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Direito
Processual
Penal
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Processual Penal
Douglas Vargas
Sumário
Aula Essencial 80/20.. ...................................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
1. Análise Estatística da Organizadora. ................................................................................................................4
2. Funções da Prisão em Flagrante........................................................................................................................8
2.1. Art. 283 do CPP.. ........................................................................................................................................................9
2.2. Art. 287 do CPP. . .......................................................................................................................................................9
2.3. Art. 310 do CPP...................................................................................................................................................... 10
3. Audiência de Custódia........................................................................................................................................... 10
3.1. Desdobramentos da Audiência de Custódia............................................................................................11
4. Prisão Domiciliar.. ......................................................................................................................................................14
5. Prisão Temporária.....................................................................................................................................................14
5.1. Requisitos para sua Decretação. . ..................................................................................................................16
5.2. Prazo de Duração da Prisão Temporária. .................................................................................................18
5.3. Prisão Temporária e Concessão de Ofício................................................................................................18
5.4. Direitos do Preso Temporário.. .......................................................................................................................19
6. Da Prova.........................................................................................................................................................................23
6.1. Provas Cautelares, Não Repetíveis e Antecipadas........................................................................... 24
6.2. Meios de Prova.. ..................................................................................................................................................... 24
6.3. Ônus de Prova.........................................................................................................................................................25
6.4. Espécies de Prova................................................................................................................................................25
6.5. Finalidade da Prova.. ...........................................................................................................................................26
6.6. Objeto da Prova.. ....................................................................................................................................................26
6.7. Classificações da Prova....................................................................................................................................26
6.8. Serendipidade......................................................................................................................................................... 28
6.9. Prova Testemunhal.. ............................................................................................................................................29
6.10. Interrogatório do Acusado. . ..........................................................................................................................32
7. Confissão.......................................................................................................................................................................33
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Prisão 90
Da Prova 80
Ação Penal 63
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A prisão em flagrante, segundo a doutrina, tem uma natureza administrativa e de ato com-
plexo. Vejamos o motivo:
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• Tome nota: Súmula 397: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o
regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.
1) Comunicação da prisão e do local onde está o preso: Será imediata- ao juiz competente,
ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada:
CPP- Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imedia-
tamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condena-
ção criminal transitada em julgado.
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3. Audiência de Custódia
Se traduz no direito do preso ser conduzido sem demora a uma audiência que lhe possibilitará
um contato imediato com o juiz das garantias, com um defensor e com o Ministério Público.
• Prazo: 24 horas após a realização da prisão.
Mesmo antes de previsão expressa no CPP, a audiência de custódia foi regulamentada pela
resolução do CNJ de n. 213 de 15/12/2015, a qual determina:
• A vedação da presença dos agentes policiais responsáveis pela prisão ou pela investigação
durante a audiência de custódia;
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O juízo de legalidade não se confunde com o juízo de necessidade de medidas cautelares. Des-
sa forma, nada impede que o juiz, ao relaxar a prisão ilegal, decrete outras medidas cautelares
diversas da prisão ou ainda decrete prisão temporária ou preventiva a depender da existência
dos requisitos legais.
JURISPRUDÊNCIA
A Lei n. 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e
do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva
sem o prévio requerimento das partes ou representação da autoridade policial.
Logo, não é mais possível, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex offi-
cio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade.
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 282, § 2º e do art.
311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de custódia,
a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preven-
tiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do
Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do
assistente do MP.
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Vale ressaltar que a prisão preventiva não é uma consequência natural da prisão flagrante,
logo é uma situação nova que deve respeitar o disposto, em especial, os arts. 311 e 312
do CPP1.
STJ. 3ª Seção. RHC 131263, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/02/2021
(Info 686).
STF. 2ª Turma. HC 192532 AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 24/02/2021.
3) Concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, cumulada (ou não) com as me-
didas cautelares diversas da prisão:
Ocorre quando o juiz verifica a legalidade da prisão e conclui pela não necessidade da con-
versão em prisão preventiva. A liberdade provisória é regra em nosso ordenamento jurídico.
Prisão preventiva:
• Regida pelo CPP;
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz;
• Não possui prazo previsto em lei;
• Pode ser decretada na fase de investigação e na fase processual.
Requisitos
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência
da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
• A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qual-
quer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
Obs.: Prisão preventiva em crimes culposos: Em regra, não é possível a sua decretação.
1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Depois da Lei n. 13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível que o juiz,
de ofício, converta a prisão em flagrante em prisão preventiva (é indispensável requerimento). Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6b5617315c9ac918215f-
c7514bef514b>. Acesso em: 22/04/2021
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4. Prisão Domiciliar
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou
com deficiência;
IV – gestante;
VI – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos
de idade incompletos.
5. Prisão Temporária
A prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar disciplinada pela Lei de n. 7.960 de
1989 no intuito de assegurar a eficácia das investigações criminais no que diz respeito a de-
terminados delitos considerados mais graves.
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É importante que você saiba que o legislador determinou expressamente que essa mo-
dalidade de prisão somente poderá ser efetivada após a expedição de mandado judicial. Tal
previsão buscou dar fim a chamada “prisão para averiguações”:
Lei n. 7.960/1989
Art. 2º, § 5º A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
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II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclare-
cimento de sua identidade.
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O inciso III nos traz o requisito do fumus comissi delicti. É a chamada “fumaça no cometi-
mento do delito”, a qual se traduz em:
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Exceção:
No caso de crimes hediondos ou equiparados, o prazo da prisão temporária é de 30 dias,
prorrogável por mais 30, por previsão expressa contida na Lei n. 8.072/1990.
Veja, caro aluno, que o prazo previsto na lei é MÁXIMO (ou seja, o julgador pode decretar a
prisão temporária por um prazo INFERIOR a cinco dias, mas nunca SUPERIOR). Quem pode o
mais, pode o menos.
Além disso, é importante que você saiba que o mandado de prisão deverá conter necessa-
riamente o período de duração da prisão temporária e o dia em que o preso deverá ser liberta-
do. Trata-se de atualização do pacote anticrime (art. 2º, § 4º-A). Além disso, tome nota:
Lei n. 7.960/1989
Art. 2º, § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custó-
dia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso
em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decreta-
ção da prisão preventiva. (Incluído pela Lei n. 13.869. de 2019).
Art. 2º, § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão
temporária. (Redação dada pela Lei n. 13.869. de 2019).
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Dessa forma, assim como a preventiva, a prisão temporária deve sempre ser precedida de
requerimento do MP ou de representação do delegado de polícia.
Agora sim: Já conhecemos os principais pontos sobre a prisão temporária e você já sabe a
importância de conhecer os crimes para os quais a lei admite a prisão temporária.
Lei n. 7.960/1989
Art. 3º Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais de-
tentos.
Além disso, é importante que você saiba as seguintes previsões do art. 2º da referida lei:
• Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art.
5º da Constituição Federal.
• O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado den-
tro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da represen-
tação ou do requerimento.
• O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, de-
terminar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da
autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
• Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das
quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
Prisão:
• Segundo Nucci, “Prisão é a privação da liberdade, tolhendo-se o direito de ir e vir, através
do recolhimento da pessoa humana ao cárcere.”
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Prisão Pena:
• É aquela decretada ao condenado, após o trânsito em julgado da sentença penal con-
denatória. Ou seja, não há mais recurso, e só resta ao Estado submeter o indivíduo, cuja
culpa já está formada além de qualquer dúvida razoável, à execução da pena cominada
aos atos por ele praticados.
Prisão Cautelar:
• É uma espécie de medida cautelar, e pode ser decretada antes do trânsito em julgado da
sentença penal condenatória. Também pode ser chamada de prisão provisória, proces-
sual ou mesmo de prisão sem pena, dependendo da doutrina adotada pela banca.
Prisões Cautelares:
• Via de regra a doutrina subdivide as prisões cautelares em preventiva, flagrante e temporária.
Liberdade Provisória:
• Previsão CF: Art. 5º, LXVI: ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei
admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
• A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o re-
laxamento da prisão processual por excesso de prazo.
• A regra é que o acusado responda em liberdade!
Fiança:
• Fiança é uma garantia real, consistente no pagamento em dinheiro ou na entrega de va-
lores ao Estado, para assegurar o direito de permanecer em liberdade no transcurso de
um processo criminal.
• A fiança será sempre definitiva:
CPP
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em
julgado a sentença condenatória autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:
I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liber-
dade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade
cominada for superior a 4 (quatro) anos.
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Não será concedida fiança nos termos dos arts. 323 e 324 do CPP:
• Quebramento da fiança:
Obs.: Também haverá quebra: situação em que o réu se mudar de residência sem prévia per-
missão da autoridade processante ou ausentar-se por mais de 8 dias de sua residência
sem comunicar à autoridade o lugar onde será encontrado.
• Perda da fiança:
CPP, art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não
se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.
• Reforço da fiança:
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6. Da Prova
PROVA é um meio de se demonstrar uma verdade.
Destinatário:
• Direto: Juiz
• Indireto: As Partes
CP – Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contradi-
tório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
• Classificações:
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• Conceito:
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• Prova Pericial
− Quantidade de Peritos:
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6.8. Serendipidade
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§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como des-
crito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar
a forma do seu cumprimento.
A lei proíbe a entrada em locais isolados e a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime
antes da liberação por parte do perito responsável. Quem o fizer, responderá por fraude processual.
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Etapas do Interrogatório:
7. Confissão
• Características:
• Classificações da Confissão:
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8. Busca e Apreensão
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) Lucas, oficial do Ministério
Público, enquanto cumpria sua função em via pública, por volta de 15h, depara-se com Antônio
conduzindo uma motocicleta com simulacro de arma de fogo na cintura e se surpreende com
aquela situação, tendo em vista que identificou, pela placa, que aquela moto era de propriedade
de seu colega de trabalho. Diante disso, Lucas entra em contato com seu colega, que confirma
que fora vítima de um crime de roubo que teria sido praticado 30 minutos antes, descrevendo
as características do autor do fato, que coincidiam com as de Antônio.
Considerando as informações expostas, em sendo confirmada a autoria, é correto afirmar
que Lucas:
a) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, tendo em vista que, apesar da situação de
flagrante, o ato somente pode ser realizado por agentes de segurança pública;
b) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez que inexiste situação de flagrante
prevista em lei, apesar da identificação da autoria;
c) poderá realizar a prisão captura de Antônio, pois constatada a situação de flagrante próprio
prevista em lei;
d) poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez constatada a situação de flagrante
presumido;
e) poderá realizar a prisão captura de Antônio, já que há situação de flagrante esperado.
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Entendendo que existe risco de reiteração delitiva, já que testemunhas indicavam que Mariana,
que se encontrava solta, já teria praticado delitos semelhantes, no mesmo local, em outras
ocasiões, poderá o Promotor de Justiça com atribuição requerer que seja:
a) fixada cautelar alternativa de comparecimento mensal em juízo, proibição de contato com
as testemunhas, mas não o recolhimento domiciliar no período noturno por ausência de pre-
visão legal;
b) fixada cautelar alternativa de proibição de frequentar, por determinado período, o estabele-
cimento lesado, mas não a decretação da prisão preventiva ou temporária;
c) fixada a cautelar alternativa de internação provisória, que gera detração da pena, mas não a
prisão preventiva ou temporária;
d) decretada a prisão temporária da indiciada;
e) decretada a prisão preventiva da indiciada.
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b) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a interceptação telefônica so-
mente pode ser utilizada para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
c) viável, desde que devidamente autorizada pelo juízo criminal competente e respeitados os
princípios do contraditório e da ampla defesa;
d) viável, independentemente de prévia autorização pelo juízo criminal, porque, uma vez produ-
zida, a prova pertence ao Estado que é uno;
e) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a interceptação telefônica so-
mente pode ser produzida no âmbito de investigação e processo criminal ou ação de improbi-
dade administrativa.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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b) A prova obtida por meios ilícitos não será admitida no processo, porém aquelas que deriva-
rem dela podem ser utilizadas.
c) O juiz, ao sentenciar o processo, pode fundamentar sua decisão exclusivamente com base
nas provas produzidas em fase de inquérito policial.
d) O interrogatório, por se tratar de ato de defesa, não pode ser realizado novamente no mes-
mo processo.
e) O silêncio do acusado em seu interrogatório pode ser interpretado como confissão.
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GABARITO
1. d
2. d
3. b
4. E
5. E
6. c
7. b
8. c
9. d
10. c
11. c
12. a
13. c
14. c
15. e
16. e
17. a
18. c
19. b
20. a
21. d
22. b
23. a
24. C
25. C
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) Lucas, oficial do Ministério
Público, enquanto cumpria sua função em via pública, por volta de 15h, depara-se com Antônio
conduzindo uma motocicleta com simulacro de arma de fogo na cintura e se surpreende com
aquela situação, tendo em vista que identificou, pela placa, que aquela moto era de propriedade
de seu colega de trabalho. Diante disso, Lucas entra em contato com seu colega, que confirma
que fora vítima de um crime de roubo que teria sido praticado 30 minutos antes, descrevendo
as características do autor do fato, que coincidiam com as de Antônio.
Considerando as informações expostas, em sendo confirmada a autoria, é correto afirmar
que Lucas:
a) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, tendo em vista que, apesar da situação de
flagrante, o ato somente pode ser realizado por agentes de segurança pública;
b) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez que inexiste situação de flagrante
prevista em lei, apesar da identificação da autoria;
c) poderá realizar a prisão captura de Antônio, pois constatada a situação de flagrante próprio
prevista em lei;
d) poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez constatada a situação de flagrante
presumido;
e) poderá realizar a prisão captura de Antônio, já que há situação de flagrante esperado.
A situação narrada diz respeito ao flagrante presumido, ficto ou assimilado: Aquele que é en-
contrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.
Letra d.
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Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que
seja encontrado em flagrante delito.
Letra d.
Essa questão é extremamente interessante. Primeiramente devemos nos lembrar dos requi-
sitos para a decretação de prisão temporária e preventiva. O delito de furto simples não está
contemplado no rol taxativo previsto em lei para aqueles crimes que autorizam a prisão tempo-
rária. Já para a prisão preventiva necessitamos, entre outros requisitos, de ser o crime doloso
com pena máxima superior a 4 anos ou situação de reincidência em crime doloso. Logo, a
situação apresentada também não autoriza essa modalidade de prisão cautelar. Logo, como
forma de garantir a eficácia do processo criminal, o magistrado poderá decretar medidas alter-
nativas à prisão diante do requerimento do membro do Parquet.
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Nada disso. Para a decretação da medida cautelar de internação provisória, o crime deve ter
sido praticado com violência ou grave ameaça:
CPP- art. 319, VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com vio-
lência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de reiteração.
Errado.
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b) a prisão temporária não poderia ter sido prorrogada pelo prazo de 05 (cinco) dias, já que essa
cautelar somente tem prazo máximo total de 05 (cinco) dias, que foi o período inicialmente fixado;
c) a prisão temporária, mesmo que presentes os requisitos legais, não poderia ter sido decre-
tada de ofício pela autoridade judicial;
d) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de maneira válida, não havendo também
qualquer ilegalidade em sua execução;
e) o crime de associação criminosa não admite a decretação da prisão temporária por não
estar previsto no rol da Lei n. 7.960/89.
Na situação apresentada, o prazo fixado pelo magistrado está incompatível com a determina-
ção legal. O delito de extorsão admite prisão temporária pelo prazo de 5 dias + 5 dias em caso
de extrema e comprovada necessidade (prorrogação).
Letra b.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo discipli-
nar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contradi-
tório e a ampla defesa.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 13/09/2017, DJe 18/09/2017.
Letra c.
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c) poderá ser recusada por Leonardo no curso do inquérito policial, mas não no curso de pro-
cesso judicial;
d) poderá ser realizada sobre material descartado por Leonardo, independentemente de sua
concordância;
e) poderá ser realizada independentemente da concordância de Leonardo, ainda que exija
comportamento ativo do agente, desde que sujeita ao contraditório e ampla defesa.
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Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Letra c.
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Art. 157, § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não eviden-
ciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por
uma fonte independente das primeiras.
c) Certa. Nós destacamos esse ponto em nossa aula: o exame indireto é perfeitamente lícito,
podendo inclusive ser realizado por meio de prova testemunhal.
d) Errada. Conforme o CPP:
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada
suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam
corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
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Art. 159, §3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico;
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
b) Errada. Assertiva que extrapola nosso conteúdo, mas o CPP admite sim (Art. 185, § 2º).
c) Errada. Mais uma que vai além. As perguntas dos jurados serão feitas por intermédio do juiz
presidente: CPP, art. 474, § 2º.
d) Errada. Conforme o CPP:
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o
juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na
repetição de outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição.
e) Errada. Essa você já sabe:
CPP- Art.155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contradi-
tório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Letra a.
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Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
d) Errada. Como já sabemos, a confissão do acusado não supre a realização de exame pericial.
e) Errada. Apenas um perito oficial.
Letra c.
A situação hipotética apresentada narra um flagrante completamente válido, uma vez que Tí-
cio foi encontrado portando uma grande quantidade de drogas. Contudo, sem ser comunicado
acerca de seus direitos constitucionalmente previstos na condição de preso, foi coagido a
confessar outros fatos que o incriminavam. Nesse caso, essa prova colhida é totalmente ilícita
e por expressa determinação legal, deve ser desentranhada dos autos.
Letra c.
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É importante destacarmos que a prova colhida pelos policiais militares é ilícita em face de não
haver na casa situação flagrancial que corroborasse sua entrada sem mandando judicial. En-
tretanto, é notório que essa prova poderia ser colhida por uma outra fonte, totalmente indepen-
dente da primeira: Por meio do pedido de busca e apreensão domiciliar feito pelo MP e deferi-
do pelo juiz. Dessa forma, temos uma situação hipotética amparada no art. 157, do CPP, §1º:
São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo
de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.
Letra e.
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De acordo com o princípio da comunhão ou da aquisição da prova, a prova é comum. Uma vez
produzida, não pertence a qualquer das partes, tampouco pertence ao juiz.
Letra e.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Letra a.
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a) Errada. O prazo pode ser prorrogado (Art. 160, parágrafo único, CPP).
b) Certa. É o que prevê o art. 171 do CPP.
c) Errada. A juntada de desenhos é possível (Art. 165 CPP).
d) Errada. A ilustração dos laudos com provas fotográficas será realizada sempre que conve-
niente (Art. 170 do CPP).
e) Errada. Pelo menos 06 horas (Art. 162 do CPP).
Letra b.
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b) A confissão do acusado é suficiente para a comprovação das infrações penais que deixam
vestígios.
c) As perícias em geral serão, em regra, realizadas por peritos oficiais, portadores de diploma
de curso superior, não cabendo às partes formularem quesitos ou indicar assistente técnico.
d) Não sendo possível realizar o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestí-
gios, tal prova poderá ser suprida pela prova testemunhal.
e) É obrigatória a juntada de fotografias, esquemas e desenhos, para acompanhar os laudos
de que representem lesões.
Basta memorizar a literalidade do art. 162 do CPP. A autópsia, rege o referido codex, deve ser
realizada pelo menos 06 horas após o óbito.
Letra b.
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Conforme estudamos, a prova testemunhal pode suprir a falta do exame de corpo de delito, por
força do art. 167 do CPP.
Letra a.
Exatamente. A prova ilícita irá contaminar todas as provas que decorrerem dela, desde que
fique comprovado que há nexo de causalidade entre a prova ilícita e as derivadas.
Entretanto, se houver maneira de obter a prova derivada por fonte independente, tais provas
serão consideradas válidas, independentemente de existir uma prova originária ilícita.
Certo.
Isso mesmo. Quando em benefício do réu, para comprovar sua inocência, a prova de origem
ilícita será admitida no processo, de forma excepcional.
Certo.
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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