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NARRADOR:
Era uma vez três irmãos que viajavam numa estrada deserta e tortuosa ao
anoitecer.
Irmão 2: - Muito!
NARRADOR:
Um deles se manteve calado.
NARRADOR:
Os irmãos eram, porém excelentes em magia, então simplesmente
agitaram as suas varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas
traiçoeiras.
Morte: - Estava zangada por ter sido roubada em três novas vítimas..., porque
o normal era os viajantes se afogarem no rio.
NARRADOR:
Mas a Morte era astuta. Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia, e
disse que cada um ganharia um prémio por ter sido inteligente o bastante
para lhe escapar.
Morte: - Vocês, para essa incrível eficiência em controlar esta situação, terão
direito a um desejo realizado, como prova de minha admiração...
NARRADOR:
Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma
varinha mais poderosa que todas as que existissem:
Irmão 1: - Quero uma varinha que vencesse sempre todos os duelos, uma
varinha digna de um feiticeiro que derrotara a Morte!
NARRADOR:
Então, a Morte atravessou a ponte, dirigiu-se a um velho sabugueiro na
margem do rio, moldou uma varinha de um galho da árvore e entregou-a
ao irmão mais velho.
Irmão 2: - Quero ter o poder de restituir a vida aos que a morte levou.
NARRADOR:
Então a Morte apanhou uma pedra da margem do rio e entregou-a ao
segundo irmão, dizendo-lhe:
NARRADOR:
Depois, a Morte perguntou ao terceiro e mais jovem dos irmãos, o que
queria.
O irmão mais novo era o mais humilde, calado e também o mais sensato
dos irmãos, e não confiava na Morte. Pediu, então, algo que permitisse ele
sair daquele lugar sem ser seguido pela Morte.
Irmão 3: - Quero poder sair daqui sem que você me siga e me encontre nesta
terra.
NARRADOR:
E a Morte, de má vontade, entregou-lhe o seu próprio Manto da
Invisibilidade.
Entretanto, o segundo irmão viajou para a sua casa, onde vivia sozinho.
NARRADOR:
Contudo, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu.
Embora tivesse retornado ao mundo dos mortais, o seu lugar não era ali,
e ela sofria, pois era apenas um fantasma.
Por fim, o segundo irmão, enlouquecido pela saudade, matou-se para
poder verdadeiramente se unir a ela.
Irmão 3: - Filho, já vivi muito e vivi tudo o que queria. Preciso despedir-me
desta vida, para que você esteja protegido pela morte como eu fui.
NARRADOR:
E então acolheu a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom
grado, e como iguais, partiram desta vida.
FIM