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Receita Federal

Direito
Previdenciário

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Previdenciário
Cassius Garcia

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Direito Previdenciário....................................................................................................................................................4
Análise do Edital...............................................................................................................................................................4
Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas...............................................................................................5
1. Financiamento da Seguridade Social (art. 195, CF)...................................................................................6
2. Contribuições (Art. 195, CF)..................................................................................................................................11
3. Obrigações da Empresa e dos demais Contribuintes...........................................................................17
3.1. Obrigações Principais..........................................................................................................................................17
3.2. Obrigações Acessórias. . .....................................................................................................................................19
4. Retenção e Responsabilidade Solidária.....................................................................................................20
5. Prova da Inexistência de Débito. . ..................................................................................................................... 22
Questões de Concurso................................................................................................................................................26
Gabarito...............................................................................................................................................................................32
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................33

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Direito Previdenciário
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Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Chegamos à nossa Aula 80/20, na qual pretendo elevar à máxima potência o aproveita-
mento de seu estudo.
Minha missão, na montagem desta Aula, é, a partir da análise do Edital do certame e do
histórico da banca — provas mais recentes — definir quais são os conteúdos mais relevantes
e revisá-los, por meio de resumos e questões.
Vamos em frente?
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.

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Direito Previdenciário
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Análise do Edital
O Edital n. 1/2022 — RFB, de 02 de dezembro de 2022, trouxe para o cargo de Auditor-
-Fiscal da RFB — após duas retificações — o seguinte conteúdo programático da disciplina
de Direito Previdenciário (os erros na sequência numérica estão exatamente como no Edital):
• 1. Aspectos teóricos e conceituais da Seguridade Social e Previdência Social.
• 2. Seguridade Social.
− 2.1. Origem e evolução legislativa no Brasil.
− 2.2. Conceituação.
− 2.3. Organização e princípios constitucionais.
• 3. Legislação previdenciária.
− 3.1. Conteúdo, fontes, autonomia.
− 3.2. Aplicação das normas previdenciárias.
◦ 3.2.1. Vigência, hierarquia, interpretação e integração.
− 3.3. Orientação dos tribunais superiores.
• 4. Regime Geral de Previdência Social.
− 4.1. Princípios e objetivos.
− 4.1. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
− 4.3. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, atualizada até a data de publicação do edital).
− 4.3. Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, em seu enfoque jurídico, atualizada até a data
do edital (Lei do custeio).
− 4.4 Segurados obrigatórios.
− 4.5. Filiação e inscrição.
− 4.6. Conceito, características e abrangência de: empregado, empregado doméstico,
empresário, contribuinte individual, equiparado ao contribuinte individual, microempreen-
dedor individual (MEI), trabalhador avulso e segurado especial e Segurado facultativo;
− 4.8 conceito, características, filiação e inscrição.
− 4.9. Dos dependentes.
• 5. Trabalhadores excluídos do Regime Geral.
• 6. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário.
• 6. Financiamento da seguridade social.
− 6.1. Receitas da União.
− 6.2. Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador
doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, de concursos de prog-
nósticos e de outras fontes.
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− 6.3. Salário de contribuição.


◦ 6.3.1. Conceito.
◦ 6.3.2. Parcelas integrantes e parcelas não integrantes.
◦ 6.3.3. Limites mínimo e máximo.
◦ 6.3.4. Salário-base: enquadramento, fracionamento, progressão e regressão.
◦ 6.3.5. Proporcionalidade.
◦ 6.3.6. Reajustamento.
− 6.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social
◦ 6.4.1. Obrigações da empresa e demais contribuintes.
◦ 6.4.2. Prazo de recolhimento.
• 7. Responsabilidade solidária: conceito, natureza jurídica e características.
− 7.1. Aplicação na construção civil, na cessão de mão de obra e em grupo econômico.
• 8. Isenções e parcelamentos de contribuições: requisitos, manutenção e perda.
• 9. Crimes contra a seguridade social.
• 9. Infrações à legislação previdenciária.
• 10. Questão do equilíbrio financeiro da Previdência Social.
• 11. Problemas estruturais da Previdência Social.
TODOS os conteúdos acima arrolados foram contemplados no presente Curso de Direito
Previdenciário para a RFB (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos Online). Só que nesta
aula meu objetivo é otimizar sua preparação. Para isso, abordarei de forma objetiva e conci-
sa os conteúdos mais relevantes, ou seja, os conteúdos mais cobrados nas últimas provas.

Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas


Com toda a franqueza que me é característica, inicio este tópico confessando a impossi-
bilidade prática de realizar o mapeamento que seria mais adequado.
É de praxe, nesta Aula 80/20, identificar os conteúdos mais cobrados pela banca a partir
da análise das provas mais recentes.
No entanto, a FGV nunca realizou um concurso para a Receita Federal do Brasil; e a mesma
FGV quase nunca exigiu Direito Previdenciário em suas provas, são pouquíssimas questões
dessa banca, insuficientes para definir o que é, para seus examinadores, relevante.
Acessei, na plataforma Gran Cursos Questões, a área Assuntos Frequentes, filtrei os últi-
mos cinco anos (de 2018 a 2022) da FGV e há apenas noventa questões de Previdenciário da
banca (apenas como comparativo, no mesmo período foram 11.597 questões de português,
6.744 de Matemática e Raciocínio Lógico, 2.860 de Direito constitucional e 2.057 de Direito
Administrativo).
Só que ainda piora: dessas 90 questões, trinta e duas tratam da Lei Orgânica da Assis-
tência Social e outras vinte e três tratam de benefícios previdenciários — nenhum desses
tópicos está em nosso Edital. Então, das 90 questões da banca, no máximo 35 poderiam nos

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dar alguma luz sobre a preferência da FGV. Só que há tão poucas questões sobre a legislação
de custeio previdenciário (o conteúdo primordial da prova da RFB) que, sinceramente, não
vale a pena embasar esta Aula 80/20 no histórico da FGV.
O que fiz, então? Fiz um levantamento das provas da (finada) ESAF dos últimos dez anos.
Também são poucas questões, mas, como essa banca foi a única responsável pelos concur-
sos da RFB, foi possível traçar uma tendência, uma ordem de preferência, que me permitirá
auxiliá-lo(a) nesse direcionamento do estudo, a fim de reforçar seu conhecimento com o
menor esforço possível.
Vamos nos concentrar, então, em quatro pontos e um bônus:
• Financiamento da Seguridade Social – art. 195 da Constituição.
• Contribuições das empresas e dos demais contribuintes.
• Obrigações da empresa e dos demais contribuintes.
• Retenção e responsabilidade solidária.
• E como ponto bônus, vamos revisar a CND — embora não haja histórico relevante de
questões sobre o tema, é inegável que ele tem aparecido mais — então meu palpite é
que aparecerá na prova.
Não vou retomar o conteúdo integral destes tópicos, apenas aquilo que é mais impor-
tante, aquilo que, a partir da análise que fiz, tem mais chances de aparecer na prova. Vamos
ao trabalho?

1. Financiamento da Seguridade Social (art. 195, CF)


Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

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Quais são as contribuições sociais que servem para financiar a seguridade social? São
as que estão nos incisos I a IV do art. 195:
• Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada (art. 195, I):

• Do trabalhador e dos demais segurados da Previdência Social (art. 195, II):

• Sobre a receita de concursos de prognósticos (art. 195, III):

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• Do importador ou equiparado (art. 195, IV):

Competência Residual
Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expan-
são da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Competência residual para instituir


União
contribuições
Não-cumulativos
Não FG ou BC de contribuição
LC – Lei
Novas fontes de recursos prevista na CF/1988
Complementar
STF: podem ter BC e FG
idêntico ao dos impostos
Contribuições previstas na CF LO – Lei Ordinária

Princípio da Contrapartida
“Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou esten-
dido sem a correspondente fonte de custeio total”.
À regra deste parágrafo denominamos regra constitucional da contrapartida, ou princípio
da precedência da fonte de custeio. A fonte de custeio tem que ser criada antes ou, na pior
das hipóteses, juntamente com o benefício/serviço.

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Princípio da Anterioridade Nonagesimal (Noventena)


As contribuições sociais do art. 195 da Constituição só poderão ser exigidas após de-
corridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado.
Elas podem ser exigidas no mesmo exercício financeiro (ou seja, no mesmo ano civil),
mas devem respeitar o interstício de 90 dias.

Alíquotas e Bases de Cálculo Diferenciadas

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Nos quadros mais à direita, os dois tradicionais mnemônicos para fixação dos motivos da
diferenciação de alíquotas e base de cálculo — PUMA ou PACU. Escolha o bicho que achares
mais simpático.

Vedações

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Contribuições inferiores ao limite mínimo


Não será computada como tempo de contribuição a competência na qual a contribuição
do segurado seja inferior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria.
Para cômputo do período, o segurado tem 3 opções: (1) complementar a contribuição; (2)
agrupar diversas contribuições inferiores, a fim de atingir o limite mínimo; ou (3) aproveitar
excedentes de contribuição de uma competência em outra.
Embora as contribuições do art. 195 da Constituição sejam destinadas ao financiamento
da seguridade social como um todo, o legislador constituinte achou por bem assegurar que
as contribuições sociais (1) da empresa sobre a folha de salários (contribuição patronal) e (2)
dos segurados revertam especificamente para o pagamento de benefícios previdenciários.
É por esse motivo que essas exações são denominadas contribuições previdenciárias.

Novas Contribuições Sociais


As Contribuições já previstas no art. 195, incisos I a IV, podem ser criadas por lei ordiná-
ria. Já a criação de novas contribuições deve se dar por lei complementar. Por força do art.
154, I, da Constituição, vemos que essas novas contribuições, quando criadas, não poderão
ter fato gerador e base de cálculo próprios das Contribuições Sociais já discriminadas na
Constituição. Mas, segundo o STF, podem ter base de cálculo e fato gerador idênticos aos
dos impostos.

2. Contribuições (Art. 195, CF)


Contribuição das Empresas

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Contribuição das Instituições Financeiras


Devem recolher, por força do disposto no § 1º do art. 22 da LOCSS, uma contribuição adi-
cional de 2,5% em sua cota patronal. Tal “discriminação” se dá pela aplicação da regra do art.
195, § 6º, da CF, a qual autoriza a instituição de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas.

Contribuição da Cooperativa
A Cooperativa é equiparada a empresa, por força da legislação. Então, todas as contribui-
ções devidas pelas empresas cabem também às cooperativas, quando têm empregados ou
tomam serviço de CIs ou avulsos. A relação da cooperativa com os Contribuintes Individuais
que a integram não é de emprego nem de prestação de serviço; logo, não há recolhimento de
cota patronal sobre o valor por ela repassado aos CIs cooperados.
Hoje a única obrigação da Cooperativa de Trabalho em relação aos seus CIs cooperados é a
retenção e recolhimento da contribuição dos cooperados (20% sobre o salário de contribuição).
Já a cooperativa de produção tem a obrigação de recolher a Contribuição Adicional ao
SAT (6%, 9% ou 12%) sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos seus cooperados
que estejam sujeitos a agentes nocivos no exercício de suas atividades.

Contribuição do Clube de Futebol Profissional

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Contribuição da Agroindústria

Contribuição do Produtor Rural

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Contribuição do Empregador Doméstico

Contribuição dos Segurados


Empregados, avulsos e domésticos
A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada
mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário de contribuição mensal, de
forma progressiva. Cada alíquota incide sobre a parcela do salário de contribuição compreendi-
da em cada faixa. As faixas de incidência, anualmente reajustadas, correspondem em 2022 a:

SC Alíquota
Até R$ 1.212,00 (Sal. Mínimo) 7,5%
De R$ 1.212,01 até R$ 2.427,35 9%
De R$ 2.427,36 até R$ 3.641,03 12%
De R$ 3.641,04 até R$ 7.087,22 14%

Se o segurado empregado, avulso ou doméstico prestar serviços a mais de um emprega-


dor, a contribuição incidirá sobre o total da remuneração recebida em cada fonte pagadora,
salvo se o somatório for superior ao teto máximo. Nessa hipótese, o segurado elegerá a
fonte pagadora que primeiro efetuará o desconto cabendo às que se sucederem efetuar o
desconto sobre a parcela do salário de contribuição complementar até o limite máximo do
salário de contribuição.

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A contribuição sobre o 13º salário é calculada em separado e é devida quando do paga-


mento da última parcela.

Segurado Quem Recolhe a Contribuição

Empregado → Empresa
Avulso Portuário → OGMO
Avulso Não Portuário → Empresa Tomadora
Doméstico → Empregador Doméstico

Contribuintes Individuais
Contribuinte Individual Alíquota
20% – o CI é responsável pelo
Pessoa física
recolhimento
11% retidos pela empresa e
Empresa recolhidos juntamente com a cota
patronal
20% retidos pela empresa e por ela
EBAS – Entidade Beneficente de Assistência Social recolhidos, sem cota patronal (RPS,
art. 216, § 26)

EBAS por intermédio de cooperativa de trabalho 20% retidos pela Cooperativa e por
PRESTA
SERVIÇOS A ela recolhidos.
Pessoa física por intermédio de cooperativa de trabalho
11% retidos pela Cooperativa e
por ela recolhidos, mas sem cota
Empresa por intermédio de cooperativa de trabalho patronal (RPS, art. 201, § 19). Quem
paga a cota patronal, nesse caso, é a
empresa tomadora de serviços.
Outro CI equiparado a empresa
11%, pois deduz 9% em razão
Trabalhador Rural Pessoa Física da existência, no caso, de cota
patronal.
Missão Diplomática e Repartição Consular estrangeiras
CI que opta por receber benefício de valor mínimo 11% sobre o salário mínimo
MEI – Microempreendedor Individual, conforme art. 18-A da LC
5% sobre o salário mínimo
123/2006

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Facultativos

Tanto o CI quanto o facultativo que optam pelo benefício mínimo podem, se assim o de-
sejarem, incrementar suas contribuições a fim de possibilitar o recebimento de prestação de
valor superior, mediante complementação do valor (9% ou 15%), com juros, mas sem multa
(LOCSS, art. 21, § 3º).

Segurados Especiais
Os segurados especiais contribuem para a seguridade social mediante a aplicação da
alíquota de 1,2% sobre a receita bruta da comercialização de sua produção. Recolherão,
ainda, outros 0,1% sobre a mesma base cálculo, destinados especificamente ao custeio das
prestações decorrentes de acidente de trabalho. A contribuição seguindo essa sistemática
garante ao segurado especial o direito a benefícios no valor de um salário mínimo, excluída
a aposentadoria por tempo de contribuição.
Se quiser garantir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e/ou a rendimentos
superiores ao mínimo, pode o segurado especial contribuir sobre seus rendimentos, como
se fosse Contribuinte Individual. Nessa hipótese, além da contribuição normal do segurado
especial, referida no parágrafo anterior, contribuiria com o valor equivalente a 20% de seu
salário de contribuição.

PRPF Segurado Especial


É Contribuinte Individual É Segurado Especial
1,2% da receita bruta como sua
1,2% da receita bruta como cota patronal
X contribuição obrigatória
0,1% de GILRAT 0,1% de GILRAT
Contribuição individual (20%) opcional
Contribuição individual (20%) obrigatória
(continua sendo Segurado Especial)

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Sobre a Receita de Concursos de Prognósticos

Receitas de Outras Fontes


Estão previstas no art. 27 da LOCSS. Merecem destaque as mais presentes em pro-
vas, que são:

Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social:


I – as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; [...]
V – as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; [...]
VII – 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento
da Receita Federal; [...]

3. Obrigações da Empresa e dos demais Contribuintes


3.1. Obrigações Principais
Obrigações da Empresa
Aqui tratamos das obrigações principais, que são aquelas relacionadas diretamente à
arrecadação/recolhimento de contribuições sociais.

• A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a


recolher a contribuição incidente sobre a comercialização da produção do produtor rural
pessoa física e do segurado especial, independentemente de essas operações terem sido
realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física.

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• O produtor rural pessoa jurídica é obrigado a recolher as contribuições incidentes sobre


o total da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção rural.
• A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, in-
clusive em regime de trabalho temporário é obrigada a reter 11% do valor bruto da nota
fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da
mão de obra, a importância retida.

Obrigações dos Demais Contribuintes


• O segurado contribuinte individual, quando exercer atividade econômica por conta pró-
pria ou prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte individual, produtor rural
pessoa física, missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras, ou
quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial inter-
nacional do qual o Brasil seja membro efetivo, e o facultativo são obrigados a recolher
sua contribuição, por iniciativa própria. É facultado ao CI e Facultativo cujos salários de
contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento
trimestral.
• O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a:
− Recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de sua
produção rural, caso comercializem a sua produção com adquirente domiciliado no
exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural
pessoa física ou a outro segurado especial.
− Recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente: (a) da
comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo
respectivo grupo familiar; (b) de comercialização de artesanato com matéria-prima de
outra origem, ou do exercício de atividade artística, desde que a renda mensal destas
atividades não ultrapasse um salário mínimo nacional; (c) de serviços prestados, de
equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que
em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive
hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como
taxa de visitação e serviços especiais.
• O empregador doméstico é obrigado a:
− Arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim
como a parcela a seu cargo, o FGTS, o GILRAT e a reserva para a multa do FGTS até o
dia sete do mês seguinte ao da competência.
− Recolher, durante o período de licença-maternidade da empregada doméstica a seu
serviço, todas as contribuições de sua responsabilidade (cota patronal, GILRAT, FGTS,
reserva para a multa do FGTS), exceto a contribuição do empregado, que é descontada
pelo INSS no ato do pagamento do benefício.

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3.2. Obrigações Acessórias


São assim denominadas a prática ou a abstenção de ato, no interesse da fiscalização e
arrecadação, que não configure obrigação principal (assim entendido o pagamento da con-
tribuição). Tratam, em sua maioria, da prestação de informações e/ou elaboração de docu-
mentos necessários para a fiscalização.
Estão presentes na LOCSS (art. 32) e no RPS (art. 225).
Vou retomar, na lista abaixo, apenas as obrigações acessórias mais relevantes, ou seja,
as que têm mais chance de aparecerem na prova. Por óbvio, se você tiver tempo, o ideal é
revisar a aula correspondente, que aborda TODAS as obrigações.
São obrigações acessórias:
• Preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os se-
gurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva
folha e recibos de pagamentos.
• Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada,
os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as
contribuições da empresa e os totais recolhidos.
• Prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, finan-
ceiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os escla-
recimentos necessários à fiscalização.
• Declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por
esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos
da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho
Curador do FGTS; Tal declaração é feita por meio da GFIP – Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social.
• Comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a ser definido
em regulamento, os valores recolhidos sobre o total de sua remuneração ao INSS.
• A empresa que remunera contribuinte individual é obrigada a fornecer-lhe comprovante
do pagamento do serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do
desconto feito, o número da inscrição do segurado no Instituto Nacional do Seguro Social.
• A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica
obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da merca-
doria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição previdenciária.
• A empresa manterá arquivados os documentos comprobatórios do cumprimento das
obrigações ora estudadas e os documentos comprobatórios do pagamento de benefícios
previdenciários reembolsados até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorren-
tes das operações a que os documentos se refiram.

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• O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar trabalhador tempo-
rário apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos
geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social
e ao FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho
Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará
os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação.

4. Retenção e Responsabilidade Solidária


RETENÇÃO – Art. 31, LOCSS:

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive
em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal
ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a
importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal
ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia,
observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.

Fluxo da retenção:
• 1º passo – uma empresa que contrata determinados serviços por cessão de mão de
obra ou empreitada, tem a obrigação de reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços e recolher esse valor em nome da empresa cedente até o dia
20 do mês seguinte.
• 2º passo – a empresa cedente de mão de obra ou a empreiteira deverá destacar na nota
ou fatura o valor da retenção e tal montante poderá ser compensado por qualquer de seus
estabelecimentos no momento do recolhimento das contribuições destinadas à Seguri-

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dade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. Se o valor retido
for superior ao devido pela cedente, ela poderá (1) guardar o saldo remanescente para
compensação em competências posteriores; ou (2) requerer a restituição do excedente.

O contratado deverá elaborar folha de pagamento e Guia de Recolhimento do Fundo de


Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social distintas para cada esta-
belecimento ou obra de construção civil da empresa contratante do serviço.
O percentual de retenção (11%) será acrescido de quatro, três ou dois pontos percentuais,
relativamente aos serviços prestados pelos segurados empregados, cuja atividade permita
a concessão de aposentadoria especial, após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contri-
buição, respectivamente. Nesse caso a retenção será de 15, 14 ou 13%. É a “versão retenção”
daquela contribuição ADICIONAL AO SAT (LBPS, art. 57, § 6º).
Não esqueça que quando a empresa prestadora de serviços for optante pelo SIMPLES,
não se aplica a regra da retenção.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – ART. 30, VI, LOCSS:

Art. 30.[...] VI – o proprietário, o incorporador definido na Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964,


o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação
da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subemprei-
teira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito
regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este
devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese,
o benefício de ordem;

TODO MUNDO ENVOLVIDO NA OBRA É DEVEDOR.


Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de
prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou
incorporador de imóveis, ficando eles solidariamente responsáveis com o construtor.

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A responsabilidade solidária na construção civil será elidida pela comprovação do reco-


lhimento das contribuições.

5. Prova da Inexistência de Débito

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Exige-se a CND:

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Será, por fim, emitida a Certidão Positiva de Débito (CPD) quando o contribuinte requerer
CND e se constatar a falta de recolhimento de contribuições devidas, atualização monetária,
multa e juros moratórios, a existência de débitos constituídos e não contestados, ou consi-
derados definitivos, ou ainda no caso do débito contestado parcialmente e que a parte não
contestada não tenha sido objeto de pagamento ou parcelamento.

Não depende da apresentação da CND:


a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificação,
ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova;
b) a constituição de garantia para concessão de crédito rural, desde que o PRPF ou Se-
gurado Especial não seja responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a sua
produção para a Seguridade Social;

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c) a averbação de obra de construção civil relativa a imóvel cuja construção tenha sido
concluída antes de 22 de novembro de 1966;
d) o recebimento pelos Municípios de transferência de recursos destinados a ações de
assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade pública;
e) a averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária
de interesse social;
f) a alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo, que
envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda de imóveis, locação,
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imó-
veis destinados à venda, desde que o imóvel objeto da transação esteja contabilmente lançado
no ativo circulante e não conste, nem tenha constado, do ativo não circulante da empresa;
g) os atos relativos à transferência de bens envolvendo a arrematação, a desapropriação de
bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem como nas ações de usucapião de bens móveis
ou imóveis nos procedimentos de inventário e partilha decorrentes de sucessão causa mortis;
h) em qualquer caso, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a cadu-
cidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura
devido, juros de mora e penalidades cabíveis.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A Constituição Federal do Brasil estabelece regramento
quanto ao custeio ou financiamento da seguridade social. Nesse sentido, é correto afirmar:
a) A contribuição social da empresa incidirá exclusivamente sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos a pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo
empregatício.
b) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) As contribuições sociais só poderão ser exigidas no exercício financeiro posterior ao que foi
publicada a lei que as houver instituído ou majorado.
d) A condição estrutural do mercado de trabalho ou a utilização intensiva de mão de obra não
são fatores que podem ocasionar diferenciação de alíquotas ou base de cálculo das contribui-
ções sociais do empregador ou da empresa.
e) Os benefícios da seguridade social não podem ser criados ou majorados sem a correspon-
dente fonte de custeio total, regra essa que não se aplica aos serviços da seguridade social.

002. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013/ADAPTADA) Consoante a CF, a


totalidade do financiamento da seguridade social provém de recursos
a) das contribuições previdenciárias e sociais.
b) das receitas das contribuições previdenciárias.
c) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das contribui-
ções previdenciárias.
d) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das contribui-
ções sociais.
e) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, das contribui-
ções previdenciárias e da iniciativa privada.

003. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Acerca da organização da segu-


ridade social, assinale a opção correta.
a) Nos estados, a elaboração do orçamento da seguridade social deve ser realizada por um
único órgão, que será também o responsável pela sua execução.
b) Apesar de a elaboração da proposta de orçamento da seguridade social ser efetuada de
forma integrada pelos órgãos por ela responsáveis, a execução do orçamento é realizada por
cada área separadamente.
c) No âmbito federal, não é necessária a submissão das propostas orçamentárias para a se-
guridade social à apreciação do Congresso Nacional, sendo suficiente sua aprovação pelo
Ministério da Previdência Social.

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d) Para a elaboração do orçamento nacional de seguridade social, devem-se integrar os recursos


financeiros da seguridade social provenientes dos orçamentos dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios ao orçamento federal.
e) O orçamento nacional da seguridade social é constituído por recursos de natureza pública
e privada.
004. (AOCP/PREF. MUN. VALENÇA-BA/TÉCNICO AMBIENTAL/2016) Assinale a alternativa
correta sobre os objetivos e fontes de financiamento da Seguridade Social.
a) A seguridade tem como objetivo o tratamento desigual entre as populações urbanas e rurais,
tendo em vista as peculiaridades de cada uma.
b) O empregador contribuir apenas sobre a folha de salário.
c) Além das fontes de custeio expressamente previstas na Constituição, a lei poderá, obedeci-
dos os limites impostos na própria Constituição, instituir outras fontes destinadas a garantir a
manutenção ou expansão da seguridade social.
d) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social, não podendo a lei exigir delas o cumprimento de qualquer exigência para que possam
gozar dessa imunidade.
e) As contribuições sociais para a seguridade social podem ser exigidas imediatamente após
a publicação da lei que as houver instituído.
005. (COM. EXAM. TRT2/TRT 2ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2015) Em relação aos prin-
cípios constitucionais da seguridade social, aponte a alternativa CORRETA.
a) O princípio da universalidade de cobertura prevê a participação equitativa de trabalhadores,
empregadores e Poder Público no custeio da seguridade social.
b) O princípio da anterioridade nonagesimal estipula que a definição do valor dos benefícios
deve preservar a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços do sistema da seguri-
dade social.
c) A Constituição Federal veda a instituição de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas para
as contribuições devidas à seguridade social em razão do porte da empresa ou da condição
estrutural do mercado de trabalho.
d) É princípio constitucional específico o da seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços, sendo que o primeiro implica a escolha das necessidades que o sistema
poderá proporcionar às pessoas e o segundo implica a necessidade da solidariedade para
serem distribuídos recursos.
e) A solidariedade é um princípio constitucional específico que prevê a necessidade de que pri-
meiro exista a fonte de custeio para depois ser criado benefício ou serviço da seguridade social.
006. (VUNESP/VALIPREV/ANALISTA DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS/2020) Assinale
a alternativa correta sobre o custeio da seguridade social.
a) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto as contri-
buições sociais do empregador e da empresa.

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b) A lei não poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou a expansão
da seguridade social.
c) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União.
d) Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
e) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social poderá contratar com o
Poder Público, porém dele não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
007. (IDIB/CREMERJ/ADVOGADO/2019) Com base nas disposições constitucionais sobre
o custeio da Seguridade Social, analise os itens abaixo:
I – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
II – A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios.
III – As contribuições sociais sobre a receita de concursos de prognósticos só poderão ser
exigidas no exercício financeiro seguinte à data da publicação da lei que as houver instituído
ou modificado.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
008. (ITAME/CÂM. MUN. CALDAZINHA-GO/ADVOGADO/2019) Na relação de custeio da
Seguridade Social, aplica-se o princípio de que todos que compõem a sociedade devem
colaborar para a cobertura dos riscos provenientes da perda ou redução da capacidade de
trabalho ou dos meios de subsistência. Nesse contexto, é incorreto afirmar que:
a) Nos termos do § 6º do art. 195 da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após
decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
não sendo aplicado, portanto, o disposto no art. 150, III, “b”.
b) De acordo com o art. 27 da Lei n. 8.212/91, constituem outras receitas da Seguridade Social,
dentre outras, a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança
prestados a terceiros.
c) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das receitas da União, das
contribuições sociais e de outras fontes.
d) A contribuição dos empregados domésticos não está inserida no rol de fontes de custeio da
Seguridade Social.

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009. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) A contribuição a cargo da em-


presa, destinada à Seguridade Social, para o financiamento do benefício previsto nos Arts.
57 e 58 da Lei n. 8.213/1991 (Aposentadoria Especial), e daqueles concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho,
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos, é de 1% para as empresas em cuja atividade
a) preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas
em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas
em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
b) periférica o risco de acidentes que não do trabalho seja considerado leve; 2% para as empre-
sas em cuja atividade periférica esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
c) preponderante o risco de insalubridade seja considerado grave; 2% para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja considerado leve; e 3% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado médio.
d) preponderante o risco atuarial seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja atividade
preponderante esse risco seja considerado grave; e 3% para as empresas em cuja atividade
preponderante esse risco seja considerado médio.
e) preponderante o risco de penosidade seja considerado grave; 2% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado leve.
010. (VUNESP/UNICAMP/PROCURADOR DE UNIVERSIDADE ASSISTENTE/2018) A respei-
to das disposições constitucionais sobre a seguridade social, assinale a alternativa correta.
a) As receitas dos Estados e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União.
b) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, poderá contratar com o
Poder Público e dele receber benefícios fiscais, excluídos apenas os creditícios.
c) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
d) A lei não poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social além daquelas previstas na Constituição.
e) Há benefícios da seguridade social que podem ser criados, majorados ou estendidos sem a
correspondente fonte de custeio total, tendo em vista a solidariedade.
011. (FEPESE/CELESC/CONTADOR/2019) Considere a seguinte situação hipotética:
No mês de fevereiro de 2019, uma empresa distribuidora de energia elétrica (não enquadrada no
Simples Nacional) contratou por R$ 5.000 o sr. Silva Brasil, pessoa física, engenheiro e segurado
pela previdência social como contribuinte individual, para realizar um serviço técnico e emitir
laudo de impacto ambiental. O pagamento foi realizado em fevereiro de 2019 e nesse mês o sr.
Silva Brasil não realizou outros serviços ou manteve relação de emprego.

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Nesse caso, de acordo com o Decreto Federal n. 3.048/99, a empresa contratante deverá:
a) Reter 11% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
b) Acrescer 11% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
c) Reter 20% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
d) Não realizar qualquer tipo de retenção ou contribuição à seguridade social, já que é de res-
ponsabilidade do contribuinte individual o pagamento mensal dos valores devidos.
e) Acrescer 20% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
012. (FUNDEP/CODEMIG/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) A arrecadação e o recolhi-
mento, por parte das empresas, das contribuições ou de outras importâncias devidas à Segu-
ridade Social obedecem às normas previstas na Lei n. 8.212/1991, que incluem as seguintes
obrigações, EXCETO:
a) A empresa é obrigada a arrecadar mensalmente as contribuições dos segurados emprega-
dos e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração desses
segurados.
b) A empresa é obrigada a recolher os valores arrecadados dos empregados, assim como as
contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações, a qualquer título, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço.
c) A empresa é obrigada a recolher mensalmente o valor das contribuições arrecadadas dos
empregados e das suas contribuições até o dia 20 do mês subsequente ao da competência.
d) A empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados contribuinte individual e
facultativo, que não podem contribuir por iniciativa própria, sendo o recolhimento até o dia 15
do mês seguinte ao da competência.
013. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) A empresa é obrigada a preparar
folhas de pagamento
a) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os
padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
b) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
c) apenas das remunerações creditadas a alguns dos segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
d) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo
com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
e) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
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014. (VUNESP/PAULIPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2018) No que diz respeito à Cer-


tidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, assinale a alternativa que
está de acordo com o disposto na Lei n. 8.212/91.
a) A prova de inexistência de débito, quando exigível ao incorporador, independe da apresentada
no registro de imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação.
b) O documento comprobatório de inexistência de débito não poderá ser apresentado por cópia
autenticada, devendo-se apresentar o documento original, independentemente da indicação de
sua finalidade.
c) O prazo de validade da Certidão Negativa de Débito – CND é de noventa dias, contados da
sua emissão, podendo ser ampliado por regulamento para até cento e cinquenta dias.
d) A prova de inexistência de débito deve ser exigida da empresa somente em relação à sede
do estabelecimento, não abrangendo as obras de construção civil, independentemente do local
onde se encontrem.
e) Depende de prova de inexistência de débito a lavratura ou assinatura de instrumento, o ato
ou contrato que constitua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já
foi feita a prova.
015. (NC-UFPR/FOZPREV/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) Conforme a Lei n. 8.212/1991,
a Certidão Negativa de Débito (CND):
a) deve ser exigida da empresa e do proprietário da empresa nos casos envolvendo contratação
com o setor público.
b) deve ser exigida da empresa e do proprietário da empresa nos casos envolvendo contratação
com o setor público e com o privado.
c) é exigida da empresa nos casos envolvendo contratação com o setor público, e do proprietário
da empresa quando da averbação de obra de construção civil, no Registro de Imóveis.
d) não será emitida quando houver créditos não vencidos ou em curso de cobrança.
e) poderá ser substituída pela Certidão Positiva de Débitos, com efeito de negativa (CPD-EN),
quando houver créditos não vencidos ou em curso de cobrança executiva, conforme requisi-
tos legais.

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GABARITO

1. b
2. d
3. b
4. c
5. d
6. d
7. b
8. d
9. a
10. c
11. a
12. d
13. b
14. a
15. e

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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A Constituição Federal do Brasil estabelece regramento
quanto ao custeio ou financiamento da seguridade social. Nesse sentido, é correto afirmar:
a) A contribuição social da empresa incidirá exclusivamente sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos a pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo
empregatício.
b) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) As contribuições sociais só poderão ser exigidas no exercício financeiro posterior ao que foi
publicada a lei que as houver instituído ou majorado.
d) A condição estrutural do mercado de trabalho ou a utilização intensiva de mão de obra não
são fatores que podem ocasionar diferenciação de alíquotas ou base de cálculo das contribui-
ções sociais do empregador ou da empresa.
e) Os benefícios da seguridade social não podem ser criados ou majorados sem a correspon-
dente fonte de custeio total, regra essa que não se aplica aos serviços da seguridade social.

No enunciado a banca já diz, claramente, que deseja a resposta com base na Constituição. Mais
que isso, nos orienta a analisar o regramento constitucional quanto ao custeio ou financiamento
da Seguridade Social. Uma das primeiras coisas que TODO estudante de Previdenciário sabe é
que essas regras estão no art. 195 da nossa Carta Magna.
Com isso em mente, vamos analisar, uma a uma, as proposições:
a) Errada. Concurseiro experiente já acende todas as luzes de alerta possíveis ao ler aquele
exclusivamente enfiado ali no texto. Palavras dessa estirpe são, muitas vezes — nem sempre,
OK? — indicativo de erro na proposição.
Leia o art. 195, I, da CF e verá que as empresas contribuem sobre outras bases, não apenas a
folha de salários:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;

b) Certa. Aqui está o gabarito. Como é de costume em se tratando de FCC, temos mera litera-
lidade normativa:
Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

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c) Errada. De fato, existe na Constituição o chamado princípio da anterioridade, aplicável aos


tributos em geral. Segundo este princípio, é proibido cobrar tributos no mesmo exercício finan-
ceiro — ou seja, no mesmo ano — da publicação da lei que os instituiu ou aumentou.
Mas estamos falando do custeio da seguridade social. Embora as contribuições sociais sejam
tributos, conforme firme entendimento do STF, a elas não se aplica o princípio da anterioridade.

Quer dizer que se uma contribuição social for aumentada HOJE, o novo valor já pode ser
cobrado AMANHÃ?

NÃO. Não vamos exagerar, a bagunça não é tão grande assim!


Veja a seguinte disposição constitucional:

Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

Esta é a chamada anterioridade nonagesimal, ou anterioridade mitigada ou, ainda, noventena.


Observe o trecho grifado ao final do parágrafo. Não se aplica às contribuições sociais do art. 195
da Constituição — as contribuições à seguridade social — o disposto no art. 150, III, “b”. Esse é,
não por acaso, o dispositivo constitucional que estabelece o princípio da anterioridade tributária:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]
III – cobrar tributos: [...]
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

Resumindo toda essa novela: publicada lei instituindo ou aumentando contribuição social,
sua exigência poderá iniciar 90 dias após a publicação, mesmo que em um mesmo exercício
financeiro.
IMPORTANTE: QUANDO UMA CONTRIBUIÇÃO FOR REDUZIDA NÃO HÁ NECESSIDADE DE OB-
SERVAR A NOVENTENA.
Ficou tudo claro?
d) Errada. A CF permite a instituição de alíquotas diferenciadas, nas contribuições sobre folha
de salários, receita, faturamento e lucro. Permite, também, a instituição de bases de cálculo
diferenciadas, apenas nas contribuições sobre receita, faturamento e lucro. Os critérios autori-
zadores dessas alíquotas e/ou bases de cálculo diferenciadas são PUMA ou PACU.

Art. 195. [...] § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter
alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra,
do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a
adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do caput.

Como os fatores mencionados no enunciado estão no § 9º, só nos resta condenar a proposição.
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e) Errada. A própria redação do enunciado, um tanto truncada, já mostra que há deliberada


intenção de distorcer uma regra constitucional. Vejamos:

Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Simples assim.
Letra b.

002. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013/ADAPTADA) Consoante a CF, a


totalidade do financiamento da seguridade social provém de recursos
a) das contribuições previdenciárias e sociais.
b) das receitas das contribuições previdenciárias.
c) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das contribui-
ções previdenciárias.
d) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das contribui-
ções sociais.
e) dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, das contribui-
ções previdenciárias e da iniciativa privada.

Questãozinha FACÍLIMA, extraída de um concurso para Juiz do Trabalho. Aí o sujeito pensa o


seguinte: “se até pra juiz caem questões bobas assim, por que vou me desesperar?”
É por aí mesmo, colega. Às vezes as bancas se superam na maldade, mas muitas vezes temos
questões que por pouco não vêm precedidas da frase “PARA NÃO ZERAR A PROVA” em letras
garrafais.
Para matar essa questão só precisamos do caput do art. 195 da Constituição.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

As assertivas erradas são TÃO erradas, que há apenas UMA com chance de ser correta.
Letra d.

003. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Acerca da organização da segu-


ridade social, assinale a opção correta.
a) Nos estados, a elaboração do orçamento da seguridade social deve ser realizada por um
único órgão, que será também o responsável pela sua execução.
b) Apesar de a elaboração da proposta de orçamento da seguridade social ser efetuada de
forma integrada pelos órgãos por ela responsáveis, a execução do orçamento é realizada por
cada área separadamente.

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c) No âmbito federal, não é necessária a submissão das propostas orçamentárias para a se-
guridade social à apreciação do Congresso Nacional, sendo suficiente sua aprovação pelo
Ministério da Previdência Social.
d) Para a elaboração do orçamento nacional de seguridade social, devem-se integrar os recursos
financeiros da seguridade social provenientes dos orçamentos dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios ao orçamento federal.
e) O orçamento nacional da seguridade social é constituído por recursos de natureza pública
e privada.

a) Errada. Essa previsão do enunciado contraria o art. 195, § 2º da CF:

Art. 195. [...] § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos.

b) Certa. É exatamente o que consta na parte final o art. 195, § 2º, já transcrito.
c) Errada. Esta assertiva foge um pouco do nosso foco de estudo, mas não é nada que possa
nos atrapalhar. Vamos retroceder um pouquinho na CF, chegando ao art. 165:

Art. 165. [...] § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da admi-
nistração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

O orçamento da seguridade social, portanto, integra a lei orçamentária anual. E o que nos diz
o art. 166?

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.

Entendido?
d) Errada. Nessa você não caiu, né? De volta ao art. 195 da CF:

Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

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e) Errada. Para fechar a questão, vamos ao caput do art. 195 da CF:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

Se os recursos são dos orçamentos dos entes estatais e de contribuições sociais, não têm
natureza privada, mas pública. Simples assim.
Não confunda “natureza” dos recursos com “origem”. TODOS os recursos públicos têm origem
privada. Impostos, taxas, contribuições, que são pagos pelas pessoas físicas e jurídicas. Mas
uma vez integrados ao orçamento, adquirem natureza pública.
Letra b.

004. (AOCP/PREF. MUN. VALENÇA-BA/TÉCNICO AMBIENTAL/2016) Assinale a alternativa


correta sobre os objetivos e fontes de financiamento da Seguridade Social.
a) A seguridade tem como objetivo o tratamento desigual entre as populações urbanas e rurais,
tendo em vista as peculiaridades de cada uma.
b) O empregador contribuir apenas sobre a folha de salário.
c) Além das fontes de custeio expressamente previstas na Constituição, a lei poderá, obedeci-
dos os limites impostos na própria Constituição, instituir outras fontes destinadas a garantir a
manutenção ou expansão da seguridade social.
d) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social, não podendo a lei exigir delas o cumprimento de qualquer exigência para que possam
gozar dessa imunidade.
e) As contribuições sociais para a seguridade social podem ser exigidas imediatamente após
a publicação da lei que as houver instituído.

a) Errada. Ao contrário do afirmado nessa absurda assertiva, a CF assegura a uniformidade e


equivalência dos benefícios e serviços:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-
deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com
base nos seguintes objetivos: [...]
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

b) Errada. Saindo do art. 194 e chegando ao 195, onde permaneceremos até o fim da questão.
Conhecendo a sede arrecadatória do Estado, acredita que haveria alguma chance de estar
correta esta proposição?

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, n:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;

c) Certa. Temos o gabarito, colega. Não bastasse a previsão de uma lista razoável de con-
tribuições sociais na CF, o legislador constitucional autorizou a criação de outras fontes de
recursos. Duvida?

Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou ex-
pansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Os tais “limites impostos na própria Constituição” estão presentes no art. 154, I, da CF, que o
dispositivo transcrito determina que seja observado.

Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;

Nenhum reparo a fazer ao enunciado.

Peraí, professor! Eu estudei que essas novas contribuições devem ser criadas por lei com-
plementar, justamente por causa do 154, I. Essa assertiva fala apenas em ‘lei’. Não está
errada?!

Muito bem observado. Normalmente, quando algum tema é matéria de lei complementar e as
questões falam só em “lei”, há erro. Nesse caso específico, contudo, ouso afirmar que NÃO há
problema. Isso porque a imprecisão foi DO LEGISLADOR CONSTITUCIONAL, que só fala em
“lei” no art. 195, § 4º.
Se na Constituição consta apenas “lei”, não posso julgar errado um enunciado que faz pratica-
mente cópia literal da disposição constitucional. De acordo?
d) Errada. Sem chance de ser verídica essa afirmação! Não existe dispensa de pagamento de
tributo sem uma contrapartida. Alguma informação, alguma exigência, algum procedimento,
sempre precisa ser realizado para justificar a isenção/imunidade.

Art. 195. [...] § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

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e) Errada. Já ouviu falar em noventena?

Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

Tudo entendido?
Letra c.

005. (COM. EXAM. TRT2/TRT 2ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2015) Em relação aos prin-


cípios constitucionais da seguridade social, aponte a alternativa CORRETA.
a) O princípio da universalidade de cobertura prevê a participação equitativa de trabalhadores,
empregadores e Poder Público no custeio da seguridade social.
b) O princípio da anterioridade nonagesimal estipula que a definição do valor dos benefícios
deve preservar a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços do sistema da seguri-
dade social.
c) A Constituição Federal veda a instituição de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas para
as contribuições devidas à seguridade social em razão do porte da empresa ou da condição
estrutural do mercado de trabalho.
d) É princípio constitucional específico o da seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços, sendo que o primeiro implica a escolha das necessidades que o sistema
poderá proporcionar às pessoas e o segundo implica a necessidade da solidariedade para
serem distribuídos recursos.
e) A solidariedade é um princípio constitucional específico que prevê a necessidade de que pri-
meiro exista a fonte de custeio para depois ser criado benefício ou serviço da seguridade social.

a) Errada. O princípio da UCA, ou Universalidade da Cobertura e do Atendimento diz exatamente


o que o nome significa, ou seja:
- Que a seguridade social deve cobrir todos os riscos e contingências que possam necessitar
de atenção – universalidade da cobertura.
- Que a seguridade social deve estar disponível a todas as pessoas no território nacional – uni-
versalidade do atendimento.
O princípio constitucional que trata da participação equitativa no custeio — traduzido, de forma
simplista, para quem pode mais, paga mais — é o da EFPC, ou Equidade na Forma de Participa-
ção no Custeio (CF, art. 194, parágrafo único, V).
b) Errada. Por favor, colega, você não caiu nessa, né? As palavras precisam significar alguma
coisa. O que, raios, anterioridade nonagesimal teria a ver com uniformidade e equivalência dos
benefícios e serviços?

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O princípio constitucional da UE, ou Uniformidade e Equivalência dos benefícios e serviços às popula-


ções urbanas e rurais estabelece apenas a isonomia entre as duas populações. Isonomia no sentido
normativo — igualando os iguais e diferenciando os desiguais na exata medida em que se desigualam.
Preceitua essa disposição que:
1. A proteção social deve ser uniforme – os mesmos benefícios e serviços prestados à popula-
ção urbana devem ser assegurados à população rural, obviamente frente ao cumprimento dos
mesmos requisitos.
2. A renda dos benefícios deve ser equivalente – para quem contribui mensalmente, efetua-se o
cálculo do benefício; para os que contribuem esporadicamente, como os segurados especiais,
benefício mínimo;
3. A qualidade dos serviços também deve ser equivalente.
E o princípio da anterioridade nonagesimal? A famosa noventena, colega, é uma regra tão clara
que dispensa comentários, basta a transcrição da CF:
Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

Absolutamente nada a ver com o princípio da UE, não é mesmo?


c) Errada. Não falamos, ao comentar a letra “a”, do princípio da EFPC? Eu não disse que este princípio
também se traduz por quem pode mais, paga mais? Vale destacar que é um princípio constitucional
da seguridade social, ou seja, ele fixa normas gerais que devem ser observadas pelo legislador.
E a criação da possibilidade de instituição de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas não
seria uma das formas, justamente, de homenagear este princípio da EFPC?
Lógico que seria! Então, prezado(a), não há como concordar com o que afirma este enunciado.
A CF permite a instituição de alíquotas e bases de cálculo diferenciadas. E essa permissão se
dá não apenas com os fundamentos mencionados na proposição. Veja só:
Art. 195. [...] § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter
alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra,
do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a
adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do caput.

Posso prosseguir??
d) Certa. Aqui não há muito o que comentar. O princípio da SD é princípio constitucional especí-
fico? SIM. Está arrolado no art. 194 da CF, que trata justamente dos princípios constitucionais
da seguridade social:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-
deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com
base nos seguintes objetivos: [...]
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

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Fora isso, nenhum reparo a fazer, a conceituação de seletividade e distributividade está perfeita
no enunciado.
À seletividade compete justamente mitigar o princípio da universalidade, diante da dura realidade
segundo a qual os cofres públicos não são ilimitados, e é indispensável ao legislador definir
prioridades.
Já a distributividade direciona a vontade do legislador ao atendimento dos mais necessitados,
favorecendo a distribuição de renda. Simples assim.
e) Errada. O princípio da solidariedade não é específico da seguridade social — ou seja, ele não é
exclusivo da seguridade social. A solidariedade é um objetivo fundamental da República Federa-
tiva do Brasil (Constituição, art. 3º, I) e norteia boa parte das disposições de nossa Constituição
cidadã. Não há, no art. 194, nenhuma menção expressa à solidariedade.
Este ponto, para mim, já bastaria para confirmar o erro da proposição. No entanto, o examinador
faz uma confusão danada, misturando solidariedade com o chamado princípio da precedência
de custeio. Como o próprio nome diz, é esse o princípio que prevê a necessidade de prévia
fonte de custeio para a criação de benefício ou serviço. A solidariedade, aplicada à seguridade
social, apenas assegura que toda a sociedade seja responsável pelo seu financiamento, não
tem relação com a precedência de fontes de custeio.

Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Tudo entendido?
Letra d.

006. (VUNESP/VALIPREV/ANALISTA DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS/2020) Assinale


a alternativa correta sobre o custeio da seguridade social.
a) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto as contri-
buições sociais do empregador e da empresa.
b) A lei não poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou a expansão
da seguridade social.
c) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União.
d) Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
e) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social poderá contratar com o
Poder Público, porém dele não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

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a) Errada. A seguridade social será financiada por toda a sociedade por meio de recursos orça-
mentários e das contribuições sociais. Não sou eu que digo isso, é a Constituição.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

b) Errada. Se a seguridade social é tão importante, por que seria proibido pensar em sua expan-
são? Basta observar algumas regras para instituir novas fontes de recursos, e pronto.

Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou ex-
pansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

c) Errada. Pegadinha clássica envolvendo essa previsão constitucional. As receitas dos estados,
DF e municípios destinadas à seguridade social são deles, e só. A União não se envolve.

Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

d) Certa. Esse enunciado traz o princípio da contrapartida, ou da preexistência da fonte de custeio.

Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

e) Errada. Pessoa jurídica que esteja devendo para o poder público não pode com ele contratar.

Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabe-
lecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

Letra d.

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007. (IDIB/CREMERJ/ADVOGADO/2019) Com base nas disposições constitucionais sobre


o custeio da Seguridade Social, analise os itens abaixo:
I – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
II – A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios.
III – As contribuições sociais sobre a receita de concursos de prognósticos só poderão ser
exigidas no exercício financeiro seguinte à data da publicação da lei que as houver instituído
ou modificado.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I – Certo. Cópia literal de um parágrafo do art. 195 da Constituição:

Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

II – Certo. Cópia literal de outro parágrafo do art. 195 da CF:

Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabe-
lecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

III – Errado. Essa regra de exigibilidade apenas no exercício financeiro seguinte é o chamado
princípio da anterioridade tributária, e não se aplica às contribuições sociais.
A única “trava” existente em relação às contribuições sociais é a chamada anterioridade nonage-
simal, ou noventena. O dispositivo da Constituição que a prevê é o mesmo que, expressamente,
afasta a incidência do princípio da anterioridade tributária no caso das contribuições sociais.

Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

Se estão corretas a I e a II, qual é o gabarito?


Letra b.

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008. (ITAME/CÂM. MUN. CALDAZINHA-GO/ADVOGADO/2019) Na relação de custeio da


Seguridade Social, aplica-se o princípio de que todos que compõem a sociedade devem
colaborar para a cobertura dos riscos provenientes da perda ou redução da capacidade de
trabalho ou dos meios de subsistência. Nesse contexto, é incorreto afirmar que:
a) Nos termos do § 6º do art. 195 da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após
decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
não sendo aplicado, portanto, o disposto no art. 150, III, “b”.
b) De acordo com o art. 27 da Lei n. 8.212/91, constituem outras receitas da Seguridade Social,
dentre outras, a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança
prestados a terceiros.
c) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das receitas da União, das
contribuições sociais e de outras fontes.
d) A contribuição dos empregados domésticos não está inserida no rol de fontes de custeio da
Seguridade Social.

a) Certa. Quando a banca aponta a norma na qual devemos nos embasar para julgar a questão,
já é fácil. Quando aponta a norma, o artigo e o parágrafo, é só correr pro abraço.
O enunciado é cópia do art. 195, § 6º, da CF. Então, não tem como estar errado.

Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.

b) Certa. O art. 27 da LOCSS (Lei n. 8.212/1991) traz um rol bem variado de outras fontes de
recursos da seguridade social. Será que aquele mencionado no enunciado está nessa lista?

Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social: [...]


II – a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a
terceiros;

c) Certa. É exatamente isso que prevê o art. 11 da LOCSS.

Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:
I – receitas da União;
II – receitas das contribuições sociais;
III – receitas de outras fontes.

d) Errada. Finalmente, o gabarito. O empregado doméstico é um dos segurados do regime geral.


As contribuições dos segurados estão entre as fontes de custeio da seguridade social, não é?
Você escolhe o fundamento. Pode ser o artigo 195 da Constituição.

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: [...]
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;

Ou, se preferir, o art. 11 da LOCSS.


Art. 11. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;

Letra d.

009. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) A contribuição a cargo da em-


presa, destinada à Seguridade Social, para o financiamento do benefício previsto nos Arts.
57 e 58 da Lei n. 8.213/1991 (Aposentadoria Especial), e daqueles concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho,
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos, é de 1% para as empresas em cuja atividade
a) preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas
em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas
em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
b) periférica o risco de acidentes que não do trabalho seja considerado leve; 2% para as empre-
sas em cuja atividade periférica esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
c) preponderante o risco de insalubridade seja considerado grave; 2% para as empresas em
cuja atividade preponderante esse risco seja considerado leve; e 3% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado médio.
d) preponderante o risco atuarial seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja atividade
preponderante esse risco seja considerado grave; e 3% para as empresas em cuja atividade
preponderante esse risco seja considerado médio.
e) preponderante o risco de penosidade seja considerado grave; 2% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado médio; e 3% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado leve.

Direto ao ponto. Leia o art. 22, II, da LOCSS.


Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de: [...]
II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de
1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decor-
rente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no
decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

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a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado grave.

Apenas uma das proposições corresponde com precisão à disposição normativa. Não há ne-
cessidade de muito esforço intelectual para perceber qual é.
Letra a.

010. (VUNESP/UNICAMP/PROCURADOR DE UNIVERSIDADE ASSISTENTE/2018) A respei-


to das disposições constitucionais sobre a seguridade social, assinale a alternativa correta.
a) As receitas dos Estados e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União.
b) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, poderá contratar com o
Poder Público e dele receber benefícios fiscais, excluídos apenas os creditícios.
c) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
d) A lei não poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social além daquelas previstas na Constituição.
e) Há benefícios da seguridade social que podem ser criados, majorados ou estendidos sem a
correspondente fonte de custeio total, tendo em vista a solidariedade.

a) Errada. As receitas dos estados e municípios não integram o orçamento da União. Não integram.

Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

b) Errada. Você sabe tão bem quanto eu que a pessoa jurídica em débito com o sistema de
seguridade social não pode contratar como poder público.

Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabele-
cido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

c) Certa. Não vale a pena entrar na discussão isenção x imunidade. A Constituição, embora
tecnicamente incorreta, usa o termo isenção. O enunciado copia literalmente o que diz a Cons-
tituição. Então, só pode estar correto.

Art. 195. [...] § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

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d) Errada. A lei poderá, desde que observe as regras impostas pela Constituição, instituir outras
fontes de recursos.

Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expan-
são da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

e) Errada. A Constituição é mais que clara ao dizer que nenhum benefício ou serviço da segu-
ridade social pode desrespeitar ao princípio da contrapartida.

Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Letra c.

011. (FEPESE/CELESC/CONTADOR/2019) Considere a seguinte situação hipotética:


No mês de fevereiro de 2019, uma empresa distribuidora de energia elétrica (não enquadrada no
Simples Nacional) contratou por R$ 5.000 o sr. Silva Brasil, pessoa física, engenheiro e segurado
pela previdência social como contribuinte individual, para realizar um serviço técnico e emitir
laudo de impacto ambiental. O pagamento foi realizado em fevereiro de 2019 e nesse mês o sr.
Silva Brasil não realizou outros serviços ou manteve relação de emprego.
Nesse caso, de acordo com o Decreto Federal n. 3.048/99, a empresa contratante deverá:
a) Reter 11% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
b) Acrescer 11% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
c) Reter 20% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
d) Não realizar qualquer tipo de retenção ou contribuição à seguridade social, já que é de res-
ponsabilidade do contribuinte individual o pagamento mensal dos valores devidos.
e) Acrescer 20% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.

Aqui trataremos de obrigações da empresa em relação aos segurados que lhe prestam serviços.
Vamos ver o que diz o RPS (Decreto n. 3.048/1999) acerca do caso do sr. Silva Brasil?

Art. 216. A arrecadação e o recolhimento das contribuições e de outras importâncias devidas à


seguridade social, observado o que a respeito dispuserem o Instituto Nacional do Seguro Social e
a Secretaria da Receita Federal, obedecem às seguintes normas gerais:
I – a empresa é obrigada a:
a) arrecadar a contribuição do segurado empregado, do trabalhador avulso e do contribuinte in-
dividual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração;

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b) recolher o produto arrecadado na forma da alínea “a” e as contribuições a seu cargo incidentes
sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, inclusive adiantamentos
decorrentes de reajuste salarial, acordo ou convenção coletiva, aos segurados empregado, contri-
buinte individual e trabalhador avulso a seu serviço, e sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura
de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de
cooperativas de trabalho, até o dia vinte do mês seguinte àquele a que se referirem as remunerações,
bem como as importâncias retidas na forma do art. 219, até o dia vinte do mês seguinte àquele
da emissão da nota fiscal ou fatura, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente
anterior quando não houver expediente bancário no dia vinte; [...]
§ 26. A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida ou
creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contri-
buição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se tratar
de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais.

Traduzindo todo o palavrório anterior, a empresa tem a obrigação de:


• Descontar da remuneração do contribuinte individual a contribuição de 11% sobre o va-
lor pago, limitado ao teto do RGPS. Se o valor pago pelo serviço for superior ao teto, o
desconto deve limitar-se a 11% do teto. Não é esse o caso do enunciado, o sr. Silva Brasil
recebeu pelo serviço valor inferior ao limite máximo, então o desconto de 11% incide
sobre o total pago.
• Recolher a contribuição que descontou do segurado.
• Recolher sua cota patronal, de 20% sobre o valor pago. Vale lembrar que a cota patronal
é apurada sobre a remuneração total, ainda que superior ao teto do RGPS.

Apenas uma das alternativas traz essas previsões expostas. Assim, fica fácil.
Letra a.

012. (FUNDEP/CODEMIG/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) A arrecadação e o recolhi-


mento, por parte das empresas, das contribuições ou de outras importâncias devidas à Segu-
ridade Social obedecem às normas previstas na Lei n. 8.212/1991, que incluem as seguintes
obrigações, EXCETO:
a) A empresa é obrigada a arrecadar mensalmente as contribuições dos segurados emprega-
dos e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração desses
segurados.
b) A empresa é obrigada a recolher os valores arrecadados dos empregados, assim como as
contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações, a qualquer título, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço.
c) A empresa é obrigada a recolher mensalmente o valor das contribuições arrecadadas dos
empregados e das suas contribuições até o dia 20 do mês subsequente ao da competência.
d) A empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados contribuinte individual e
facultativo, que não podem contribuir por iniciativa própria, sendo o recolhimento até o dia 15
do mês seguinte ao da competência.

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A banca quer saber qual das obrigações mencionadas nas assertivas não existe. Ela nos manda
responder com base na LOCSS (Lei n. 8.212/1991). Obedientes que somos, é isso que fazemos.
Você pode me acompanhar?
a) Certa. Esta é uma obrigação da empresa, expressamente prevista na LOCSS.

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à


Seguridade Social obedecem às seguintes normas:
I – a empresa é obrigada a:
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço,
descontando-as da respectiva remuneração;

b) Certa. Temos aqui outra obrigação, copiada quase literalmente da LOCSS.

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à


Seguridade Social obedecem às seguintes normas:
I – a empresa é obrigada a: [...]
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se re-
fere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as
remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, traba-
lhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente
ao da competência;

c) Certa. Essa também é uma obrigação expressa na LOCSS. O dispositivo do qual saiu a
informação deste enunciado é o mesmo da letra “b”. Observe que o prazo de pagamento da
contribuição da empresa (a cota patronal) está no finalzinho da alínea.
d) Errada. A empresa é, realmente, obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuin-
te individual que lhe presta serviço. Se a empresa contratar um advogado para resolver uma
questão jurídica, se contratar um engenheiro para fazer um projeto de ampliação, se contratar
um encanador para resolver um vazamento em seu banheiro, deve contribuir sobre o valor pago
a essa pessoa.
Só que o enunciado está repleto de erros.
Ele diz que CI e facultativo NÃO podem contribuir por iniciativa própria. Ocorre que é justamente o
oposto. CIs podem e devem contribuir por iniciativa própria, salvo quando prestam serviço a uma
empresa (aí se sobrepõe a obrigação da empresa de descontar e recolher a contribuição do CI).
Quanto ao facultativo, o erro é ainda mais aberrante. Facultativo é aquele que não exerce ativi-
dade remunerada. Ele não tem nenhuma relação com empresas. Logo, sua ÚNICA alternativa
é contribuir por iniciativa própria.
Quando CI e facultativo contribuem por iniciativa própria, o prazo de recolhimento é o dia 15.
Quando a empresa recolhe a contribuição do CI, deve fazê-lo até o dia 20.
Letra d.

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013. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) A empresa é obrigada a preparar


folhas de pagamento
a) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os
padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
b) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
c) apenas das remunerações creditadas a alguns dos segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
d) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo
com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
e) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.

Dessa vez não cabe comentar cada proposição. O fundamento normativo da resposta é o
mesmo para todas. O que justifica o gabarito, também serve de argumento para invalidar as
demais respostas.
Que informações deve conter a folha de pagamento da empresa? A LOCSS (Lei n.
8.212/1991) responde.

Art. 32. A empresa é também obrigada a:


I – preparar folhas de pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados
a seu serviço, de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Se-
guridade Social;

Letra b.

014. (VUNESP/PAULIPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2018) No que diz respeito à Cer-


tidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, assinale a alternativa que
está de acordo com o disposto na Lei n. 8.212/91.
a) A prova de inexistência de débito, quando exigível ao incorporador, independe da apresentada
no registro de imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação.
b) O documento comprobatório de inexistência de débito não poderá ser apresentado por cópia
autenticada, devendo-se apresentar o documento original, independentemente da indicação de
sua finalidade.
c) O prazo de validade da Certidão Negativa de Débito – CND é de noventa dias, contados da
sua emissão, podendo ser ampliado por regulamento para até cento e cinquenta dias.
d) A prova de inexistência de débito deve ser exigida da empresa somente em relação à sede
do estabelecimento, não abrangendo as obras de construção civil, independentemente do local
onde se encontrem.

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e) Depende de prova de inexistência de débito a lavratura ou assinatura de instrumento, o ato


ou contrato que constitua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já
foi feita a prova.

Vamos falar de CND.


a) Certa. Muitas das disposições outrora existentes no RPS (Decreto 3.048/1999) a respeito da
CND foram revogadas no ano de 2014. Melhor seria sua atualização, e não a simples revogação.
Permanecem vigentes as previsões da LOCSS (Lei n. 8.212/1991) sobre o mesmo tema. É nessa
lei que vamos fundamentar a resposta da questão.
Esta primeira proposição é cópia literal do § 2º do art. 47 da LOCSS.

Art. 47. [...] § 2º A prova de inexistência de débito, quando exigível ao incorporador, independe da
apresentada no registro de imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação.

b) Errada. É permitida a apresentação de cópia autenticada, não há necessidade de apresentação


do original. A indicação de finalidade é, em regra, dispensada, exceto em hipóteses expressa-
mente previstas na LOCSS.

Art. 47. [...] § 4º O documento comprobatório de inexistência de débito poderá ser apresentado por
cópia autenticada, dispensada a indicação de sua finalidade, exceto no caso do inciso II deste artigo.

c) Errada. O prazo de validade da certidão é de cento e oitenta dias.

Art. 47. [...] § 5º O prazo de validade da certidão expedida conjuntamente pela Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Eco-
nomia, referente aos tributos federais e à dívida ativa da União por elas administrados, será de até
180 (cento e oitenta) dias, contado da data de emissão da certidão, prorrogável, excepcionalmente,
pelo prazo determinado em ato conjunto dos referidos órgãos.

d) Errada. A CND é extremamente abrangente. Engloba a sede da empresa, todas suas depen-
dências, estabelecimentos e obras de construção civil.

Art. 47. [...] § 1º A prova de inexistência de débito deve ser exigida da empresa em relação a todas
as suas dependências, estabelecimentos e obras de construção civil, independentemente do local
onde se encontrem, ressalvado aos órgãos competentes o direito de cobrança de qualquer débito
apurado posteriormente.

e) Errada. Essa é uma das hipóteses de dispensa da emissão de CND.

Art. 47. [...] § 6º Independe de prova de inexistência de débito:


a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificação, ratificação
ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova;

Letra a.

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015. (NC-UFPR/FOZPREV/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) Conforme a Lei n. 8.212/1991,


a Certidão Negativa de Débito (CND):
a) deve ser exigida da empresa e do proprietário da empresa nos casos envolvendo contratação
com o setor público.
b) deve ser exigida da empresa e do proprietário da empresa nos casos envolvendo contratação
com o setor público e com o privado.
c) é exigida da empresa nos casos envolvendo contratação com o setor público, e do proprietário
da empresa quando da averbação de obra de construção civil, no Registro de Imóveis.
d) não será emitida quando houver créditos não vencidos ou em curso de cobrança.
e) poderá ser substituída pela Certidão Positiva de Débitos, com efeito de negativa (CPD-EN),
quando houver créditos não vencidos ou em curso de cobrança executiva, conforme requisi-
tos legais.

a) Errada. Exige-se, no caso de contratação com o setor público, CND da empresa. O proprietário
da empresa não está sujeito a essa obrigação. Vejamos, na LOCSS (Lei n. 8.212/1991).

Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguin-
tes casos:
I – da empresa:
a) na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefícios ou incentivo fiscal ou cre-
ditício concedido por ele;

b) Errada. Leia meu comentário à letra a. Deve ser suficiente.


c) Errada. Essa aqui foi por pouco. A CND é exigida da empresa no caso de contratação com o
setor público, conforme prevê a LOCSS, art. 47, I, “a”, já transcrito em meu comentário à letra a.
E no caso de construção civil? Exige-se a CND do proprietário da obra. Se a obra é da empresa,
exigir-se-á CND da empresa. O “proprietário da empresa” não aparece, em nenhum momento,
nas disposições normativas referentes a CND.
E se o proprietário da obra for uma pessoa física? Nesse caso, e só nesse caso, exigir-se-á dele
uma CND. Fique atento(a), contudo, à situação. Ele não é “proprietário da empresa dona da
obra”, ele é o dono da obra.

Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguin-
tes casos: [...]
II – do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação
no registro de imóveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30.

d) Errada. A existência de débitos não vencidos, ou em curso de cobrança executiva com efetiva-
ção de penhora ou com exigibilidade suspensa não impede a emissão de certidão. Nesse caso,
contudo, temos a CPD-EN. Certidão Positiva de Débitos, com Efeitos de Negativa. É prevista no
art. 206 do CTN (Código Tributário Nacional).

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Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência
de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

e) Certa. O fundamento que justifica este gabarito é, justamente, o art. 206 do CTN, já transcrito.
Letra e.

ACABOU. Caso você permita uma sugestão, volte para a primeira aula e refaça todas
as questões.
Depois, faça revisões periódicas do conteúdo, sempre via questões. Procure outras ques-
tões no Gran Questões. Anote seus erros e revise, na teoria, só os pontos de maior fragilidade.
Faça isso até a data da prova. Com isso, o sucesso em Direito Previdenciário estará
garantido.
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
“Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo.” Sl 22, 4.

Cassius Garcia
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previdenciário para
concursos desde 2013. Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

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