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REPÚ BLICA DE ANGOLA

MINISTÉ RIO DA EDUCAÇÃ O

TEMA: O PETRÓLEO
Nome: Márcio das Neves Manuel Paulino

Lobito, aos 03, de Março de 2021


ÍNDICE

TEMA: O PETRÓLEO............................................................................................................................................... 1
ÍNTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 4
I- O PETRÓLEO................................................................................................................................................ 5
1- DEFINIÇÃO.............................................................................................................................................. 5
2– Formação da Indústria Mundial de Petróleo..........................................................................................5
II- MAS AFINAL, QUAL É A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO?.....................................................................6
1- LOCALIZAÇÃO......................................................................................................................................... 6
III- RISCOS AMBIENTAIS............................................................................................................................... 7
1- ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS.............................................................................................................7
2- AQUECIMENTO GLOBAL.......................................................................................................................7
3- EXTRAÇÃO.............................................................................................................................................. 7
4- BOLA DE PETRÓLEO.............................................................................................................................. 7
5- DERRAMAMENTOS DE PETRÓLEO.....................................................................................................8
IV- CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................................ 9

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ÍNTRODUÇÃO

O petróleo figura entre os variadíssimos recursos económicos naturais que Angola possui no seu
solo e subsolo. Este constitui uma ou a principal fonte de receitas para o Estado Angolano, receitas que
representam mais do que a metade das receitas fiscais e numa certa medida são canalizadas para a
elaboração do Orçamento Geral do Estado (OGE).

Actualmente o Sector Petrolífero é o mais activo do País (Angola). As receitas petrolífera (fiscais)
contribuem para o crescimento e estabilização económica do País. Estas representam parte
significativa do PIB (Produto Interno Bruto) e das receitas fiscais do Estado, parte desta destinado a
elaboração do Orçamento Geral do Estado (OGE). Assiste-se hoje a uma tendência crescente do sector
bem como das receitas geradas no mesmo, daí a necessidade em abordar os aspectos relacionados ao
regime fiscal do sector petrolífero ou seja a relgulamentação do sector, a gestão das receitas
petrolíferas, mas específicamente do Imposto sobre o Rendimento do Petróleo.
Mas afinal, o que é o petróleo? E qual é a sua importância?
Este trabalho têm como seus objectivos principais responder a estas questões.

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I- O PETRÓLEO

1- DEFINIÇÃO

A palalvra Petróleo deriva do latim petroleum, petrus  que significa uma mistura de substâ ncias
oleosas, inflamá vel, geralmente menos densa que a á gua, com cheiro característico e coloraçã o que pode
variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).
Trata-se de uma combinaçã o complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de
hidrocarbonetos alifá ticos, alicíclicos e aromá ticos, podendo conter também quantidades pequenas
de nitrogénio, oxigénio, compostos de enxofre e íons metá licos, principalmente de níquel e vaná dio.[2] Esta
categoria inclui petró leos leves, médios e pesados, assim como os ó leos extraídos de areias impregnadas
de alcatrã o. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alteraçõ es químicas para a sua
recuperaçã o ou conversã o em matérias-primas para a refinaçã o do petró leo, tais como petró leos de
xisto crus, ó leos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha, nã o se incluem nesta definiçã o.

2– Formação da Indústria Mundial de Petróleo

A origem da moderna indú stria de petró leo se deu nos EUA, a partir da descoberta pioneira de
petró leo por Edwin Drake em um poço em Tuttisville, Pensilvâ nia, em meados do século XIX. Na verdade,
o petró leo já era conhecido na Antigü idade e na Idade Média (ainda que sua utilizaçã o fosse restrita, e em
geral, centrada em usos nã o energéticos, como impermeabilizaçã o, e como arma de guerra, para
combustã o de “bolas incendiá rias”). Por exemplo, o descobridor Marco Polo descreveu em uma de suas
cartas o mercado de petró leo em Baku, no atual Azerbaijã o; alguns historiadores defendem a idéia de que
o ó leo bruto teria sido usado como argamassa no templo do Rei Salomã o (YERGIN, 1994).

A moderna indú stria de petró leo, entretanto, somente se desenvolveu a partir da descoberta de Drake,
e de sua inovaçã o, a busca por ó leo através de perfuraçã o e nã o escavaçã o e coleta. A princípio, as
atividades de exploraçã o de petró leo eram feitas de forma artesanal, por vezes mesmo domiciliar, e o
mercado era livre e desorganizado, dando margem à entrada de competidores eventuais nas atividades de
exploraçã o. Tal reduzido grau de barreiras à entrada conferia grande instabilidade ao mercado, pois
variaçõ es no preço levavam à entrada e saída de muitos agentes.

E esta mesma só começou a se organizar como grande indú stria a partir da companhia Standard Oil, de
John Rockfeller. A Standard Oil foi uma das primeiras companhias pioneiras a buscar um padrã o de
grande organizaçã o industrial internacionalizada, que tã o fundamental foi para o desenvolvimento da
economia capitalista moderna no século XX (GALBRAITH, 1982).

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II- MAS AFINAL, QUAL É A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO?

O Petróleo é a mais importante fonte de energia da actualidade, pois é através dele que se possibilita a
realizaçã o de inú meras actividades. Ele é utilizado principalmente na forma de combustíveis automotivos,
como a gasolina e o ó leo diesel, e também sendo queimado no funcionamento das usinas termoeléctricas.
Além disso, ele é uma importante matéria-prima utilizada na fabricaçã o de plá sticos, tintas, borrachas
sintéticas e alguns outros produtos.

Trata-se de uma substâ ncia oleosa, altamente inflamá vel e de coloraçã o negra ou castanho escura, de
origem fó ssil e nã o renová vel, ou seja, ele poderá deixar de existir com o passar dos anos. Quimicamente
falando, trata-se de um hidrocarboneto, pois é constituído por á tomos de hidrogénio e carbono.

1-LOCALIZAÇÃO
Esse combustível é encontrado em zonas de bacias sedimentares, em camadas muito abaixo da
superfície, geralmente em regiõ es oceâ nicas. Para extraí-lo, constroem-se plataformas petrolíferas que
têm a missã o de perfurar o solo e encontrar abaixo dos mares essa importante substâ ncia. A profundidade
em que ele se encontra varia muito, em alguns casos ele se localiza imediatamente abaixo dos solos, o que
facilita a sua extracçã o, em outros casos ele é encontrado em profundidades mais elevadas, a exemplo do
petró leo brasileiro.

Apesar de seu consumo ter diminuído ao longo dos ú ltimos anos, o petró leo ainda é considerado o
recurso bá sico da sociedade industrial contemporâ nea. É responsá vel por cerca de 35% do total de
consumo de energia no mundo, o que lhe garante a liderança em relaçã o a outras fontes de energia.

Por conta de sua importâ ncia vital para o abastecimento de energia que garante o funcionamento das
sociedades, o petró leo é considerado um recurso natural extramente estratégico. Isso significa que
aqueles que o possuem, além de uma fonte de renda, adquirem também um certo domínio de poder, pois
muitas naçõ es do mundo desejarã o adquirir esse recurso para abastecimento interno.

Actualmente, as maiores reservas petrolíferas no mundo – cerca de 60% - encontram-se no Oriente


Médio, uma regiã o localizada no continente asiá tico, bem pró xima à Europa e ao norte da Á frica. Por conta
disso, inú meros desentendimentos geopolíticos ocorreram e ainda ocorrem nessa regiã o, a maioria deles
envolvendo ou tendo a participaçã o dos Estados Unidos da América (EUA), que sã o bastante dependentes
do petró leo para se desenvolverem.

Os EUA estã o entre os maiores produtores de petró leo, mas sã o também aqueles que mais consomem,
de modo que sua produçã o interna nã o é capaz de dar conta de todo o seu consumo, o que o faz intervir
politicamente em outras regiõ es a fim de conseguir melhores acordos comerciais para garantir a compra
com preços menos elevados.

De todo modo, estimativas apontam que o petró leo no mundo deve acabar em um futuro pró ximo, em
cerca de 40 ou 50 anos, desde que mantidos os atuais padrõ es de consumo. Por esse motivo, vá rios países
– incluindo o Brasil – estã o investindo em novas tecnologias para a produçã o de outros combustíveis, de
preferência aqueles que poluem menos que o petró leo.

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III- RISCOS AMBIENTAIS

Como o petró leo é uma substâ ncia que ocorre naturalmente, a sua presença no ambiente nã o é
necessariamente resultado de intervençã o humana, tais como acidentes e extracçã o, refino e combustã o.
Fenó menos como exsudaçõ es e poços de piche sã o exemplos de á reas que o petró leo afecta o ambiente
sem o envolvimento do homem. Independentemente da fonte, os efeitos do petró leo, quando liberado no
ambiente, sã o semelhantes.

1- ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS

A acidificaçã o do oceano é o aumento da acidez dos oceanos da Terra causado pela absorçã o de dió xido


de carbono  (CO2) da atmosfera. Este aumento da acidez inibe toda a vida marinha - tem um impacto
maior sobre organismos menores e depois afecta organismos maiores.

2- AQUECIMENTO GLOBAL

Quando queimado, o petró leo libera dió xido de carbono, um gá s de efeito estufa. Junto com a queima
de carvã o, a combustã o de petró leo pode ser o maior contribuinte para o aumento do CO 2 atmosférico,
que tem aumentado ao longo dos ú ltimos 150 anos para os níveis actuais de mais de 390 ppmv, a partir
dos 180 - 300 ppmv dos ú ltimos 800 mil anos. Este aumento da temperatura pode ter reduzido a á rea da
calota de gelo do Á rctico para 2.800.000 km², a menor do que já registrada. Devido aos derretimentos,
mais reservas de petró leo foram reveladas. A Agência Internacional de Energia estima que cerca de 13 por
cento do petró leo nã o descoberto do mundo está no Á rctico

3- EXTRAÇÃO
A extracçã o do petró leo é simplesmente a remoçã o do recurso a partir da reserva. O petró leo é
frequentemente recuperado como uma emulsã o de á gua e ó leo. Produtos químicos especiais, chamados
demulsificadores, sã o utilizados com o petró leo bruto, assim como as instalaçõ es de processamento
de ó leo de xisto ou carvã o. Estes compostos têm uma solubilidade muito elevada na á gua e, assim, tendem
a mover-se com a á gua. Certas bactérias que ocorrem naturalmente, tais
como Micrococcus, Arthrobacter e Rhodococcus degradam estes contaminantes.

4- BOLA DE PETRÓLEO
A bola de petró leo é uma gota de petró leo bruto (que nã o deve ser confundido com o alcatrã o, que é um
produto sintético derivado de refinos a partir do petró leo) que resistiu depois de flutuar no oceano. Esses
aglomerados de petró leo sã o um poluente aquá tico na maioria dos ambientes, embora possam ocorrer
naturalmente, como por exemplo no Canal de Santa Bá rbara, na Califó rnia, ou no Golfo do México,
no Texas.[34] A sua concentraçã o e características têm sido utilizadas para avaliar a extensã o de
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derramamentos de ó leo. A sua composiçã o pode ser utilizada para identificar as suas fontes de origem, e
elas podem ser dispersas ao longo de grandes distâ ncias por correntes de profundidade.
para separar o petró leo da á gua. A extracçã o é cara e, por vezes, prejudicial ao ambiente, embora, de
acordo com dados de 1981 do Instituto Oceanográ fico de Woods Hole, mais de 70 por cento das reservas
do mundo estã o associadas com sinais visíveis e muitos campos de petró leo sã o encontrados devido à
exsudaçõ es naturais. A exploraçã o offshore e a extracçã o de petró leo perturbam o ambiente marinho
circundante.

5- DERRAMAMENTOS DE PETRÓLEO

A quantidade de petró leo derramado durante acidentes varia de algumas centenas de toneladas a
vá rias centenas de milhares de toneladas (por exemplo, a explosã o da plataforma Deepwater Horizon e
o Amoco Cadiz). Mesmo os derramamentos menores já demonstraram ter um grande impacto nos
ecossistemas, como o derramamento de ó leo do Exxon Valdez.
Os derrames de petró leo no mar sã o geralmente muito mais prejudicial do que aqueles em terra, uma
vez que eles podem se espalhar por centenas de milhas ná uticas em uma mancha de ó leo que pode cobrir
praias com uma fina camada de ó leo. Isso pode matar aves marinhas, mamíferos, moluscos e outros
organismos c. Os derramamentos de petró leo em terra sã o mais facilmente controlá veis se uma barragem
de terra improvisada ser rapidamente construída em torno do local do derramamento antes que a
maioria do petró leo escape. Além disso, os animais terrestres podem evitar o ó leo com mais facilidade.
Embora o petró leo bruto é predominantemente composto de vá rios hidrocarbonetos, certos
compostos heterocíclicos de azoto, tais como piridina, picolina e quinolina, que sã o relatados como
contaminantes associados

Dessa forma, ocorre uma reacção em cadeia:


 Os peixes do fundo do mar que se alimentam de resíduos acabam sendo envenenados, e morrem;
 A luz do sol é bloqueada, assim as algas nã o realizam mais a fotossíntese (reacçã o em que se retira o
gá s carbó nico (CO2) e libera-se oxigénio (O2) para o ambiente). O resultado é que os peixes da
superfície morrem por falta de oxigénio ou morrem intoxicados pelo ó leo vazado;
 Substâ ncias tó xicas se acumulam nos tecidos de mamíferos, tartarugas e peixes, causando
distú rbios reprodutivos e cerebrais;
 As penas das aves ficam impregnadas de ó leo e elas acabam afundando e morrendo afogadas;

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IV- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desta breve matéria é fá cil compreender o porquê da grande importâ ncia do petró leo: seus derivados
sã o empregados, pode-se dizer, em quase todas as actividades humanas. Da gasolina, que faz mover os
automó veis e aviõ es, à nafta, que serve para os motores Diesel, de caminhã o e das automotrizes, à queles
gigantescos dos navios. Do petró leo, pode-se obter até electricidade: nas usinas termoeléctricas, de fato,
os dínamos que produzem energia sã o accionados por motores Diesel. Os ó leos lubrificantes sã o
indispensá veis para o bom funcionamento de qualquer tipo de motor; os asfaltos e os betumes sã o
empregados na construçã o de rodovias, mas nã o é tudo: do petró leo obtém-se, hoje, até matérias
plá sticas.
Entretanto, a sua utilizaçã o tem consequências gravíssimas para a saú de e o meio ambiente em que
vive.
Os resíduos gerados no processo de refino sã o responsá veis por diversas doenças que afetam os seres
humanos. Em decorrência de tais fatos, a indú stria de refino é uma grande degradadora do meio
ambiente, pois tem potencial para afetá -lo em todos os níveis: ar, á gua, solo e, consequentemente, a todos
os seres vivos que habitam nosso planeta.
Ao o que se diz respeito à saú de humana o petró leo em seu estado bruto pode causar diversas
complicaçõ es, porém sã o os resíduos gerados durante o seu refinamento os que mais afeta.
A populaçã o que apresenta maior risco de intoxicaçã o sã o as que residem em locais pró ximos a
refinarias e/ou que trabalham nestas indú strias. Por conta desse fato estes indivíduos devem passar por
um período de controle toxicoló gico para garantir a qualidade de vida dos mesmos.

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