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anatomia das formas

Biografia

Notável escultor francês,


nasceu em Paris, em 1840
e morreu em Meudon-le-
Fleury, em 1917. Filho de
operários, começou os
seus estudos artísticos,
aos 14 anos, numa escola
profissional, ao mesmo
tempo que teve de
trabalhar como aprendiz,
pois a família vivia em
circunstâncias muito
precárias.
Fez-se discípulo do
escultor animalista Barve e
nos anos de 1865 a 1870
trabalhou no atelier de
Carrier-Belleuse,
transferiu-se para
Bruxelas, onde fez o seu
trabalho mais importante
anatomia das formas

nesta primeira fase da sua


vida: colaborou com o
artista belga Van
Rasbourg nas esculturas
interiores e exteriores do
Palácio da Bolsa e na
decoração do palácio da
Academia.
Os últimos meses da sua
vida foram obscurecidos
por um estado de
inconsciência muitas
vezes aproveitado por
cobiçosos das suas obras.
O seu carácter
independente, indomável,
não se submetia a
nenhuma escola, mas a
sua convivência com um
dos seus primeiros
mestres, Carrier-Belleuse,
não deixou de ser
proveitosa para sua
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educação artística e para o


aperfeiçoamento
da sua extraordinária
habilidade de modelador.
Outro dos seus mestres
foi o notável Chapu, que
incutia nos seus alunos o
maior respeito pela
natureza, conforme a boa
tradição da escultura
francesa, desde Germano
Pillon a Carpeaux.
anatomia das formas

A escultura

Aos vinte e quatro anos


apresentou
audaciosamente, no
“Salon” de Paris, a sua
primeira escultura: O
Homem do Nariz
Quebrado, que marcou,
por forma que sem dúvida
se pode considerar genial,
a revelação da sua
personalidade artística.
Modelada num dos
compartimentos da sua
casa, que transformara em
atelier, era uma obra de
grandeza clássica e forte
realismo. Foi rejeitada
pelo júri oficial e veio a
ser recebida com louvores
de exaltada admiração no
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mesmo “Salon”, anos


depois, em 1878. No ano
anterior, porém, outra das
suas obras, A Idade do
Bronze, causou escândalo,
ainda nesse “Salon”, anos
depois, pelo seu
prodigioso e vivo realismo
e pela sinceridade
graciosa e rítmica na
interpretação do corpo
humano.
Segundo Nocp, “modelou
admiravelmente numa
época em que pouco
escultores sabiam do
ofício e os artistas se
contentavam com
intenções”.
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Apaixonado pela própria


técnica, Rodin descia a
todos os pormenores,
como se notou no seu
admirável S. João Baptista,
do ano de 1880, em que
lhe serviu de modelo um
velho italiano anquilosado
e gotoso, cujas
deformidades não haviam
escapado à observação
apurada do artista, que o
modelou tal como era e
em tamanho superior ao
da estatura.
Outra das suas obras mais
notáveis é o famoso grupo
Burgueses de Calais,
encomendado pelo
município de Calais para
rememoração de
determinado facto
histórico.
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O Inferno de Dante
inspirou outra obra de
Rodin: A Porta do Inferno,
encomendada pelo Museu
das Artes Decorativas de
Paris, foi o trabalho mais
exaustivo do grande
artista, que a começou em
1885 e só a concluiu em
1905. Desta grandiosa
composição extraiu e
engrandeceu a figura
central, O Pensador, a
mais vigorosa e
impressionante escultura
de Rodin, testemunha o
assombro de todo o
mundo culto.
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Durante longos anos


Rodin concorreu a todos
os “Salons”, sempre
intransigente com a
rotina, sempre guiado
pelas suas concepções
geniais. Fez os bustos de
homens ilustres por
diversos títulos: Laurens,
Carrier-Belleuse, Vitor
Hugo, Dalou, Proust, Puvis
de Chavannes,
Clemenceau, Madame
Rodin, duque de Rohan,
Balzac, condessa de
Noailles, Rochefort,
Mirabeau, Geoffroy,
Berthelot, Barbey
d’Aurevilly, Falguiére, B.
Shaw, Dampt, Lord
Halden, Afonso Legros e o
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de Napoleão, que ficou


incompleto.
A Primavera, a juventude,
o amor, a mulher, foram
grandes motivos que este
artista tratou na sua obra
com uma delicadeza e
uma ternura porventura
em contraste com a
dureza do seu
temperamento de lutador.
O Hotel Biron em Paris,
onde se havia instalado o
artista, em 1908, foi, por
suas instâncias junto de
personalidades políticas,
declarado monumento
nacional e nele se fundou
o Museu de Rodin.
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As obras em poder do
artista foram por ele
legadas ao Estado francês
e defendidas assim de
certas cobiças. Rodin
deixou ainda desenhos e
aguarelas, estudos e
apontamentos.
A influência do artista
fez-se sentir
poderosamente sobre
todos os artistas
modernos em França,
principalmente a partir de
1900.
Foi também um escritor
de arte, que deixou
inúmeros trabalhos, entre
os quais se distingue Les
Cathédrales de France,
Paris, 1914.
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