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AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Previdenciário
Cassius Garcia
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Direito Previdenciário....................................................................................................................................................4
Análise do Edital...............................................................................................................................................................4
Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas...............................................................................................5
1. Financiamento da Seguridade Social (art. 195, CF)...................................................................................6
2. Contribuições (Art. 195, CF)..................................................................................................................................11
3. Obrigações da Empresa e dos demais Contribuintes...........................................................................17
3.1. Obrigações Principais..........................................................................................................................................17
3.2. Obrigações Acessórias. . .....................................................................................................................................19
4. Retenção e Responsabilidade Solidária.....................................................................................................20
5. Prova da Inexistência de Débito. . ..................................................................................................................... 22
Questões de Concurso................................................................................................................................................26
Gabarito...............................................................................................................................................................................32
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................33
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Direito Previdenciário
Cassius Garcia
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Chegamos à nossa Aula 80/20, na qual pretendo elevar à máxima potência o aproveita-
mento de seu estudo.
Minha missão, na montagem desta Aula, é, a partir da análise do Edital do certame e do
histórico da banca — provas mais recentes — definir quais são os conteúdos mais relevantes
e revisá-los, por meio de resumos e questões.
Vamos em frente?
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
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Direito Previdenciário
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Análise do Edital
O Edital n. 1/2022 — RFB, de 02 de dezembro de 2022, trouxe para o cargo de Auditor-
-Fiscal da RFB — após duas retificações — o seguinte conteúdo programático da disciplina
de Direito Previdenciário (os erros na sequência numérica estão exatamente como no Edital):
• 1. Aspectos teóricos e conceituais da Seguridade Social e Previdência Social.
• 2. Seguridade Social.
− 2.1. Origem e evolução legislativa no Brasil.
− 2.2. Conceituação.
− 2.3. Organização e princípios constitucionais.
• 3. Legislação previdenciária.
− 3.1. Conteúdo, fontes, autonomia.
− 3.2. Aplicação das normas previdenciárias.
◦ 3.2.1. Vigência, hierarquia, interpretação e integração.
− 3.3. Orientação dos tribunais superiores.
• 4. Regime Geral de Previdência Social.
− 4.1. Princípios e objetivos.
− 4.1. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
− 4.3. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, atualizada até a data de publicação do edital).
− 4.3. Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, em seu enfoque jurídico, atualizada até a data
do edital (Lei do custeio).
− 4.4 Segurados obrigatórios.
− 4.5. Filiação e inscrição.
− 4.6. Conceito, características e abrangência de: empregado, empregado doméstico,
empresário, contribuinte individual, equiparado ao contribuinte individual, microempreen-
dedor individual (MEI), trabalhador avulso e segurado especial e Segurado facultativo;
− 4.8 conceito, características, filiação e inscrição.
− 4.9. Dos dependentes.
• 5. Trabalhadores excluídos do Regime Geral.
• 6. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário.
• 6. Financiamento da seguridade social.
− 6.1. Receitas da União.
− 6.2. Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador
doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, de concursos de prog-
nósticos e de outras fontes.
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dar alguma luz sobre a preferência da FGV. Só que há tão poucas questões sobre a legislação
de custeio previdenciário (o conteúdo primordial da prova da RFB) que, sinceramente, não
vale a pena embasar esta Aula 80/20 no histórico da FGV.
O que fiz, então? Fiz um levantamento das provas da (finada) ESAF dos últimos dez anos.
Também são poucas questões, mas, como essa banca foi a única responsável pelos concur-
sos da RFB, foi possível traçar uma tendência, uma ordem de preferência, que me permitirá
auxiliá-lo(a) nesse direcionamento do estudo, a fim de reforçar seu conhecimento com o
menor esforço possível.
Vamos nos concentrar, então, em quatro pontos e um bônus:
• Financiamento da Seguridade Social – art. 195 da Constituição.
• Contribuições das empresas e dos demais contribuintes.
• Obrigações da empresa e dos demais contribuintes.
• Retenção e responsabilidade solidária.
• E como ponto bônus, vamos revisar a CND — embora não haja histórico relevante de
questões sobre o tema, é inegável que ele tem aparecido mais — então meu palpite é
que aparecerá na prova.
Não vou retomar o conteúdo integral destes tópicos, apenas aquilo que é mais impor-
tante, aquilo que, a partir da análise que fiz, tem mais chances de aparecer na prova. Vamos
ao trabalho?
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Quais são as contribuições sociais que servem para financiar a seguridade social? São
as que estão nos incisos I a IV do art. 195:
• Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada (art. 195, I):
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Competência Residual
Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expan-
são da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Princípio da Contrapartida
“Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou esten-
dido sem a correspondente fonte de custeio total”.
À regra deste parágrafo denominamos regra constitucional da contrapartida, ou princípio
da precedência da fonte de custeio. A fonte de custeio tem que ser criada antes ou, na pior
das hipóteses, juntamente com o benefício/serviço.
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Nos quadros mais à direita, os dois tradicionais mnemônicos para fixação dos motivos da
diferenciação de alíquotas e base de cálculo — PUMA ou PACU. Escolha o bicho que achares
mais simpático.
Vedações
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Contribuição da Cooperativa
A Cooperativa é equiparada a empresa, por força da legislação. Então, todas as contribui-
ções devidas pelas empresas cabem também às cooperativas, quando têm empregados ou
tomam serviço de CIs ou avulsos. A relação da cooperativa com os Contribuintes Individuais
que a integram não é de emprego nem de prestação de serviço; logo, não há recolhimento de
cota patronal sobre o valor por ela repassado aos CIs cooperados.
Hoje a única obrigação da Cooperativa de Trabalho em relação aos seus CIs cooperados é a
retenção e recolhimento da contribuição dos cooperados (20% sobre o salário de contribuição).
Já a cooperativa de produção tem a obrigação de recolher a Contribuição Adicional ao
SAT (6%, 9% ou 12%) sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos seus cooperados
que estejam sujeitos a agentes nocivos no exercício de suas atividades.
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Contribuição da Agroindústria
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SC Alíquota
Até R$ 1.212,00 (Sal. Mínimo) 7,5%
De R$ 1.212,01 até R$ 2.427,35 9%
De R$ 2.427,36 até R$ 3.641,03 12%
De R$ 3.641,04 até R$ 7.087,22 14%
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Empregado → Empresa
Avulso Portuário → OGMO
Avulso Não Portuário → Empresa Tomadora
Doméstico → Empregador Doméstico
Contribuintes Individuais
Contribuinte Individual Alíquota
20% – o CI é responsável pelo
Pessoa física
recolhimento
11% retidos pela empresa e
Empresa recolhidos juntamente com a cota
patronal
20% retidos pela empresa e por ela
EBAS – Entidade Beneficente de Assistência Social recolhidos, sem cota patronal (RPS,
art. 216, § 26)
EBAS por intermédio de cooperativa de trabalho 20% retidos pela Cooperativa e por
PRESTA
SERVIÇOS A ela recolhidos.
Pessoa física por intermédio de cooperativa de trabalho
11% retidos pela Cooperativa e
por ela recolhidos, mas sem cota
Empresa por intermédio de cooperativa de trabalho patronal (RPS, art. 201, § 19). Quem
paga a cota patronal, nesse caso, é a
empresa tomadora de serviços.
Outro CI equiparado a empresa
11%, pois deduz 9% em razão
Trabalhador Rural Pessoa Física da existência, no caso, de cota
patronal.
Missão Diplomática e Repartição Consular estrangeiras
CI que opta por receber benefício de valor mínimo 11% sobre o salário mínimo
MEI – Microempreendedor Individual, conforme art. 18-A da LC
5% sobre o salário mínimo
123/2006
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Facultativos
Tanto o CI quanto o facultativo que optam pelo benefício mínimo podem, se assim o de-
sejarem, incrementar suas contribuições a fim de possibilitar o recebimento de prestação de
valor superior, mediante complementação do valor (9% ou 15%), com juros, mas sem multa
(LOCSS, art. 21, § 3º).
Segurados Especiais
Os segurados especiais contribuem para a seguridade social mediante a aplicação da
alíquota de 1,2% sobre a receita bruta da comercialização de sua produção. Recolherão,
ainda, outros 0,1% sobre a mesma base cálculo, destinados especificamente ao custeio das
prestações decorrentes de acidente de trabalho. A contribuição seguindo essa sistemática
garante ao segurado especial o direito a benefícios no valor de um salário mínimo, excluída
a aposentadoria por tempo de contribuição.
Se quiser garantir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e/ou a rendimentos
superiores ao mínimo, pode o segurado especial contribuir sobre seus rendimentos, como
se fosse Contribuinte Individual. Nessa hipótese, além da contribuição normal do segurado
especial, referida no parágrafo anterior, contribuiria com o valor equivalente a 20% de seu
salário de contribuição.
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• O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar trabalhador tempo-
rário apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos
geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social
e ao FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho
Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará
os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação.
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive
em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal
ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a
importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal
ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia,
observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.
Fluxo da retenção:
• 1º passo – uma empresa que contrata determinados serviços por cessão de mão de
obra ou empreitada, tem a obrigação de reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços e recolher esse valor em nome da empresa cedente até o dia
20 do mês seguinte.
• 2º passo – a empresa cedente de mão de obra ou a empreiteira deverá destacar na nota
ou fatura o valor da retenção e tal montante poderá ser compensado por qualquer de seus
estabelecimentos no momento do recolhimento das contribuições destinadas à Seguri-
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dade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. Se o valor retido
for superior ao devido pela cedente, ela poderá (1) guardar o saldo remanescente para
compensação em competências posteriores; ou (2) requerer a restituição do excedente.
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Exige-se a CND:
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Será, por fim, emitida a Certidão Positiva de Débito (CPD) quando o contribuinte requerer
CND e se constatar a falta de recolhimento de contribuições devidas, atualização monetária,
multa e juros moratórios, a existência de débitos constituídos e não contestados, ou consi-
derados definitivos, ou ainda no caso do débito contestado parcialmente e que a parte não
contestada não tenha sido objeto de pagamento ou parcelamento.
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c) a averbação de obra de construção civil relativa a imóvel cuja construção tenha sido
concluída antes de 22 de novembro de 1966;
d) o recebimento pelos Municípios de transferência de recursos destinados a ações de
assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade pública;
e) a averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária
de interesse social;
f) a alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo, que
envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda de imóveis, locação,
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imó-
veis destinados à venda, desde que o imóvel objeto da transação esteja contabilmente lançado
no ativo circulante e não conste, nem tenha constado, do ativo não circulante da empresa;
g) os atos relativos à transferência de bens envolvendo a arrematação, a desapropriação de
bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem como nas ações de usucapião de bens móveis
ou imóveis nos procedimentos de inventário e partilha decorrentes de sucessão causa mortis;
h) em qualquer caso, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a cadu-
cidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura
devido, juros de mora e penalidades cabíveis.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A Constituição Federal do Brasil estabelece regramento
quanto ao custeio ou financiamento da seguridade social. Nesse sentido, é correto afirmar:
a) A contribuição social da empresa incidirá exclusivamente sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos a pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo
empregatício.
b) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) As contribuições sociais só poderão ser exigidas no exercício financeiro posterior ao que foi
publicada a lei que as houver instituído ou majorado.
d) A condição estrutural do mercado de trabalho ou a utilização intensiva de mão de obra não
são fatores que podem ocasionar diferenciação de alíquotas ou base de cálculo das contribui-
ções sociais do empregador ou da empresa.
e) Os benefícios da seguridade social não podem ser criados ou majorados sem a correspon-
dente fonte de custeio total, regra essa que não se aplica aos serviços da seguridade social.
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b) A lei não poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou a expansão
da seguridade social.
c) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União.
d) Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
e) A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social poderá contratar com o
Poder Público, porém dele não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
007. (IDIB/CREMERJ/ADVOGADO/2019) Com base nas disposições constitucionais sobre
o custeio da Seguridade Social, analise os itens abaixo:
I – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
II – A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios.
III – As contribuições sociais sobre a receita de concursos de prognósticos só poderão ser
exigidas no exercício financeiro seguinte à data da publicação da lei que as houver instituído
ou modificado.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
008. (ITAME/CÂM. MUN. CALDAZINHA-GO/ADVOGADO/2019) Na relação de custeio da
Seguridade Social, aplica-se o princípio de que todos que compõem a sociedade devem
colaborar para a cobertura dos riscos provenientes da perda ou redução da capacidade de
trabalho ou dos meios de subsistência. Nesse contexto, é incorreto afirmar que:
a) Nos termos do § 6º do art. 195 da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após
decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
não sendo aplicado, portanto, o disposto no art. 150, III, “b”.
b) De acordo com o art. 27 da Lei n. 8.212/91, constituem outras receitas da Seguridade Social,
dentre outras, a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança
prestados a terceiros.
c) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das receitas da União, das
contribuições sociais e de outras fontes.
d) A contribuição dos empregados domésticos não está inserida no rol de fontes de custeio da
Seguridade Social.
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Nesse caso, de acordo com o Decreto Federal n. 3.048/99, a empresa contratante deverá:
a) Reter 11% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
b) Acrescer 11% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 20% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
c) Reter 20% dos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e recolher 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
d) Não realizar qualquer tipo de retenção ou contribuição à seguridade social, já que é de res-
ponsabilidade do contribuinte individual o pagamento mensal dos valores devidos.
e) Acrescer 20% aos R$ 5.000 devidos ao sr. Silva Brasil e reter 11% sobre o valor de R$ 5.000
a título de contribuição da empresa à seguridade social.
012. (FUNDEP/CODEMIG/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) A arrecadação e o recolhi-
mento, por parte das empresas, das contribuições ou de outras importâncias devidas à Segu-
ridade Social obedecem às normas previstas na Lei n. 8.212/1991, que incluem as seguintes
obrigações, EXCETO:
a) A empresa é obrigada a arrecadar mensalmente as contribuições dos segurados emprega-
dos e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração desses
segurados.
b) A empresa é obrigada a recolher os valores arrecadados dos empregados, assim como as
contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações, a qualquer título, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço.
c) A empresa é obrigada a recolher mensalmente o valor das contribuições arrecadadas dos
empregados e das suas contribuições até o dia 20 do mês subsequente ao da competência.
d) A empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados contribuinte individual e
facultativo, que não podem contribuir por iniciativa própria, sendo o recolhimento até o dia 15
do mês seguinte ao da competência.
013. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/2018) A empresa é obrigada a preparar
folhas de pagamento
a) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os
padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
b) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
c) apenas das remunerações creditadas a alguns dos segurados a seu serviço, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
d) das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo
com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
e) apenas das remunerações pagas a todos os segurados a serviço de outrem, de acordo com
os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social.
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Cassius Garcia
GABARITO
1. b
2. d
3. b
4. c
5. d
6. d
7. b
8. d
9. a
10. c
11. a
12. d
13. b
14. a
15. e
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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) A Constituição Federal do Brasil estabelece regramento
quanto ao custeio ou financiamento da seguridade social. Nesse sentido, é correto afirmar:
a) A contribuição social da empresa incidirá exclusivamente sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos a pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo
empregatício.
b) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
c) As contribuições sociais só poderão ser exigidas no exercício financeiro posterior ao que foi
publicada a lei que as houver instituído ou majorado.
d) A condição estrutural do mercado de trabalho ou a utilização intensiva de mão de obra não
são fatores que podem ocasionar diferenciação de alíquotas ou base de cálculo das contribui-
ções sociais do empregador ou da empresa.
e) Os benefícios da seguridade social não podem ser criados ou majorados sem a correspon-
dente fonte de custeio total, regra essa que não se aplica aos serviços da seguridade social.
No enunciado a banca já diz, claramente, que deseja a resposta com base na Constituição. Mais
que isso, nos orienta a analisar o regramento constitucional quanto ao custeio ou financiamento
da Seguridade Social. Uma das primeiras coisas que TODO estudante de Previdenciário sabe é
que essas regras estão no art. 195 da nossa Carta Magna.
Com isso em mente, vamos analisar, uma a uma, as proposições:
a) Errada. Concurseiro experiente já acende todas as luzes de alerta possíveis ao ler aquele
exclusivamente enfiado ali no texto. Palavras dessa estirpe são, muitas vezes — nem sempre,
OK? — indicativo de erro na proposição.
Leia o art. 195, I, da CF e verá que as empresas contribuem sobre outras bases, não apenas a
folha de salários:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
b) Certa. Aqui está o gabarito. Como é de costume em se tratando de FCC, temos mera litera-
lidade normativa:
Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
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Quer dizer que se uma contribuição social for aumentada HOJE, o novo valor já pode ser
cobrado AMANHÃ?
Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]
III – cobrar tributos: [...]
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Resumindo toda essa novela: publicada lei instituindo ou aumentando contribuição social,
sua exigência poderá iniciar 90 dias após a publicação, mesmo que em um mesmo exercício
financeiro.
IMPORTANTE: QUANDO UMA CONTRIBUIÇÃO FOR REDUZIDA NÃO HÁ NECESSIDADE DE OB-
SERVAR A NOVENTENA.
Ficou tudo claro?
d) Errada. A CF permite a instituição de alíquotas diferenciadas, nas contribuições sobre folha
de salários, receita, faturamento e lucro. Permite, também, a instituição de bases de cálculo
diferenciadas, apenas nas contribuições sobre receita, faturamento e lucro. Os critérios autori-
zadores dessas alíquotas e/ou bases de cálculo diferenciadas são PUMA ou PACU.
Art. 195. [...] § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter
alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra,
do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a
adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do caput.
Como os fatores mencionados no enunciado estão no § 9º, só nos resta condenar a proposição.
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Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Simples assim.
Letra b.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
As assertivas erradas são TÃO erradas, que há apenas UMA com chance de ser correta.
Letra d.
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c) No âmbito federal, não é necessária a submissão das propostas orçamentárias para a se-
guridade social à apreciação do Congresso Nacional, sendo suficiente sua aprovação pelo
Ministério da Previdência Social.
d) Para a elaboração do orçamento nacional de seguridade social, devem-se integrar os recursos
financeiros da seguridade social provenientes dos orçamentos dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios ao orçamento federal.
e) O orçamento nacional da seguridade social é constituído por recursos de natureza pública
e privada.
Art. 195. [...] § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos.
b) Certa. É exatamente o que consta na parte final o art. 195, § 2º, já transcrito.
c) Errada. Esta assertiva foge um pouco do nosso foco de estudo, mas não é nada que possa
nos atrapalhar. Vamos retroceder um pouquinho na CF, chegando ao art. 165:
O orçamento da seguridade social, portanto, integra a lei orçamentária anual. E o que nos diz
o art. 166?
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
Entendido?
d) Errada. Nessa você não caiu, né? De volta ao art. 195 da CF:
Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
Se os recursos são dos orçamentos dos entes estatais e de contribuições sociais, não têm
natureza privada, mas pública. Simples assim.
Não confunda “natureza” dos recursos com “origem”. TODOS os recursos públicos têm origem
privada. Impostos, taxas, contribuições, que são pagos pelas pessoas físicas e jurídicas. Mas
uma vez integrados ao orçamento, adquirem natureza pública.
Letra b.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-
deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com
base nos seguintes objetivos: [...]
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
b) Errada. Saindo do art. 194 e chegando ao 195, onde permaneceremos até o fim da questão.
Conhecendo a sede arrecadatória do Estado, acredita que haveria alguma chance de estar
correta esta proposição?
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, n:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
c) Certa. Temos o gabarito, colega. Não bastasse a previsão de uma lista razoável de con-
tribuições sociais na CF, o legislador constitucional autorizou a criação de outras fontes de
recursos. Duvida?
Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou ex-
pansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Os tais “limites impostos na própria Constituição” estão presentes no art. 154, I, da CF, que o
dispositivo transcrito determina que seja observado.
Peraí, professor! Eu estudei que essas novas contribuições devem ser criadas por lei com-
plementar, justamente por causa do 154, I. Essa assertiva fala apenas em ‘lei’. Não está
errada?!
Muito bem observado. Normalmente, quando algum tema é matéria de lei complementar e as
questões falam só em “lei”, há erro. Nesse caso específico, contudo, ouso afirmar que NÃO há
problema. Isso porque a imprecisão foi DO LEGISLADOR CONSTITUCIONAL, que só fala em
“lei” no art. 195, § 4º.
Se na Constituição consta apenas “lei”, não posso julgar errado um enunciado que faz pratica-
mente cópia literal da disposição constitucional. De acordo?
d) Errada. Sem chance de ser verídica essa afirmação! Não existe dispensa de pagamento de
tributo sem uma contrapartida. Alguma informação, alguma exigência, algum procedimento,
sempre precisa ser realizado para justificar a isenção/imunidade.
Art. 195. [...] § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
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Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Tudo entendido?
Letra c.
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Posso prosseguir??
d) Certa. Aqui não há muito o que comentar. O princípio da SD é princípio constitucional especí-
fico? SIM. Está arrolado no art. 194 da CF, que trata justamente dos princípios constitucionais
da seguridade social:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-
deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com
base nos seguintes objetivos: [...]
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
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Fora isso, nenhum reparo a fazer, a conceituação de seletividade e distributividade está perfeita
no enunciado.
À seletividade compete justamente mitigar o princípio da universalidade, diante da dura realidade
segundo a qual os cofres públicos não são ilimitados, e é indispensável ao legislador definir
prioridades.
Já a distributividade direciona a vontade do legislador ao atendimento dos mais necessitados,
favorecendo a distribuição de renda. Simples assim.
e) Errada. O princípio da solidariedade não é específico da seguridade social — ou seja, ele não é
exclusivo da seguridade social. A solidariedade é um objetivo fundamental da República Federa-
tiva do Brasil (Constituição, art. 3º, I) e norteia boa parte das disposições de nossa Constituição
cidadã. Não há, no art. 194, nenhuma menção expressa à solidariedade.
Este ponto, para mim, já bastaria para confirmar o erro da proposição. No entanto, o examinador
faz uma confusão danada, misturando solidariedade com o chamado princípio da precedência
de custeio. Como o próprio nome diz, é esse o princípio que prevê a necessidade de prévia
fonte de custeio para a criação de benefício ou serviço. A solidariedade, aplicada à seguridade
social, apenas assegura que toda a sociedade seja responsável pelo seu financiamento, não
tem relação com a precedência de fontes de custeio.
Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Tudo entendido?
Letra d.
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a) Errada. A seguridade social será financiada por toda a sociedade por meio de recursos orça-
mentários e das contribuições sociais. Não sou eu que digo isso, é a Constituição.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
b) Errada. Se a seguridade social é tão importante, por que seria proibido pensar em sua expan-
são? Basta observar algumas regras para instituir novas fontes de recursos, e pronto.
Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou ex-
pansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
c) Errada. Pegadinha clássica envolvendo essa previsão constitucional. As receitas dos estados,
DF e municípios destinadas à seguridade social são deles, e só. A União não se envolve.
Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
e) Errada. Pessoa jurídica que esteja devendo para o poder público não pode com ele contratar.
Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabe-
lecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
Letra d.
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Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabe-
lecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
III – Errado. Essa regra de exigibilidade apenas no exercício financeiro seguinte é o chamado
princípio da anterioridade tributária, e não se aplica às contribuições sociais.
A única “trava” existente em relação às contribuições sociais é a chamada anterioridade nonage-
simal, ou noventena. O dispositivo da Constituição que a prevê é o mesmo que, expressamente,
afasta a incidência do princípio da anterioridade tributária no caso das contribuições sociais.
Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
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se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
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a) Certa. Quando a banca aponta a norma na qual devemos nos embasar para julgar a questão,
já é fácil. Quando aponta a norma, o artigo e o parágrafo, é só correr pro abraço.
O enunciado é cópia do art. 195, § 6º, da CF. Então, não tem como estar errado.
Art. 195. [...] § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
b) Certa. O art. 27 da LOCSS (Lei n. 8.212/1991) traz um rol bem variado de outras fontes de
recursos da seguridade social. Será que aquele mencionado no enunciado está nessa lista?
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:
I – receitas da União;
II – receitas das contribuições sociais;
III – receitas de outras fontes.
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: [...]
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
Letra d.
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a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado grave.
Apenas uma das proposições corresponde com precisão à disposição normativa. Não há ne-
cessidade de muito esforço intelectual para perceber qual é.
Letra a.
a) Errada. As receitas dos estados e municípios não integram o orçamento da União. Não integram.
Art. 195. [...] § 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
b) Errada. Você sabe tão bem quanto eu que a pessoa jurídica em débito com o sistema de
seguridade social não pode contratar como poder público.
Art. 195. [...] § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabele-
cido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.
c) Certa. Não vale a pena entrar na discussão isenção x imunidade. A Constituição, embora
tecnicamente incorreta, usa o termo isenção. O enunciado copia literalmente o que diz a Cons-
tituição. Então, só pode estar correto.
Art. 195. [...] § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes
de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
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d) Errada. A lei poderá, desde que observe as regras impostas pela Constituição, instituir outras
fontes de recursos.
Art. 195. [...] § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expan-
são da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
e) Errada. A Constituição é mais que clara ao dizer que nenhum benefício ou serviço da segu-
ridade social pode desrespeitar ao princípio da contrapartida.
Art. 195. [...] § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Letra c.
Aqui trataremos de obrigações da empresa em relação aos segurados que lhe prestam serviços.
Vamos ver o que diz o RPS (Decreto n. 3.048/1999) acerca do caso do sr. Silva Brasil?
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b) recolher o produto arrecadado na forma da alínea “a” e as contribuições a seu cargo incidentes
sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, inclusive adiantamentos
decorrentes de reajuste salarial, acordo ou convenção coletiva, aos segurados empregado, contri-
buinte individual e trabalhador avulso a seu serviço, e sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura
de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de
cooperativas de trabalho, até o dia vinte do mês seguinte àquele a que se referirem as remunerações,
bem como as importâncias retidas na forma do art. 219, até o dia vinte do mês seguinte àquele
da emissão da nota fiscal ou fatura, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente
anterior quando não houver expediente bancário no dia vinte; [...]
§ 26. A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida ou
creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contri-
buição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se tratar
de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais.
Apenas uma das alternativas traz essas previsões expostas. Assim, fica fácil.
Letra a.
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A banca quer saber qual das obrigações mencionadas nas assertivas não existe. Ela nos manda
responder com base na LOCSS (Lei n. 8.212/1991). Obedientes que somos, é isso que fazemos.
Você pode me acompanhar?
a) Certa. Esta é uma obrigação da empresa, expressamente prevista na LOCSS.
c) Certa. Essa também é uma obrigação expressa na LOCSS. O dispositivo do qual saiu a
informação deste enunciado é o mesmo da letra “b”. Observe que o prazo de pagamento da
contribuição da empresa (a cota patronal) está no finalzinho da alínea.
d) Errada. A empresa é, realmente, obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuin-
te individual que lhe presta serviço. Se a empresa contratar um advogado para resolver uma
questão jurídica, se contratar um engenheiro para fazer um projeto de ampliação, se contratar
um encanador para resolver um vazamento em seu banheiro, deve contribuir sobre o valor pago
a essa pessoa.
Só que o enunciado está repleto de erros.
Ele diz que CI e facultativo NÃO podem contribuir por iniciativa própria. Ocorre que é justamente o
oposto. CIs podem e devem contribuir por iniciativa própria, salvo quando prestam serviço a uma
empresa (aí se sobrepõe a obrigação da empresa de descontar e recolher a contribuição do CI).
Quanto ao facultativo, o erro é ainda mais aberrante. Facultativo é aquele que não exerce ativi-
dade remunerada. Ele não tem nenhuma relação com empresas. Logo, sua ÚNICA alternativa
é contribuir por iniciativa própria.
Quando CI e facultativo contribuem por iniciativa própria, o prazo de recolhimento é o dia 15.
Quando a empresa recolhe a contribuição do CI, deve fazê-lo até o dia 20.
Letra d.
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Dessa vez não cabe comentar cada proposição. O fundamento normativo da resposta é o
mesmo para todas. O que justifica o gabarito, também serve de argumento para invalidar as
demais respostas.
Que informações deve conter a folha de pagamento da empresa? A LOCSS (Lei n.
8.212/1991) responde.
Letra b.
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Art. 47. [...] § 2º A prova de inexistência de débito, quando exigível ao incorporador, independe da
apresentada no registro de imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação.
Art. 47. [...] § 4º O documento comprobatório de inexistência de débito poderá ser apresentado por
cópia autenticada, dispensada a indicação de sua finalidade, exceto no caso do inciso II deste artigo.
Art. 47. [...] § 5º O prazo de validade da certidão expedida conjuntamente pela Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Eco-
nomia, referente aos tributos federais e à dívida ativa da União por elas administrados, será de até
180 (cento e oitenta) dias, contado da data de emissão da certidão, prorrogável, excepcionalmente,
pelo prazo determinado em ato conjunto dos referidos órgãos.
d) Errada. A CND é extremamente abrangente. Engloba a sede da empresa, todas suas depen-
dências, estabelecimentos e obras de construção civil.
Art. 47. [...] § 1º A prova de inexistência de débito deve ser exigida da empresa em relação a todas
as suas dependências, estabelecimentos e obras de construção civil, independentemente do local
onde se encontrem, ressalvado aos órgãos competentes o direito de cobrança de qualquer débito
apurado posteriormente.
Letra a.
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a) Errada. Exige-se, no caso de contratação com o setor público, CND da empresa. O proprietário
da empresa não está sujeito a essa obrigação. Vejamos, na LOCSS (Lei n. 8.212/1991).
Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguin-
tes casos:
I – da empresa:
a) na contratação com o Poder Público e no recebimento de benefícios ou incentivo fiscal ou cre-
ditício concedido por ele;
Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguin-
tes casos: [...]
II – do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação
no registro de imóveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30.
d) Errada. A existência de débitos não vencidos, ou em curso de cobrança executiva com efetiva-
ção de penhora ou com exigibilidade suspensa não impede a emissão de certidão. Nesse caso,
contudo, temos a CPD-EN. Certidão Positiva de Débitos, com Efeitos de Negativa. É prevista no
art. 206 do CTN (Código Tributário Nacional).
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Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência
de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora,
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
e) Certa. O fundamento que justifica este gabarito é, justamente, o art. 206 do CTN, já transcrito.
Letra e.
ACABOU. Caso você permita uma sugestão, volte para a primeira aula e refaça todas
as questões.
Depois, faça revisões periódicas do conteúdo, sempre via questões. Procure outras ques-
tões no Gran Questões. Anote seus erros e revise, na teoria, só os pontos de maior fragilidade.
Faça isso até a data da prova. Com isso, o sucesso em Direito Previdenciário estará
garantido.
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
“Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo.” Sl 22, 4.
Cassius Garcia
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previdenciário para
concursos desde 2013. Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
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