite tri-loka-oka-h€riŠ…
prasanna-vaktra-pa‰kaje nikuñja-bh™-vil€sini
vrajendra-bh€nu-nandini vrajendra-s™nu-sa‰gate
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (1)

Ó ®r…mat… R€dhik€ – ®ukadeva, N€rada, Uddhava e todos os munis mais elevados, estão
sempre oferecendo vandan€ (preces) a Seus pés de lótus. Lembrar de Você e orar pelo Seu
sev€, milagrosamente, remove todas as misérias, pecados e ofensas das três esferas. Sua face
jovial floresce como um lótus e Você Se deleita nos passatempos nos kuñjas de Vraja. Você é a
filha de Vabh€nu Mah€r€ja e é a mais querida amada de Vrajendra nandana, com quem
sempre realiza vil€sa. Quando, ó quando, Você me concederá o Seu misericordioso olhar de
soslaio?

aoka-vka-vallar…-vit€na-maŠapa-sthite
prav€la-v€la-pallava-prabh€ ’ruŠ€‰ghri-komale
var€bhaya-sphurat-kare prabh™ta-sampad€laye
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (2)

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Você reside num pavilhão feito de trepadeiras que sobem nas árvores aoka. Seus
macios pés de lótus são como um lustroso coral rubro, folhas recém-brotadas e o sol nascente.
Suas mãos de lótus estão sempre ansiosas por realizar o anseio de Seus devotos e conceder a
benção do destemor. Você é a morada de profusos tesouros divinos e opulências - Ó ®r…mat…
R€dhik€, quando, ó quando, Você me concederá o Seu misericordioso olhar de soslaio?

ana‰ga-ra‰ga-ma‰gala-prasa‰ga-bha‰gura-bhruv€ˆ
savibhramaˆ sasambhramaˆ dganta-b€Ša-p€tanai
nirantaraˆ va…-kta-prat…ti-nanda-nandane
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (3)

No drama imensamente auspicioso encenado com brincadeiras amorosas (prema-


vil€sa) no campo de batalha do amor, Suas sobrancelhas curvam-se como arcos que
repentinamente lançam as flechas dos Seus olhares de soslaio, ferindo Nanda-nandana com
ilusão amorosa e levando-O à reverente submissão. Desta maneira Ele fica eternamente sob
Seu completo controle - Ó Radhik€, quando, ó quando, Você me concederá o Seu
misericordioso olhar de soslaio?

tait-suvarŠa-campaka-prad…pta-gaura-vigrahe
mukha-prabh€-par€sta-ko˜i-€radendu-maŠale
vicitra-citra-sañcarac-cakora-€va-locane
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (4)

A tez clara e brilhante de Seus membros é como o relâmpago, o ouro e flores campaka.
O brilho resplandecente de Sua face derrota até mesmo a refulgência de milhões de luas cheias
outonais e Seus olhos, irrequietos como aves cakora, exibem expressões surpreendentemente
novas e maravilhosas a cada momento - Ó ®r…mat… R€dhik€, quando, ó quando, Você me
concederá o Seu misericordioso olhar de soslaio?

madonmad€ti-yauvane pramoda-m€na-maŠite
priy€nur€ga-rañjite kal€-vil€sa-paŠite
ananya-dhanya-kuñja-r€jya-k€ma-keli-kovide
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (5)

Você está embriagada pela beleza de Sua própria juventude e está sempre adornada
com Seu ornamento proeminente: o Seu delicioso humor amuado (m€na). Você Se deleita com
o amor que Seu querido tem por Você e é supremamente hábil na arte dos assuntos amorosos.
No incomparável reino de maravilhosos kuñjas, Você é a mais versada em todas novidades do
amor - Ó ®r…mat… R€dhik€, quando, ó quando, Você me concederá o Seu misericordioso olhar
de soslaio?

aea-h€va-bh€va-dh…ra-h…ra-h€ra-bh™ite
prabh™ta-€ta-kumbha-kumbha-kumbhi kumbha-sustani
praasta-manda-h€sya-c™rŠa-p™rŠa-saukhya-s€gare
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (6)

Você é adornada com todas as Suas várias emoções profundas [ anur€ga, dhir€dhira,
kilakincita, etc.] por KŠa, que brilham na Sua pessoa como um colar de diamantes. Seus
encantadores seios são como um par de dourados potes d’água-gêmeos e, também, são como
os globos da cabeça de Jaya-nandin… (a esposa de Air€vata, o elefante carregador de Indra).
Exibindo Seu aclamado sorriso suave, Você é como um oceano transbordando de bem-
aventurança divina - Ó R€dhik€, quando, ó quando, Você me concederá o Seu misericordioso
olhar de soslaio?

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mŠ€la-v€la-vallar… tara‰ga-ra‰ga-dor-late
lat€gra-l€sya-lola-n…la-locan€valokane
lalal-lulan-milan-manojña mugdha-mohan€rite
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (7)

Seus braços macios são como delicados caules frescos de lótus, ondulando
elegantemente nas ondas. Assim como uma trepadeira dança numa lufada de vento, Seus
irrequietos olhos azulados lançam um olhar encantador. Seu encanto seduz o próprio Madana
Mohana que está a segui-la e, quando Se encontram, Você furta a mente Dele deixando-o
numa condição enfeitiçada e, então, Lhe dá abrigo. – Ó ®r…mat… R€dhik€, quando, ó quando,
Você me concederá o Seu misericordioso olhar de soslaio?

suvarŠa-m€lik€ñcita-tri-rekha-kambu-kaŠ˜hage
tri-s™tra-ma‰gal…-guŠa-tri-ratna-d…pti-d…dhiti
salola-n…la-kuntala-pras™na-guccha-gumphite
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (8)

Seu pescoço, belo como uma linda concha, está decorado com colares de ouro e
marcado com três linhas. Ornamentos feitos de jóias cintilantes de três cores oscilam em Seu
tris™tra (três cordões auspiciosos atados em volta do pescoço de uma noiva recém-casada) e
Suas tranças negras, entretecidas com buquês de coloridos botões de flor, balançam para cá e
para lá – Ó R€dhik€, quando, ó quando Você irá me conceder o Seu misericordioso olhar de
soslaio?
nitamba-bimba-lambam€na-pupa-mekhal€-guŠe
praasta-ratna-ki‰kiŠ…-kal€pa-madhya-mañjule
kar…ndra-uŠa-daŠik€-varoha-saubhagoruke
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (9)

Seus quadris arredondados estão decorados com flores pendentes e sininhos de jóias
pendem do cinturão de flores na Sua cintura encantadoramente delgada. O tilintar desses
sininhos com jóias é extremamente encantador. Suas lindas coxas afilam-se como a tromba
inclinada do rei dos elefantes – Ó ®r…mat… R€dhik€, quando, ó quando, Você me concederá Seu
misericordioso olhar de soslaio?

aneka-mantra-n€da-mañju-n™pur€-rava-skhalat
sam€ja-r€ja-haˆsa-vaˆa-nikvaŠ€ti-gaurave
vilola-hema-vallar…-viambi-c€ru-ca‰krame
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (10)

Seus cativantes sininhos de tornozeleiras de ouro, ressoam docemente com uma série
de mantras védicos, assemelhando-se ao gorjeio de um bando de cisnes reais e, enquanto Você
caminha, a beleza de Seus membros zomba da graça de trepadeiras douradas ondulantes – Ó
®r…mat… R€dhik€, quando, ó quando, Você me concederá Seu misericordioso olhar de soslaio?

ananta-ko˜i-viŠu-loka-namra-padmaj€rcite
him€drij€-pulomaj€-viriñcaj€-vara-prade
ap€ra-siddhi-ddhi-digdha-sat-pad€‰gul…-nakhe
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam? (11)
Você é adorada por ®r… Lakm…, a deusa de ilimitados milhões de planetas VaikuŠ˜ha.
®r… P€rvat…, Indr€Š… (a esposa de Indra) e Sarasvat…, todas A adoram e recebem suas bênçãos.
Meditar em apenas uma das unhas dos dedos dos Seus pés, concede uma infinita variedade de
perfeições – Ó ®r…mat… R€dhike, quando, ó quando, Você me concederá Seu misericordioso
olhar de soslaio?

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makhevari! kriyevari svadhevari surevari
triveda-bh€rat…vari pram€Ša-€sanevari
ramevari! kamevari pramoda-k€nanevari
vrajevari vraj€dhipe r… r€dhike namo ’stu te (12)

Você é a senhora de todos os tipos de sacrifício (especialmente do mais elevado


yugala-milana-yajña), de todas as ações (já que Você é a origem de todas as potências – m™la-
akti-tattva), dos mantras proferidos nos yajñas, das oferendas sacrificiais apresentadas aos
semideuses, de todos os semideuses, das palavras dos três Vedas, da aplicação de todos os
princípios das escrituras, de ®r… Ram€-dev… (a deusa da fortuna), de ®r… Kam€-dev… (a deusa do
perdão) e, especialmente, dos deliciosos kuñjas em Vnd€vana. Quando será que Você,
misericordiosamente, fará de mim a Sua d€s… e me concederá a qualificação para prestar serviço
nos Seus passatempos amorosos com o príncipe de Vraja? He ®r…mat… R€dhike, dona
(adhik€rin…-vrajevar…) e mantenedora (vrajadhipe) de Vraja! Ofereço praŠ€ma a Você
repetidamente.

it…mam adbhutaˆ-stavaˆ niamya bh€nu-nandin…


karotu santataˆ janaˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam
bhavet tadaiva sañcita-tri-r™pa-karma-n€anaˆ
bhavet tad€ vrajendra-s™nu-maŠala-praveanam (13)

Ó Vabh€nu-nandin…! Ao ouvir esta maravilhosa prece, por favor, torne-me o objeto


perpétuo do Seu olhar misericordioso. Então, pela influência da Sua misericórdia, que todas as
reações do meu karma possam ser destruídas e, realizando minha identidade interna como uma
mañjar…, que eu possa entrar no círculo das sakh…s de ®r…mat… R€dhik€ para participar nos
eternos passatempos de ®r… Vrajendra-s™nu.

Kalayati Nayanam
®r… R€y€ R€m€nanda

kalayati nayanaˆ dii dii valitam, pa‰kajam iva mdu-m€ruta-calitam (1)

Os olhos de R€dh€ movem-se em todas as direções como um lótus movimentando-se


numa brisa suave.

keli-vipinaˆ praviati r€dh€, pratipada-samudita-manasija-b€dh€ (2)

Torturada por desejos amorosos sempre crescentes, R€dh€ adentra a floresta dos
passatempos.

vinidadhati mdu-manthara-p€daˆ, racayati kuñjara-gatim anuv€dam (3)

Ela caminha com passos suaves e lentos, tão graciosamente como um elefante.

janayati rudra-gaj€dhipa-muditaˆ, r€m€nanda-r€ya-kavi-gaditam (4)

Que estas palavras faladas pelo poeta R€m€nanda R€y€ tragam felicidade ao Gajapati
Mah€r€ja Prat€parudra.

®r… R€dhik€˜akam (1)


®r…la R™pa Gosv€m…

dii dii racayant…ˆ sañcaran-netra-lakm…-


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vilasita-khural…bhiƒ khañjar…˜asya khel€m
hdaya-madhupa-mall…ˆ ballav€dh…a-s™nor
akhila-guŠa-gabh…r€ˆ r€dhik€m arcay€mi (1)

Adoro essa ®r…mat… R€dhik€, cujos olhos inquietos movem-se como bandos de pássaros
khañjar…˜a (lavandiscas) alegremente vagando em todas as direções, constantemente buscando
por sua presa, ®r… KŠa. Ao vê-lo, tal como uma caçadora perita, Ela lança as flechas dos Seus
provocantes olhares de soslaio. Ela é como a flor de jasmim para o abelhão ®r… KŠa. Assim
como o jasmim deixa a abelha eufórica, Ela dá muita alegria ao coração de ®r… KŠa, fazendo
com que Ele seja completamente Dela. Ela é muito misteriosa com Suas incontáveis qualidades
profundas.

pitur iha vabh€nor anvav€ya-praastiˆ


jagati kila samaste su˜hu vist€rayant…m
vraja-npati-kum€raˆ khelayant…ˆ sakh…bhiƒ
surabhiŠi nija-kuŠe r€dhik€m arcay€mi (2)

Adoro essa ®r…mat… R€dhik€, que aumenta maravilhosamente a fama da dinastia de


Vabh€nu Mah€r€ja, aqui em Vraja e pelo mundo inteiro, ao induzir o Príncipe de Vraja a
largar Seu comportamento real e brincar abertamente, de maneira despreocupada, com Ela e
todas as sakh…s em Seu kuŠa fragrante.

arad-upacita-r€k€-kaumud…-n€tha-k…rtiprakara-
damana-d…k€-dakiŠa-smera-vaktr€m
na˜ad-aghabhid-ap€‰gottu‰git€na‰ga-ra‰g€m
kalita-ruci-tara‰g€ˆ r€dhik€m arcay€mi (3)

Adoro essa ®r…mat… R€dhik€, cujo sorridente rosto de lótus em flor empalidece a vasta
glória da reluzente lua cheia arad, do senhor dos lótus kumud que florescem à noite e diminui
a beleza de todas as outras gop…s [da mesma forma que o guru no d…k€ corta o orgulho de seu
discípulo]. Seus puros desejos amorosos são incitados pelos dançantes olhares de soslaio de
Aghabhid ®r… KŠa e Ela é dotada de ondas de beleza, graça e charme.

vividha-kusuma-vndotphulla-dhammilla-dh€˜…-
vigha˜ita-mada-gh™rŠat keki-piñcha-praastiˆ
madhuripu-mukha-bimbodg…rŠa-t€mb™la-r€gasphurad-
amala-kapol€ˆ r€dhik€m arcay€mi (4)
Adoro esta ®r…mat… R€dhik€, cujo cabelo trançado, belamente adornado com ramos de
muitas variedades de flores plenamente desabrochadas, ataca e difama a beleza das penas da
cauda de um pavão dançando intoxicado. Suas bochechas, puras e imaculadas, são
avermelhadas e muito reluzentes devido ao sumo de t€mb™la dos lábios da fruta bimba de
Madhuripu ®r… KŠa.

amalina-lalit€ntaƒ sneha-sikt€ntara‰g€m
akhila-vidha-vi€kh€-sakhya-vikhy€ta-…l€m
sphurad-aghabhid-anargha-prema-m€Šikya-pe˜…ˆ
dhta-madhura-vinod€ˆ r€dhik€m arcay€mi (5)

Adoro esta ®r…mat… R€dhik€, cujo coração está sempre saturado com o puro e irrestrito
afeto de Lalit€ Sakh…, cuja natureza sublime torna-se mais famosa por compartilhar amizade
íntima com Viakh€ Sakh…, que é como um cofre de tesouro no qual Ela esconde o cintilante e
inestimável rubi de prema por Aghabhid ®r… KŠa, que Se banha e Se veste em Sua própria
beleza e doçura (Seus diferentes bh€vas por ®r… KŠa).

atula-mahasi vnd€raŠya-r€jye ’bhiikt€ˆ


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nikhila-samaya-bhartuƒ k€rtikasy€dhidev…m
aparimita-mukunda-preyas…-vnda-mukhy€ˆ
jagad-agha-hara-k…rtiˆ r€dhik€m arcay€mi (6)

Adoro esta ®r…mat… R€dhik€, que é entronizada como a rainha da festiva e incomparável
morada suprema, ®r… Vnd€vana. Que é a deusa que preside K€rttika, o rei dos meses, que é a
principal entre as inúmeras amadas de ®r… KŠa e cuja fama, que destrói pecados, concede o
desejo de servir a KŠa.

hari-pada-nakha-ko˜…-p˜ha-paryanta-s…m€ta
˜am api kalayant…ˆ pr€Ša-ko˜er abh…˜am
pramudita-madir€k…-vnda-vaidagdhya-d…k€gurum
ati-guru-k…rtiˆ r€dhik€m arcay€mi (7)

Adoro esta ®r…mat… R€dhik€, que considera que apenas a extremidade da ponta de um
dedo dos pés de ®r… KŠa, por si só, já é milhões de vezes mais querida para Ela do que Sua
própria vida. Na verdade, ®r… KŠa é a própria vida Dela e Ela não conhece nada além Dele.
Famosa como a mestre iniciadora para as alegres gop…s, cujos belos olhos estão embriagados de
prema, Ela as instrui nas artes de, habilmente, servir a KŠa.

amala-kanaka-pa˜˜odgh˜a-k€m…ra-gaur…ˆ
madhurima-lahar…bhiƒ sampar…t€ˆ kior…m
hari-bhuja-parirabdh€ˆ labdha-rom€ñca-p€liˆ
sphurad-aruŠa-duk™l€ˆ r€dhik€m arcay€mi (8)

Adoro esta ®r…mat… R€dhik€, cuja tez clara assemelha-se ao açafrão que foi moído sobre
uma placa de ouro puro, cujos passatempos joviais estão repletos de intermináveis ondas de
doçura, cujos pelos se arrepiam em êxtase ao ser abraçada por ®r… KŠa e cuja vestimenta tem
a cor do sol nascente.

tad-amala-madhurimŠ€ˆ k€mam €dh€ra-r™paˆ


paripa˜hati vari˜haˆ su˜hu r€dh€˜akaˆ yaƒ
ahima-kiraŠa-putr…-k™la-kaly€Ša-candraƒ
sphu˜am akhilam abh…˜aˆ tasya tu˜as tanoti (9)

Aqueles que recitam, amorosa e profundamente, este maravilhoso R€dhik€˜akam, que


personifica a doçura pura de ®r…mat… R€dhik€, satisfarão a lua de toda auspiciosidade, ®r…
KŠacandra, que está brincando às margens do Yamun€ com ®r…mat… R€dhik€. O próprio KŠa
fará com que a flor de lótus do desejo de servir ®r…mat… R€dhik€ desabroche em Seus corações.
(Esse a˜aka é recitado na métrica poética conhecida como “M€lin…”.)

®r… R€dhik€˜akam (2)


®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…

r€sa-valita-mg€k…-mauli-m€Šikya-lakm…ƒ
pramudita-mura-vairi-prema-v€p…-mar€l…
vraja-vara-vabh€noƒ puŠya-g…rv€Ša-vall…
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (1)

®r…mat… R€dhik€ é a brilhante jóia na coroa das donzelas r€sika. Ela é o cisne que flutua,
cheio de alegria, no lago de prema de ®r… KŠa e é a trepadeira que realiza os desejos da
devoção de Vabh€nu Mah€r€ja. Quando esta ®r…mat… R€dhik€ me banhará no Seu serviço?

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sphurad-aruŠa-duk™la-dyotitodyan-nitamba
sthalam abhi-vara-k€ñc…-l€syam ull€sayant…
kuca-kalasa-vil€sa-sph…ta-mukt€-sara-r…ƒ
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (2)

Ao redor dos quadris bem formados de ®r…mat… R€dhik€, esplendorosamente cobertos


por radiante tecido de seda avermelhado, dança uma excelente corrente de ouro e nos seios
Dela, semelhantes a potes d’água, repousa um magnífico colar de pérolas. Quando esta ®r…mat…
R€dhik€ me banhará no Seu serviço?

sarasija-vara-garbh€kharva-k€ntiƒ samudyat
taruŠima-ghanas€r€li˜a-kaiora-s…dhuƒ
dara-vikasita-h€sya-syandi-bimb€dhar€gr€
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (3)

A refulgência de ®r…mat… R€dhik€ é como a do verticilo ( k€rnik€) de uma excelsa flor de


lótus florescente, Sua pré-adolescência é como néctar misturado com a fugaz cânfora fragrante
da Sua tenra puberdade e Seus lábios, levemente sorridentes, semelhantes à fruta bimba,
exibem um toque de h€sya-r€sa (humor). Quando esta ®r…mat… R€dhik€ me banhará no Seu
serviço?
ati-ca˜ulataraˆ taˆ k€nan€ntar milantaˆ
vraja-npati-kum€raˆ v…kya a‰k€-kul€k…
madhura-mdu-vacobhiƒ saˆstut€ netra-bha‰gy€
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (4)
Encontrando inesperadamente o caprichoso príncipe de Vraja na floresta, ®r…mat…
R€dhik€ O contempla com olhos apreensivos. Depois, com Suas doces e ternas palavras e com
olhares sinuosos, Ela produz uma troca íntima com Ele. Quando será que esta ®r…mat… R€dhik€
me banhará no Seu serviço?

vraja-kula-mahil€n€ˆ pr€Ša-bh™t€khil€n€ˆ
paupa-pati-ghiŠy€ƒ kŠa-vat prema-p€tram
sulalita-lalit€ntaƒ sneha-phull€ntar€tm€
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (5)

®r…mat… R€dhik€ é a própria vida de todas as donzelas de Vraja. Tal como ®r… KŠa, Ela
é o feliz receptáculo da afeição de ®r… Yaod€ e Seu coração está explodindo com o encantador
afeto íntimo de Lalit€ ®akh…. Quando será que esta ®r…mat… R€dhik€ me banhará no Seu serviço?
niravadhi sa-vi€kh€ €khi-y™tha-pras™naiƒ
srajam iha racayant… vaijayant…ˆ van€nte
agha-vijaya-varoraƒ preyas… reyas… s€
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (6)

®r…mat… R€dhik€ personifica a auspiciosidade suprema, Ela reside em ®r… Vnd€vana


sempre acompanhada por Vi€kh€ ®akh…, com quem prepara guirlandas vaijayant… feitas das
flores de várias árvores e, portanto, é a mais querida para o maravilhoso peito de ®r… KŠa, o
subjugador do demônio Agha (Agha-Vijaya). Quando esta ®r…mat… R€dhik€ me banhará no Seu
serviço?

praka˜ita-nija-v€saˆ snigdha-veŠu-praŠ€dair
druta-gati-harim €r€t pr€pya kuñje smit€k…
ravaŠa-kuhara-kaŠ™ˆ tanvat… namra-vaktr€
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (7)

Com o som de Sua flauta encantadora, ®r… KŠa revela Sua presença dentro de um
kuñja e Ela corre rapidamente para Ele. Ao vê-lo, com sorridentes olhos semi-cerrados, Ela
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abaixa a cabeça e, com algum pretexto, coça Sua orelha. Quando será que esta ®r…mat… R€dhik€
me banhará no Seu serviço?

amala-kamala-r€ji-spari-v€ta-pra…te
nija-sarasi nid€ghe s€yam ull€sin…yam
parijana-gaŠa-yukt€ kr…ayant… bak€riˆ
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu (8)

Nas noites de verão, nas águas de Seu próprio kuŠa, refrescante devido à brisa gentil
que acaricia os muitos lótus imaculados dali, Ela, muito alegremente, ocupa ®r… KŠa em
brincadeiras aquáticas na companhia de Lalit€ e Suas outras sakh…s. Quando será que essa ®r…
mat… R€dhik€ me banhará no Seu serviço?

pa˜hati vimala-cet€ m˜a-r€dh€˜akaˆ yaƒ


parihta-nikhil€€-santatiƒ k€taraƒ san
paupa-pati-kum€raƒ k€mam €moditas taˆ
nija-jana-gaŠa-madhye r€dhik€y€s tanoti (9)
®r… KŠa ficará tão satisfeito com aquela pessoa de coração e mente puros que,
humildemente, recita este puro R€dhik€˜akam, abandonando todas as esperanças e aspirações
a não ser a de r€dh€-d€sya, que Ele lhe concederá entrada no séquito eterno de ®r…mat…
R€dhik€. (Este a˜aka é recitado na métrica poética conhecida como “M€lin…”.)

®r… R€dhik€˜akam (3)


®r…la KŠad€sa Kavir€ja Gosv€m…

ku‰kum€kta-k€ñcan€bja-garvah€ri-gaurabh€
p…tan€ñcit€bja-gandha-k…rti-nindi-saurabh€
ballavea-s™nu-sarva-v€ñchit€rtha-s€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (1)

A tez de ®r…mat… R€dhik€ retira o orgulho da flor de lótus dourada colorida com ku
‰kuma, Sua fragância corpórea censura a fama do lótus fragrante borrifado com pó de açafrão
e Ela realiza todos os desejos do príncipe de Vraja, ®r… KŠa. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre
me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

kauravinda-k€nti-nindi-citra-pa˜˜a-€˜ik€
kŠa-matta-bh‰ga-keli-phulla-pupa-v€˜ik€
kŠa-nitya-sa‰gam€rtha-padma-bandhu-r€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (2)

O deslumbrante s€r… de seda colorido de ®r…mat… R€dhik€ derrota o esplendor do coral.


Ela é um jardim de todas as variedades de notáveis flores que atraem o abelhão enlouquecido,
®r… KŠa, que vem brincar entre Suas flores. Ela adora o deus do sol a fim de encontrar com
KŠa eternamente. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

saukum€rya-s˜a-pallav€li-k…rti-nigrah€
candra-candanotpalendu-sevya-…ta-vigrah€
sv€bhimara-ballav…a-k€ma-t€pa-b€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (3)

A suavidade de ®r…mat… R€dhik€ derrota a fama dos delicados botões de flores; o frescor
de Seu corpo é adorado pela lua, pela pasta de sândalo, pelo lótus e pela cânfora. Seu toque
dissipa o calor dos desejos amorosos de Gop…jana-vallabha ®r… KŠa. Que esta ®r…mat… R€dhik€
sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.
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viva-vandya-yauvat€bhivandit€pi y€ ram€
r™pa-navya-yauvan€di-sampad€ na yat-sam€
…la-h€rda-l…lay€ ca s€ yato ’sti n€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (4)

Embora Lakm…-dev… seja honrada por todas as damas adoráveis do universo, a


opulência de sua grande beleza e juventude, sempre viçosa, é superada pela de ®r…mat…
R€dhik€. Tampouco, Lakm…-dev… consegue superar a natural e divertida disposição amorosa
Dela. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.
r€sa-l€sya-g…ta-narma-sat-kal€li-paŠit€
prema-ramya-r™pa-vea-sad-guŠ€li-maŠit€
viva-navya-gopa-yoid-€lito ’pi y€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (5)

®r…mat… R€dhik€ é paŠit€ (perita) em todas as artes celestiais da r€sa-l…l€, como dançar,
cantar e gracejar; Ela está adornada com prema sobrenatural, beleza encantadora, vestes e
ornamentos maravilhosos e todas as virtudes divinas. Ela é a mais elevada jovem donzela de
Vraja. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

nitya-navya-r™pa-keli-kŠa-bh€va-sampad€
kŠa-r€ga-bandha-gopa-yauvateu kampad€
kŠa-r™pa-vea-keli-lagna-sat-sam€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (6)

®r…mat… R€dhik€, por Sua sempre jovial beleza, diversão e afeição, faz com que todas as
jovens donzelas de Vraja, que estão fadadas a amar ®r… KŠa, tremam de ansiedade. Ela está
imersa em sam€dhi sempre pensando na beleza, adornos e passatempos divertidos de ®r…
KŠa. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

sveda-kampa-kaŠ˜ak€ru-gadgad€di-sañcit€mara-
hara-v€mat€di-bh€va-bh™aŠ€ñcit€
kŠa-netra-toi-ratna-maŠan€li-d€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (7)

Em divino êxtase, ®r…mat… R€dhik€ manifesta transpiração, pêlos arrepiados, tremores,


lágrimas e voz embargada; Ela está adornada com indignação, júbilo e contrariedade. Ela usa
esplêndidos ornamentos cravejados de jóias, que deleitam os olhos de ®r… KŠa. Que esta ®r…
mat… R€dhik€ sempre me conceda o serviço a Seus pés de lótus.

y€ kaŠ€rdha-kŠa-viprayoga-santatodit€neka-
dainya-c€pal€di-bh€va-vnda-modit€
yatna-labdha-kŠa-sa‰ga-nirgat€khil€dhik€
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ (8)

®r…mat… R€dhik€ ao ser separada de ®r… KŠa por até mesmo meio instante, fica
angustiada por sentimentos que sempre surgem, sobre Sua própria inferioridade e grande
inquietação. Ela Se alivia de toda angústia mental ao encontrar com KŠa por intermédio de
intensos esforços de um de Seus mensageiros. Que esta ®r…mat… R€dhik€ sempre me conceda o
serviço a Seus pés de lótus.

a˜akena yas tv anena nauti kŠa-vallabh€ˆ


darane ’pi ailaj€di-yoid-€li-durlabh€m
kŠa-sa‰ga-nandit€tma-d€sya-s…dhu-bh€janaˆ
taˆ karoti nandit€li-sañcay€u s€ janam (9)
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®r…mat… R€dhik€, cujo darana raramente é obtido mesmo por P€rvat…-dev… e outras
deusas, que dá grande prazer a Suas sakh…s, que fica exultante ao encontrar com ®r… KŠa e
que é a mais querida amada de ®r… KŠa, com grande rapidez, torna a pessoa que orar a Ela
cantando este a˜aka receptora do néctar do Seu serviço. (Este a˜aka é recitado na métrica
poética conhecida como “T™Šaka”.)

®r… G€ndharv€-Sampr€rthan€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

vnd€vane viharator iha keli-kuñje


matta-dvipa-pravara-kautuka-vibhrameŠa
sandarayasva yuvayor vadan€ravinda-
dvandvaˆ vidhehi mayi devi! kp€ˆ pras…da (1)

Ó Devi R€dhik€! Você e ®r… KŠa estão constantemente desfrutando de Seus


passatempos amorosos ambrosíacos nos frondosos e prazerosos bosques de Vnd€vana, tal
como o embriagado rei dos elefantes brincando com sua consorte. Portanto, ó G€ndharvike,
fique satisfeita comigo e, misericordiosamente, conceda-me o darana de Sua face de lótus e
também da de Seu amado KŠa, as quais são como lótus.

h€ devi! k€ku-bhara-gadgaday€dya v€c€


y€ce nipatya bhuvi daŠavad udbha˜€rtiƒ
asya pras€dam abudhasya janasya ktv€
g€ndharvike! nija-gaŠe gaŠan€ˆ vidhehi (2)

Ó Devi G€ndharvike! Estou em sofrimento profundo e, por isso, agora me jogo ao


chão como uma vara, humildemente implorando e com a voz embargada, para que seja
misericordiosa com este tolo. Por favor, considere-me como sendo Seu.

y€me! ram€-ramaŠa-sundarat€-vari˜há-
saundarya-mohita-samasta-jagaj-janasya
y€masya v€ma-bhuja-baddha-tanuˆ kad€haˆ
tv€m indir€-virala-r™pa-bhar€ˆ bhaj€mi? (3)

Ó ®y€me! Seu Senhor é ainda mais encantador que N€r€yaŠa Bhagav€n e Sua beleza
encanta toda a criação. Você está sempre à esquerda do Senhor, envolta em Seu abraço. Sua
beleza jamais pode ser igualada, mesmo por Lakm…-dev…. Quando adorarei apropriadamente
Sua beleza?

tv€ˆ pracchadena mudira-cchavin€ pidh€ya


mañj…ra-mukta-caraŠ€ˆ ca vidh€ya devi!
kuñje vrajendra-tanayena vir€jam€ne
naktaˆ kad€ pramudit€m abhis€rayiye? (4)

Ó Dev… R€dhike! Quando serei capaz de tornar-me Sua sakh…? Quando poderei
satisfazê-la ao vestir Sua forma transcendental num s€r… da cor de uma nuvem de chuva e retirar
as tornozeleiras de Seus pés, levando-a até um deslumbrante kuñja para um encontro amoroso
noturno com ®r… Nanda-nandana?
kuñje pras™na-kula-kalpita-keli-talpe
saˆvi˜ayor madhura-narma-vil€sa-bh€joƒ
loka-tray€bharaŠayo caraŠ€mbuj€ni
saˆv€hayiyati kad€ yuvayor jano ’yam? (5)

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Ó Dev…! Dentro de um kuñja, Você e ®r… KŠa deitam numa cama de muitos tipos de
flores, o local das brincadeiras para Sua doce diversão amorosa. Quando receberei a
oportunidade de servir aos pés de lótus de ambos, os Seus e de Seu amado que, juntos, são a
própria ornamentação dos três mundos? Ó, quando virá esse dia auspicioso?

tvat-kuŠa-rodhasi vil€sa-parirameŠa
sved€mbu-cumbi-vadan€mburuha-riyau v€m
vnd€vanevari! kad€ taru-m™la-bh€jau
saˆv…jay€mi camar…-caya-c€mareŠa? (6)

Ó Vnd€vanevar…! Após desfrutar de brincadeiras amorosas com ®r… KŠa às margens


do Seu kuŠa, Seus rostos de lótus ficam reluzentemente decorados com gotas de transpiração.
Assim, Vocês descansam sobre uma siˆh€sana encrustrada com jóias sob uma árvore-dos-
desejos. Estando vocês nesta condição, quando poderei refrescá-los, abanando-os com uma
c€mara?
l…n€ˆ nikuñja-kuhare bhavat…ˆ mukunde
citraiva s™citavat… rucir€ki! n€ham
bhugn€ˆ bhruvaˆ na racayeti m€-ru€ˆ tv€m
agre vrajendra-tanayasya kad€ nu neye? (7)

Ó R€dhike de lindos olhos! Ao esconder-se num local secreto dentro de um kuñja, ®r…
KŠa descobrirá onde Você está. Aproximando-se de mim, você perguntará: “Ei R™pa-mañjar…!
Por que você mostrou meu esconderijo a Krsna”? Então responderei: “Não, não fui eu que
contei a Ele, foi Citra Sakh…. Por favor, não Se zangue comigo.” Quando será que Lhe falarei
estas palavras suplicantes, enquanto A vejo de pé diante de KŠa me acusando? Quando
chegará tal dia?
v€g-yuddha-keli-kutuke vraja-r€ja-s™nuˆ
jitvonmad€m adhika-darpa-vik€si-jalp€m
phull€bhir €libhir analpam ud…ryam€Ša-
stotr€ˆ kad€ nu bhavat…m avalokayiye? (8)

Quando derrota ®r… KŠa numa divertida guerra de palavras, Você Se alegra
imensamente e compraz-se da vitória com Suas amigas. Então, as sakh…s expressam seu deleite
exclamando “Jaya R€dhe! Jaya R€dhe!” Ó, quando terei a suficiente boa fortuna para participar
desse coro da vitória?

yaƒ ko ’pi su˜hu vabh€nu-kum€rik€y€ƒ


sampr€rthan€˜akam idaˆ pa˜hati prapannaƒ
s€ preyas€ saha sametya dhta-pramod€
tatra pras€da-lahar…m urar…-karoti (9)

Qualquer alma rendida que, com grande fé, recitar estes oito apelos para a filha de
Vabh€nu Mah€r€ja, receberá Seu darana direto, acompanhada de Seu amado ®r… KŠa e
sentirá as ondas de Sua felicidade caindo sobre si. (Este a˜aka é recitado na métrica
poética conhecida como ‘Vasantatilak€’.)

®r… R€dh€-Stotram
De uma conversa entre Brahm€ e N€rada no Brahm€Ša Pur€Ša

ghe r€dh€ vane r€dh€ r€dh€ p˜he puraƒ sthit€


yatra yatra sthit€ r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (1)

R€dh€ está em casa, R€dh€ está na floresta, Ela está tanto atrás, quanto à minha frente.
Eu adoro a onipenetrante R€dh€j…, onde quer que Ela esteja presente.
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jihv€ r€dh€ rutau r€dh€ r€dh€ netre hdi sthit€


sarv€‰ga-vy€pin… r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (2)

R€dh€ está na minha língua, R€dh€ está em meus ouvidos, R€dh€ está nos meus olhos
e dentro do meu coração. Eu adoro R€dh€j…, que está dentro dos corpos de todos.

p™j€ r€dh€ japo r€dh€ r€dhik€ c€bhivandane


smtau r€dh€ iro r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (3)

R€dh€ está no meu p™j€, R€dh€ está em meu mantra-japa, R€dh€ está nas minhas
preces, R€dh€ está na minha memória e R€dh€ está na minha cabeça – eu adoro esta R€dh€j….

g€ne r€dh€ guŠe r€dh€ r€dhik€ bhojane gatau


ratrau r€dh€ div€ r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (4)

Sempre que canto, canto sobre as qualidades de R€dh€, tudo que como é pras€da de
R€dh€, onde quer que eu vá, sempre lembro-me de R€dh€; R€dh€ está na noite, R€dh€ está no
dia – eu adoro esta R€dh€j….

m€dhurye madhur€ r€dh€ mahattve r€dhik€ guruƒ


saundarye sundar… r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (5)

R€dh€ é a doçura em tudo que é doce; de tudo que é importante, R€dh€ é a mais
importante e de tudo que é belo, R€dh€ é a beleza suprema – eu adoro esta R€dh€j….

r€dh€ r€sa-sudh€-sindhu r€dh€ saubh€gya-mañjar…


r€dh€ vraj€‰gan€-mukhy€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (6)

R€dh€ é o oceano de r€sa nectárea, R€dh€ é o botão da flor de toda boa fortuna, R€dh€
é a principal gop… de Vraja – eu adoro esta R€dh€j….

r€dh€ padm€nan€ padm€ padmodbhava-sup™jit€


padme vivecit€ r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (7)

Por que o rosto de R€dh€ é como uma imaculada flor de lótus, Ela é conhecida como
Padma. Ela é adorada por Brahm€, que apareceu do lótus emanado do umbigo de ViŠu e,
quando Seu pai A viu pela primeira vez, Ela descansava sobre um lótus – eu adoro esta R€dh€j….

r€dh€ kŠ€tmik€ nityaˆ kŠo r€dh€tmako dhruvam


vnd€vanevar… r€dh€ r€dhaiv€r€dhyate may€ (8)

R€dh€ está eternamente imersa em ®r… KŠa, KŠa certamente está sempre imerso em
R€dh€ e R€dh€ é a rainha de Vnd€vana – eu adoro esta R€dh€j….

jihv€gre r€dhik€-n€ma netr€gre r€dhik€-tanuƒ


karŠe ca r€dhik€-k…rtir m€nase r€dhik€ sad€ (9)

O nome de R€dh€ está na ponta da minha língua, a bela forma de R€dh€ está sempre
diante de meus olhos, descrições da fama de R€dh€ estão sempre em meus ouvidos e R€dh€
sempre reside em minha mente.

kŠena pa˜hitaˆ stotraˆ r€dhik€-pr…taye param


yaƒ pa˜het prayato nityaˆ r€dh€-kŠ€ntigo bhavet (10)

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Quem quer que recite, com grande atenção e esmero, esta oração falada por ®r… KŠa,
alcançará o serviço amoroso aos pés de ®r… R€dh€-KŠa.

€r€dhita-man€ƒ kŠo r€dh€r€dhita-m€nasaƒ


kŠ€kta-man€ r€dh€ r€dh€-kŠeti yaƒ pa˜het (11)

®r…mat… R€dhik€ adora ®r… KŠa em Seu coração e mente e KŠa adora ®r…mat… R€dhik€
em Seu coração e mente; ®r… KŠa atrai o coração e a mente de R€dhik€ e R€dhik€ atrai o
coração e a mente de KŠa. Quem cantar amorosamente esta oração, se tornará similarmente
atraído pelos pés de lótus de ®r… R€dh€-KŠa.

®r… R€dh€-Pr€rthan€
®r… Vi˜hal€c€rya

kpayati yadi r€dh€ b€dhit€ea-b€dh€, kim apara-vii˜aˆ pu˜i-mary€dayor me


yadi vadati ca kiñcit smera-h€sodita-r…r, dvija-vara-maŠi-pa‰kty€ mukti-ukty€ tad€ kim (1)

Se ®r…mat… R€dhik€ for misericordiosa comigo, todos os obstáculos à minha devoção


serão removidos. Não haverá nada mais a obter, pois terei recebido os frutos oferecidos tanto
pela senda de vaidh…-m€rga, quanto de r€ga-m€rga. Se Ela falar comigo enquanto sorri
suavemente, verei Suas brilhantes carreiras de dentes que são como fileiras de jóias
inestimáveis. Tendo os visto uma vez, a meta de alcançar a liberação da existência material se
tornará insignificante.

y€masundara ikhaŠa-ekhara, smera-h€sa mural…-manohara


r€dhik€-r€sika m€ˆ kp€-nidhe, sva-priy€-caraŠa-ki‰kar…ˆ kuru (2)

He ®y€masundara! Ó ®ikhaŠa-ekhara (Cuja cabeça está sempre adornada


com penas de pavão)! Seu rosto é sempre embelezado por um sorriso brincalhão, Seu tocar da
flauta é encantador e Você é tão perito em saborear r€sa com ®r…mat… R€dhik€. Por ser um
oceano de misericórdia, apelo para que, por favor, faça de mim uma ki‰kar… (serva) aos pés de
Sua amada.

pr€Šan€tha-vabh€nu-nandin…- r…-mukh€bja-rasalola-a˜pada
r€dhik€-pada-tale kta-sthitiˆ, tv€ˆ bhaj€mi r€sikendra-ekhara (3)

Você é o Senhor da vida da filha de Vabh€nu Mah€r€ja e é como uma abelha que
está sempre ansiosa por saborear o néctar dos lábios Dela. Ó R€sika-ekhara, líder daqueles
que são r€sikas! Não desejo nada além de sempre residir aos pés de ®r…mat… R€dhik€.

saˆvidh€ya daane tŠaˆ vibho, pr€rthaye vraja-mahendra-nandana


astu mohana tav€ti-vallabh€, janma-janmani mad-…var… priy€ (4)

He Nanda-nandana! Ó Prabhu onipenetrante! Ó Você, que encanta minha mente e, de


fato, as mentes de todos! Colocando um pedaço de palha entre meus dentes, minha humilde
súplica a Você é que Ela, o amor de Sua vida, permaneça minha querida deusa adorável
nascimento após nascimento.

®r… Ma‰gala-G…tam
®r… Jayadeva Gosv€m…

Refrão: r€dhe kŠa govinda gop€la nanda-dul€la yaod€-dul€la


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jaya jaya deva! hare

rita-kamal€kuca-maŠala! dhta-kuŠala! e
kalita-lalita-vanam€l€! jaya jaya deva! hare (1)

Ó Você, que Se abriga nos seios de sarva-lakm…-may… ®r…mat… R€dhik€! Ó Você, que
usa brincos em forma de peixe e uma encantadora guirlanda de flores silvestres! Deva! Hare!
Todas as glórias a Você!

dina-maŠi-maŠala-maŠana! bhava-khaŠana! e
muni-jana-m€nasa-haˆsa! jaya jaya deva! hare (2)

Ó Você, que é o ornamento supremo de todo o sistema solar! Ó Você, que corta os
liames do mundo material! Ó cisne, que vaga deliciosamente pelo lago das mentes dos sábios
pensativos! Deva! Hare! Todas as glórias a Você!

k€l…ya-via-dhara-gañjana! jana-rañjana! e
yadu-kula-nalina-dinea! jaya jaya deva! hare (3)

Ó subjugador da venenosa arrogância de K€l…ya e encantador dos Vrajav€s…s! Ó Você,


que é o sol que faz as flores de lótus da dinastia Yadu desabrocharem! Deva! Hare! Todas as
glórias a Você!

madhu-mura-naraka-vin€ana! garu€sana! e
sura-kula-keli-nid€na! jaya jaya deva! hare (4)

Ó destruidor dos demônios Madhu, Mura e Naraka! Ó Você, que monta em Garua! Ó
causa original do deleite dos semideuses! Deva! Hare! Todas as glórias a Você!

amala-kamala-dala-locana! bhava-mocana! e
tri-bhuvana-bhavana-nidh€na! jaya jaya deva! hare (5)

Ó Você, cujos grandes olhos são como pétalas de lótus imaculadas e que libera as
almas do mundo material! Ó fundamento de todos os três mundos! Deva! Hare! Todas as glórias
a Você!

janaka-sut€-kta-bh™aŠa! jita-d™aŠa! e
samara-amita-daakaŠ˜ha! jaya jaya deva! hare (6)

Ó Você, que na R€ma-l…l€, foi ornamentado pela filha de Janaka; que conquistou o
demônio D™aŠa e derrotou R€vaŠa de dez cabeças na batalha! Deva! Hare! Todas as glórias a
Você!

abhinava-jaladhara-sundara! dhta-mandara! e
r…-mukha-candra-cakora! jaya jaya deva! hare (7)

He ®y€masundara, Sua beleza é como a de uma nuvem fresquinha carregada de chuva!


Ó Você, que ergueu a montanha Girir€ja (Montanha Mandara)! Ó pássaro cakora, Você está
enamorado pelo rosto semelhante à lua de ®r…mat… R€dhik€! Deva! Hare! Todas as glórias a
Você!

tava caraŠe praŠat€ vayam iti bh€vaya e


kuru kualaˆ praŠateu jaya jaya deva! hare (8)

Ó Senhor, Você remove as tribulações de Jayadeva! Nós, devotos que caímos aos Seus
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pés, imploramos que, por favor, conceda-nos auspiciosidade.

r…-jayadeva-kaver idaˆ kurute mudam


ma‰galam-ujjvala-g…taˆ jaya jaya deva! hare (9)

He Deva! Que esta brilhante, resplandescente e auspiciosa canção, composta pelo


poeta Jayadeva, sempre traga prazer a Você e, também, aos Seus devotos que a cantarem ou
ouvirem. Deva! Hare! Todas as glórias a Você!

®r… Yugala-Kior€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

nava-jaladhara-vidyud-dyota-varŠau prasannau
vadana-nayana-padmau c€ru-candr€vataˆsau
alaka-tilaka-bh€lau kea-vea-praphullau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (1)
Ó mente, repetidamente adore os jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa que, juntos,
parecem o brilho do relampejar em uma nuvem fresca da monção. Adore Aqueles cujos
maravilhosos rostos de lótus sempre sorriem emanando felicidade e estão adornados com
olhos de lótus. Eles usam brilhantes coroas em forma de lua, em Suas testas há encantadoras
decorações de tilaka de pasta de sândalo, as quais tornam-se ainda mais belas pelas reluzentes
madeixas de cabelo ondulado. Suas formas são completamente deslumbrantes.

vasana-harita-n…lau candan€lepan€‰gau
maŠi-marakata-d…ptau svarŠa-m€l€-prayuktau
kanaka-valaya-hastau r€sa-n€˜ya prasaktau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (2)

Ó mente, repetidamente adore os jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa. R€dh€ usa vestes
azuis e KŠa veste amarelo. Seus corpos estão plenamente decorados com candana, o de
R€dh€ brilhando como uma jóia dourada e o de KŠa, como uma safira. Eles usam colares e
braceletes de ouro. Seus corações estão amorosamente imersos na dança da r€sa.

ati-matihara-veau ra‰ga-bha‰g…-tri-bha‰gau
madhura-mdula-h€syau kuŠal€k…rŠa-karŠau
na˜avara-vara-ramyau ntya-g…t€nuraktau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (3)

Ó mente, mergulhe-se constantemente na adoração dos jovens namorados ®r… R€dh€-


KŠa Candra, cujas vestes charmosas roubam as mentes dos devotos. Ele exibe elegantes
poses curvando-se em três pontos e ambos, sorriem meiga e docemente. Suas orelhas estão
adornadas com lindos brincos reluzentes. Eles são os melhores gracejadores, os melhores
atores e sempre usam trajes estonteantes. Os dois sempre se atraem, KŠa ao tocar Sua flauta e
R€dh€ através de Sua dança.

vividha-guŠa-vidagdhau vandan…yau suveau


maŠimaya-makar€dyaiƒ obhit€‰gau sphurantau
smita-namita-ka˜€kau dharma-karma-pradattau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (4)

Ó mente, permaneça sempre alerta para adorar os jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa
Candra, que possuem inumeráveis qualidades exaltadas e são extremamente habilidosos e
espertos em saborear r€sa em Seus casos amorosos. Eles são adorados pelos semideuses e
sábios, bem como, por pessoas comuns. Ambos estão decorados com lindas roupas, brincos
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145
em forma de peixe, cravejados de cintilantes jóias e outros ornamentos. Seus meigos e
encantadores sorrisos vêm acompanhados por olhares de soslaio, os quais outorgam o dharma
e karma de prema-sev€ a Seus devotos (ou que removem todos apegos materiais de Seus
devotos, inclusive o dharma e o karma deles).

kanaka-muku˜a-c™au pupitodbh™it€‰gau
sakala-vana-nivi˜au sundar€nanda-puñjau
caraŠa-kamala-divyau deva-dev€di-sevyau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (5)

Ó mente, repetidamente imploro que fique alerta para adorar os jovens amantes ®r…
R€dh€-KŠa Candra, que usam coroas de ouro em Suas cabeças, estão decorados com muitas
flores coloridas, perambulam por todas as florestas de Vnd€vana desfrutando de passatempos,
que são a personificação de €nanda condensada e cujos miraculosos pés de lótus, são servidos
por todos devat€s e dev…s.

ati-suvalita-g€trau gandha-m€lyair vir€jau


kati kati ramaŠ…n€ˆ sevyam€nau suveau
muni-sura-gaŠa-bh€vyau veda-€str€di-vijñau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (6)

Ó mente, adore sempre os jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa, cujos corpos muito, muito
suaves, são adornados com guirlandas de flores fragrantes; cujas formas, encantadoramente
vestidas, são servidas por incontáveis belas vraja-sundar…s, lindamente ornamentadas, as quais
são versadas em todos osVedas, literaturas contempladas em transe pelos sábios e semideuses.

ati-sumadhura-m™rtau du˜a-darpa-pra€ntau
sura-vara-vara-dau dvau sarva-siddhi-prad€nau
ati-r€sa-vaa-magnau g…ta-v€dyair vit€nau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (7)

Ó mente, repetidamente imploro que sempre permaneça imersa na adoração aos


jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa, cujas formas são a encarnação da mais doce doçura. Eles
pulverizam o orgulho de pessoas malvadas e arrogantes, concedem bençãos aos melhores
semideuses, inclusive Mah€deva ®iva, outorgam todas as variedades de perfeições, estão
totalmente absortos em provar o néctar da bem-aventurança transcendental ( €nanda-cinmaya-
r€sa) e são mestres na arte de cantar, dançar e tocar instrumentos musicais.

agama-nigama-s€rau s˜i-saˆh€ra-k€rau
vayasi nava-kiorau nitya-vnd€vana-sthau
amana-bhaya-vin€au p€pinas t€rayantau
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau (8)

Ó mente, permaneça, para sempre, imersa em adorar os jovens amantes ®r… R€dh€-
KŠa Candra, cuja svar™pa é a essência dos Vedas, que por intermédio de Suas expansões
executam a criação, manutenção e destruição dos universos materiais; os quais são jovens
sempre viçosos quase beirando a adolescência, estão eternametne situados no yoga-p…˜ha em
Vnd€vana e salvam as pessoas pecaminosas.

idaˆ manoharaˆ stotraˆ, raddhay€ yaƒ pa˜hen naraƒ


r€dhik€-kŠacandrau ca, siddhi-dau n€tra saˆayaƒ (9)

S€dhakas que recitam fielmente este supremamente encantador Yugala-Kior€˜akam,


certamente, obterão a perfeição de prestar serviço direto aos pés de lótus Daqueles que

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concedem todas as perfeições: os jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa. – Quanto a isto, não há
dúvida.

®r… R€dh€ Vinoda-Vih€r…-Tattv€˜akam


– (Quando ®r… KŠa adquiriu a compleição dourada) –
®r… ®r…mad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… Mah€r€ja

r€dh€-cint€-niveena yasya k€ntir vilopit€


r…-kŠa-caraŠaˆ vande r€dh€li‰gita-vigraham (1)

Adoro os pés de lótus daquela forma de ®r… KŠa quando, devido a estar totalmente
imerso na separação de ®r…mat… R€dhik€ (que está exibindo m€na, o humor Dela de ira
ciumenta), a própria tez escura Dele desvanece e Ele assume o claro brilho dourado Dela; ou,
eu adoro os pés de lótus de ®r… KŠa sendo abraçado por ®r…mat… R€dhik€ (depois que o m€na
Dela se rompe).

sevya-sevaka-sambhoge dvayor bhedaƒ kuto bhavet


vipralambhe tu sarvasya bhedaƒ sad€ vivardhate (2)

Quando ®r… KŠa (sevya – que sempre recebe serviço do sevaka*) e ®r…mat… R€dhik€
(sevaka –que sempre está fazendo sev€ ao sevya) Se encontram e desfrutam um do outro,
como pode haver alguma distinção entre Eles? Porém, em vipralambha os sentimentos Deles,
de estarem separados, intensificam-se perpetuamente [* Sevya é bhokt€ Bhagav€n – que está
sempre desfrutando. Sevaka é bhogya – que é desfrutada. No momento do encontro não há
bheda, diferença, entre Eles. Eles são abheda, não-diferentes, ao passo que na separação, o
humor de diferença Deles, bheda, aumenta especialmente.]

cil-l…l€-mithunaˆ tattvaˆ bhed€bhedam acintyakam


akti-aktimator aikyaˆ yugapad vartate sad€ (3)

Pela influência de acintya-akti, o Casal Divino, akti (potência) e aktim€n (o


possuidor da potência) que executam ilimitados passatempos transcendentais, são para
sempre, simultaneamente diferentes e não-diferentes. [ Para-tattva nunca fica sem akti. Quando
akti-aktim€n são um único svar™pa, num só corpo, então Gaura-tattva está manifestado e
quando Eles estão separados em dois corpos, KŠa, como l…l€-purusottama desfruta l…l€s com
®r…mat… R€dhik€.]

tattvam ekaˆ paraˆ vidy€l l…lay€ tad dvidh€ sthitam


gauraƒ kŠaƒ svayaˆ hy etad ubh€v ubhayam €pnutaƒ (4)

Embora a Verdade Suprema seja uma, Seus passatempos aparecem de duas formas: os
de ®y€masundara KŠa e ®r… Gaurasundara, ambos sendo diretamente Svayaˆ Bhagav€n (e
cujas qualidades contraditórias são plenamente harmonizadas por acintya -akti).
[O uso da palavra varŠa (tez) no verso 5 e da palavra guŠa (qualidade) no verso 6 estabelece
®r… Gaura-tattva como sendo tão adorável quanto r…-kŠa-tattva].

sarve varŠ€ƒ yatr€vi˜€ƒ gaura-k€ntir vik€ate


sarva-varŠena h…nas tu kŠa-varŠaƒ prak€ate (5)

Onde quer que todas as cores se combinem, manifesta-se uma coloração dourada
(gaura-k€nti); por exemplo, embora todas as cores estejam presente no sol, sua tonalidade é
dourada. Por outro lado, na ausência de todas as cores, o preto (y€ma-k€nti) se manifesta (e
segundo a opinião dos cientistas modernos, o preto na realidade é desprovido de cores).

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saguŠaˆ nirguŠaˆ tattvam ekam ev€dvit…yakam
sarva-nitya-guŠair gauraƒ kŠau r€sas tu nirguŠaiƒ (6)

Não há diferença entre a verdade suprema manifestada como saguŠa (dotada de


atributos transcendentais – Gaura-k€nti) e nirguŠa (desprovida de atributos materiais – y€ma-
k€nti). Eles são unos e o mesmo. ®r… Gaurasundara possui todas as qualidades divinas eternas e
®r… KŠa é a personificação de r€sa completamente desprovida de qualidades mundanas.

r… kŠaˆ mithunaˆ brahma tyaktv€ tu nirguŠaˆ hi tat


up€sate m€ vijñ€ƒ yath€ tu€vagh€tinaƒ (7)

®r… KŠa e ®r… Gaur€‰ga são o supremo Brahman. Aqueles que abandonam o serviço a
Eles para adorar o Brahman sem forma, nunca alcançam liberação factual e são exatamente
iguais a quem tenta extrair arroz pilando cascas vazias – tudo que eles obtém é um labor duro e
infrutífero.

r… vinoda-vih€r… yo r€dhay€ milito yad€


tad€haˆ vandanaˆ kury€ˆ sarasvat…-pras€dataƒ (8)

Pela misericórdia de meu Gurudeva, ®r…la Sarasvat… Prabhup€da, eu adoro ®r… Vinoda-
bih€r… e ®r…mat… R€dhik€, enquanto Eles Se encontram, e recebo o darana Deles neste
momento.

iti tattv€˜akaˆ nityaˆ yaƒ pa˜het raddhay€nvitaƒ


kŠa-tattvam abhijñ€ya gaura-pade bhaven matiƒ (9)

Quem recitar diariamente este a˜akam, com grande fé, compreenderá totalmente
KŠa-tattva e se absorverá na meditação dos pés de lótus de ®r… Gaurasundara.

®r… R€dh€-KuŠ€˜akam
®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…

vabha-danuja-n€€n narma-dharmokti-ra‰gair
nikhila-nija-sakh…bhir yat sva-hastena p™rŠam
praka˜itam api vnd€raŠya-r€jñy€ pramodais
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (1)

Após a morte de Ari˜€sura, ®r…mat… R€dhik€ e Suas sakh…s trocaram muitos gracejos
com ®r… KŠa a respeito da necessária expiação para quem comete a ofensa de matar um
touro. Como resultado, a Rainha de Vnd€vana, ®r…mat… R€dhik€, e Suas sakh…s alegremente
escavaram e encheram o ®r… R€dh€-kuŠa com suas próprias mãos. Que o supremamente
encantador R€dh€-kuŠa seja meu refúgio.

vraja-bhuvi mura-atroƒ preyas…n€ˆ nik€mair


asulabham api t™rŠaˆ prema-kalpa-drumaˆ tam
janayati hdi bh™mau sn€tur uccaiƒ priyaˆ yat
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (2)

Na terra dos corações daqueles que se banham no R€dh€-kuŠa, surgirá uma árvore-
dos-desejos de prema superlativo, que não é obtenível, nem mesmo, pelas principais rainhas
de KŠa em Dv€rak€. Que o supremamente encantador R€dh€-kuŠa seja meu refúgio.
agha-ripur api yatn€d atra devy€ƒ pras€da
prasara-kta-ka˜€ka-pr€pti-k€maƒ prak€mam
anusarati yad uccaiƒ sn€na-sev€nu-bandhais
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tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (3)

Para o prazer de ®r…mat… R€dhik€, o próprio ®r… KŠa, ansiando obter o olhar de soslaio
misericordioso Dela, banha-Se regularmente no R€dh€-kuŠa, observando cuidadosamente
todos os rituais apropriados. Que o supremamente encantador R€dh€-kuŠa seja meu refúgio.

vraja-bhuvana-sudh€ˆoƒ prema-bh™mir nik€maˆ


vraja-madhura-kior…-mauli-ratna-priyeva
paricitam api n€mn€ yac ca tenaiva tasy€s
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (4)

Que esse supremamente encantador R€dh€-kuŠa, o qual a lua de Vraja, ®r… KŠa,
ama tanto quanto a jóia mais preciosa dentre as doces mocinhas de Vraja, ®r…mat… R€dhik€, e
que Ele tornou conhecido pelo próprio nome de R€dhik€, me dê seu refúgio.

api jana iha kacid yasya sev€-pras€daiƒ


praŠaya-sura-lat€ sy€t tasya go˜hendra-s™noƒ
sapadi kila mad-…€-d€sya-pupa-praasy€
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (5)

A misericórdia obtida por servir ao R€dh€-kuŠa, faz com que a trepadeira-dos-desejos


de prema pelo príncipe de Vraja brote, a qual é celebrada por dar a flor do serviço a minha
sv€min… ®r…mat… R€dhik€. Que o supremamente encantador R€dh€-kuŠa seja meu refúgio.
ta˜a-madhura-nikuñj€ƒ k†pta-n€m€na uccair
nija-parijana-vargaiƒ saˆvibhajy€rit€s taiƒ
madhukara-ruta-ramy€ yasya r€janti k€my€s
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (6)

Gloriosamente manifestos nas margens do R€dh€-kuŠa, ficam oito kuñjas nomeados


segundo as principais sakh…s de R€dhik€.* Permeados pelo doce zumbir de abelhões, esses
kuñjas atuam como estímulos para os passatempos amorosos do Casal Divino. Os pés de lótus
dessa R€dhik€, que manda KŠa desfrutar em todos os diferentes kuñjas, são desejados por
todos. Que o supremamente encantador R€dh€-kuŠa seja meu refúgio.
*Na margem ocidental fica o kuñja conhecido como Citra-sukhada, no lado sudeste fica
Indulekh€-sukhada. Na margem sul fica Campakalat€-sukhada, no lado sudoeste fica Ra
‰gadev…-sukhada, na margem oeste fica Tu‰gavidy€-sukhada, no lado noroeste fica Sudev…-
sukhada, na margem norte fica Lalit€-sukhada e no lado nordeste fica o kuñja conhecido como
Vi€kh€-sukhada.

ta˜a-bhuvi vara-vedy€ˆ yasya narm€ti-hdy€ˆ


madhura-madhura-v€rt€ˆ go˜ha-candrasya bha‰gy€
prathayati mitha …€ pr€Ša-sakhy€libhiƒ s€
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (7)

Situada numa excelente plataforma à beira do R€dh€-kuŠa e acompanhada por Suas


amadas sakh…s, nossa sv€min… ®r…mat… R€dhik€ conversa encantadoramente usando doces
palavras brincalhonas com ®r… KŠa, a lua de Vraja. Esses intercâmbios verbais são
incrementados pela sugestão de tantas insinuações. Que o supremamente encantador R€dh€-
kuŠa seja meu refúgio.

anudinam ati-ra‰gaiƒ prema-matt€li-sa‰ghair


vara-sarasija-gandhair h€ri-v€ri-prap™rŠe
viharata iha yasmin dampat… tau pramattau
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me (8)

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Que esse mui encantador e especialmente fragrante R€dh€-kuŠa, onde embriagados
pelo amor, o Casal Divino e as sakh…s brincam diariamente, com grande alegria, na água tão
fragrante com flores de lótus muito belas, seja o único refúgio da minha vida.
avikalam ati devy€ c€ru kuŠ€˜akaˆ yaƒ
paripa˜hati tad…yoll€si-d€sy€rpit€tm€
aciram iha ar…re darayaty eva tasmai
madhu-ripur ati-modaiƒ liyam€Š€ˆ priy€ˆ t€m (9)

Para aquele devoto que, num humor resoluto de aspiração ao serviço a ®r…mat…
R€dhik€, ler esta encantadora prece descrevendo o ®r… R€dh€-kuŠa, mesmo em seu corpo
atual, ®r… KŠa rapidamente concederá o darana não apenas de Sua amada R€dhik€ mas
também de Seus mais variados passatempos amorosos. Testemunhando esses passatempos e
visualizando-se a servir Yugala-kiora de várias maneiras, tal devoto sentirá imensa jubilação.
(Este a˜aka é recitado na métrica poética conhecida como “M€lin…”)

®r… ®y€ma-KuŠ€˜akam
®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…

vabha-danuja-n€€nantaraˆ yat sva-go˜h…m


ayasi vabha-atro m€ spa tvaˆ vadanty€m
iti va-ravi-putry€ˆ kŠa-p€rŠiˆ prakh€taˆ
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (1)

Após KŠa matar Vabh€sura, ®r…mati R€dhik€ disse-Lhe: “Ó Vabha-atru! Você está
chegando perto de nós, mas não nos toque!” Ao ouvir estas palavras, com um simples golpe de
Seu calcanhar, KŠa manifestou o ®r… ®y€ma-kuŠa. Que este ®y€ma-kuŠa, composto de água
excepcionalmente pura, seja o meu refúgio.

tri-jagati nivasad yat t…rtha-vndaˆ tamoghnaˆ


vraja-npati-kum€reŠ€htaˆ tat samagram
svayam idam avag€haˆ yan mahimnaƒ prak€aˆ
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (2)

Ao serem chamados até lá por ®r… KŠa, todos os locais sagrados, que acabam com os
pecados nos três mundos, começaram a residir juntos dentro do ®y€ma-kuŠa, propagando,
assim, as imensas glórias deste local. Que este ®y€ma-kuŠa, composto de água
excepcionalmente pura, seja o meu refúgio.

yad ati-vimala-n…re t…rtha-r™pe praaste


tvam api kuru k€‰gi! sn€nam atraiva r€dhe
iti vinaya-vacobhiƒ pr€rthan€-kt sa kŠas
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (3)

“Ei K€‰gi R€dhe! Por favor, tome banho também nas águas límpidas deste lago
purificante que, agora, é um maravilhoso local sagrado!” Com estas palavras, ®r… KŠa
implorou para que até ®r…mat… R€dhik€ Se banhasse no ®r… ®y€ma-kuŠa. Que este ®y€ma-
kuŠa, composto de água excepcionalmente pura, seja o meu refúgio.

vabha-danuja-n€€d uttha-p€paˆ sam€ptaˆ


dyumaŠi-sakha-jayoccair varjayitveti t…rtham
nijam akhila-sakh…bhiƒ kuŠam eva prak€yaˆ
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (4)

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Ao ver como o “pecado” de KŠa matar Vabh€sura fôra absolvido quando Ele
banhou-se neste lago, em que estão presentes todos os locais sagrados e que se manifestara de
um único golpe do Seu calcanhar, Vabh€nu-nandin… ®r…mat… R€dhik€, acompanhada por todas
as Suas sakh…s, manifestou um lago similar ali perto. ®r… ®y€ma-kuŠa, composto de água
excepcionalmente pura, é o meu refúgio.

yad ati sakala-t…rthais tyakta-v€kyaiƒ prabh…taiƒ


sa-vinayam abhiyuktaiƒ kŠacandre nivedya
agatika-gati-r€dh€ varjan€n no gatiƒ k€
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (5)

Após serem proibidos por ®r…mat… R€dhik€ de entrar no lago Dela, os locais sagrados
personificados, cheios de temor e com muita humildade, prostraram-se diante dos pés de lótus
de ®r… KŠa Candra, dizendo: “Rejeitados por ®r…mat… R€dhik€, o único refúgio dos
desamparados, qual será nosso destino?” Que este ®y€ma-kuŠa, onde tais súplicas foram
feitas, que é composto de água excepcionalmente pura, seja o meu refúgio.

yad ati-vikala-t…rthaˆ kŠacandraˆ prasusthaˆ


ati-laghu-nati-v€kyaiƒ suprasanneti r€dh€
vividha-ca˜ula-v€kyaiƒ pr€rthan€hy€ bhavant…
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (6)
Ao ver a desolação dos locais sagrados personificados e desejando outorgar-lhes
qualificação para entrarem no lago de ®r…mat… R€dhik€, ®r… KŠa, assumido uma postura triste e
de submissão, apelou a R€dhik€ com palavras inteligentes e habilidosas. Então, bem
suavemente e com muita cortesia, R€dhik€ respondeu que estava muito satisfeita. Que este
®y€ma-kuŠa, onde tais palavras foram ditas, que é composto de água excepcionalmente pura,
seja o meu refúgio.

yad ati-lalita-p€dais t€ˆ pras€dy€pta-tair thyais


tad atiaya-kp€rdraiƒ sa‰gamena pravi˜aiƒ
vraja-nava-yuva-r€dh€-kuŠam eva prapannaˆ
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (7)

Os locais sagrados, que haviam assumido a forma de água e tinham entrado no ®r…
®y€ma-kuŠa, satisfizeram ®r…mat… R€dhik€ com versos de poesia excepcionalmente brilhante e,
ao obterem a misericórdia Dela, penetraram na terra entre os dois kuŠas, entrando no lago
dos sempre viçosos Amantes Juvenis de Vraja, ®r… R€dh€-kuŠa. ®y€ma-kuŠa, composto de
água excepcionalmente pura, é meu único refúgio.

yad ati-nika˜a-t…re klapta-kuñjaˆ suramyaˆ


subala-ba˜u-mukhebhyo r€dhik€dyaiƒ pradattam
vividha-kusuma-vall…-kalpa-vk€di-r€jaˆ
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me (8)

Às margens do ®r… ®y€ma-kuŠa, ®r…mat… R€dhik€ e Suas sakh…s criaram kuñjas


embelezados por árvores-dos-desejos e trepadeiras florescentes com variedades de flores,
depois, outorgaram esses kuñjas a Subala, Madhuma‰gala e aos outros sakh€s principais. Este
®y€ma-kuŠa, composto de água excepcionalmente pura, é meu refúgio.

paripa˜hati sumedh€ƒ y€ma-kuŠ€˜akaˆ yo


nava-jaladhara-r™pe svarŠa-k€nty€ˆ ca r€g€t
vraja-narapati-putras tasya labhyaƒ su…ghraˆ
saha sa-gaŠa-sakh…bh… r€dhay€ sy€t subhajyaƒ (9)

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A pessoa inteligente que recitar regularmente este ®y€ma-kuŠ€˜akam, com grande
devoção, desenvolverá atração amorosa por Vrajenda-nandana, ®r… KŠa, cuja tez é como uma
nuvem de chuva e que está acompanhado por ®r…mat… R€dhik€, cuja tez é como ouro puro e
que está sempre rodeada por Suas sakh…s e, através disto, facilmente entrará na adoração a Eles
e obterá, muito em breve, Sua eterna companhia.

®r… Govardhana-V€sa-Pr€rthan€-Daakam
®r…la Raghun€tha d€sa Gosv€m…

nija-pati-bhuja-daŠa-cchatra-bh€vaˆ prapadya
prati-hata-mada-dh˜oddaŠa-devendra-garva
atula-pthula-aila-reŠi-bh™pa! priyaˆ me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (1)

Ó belo Govardhana, inigualável imenso rei das montanhas! Por favor, conceda meu
desejo mais acalentado – residir perto de você. Você assumiu a forma de um guarda-chuva,
com o braço do seu próprio Senhor como cabo, pulverizando assim o arrogante orgulho de
Indra, que estava intoxicado por sua opulência.

pramada-madana-l…l€ƒ kandare kandare te


racayati nava-y™nor dvandvam asminn amandam
iti kila kalan€rthaˆ lagnakas tad-dvayor me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (2)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me uma moradia próxima a você, para que eu
possa facilmente testemunhar e servir aos jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa, enquanto realizam
l…l€s amorosas, sempre mais e mais novas e secretas, dentro das suas muitas cavernas, onde
Eles tornam-Se completamente enlouquecidos ao beberem prema. Você está presente e
tornando tudo isto possível.

anupama-maŠi-ved…-ratna-siˆh€sanorv…-
ruhajhara-daras€nudroŠi-sa‰gheu ra‰gaiƒ
saha bala-sakhibhiƒ sa‰khelayan sva-priyaˆ me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (3)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me uma moradia próxima a você, pois me é muito
querido. Se você me disser: “®r… R€dh€-KŠa também realizam passatempos em Sa‰keta e
outros locais nas florestas, então por que não deseja morar ali?” Responderei que nos seus
incomparáveis altares cravejados de pérolas, nas suas ricas siˆh€sanas, sob suas árvores, nas
suas fendas e grutas, no seu topo e nas suas múltiplas cavernas, ®r… KŠa e Baladeva sempre
desfrutam de brincadeiras alegres acompanhados por ®r…d€m€ e os outros sakh€s.
r€sa-nidhi-nava-y™noƒ s€kiŠ…ˆ d€na-keler
dyuti-parimala-viddh€ˆ y€ma-ved…ˆ prak€ya
r€sika-vara-kul€n€ˆ modam €sph€layan me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (4)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me residência próxima a você, pois, manifestando


um lustroso ved… negro (local elevado para se sentar) com um aroma encantador, você facilitou
e testemunhou o passatempo de d€na-keli, encenado pelos jovens amantes ®r… R€dh€-KŠa,
que são um tesouro de deliciosas doçuras de r€sa. Assim, você aumenta o prazer
transcendental dos exaltados devotos r€sika de ®r… KŠa que saboreiam essas doçuras.

hari-dayitam ap™rvaˆ r€dhik€-kuŠam €tma-


priya-sakham iha kaŠ˜he narmaŠ€li‰gya guptaƒ
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nava-yuva-yuga-khel€s tatra payan raho me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (5)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me residência próxima a você. O R€dh€-kuŠa,


que é sem precedentes, é muito querido por ®r… KŠa e também é seu amigo. Abraçando
R€dh€-kuŠa pelo pescoço, num humor divertido, você permanece escondido ali, enquanto
assiste ®r… R€dh€-KŠa desfrutando de passatempos em Sua juventude recém desabrochada.
Este local recolhido também é perfeitamente adequado para mim – sentarei ali e apreciarei os
passatempos Deles com Você.

sthala-jala-tala-apair bh™ruhac-ch€yay€ ca
prati-padam anuk€laˆ hanta saˆvardhayan g€ƒ
tri-jagati nija-gotraˆ s€rthakaˆ khy€payan me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (6)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me residência próxima a você. Você está adorando
®r… R€dh€-KŠa com seus belos campos espaçosos, lagos, córregos, quedas d’água, florestas,
grama fresca e árvores frondosas; você nutre as amadas vacas de ®r… KŠa, cuja quantidade
aumenta a cada momento. O seu próprio nome, ”Govardhana”, (‘ g€h’ signinifica vacas e
‘vardhayati’ significa nutrir e incrementar) é exitoso e famoso em todos os três mundos. Se eu
puder morar perto de você, também serei capaz de receber o darana de meu i˜adeva ®r…
KŠa, que vem até você quando leva Suas vacas para pastar.

sura-pati-kta-d…rgha-drohato go˜ha-rak€ˆ
tava nava-gha-r™pasy€ntare kurvataiva
agha-baka-ripuŠoccair dattam€na! drutaˆ me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (7)

Ó Govardhana! Por favor, conceda-me residência próxima a você. ®r… KŠa, o matador
de Agh€sura e Bak€sura, prestou-lhe honra especial colocando Vraja embaixo de você,
enquanto lhe segurava no alto, assim, transformando-o num novo lar para os Vrajav€s…s e
protegendo-os da fúria de Indra. Você é a coroa de Vnd€vana e KŠa sempre cuida de você,
já que você é Seu querido devoto. A natureza de KŠa é ser misericordioso com aqueles que,
embora desqualificados, residem perto dos que Ele honra, destarte, ao morar perto de você,
certamente, também obterei a misericórdia de KŠa.

giri-npa! harid€sa-reŠi-varyeti n€m€-


mtam idam uditaˆ r…-r€dhik€-vaktra-candr€t
vraja-nava-tilakatve k†pta! vedaiƒ sphu˜aˆ me
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (8)

Ó Girir€ja Mah€r€ja! As seguintes palavras emanaram do rosto de lua de ®r…mat…


R€dhik€: “Esta colina é a melhor dentre os que são conhecidos como Harid€sa.” Estas palavras
do ®r…mad-Bh€gavatam (10.21.18) revelaram o néctar do seu nome e todos os Vedas o
estabeleceram como a tilaka fresca de Vraja-maŠala. Você é um devoto de classe tão elevada,
portanto, se eu permanecer com você, certamente, obterei bhakti de alto nível. Deste modo, o
local mais desejável para se morar é ao seu lado, por favor, conceda-me uma moradia ali.
nija-jana-yuta-r€dh€-kŠa-maitr…-ras€kta-
vraja-nara-pau-paki-vr€ta-saukhyaika-d€taƒ
agaŠita-karuŠatv€n m€m ur…-ktya t€ntaˆ
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (9)

Ó Govardhana! Você está absorto na r€sa de amizade de ®r… R€dh€-KŠa que estão
rodeados por Suas sakh…s e sakh€s e você é a fonte de felicidade ímpar para os homens,
mulheres, pássaros, animais e todas as entidades vivas de Vraja. Você é tão bondoso. KŠa
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apenas o tocou e, automaticamente, você se levantou para servi-lo, tornando-se sem peso em
Seu dedo. Você satisfaz os desejos de KŠa e protege todos os Vrajav€s…s, sendo assim, por
favor, aceite esta pessoa mais caída e miserável. Outorgando-me residência a seu lado,
transforme, até mesmo, meu pobre ser num recipiente digno do amor de ®r… KŠa.

nirupadhi-karuŠena r… ac…-nandanena


tvayi kapa˜i-a˜ho ’pi tvat-priyeŠ€rpito ’smi
iti khalu mama yogy€yogyat€ˆ t€m aghŠan
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana! tvam (10)

Ó Govardhana! Embora eu seja um enganador e patife, o grandemente misericordioso


®r… ®ac…nandana KŠa Caitanya, que lhe é muito querido, me ofertou a você, portanto, é sua
obrigação me aceitar. Sem considerar se sou qualificado ou não, por favor, conceda-me uma
residência a seu lado.

rasada-daakam asya r…la-govardhanasya


kiti-dhara-kula-bhartur yaƒ prayatn€d adh…te
sa sapadi sukhade ’smin v€sam €s€dya s€k€c-
chubhada-yugala-sev€-ratnam €pnoti t™rŠam (11)

Qualquer pessoa que medite, ardentemente, nestes dez versos nectáreos, que
glorificam ®r…la Govardhana, o mestre das montanhas, obterá bem-aventurada residência perto
de Govardhana, alcançando assim, muito rapidamente, a auspiciosa jóia do serviço direto a ®r…
R€dh€-KŠa. (Esta composição é recitada na métrica poética conhecida como “M€lin…”).

®r… Govardhan€˜akam
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

kŠa-pras€dena samasta-aila, s€mr€jyam €pnoti ca vairiŠo ’pi


akrasya yaƒ pr€pa baliˆ sa s€k€d, govardhano me diat€m abh…˜am (1)

Que a colina de Govardhana satisfaça meu mais profundo desejo – obter o darana das
l…l€s de ®r… R€dh€ e KŠa. Pela misericórdia de ®r… KŠa, Govardhana tornou-se o imperador
de todas as montanhas e recebeu todas as oferendas destinadas a Indra, a despeito de sua
hostilidade.

sva-pre˜ha-hast€mbuja-saukum€rya, sukh€nubh™ter ati-bh™mi-vtteƒ


mahendra-vajr€hatim apy aj€nan, govardhano me diat€m abh…˜am (2)

Sentir a maciez da suave mão de seu mais querido KŠa, enquanto estava sendo
erguido por Ele, encheu-o de tanta €nanda que nem sequer notou os relâmpagos de Indra
atingindo seu corpo. Que este Govardhana satisfaça meu desejo.

yatraiva kŠo vabh€nu-putry€, d€naˆ gh…tuˆ kalahaˆ vitene


ruteƒ sph€ yatra mahaty ataƒ r…- govardhano me diat€m abh…˜am (3)

Cobrando um pedágio, KŠa brigou por várias horas em D€n Gh€˜… com a filha
de Vabh€nu Mah€r€ja. Os r€sikas-bhaktas que visitam Govardhana anseiam por ouvir essa
doce briga de amor, prema. Que este Govardhana satisfaça meu desejo para que eu também
possa ouvir esta batalha verbal.

sn€tv€ saraƒ sv€u sam…ra-hast…, yatraiva n…p€di-par€ga-dh™liƒ


€lolayan khelati c€ru sa r…- govardhano me diat€m abh…˜am (4)

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Banhando-se nos lagos de Govardhana, que estão repletos de lótus e rodeados por
kadambas e outras flores, a forte e doce brisa refrescante sopra sobre a água, sacudindo o
pólen das flores enquanto movimenta as flores umas contra as outras. Esta brisa, misturando-se
divertidamente com o pólen e a fragrância das flores, é como um elefante que se cobre de
poeira após tomar seu banho e, em seguida, brinca com suas amigas elefantas. Que este belo
Govardhana satisfaça meu desejo.

kast™rik€bhiƒ ayitaˆ kim atrety, ™haˆ prabhoƒ svasya muhur vitanvan


naisargika-sv…ya-il€-sugandhair, govardhano me diat€m abh…˜am (5)

Acaso a doce fragrância de Govardhana se espalha porque KŠa esta dormindo ali
num leito de almíscar? Se KŠa não está dormindo aqui, como é que esta fragrância está
emanando? Todas as il€s de Govardhana são fragrantes, pois, a brisa está levando o perfume,
o pólen das flores e a fragrância das l…l€s de KŠa com todas as gop…s. Que este Govardhana
satisfaça meu desejo.

vaˆa-pratidhvany-anus€ra-vartma, didkavo yatra hariˆ hariŠyaƒ


y€ntyo labhante na hi vismit€ƒ as, govardhano me diat€m abh…˜am (6)

Os veados, em Govardhana, começam a correr ao ouvir o som do vento que sopra


através dos orifícios de todos os bambusais, pensando que KŠa está, ali, tocando Sua flauta.
Ao não encontrá-lo, ficam surpresos e vagam por aqui e acolá, procurando por Ele. Que este
Govardhana satisfaça meu desejo.

yatraiva ga‰g€m anu n€vi r€dh€m, €rohya madhye tu nimagna-naukaƒ


kŠo hi r€dh€nugalo babhau as, govardhano me diat€m abh…˜am (7)

No meio do M€nas… Ga‰g€, ®r… R€dh€ estava sentada no barco de KŠa. Quando o
barco começou a afundar, Ela agarrou-Se firmemente ao pescoço Dele. Juntos pareciam muito
lindos. Que este Govardhana, que proporciona o cenário para esta l…l€ secreta, satisfaça meu
desejo.

vin€ bhavet kiˆ hari-d€sa-varya, pad€rayaˆ bhaktir ataƒ ray€mi


yam eva saprema nijeayoƒ r…- govardhano me diat€m abh…˜am (8)

Sem se refugiar nos pés de lótus de Govardhana, que é o melhor dos servos de Sr… Hari
e pleno de amor por Sr… R€dh€-KŠa, como se poderia pensar em, algum dia, obter uddha-
bhakti? Que este Govardhana satisfaça meu desejo interno e conceda-me o prema-sev€ especial
de ®r… R€dh€-KŠa, quando Eles estão Se encontrando em seus vários kuñjas.

etat pa˜hed yo hari-d€sa-varya- mah€nubh€v€˜akam €rdra-cet€ƒ


r…-r€dhik€-m€dhavayoƒ pad€bja- d€syaˆ sa vinded acireŠa s€k€t (9)
Que a pessoa que ler estes oito versos glorificando o maior servo de ®r… Hari, com seu
coração derretendo, sua voz embargada, seus pêlos arrepiados e lágrimas fluindo, obtenha,
rapidamente, o serviço direto aos pés de lótus de ®r… R€dhik€-M€dhava. Govardhana está
experimentando tantos bh€vas enquanto assiste estas l…l€s e, sendo muito bondoso, pode
facilmente dar esse prema.

®r… Vnd€van€˜akam
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

na yoga-siddhir na mam€stu moko, vaikuŠ˜ha-loke ’pi na p€radatvam


prem€pi na sy€d iti cet tar€ˆ tu, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (1)

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Não desejo obter poderes místicos, liberação impessoal, residência em VaikuŠ˜ha
como um associado eterno de Nar€y€Ša, nem anseio por vaikuŠ˜ha-prema. Só quero viver em
®r… Vnd€vana-dh€ma porque, ali, posso facilmente conseguir o serviço a ®r… ®r… R€dh€-KŠa
Yugala, especialmente, o serviço à minha mais adorável ar€dhya-dev… ®r…mat… R€dhik€.

t€rŠaˆ janur yatra vidhir yay€ce, sad-bhakta-c™€maŠir uddhavo ’pi


v…kyaiva m€dhurya-dh™r€ˆ tad asmin, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (2)

Ao ver a profusa doçura de ®r… Vnd€vana, até Brahm€, o mestre espiritual do universo
inteiro, e Uddhava, a jóia-real dos devotos exaltados, oraram para tomar nascimento, ali, como
folhas de grama. Que ®r… Vnd€vana seja sempre minha residência.

kiˆ te ktaˆ hanta tapaƒ kit…ti, gopyo ’pi bh™me stuvate sma k…rtim
yenaiva kŠ€‰ghri-pad€‰kite ’smin, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (3)

Quando ®r… KŠa desapareceu da r€sa-l…l€, as gop…s oraram (SB 10.30.10): "kiˆ te
ktaˆ kiti tapo...– Ó Pthiv…-dev…! Que austeridades, sem precedentes, fizeste para receber o
toque dos pés de ®r… KŠa sobre tua superfície em Vnd€vana? Sentindo romañca (arrepio),
tuas gramas ficam eretas!" Que ®r… Vnd€vana, a qual é marcada pelas pegadas de KŠa, seja
sempre minha residência.

gop€‰gan€-lampa˜ataiva yatra, yasy€ˆ r€saƒ p™rŠatamatvam €pa


yato r€so vai sa iti rutis tan, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (4)

Vnd€vana é aquele local onde o apego amoroso das gop…s é predominante e, dentro
deste apego amoroso, r€sa atinge seu ápice. Os rutis declaram: "r€so vai saƒ – sem dúvida,
R€sika-ekhara ®r… Nanda-nandana é a encarnação de r€sa." Por esta razão, quero viver em ®r…
Vnd€vana.

bh€Š…ra-govardhana-r€sa-p…˜hais, tri-s…make yojana-pañcakena


mite vibhutv€d amite ’pi c€smin, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (5)

Embora ®r… Vnd€vana seja ilimitada, devido à presença de Bh€Š…rava˜a, Govardhana,


e o r€sa-p…˜ha (onde a r€sa-l…l€ ocorreu), diz-se haver três limites e cinco yojanas de diâmetro.
Que eu possa sempre residir em ®r… Vnd€vana.
yatr€dhipatyaˆ vabh€nu-putry€, yenodayet prema-sukhaˆ jan€n€m
yasmin mam€€ balavatyato ’smin, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (6)

Que eu possa sempre residir em ®r… Vnd€vana, que é supremamente gloriosa com a
filha de Vabh€nu Mah€r€ja como rainha. É minha esperança, muito acalentada, receber a
misericórdia desta Vnd€vana, que concede a felicidade de bhagavata-prema a seus devotos.
yasmin mah€-r€sa-vil€sa-l…l€, na pr€pa y€ˆ r…r api s€ tapobhiƒ
tatrollasan-mañju-nikuñja-puñje, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (7)

O famoso passatempo da dança da r€sa, no qual até mesmo Lakm…-dev… não


conseguiu obter entrada, mesmo realizando variedades de penitências, é encenado
eternamente em Vnd€vana e, mesmo hoje em dia, está acontecendo. Portanto, que eu possa
sempre residir em ®r… Vnd€vana e servir nos seus múltiplos, esplêndidos e encantadores
bosques-dos-prazeres.

sad€ ruru-nya‰kumukh€ via‰kaˆ, khelanti k™janti pik€lik…r€ƒ


ikhaŠino yatra na˜anti tasmin, mam€stu vnd€vana eva v€saƒ (8)

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Que eu possa sempre residir nessa ®r… Vnd€vana, onde muitos veados (o ruru negro, o
nya‰ku de chifres em rama) brincam destemidos, onde cucos, abelhões, papagaios e muitos
outros tipos de aves cantam e onde vários tipos de pavões dançam.

vnd€vanasy€˜akam etad uccaiƒ, pa˜hanti ye nicala-budhayaste


vnd€vane€‰ghri-saroja-sev€ˆ, s€k€l labhante januo ’nta eva (9)

Aqueles de mente fixa e sóbria que recitam, em voz alta, este Vnd€van€˜akam, num
humor de profunda meditação, no final desta mesma vida, obterão o serviço direto aos pés de
lótus do rei e rainha de ®r… Vnd€vana, ®r… R€dh€-KŠa (Este a˜aka é recitado na métrica
poética conhecida como 'Upaj€ti').

®r… Vnd€-Devya˜akam
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

g€‰geya-c€mpeya-taid-vinindi- rociƒ-prav€h€-snapit€tma-vnde!
bandh™ka-bhandhu-dyuti-divya-v€so, vnde! namaste caraŠ€ravindam (1)

Ó Vnde! Sua tez zomba do brilho do ouro, das flores campaka e do relâmpago.
Plenamente devotada a ®r… R€dh€-KŠa, você brilha com a refulgência do sev€ Deles e,
misericordiosamente, a derrama sobre os devotos que a adoram. Seu esplêndido vestido
vermelho brilha como as rubras flores bandh™ka e bandhu – ofereço praŠ€ma a seus pés de
lótus.
bimb€dharoditvara-manda-h€sya- n€s€gra-mukt€-dyuti-d…pit€sye
vicitra-ratn€bharaŠ€-riy€hye! vnde! namaste caraŠ€ravindam (2)

Ó Vnde! Um suave sorriso emana dos seus lábios, vermelhos como a fruta bimba, o
resplendor da pérola que adorna a ponta do seu nariz ilumina seu rosto inteiro e as jóias que a
ornamentam, incrementam ainda mais sua extraordiária beleza – ofereço praŠ€ma a seus pés
de lótus.

samasta-vaikuŠ˜há-iromanau r…- kŠasya vnd€vana-dhanya-dh€mni


datt€dhik€re vabh€nu-putry€, vnde! namaste caraŠ€ravindam (3)

Ó Vnde! A filha de Vbh€nu Mah€r€ja, ®r…mat… R€dhik€, lhe deu o domínio sobre a
mais gloriosa ®r… Vnd€vana-dh€ma de ®r… KŠa, que é a mais valiosa jóia dentre os planetas
VaikuŠtha. Ofereço praŠ€ma a seus pés de lótus.

tvad €jñay€ pallava-pupa-bh‰ga, mg€dibhir m€dhava-keli-kuñj€ƒ


madhv€dibhir bh€nti vibh™yam€Ša, vnde! namaste caraŠ€ravindam (4)

Ó Vnde! Por sua ordem, as folhas, flores, abelhas, veados, pavões, papagaios e todas
as outras entidades vivas, em Vnd€vana, decoram belamente os fantásticos kuñjas onde ®r…
M€dhava desfruta de Seus passatempos amorosos divertidos (keli-vil€sa), na perpétua estação
primaveril – ofereço praŠ€ma a seus pés de lótus.

tvad…ya-d™tyena nikuñja-yunor, atyutkayoƒ keli-vil€sa-siddhiƒ


tvat-saubhagaˆ kena nirucyat€ˆ tad, vnde! namaste caraŠ€ravindam (5)

Ó Vnde! Você envia suas mensageiras que, inteligentemente, fazem todos os arranjos
de maneira que ®r… R€dh€-KŠa possam Se unir para Seu keli-vil€sa. Você também atua como
mensageira, superando difíceis obstáculos, para o encontro Deles. Os encontros deles
acontecem com sucesso porque você está ajudando nessas l…l€s. Quem, neste mundo, poderia

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descrever sua boa e inigualável fortuna? Portanto, a adoro e ofereço pran€ma a seus pés de
lótus.

r€s€bhil€o vasati ca vnd€- vane tvad-…€‰ghri-saroja-sev€


labhy€ ca puˆs€m kpay€ tavaiva, vnde! namaste caraŠ€ravindam (6)

Ó Vnde! Somente por sua misericórdia os devotos podem obter residência em ®r…
Vnd€vana, prestar serviço aos pés de lótus de seus amados ®r… R€dh€-M€dhava e
ingressar diretamente na r€sa-l…l€ – ofereço praŠ€ma a seus pés de lótus.

tvaˆ k…rtyase s€tvata-tantr€-vidbhir, l…l€bhidh€n€ kila kŠa-aktiƒ


tataiva m™rtis tulas… nloke, vnde! namaste caraŠ€ravindam (7)

Ó Vrnde! Os bhakti-tantras e paŠitas, altamente peritos, declararam que você é a


potência de passatempos de ®r… KŠa (l…l€-sakti) e, neste mundo, você assume a forma da
famosa árvore tulas… - ofereço praŠ€ma a seus pés de lótus.

bhakty€ vih…n€ apar€dha-lakaiƒ, kipt€ ca k€m€di-tara‰ga-madhye


kp€mayi! tv€m araŠaˆ prapann€, vnde! namaste caraŠ€ravindam (8)

Ó misericordiosa Vnda–dev…! Desprovido de devoção e culpado de ilimitadas ofensas,


estou sendo arremessado no oceano da existência material pelas turbulentas ondas da luxúria,
ira, cobiça e outras qualidades inauspiciosas. Portanto, me refugio em Você oferecendo
pran€ma a seus pés de lótus.
vnd€˜akaˆ yaƒ Šuy€t pa˜hed v€, vnd€van€dh…a-pad€bja-bh‰gaƒ
sa pr€pya vnd€vana-nitya-v€saˆ, tat-prema-sev€ˆ labhate kt€rthaƒ (9)

Aqueles que, como abelhões aos pés de lótus do divino casal real de Vnd€vana,
ouvem ou recitam este a˜aka descrevendo as glórias de Vnda-dev…, obterão eterna residência
em Vnd€vana, onde tornar-se-ão plenos, imergindo no serviço amoroso a ®r… ®r… R€dh€-
Govinda.

®r… Yamun€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

bhr€tur antakasya pattane ’bhipatti-h€riŠ…


prekay€ti-p€pino ’pi p€pa-sindhu-t€riŠ…
n…ra-m€dhur…bhir apy aea-citta-bandhin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (1)

Que Yamun€-dev…, a filha do deus do sol, S™rya, sempre me purifique. Ela salva de ir
para o reino de seu irmão Yamar€ja, aqueles que a tocam e, meramente vê-la, exonera até
mesmo pessoas muito más do oceano de seus atos pecaminosos. A atratividade de suas águas
cativa o coração de todos.

h€ri-v€ri-dh€ray€bhimaŠitoru-kh€Šav€
puŠar…ka-maŠalodyad-aŠaj€li-t€Šav€
sn€na-k€ma-p€marogra-p€pa-sampad-andhin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (2)

Yamun€-dev… adorna a densa floresta Kh€Šava de Indra com sua encantadora


corrente e, sobre ela, lótus brancos desabrocham, lavandiscas e outras aves estão sempre
dançando. Simplesmente desejar tomar banho em suas cristalinas águas, perdoa a pessoa, até

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mesmo, do maior dos pecados. Que esta Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva (amiga dos lótus),
continue sempre a me purificar.

…kar€bhim˜a-jantu-durvip€ka-mardin…
nanda-nandan€ntara‰ga-bhakti-p™ra-vardhin…
t…ra-sa‰gam€bhil€i-ma‰gal€nubandhin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (3)

Aspergir sobre si uma única gota da sua água, livra da reação do mais hediondo crime.
Ela aumenta o fluxo de r€g€nug€-bhakti por Nanda-nandana dentro de nosso coração e
abençoa qualquer um que, simplesmente, deseje residir em suas margens. Que esta Yamun€-
dev…, a filha de S™rya-deva, sempre me purifique.

dv…pa-cakrav€la-ju˜a-sapta-sindhu-bhedin…
r…-mukunda-nirmitoru-divya-keli-vedin…
k€nti-kandal…bhir indran…la-vnda-nindin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (4)

Yamun€-dev… é tão inconcebivelmente poderosa que embora flua através dos


sete oceanos que cercam as sete ilhas gigantes da Terra, nunca se funde neles como os rios
comuns fazem. Sendo uma testemunha íntima dos maravilhosos passatempos de ®r… Mukunda,
ela faz estes passatempos surgirem nos corações daqueles que tomam seu refúgio. Sua
aparência escura e cintilante derrota até a beleza de uma preciosa safira azul. Que esta
Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva, sempre mepurifique.

m€thureŠa maŠalena c€ruŠ€bhimaŠit€


prema-naddha-vaiŠav€dhva-vardhan€ya paŠit€
™rmi-dor-vil€sa-padman€bha-p€da-vandin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (5)

Ornamentada pela supremamente encantadora terra de Mathur€-maŠala, Yamun€-


dev… habilmente inspira r€g€nug€-bhakti nos corações dos amorosos VaiŠavas que banham-se
em suas águas. Com suas ondas, que são como braços brincalhões, ela adora os pés de lótus de
Padman€bha ®r… KŠa. Que esta Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva, sempre me purifique.

ramya-t…ra-rambham€Ša-go-kadamba-bh™it€
divya-gandha-bh€k-kadamba-pupa-r€ji-r™it€
nanda-s™nu-bhakta-sa‰gha-sa‰gam€bhinandin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (6)

As margens, supremamente encantadoras, de Yamun€-dev… são ainda mais


embelezadas pela celestial fragrância que emana das flores das árvores kadamba que as
adornam e pela presença dos mugidos das vacas. Ela se deleita, especialmente, quando os
devotos de Nandal€la se reunem nestas margens. Que esta Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva,
sempre me purifique.

phulla-paka-mallik€ka-haˆsa-laka-k™jit€
bhakti-viddha-deva-siddha-kinnar€li-p™jit€
t…ra-gandhav€ha-gandha-janma-bandha-randhin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (7)

Centenas e milhares de cisnes cantores deslizam nas águas fragrantes de Yamun€-


dev…, que é adorável para os semideuses, Siddhas, Kinnaras e seres humanos, cujos corações
estão dedicados ao serviço a ®r… Hari. Qualquer um que seja tocado pelas suaves brisas dela

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liberta-se do ciclo de nascimentos e mortes. Que esta Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva,
sempre me purifique.
cid-vil€sa-v€ri-p™ra-bh™r-bhuvaƒ-svar-€pin…
k…rtit€pi durmadoru-p€pa-marma-t€pin…
ballavendra-nandan€‰gar€ga-bha‰ga-gandhin…
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… (8)

Yamun€-dev… distribui conhecimento transcendental através dos três mundos


conhecidos como Bhuƒ, Bhuvaƒ e Svaƒ enquanto ela flui por eles. Cantar suas glórias reduz à
cinzas as reações mesmo do maior dos pecados. Ela tornou-se supremamente fragrante devido
à pasta de sândalo do corpo do filho do Rei Nanda, ®r… KŠa, a qual derrete em suas águas
enquanto Ele desfruta de Seus jogos aquáticos. Que esta Yamun€-dev…, a filha de S™rya-deva,
sempre me purifique.
tu˜a-buddhir a˜akena nirmalormi-ce˜it€ˆ
tv€m anena bh€nu-putri! sarva-deva-ve˜it€m
yaƒ stav…ti vardhayasva sarva-p€pa-mocane
bhakti-p™ram asya devi! puŠar…ka-locane (9)

He, S™ryaputri! Dev…! Ó Yamune, cujas poderosas ondas são muitos purificantes e está
rodeada por todos os semideuses! Para aquelas pessoas, de inteligência satisfeita, que recitam
esta oração, por favor, aumente sua corrente de bhakti por ®r… KŠa de olhos de lótus, que
liberta as pessoas de todos os pecados – esta é minha súplica a seus pés.

®r… Lalit€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

r€dh€-mukunda-pada-sambhava-gharma-bindu
nirmañchanopakaraŠ…-kta-deha-lak€m
uttu‰ga-sauhda-viea-va€t pragalbh€ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (1)

Ofereço praŠ€ma à maravilhosa ®r… Lalit€-dev…, que é encantadoramente dotada de


muitas belas e doces qualidades (sulalit€). Ela tem natural perícia em todas as artes (lalit€),
portanto, seu sev€ se auto-manifesta. Ela enxuga as cintilantes gotas de transpiração que
aparecem sobre os pés de lótus de ®r… R€dh€ e M€dhava quando Eles Se encontram e está
perpetuamente imersa na mais elevada doçura de sauhda-r€sa, ou absorção exclusiva em
satisfazer os desejos do coração de sua amiga íntima, ®r…mat… R€dhik€.

r€k€-sudh€-kiraŠa-maŠala-k€nti-daŠi-
vaktra-riyaˆ cakita-c€ru-cam™ru-netr€m
r€dh€-pras€dhana-vidh€na-kal€-prasiddh€ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (2)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Lalit€-dev…, cujo belo rosto zomba da refulgência da lua
cheia, cujos olhos são sempre irrequietos como os de uma corça assustada, que é famosa por
sua extraordinária perícia na arte de vestir ®r…mat… R€dhik€ e é a arca de ilimitadas qualidades
femininas.

l€syollasad-bhujaga-atru-patatra-citra-
pa˜˜€ˆuk€bharaŠa-kañculik€ñcit€‰g…m
gorocan€-ruci-vigarhaŠa-gaurim€Šaˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (3)

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Ofereço praŠ€ma a ®r… Lalit€-dev…, cujo corpo está adornado com um esplêndido s€r…,
tão brilhante quanto as penas multicoloridas da cauda de um pavão dançando extaticamente,
cujo peito é coberto por uma blusa ( kañculi) excessivamente atraente, cujo repartido do cabelo
está decorado com um cintilante vermelhão e que usa vários colares e outras jóias e
ornamentos. Sua tez dourada derrota até mesmo o gorocan€ (pigmento dourado brilhante que
vem da água de chuva do svati-nakatra e atinge a cabeça de uma vaca qualificada) e possui
inúmeras boas qualidades.

dh™rte vrajendra-tanaye tanu su˜hu-v€myaˆ


m€ dakiŠ€ bhava kala‰kini l€ghav€ya
r€dhe giraˆ Šu hit€m iti ikayant…ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (4)

Ofereço praŠ€ma a ®r… Lalit€-dev…, a encantadora arca de todas as boas qualidades, que
instrui ®r…mat… R€dhik€ desta forma: "Ó Kala‰kini (moça incasta)! R€dhe! Ouve minhas boas
instruções que são favoráveis para ti! Vrajendra-nandana é muito astuto ( dh™rta). Não
demonstre Teu humor de gentil submissão (dakiŠ€ bh€va) a Ele, em vez disso, em todas as
circunstâncias, seja oposta."

r€dh€m abhi vraja-pateƒ ktam €tmajena


k™˜aˆ man€g api vilokya vilohit€k…m
v€g-bha‰gibhis tam acireŠa vilajjayant…ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (5)

Ofereço praŠ€ma à morada de todas as boas qualidades, a supremamente encantadora


®r… Lalit€-dev… que, ao ouvir ®r… KŠa falar mesmo algumas palavras astutas para ®r…mat…
R€dhik€, imediatamente, fica furiosa e envergonha KŠa com seus comentários mordazes e
sarcásticos: "Você é tão veraz e sincero e um amante tão casto!"

v€tsalya-vnda-vasatiˆ paup€la-r€jñy€ƒ
sakhy€nuikaŠa-kal€su guruˆ sakh…n€m
r€dh€-bal€varaja-j…vita-nirvie€ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (6)

Ofereço praŠ€ma à supremamente encantadora ®r… Lalit€-dev…, que possui todas as


qualidades divinas, que também é receptora da afeição maternal de Yaod€-dev…, que é a guru
de todas as sakh…s, instruindo-as na arte de ser uma amiga e a própria vida, tanto de ®r…mat…
R€dhik€ quanto do irmão mais novo de Baladeva.

y€ˆ k€m api vraja-kule vabh€nu-j€y€ƒ


prekya sva-paka-padav…m anurudhyam€n€m
sadyas tad-i˜a-gha˜anena kt€rthayant…ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (7)

Ofereço praŠ€ma à supremamente encantadora ®r… Lalit€-dev…, a arca de todas as boas


qualidades. Ao ver alguma jovem donzela em algum lugar de Vraja e discernir que a mesma
inclina-se a favor de sua priya-sakh…, ®r…mat… R€dhik€, Lalit€ imediatamente fala para R€dh€ que
Ela tem que aceitar esta pessoa em Seu próprio grupo ( sva-paka). R€dh€ obedece Lalit€ que,
assim, realiza os desejos daquela donzela.

r€dh€-vrajendra-suta-sa‰gama-ra‰ga-cary€ˆ
vary€ˆ vinicitavat…m akhilotsavebhyaƒ
t€ˆ gokula-priya-sakh…-nikuramba-mukhy€ˆ
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi (8)

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Ofereço praŠ€ma a ®r… Lalit€-dev…, a encarnação de todas as divinas virtudes e a
principal de todas as sakh…s favoritas de Gokula. Sua tarefa primordial é providenciar o prazer
de ®r… R€dh€-Govinda, mediante a preparação de Seus encontros – este deleitoso sev€
ultrapassa o desfrute de todos os melhores festivais combinados juntos.

nandann am™ni lalit€-guŠa-l€lit€ni


pady€ni yaƒ pa˜hati nirmala-d˜ir a˜au
pr…ty€ vikarati janaˆ nija-vnda-madhye
taˆ k…rtid€-pati-kulojjvala-kalpa-vall… (9)

Se uma pessoa, com um coração alegre e puro, recita este a˜aka em louvor a Lalit€-
dev…, será afetuosamente trazida para o próprio grupo de sakh…s de ®r…mat… R€dhik€. Lalit€-dev…
está magnificamente ornamentada com beleza, graça, encanto e charme e, junto com ®r…mat…
R€dhik€, é a refulgente trepadeira que satisfaz os desejos ( kalpa-vall…) da família de Vabh€nu
Mah€r€ja, que se enrosca em torno da kalpa-vka de KŠa.

®r… ®ik€˜akam
Falado por ®r… Caitanya Mah€prabhu

ceto-darpaŠa-m€rjanaˆ bhava-mah€d€v€gni-nirv€paŠaˆ
reyaƒ-kairava-candrik€-vitaraŠaˆ vidy€vadh™-j…vanam
€nand€mbudhi-vardhanaˆ prati-padaˆ p™rŠ€mt€sv€danaˆ
sarv€tma-snapanaˆ paraˆ vijayate r…-kŠa-sa‰k…rtanam (1)

Que haja suprema vitória para o cantar do santo nome de ®r… KŠa, o qual limpa o
espelho do coração e extingue completamente o ardente incêndio da existência material. ®r…-
kŠa-sa‰k…rtana difunde os suavizantes raios do luar de bh€va, que fazem com que floresça o
lótus branco da boa fortuna para as j…vas. O santo nome é a vida e alma do conhecimento
transcendental, já que Vidya ( divya Sarasvati-dev…) é consorte de ®r… N€ma Prabhu. Ele
continuamente expande o oceano de bem-aventurança transcendental, permitindo-nos
saborear pleno néctar a cada estágio. O santo nome banha e refresca o corpo, a mente e a
alma.

n€mn€m ak€ri bahudh€ nija-sarva-aktis, tatr€rpit€ niyamitaƒ smaraŠe na k€laƒ


et€d… tava kp€ bhagavan mam€pi, durdaivam …dam ih€jani n€nur€gaƒ (2)

Ó Bhagav€n! Seu santo nome concede toda a auspiciosidade às entidades vivas.


Portanto, para o benefício das j…vas, Você manifesta eternamente Seus inúmeros nomes, tais
como R€ma, N€r€yaŠa, KŠa, Mukunda, M€dhava, Govinda, D€modara e outros. Você investiu
nesses nomes todas as potências de Suas respectivas formas. Por misericórdia sem causa, nem
sequer impôs quaisquer restrições ao cantar e lembrar de tais nomes. Não obstante, sou tão
desafortunado por cometer ofensas, que não tenho nenhum apego pelo Seu santo nome, que é
tão facilmente acessível e confere toda a boa fortuna.

tŠ€d api sun…cena taror api sahiŠun€, am€nin€ m€nadena k…rtan…yaƒ sad€ hariƒ (3)

Pensando ser inferior que a grama insignificante, que é pisoteada sob os pés de todos,
sendo mais tolerante que uma árvore, não aceitando honra alguma, mas oferecendo respeito a
todos os outros de acordo com suas respectivas posições, deve-se cantar o santo nome de ®r…
Hari continuamente.
na dhanaˆ na janaˆ na sundar…ˆ, kavit€ˆ v€ jagad…a k€maye
mama janmani janman…vare, bhavat€d bhaktir ahaituk… tvayi (4)

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Ó Jagad…a! Não desejo riqueza, seguidores tais como esposa, filhos, amigos e parentes,
nem conhecimento mundano expressado em linguagem poética. Meu único desejo, ó
Pr€Ševara, é que, nascimento após nascimento, eu possa ter ahaituk…-bhakti por Seus pés de
lótus.

ayi nanda-tan™ja ki‰karaˆ, patitaˆ m€ˆ viame bhav€mbudhau


kpay€ tava p€da-pa‰kajasthita- dh™l…-sadaˆ vicintaya (5)

Ó Nanda-nandana! Por favor, seja misericordioso comigo, Seu servo eterno, caído no
turbulento oceano da existência material como resultado de meus atos fruitivos. Por favor,
considere-me como uma partícula de poeira de Seus pés de lótus e aceite-me, para sempre,
como Seu servo aprendiz.

nayanaˆ galad-aru-dh€ray€, vadanaˆ gadgada-ruddhay€ gir€


pulakair nicitaˆ vapuƒ kad€, tava n€ma-grahaŠe bhaviyati (6)

Ó Senhor! Quando meus olhos se encherão com um rio de lágrimas? Quando minha
voz ficará embargada? E quando os pelos do meu corpo se arrepiarão em êxtase, enquanto
cantar Seu Santo nome?

yug€yitaˆ nimeeŠa caku€ pr€v€yitam, ™ny€yitaˆ jagat sarvaˆ govinda-viraheŠa me (7)


Ó sakhi! Em separação de Govinda, apenas um momento se parece como um milênio.
Lágrimas começam a jorrar de meus olhos como chuva e este mundo inteiro parece vazio.

€liya v€ p€da-rat€ˆ pina˜u m€m, adaran€n marma-hat€ˆ karotu v€


yath€ tath€ v€ vidadh€tu lampa˜o, mat-pr€Ša-n€thas tu sa eva n€paraƒ (8)

Que KŠa abrace fortemente esta serva que é apegada a Seus pés de lótus e, assim,
me faça Dele mesmo; ou que Ele parta meu coração por não estar presente diante de mim. Ele
é um libertino e pode fazer o que bem Lhe apraz. Mesmo que Ele encontre-se com outras
amantes, diretamente na minha frente, ainda assim, Ele é o meu pr€Šan€tha. Não tenho mais
ninguém além Dele.

®r… KŠa-N€m€˜akam
®r…la R™pa Gosv€m…

nikhila-ruti-mauli-ratna-m€l€, dyuti-n…r€jita-p€da-paŠkaj€nta
ayi mukta-kulair-up€syam€naˆ, paritas-tv€ˆ harin€ma ! saˆray€mi (1)

Ó Harin€ma! Tomo total refúgio em Você. As unhas de Seus pés de lótus são adoradas
pelo refulgente brilho que emana do colar de jóias conhecido como os Upaniads, que em si,
são a jóia-real de todos os rutis. Você também é adorado pelos sábios liberados.

jaya n€madheya ! muni-vnda-geya ! jana-rañjan€ya param akar€kte!


tvam an€dar€d api man€g-ud…ritaˆ, nikhilogra-t€pa-pa˜al…ˆ vilumpasi (2)

Ó Harin€ma, que é cantado pelos sábios! Ó Você, que assumiu a forma de sílabas
supremas para dar grande felicidade aos devotos! Todas as glórias. Que Sua supremacia sempre
possa manifestar-se. Se Você for falado ainda que uma só vez, mesmo desrespeitosamente ou
por gracejo, erradica todos os temíveis pecados pela raiz.

yad-€bh€s ‘py udyan-kavalita-bhava-dhv€nta-vibhavo daˆ tattv€ndh€n€m api diati bhakti-


praŠayin…m

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janas-tasyod€ttaˆ jagati bhagavam-n€ma-taraŠe ! kt… te nirvaktuˆ ka iha mahim€naˆ
prabhavati ? (3)

Ó sol do Bhagav€n-n€ma! Que estudioso erudito, neste mundo, seria competente para
descrever Suas insuperáveis glórias? Mesmo €bh€sa, a luz esmaecida da Sua alvorada, engole a
escuridão da ignorância, que cega as almas condicionadas, e as capacita para contemplar hari-
bhakti.

yad-brahma-s€k€t-kti-ni˜hay€pi, vin€am €y€ti vin€ na bhogaiƒ


apaiti n€ma ! sphuraŠena tat te, pr€rabdha-karmeti virauti vedaƒ (4)

Ó N€ma! Os Vedas declaram claramente que mesmo que um devoto não se submeta a
sofrimento algum, seu pr€rabdha-karma, que não pode ser eliminado nem pela meditação
resoluta no Brahman impessoal, é mitigado, imediatamente, pelo Seu aparecimento na língua.

agha-damana-yaod€-nandanau ! nanda-s™no ! kamala-nayana-gop…-candra-vnd€vanendr€ƒ !


praŠata-karuŠa-kŠ€v-ity aneka-svar™pe tvayi mama ratir-uccair-vardhat€ˆ n€madheya (5)
Ó N€ma! Que meu amor por Você em Suas tantas formas, tais como Agha-damana,
Yaod€-nandana, Nanda-s™no, Kamala-nayana, Gop…candra, Vnd€vanendra e Pr€Šata-Karuna,
possa sempre aumentar.

v€cyaˆ v€cakam-ity udeti bhavato n€ma ! svar™pa-dvayaˆ p™rvasm€t parameva hanta


karuŠaˆ tatr€pi j€n…mahe
yas tasmin vihit€par€dha-nivahaƒ pr€Š… samanat€d-bhaved €syenedam-up€sya so ‘pi hi
sad€nand€mbudhau maj-jati (6)

Ó N€ma! No mundo material, Você manifesta-Se de duas formas: Como v€cya, o


Param€tm€ dentro do coração de cada alma, e como v€caka, a vibração sonora dos nomes tais
como KŠa e Govinda. Sabemos que Sua segunda forma é mais misericordiosa que a primeira,
pois ao cantar, a segunda forma é adorada e até aqueles que cometeram ofensas à Sua primeira
forma, são mergulhados no oceano de bem-aventurança.

s™dit€rita-jan€rti-r€aye, ramya-cid-ghana-sukha-svar™piŠe
n€ma ! gokula-mahotsav€ya te, kŠa ! p™rŠa-vapue namo namaƒ (7)

Ó KŠa-n€ma! Que destrói os sofrimentos daqueles que tomam refúgio em


Você. Você é a personificação divertida de saccid€nanda, o grande festival de Gokula e é
onipenetrante. Ofereço-Lhe praŠ€ma repetidamente.

n€rada-v…Šoj-j…vana ! sudhormi-niry€sa-m€dhur…-p™ra !
tvaˆ kŠa-n€ma ! k€maˆ, sphura me rasena rasane sad€ (8)

Ó vida da v…Š€ de N€rada! Ó Você, que é como as ondas do néctar essencial do oceano
da doçura! Ó KŠa-n€ma! Pela Sua graça, por favor, sempre apareça docemente em minha
língua.

®r… Anur€ga-Vall…
– A Florescente Trepadeira do Amor –
®r…la Vivan€tha Cakravart… µh€kura

deh€rbud€ni bhagavan! yugapat prayaccha, vaktr€rbud€ni ca punaƒ pratideham eva


jihv€rbud€ni kpay€ prativaktram eva, ntyantu teu tava n€tha! guŠ€rbud€ni (1)

163
164
He Bhagav€n! Por favor, seja misericordioso e me conceda milhões de corpos. Depois,
conceda a cada um destes corpos milhões de bocas e, a cada uma destas bocas, milhões de
línguas. He N€tha! Que em cada uma destas línguas possam Seus milhões de atributos divinos
dançar eternamente.

kim €tman€? yatra na deha-ko˜yo, dehena kiˆ? yatra na vaktra-ko˜yaƒ


vaktreŠa kiˆ? yatra na ko˜i-jihv€ƒ, kiˆ jihvay€? yatra na n€ma-ko˜yaƒ (2)

Qual é a utilidade de uma alma que não tem milhões de corpos? Qual é a utilidade de
um corpo que não tem milhões de bocas e qual a utilidade de uma boca que não possui
milhões de línguas? E qual a utilidade de uma língua na qual Seus milhões de nomes não
dançam?
€tm€stu nityaˆ ata-deha-vart…, dehastu n€th€stu sahasra-vaktraƒ
vaktraˆ sad€ r€jatu laka-jihvaˆ, ghŠ€tu jihv€ tava n€ma-ko˜im (3)

He N€tha! Que minha alma possua, eternamente, centenas de corpos; que cada corpo
possua milhares de bocas e, cada boca, centenas de milhares de línguas nas quais Seus milhões
de nomes irão dançar.

yad€ yad€ m€dhava! yatra yatra, g€yanti ye ye tava n€ma-l…l€ƒ


tatraiva karŠ€yuta-dh€ryam€Š€s, t€s te sudh€ nityam ahaˆ dhay€ni (4)

He M€dhava! Minha súplica especial é que eu esteja presente diante da Sua forma de
Deidade, ou em qualquer outro lugar, com milhares de ouvidos com os quais possa
perpetuamente beber o néctar do k…rtana do Seu n€ma, r™pa, guŠa e l…l€ feito pelos Seus
devotos.
karŠ€yutasyaiva bhavantu lakako, ˜yo rasajñ€ bhagavaˆs tadaiva
yenaiva l…l€ƒ Šav€ni nityaˆ, tenaiva g€y€ni tataƒ sukhaˆ me (5)

He Bhagav€n! Enquanto beber tal néctar pelos milhões de ouvidos, que eu possa ter
milhões de línguas com as quais, incessantemente, enalteça o n€ma, r™pa, guŠa e l…l€ que
ouço – desta maneira, permanecerei para sempre imerso em divina bem-aventurança.

karŠ€yutasyekaŠa-ko˜ir asy€, ht-ko˜ir asy€ rasan€rbudaˆs t€t


rutvaiva d˜v€ tava r™pa-sindhum, €li‰gya m€dhuryam aho! dhay€ni (6)

Que cada um dos meus milhões de ouvidos seja acompanhado por milhões de olhos.
Que cada um destes olhos seja acompanhado por milhões de corações. Que estes milhões de
corações sejam acompanhados por milhões de línguas. Então, estes milhões de ouvidos
perpetuamente ouvirão as glórias do oceano da Sua beleza; estes milhões de olhos
eternamente receberão darana desta beleza, estes milhões de corações incessantemente irão
abraçá-la e estes milhões de línguas, sorverão incessantemente seu néctar.

netr€rbudasyaiva bhavantu karŠa, n€s€-rasajñ€ hday€rbudaˆ v€


saundarya-sausvarya-sugandha-p™ra, m€dhurya-saˆlea-ras€nubh™tyai (7)

Que eu possa ter milhões de olhos para contemplar o néctar da Sua beleza, milhões de
ouvidos para ouvir Sua voz tão doce, milhões de narizes para cheirar Sua fragrância, milhões de
línguas para provar Sua doçura e milhões de corações com os quais poderei obter o néctar do
Seu abraço.

tvat-p€rva-gatyai pada-ko˜ir astu, sev€ˆ vidh€tuˆ mama hasta-ko˜iƒ


t€ˆ ikituˆs tadapi buddhi-ko˜ir, et€n var€n me bhagavan! prayaccha (8)

164
165
Que eu tenha milhões de pés para estar sempre ao Seu lado, milhões de mãos com as
quais possa atendê-Lo e milhões de vezes mais inteligência, para aprender a servi-lo. He
Bhagav€n! Por favor, seja misericordioso e conceda-me estas bençãos.

Canções em Hindi
Guru-CaraŠa-Kamala Bhaja Mana
– Ó Mente, Apenas Adore os Pés de Lótus de ®r… Guru –
®r… ®r…mad Bhaktived€nta N€r€y€Ša Mah€r€ja

guru-caraŠa-kamala bhaja mana


guru-kp€ vin€ n€hi koi s€dhana-bala,
bhaja man bhaja anukaŠa (1)

Ó mente, adore exclusivamente os pés de lótus de Gurudeva! Sem a misericórdia de


Gurudeva não temos força em nosso s€dhana. Portanto, ó mente, adore e sirva-o a todo
momento!
milat€ nahï ais€ durlabha janama,
bhramatahü caudaha bhuvana
kis… ko milte hai‰ aho bh€gya se,
hari-bhaktoñ ke daraan (2)

Sem alcançar ®r… Guru neste raro nascimento humano, estamos simplesmente vagando
por estes quatorze planos! Ó, como somos afortunados por termos encontrado tal mestre e por
obtermos o darana do devoto de ®r… Hari!
kŠa-kp€ k… €nanda m™rati,
d…na-jana karuŠ€-nid€n
bhakti bh€va prema – t…na prak€ata,
r… guru patita p€vana (3)

®r… Guru é a encarnação bem-aventurada da misericórdia de KŠa e o reservatório da


compaixão para as almas desvalidas. Ele nos ilumina em bhakti, bh€va e prema e é o salvador
dos caídos!
ruti smti aur pur€nana m€rhi,
k…no spa˜a pram€Ša
tana-mana-j…vana, guru-pade arpaŠa,
r… har…n€ma ra˜ana (4)

Todos os rutis, smtis e Pur€Šas descrevem as glórias de ®r… Guru. Oferecendo meu
corpo, mente e minha própria vida aos pés de Gurudeva, incessantemente, canto r… harin€ma!

Gurudeva, Kp€ Koro ke


gurudeva, kp€ koro ke mujhe ko apan€ len€
maiŠe saraŠa pa€ ter…, caraŠo me jagaha den€, caraŠo me jagaha den€(1)

Gurudeva! Conceda-me sua misericórdia e me aceite como sendo seu. Eu tomei


refúgio em você. Por favor, dê-me um lugar a seus pés de lótus.

karuŠ€-nidhi n€ma ter€, karuŠ€ baras€vo tum


soye huye bhagya ko, he n€tha jagao tum, he natha jagao tum
mer… n€va bhaŠvara dole, use p€ra lag€ den€ (2)
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Você é um oceano de misericórdia, por favor, derrame sua misericórdia sobre mim. Ó
meu senhor, somente então, minha fortuna adormecida despertará. Meu barco foi capturado
por um redemoinho. Por favor, ajude-me a atravessar este oceano turbulento.

tum sukha ke s€gara ho, bhakti ke sah€re ho


mere man me sam€e ho, mujhe pr€Šo se py€re ho, mujhe pr€Šo se py€re ho
nitya m€l€ japu ter…, mere doa bhul€ den€ (3)

Você é um oceano de felicidade e o abrigo para bhakti. Você é mais querido a mim
do que minha própria vida e está sempre em minha mente. Todos os dias, eu canto seu nome.
Por favor, ignore minhas falhas.

mai‰ santo‰ ke sevaka h™‰, guru caraŠo k€ d€sa h™‰


nah… n€tha bhul€n€ mujhe, isa jaga mei‰ akel€ h™‰, isa jaga mei‰ akel€ h™‰
tere dv€r ka bhikh€ri h™‰, nah… dil se bhul€ den€ (4)

Sou um servo dos VaiŠavas e dos pés de lótus de meu Guru. Por favor, não me
esqueça, pois estou completamente só neste mundo. Sou um pedinte à sua porta. Por favor,
não me ignore.
N€ma-K…rtana
jaya govinda, jaya gop€la, keava, m€dhava, d…na-day€la
y€masundara, kanhaiy€-l€la, giri-vara-dh€r…, nanda-dul€la
acyuta, keava, r…dhara, m€dhava, gop€la, govinda, hari
yamun€ pulina me vaˆ… baj€ve, na˜avara veadh€r…

r… kŠa gop€la hare mukunda, govinda he nanda-kiora kŠa
h€ r… yaod€-tanaya pras…da, r… ballav…-j…vana r€dhikea

Vraja Jana Mana Sukhak€r…


por ®rila Bhaktivedanta Narayana Mah€r€ja

Refrão: vraja-jana mana sukhak€r… r€dhe-y€ma y€ma y€ma

KŠa dá felicidade aos corações de todos os Vrajav€s…s – R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!
mor muku˜a makar€krta kuŠala, gala vaijayant… m€la,
caraŠan n™pura ras€la, r€dhe-y€ma y€ma y€ma(1)

Ele usa uma pena de pavão muku˜a, brincos em forma de peixe que balançam e uma
guirlanda vaijayant… em volta de Seu pescoço. O som de Suas tornozeleiras de sininhos é pleno
de r€sa. R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!

sundar vandana kamala dal locana, b€‰k… cita-vana-h€ri,


mohan baˆ…-vih€ri, r€dhe-y€ma y€ma y€ma(2)

Sua face e Seus olhos de lótus são muito belos. Ele rouba o coração das pessoas com
sua forma curvada em três pontos e, perambulando aqui e ali, encanta a todos com Sua flauta.
R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!.

vrnd€vanme‰ dhenu car€ve, gop…-jana man€har…


ri govardhana dhar…, r€dhe-y€ma y€ma y€ma(3)

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Em Vnd€vana, Ele brinca com as vacas nos pastos, rouba as mentes das gop…s e ergue
a Colina de ®ri Govardhana! R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!

r€dh€-kŠa mili ab dou, gaura r™pa avat€r…


k…rtana dharama prac€r…, r€dhe-y€ma y€ma y€ma (4)

®ri R€dh€-KŠa uniram-Se e, agora, os dois vieram como o lindo avat€ra dourado, que
prega o dharma do cantar dos santos nomes. R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!

tuma vina mere aura na koi, n€ma r™pa avat€r…


caraŠanameñ balih€r…, n€r€yaŠa balih€r…, r€dhe-y€ma y€ma y€ma(5)

Além de Você, não tenho ninguém. Você descende como o avat€ra do belo nome e da
linda forma. Seus pés de lótus me enchem de admiração – assim, este N€r€yaŠa está
repleto de alegria! R€dhe! ®y€ma! ®y€ma! ®y€ma!

P€r KareŠge
(Canção Tradicional)

p€ra kare‰ge naiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€, kŠa kanhaiy€ d€™j… ke bhaiy€ (1)

Adore Kanhaiy€*, o irmão de Balar€ma. Os pés de lótus de Kanhaiy€ são o barco para
nos levar através do oceano da vida material.
(* Kanhaiy€ — apelido de Yaod€-maiy€ para seu querido filho. Este nome transborda de
doçura e afeição).

kŠa kanhaiy€ vaˆ… bajaiy€, m€khana curaiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€ (2)

Adore Kanhaiy€, esse KŠa, que fica em Vraja tocando a flauta e que rouba manteiga
da casa de todas gop…s (ou seja, os corações macios e de um branco puro, que são como
manteiga).

kŠa kanhaiy€ girivara u˜haiy€, kŠa kanhaiy€ r€sa racaiy€


p€ra kare‰ge naiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€ (3)

Adore Kanhaiy€, esse KŠa que ergueu a Colina de Govardhana e realizou a r€sa-l…l€.
Seus pés de lótus são o barco para nos atravessar pelo oceano da vida material.

mitra sud€m€ taŠula l€e, gale lag€ prabhu bhoga lag€ye


kah€ kah€ kaha bhaiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€ (4)

Quando Seu amigo Sud€ma trouxe-Lhe arroz de baixa qualidade, Ele aceitou e o
abraçou exclamando: "Ó meu irmão, você não vem há tanto tempo! Onde esteve? Esqueceu de
Mim?" Adore esse KŠa!

arjuna k€ ratha raŠa me h€k€, y€maliy€ giridh€r… b€k€


k€l…-n€ga nathaiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€ (5)

Na guerra do Mah€bharata, Sy€maliy€ (o doce e divetido KŠa) tornou-Se o


quadrigário de Arjuna, guiando os cavalos no campo de batalha. Ele ergueu a Colina de
Govardhana numa idade tão tenra e subjugou K€l…ya N€ga colocando uma corda através de seu
nariz, arrastando-o para fora do Yamun€. Adore esse KŠa!

drupata-sut€ jaba du˜ana gher…, r€kh… l€ja na k…n… der…


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€gaye c…ra bahaiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€ (6)

Adore esse Kanhaiy€ que, imediatamente, veio para proteger a castidade de Draupad…,
aumentando a veste dela ilimitadamente, enquanto estava cercada por tantos homens
malvados.

šli! Mohe L€ge Vnd€vana N…ko


€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko
ghara ghara tulas…, ˜h€kura p™j€, darana govindaj… ko
€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko(1)

Ó amigo! Gosto tanto de Vnd€vana! Onde, em cada lar, tulas… e as Deidades são
adoradas e Govindaj… dá Seu darana.

nirmala n…ra bahata yamun€ ko, bhojana d™dha dah… ko


€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko(2)

Onde as puras águas do Yamun€ fluem e onde os alimentos são o leite e o iogurte. Ó
amigo! Gosto tanto de Vnd€vana!

ratna siˆh€sana €pa vir€je, muku˜a dharyo tulas… ko


€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko(3)

Onde a Deidade senta num trono ornado de jóias com tulas… em Sua coroa. Ó amigo!
Gosto tanto de Vnd€vana!

kuñjana kuñjana phirata r€dhik€, abda sunata mural… ko,


€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko(4)

Onde R€dhik€ vagueia de kuñja em kuñja, tendo ouvido a vibração da flauta Dele. Ó
amigo! Gosto tanto de Vnd€vana!

m…r€ ke prabhu giridh€ra-n€gara, bhajana vin€ nara ph…ko


€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko(5)

O herói Giridh€ri é o mestre de Mira, a qual diz que, sem bhajana, uma pessoa é tola.
Ó amigo! Gosto tanto de Vnd€vana!

Govardhana Mah€r€ja
cha˜€ ter… t…na se, ny€r… hai govardhana mah€r€ja
m€nasi ga‰g€ ko sn€na, dharo phira cakalevara ko dhy€na,
d€na gh€˜… ko dadhi ko d€na, koro parikram€ k… taiy€r… hai, govardhana mah€r€ja (1)

Govardhana Mah€r€ja! Sua forma é mais bela do que tudo dentro dos três mundos.
Banhar-se no M€nasi Ga‰ga, meditar em Cakalevara, dar iogurte no D€na-gh€˜… – nós estamos
sempre ansiosos para circundá-lo.

g€o‰ €nyora kuŠa govinda, p™char… ko lau˜h€ hai daŠa


sarovara bhar… rahe svacchanda, p€sa me jat…pur€ sukhak€r… hai, govardhana mah€r€ja (2)

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Govardhana Mah€r€ja! Ao circundá-lo, visitaremos o Govinda-kuŠa no vilarejo de
Anyora, depois, iremos a P™char… ko Lau˜a e ofereceremos pran€ma, e então, perto de
Jat…pur€, iremos a um belo reservatório de água pura que concede grande felicidade.

ikhara ke ™para n€ce mora, santajana pae rahe cahu ora,


devako dhy€na dhare nita bhora kare ye saba brajak… rakhav€ri hai, govardhana mah€r€ja (3)
Govardhana Mah€r€ja! Os pavões dançam sobre você, os santos, que meditam todas as
manhãs, moram todos ao seu redor e você é o protetor de toda Vraja.

kŠa aur r€dh€-kuŠa ap€ra, nitya hoye avicala yah€ vihara


kusuma ki nika˜a khil… phulav€ri hai, govardhana mah€r€ja (4)

Govardhana Mah€r€ja! Passeando diariamente ao seu redor, nós vemos o R€dh€-


kuŠa, o KŠa-kuŠa e os vários jardins floridos.

dhanya jo b€sa kare girir€ja, siddha hoye unke sabare kaja,


ri r€dh€-kŠa yugala jo… pai, govardhana mah€r€ja (5)

Govardhana Mah€r€ja! Você aumenta o prazer conjugal de ®ri R€dh€-KŠa. Aqueles


que residem perto de você são realmente afortunados e todos os seus esforços são bem
sucedidos.

Calo Mana ®ri Vnd€vana Dh€ma


calo mana ri vind€vana dh€ma (1)

Ó mente, corra imediatamente para Vind€vana...

jah€ viharata n€gar… ar™ n€gara, kuñjana €˜ho j€ma (2)

Onde o herói e as heroínas, perpetuamente, desfrutam nos kuñjas.

bh™kha lage to r€sikana jh™˜hana kh€ye lahiya vir€ma (3)

Quando tiver fome, aceitarei os remanentes dos devotos r€sika e descansarei.

py€sa lage to tar™Ši tanuj€ ta˜a piyu sal…la lal€ma (4)

Quando sentir sede, irei às margens do Yamun€ tomar sua saborosa água.

n…nda lage to j€ya soi rah™, latana kuñja abhir€ma (5)

Quando estiver cansado, descansarei nos densos kuñjas.

braja k… reŠu lakhi cinmaya, tanmaya rah™ abhir€ma (6)


Ó mente, você encontrará paz eterna ao ver a poeira transcendental de Vraja.

pe kp€lu mana j€ti yaha bh™liye bh€va rahe nik€ma (7)


Ó mente, seja misericordiosa e renuncie a todos os desejos que não sejam estes.
Bhaja Govinda, Bhaja Govinda
bhaja govinda, bhaja govinda, bhaja govinda k€ n€ma re
govinda ke n€ma bin€, tere ko… na €ve k€ma re (1)

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Adore o nome de Govinda. Nada além do nome de Govinda pode fazer algo por você.
ye j…vana hai sukha duƒkha k€ mel€, duniy€d€ri svapna k€ khel€
j€n€ tujha ko paeg€ akel€, bhaja le hari k€ n€ma re (2)

Essa vida é um festival de felicidade e tristeza – assim como um sonho. No final, você
estará sozinho, então, adore o nome de Hari.

govinda k… mahim€ g€ke, prema ke usa para ph€ga lag€ke


j…vana apn€ saphala ban€ le, cala …vara ke dh€ma re (3)

Cante as glórias de Govinda com muito amor. Isso fará sua vida bem-sucedida e você
irá para o dh€ma (local sagrado) de Ÿvara.

Mohana Py€re Ho Kanhaiy€


mohana py€re ho kanhaiy€, n€ma anupama bh€ve
nanda ke l€la yaod€ dul€la saba ko… jana g€ve, kanhaiy€ (1)

Meu amado Kanhaiy€ é tão encantador, eu gosto tanto de Seu belo nome. Todos os
aldeões cantam sobre Você, Kanhaiy€, o querido filho de Nanda e Yaod€.

r€dh€-ramaŠa madana-mohana prabhu yamun€ pulina bih€ri


kŠa govinda, mural… manohara, govardhana giridh€r… (2)

Você é o amado de R€dh€, encanta até mesmo o cupido e desfruta de passatempos


enquanto perambula ao redor do Yamun€. KŠa, Govinda! Você toca melodias encantadoras
em Sua flauta e levantou a Colina de Govardhana.

agha, baka p™tan€ kaˆsa ke n€aka, r€dh€-kuŠa ta˜a vanav€r…


braja-jana rañjana gop… pramodana, cañcala na˜ana mur€r… (3)

Você destruiu Agh€sura, Bak€sura, P™t€na e Kaˆsa; perambula pelas margens do


R€dh€-kuŠa e alegra os residentes de Vraja, especialmente as gop…s. Oh Mur€r…! Você é um
dançarino inquieto e divertido.

madhura n€ma avat€ra tumh€re, d…na janama €dh€ra


n€ma r™pa me bheda na ko…, k…je kp€ mur€ra (4)

Seu doce nome é Sua encarnação e o abrigo dos caídos. Não há diferença entre Você e
Seu nome. Por favor, seja misericordioso.

es€ aura nah… p€p…jana, jais€ ma… hu n€tha


nijajana arana dehi karuŠamaya, k…je moh… san€tha (5)

Não existe nenhum pecador como eu. Oh Natha! Por favor, seja misericordioso e me dê abrigo.

Aiyo Nandal€la, Aiyo Gop€la


€ja mere a‰gana me aiyo nandal€la, aiyo gop€la
darana k… py€si gujariy€, o y€ma darana k… py€si gujariy€ (1)

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Por favor, entre em meu pátio hoje, Nandal€la. Por favor, venha, Gop€la. Esta pastora
de vacas está sedenta por seu darana. Ó ®y€ma! Esta pastora de vacas está sedenta por Seu
darana.
a‰gana me aiyo mere m€khana khaiyo
m…˜h…-m…˜h… batiy€ bataiyo nandal€la
aiyo gop€la darana k… py€si gujariy€ (2)

Por favor, entre em meu pátio e coma minha manteiga. Por favor, diga frases
carinhosas para mim, Nandal€la. Por favor, venha, Gop€la. Esta pastora de vacas está sedenta
por Seu darana.

kori-kori ma˜ak…na me, bholi bholi gaiyana ko,


tere liye dahi kara rakho nandal€la,
aiyo gop€la darana k… py€si gujariy€ (3)

Em novos potes de barro nós guardamos iogurte feito do leite de vacas inocentes,
especialmente para Você, Nandal€la. Por favor, venha, Gop€la. Esta pastora de vacas está
sedenta por Seu darana.

a‰gana me aiyo, neka baˆi bajaiyo,


m…˜h…-m…˜h… batiy€ bataiyo nandal€la,
aiyo gop€la darana k… py€si gujariy€ (4)

Por favor, entre em meu pátio e toque a flauta. Por favor, diga frases carinhosas para
mim, Nandal€la. Por favor, venha, Gop€la. Esta pastora de vacas está sedenta por Seu darana.

Sakh… R… Mere Mana


sakh… r… mere mana abhil€€ hoya madana mohana ke guŠa g€™ (1)

Oh Sakh…, o desejo de meu coração é cantar as glórias de Madana-mohana.

…a pe mora mukuta sohe, pagana paijaniy€ mana mohe


kamara p…t€mbara jhilamila hoya na mukha se varŠana kara p€™ (2)

A pena de pavão em Sua coroa é muito bela. Suas tornozeleiras tilintantes encantam
minha mente. Sua cintura é adornada por um lenço amarelo, uma beleza que eu simplesmente
não posso descrever.

k€nana me kuŠala hai €l€, gale me vaijayant… m€l€


adhara mural… py€r… l€ge moya, sun™ to mana me sukha p€™ (3)

Ao ouvir sobre os brincos em Suas orelhas, a guirlanda vajayant… em volta de Seu


pescoço e a amada flauta em Seus lábios, meu coração experimentará uma imensa felicidade.

ye la˜a mukha pe k€l…-k€l… c€la mohana k… matav€l…


yah€ j€ye se darana hoya batado gela kah€ j€™ (4)

Cachos de cabelo negro balançam sobre Seu rosto. Como se estivesse intoxicado, Ele
se movimenta de uma maneira encantadora. Diga-me amigo, onde posso ir para ter Seu
darana?
ye na˜avara r€sa-bih€r… ke sa‰ga vabh€nu dul€r… ke
saphala j…vana r€sa-bih€ri ke as€ga vrsabh€nu dul€ri ke
saphala j…vana mero kaise hoya yugala caraŠana me sira n€™ (5)
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O melhor dos dançarinos está na companhia da filha do Rei Vrabh€nu. Prostrando


minha cabeça aos pés do Casal Divino, minha vida será completamente bem-sucedida.

Baso Mere
baso mere nayanana me nandal€la (1)

Que Nandal€la sempre esteja presente diante de meus olhos.

mohana m™rati, y€ma s™rati, nayan€ bane viala (2)

Que a forma encantadora e a bela face de ®y€ma sempre estejam presentes diante de
meus olhos.

adhara sudh€r€sa, mural… b€jata, ura vaijayant… m€l€ (3)

Seus lábios exalam puro néctar enquanto Ele toca a flauta e uma guirlanda vaijayant…-
m€l€ adorna Seu peito.

kudra ghan˜ika ka˜itata obhita, n™pura abda ras€la (4)

Pequenos sinos enfeitam Sua cintura e o som de Suas tornozeleiras com sininhos é
muito doce.
m…r€ prabhu santana sukhad€y…, bhakata-vatsala gop€la (5)

O mestre de Mira é Gop€la, que é especialmente afetuoso com Seus devotos e dá


imenso prazer aos santos.
Mai To Ra˜™ R€dh€-R€dh€-N€ma
mai to ra˜™ r€dh€-r€dh€ n€ma, braja k… galiyana me
mai to €yo vind€vana-dh€ma kior… tere caraŠana me (1)

Repetirei o nome de R€dh€ pelas ruas de Vind€vana. Irei a Vind€vana-dh€ma e me


abrigarei em Seus pés, Kior….

ita uta dol™ kah€-kah€ r€dh€, mi˜a j€ye j…vana k… vy€dh€


aur mila j€ye ghanay€ma, braja ki galiyana me (2)

O dia todo, perdido pelos caminhos de Vraja, perambularei cantando Seu nome,
acabando com todo o infortúnio da vida; E encontrarei ®ri KŠa, cuja compleição é como a de
uma nuvem carregada de chuva.

ulajha-ulajha ina braja kar…lana me, sev€-kuñja y€ nidhuvana me


kior… tere caraŠana me, braja ki galiyana me (3)

Em estado de loucura, perambularei pelo Sev€-kuñja ou Nidhuvana. Me abrigarei a


Seus pés, Kior…, e vaguearei pelos caminhos de Vraja.

kabh… d€na gal…, kabh… m€na gali, kabh… sev€-kuñja, kabh… nidhuvana
kabh… r€dh€ kuŠa, kabh… y€ma kuŠa, kabh… yamun€ ke ta˜a, kabh… baˆi ke va˜a (4)

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Às vezes em Dana-gali, às vezes em M€na-gali, às vezes no Sev€-kuñja, às vezes em
Nidhuvana, às vezes no R€dh€-kuŠa, às vezes no ®y€ma-kuŠa, às vezes nas margens do
Yamun€ e às vezes em Vaˆi-va˜a.

mere mana me bh… r€dh€, mere tana me bh… r€dh€, jita dekhu tita r€dh€-r€dh€
aiso mile varad€na, kior… tere caraŠana me (5)

R€dh€ está dentro de minha mente e também do meu corpo. Em todo lugar, verei
apenas R€dh€, R€dh€! Conceda-me tal benção a Seus pés, Kior….

aba to c€ha yah… sakhi mana k…, dh™la mile mohe gop…-caraŠana k…
aur nikate tana so pr€Ša, braja k… galiyana me
kah… mila j€ye ghanay€ma, kior… tere caraŠana me (6)

Meu único desejo é obter a poeira dos pés dessa gop… e, então, abandonar minha vida
na poeira de Vraja. Encontrarei Ghanay€ma em Seus pés, Kior….

Jaya R€dhe Jaya KŠa Jaya Vnd€vana


jaya r€dhe jaya kŠa jaya vnd€vana, rasika muk˜a-maŠi jaya gop…-gana (1)

Todas as glórias a R€dh€! Todas as glórias a KŠa! Todas as glórias a Vnd€vana! Todas
as glórias a todas as gop…s, que são as rasikas mais elevadas.

r€dhe r€dhe ra˜e y€ma, r€dhe ra˜e y€ma y€ma


r€dhe y€ma yugala Š€ma mero hai j…vana... (2)

®y€ma canta “R€dhe R€dhe” e R€dh€ canta “®y€ma ®y€ma”. O nome do Casal Divino
“R€dhe-®y€ma” é minha vida e alma.

h™ñ vahi sahacar… r€dhe r€Š… k…, nitya dh€ma vnd€vana mah€r€Š… k…... (3)

Sou a serva de R€dh€r€n…, que é a Rainha da eterna Vnd€vana Dh€ma.

nitya dh€ma nitya sev€ nitya pauna tho y€ma, rakho ruci soi joi ˜h€kur€Š… ki... (4)

Desejo alcançar o serviço eterno a Ela, em Sua morada eterna, durante todo o dia e
toda noite. Viverei minha vida conforme o desejo de minha mestra.

mero eka pr€Ša dhana eka h… hai j…vana, nanda-nandana madana-mohana r€dhik€ ramaŠa... (5)
O único tesouro da minha vida é Nandanandana, Madana-mohana, R€dhik€-ramana.

y€ma h… so mero py€ra y€ma h… mero bhart€r, y€ma h… sam€yo €˜ho y€ma tana k…... (6)

Eu amo somente ®y€ma e Ele é meu mestre. Eu ofereço meu corpo e mente a ®y€ma
durante todo o dia e toda a noite.

R€dh€-N€ma Parama Sukhad€…


Refrão: r€dh€-n€ma parama sukhad€…

R€dh€-N€ma concede a felicidade suprema.

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lahara-lahara ri y€ma ju k… mana me mere sam€… (1)

Que as numerosas ondas do amor de ®ri ®y€ma sempre residam em meu coração.

rata-rata r€dh€ jan€ma bit€™, bja gop…na k™ …a nav€u (2)

Em todos os meus nascimentos futuros, que eu possa prostrar minha cabeça à R€dh€ e
às Vraja-gop…s.

mahim€ kahi nahi j€… r€dh€ n€ma parama sukhad€… (3)


As glórias de R€dh€ são indescritíveis e Seu nome, concede a felicidade suprema.

braja tyaja ke mai kahi nahi j€™ r€sika santana ke darana p€™ (4)
Nunca deixarei Vraja para ir a outro lugar e sempre terei darana dos santos r€sikas.
jaga se pr…ti hatai r€dh€ n€ma parama sukhad€… (5)
R€dh€-n€ma remove o apego pela vida material e concede felicidade suprema.
Aisi Kp€ Karo ®ri R€dhe
ais… kp€ karo ri r€dhe d…yo vind€vana ko v€sa
vind€vana ko v€sa, diyo hari bhaktana ko s€tha (1)

Por favor, seja misericordiosa ®ri R€dhe. Permita-me viver em Vind€vana e ter a
associação dos devotos de ®ri Hari.

bh™ka lage bhik€ kara l€™, vraja-v€s…na ke tukara p€™


py€se lage yamun€-jala p…ke, nidhuvana kar™ niv€sa (2)

Se eu estiver com fome, mendigarei por um pouco de comida dos Vrajav€s…s. Se estiver
com sede, beberei a água do rio Yamun€ e viverei em Nidhuvana.

govardhana parikram€ lag€™, m€nas€ ga‰g€ prema se nah€™


r€dh€-kuŠa aura kŠa-kuŠa me nitya kar™ sn€na (3)

Farei o parikram€ de Govardhana; com muito prazer, me banharei no M€nas€-ga‰ga e,


para sempre, me banharei no R€dh€-kuŠa e no ®y€ma-kuŠa.

nanda-g€va baras€ne j€™, r€dhej… ke darana p€™


gohavara vana parikram€ lag€™,
d€naku˜… aura m€naku˜… pe dekh™ r€sa vil€sa (4)

Indo a Nandagr€ma e Vars€n€, terei o darana de R€dh€j…; farei o parikram€ da floresta


Gahavari e assistirei a r€sa-l…l€ em D€na-ku˜… e M€na-ku˜….

nanda b€b€ ke dv€re j€™, d€™ bhaiy€ ke darana p€™


p€vana sarovara prema se nah€™, b€‰ke-bih€r… ke darana p€ya
ke hai j€ya p™raŠa €sa (5)

Indo ao palácio de Nanda B€b€, terei o darana de Baladeva; me banharei no P€vana-


sarovara com grande amor e, tendo o darana de B€‰ke-Bih€r…, todos os meus desejos serão
realizados.

Mere Nandaj… Ko L€l€ Alabel€


Refrão: mere nandaj… ko l€l€ alabel€, meri ma˜ak… me m€ra gayo hel€
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O travesso filho de Nanda joga pedras e quebra os potes de barro que carrego em
minha cabeça.

kabh… ga™o ke sa‰ga, kabh… bacharana ke sa‰ga


kabh… sakh€o ke sa‰ga me akel€, mer… matak… me m€ra gayo hel€ (1)

Às vezes, na companhia das vacas, às vezes, na companhia dos bezerros e, às vezes,


com todos os vaqueirinhos...

kabh… r…dam€ ke sa‰ga, kabh… subala ke sa‰ga


kabh… madhuma‰gala sa‰ga me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (2)

Às vezes, na companhia de ®rid€ma, às vezes, na companhia de Subala e, às vezes,


com Madhuma‰gala...

kabh… l€l…t€ ke sa‰ga kabh… viakh€ ke sa‰ga


kabh… r€dh€ ke sa‰ga me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (3)

Às vezes, na companhia de L€l…t€, às vezes, na companhia de Viakh€ e, às vezes, com


R€dh€...

kabh… yamun€ ke ta˜a, kabh… ga‰g€ ke ta˜a


kabh… baˆ… ke va˜a me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (4)

Às vezes, nas margens do Rio Yamun€, às vezes, nas margens do M€nas€-ga‰ga e, às


vezes, sozinho em Vaˆi-va˜a...

kabh… nanda g€va, kabh… baras€ne g€va


kabh… sa‰keta nava me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (5)

Às vezes, em Nandagrama, às vezes, em Vars€n€ e, às vezes, sozinho na floresta Sa


‰keta...

kabh… r€dh€-kuŠa kabh… y€ma-kuŠa


kabh… kusuma sarovara me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (6)

Às vezes, no R€dh€-kuŠa, às vezes, no ®y€ma-kuŠa e, às vezes, sozinho no Kusuma-


sarovara...

kabh… gok™la vana, kabh… mah€vana


kabh… govardhana me akel€, mer… ma˜ak… me m€ra gayo hel€ (7)

Às vezes, na floresta de Gok™la, às vezes, em Mah€vana e, às vezes, sozinho em


Govardhana – ele quebra meus potes de barro.

M€khana Ki Cori
m€khana k… cor… cora k€mare mai samajh€ rah… toye
mai samajh€ rah… toye laile, mai samajh€ rah… toye (1)

Mãe Yaod€ diz a seu filho: “Meu filho, estou tentando fazê-Lo entender que é
vergonhoso roubar manteiga.”

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nau l€kh€ gaiya nanda b€b€ ko, nita naya m€khana hoye
t€u ke tu cor… kare, l€ja na €ve toye (2)

“Nanda B€b€ tem nove milhões de vacas que dão leite fresco todos os dias. Ainda
assim, você rouba manteiga da casa de seu tio sem ficar envergonhado.”

h€ta b€ta gaja becana h€ri, gaiy€ ulahano hoya


bare n€ma hai nanda b€b€ ko, has… ham€ri hoya (3)

“Todas as pessoas do vilarejo estão falando de Suas travessuras. Nanda B€b€ tem uma
reputação tão boa, mas agora, todos estão rindo de nós.”

baras€na pe bhai sad€ lal€, nita naya carc€ hoya


bare b€pa ki r€dh€ be˜…, naya bhare g… toye (4)

“Quando os residentes de Vars€n€ se encontram à noite, sempre tem alguma fofoca. E,


agora, o nome de R€dh€, a filha de um pai respeitável, está conectado a Você.”

m€khana cor… chu˜e na maiy€, hona h€ra to toya


s™rya d€sa yaod€ ke €ge, sadaka-sadaka gaye toye (5)

S™rya d€sa observa, enquanto KŠa fica chorando para mãe Yaod€ dizendo: “Eu não
consigo parar de roubar manteiga Maiy€ – o que acontecerá, o que acontecerá?”

Cho˜… S… Kior…
cho˜… si kior… mere a‰gana me ole re
p€va me p€yaliy€ b€ke jham-jham€-jham bole re (1)

Uma jovenzinha está andando em meu pátio e Suas tornozeleiras, com sininhos, estão
soando.
maine b€se p™ch… l€l… kah€ tero n€ma re
hasa-hasa ke bat€ve boto r€dh€ mero n€ma re (2)

Quando eu perguntei a Ela: “L€l…, qual é Seu nome?” Rindo, Ela disse: “Meu nome é
R€dh€.”
maine b€se p™ch… l€l… kah€ tero g€va re
m…˜h…-m…˜h… bolo mose baras€no mero g€va re (3)

Quando eu perguntei a Ela: “L€l…, onde fica Seu vilarejo?” Ela respondeu docemente:
“Meu vilarejo é Vars€n€.”

maine b€se p™ch… l€l…, kauna tero sasur€la re


aram€ke yo bole mose j€va˜a grama sasur€la re (4)

Quando eu perguntei a Ela: “L€l…, quem são Seus avós?” Timidamente, Ela respondeu:
“Meus avós moram no vilarejo de Y€vata.”

maine b€se p™ch… l€l…, kauna tero bharat€ra re


muskar€ke bol… mose y€ma mero bharat€ra re (5)

Quando eu perguntei a Ela: “L€l…, quem é Seu amado?” Sorrindo, Ela respondeu: “Meu
amado é ®y€ma.”
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maine b€se p™ch… l€l…, kh€og… k€ m€khana


€h€, €h€ bole, mere €ge p…che ole re (6)

Quando eu perguntei a Ela: “L€l…, Você gostaria de um pouco de manteiga?” Ela


respondeu: “Sim, sim.” e começou a me abraçar.

candr€sakh… bhaja b€la kŠa chavi, sapane me €ke mose m…˜h…-m…˜h… bole re
p€va me p€yaliy€ b€ke jham-jham€-jham bole re (7)

Candra Sakh… adora o belo menino ®ri KŠa. R€dhik€ apareceu num sonho – Ela falou
tão docemente e o barulho dos sininhos, em Suas tornozeleiras, era tão encantador.

Govinda D€modara M€dhaveti

he kŠa he y€dava he sakheti, govinda d€modara m€dhaveti


dari mathani dadhi me kisine, tabe dhyana ayo dadhi cora ka hi
gada-gada kantha pukarati hai, govinda d€modara m€dhaveti (1)

Enquanto ia bater leite para fazer manteiga, uma mãe, em Vraja, lembrava-se de ®r…
KŠa, o ladrão de manteiga, e, com a voz embargada, ela chamava: “Oh KŠa! Oh Y€dhava!
Oh meu amigo! Govinda, D€modara, M€dhava.”

he l…pat… a‰gana n€ri ko…, govinda €ve mam gha khele


dhy€nastha me yah… pada g€ rah… hai, govinda d€modara m€dhaveti (2)

Outra pastora de vacas, enquanto limpa seu quintal com estrume de vaca e água,
chama: “Oh Govinda! Venha e brinque em meu quintal.” Em profunda meditação, ela canta:
“Govinda, D€modara, M€dhava.”

m€t€ yaod€ hari ko jag€ve, j€go u˜ho mohana naina kholo


dv€re khae gv€la bul€ rahe hai, govinda d€modara m€dhaveti (3)

Enquanto acorda ®ri Hari, Yaod€-maiy€ fala: “Acorde! Levante-se Mohana! Abra Seus
olhos! Seus amigos O estão esperando na porta! Govinda, D€modara, M€dhava.”

vidhy€nur€g… nija pustakoŠmeŠ, arth€nur€g… dhana saŠcayoŠmeŠ


ye h… nir€l… dhvan… g€ rah… hai, govinda d€modara m€dhaveti (4)

Eruditos, absortos em seus estudos, e comerciantes, ocupados em fazer dinheiro,


também estão cantando esta doce canção. “Govinda, D€modara, M€dhava.”

le ke karoŠmeŠ dohani anokhi, gau dugdha k€e aval€ navel…


gau dugdha dh€r€ sa‰ga g€ rah… hai, govinda d€modara m€dhaveti (5)

Com potes de leite em suas mãos, as jovens meninas estão ordenhando as vacas e, ao
som do fluir do leite, elas cantam: “Govinda, Damodara, Madhava!”

j€ge puj€r… hari mandiro‰ me‰, j€ke j€gave‰ hariko sabere


he k…rasindhu ab netra kholo, govinda d€modara m€dhaveti (6)

Quando o puj€r… levanta pela manhã, ele vai ao templo e acorda ®r… Hari. “Oh oceano
de leite-condensado, abra Seus olhos agora Govinda, D€modara, M€dhava.”
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soy€ kis…k€ suta p€lane me‰, dor… karo‰ se jab khencat… hai
ho prema magn€ usane puk€r€, govinda d€modara m€dhaveti (7)

O filho de uma gopi está dormindo no berço e, com suas mãos, ela está puxando a
corda e balançando-o. Completamente absorta em prema, ela canta: “Govinda, D€modara,
M€dhava.”

roy€ kis…k€ suta p€lane meŠ, ho prema magn€ usne puk€r€


rovo na g€vo prabhu sa‰ga mere, govinda d€modara m€dhaveti (8)

O bebê no berço está chorando. Aquela gopi absorta em prema, diz: “Não chore. Cante
junto comigo, Govinda, D€modara, M€dhava.”

koi navel… patiko jag€ve, pr€Šea jago ab n…‰da ty€go


bel€ yah… hai hari g…ta g€vo, govinda d€modara m€dhaveti (9)

A jovem noiva está acordando seu esposo: “Ó meu querido, acorde e levante-se. Agora
é hora de glorificar Hari, Govinda, D€modara, M€dhava.”

Jh™l€ Jh™le R€dh€ D€modara


jh™l€ jh™le r€dh€ d€modara vnd€vana me‰, kais… cch€y… hariy€l… €l… kuñjan me‰ (1)

R€dh€ D€modara estão balançando num balanço em Vind€vana. Ó amigo (€ l…), como
é verde o kuñja!

ita nandan ko‰ dul€ro‰, uta bh€nu k… dul€r…, jo… l€ge ati py€r…, bas… nainana me‰ (2)

Deste lado, está o querido filho de Nanda, daquele, está a tão querida filha de
Vabh€nu Mah€r€ja. Ambos estão muito belos. Eu Os mantenho em minha visão.

yamun€ ke k™la, pahari suranga dul€l€, kaise khila rahe ph™la, al… kadamana me‰ (3)

Na margem do Yamun€, Eles estão usando roupas bem bonitas e coloridas. Ó amigo,
como as flores estão desabrochando na árvore Kadamba!

gaura y€ma ranga, ghana d€min… ke sa‰ga, bhay… ankhiy€‰ apa‰ga, cchabi bhar… man me‰ (4)

Suas cores, dourada e negra, são como relâmpagos em uma nuvem de chuva. Meus
olhos não se fecham; essa imagem preenche minha mente.

r€dhe mukha aur, naina y€ma ke cakora, braja gop…n prema dora, lag… caraŠana me‰ (5)

O rosto de R€dh€ é como a Lua; os olhos de KŠa são como o pássaro cakora [atraído
pela Lua] olhando em direção a Ela. O prema das vraja gop…s é uma corda que une os pés de
lótus de R€dh€ e KŠa.

R€dhe Jhulana Padharo


[Introdução: Todas as sakh…s estão com R€dh€. Ela está um pouco aborrecida antes de ir para o
balanço que está pendurado em alguma árvore kadamba em Vraja MaŠdala – Vnd€vana,

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R€dh€ KuŠa, Vars€n€ e muitos outros lugares. KŠa está no balanço esperando por R€dh€,
mas Ela diz que não irá.]

r€dhe jhulana padharo jhuk… €ye badar€, jhuk… €ye badar€, ghira €ye badar€ (1)

As sakh…s dizem para R€dh€: “Por favor, venha e balance. Algumas nuvens de chuva
muito belas vieram. Em breve choverá e, se você não vier agora, Se arrependerá. Muitas nuvens
vieram!

ese m€n n€hi kije ha˜ha tajiye [cch€diye] €l…, tum to parama sy€ni vabha‰ki lal… (2)

Abra mão de seu m€na, ó sakh…. Não seja teimosa. Você é a filha de Vabhanu
Mah€r€ja e é tão esperta, então, não seja teimosa. Por que você persiste nesse m€na?

sajo solaƒ sing€r daro nayanan kajar€, pahiro paŠchr€ng sar… oho sy€m chadar€ (3)

Agora, você deve decorar-Se com dezesseis tipos de ornamentos, passar kajjal em
Seus olhos, usar um s€r… de cinco cores e um lenço escuro bem fino.

tero rasika priyatam maga jovat khao, y€ma do kara jora tero caraŠana paro (4)
[r€dhe jah€n paga dharo y€ma nayan€ dharo]

Seu amado rasika está esperando por Você no caminho. Com as mãos postas, ®y€ma
está pronto para cair a seus pés”. [Onde quer que R€dh€ coloque Seus pés, os olhos de ®y€ma
os seguem.]

d€ro reama dor… jate jhule r€dh€ gor…, j€k… bahiy€‰ gor… gor… pahire har… chuiy€ñ (5)

Pendure as cordas sedosas onde R€dh€ irá balançar. Seus braços são bem dourados e
Ela usa braceletes verdes.

Aji Mural… B€je Prema


aji mural… b€je prema vind€vane (1)

Hoje, a flauta está tocando e enchendo Vind€vana de prema.

nava anur€gin… y€ma soh€gin… (2)

A mais afortunada, R€dh€rani, sempre tem intensos e novos sentimentos por ®y€ma.

abhis€ra cale r€dh€ kuñjavane (3)

R€dh€ está indo para o kuñja, na floresta, encontrar-Se com KŠa.

kokhila kuhu kuhu gahe toru sakhe (4)

Pássaros cucos estão cantando nos galhos das árvores: “Kuhu kuhu...”

milane cale r€dh€ mukha so sidhake (5)

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Quando R€dh€ vai Se encontrar com KŠa, Ela cobre Seu rosto, que é como a lua,
com um véu.

surabhita vanatala phulla kusuma dal (6)

Os galhos das árvores, na floresta, estão cheios de todos os tipos de flores.

mohita alisama kuñjavane (7)

O zumbido das abelhas na floresta é encantador.

madhurita vasanti gahe vrajanari, he y€masundara he giridh€r… (8)

As vraja-gop…s estão cantando uma doce Vasanti r€ga: “Oh ®y€masundara! Oh Girid€r….”

dau prabhu daraana antara anukana (9)

Ó Prabhu, dê Seu darana em nossos corações a cada minuto.

r€dh€ra j…vana rakho madhu milane (10)

Mantenha R€dh€ viva com Seus doces encontros.

Jaya R€dhe Jaya R€dhe R€dhe!


®ri Hari Priy€ d€s

jaya r€dhe jaya r€dhe r€dhe jaya r€dhe jaya r…-r€dhe


jaya kŠa jaya kŠa kŠa jaya kŠa jaya r…-kŠa (refrão)

y€m€ gaur… nitya-kior… pr…tama-jor… r…-r€dhe


rasika rãs…lo chaila-chab…lo guŠa-garav…lo r…-kŠa (1)

Ó ®r… R€dhe, Você é uma jovem donzela, bela, pura, de cor dourada, eternamente
adolescente e o par perfeito para Seu amado. Ó ®r… KŠa, Você saboreia todas as doçuras
transcendentais e é doce e encantador em todos os aspectos. Você é tão refulgente que encanta
a todos e é orgulhoso de Suas próprias qualidades excelentes.

r€sa-vih€rini r€sa-visat€rini piya-ura-dh€rini r…-r€dhe


nava-nava-ra‰g… navala-tribha‰g… y€ma-su-a‰g… r…-kŠa (2)

Ó ®r… R€dhe, Você é fundamental na r€sa-l…la, a distribuidora de r€sa pura para todos os
seres vivos e sempre mantém Seu amado em Seu coração. Ó ®r… KŠa, Você Se alegra em
realizar novas e novas maneiras de desfrutar, aparece sempre jovem em Sua forma curvada em
três pontos, Seu belo corpo negro é perfeitamente proporcional e é o mais belo.

pr€Ša-piy€r… r™pa-ujy€r… ati-sukum€r… r…-r€dhe


naina-manohara mah€-moda-kara sundara-vara-tara r…-kŠa (3)

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Ó ®r… R€dhe, Você é a vida de KŠa, Sua forma brilha reluzente, É uma donzela
extremamente meiga e delicada como uma flor. Ó ®r… KŠa, Seus olhos são encantadores, Você
concede grande bem-aventurança a todos e Sua beleza supera tudo.

obh€-ren… moh€-main… kolila-vain… r…-r€dhe


k…rati-vant€ k€mini-kant€ r…-bhagavant€ r…-kŠa (4)

Ó ®r… R€dhe, a mais bela de todas as donzelas. Você irradia o brilho do cupido
transcendental e Sua fala soa doce, como o doce canto do pássaro cuco. Ó ®r… KŠa, Você é
famoso por todo o universo, o amado das gop…s apaixonadas e o controlador de todas as
encarnações.

cand€-vadan… kuŠ€-radan… obh€-sadan… r…-r€dhe


parama-ud€r€ prabh€-ap€r€ ati-sukum€r€ r…-kŠa (5)

Ó ®r… R€dhe, Sua face é mais reluzente do que milhões de luas, Sua tez clara supera a
beleza das flores brancas dos kuŠ€s. Você é a raiz de toda beleza. Ó ®r… KŠa, Você é
supremamente magnânimo, Sua refulgência brilha ilimitadamentee e É um jovem
extremamente meigo e afetuoso.

haˆs€-gaman… r€jata-raman… kr…€-kaman… r…-r€dhe


r™pa-ras€l€ nayana-vi€l€ parama-kp€l€ r…-kŠa (6)

Ó ®r… R€dhe, Seu modo de andar é como o de um cisne majestoso, Você é a amada
mais radiante e realiza vários passatempos divertidos. O ®r… KŠa, Sua bela forma é cheia de
néctar do qual todos saboreiam, Seus olhos são grandes e compridos e Você é supremamente
misericordioso.

ka‰cana-vel… rati-r€sa-rel… ati-alabel… r…-r€dhe


saba-sukha-s€gara saba-guŠa-€gara r™pa-uj€gara r…-kŠa (7)

Ó ®r… R€dhe, Você é uma trepadeira dourada enrolada em volta da escura árvore
tam€la. Irresistivelmente fascinante, Você fornece ambrosia pura para qualquer pessoa que
aceite Seu nome. Ó ®r… KŠa, Você é o oceano de todos os tipos de felicidade, a mina de todas
as boas qualidades e irradia uma aura de extrema beleza.

ramaŠ…-ramy€ taru-tara-tamy€ guŠa-agamy€ r…-r€dhe


dh€ma-nivas… prabh€-prak€s… sahaja-suh€s… r… kŠa (8)

Ó ®r… R€dhe, Você é a mais encantadora de todas as belas donzelas, a mais elevada de
todas as jovens meninas e Suas qualidades são ilimitadas. Ó ®r… KŠa, Você reside na morada
sagrada do amor, irradia uma poderosa refulgência e Seu sorriso é muito doce.

akty€hl€din… ati-priya-v€dini ura-unm€dini r…-r€dhe


a‰ga-a‰ga-˜on€ sarasa-salon€ subhanga-su˜hon€ r…-kŠa (9)

Ó ®r… R€dhe, Você é a potência de prazer de KŠa, Sua fala é muito agradável e Seu
coração, fica enlouquecido de prema por ®r… KŠa. Ó ®r… KŠa, cada membro de Seu corpo é
fascinantemente belo, Sua cor negra é muito encantadora e Você é o mais fascinante dos
jovens.

r€dh€-n€mini guŠa-abhir€mini r…-haripriy€-sv€min… r…-r€dhe


hare-hare-hari hare-hare-hari hare-hare-hari r… kŠa (10)

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Ó ®r… R€dhe, Você é chamada R€dh€, Suas qualidades são muito agradáveis, Você é a
mestra de Hari-Priy€ D€sa e muito querida a ®r… Har…. Você rouba a mente e o coração de ®r…
KŠa, de Hari-Priy€ D€sa e de todos os seres vivos.

Kanhaiy€ R€dhik€r€Š…
ham€re braja ke rakhav€le, kanhaiy€ r€dhik€r€Š… (1)

O protetor de Vraja, nosso Kanhaiy€ R€dhik€r€Š….

kanhaiy€ r€dhik€r€Š…, kanhaiy€ r€dhik€r€Š…, ham€re nayano ke tare, kanhaiy€ r€dhik€r€Š… (2)
A estrela de nossos olhos, Kanhaiy€ R€dhik€r€Š….

sah€r€ ve-sah€ro ke, kanhaiy€ r€dhik€r€Š… (3)

O abrigo para os desabrigados, Kanhaiy€ R€dhik€r€Š….


R€dhe Bol R€dhe Bol
r€dhe bol!! r€dhe bol !!vind€vana ki galiyana dol (1)

Cante R€dhe! Cante R€dhe! E perambule pelas alamedas de Vind€vana.

y€ma ke a‰ga p…t€mbara sohe, r€dh€ ke …a cunar… anamola......(2)

®y€ma está usando uma roupa amarela e a cabeça de R€dh€ está coberta com um véu
muito valioso.

y€ma ke …a pe muku˜a vir€je, r€dh€ ke …a bhr™ku˜i anamola......(3)

Há uma coroa na cabeça de ®y€ma e as sobrancelhas preciosas de R€dh€ estão


curvadas como arcos.

y€ma ke a‰ga me sakha suobhita, r€dhe ke sa‰ga sakh… karata kilola......(4)

®y€ma está muito belo rodeado por Seus amigos e R€dh€ brinca alegremente com Suas
amigas.

vind€vana k… kuñja galiyana me, hari bol hari bol hari hari bol (5)

Perambule pelas alamedas de Vind€vana e cante “Hari bol.”

Jaya Jaya R€dh€-RamaŠa Hari Bol


jaya jaya r€dh€-ramaŠa hari bol, na˜a n€gara navala chaila rasiya
py€ro k€nh€ hai mero mana basiy€, kare k€lind… kula kilola (1)

Todas as glórias a R€dh€ Ramana! Hari bol! Ele é um dançarino experiente, um herói
muito esperto, sempre jovem, belo e cheio de r€sa. Meu amado K€nh€, que reside em minha
mente, está brincando e se divertindo nas margens do K€lind….

akhiy€‰ k€r… mga chaun€ s…, mdu musk€na j€d™ ˜on€ s…


tere r€sake bhare hai‰ kapola (2)

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Você tem olhos pretos, como os de um bebê alce, e Seu doce sorriso desperta magia.
Suas bochechas são cheias de r€sa.

braja n€ce usak… kilakana pe, kajar…l… tirach… citavana pe


sukhad€sa bike hai‰ bina mola, ye d€s… bik… hai bina mola (3)

Seu chamado alegre faz com que toda Braja dance. Com Seus olhos negros, Ele lança
uma flecha em meu coração. Sukhad€sa foi vendido de graça. Esta d€si se ofereceu livremente,
sem querer nada em troca.

®y€ma Ter… Baˆ…


y€ma ter… baˆ… baje dh…re dh…re (1)

Oh ®y€masundara, Você toca a flauta lentamente e de forma muito doce.

it me‰ mathur€, ut gokula, b…ch me‰ jamun€ bahe dh…re dh…re (2)

Deste lado, fica Mathur€, daquele, fica Gok™la e o Yamun€ flui, vagarosamente, no
meio dos dois.
it madhuma‰gala, ut r…d€m€, bich me‰ kanh€ cale dh…re dh…re (3)

Deste lado, está Madhumangala, daquele, está ®ridama e, entre eles, KŠa caminha
vagarosamente.
it me‰ l€l…ta, ut me‰ visakha, bich me‰ r€dh€ cale dh…re dh…re (4)

Deste lado, está Lal…ta, daquele, está Visakha e, no meio delas, R€dh€ caminha
vagarosamente.
jh™l€ d€ro kadamba k… d€ri, r€dh€ aur mohana jh™le dh…re dh…re (5)

O balanço está amarrado numa árvore kadamba. R€dh€ e Mohana balançam


suavemente.
ham sab €ye hai‰ arana tumh€r…, hamko bh… daraana mile dh…re dh…re (6)

Todos estamos nos rendendo a Seus pés de lótus e, gradualmente, teremos o darana
Deles.

Jiyo ®y€ma L€l€


Refrão: jiyo y€ma l€l€, jiyo ®y€ma l€l€, pili ter… paga… ra‰gak€l€

Viva bastante, ®y€ma l€l€ (querido menino). Seu turbante é amarelo e Você é negro.

gok™la meñ aiyo nandal€l€, gop…yoñ se par gay€ ab p€l€ (1)

O filho de Nanda veio até Gok™la e Ele estava cercado pelas gop…s.

mataro k€nh€ u€‰ u€‰, samjabe sunanda bu€ (2)

“K€nh€, não chore u€‰-u€‰,” Tia Sunanda está Lhe aconselhando: “Não perca Sua
energia.”
khira jaleb… p™r… ladd™ pu€, yaomat… ghara €nanda hu€ (3)

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A casa de Yaomat… é cheia de bem-aventurança, pois ela tem leite condensado, jaleb…s,
p™r…s, ladd™s e malpu€s.
caramara caramara kare palan€, brajab€s… g€ye jiyo lal€na (4)
O berço rangia enquanto os Vrajav€s…s o balançavam e cantavam: “Vida longa ao nosso
querido menino.”
Kanhaiy€ Phir Se š J€o
Refrão: kanhaiy€ phir se € j€o ham€ri b€la to li me

Kanhaiy€, venha novamente para nossa roda de amigos.

suna he me ne ye mohana ki tum baˆ… bajate ho


ki tum baˆ… baj€ j€o ham€ri b€la to li me (1)

Mohana, nós ouvimos Você tocar a flauta. Faça parte de nossa turma e toque a flauta.
suna he me ne ye mohana ki tum makkhon cur€te ho
ki tum makkon cur€ j€o ham€ri b€la to li me (2)

Mohana, nós ouvimos falar que Você rouba manteiga. Faça parte de nossa turma e
roube manteiga (nossos corações).

suna he me ne ye mohana ki tum gowe carate ho


ki tum gowe cara j€o ham€ri b€la to li me (3)

Mohana, nós ouvimos falar que Você sai para pastorear as vacas. Mostre-nos como
Você pastoreia as vacas.

suna he me ne ye mohana ki tum girivara utate ho


ki tum girivara uta j€o ham€ri b€la to li me (4)

Mohana, nós ouvimos falar que Você levantou o rei das montanhas. Venha para nosso
grupo e mostre-nos como Você levantou a montanha.

suna he me ne ye mohana ki tum r€sa rac€te ho


ki tum r€sa rac€ j€o ham€ri b€la to li me (5)

Mohana, nós ouvimos falar que Você organiza a r€sa-l…l€. Venha e mostre-nos a r€sa-l…
l€.
suna he me ne ye mohana ki tum cir cur€te ho
ki tum cir cur€ j€o ham€ri b€la to li me (6)

Mohana, nós ouvimos falar que Você rouba as roupas das jovens. Venha e mostre-nos
como Você rouba essas roupas.

R€dhe Tere CaraŠo‰ K…


r€dhe tere caraŠo‰ k… gara dh™la jo mila j€e
sac kahat€ h™‰ vasa mer…, kismata h… badala j€e (1)

R€dhe, se eu alcançar a poeira de Seus pés de lótus, sinceramente, minha sorte mudará
completamente.

sunate hai‰ ter… mahim€ din-r€t barasti hai


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eka b™‰d jo mila h€e mana k… kal… khil j€e (2)

Nós ouvimos Suas glórias jorrando dia e noite. Se eu tiver apenas uma gota, o botão da
minha mente irá florir.

ue mana ba€ caŠcala hai, kaise ter€ bhajana karu


jitan€ ise samjh€o‰, utŠ€ h… maçal j€e (3)

Minha mente é muito inquieta. Como eu farei bhajana? Quanto mais eu tento fazê-la
compreender isso, mais agitada ela fica.

nazaro‰ se gir€n€ n€, c€he jitan€ saj€ den€


nazaro‰ se jo giraj€e, muskila h… asˆbhada p€e (4)

Você pode me punir o quanto quiser, mas, não me deixe fora de Sua vista. Se eu ficar
fora de Sua vista, será muito difícil manter a mim mesma.

r€dhe isa j…vana me‰ basa eka tamann€ hai


t™ s€mne ho mere, mer€ dama h… nikala j€e (5)

R€dhe, nessa vida eu tenho apenas um desejo. Quando eu der meu último suspiro,
quero que Você esteja diante de mim.

Maine Ra˜an€ Lag€i Re


maine ra˜an€ lag€i re r€dh€ n€ma k… (1)

Ó, eu permaneço cantando o nome de R€dh€.

mer… palako‰ meñ r€dh€, mer… alakoñ meñ r€dh€, maine m€‰ga bhar€i re r€dh€ n€ma k… (2)

Eu mantenho R€dh€ em minhas pálpebras e Ela está em meus cabelos. Ó, eu preencho


a parte que divide meu cabelo ao meio com o nome de R€dh€.

mere naino‰ meñ r€dh€, mere bainoñ meñ r€dh€, maine bain… guth€i re, r€dh€ n€ma k… (3)

R€dh€ reside em meus olhos, eu apenas falo sobre Ela. Ó, eu trancei o nome de R€dh€
em meus cabelos.

mer… dular… meñ r€dh€, mer… cunar… meñ r€dh€, maine nathan… saj€i re, r€dh€ n€ma k… (4)

R€dh€ é o colar em volta de meu pescoço e Ela é meu véu. Ó, Seu nome é o brinco em
meu nariz.

mere calane meñ r€dh€, mere halane meñ r€dh€, ka˜i kiŠkaŠ… baj€i re, r€dh€ n€ma k… (5)

Quando caminho, me lembro de R€dh€ e, quando me movo, me lembro de


R€dh€. Ó, os sininhos de meu cinto estão soando o nome de R€dh€.

mere d€‰ye b€Šye r€dh€, mere €ge p…che n€dh€, rom-rom r€sa ch€i re, r€dh€ n€ma k… (6)

Radh€ está do meu lado esquerdo e direito, Ela está na minha frente e atrás de mim. Ó,
a r€sa do nome de R€dh€ está em cada poro de meu corpo.

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mere a‰ga-aŠga r€dh€, mere sa‰ga-sa‰ga r€dh€, gop€la baˆ… baj€i re, r€dh€ n€ma k… (7)

R€dh€ é cada membro de meu corpo. Ela está sempre comigo. Ó, Gop€la tocou a
flauta e chamou o nome de R€dh€.

An™pama M€dhur… Jo…


an™pama m€dhur… jo… ham€re y€ma-y€ma k…
rãs…l… r€sabhar… a‰khiy€‰ ham€re y€ma-y€ma k… (1)

A doçura de nosso Casal Divino ®y€ma-®y€m€ é inigualável. Seus olhos encantadores


são cheios de r€sa – nosso ®y€ma e ®y€m€.

chav…l… hai ad€ b€‰k… sughara s™rata madhura batiy€‰


la˜aka gardana k… mana basiy€ ham€re y€ma-y€ma k… (2)

Suas expressões corporais, Seus gestos, Seus traços distintos e Suas conversas
amorosas, são todas encantadoramente maravilhosas. O esplendor de nosso Sy€ma e Sy€m€
entra em meu coração e permanece lá.

muku˜a aur candrik€ m€the adhara par p€n k… l€l…


aho kais… bhal… chavi hai ham€re y€ma-y€ma k… (3)

Eles usam uma muku˜a e uma candrik€ em Suas cabeças e Seus lábios estão
avermelhados com t€mb™la. Aho! Que bela refulgência está emanando de nosso ®y€ma-®y€m€.
paraspara milke jab bihare‰ ri vind€vana k… kuñjan me‰
nah…‰ baranata bane obh€ ham€re y€ma-y€ma k… (4)

Quando Eles se encontram e desfrutam de passatempos nos kuñjas de Vind€vana, eu


não tenho palavras para descrever tal grandeza.

nah…‰ kuch l€las€ dhana k… nah…Š nirv€Ša k… icch€


sakh… y€ma ko do darana daya ho y€ma-y€ma k… (5)

Não tenho desejo por riqueza, nem quero liberação. Sejam misericordiosos comigo,
meu ®y€ma-®y€m€. O único desejo das sakh…s de ®y€m€ (R€dh€rani) é obter Seu darana.

M€dhava Bh€mini
m€dhava bh€mini jaya jaya r€dhe, jaya rasikana k… sv€mini r€dhe.....
r™pa rang…l… guŠa garv…l…, y€ma hath…l… chaila chab…l…
jaya alabel… m€dhav… r€dhe..... r€sa-vil€sin… kuñja-niv€sin…
prema prak€in… madhura subh€in…, jaya p€vana r€sa k€min… r€dhe.....

Ó amada de M€dhava! Todas as glórias a Você, R€dhe! Ó Patrona de todos os rasikas!


(Todas as outras linhas da canção glorificam ®ri R€dh€ por Suas várias qualidades.)

šj Biraja Me‰

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€j biraja me‰ hor… re rasiy€, hor… re rasiy€ bar jori re rasiy€ (1)

Ó rasika KŠa, hoje, em Vraja, está acontecendo o Holi. KŠa está atacando todos à
força, cobrindo-os com pós coloridos.

kaun ke h€th kanak picak€r…, kaun ke h€th kamor… re rasiy€ (2)

Quem está segurando as seringas douradas? Quem está segurando os potes de cores?
kŠa ke h€th kanak picakar…, r€dh€ ke h€th kamor… re rasiy€ (3)

KŠa está segurando a seringa dourada. R€dh€ está segurando os potes de cores.

apne-apne ghar so nikas…, koi y€mala koi gor… re rasiy€ (4)

Todas as gop…s saíram de suas casas – algumas são morenas e outras são douradas. Ó
desfrutadoras de r€sa.

uat gul€ l€l bhaye b€dara, kesar ra‰ga ko chor… re rasiy€ (5)

O pó vermelho levado pelo vento deixou todas as nuvens cor-de-rosa. As gop…s foram
manchadas de tinta açafrão.

b€jata t€l mda‰ga jh€‰jha dap, aur nag€e k… jor… re rasiy€ (6)

Todos os sons do Holi estão chegando – as gop…s estão tocando mda‰ga, sinos,
gongos e tambores.

kaiman l€l gul€l€ ma‰g€I, kaiman kesar gher… re rasiy€ (7)

Quantos quilos de pó vermelho foram trazidos? Quantos quilos de tinta vermelha foi
misturada?
sauman l€l gul€la ma‰g€I, das man kesar gher… re rasiy€ (8)

400 mil quilos de pó vermelho foram trazidos, e 400 quilos de tinta vermelha foram
misturadas?
candra sakh… bhaja b€l kŠa chavi, jug-jug j…vau yah jor… re rasiy€ (9)

Candra sakh… adora a imagem de bala KŠa. O Casal Divino vive por muitas, muitas
yugas.

D™r Nagar…
d™r nagar… ba… d™r nagar…, kaise €u‰re kanh€i ter… gok™la nagar… (1)

O vilarejo fica longe, o vilarejo fica muito longe. Como irei para Seu vilarejo de Gok™la,
Kanh€i?

it mathur€ ut gokula nagar…, b…c me bahe jamun€ gahar…, ba… d™r nagar… (2)

De um lado fica Mathur€, do outro, Gok™la e, no meio, flui o rio Yamun€. O vilarejo
fica tão longe.

r€tme €u‰ to k€nh€, dar mohe l€ge, dinme €u‰ dekhe s€r… nagar…, ba… d™r nagar… (3)

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Kanha, tenho medo de ir à noite e, de dia, todos Me verão. O vilarejo fica tão longe.

sakh… sa‰ga €u‰ to aram mohe l€ge, akel… €u‰ to bh™la j€uñ dagar…, ba… d™r nagar… (4)

Se eu for com minhas sakh…s ficarei envergonhada (pois, quero encontrar-Me com
Você sozinha) e se Eu for sozinha, posso esquecer o caminho.

dh…re cal™‰ to der bahut l€ge, jald… calu‰ to chalak j€ue gagar…, ba… d™r nagar… (5)

Se Eu caminhar devagar, levará muito tempo. Se for rápido, a água que está em meus
potes derramará.

j€nat ho tum sabke man k…, y€ma tumh…‰ cale €o mer… nagar…, ba… d™r nagar… (6)

®y€ma, você conhece as mentes de todos, então, pode vir ao meu vilarejo, Vind€vana.
Seu vilarejo fica tão longe.

O Manero L€ge N€
Refrão: o manero l€ge n€ sakh…r… mero y€ma bin€ manero l€ge n€

R€dh€ está dizendo a suas sakh…s: “Minha mente está infeliz, pois ®y€ma não está aqui”.
sun…-sun… l€ge s€r… braja k… nagar…, kuñja gal… sun… y€ma bin€ mana re l€ge n€ (1)

Todo o vilarejo de Vraja está vazio. Sem ®y€ma os kuñjas e vielas estão vazios.

kaun sun€ve mohe m…t…-m…t… bansur…, kaun nac€ve mohe y€ma bin€ mana re l€ge n€ (2)
Quem tocará a flauta tão docemente? Sem ®y€ma aqui, quem vai nos inspirar a dançar?
gv€la-b€la sab taafa rahe hai, tna nah… toe gave y€ma bin€ mana re l€ge n€ (3)

Sem ®y€ma, todos os vaqueirinhos estão inquietos e as vacas não estão comendo
grama.
paniy€ bharana jab j€o yamun€ pe, pan-gh€ta suno l€ge y€ma bin€ mana re l€ge n€ (4)

Irei ao Yamun€ para pegar água, mas sem ®y€ma, o pan-gh€˜a (onde os aldeões pegam
água) está vazio.

giridh€r… mose rutho re savariy€, chena n€ abe tere dar€sa y€ma bin€ mana re l€ge n€(5)

Talvez Giridh€ri KŠa esteja zangado. Se Eu não vê-Lo por apenas um segundo, fico
louca. Sem ®y€ma, minha mente não se interessa por nada.

Sundara L€l€ ®ac…ra-Dul€l€


sundara l€l€ sac…ra-dul€l€, n€cat ri hari-k…rtana me‰
bh€le candana tilaka manohar, alak€ obhe kapolana me‰ (1)

O belo menino, o querido filho de Saci, está dançando em ®ri hari-k…rtana. Em Sua
testa, há uma encantadora marca de candana tilaka. Os cachos de Seu cabelo em Suas
bochechas, são muito atrativos.

sire c™€ daraa nir€le, ban fulam€l€ hiy€ par ole

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pahiran p…ta-pa˜€mbar obhe, n™pura r™Šujhunu caraŠan me‰ (2)

Seu cabelo, preso com um coque belamente decorado, é maravilhosamente formoso e


uma guirlanda de flores silvestres está dançando em Seu peito. Ele está usando uma roupa
amarela e as tornozeleiras, em Seus pés, estão soando.

koi g€vat r€dh€-kŠa-n€ma, koi g€vat hai hariguŠa g€na


mdaŠga t€l-madhura ras€la, koi g€vat hai ra‰ga me‰ (3)

Uns estão cantando os nomes de R€dh€-KŠa e outros, cantando sobre as qualidades


de Hari. Os toques das mrda‰gas e karat€las combinam e fazem um doce som. Alguns cantam
absortos em Hari.

Nad…y€ Indu KaruŠ€ Sindhu


nad…y€ indu karuŠ€ sindhu
bhakata-jana ke pr€Ša bandhu, k…rtana tana dh€r… (1)

Ele é a lua de Nadiya e um oceano de misericórdia. Ele é o amigo no coração dos


devotos que cantam Suas glórias.

n€ma lete ka˜ata p€pa, ch™˜ata tana trividha t€pa


mah€m€dhur… r™pa s€ra, kavijana mana h€r… (2)

Qualquer pessoa que cante o nome de Mah€prabhu fica, automaticamente, livre de


todos os seus pecados e se alivia dos três tipos de miséria. Sua forma, a essência da maior
doçura, rouba a mente dos sábios.

candana caccita a‰ga, l€jata ko˜i ana‰ga


upajata chavi tara‰ga, €‰khiya rake h€r… (3)

Partes de Seu corpo estão pintadas com candana. Ele é mais amável que milhões de
cupidos com Sua beleza encantadora. A pessoa jamais consegue tirar os olhos Dele.

r€sika muku˜a maŠi pradh€na, bana bih€r…Š… d€si j€na


gaura-nit€i guŠan kh€na, nirakhata pr€Šav€r… (4)

Ele é a jóia preciosa de todos os r€sikas. Sou servo Daquela que perambula pela
floresta. Canto as glórias de Gaura-Nitai com meu coração completamente encantado.

Ho Gaye Bhava Se P€r

Refrão: ho gaye bhava se p€r, lekar n€ma ter€

Atravessei o oceano material por cantar Seu nome.

v€lmik… ati d…n h…na th€, bure karma me‰ sad€ l…na th€
r€m€yaŠa taiy€r, lekar n€ma ter€ (1)

Valmiki era muito humilde. Ele ocupava-se em atividades pecaminosas, mas, por
cantar Seu nome, compôs o R€m€yana.

nala aur n…la j€tike b€‰dar, r€ma-n€ma likhadiy€ il€ par


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ho gai sem€ p€r, lekar n€ma ter€ (2)

Haviam dois macacos, Nala e N…la. Eles escreviam R€ma-N€ma (o nome de Rama) em
pedras que flutuavam na água e todo o exército atravessou o mar cantando Seu nome.

bhar… sabh€ me‰ dr™pad dul€r…, kŠa dv€rak€-n€tha puk€r…


baa gay€ c…ra ap€ra, lekar n€ma ter€ (3)

No meio de toda a assembléia, a filha de Dr™pada chamou por KŠa Dv€rak€-n€tha e


Ele aumentou, ilimitadamente, o comprimento de seu s€r… por ela cantar Seu nome.

m…r€ giridh€ra n€ma puk€r…, via amta kara diy€ mur€r…


n€ca n€ca kar tumhe‰ rijh€i, loka l€ja ko taja kar €i
khula gaye prema ke dv€ra, lekar n€ma ter€ (4)

Mira chamou por Giridh€r… e Mur€r… transformou o veneno em néctar. Ela o


acalmou dançando, sem se importar com a opinião do público. As portas do amor se abriram
por cantar Seu nome.

gaja ne adha n€ma puk€r€, gaja ne govinda n€ma puk€r€


garua choakar use ub€r€, kiy€ gr€ha saˆh€ra, lekar n€ma tera (5)

O elefante Gajendra pronunciou apenas metade de Seu nome. Ele chamou “Govinda”.
KŠa veio montado em Garuda e matou o crocodilo.

Hari Se Ba€ Hari K€ N€ma


hari se ba€ hari k€ n€ma, prabhu se ba€ prabhu k€ n€ma
anta me‰ nikal€ ye pariŠ€ma (1)

O nome de Hari é mais grandioso do que Ele mesmo e o nome do Senhor, mais
poderoso que o próprio Senhor (pois o nome pode ir a qualquer lugar). Essa é a conclusão de
todos os €stras.

sumiro n€ma r™pa bina dekhe, kau… lage na d€ma


n€make ba‰dhe khi‰c €ye‰ge, €khira ek din y€ma (2)

Apenas cante Seu nome, mesmo sem ver Sua forma – não custa nada. Estando atado
por Seu nome, ®y€ma terá de vir a você algum dia.

draupad…ne jab n€ma pu‰k€r€, jha˜a € gae ghanay€ma


s€… khai‰cata h€r€ duh€sana, s€… ba€i y€ma (3)

Quando Draupad… chamou este nome, Ghanay€ma veio imediatamente. Quando


Duh€sana estava puxando sua roupa, ®y€ma aumentou o comprimento de seu s€….

jal ™bat gajar€j puk€ro, €ye €dhe naˆa


n€m…ko cint€ rahat… hai, n€ma na ho badan€ma (4)

Quando Gajendra estava se afogando, ele apenas conseguiu dizer metade do nome.
Nami (KŠa) está sempre preocupado com a reputação de Seu nome, por isso, Ele veio.

jis s€garako l€‰dha sake n€, bin€ pulake r€ma


kuda gae hanum€n us…ko, leke hari k€ n€ma (5)
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Sem a ponte, R€ma não poderia atravessar o oceano, mas Hanum€n, cantando o nome
de R€ma, cruzou o oceano num salto.

vo dil v€le dub j€ye‰ge, jinme‰ nak…‰ hai n€ma


vo patthara bh… tere‰ge jin par, likh€ r€mak€ n€ma (6)

As pedras afundariam sem o nome de R€ma ( assim como os corações dos devotos )
mas, por escreverem o nome de R€ma nelas, elas flutuaram.

®ri Govardhana Mah€r€ja


ri govardhana mah€r€ja tere m€the muku˜a vir€ja rahayo (1)

Govardhana Mah€r€ja, você usa uma coroa em sua cabeça.

tere k€nan kuŠala soha rahe, aur gala baijant… m€la (2)

Suas orelhas estão decoradas com brincos e você usa uma bela guirlanda com flores
silvestres.
tere mukha pai mural…y€ soha rah…, ˜oi pai h…r€ l€l€ (3)

Você segura uma flauta junto a seus lábios e seu queixo está decorado com um
diamante e um rubi.

tere a‰ga me‰ j€m€ kesariy€, aur pa˜ak… l€la gul€la (4)

Você está usando uma roupa de cor açafroada e seu chadar é vermelho.

topai pana cadhe aur phula cadhe, topai diye jaren dina rata (5)

Tamb™la e flores são presenteadas a você e lamparinas de ghee Lhe são oferecidas dia
e noite.
tere m€nas…-ga‰g€ nikata vahe, tope cahe dudha k… dh€ra (6)

O Manas… Ga‰g€ flui perto de você. Seu abhisekha é realizado com um banho de leite.
ter… s€t kosak… parakamm€, aur cakalevara vir€ma (7)

Os devotos realizam seu 7 kosa parikram€ e descansam em Cakalevara.

O Upade€val…
Por ®r… ®rimad Bhakti Prajñ€na Keava Gosv€m… “ šc€rya Kesar… * ”

1. Bhagavat-bhakti é obtida através de virambha-sev€ (serviço íntimo) aos pés de lótus de


®r… Guru.
2. Serviço honesto a ®r… Hari, Guru e VaiŠavas é o real guru-sev€.
3. O a‰ga (divisão) de bhakti conhecido como k…rtana é o melhor e mais completo dos
ramos de bhakti.
4. Apenas por meio do k…rtana, os outros ramos de bhakti são completados .
5. Renunciar a má associação é verdadeira solidão e executar bhajana na companhia de
s€dhus e VaiŠavas, é o real significado de bhajana solitário.
6. Sempre pregar hari-kath€ em toda parte é o verdadeiro hari- k…rtana.
7. Falar hari-kath€ sempre, em toda parte, ou estar absorto em falar sobre serviços
relacionados a ®r… Hari, é o verdadeiro silêncio.
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8. Executar gaura-bhajana no humor de r™p€nuga é o verdadeiro vipralamba-bhajana de
®r… R€dh€ e KŠa .
9. Abrigando-se aos pés de um guru genuíno, sirva a Hari.
10. Jamais se deve causar dor a qualquer ser vivo com o corpo, mente ou fala.
11. Mantenha a vida por meios honestos.
12. Lembre-se, sempre, que ®r… Bhagav€n é um só e não muitos.
13. Apenas Vrajendra-nandana, ®r… KŠa é Svayaˆ Bhagav€n. Ele é o possuidor de toda
akti e a origem de todos os avat€ras. Prestar serviço a Ele é dever principal de todas as
entidades vivas, todas as outras atividades são secundárias.
14. Aqueles que consideram que Bhagav€n não tem forma são ateístas e jamais deve-se ter
associação com eles.
15. Atingir prema por ®r… KŠa é o verdadeiro objetivo final da j…va.
16. O serviço a KŠa, que é executado para o prazer Dele, com uma atitude favorável,
desprovido de todos os desejos, que não está coberto por jñ€na e karma e que é
executado com o corpo, mente, palavras e todos os outros sentidos é a nossa própria
vida.
*Kesar… significa ‘Aquele que é como um leão‘.

O Upade€val…
Por ®r… ®r…mad Bhaktisiddh€nta Sarasvati Prabhup€da

1. Paraˆ vijayate r… kŠa sa‰k…rtanam – suprema vitória ao canto congregacional dos
nomes de KŠa – esse é o único objetivo da adoração na ®r… Gau…ya Ma˜h€.
2. ®r… KŠa que é o viaya-vigraha, ou o objeto do prema dos devotos, é o único
desfrutador e todos os outros são destinados a serem desfrutados por Ele.
3. Aqueles que não executam hari-bhajana são ignorantes e assassinos de suas próprias
almas.
4. A aceitação do ®r… Harin€ma e a realização direta de Bhagav€n são a mesmíssima coisa.
5. Aqueles que consideram os semideuses iguais a ViŠu, são incapazes de servir a
Bhagav€n.
6. Estabelecer uma gráfica para imprimir livros devocionais ou pregar com a organização
dos programas de n€ma-ha˜˜a, constitui-se um serviço genuíno a ®r… Mayapura.
7. Não somos executores de bons ou maus feitos, nem somos eruditos ou analfabetos.
Levando os sapatos dos devotos puros de Hari como nosso dever, somos iniciados no
mantra “k…rtan…yaƒ sad€ hari”.
8. Aquele que prega sem a conduta adequada, cai na categoria de karma, atividade
mundana. Sem criticar a natureza dos outros, a pessoa deve autocorrigir-se – essa é
minha instrução pessoal.
9. Servir aos Vrajav€s…s, que sentem imensa saudade de KŠa quando Ele deixou Vraja
para morar em Mathur€, é nossa ocupação constitucional suprema.
10. Se desejarmos seguir um curso de vida auspicioso, então, desconsiderando as teorias de
incontável número de pessoas, devemos ouvir instruções apenas da fonte
transcendental.
11. A vida no corpo de animal, pássaro, inseto ou qualquer outro, entre as incontáveis
milhares de espécies é aceitável, porém, abrigar-se na enganação é completamente
inadequado. Somente uma pessoa honesta possui verdadeira auspiciosidade.
12. Coração simples é sinônimo de vaiŠavismo. Os servos de um paramahaˆsa VaiŠava
devem ter o coração simples, a qualidade que o torna o melhor entre os br€hmaŠas.
13. Auxiliar a tirar as almas condicionadas do apego pervertido da energia material é a
maior das compaixões. Se mesmo uma alma for resgatada da fortaleza de Mah€m€y€,
esse ato de compaixão é infinitamente mais benevolente que a construção de ilimitados
hospitais.
14. Nós não viemos a esse mundo para sermos trabalhadores da construção, nós somos os
portadores das instruções de ®r… Caitanyadeva.
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15. Nós não ficaremos muito tempo nesse mundo e ao executar hari-k…rtana
abundantemente, ao abandonar esses corpos materiais, nós vivenciaremos a
recompensa última da vida corporificada.
16. A poeira dos pés de ®r… R™pa Gosv€m…, que satisfaz os desejos íntimos de ®r…
Caitanyadeva, é o único objeto de desejo de nossa vida.
17. Se eu desistisse de dar palestras sobre a Verdade Absoluta, por recear que alguns
ouvintes sentiriam-se aborrecidos, estaria me desviando do caminho da verdade Védica
e aceitando o caminho da inverdade. Me tornaria inimigo dos Vedas, um ateísta e já não
mais teria fé em Bhagav€n, a própria corporificação da verdade.
18. O darana de KŠa só pode ser obtido por meio da audição quando alguém houve hari
kath€ de um vaiŠava puro, não há outra maneira.
19. Onde quer que hari kath€ seja falado, esse é um local sagrado.
20. O ravaŠa (audição) adequado, vem acompanhado pelo k…rtana e isso dará uma boa
chance de se praticar smaraŠa (lembrança). Então, a vivência eterna de prestar serviço
direto ao a˜ak€l…ya-l…l€, os passatempos de ®r… R€dh€ e KŠa em cada uma das oito
divisões do dia, torna-se possível.
21. É preciso entender que clamar os nomes de ®r… KŠa é bhakti.
22. Bhagav€n não aceitará nada que seja oferecido por uma pessoa que não cante harin€ma
cem mil vezes diariamente.
23. Pelo sincero esforço de cantar harin€ma sem ofensas e fixando-se no canto constante, as
ofensas desvanecerão e o puro harin€ma surgirá na língua.
24. Quando pensamentos mundanos surgem enquanto se canta harin€ma, não deve-se
desencorajar. Uma conseqüência secundaria da aceitação do harin€ma é que esses
pensamentos mundanos inúteis serão dissipados. Portanto, não há motivo de
preocupação. Ao se dedicar a mente, corpo e palavras no serviço a ®r… N€ma e pelo
contínuo canto com grande persistência, ®r… N€ma Prabhu concederá o darana da Sua
supremamente auspiciosa forma transcendental. E pelo canto contínuo, até os anarthas
serem erradicados pelo poder de ®r… N€ma, virá automaticamente a vivência de Sua
forma qualidades e passatempos.

ÍNDICE DE VERSOS

( início da primeira linha de cada canção, refrão ou parte da canção mais conhecida)

adharaˆ madhuraˆ vadanaˆ madhuraˆ ( ®r… Madhur€˜akam )......................................145


ais… kp€ karo ri r€dhe d…yo vind€vana ko v€sa.................................................................... 197
€j biraja me‰ hor… re rasiy€, hor… re rasiy€................................................................................. 211
€ja mere a‰gana me aiyo nandal€la ( Aiyo Nandal€la, Aiyo Gop€la ).................................193
aji mural… b€je prema vind€vane............................................................................................... 203
akrodha param€nanda nity€nanda r€ya..................................................................................... 33
€li! mohe l€ge vnd€vana n…ko................................................................................................... 190
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‘€m€ra’ bolite prabhu! €ra kichu n€i............................................................................................ 85
€m€ra j…vana, sad€ p€pe rata, n€hiko puŠyera lea................................................................... 78
ambud€ñjanendra-n…la-nindi ( ®r… KŠa-Candr€˜akam ).....................................................140
an™pama m€dhur… jo… ham€re y€ma-y€ma k…..................................................................... 210
€r keno m€y€-j€le paitecha.......................................................................................................... 76
€tma-nivedana, tuw€ pade kori’, hoinu parama sukh…............................................................. 77
avat€ra-s€ra, gor€-avat€ra, kena n€ bhajili t€‰re....................................................................... 87
bandhu-sa‰ge yadi tava ra‰ga parih€sa..................................................................................... 57
baso mere nayanana me nandal€la............................................................................................ 194
bh€i re! ar…ra avidy€-j€l, jaendriya t€he k€l......................................................................... .106
bhaja bhaja tu mano re r€dhik€-kŠacandrau ( ®r… Yugala-Kior€˜akam ).......................162
bhaja bhakata-vatsala r… gaurahari ( Bhoga šrati )................................................................113
bhaja govinda, bhaja govinda, bhaja govinda k€ n€ma re..................................................... 192
bhaja kŠa-nidhiˆ vraja-r€ja-sutam ( ®r… Vraja-R€ja-Sut€˜akam ).....................................143
bhaja re bhaja re €m€ra mana ati manda................................................................................... .53
bhajah™ re mana, r… nanda-nandana.......................................................................................... 81
bhaje nity€nandaˆ bhajana-taru-kandaˆ niravadhi ( ®r… Nity€nand€˜akam )................123
bhajo bhajo hari, mana dha kori’.............................................................................................. 75
bhr€tur antakasya pattane ’bhipatti-h€riŠ… ( ®r… Yamun€˜akam )........................................178
boo sukher khabor
g€i................................................................................................................ 103
bolo hari bolo ( Bol Hari
Bol )...................................................................................................... 102
brajendra-nandana, bhaje jei jana................................................................................................. 59
calo mana ri vind€vana dh€ma............................................................................................... 191
caur€gragaŠyaˆ puruaˆ nam€mi ( ®r… Caur€gragaŠya-Puru€˜akam ).........................139
ceto-darpaŠa-m€rjanaˆ bhava-mah€d€v€gni-nirv€paŠaˆ ( ®r… ®ik€˜akam ).................182
cha˜€ ter… t…na se, ny€r… hai govardhana mah€r€ja................................................................... 190
cho˜… si kior… mere a‰gana me ole re...................................................................................... 199
cint€maŠi-maya r€dh€-kuŠa-ta˜a............................................................................................ 105
d€v€nala-sama saˆs€ra-dahane ( ®r… Gurva˜akam, versão em Bengali )......................................20
deh€rbud€ni bhagavan! yugapat prayaccha ( ®r… Anur€ga-Vall… ).......................................185
dekhite dekhite, bhulibo v€ kabe................................................................................................. 69
dev€di-deva gauracandra gaur…d€sa-mandire ( Gaur…d€sa-Mandire )..................................46
dev…ˆ guŠaiƒ sulalit€ˆ lalit€ˆ nam€mi ( ®r… Lalit€˜akam )................................................180
dii dii racayant…ˆ sañcaran ( ®r… R€dhik€˜akam 1 )............................................................151
‘doy€la nit€i caitanya’ bole’ n€c re €m€r mana.......................................................................... 90
d™r nagar… ba… d™r nagar…, kaise €u‰re kanh€i....................................................................... 212
ei-b€ro karuŠ€ koro vaiŠava gos€i............................................................................................. 25
emona durmati, saˆs€ra-bhitare, paiy€ €chinu €mi.............................................................. 79
emona gaur€‰ga vin€ n€hi €ra................................................................................................. 35
emana ac…ra nandana
vine........................................................................................................... 41
g€‰geya-c€mpeya-taid-vinindi ( ®r… Vnd€-Devya˜akam )................................................176
gaura p€hu n€ bhajiy€ mainu ( škepa )....................................................................................80
‘gaur€‰ga’ bolite ha’be pulaka ar…ra.......................................................................................... 37
gaur€‰ga tumi more doy€ n€ ch€iho........................................................................................ 50
gaur€‰gera du˜…-pada, j€’ra dhana sampada............................................................................. 42
g€ya gor€ madhura
svare............................................................................................................ 101
gop…n€tha, mama nivedana uno viay… durjana....................................................................... 82
govardhano me diat€m abh…˜am (®r… Govardhan€˜akam )...............................................173
govinda d€modara m€dhaveti................................................................................................... 200
ghe r€dh€ vane r€dh€ r€dh€ p˜he puraƒ sthit€ ( ®r… R€dh€-Stotram )............................159
guru-caraŠa-kamala bhaja mana............................................................................................... 186
194
195
gurudeva! boo kp€ kori......................................................................................................................21
gurudeva! kp€-bindu diy€.......................................................................................................... 22
gurudeva, kp€ koro ke mujhe ko apan€ len€......................................................................... 187
ham€re braja ke rakhav€le ( Kanhaiy€ R€dhik€r€Š… )............................................................205
‘hari’ bo’le modera gaura elo....................................................................................................... 42
(hari) haraye namaƒ kŠa y€dav€ya namaƒ ( N€ma-Sa‰k…rtana ).......................................94
hari hari! biphale janama go‰€inu.............................................................................................. 88
hari hari, kabe mora ha’be hena dina......................................................................................... 28
hari hari, kabe mora hoibe sudina.............................................................................................. 66
hari hari! kabe hobo vnd€vana-v€s….......................................................................................... 71
hari hari! viphale janama go‰€inu.............................................................................................. 88
hari he doy€la mora jaya r€dh€n€tha......................................................................................... 88
hari se ba€ hari k€ n€ma, prabhu se ba€............................................................................... 215
harin€ma, tuw€ aneka svar™pa................................................................................................... 97
harir d˜v€ go˜he mukura ( ®r… ®ac…-S™nva˜akam )............................................................128
he kŠa he y€dava he sakheti (Govinda D€modara M€dhaveti ).......................................200
ho gaye bhava se p€r, lekar n€ma ter€..................................................................................... 214
jagann€thaƒ sv€m… nayana-patha-g€m… bhavatu me (®r… Jagann€th€˜akam )..................134
janama saphala t€’ra, kŠa-daraana j€’ra.............................................................................. .58
jaya govinda, jaya gop€la, keava, m€dhava, d…na-day€la ( N€ma-K…rtana )....................188
jaya jaya deva! Hare ( ®r… Ma‰gala-G…tam ).............................................................................161
jaya jaya gor€c€‰dera €ratiko obh€ ( ®r… Gaura šrati )........................................................110
jaya jaya gurudeva r… bhakti prajñ€na ( ®r… Gurudeva šrati )............................................107
jaya jaya harin€ma, cid€nand€mta-dh€ma............................................................................. .98
jaya jaya prabhup€dera €rati neh€ri ( ®r…la Prabhup€da šrati )..........................................109
jaya jaya r€dh€-kŠa yugala-milana ( ®r… Yugala šrati ).....................................................112
jaya jaya r€dh€-ramaŠa hari bol, na˜a n€gara......................................................................... 206
jaya jaya r€dhe kŠa govinda..................................................................................................... 65
jaya jaya sundara-nanda-kum€ra.............................................................................................. 142
jaya nanda-nandana, gop…-jana-vallabha ( ®r… Gaura-R™pa-GuŠa-VarŠana )......................36
(jaya) r€dh€-m€dhava (jaya) kuñja-bih€r…................................................................................. 65
jaya r€dhe, jaya kŠa, jaya vnd€vana ( ®r… Vraja-Dh€ma-Mahim€mta )..........................72
jaya r€dhe jaya kŠa jaya vnd€vana, rasika muk˜a-maŠi jaya gop…-gana........................ 195
jaya r€dhe jaya r€dhe r€dhe jaya r€dhe jaya r…-r€dhe.......................................................... 204
jaya ac…nandana, jaya gaurahari................................................................................................ 34
je €nilo prema-dhana koruŠ€ pracura........................................................................................ 30
jh™l€ jh™le r€dh€ d€modara vnd€vana me‰....................................................................... 201
j…va j€go, j…va j€go, gor€c€‰da bole............................................................................................. .97
jiyo y€ma l€l€, jiyo ®y€ma l€l€................................................................................................. 207
kabe €h€ gaur€‰ga
boliy€............................................................................................................. 51
kabe gaura-vane, suradhun…-ta˜e................................................................................................. 51
kabe ha’be bolo se-dina
€m€r...................................................................................................... .91
kabe habe hena da€
mora............................................................................................................ 54
kabe r… caitanya more karibena day€......................................................................................... 27
kad€ kariyas…ha m€ˆ kp€-ka˜€ka-bh€janam ( ®r… R€dh€-Kp€-Ka˜€ka-Stava-R€ja )..147
kad€cit k€lind…-ta˜a-vipina-sa‰g…ta-taralo ( ®r… Jagann€th€˜akam ).....................................134
kalayati nayanaˆ dii dii valitam............................................................................................. 150
kali-kukkura kadana yadi c€o (he)............................................................................................... 43
kanhaiy€ phir se € j€o ham€ri b€la to li me.............................................................................. .208
ke j€bi ke j€bi bh€i bhava-sindhu-p€ra......................................................................................... 50
ki-r™pe p€ibo sev€ mui dur€c€ra................................................................................................... 80
koth€y go premamayi r€dhe r€dhe............................................................................................... 32
195
196
kp€ koro vaiŠava ˜h€kura........................................................................................................... 29
kpayati yadi r€dh€ b€dhit€ea-b€dh€ ( ®r… R€dh€-Pr€rthan€ )...........................................160
(kŠa) deva! bhavantaˆ vande.................................................................................................. 145
kŠa hoite catur-mukha ( ®r… Guru-Parampar€ )....................................................................... 17
kŠa-pras€dena samasta-aila ( ®r… Govardhan€˜akam )......................................................173
kŠotk…rtana-g€na-nartana-parau ( ®r… ±a-Gosv€mya˜akam )...........................................120
ku‰kum€kta-k€ñcan€bja-garvah€ri ( ®r… R€dhik€˜akam 3 )..................................................155
m€dhava, bahuta minati kori
toya................................................................................................ 89
m€dhava bh€mini jaya jaya r€dhe.............................................................................................. 211
madhur€dhi-pater akhilaˆ madhuram ( ®r… Madhur€˜akam )............................................145
mah€-pras€de govinde ( Pras€da-Sev€ya )................................................................................106
mahyam €tma-p€da-padma-d€sya-d€stu r€dhik€ ( ®r… R€dhik€˜akam 3 ).........................155
mai to ra˜™ r€dh€-r€dh€ n€ma, braja k… galiyana me............................................................... 195
maine ra˜an€ lag€i re r€dh€ n€ma k…........................................................................................ ..209
m€khana k… cor… cora k€mare mai............................................................................................... 198
m€ˆ pun€tu sarvad€ravinda-bandhu-nandin… ( ®r… Yamun€˜akam ).................................178
mama mana mandire taha nii-din............................................................................................. 105
mam€stu vnd€vana eva v€saƒ ( ®r… Vnd€van€˜akam ).......................................................175
mana re! kaha n€ gaura kath€ ( Kaha N€ Gaura Kath€ )...........................................................40
m€nasa, deho, geho, jo kichu mora............................................................................................... 86
ma‰gala r… guru-gaura ma‰gala m™rati ( Ma‰gala šrati )....................................................108
mere nandaj… ko l€l€ alabel€....................................................................................................... ..197
meri ma˜ak… me m€ra gayo hel€ ( Mere Nandaj… Ko L€l€ Alabel€ ).....................................197
mohana py€re ho kanhaiy€, n€ma anupama bh€ve............................................................... ..192
mun…ndra-vnda-vandite ( ®r… R€dh€-Kp€-Ka˜€ka-Stava-R€ja ).........................................147
na yoga-siddhir na mam€stu moko ( ®r… Vnd€van€˜akam )..............................................175
nad…y€-godrume nity€nanda mah€jana..................................................................................... 101
nad…y€ indu karuŠ€ sindhu......................................................................................................... .213
nagara bhramiy€ €m€ra gaura elo ghare...................................................................................... 92
nama oˆ viŠu-p€d€ya €c€rya-siˆha-r™piŠe ( ®r… Keav€c€ry€˜akam ).............................116
nam€mi nanda-nandanam ( ®r… Nanda-Nandan€˜akam )......................................................138
nam€m…varaˆ sac-cid-€nanda-r™paˆ ( ®r… D€modar€˜akam )...........................................136
namo namaƒ tulas… kŠa-preyas… (namo namaƒ) ( ®r… Tulas… Parikram€ e šrati )..............115
namo namaƒ tulas… kŠa-preyas…, (vraje) ( ®r… Tulas… K…rtana ).........................................112
n€rada muni, b€j€ya v…Š€, ‘r€dhik€-ramaŠa’ n€me.................................................................... .99
nava-jaladhara-vidyud-dyota-varŠau prasannau ( ®r… Yugala-Kior€˜akam )....................162
nava-n…rada-nindita-k€nti-dharaˆ ( ®r… Vraja-R€ja-Sut€˜akam )...........................................143
nija-nika˜a-niv€saˆ dehi govardhana!Tvam(®r… Govardhana-V€sa-Pr€rthan€-Daakam).170
nija-pati-bhuja-daŠa-cchatra-bh€vaˆ ( ®r… Govardhana-V€sa-Pr€rthan€-Daakam ).......170
nikhila-ruti-mauli-ratna-m€l€ ( ®r… KŠa-N€m€˜akam ).......................................................183
nit€i-gaura-n€ma, €nandera dh€ma.............................................................................................. .45
nit€i guŠa-maŠi €m€ra nit€i guŠa-maŠi........................................................................................ 34
nit€i-pada-kamala, ko˜…-candra-su…tala ( ®r… Nity€nanda Ni˜h€ )...........................................35
o manero l€ge n€ sakh…r… mero y€ma bin€ manero l€ge n€................................................... .212
ohe, premera ˜h€kura
gor€.............................................................................................................. 38
ohe! vaiŠava ˜h€kura, doy€ra s€gara........................................................................................... 23
p€ra kare‰ge naiy€ re, bhaja kŠa kanhaiy€............................................................................. 189
parama karuŠa, pah™ dui-jana, nit€i gauracandra ( ®r… Gaura-Nity€nandera Day€ )...........44
(prabhu he!) emona durmati, saˆs€ra-bhitare............................................................................ 79
pralaya-payodhi-jale dhtav€n asi vedaˆ ( ®r… Da€vat€ra-Stotram )...................................132
praŠam€mi sad€ prabhup€da-padam (®r… Prabhup€da-P€dma-Stavaƒ ).............................117
r€dh€-bhajane yadi mati n€hi bhel€ ( ®r… R€dh€-Bhajana Mahim€ ).......................................60
r€dh€-cint€-niveena yasya k€ntir vilopit€ ( ®r… R€dh€ Vinoda-Vih€r…-Tattv€˜akam ).....165
196
197
‘r€dh€-kŠa’ bol bol bolo re
sob€i.............................................................................................. 100
r€dh€-kŠa pr€Ša mora yugala-kiora ( Sakh…-Vnde Vijñapti ).............................................67
r€dh€-kuŠa-ta˜a-kuñja-ku˜…ra...................................................................................................... 71
r€dh€-mukunda-pada-sambhava-gharma-bindu ( ®r… Lalit€˜akam )...................................180
r€dh€-n€ma parama sukhad€…..................................................................................................... 196
r€dhe bol!! r€dhe bol !! vind€vana ki galiyana dol.................................................................. 206
r€dhe! jaya jaya m€dhava-dayite ( G…tam – ®r… ®r… R€dhik€ P€da-Padme Vijñapti )...........146
r€dhe jhulana padharo jhuk… €ye badar€.................................................................................... 202
r€dhe kŠa govinda gop€la nanda-dul€la ( ®r… Ma‰gala-G…tam ).........................................161
r€dhe, r€dhe, r€dhe, r€dhe vnd€vana-vil€sin…, r€dhe, r€dhe.................................................. 60
r€dhe-y€ma y€ma y€ma ( Vraja Jana Mana Sukhak€r… ).................................................... 188
r€dhe tere caraŠo‰ k… gara dh™la jo mila j€e............................................................................. 208
r€dhik€-caraŠa-padma, sakala reyera sadma........................................................................... 62
r€dhik€-caraŠa-renu, bh™aŠa koriy€ tanu ( ®r…-R€dh€-Ni˜h€ )............................................ 63
ramaŠ…-iromaŠi, vabh€nu-nandin….......................................................................................... 61
rasa-valita-mg€k…-mauli ( ®r… R€dhik€˜akam 2 )..................................................................153
rasika n€gar…, gaŠa-iromaŠi........................................................................................................ .61
sa caitanyaƒ kiˆ me punar api dor y€syati padam (®r… Caitany€˜akam ).......................125
ac…-s™nuƒ kiˆ me nayana-araŠ…ˆ y€syati punaƒ ( ®r… ®ac…-S™nva˜akam ).....................128
sadop€syaƒ r…m€n dhta-manuja ( ®r… Caitany€˜akam )......................................................125
sakala vaiŠava gos€i doy€ koro more........................................................................................ 26
sakhe, kalaya gauram ud€ram ( ®r… Gaura-G…ti ).....................................................................120
sakh… r… mere mana abhil€€ hoya madana mohana............................................................... 193
saˆs€ra-d€v€nala-l…ha-loka ( ®r… Gurva˜akam ).................................................................... 19
arac-candra-bhr€ntiˆ sphurad ( ®r… Nity€nand€˜akam )....................................................123
ar…ra avidy€-j€l, jaendriya t€he k€l......................................................................................... 106
sarvasva tom€ra, caraŠe s€piy€..................................................................................................... 90
ata-ko˜i gop… m€dhava-mana...................................................................................................... 62
snapayati nija-d€sye r€dhik€ m€ˆ kad€ nu ( ®r… R€dhik€˜akam 2 )...................................153
soi (sakhi), kev€ un€ilo y€ma-n€ma................................................................................... 102
r… gaua-dee sura-d…rghik€y€s ( ®r… Navadv…p€˜akam ).....................................................130
ri govardhana mah€r€ja tere m€the muku˜a vir€ja rahayo................................................... 216
r… guru-caraŠa-padma, kevala bhakati-sadma.......................................................................... 22
r… hari-v€sare hari-k…rtana-vidh€na (®r…man Mah€prabhura Hari-V€sara-Vrata-P€lana)..46
r… kŠa-caitanya prabhu doy€ koro more................................................................................. 52
r… kŠa-caitanya prabhu j…ve doy€ kori’ ( ±a-A‰ga ®araŠ€gati ).........................................74
r… kŠa-virahe, r€dhik€ra da€.................................................................................................... 70
r… r€dh€-kŠa pada-kamale mana ( ®r… R€dh€-KŠa Vijñapti )...............................................64
r… r™pa-mañjar…-pada, sei mora sampada................................................................................... 66
rita-kamal€kuca-maŠala! dhta-kuŠala! e ( ®r… Ma‰gala-G…tam )...................................157
suc€ru-vaktra-maŠalaˆ sukarŠa ( ®r… Nanda-Nandan€˜akam )........................................138
uddha-bhakata-caraŠa-reŠu, bhajana-anuk™la......................................................................... 93
sujan€rbuda-r€dhita-p€da-yugaˆ ( ®r… Prabhup€da-P€dma-Stavaƒ ).................................117
sukhera l€giy€, ei ghara b€dhinu................................................................................................. .85
sundara l€l€ sac…ra-dul€l€, n€cat ri hari-k…rtana me‰............................................................. 213
uniy€chi s€dhu-mukhe bole sarva-jana ( ®r… R™p€nugatya-M€h€tmya )..............................31
sv€‰ghri-d€syado ’stu me sa ballavendra-nandanaƒ ( ®r… KŠa-Candr€˜akam ).............140
y€ma ter… baˆ… baje dh…re dh…re............................................................................................... 207
tad ati-surabhi-r€dh€-kuŠam ev€rayo me ( ®r… R€dh€-KuŠ€˜akam )............................166
tad ati-vimala-n…raˆ y€ma-kuŠaˆ gatir me ( ®r… ®y€ma-KuŠ€˜akam )........................168
taˆ praŠam€mi ca r… ac…-tanayam ( ®r… ®ac…-Tanay€˜akam )..............................................127
taˆ r… navadv…pam ahaˆ smar€mi ( ®r… Navadv…p€˜akam )...............................................130
tava kara-kamala-vare nakham adbhuta-‰gaˆ ( ®r… Da€vat€ra-Stotram )......................132
˜h€kura vaiŠava-pada, avan…ra su-sampada......................................................................................27
197
198
tuh™ se rohilo
madhupura............................................................................................................. 74
udilo aruŠa p™rava bh€ge ( AruŠodaya-K…rtana ).....................................................................96
ujjvala-varaŠa-gaura-vara-dehaˆ ( ®r… ®ac…-Tanay€˜akam ).................................................127
vande r™pa-san€tanau raghu-yugau ( ®r… ±a-Gosv€mya˜akam ).......................................120
vande vivambhara-pada-kamalam........................................................................................... 119
varaja-vipine yamun€-kule............................................................................................................ 62
vibh€var…-ea, €loka-pravea........................................................................................................ 56
vraja-jana mana sukhak€r… r€dhe-y€ma y€ma y€ma.......................................................... 188
vraje prasiddhaˆ navan…ta-cauraˆ ( ®r… Caur€gragaŠya-Puru€˜akam )...........................139
vrajendra-nandana, bhaje jei jana.................................................................................................. 59
vnd€vana-v€s… jata vaiŠavera gaŠa ( ®r… VaiŠava-Vandan€ )..............................................24
vnd€vane viharator iha keli-kuñje ( ®r… G€ndharv€-Sampr€rthan€˜akam )......................157
vnde! namaste caraŠ€ravindam ( ®r… Vnd€-Devya˜akam ).................................................176
vabha-danuja-n€€n narma-dharmokti-ra‰gair ( ®r… R€dh€-KuŠ€˜akam )....................166
vabha-danuja-n€€nantaraˆ yat sva-go˜h…m ( ®r… ®y€ma-KuŠ€˜akam )......................168
vabh€nu-sut€-caraŠa-sevane, hoibo je p€lya-d€s…................................................................... 68
(yadi) gaur€‰ga nahito, tabe ki hoito............................................................................................ 39
yamun€-puline, kadamba-k€nane................................................................................................ .69
ya‰ kali r™pa ar…ra na dharata...................................................................................................... 30
yaomat…-nandana, braja-baro-n€gara.......................................................................................... 55

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