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All content following this page was uploaded by Luciano Quinto Lanz on 15 March 2018.
1. Introdução
Segundo Silva et al. (2007), vários são os métodos propostos para a seleção e priorização de
projetos citados na literatura, dentre eles, estão:
Rodrigues (2013) propõe que a seleção de projetos pode ser composta de três etapas: (i) definição
de critérios de seleção, (ii) elaboração do ranking de projetos e (iii) balanceamento de recursos. A
seguir é apresentado o detalhamento de cada uma dessas etapas.
De acordo com Teixeira (2013), é importante dosar a quantidade de critérios a utilizar na seleção de
projetos, definindo os mais relevantes para a Estratégia da organização. Pode-se utilizar 2 (dois)
níveis de critérios. Dessa forma, categorizam-se os critérios para comparação par-a-par.
Usualmente, o mercado utiliza não mais que 12 critérios únicos para seleção e priorização de
projetos.
A partir de Rodrigues (2013), Eduardo (2011) e Teixeira (2013), podemos propor alguns critérios
básicos para avaliação de projetos, que poderão ser utilizados em várias das técnicas para seleção
de projetos:
https://pmkb.com.br/artigos/criterios-de-selecao-e-priorizacao-de-projetos/ 1/4
14/03/2018 PMKB | Critérios de Seleção e Priorização de Projetos - PMKB Project Management Knowledge Base – Conhecimento e Experiência em …
Avaliação econômico-financeira – Qual o valor presente líquido do projeto (VPL)? Qual sua
taxa interna de retorno (TIR)? Qual o prazo de recuperação do investimento (payback)? Qual
sua relação custo x benefício? O projeto apresenta retorno superior ao custo de oportunidade
da empresa?
Partes Interessadas (stakeholders) – Quais os principais stakeholders? Algum stakeholder é
estratégico? Qual seu poder, legitimidade e urgência (Lanz e Lanz, 2014)?
Prazo – Qual o prazo previsto para execução do projeto? Esse prazo é compatível com os
objetivos estratégicos? Com o prazo requerido pelo marcado ou requisito de negócio? Com os
prazos de resposta e de ação dos concorrentes?
Complexidade – Qual o nível de complexidade do projeto? A execução do projeto é
compatível com os recursos (humanos, financeiros e tempo) disponíveis?
Risco – Quão arriscado é o projeto? Esta avaliação pode e deve levar em conta a
complexidade, mas também precisa avalia-lo em termos de risco de sucesso do produto ou
serviço a ser disponibilizado com sua conclusão. No caso de novos produtos, o mercado está
pronto para recebê-los? No caso de alteração de rotinas e práticas, a empresa está preparada
para adotá-las? Qual a probabilidade de sucesso do produto/serviço do projeto em relação às
alternativas disponíveis internamente e no mercado?
Conhecimento Técnico – O projeto pode ser desenvolvido com o conhecimento e experiência
internos? Ou será necessário adquirir novos conhecimentos técnicos para viabiliza-lo? Qual a
dimensão do investimento em treinamentos e/ou contratação de novos profissionais?
Nível de dependência de terceiros – A organização possui competência e capacidade para
executar o projeto? Qual o nível de dependência de fornecedores e consultorias? Quantas
empresas estão preparadas para atuar como prestadoras de serviço ou fornecedores dos
produtos utilizados no projeto? Qual a real capacidade e disponibilidade dessas empresas para
executar o projeto?
Em alguns casos os critérios de seleção são objetivos e quantitativos (como nos itens da avaliação
econômico-financeira), em outros a avaliação tende a ser subjetiva. Nesses casos sugere-se o uso
da avaliação qualitativa, utilizando escalas padronizadas de três ou cinco pontos a fim de facilitar a
próxima etapa: o ranking de projetos.
Eduardo (2011) identifica algumas técnicas para seleção de projetos: priorização, classificação,
análise financeira, pontuação e técnicas mistas (que combinas as opções anteriores). A seguir a
descrição das principais técnicas:
relevante (a presidência de uma empresa) receberia mais pontos nesse quesito do que um
projeto que beneficiasse o departamento de recursos humanos.
O Quadro 1 apresenta um exemplo de ranking de projetos com três critérios e cinco projetos.
4. Balanceamento de recursos
É possível que a empresa possua condições financeiras para executar mais de um projeto. A
relação é simples e deve ser definida através do balanceamento de recursos financeiros, também
conhecida como conciliação financeira. Outra questão é a alocação de pessoal para atuar no projeto
e de recursos de tecnologia de informações, que muitas vezes são escassos e disputados entre
diversos projetos e atividades operacionais, tornando necessário balancear a utilização desses
recursos.
Por exemplo, considerando que tivéssemos 5 projetos em avaliação para início imediato, se temos
R$ 500 mil de orçamento e 20 pessoas disponíveis é preciso escolher a combinação de projetos que
possuem a maior pontuação, balancear aos recursos humanos e financeiros e elegê-los.
Considerações finais
A proposta deste artigo foi a apresentação de critérios para seleção e priorização de projetos.
Os critérios propostos são somente uma referência, pois os critérios adotados devem ser adequados
ao tipo de projeto, a metodologia de gerenciamento utilizada pelo PMO, à realidade e aos recursos
disponíveis na organização. Além disto, os critérios devem refletir as práticas do setor de atuação da
empresa. Os critérios escolhidos devem sempre estar sujeitos a revisões e adaptações ao contexto
da organização e as lições aprendidas com projetos anteriores.
Referências
PMI – Project Management Institute. A guide to the Project management body of knowledge
(PMBOK Guide). 5a edição. 2013.
14/03/2018 PMKB | Critérios de Seleção e Priorização de Projetos - PMKB Project Management Knowledge Base – Conhecimento e Experiência em …
Sobre o Colunista: Luciano Quinto Lanz, certificado como Project Management Professional
(PMP) pelo PMI, Certified Scrum Project Owner (CSPO), Doutor e Mestre em Administração pela
PUC/RJ, MBA em Finanças pelo IBMEC-RJ, Pós-graduado em Auditoria Fiscal e Tributária pela
UGF e em Docência do Ensino Superior pela UCAM-RJ, graduado em Administração pela UFRGS.
Trabalha há mais de vinte anos na área financeira, em empresas como IBM Brasil, TV Globo,
Embratel, Sistema Globo de Rádio e Concremat. Atualmente trabalha no BNDES. Co-autor do livro
Confiança nas Organizações. Prêmio de Excelência na Produção Científica e Reconhecimento ao
Progresso de Sustentabilidade no XI Congresso Nacional de Excelência em Gestão e INOVARSE –
Responsabilidade Social Aplicada em 2015.
Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite
o espaço a seguir.
https://pmkb.com.br/artigos/criterios-de-selecao-e-priorizacao-de-projetos/ 4/4