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CHARTIER, Roger. Textos, impressos, leitura. In:____. A história cultural: entre práticas e
representações. Algés: Difel, 2002. p. 121 – 139.1

“ O fundamento comum a ambos decorre da aparente contra.dic.ao em que se encontra


envolvida toda a historia, ou coda a sociologia da leitura: [...]quer se considere como
primordial a liberdade do leitor, produtor inventivo de sentidos nao pretendidos e singulares
— o que significa encarar os actos de leitura como uma colecc,ao indefinida de experien- cias
irredutiveis umas as outras ”. ( CHARTIER, 2002, P. 121).

“Transformar em tensao operato- ria aquilo- que poderia surgir como uma aporia
inultrapassavel e o desfgnio, a aposta, de uma sociologia historica das pracicas de leitura que
tern,por pbjectivo identificar, para cada epoca e para; cada, meio, as modalidades, partilhadas
do ler — as quais dao forrnas e sencidos, aos ,gestos individuais:_—, e que coloca no centro
da sua interrogagao os processos pelos quais, face a um texto, e historicamente produzido um
sentido e diferenciadl- mente construida .uma significaçao ”. ( CHARTIER, 2002, p. 121)

1 Fichamento realizado por Aline Brandão Santana como atividade da disciplina Oficina de Leitura e Produção
Textual, ministrada pela professora Me. Michelli Moreira, no curso de Enfermagem da Faculdade Santíssimo
Sacramento ( FSSS) , no semestre 2022.2.
A obra referenciada está disponível na Biblioteca da Instituição de Ensino Superior (IES), destacada. Esta trata
sobre a determinação da cultura escrita e das práticas de leitura com fenômenos socioplíticos e culturais, mais
especificadamente da sociologia histórica das práticas de leitura.
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CHARTIER, Roger. Textos, impressos, leitura. In:____. A história cultural: entre práticas e
representações. Algés: Difel, 2002. p. 121 – 139.2

“ E grande a distancia entre o relato pronunciado e a escrita impressa. Contudo, ela nao deve
fazer esquecer que sao nume- rosos os seus lac.os. Por um lado, levam a inscrigao, nos textos
destinados a um vasto publico, das formulas que sao precisa- mente as da cultura oral “.
( CHATIER, 2002, p. 125)

“ Dai a necessaria separacao de dois tipos de dispositivos; os que decorrem do


estabelecimento. do texto,; das estrategias de escrita, das intençoes'do «autor»; e os
dispositivos que resultam da passagem a livro ou a impresso, produzidos pela decisao
editorial ou pelo trabalho da oficina, tendo em vista leitores ou leituras que podem nao estar
de modo nenhum em conformida- de.com os pretendidos pelo autor “. ( CHATIER, 2002, p.
127)

“Parece-nos haver ai uma simplificaçao ilegitima do processo atraves do qual as obras


adquirem sentido. Reconstitui-lo exige considerar -as relaçoes estabelecidas entre tres polos: o
texto, o objecto que Ihe serve de suporte e a pratica que dele se apodera. Das variances desse
relacionamento triangular dependem, com efeito, mutuacoes de significado que podem ser
organizadas nalgumas figuras”.( CHARTIER, 2002, p.127)

2 Fichamento realizado por Aline Brandão Santana como atividade da disciplina Oficina de Leitura e Produção
Textual, ministrada pela professora Me. Michelli Moreira, no curso de Enfermagem da Faculdade Santíssimo
Sacramento ( FSSS) , no semestre 2022.2.
A obra referenciada está disponível na Biblioteca da Instituição de Ensino Superior (IES), destacada. Esta trata
sobre a determinação da cultura escrita e das práticas de leitura com fenômenos socioplíticos e culturais, mais
especificadamente da sociologia histórica das práticas de leitura.
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CHARTIER, Roger. Textos, impressos, leitura. In:____. A história cultural: entre práticas e
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“ As caracteristicas[…] sao, antes de mais, materiais e comerciais. Materiais: trata-se de livros


brochados, com capa de papel azul (mas tambem vermelho ou cor de marmore), impressos
corn caracteres desvanecidos e mal distribufdos, ilustrado's com gravuras de refugo e nos
quais, na pagina do titulo, a imagem surge muitas vezes no lugar da marca do impressor.
Comerciais: ainda que a extensão das obras seja variavel, os seus pregos permanecem sempre
modestos, muito inferiores aos produzidos num outro mercado de livros mais cuidados
e,consequentemente, mais caros”.( CHARTIER, 2002, p. 128-129)

“ A leitura implicita suposta e visada por tal trabalho pode ser caracterizada como uma leitura
que exige sinais visiveis de identificac.ao (como e o caso dos titulos antecipadores ou dos
resumes recapitulativos, ou ainda das gravuras, que funcionam como protocolos de leitura ou
lugares de memoria do texto), uma leitura que so se sente a vontade com sequencias breves e
fechadas, separadas umas das outras, uma leitura que parece satisfazer-se com uma coerencia
global minima “. ( CHATIER, 2002, p. 130)

3 Fichamento realizado por Aline Brandão Santana como atividade da disciplina Oficina de Leitura e Produção
Textual, ministrada pela professora Me. Michelli Moreira, no curso de Enfermagem da Faculdade Santíssimo
Sacramento ( FSSS) , no semestre 2022.2.
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especificadamente da sociologia histórica das práticas de leitura.
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“Ha ai uma maneira de ler que nao e de modo algum a das elites letradas, familiarizadas com
o livro, habeis na decifracao, dominando os textos no sen todo. Mais do que a erudita, essa
leitura rudimentar pode suportar as imperfeiçoes deixadas nos textos devido as suas condiçoes
de fabrico, apressadas e baratas (por exemplo, as inumeras gralhas, as folhas mal cortadas, as
confundes de nomes e de palavras, os multiples erros)”. ( CHARTIER, 2002, p. 130)

“ Dessa relacao entre texto, livro e compreensao, surge uma outra figura, quando um texto,
estavel na sua letra e fixo na sua forma, e objecto de leituras contrastantes […] ou, para tornar
a proposiçao compativel com a escala mais diminuta que e a do nosso trabalho, «enquanto
muda o seu modo de leitura»”. ( CHARTIER, 2002, p. 131)

“ Para além das clivagens macroscopicas, o trabalho historico deve ter em vista o
reconhecimento de paradigmas de leitura validos para uma comunidade de leitores, num
momento e num lugar determinados”. ( CHARTIER, 2002, p. 131)

4 Fichamento realizado por Aline Brandão Santana como atividade da disciplina Oficina de Leitura e Produção
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Sacramento ( FSSS) , no semestre 2022.2.
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“ O estudo critico e "genealogico dos discursos em "series: pode,pois,' apoiar-se no'projecto


que, visa cruzar para cada: texto ou cada conjunto de 'textos considerado, a historia das
variaçoes sua letra" e a das transformaçoes"da sua passageni a objectd; impresso” .
( CHATIER, 2002, p.133)

“Todos os materiais portadores das praticas e dos pensamentos da maioria sao sempre mistos,
combinando formas e motivos, invencao e tradicoes, cultura letrada e base folclorica”.
(CHARTIER, 2002, p. 134)

“ Para tal, uma nocao parece ser util, a nocao de' aropriaçao: porque permire pensar as
diferenc.as na divisao, porque postula a invencao criadora no proprio cerne dos processos de
recepçao” ( CHARTIER, 2002, p. 136)

“ E, numa visao mais larga, reinscrever a , inovaçao tipografica na longa historia das formas
do livro ou dos suportes dos textos […] ;na historia dos modos de ler, inscritos na trama que
vai da leitura necessariamente otalizada a que pode ser feita pelos olhos e em
silencio”. ( CHARTIER, 2002, p. 139)
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especificadamente da sociologia histórica das práticas de leitura.

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