Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema: Tensões e chaves conceituais para uma cultura material nos museus do século XXI
Para compreensão dos museus do século XXI, tendo em vistas as evoluções anteriores
dos gabinetes de curiosidade até a concepção, não homogênea, atual de museus; os museus
vêm em relação da nova museologia, tentando repensar seus ambientes, principalmente os
museus tradicionais institucionais, repensar e reabilitar as narrativas que eram apresentadas em
determinado museu é extremamente importante, que por muito tempo diversas narrativas que
não eram enxergadas, como a dos povos originários, negros e populações urbanas como a
LGBTQIA+, começam a ganhar corporeidade e voz no meio da grande massa, e muitas
narrativas podem ferir estes mencionados ou até mesmo ter criado barreiras para os próprios.
Com isso, tendo a dizer que por muito tempos museus e instituições museais e de
patrimônios contaram a história propicia para o poder que comandam a sociedade, que é o
poder da branquitude, hetero, cisgênero, com base nisso trago Cida Bento (2022, p.11):
Coexistir com essa tirania da branquitude na sociedade e no capital acaba se tornando horrenda;
os setores socioculturais os quais deviam se interligar com as narrativas de um povo, ou do
meu povo, onde aqui nos marginalizam e excluem, “favelizando” ¹, acabam se tornando
passivos as narrativas constituídas da branquitude.
1: Apresento a palavra “ favelizando”, restruturada por mim, como uma palavra de força e de
identificação da marginalização socio capitalista.
Portanto, com essa analise bem aberta sobre os museus e instituições do século XXI
podemos analisar as tensões de museus europeus ondem se circundam sua materialidade dentro
dos museus com objetos frutos de etnocentrismo e genocídio de povos originário de colônias, as
cicatrizes de uma colonização fora o racismo presente em determinado país, trazendo um olhar
acerca da cultura é por exemplo que o acervo material da cultura afro-egípcia se encontra em
outras instituições que não são de onde eles vieram, como o museu britânico, por isso a conexões
culturais que dão valor significado e significância acabam se tornando mais esquecível e falha
para a população egípcia; podemos trazer esta narrativa para mais próximo, o Brasil que teve
seus primeiros museus instituídos durante o “Império Brasileiro” teve objetos indígenas de ciclo
de vida únicos surrupiados e por isso alguns povos pedem a repatriação para que eles possam
ter sua cultura respeitada. Mas é muito difícil algumas instituições repatrializar esses objetos
culturais tanto por apegos comerciais e de narrativas capitalista sobre a fetichização do objeto.
Em conclusão pode-se listar com base no que trouxe, eixos que os museus
contemporâneos devem haver um discursão, são eles:
2: a ocupação e a representação são diferentes, porque para representar você não precisa da
ocupação desses corpos, e ocupar é abrir espaços para que o corpo fale por si.
• Discursões sobre imagens que são exaltadas pela branquitude, entender e correlacionar
com as dinâmicas contemporâneas e se são necessariamente figuras a estarem a frente
da nossa cultura brasileira;
• Repatriação quando necessário
• Olhar material não capital a organização de museus