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Introdução
A implantação de uma empresa numa região além de produzir sociais negativos e políticos, produz
também um impacto directo sobre a economia regional, ampliando a renda, a produção e o valor
agregado da região. Além desses impactos directos, que dependem principalmente do tamanho da
empresa e de sua competitividade, a empresa também impacta o tecido económico regional de forma
indirecta.
Ela compra na região matérias primas, insumos e equipamentos, ampliando o mercado de muitas
empresas locais. Além disso, a empresa ao se instalar numa região atrai trabalhadores e
fornecedores, ampliando a população e o tamanho do mercado local, facilitando a construção de
infra-estruturas de apoio à atividade econômica, tornando a região mais atrativa para a instalação de
outros empreendimentos produtivos.
Concominante a isso, desenvolve-se o presente trabalho que tem como marco temático:
Consequencias económicas, sociais e politicas de um pais produtor de petróleo na actualidade. O
mesmo tem como propósito de fazer analise das consequências podem advir num determinado
territorior pela actividade de producao petrolífera.
1.2. Metodologia
Para a concretização deste traba, recorreu-se a fontes bibliográfica que versam a respeito do tema. A
revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é uma análise meticulosa e ampla das publicações
correntes em uma determinada área do conhecimento. Segundo o Manual de produção de textos
acadêmicos e científicos, "As pesquisas de revisão bibliográfica (ou revisão de literatura) são
aquelas que se valem de publicações científicas em periódicos, livros, anais de congressos etc., não
se dedicando à coleta de dados in natura, porém não configurando em uma simples transcrição de
ideias. Para realizá-la, o pesquisador pode optar pelas revisões de narrativas convencionais ou pelas
revisões mais rigorosas" (Brasileiro, 2013, p.47).
2.Desenvolvimento teórico
O petróleo é um recurso muito disputado pelos países e representa o principal componente da matriz
energética mundial, atendendo cerca de 40% das necessidades energéticas globais (Almeida 2005). É
a partir dele que são produzidos importantes derivados muito consumidos em todo o planeta, como a
gasolina, diesel, gás de cozinha, querosene de aviação, além da nafta, que é o principal insumo
utilizado na indústria petroquímica. Por isso, sua descoberta e posse são consideradas estratégicas
para o interesse das nações, estando ele na origem de vários conflitos internacionais.
Por ser muito intensiva em capital, é uma indústria voltada para grandes investidores. Os custos de
identificação e mensuração das jazidas são tão elevados, que para reduzi-los, de acordo com Araújo,
(2001), torna-se necessária a imediata produção das jazidas descobertas.
O fato de o petróleo ser um recurso não renovável torna imprescindível a permanente busca de novas
reservas. Segundo relatório da ONIP (2000), (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), essa
necessidade contínua de esforço exploratório com o objetivo de garantir o nível de reservas
compatível com o volume produzido é uma das características desta indústria.
Ainda conforme o relatório, um aumento na produção nacional acarreta como conseqüência uma
necessidade de se reforçar o nível de investimentos na exploração, pois somente se as descobertas
apresentarem um volume crescente é que será garantida a sustentabilidade do nível de produção.
O aumento contínuo dos preços desta matéria-prima viabilizou sua produção em locais que
anteriormente não seriam cogitados em função dos elevados custos de extração. Exemplo disso é a
exploração de petróleo em águas profundas. Para que isso fosse possível, foi preciso desenvolver
tecnologias voltadas para esse fim. Dessa forma, um aspecto relevante são os altos custos de
pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
Devido ao fato de o petróleo ser um recurso finito, a alocação dos recursos dele provenientes tem
que se dar de forma a possibilitar o incentivo e desenvolvimento de outras atividades econômicas
além daquelas ligadas à indústria petrolífera. Pois a não renovabilidade deste recurso faz com que as
atividades ligadas a ele também não o sejam, sendo fundamental que no futuro, quando não mais
houver o petróleo na localidade, outras atividades econômicas sejam fortes o suficiente de forma a
garantir o sustento e desenvolvimento da região.
Quanto ao aspecto da mão-de-obra, cabe frisar os inúmeros efeitos sobre a organização espacial
causados pelo surgimento e desenvolvimento de economias petrolíferas. Segundo Monié, (2003), “o
aumento da produção dos hidrocarbonetos e os investimentos realizados paralelamente nas indústrias
de base provocam, geralmente, um forte aumento dos fluxos migratórios em direção às áreas
produtoras e aos complexos industriais edificados pelo Estado.” (p.258).
Esse impacto afeta todo o ecossistema marinho. Os peixes, quando entram em contato com a
substância, morrem por asfixia. As aves marinhas podem sofrer com a intoxicação ou pela
impregnação do petróleo em suas penas, o que impede o voo e a regulagem da temperatura corporal,
problema que também afeta os mamíferos marinhos. A ingestão do líquido também provoca a morte
de diversas espécies. Além disso, o derramamento de petróleo prejudica comunidades litorâneas que
sobrevivem da pesca, (Bernhardt, 2016).
A contenção das manchas de petróleo no mar é bastante difícil, uma vez que as correntes marítimas e
de ar atuam na dispersão do óleo pelas águas. Um dos métodos mais utilizados é a aplicação de
agentes biológicos fertilizantes, como fósforo e nitrogênio, que promovem o crescimento de micro-
organismos que atuam na dissolução do petróleo, (Bernhardt, 2016).
A importância do petróleo reside no fato de a humanidade ser, em sua maior parte, dependente do
uso de seus derivados, principalmente como fonte de energia. A Agência Internacional de Energia
estima que cerca de 60% da produção energética mundial advenha desse recurso. Assim,
considerando que o nível de consumo de um país está diretamente relacionado ao seu poderio
econômico, podemos dizer que quanto mais desenvolvido for um Estado, mais dependente do
petróleo ele tornar-se-á, (North, 1977).
Na verdade, ele possui outros usos, como a produção de plástico, colchões, solventes, tintas e
lubrificantes. Por esse motivo, esse recurso possui um peso de ouro na economia internacional, que é
bastante vulnerável às oscilações do seu preço, a exemplo do que aconteceu na década de 1970, na
chamada Crise do Petróleo.
Assim, aquela nação que possuir um maior controle sobre a produção e exportação de petróleo
fatalmente ficará em uma posição confortável nos cenários político e econômico globais, o que
revela a importância da compreensão dessa questão na atualidade.
Pode-se dizer que, de modo geral, os principais atores na Geopolítica do Petróleo são aqueles países
que possuem amplas reservas desse recurso e também aqueles que o consomem em grande
quantidade. Assim, os membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fazem
parte dessa dinâmica, além de outras nações como os Estados Unidos e China, que estão entre os
maiores consumidores da atualidade. Observe o quadro abaixo:
Conforme podemos notar, a Arábia Saudita é líder mundial na produção de petróleo no mundo, o
que influencia bastante em sua postura geopolítica. Os Estados Unidos, por sua vez, mesmo estando
em terceiro lugar em produção, não são autossuficientes, pois é o maior consumidor. Isso explica as
diversas ações que esse país realizou a fim de ampliar o seu mercado e baratear os custos de
importação do petróleo. Para se ter uma ideia, os norte-americanos consomem cerca de 18 milhões
de barris por dia, quase cinco vezes mais do que o Japão, terceiro colocado em consumo do produto.
Outra análise interessante nesse contexto é o papel crescente que os BRICS (grupo de economias
emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão desempenhando, visto
que quatro países desse grupo estão entre os 10 maiores consumidores de petróleo do mundo, sendo
que a Rússia e a China também fazem parte do grupo de maiores produtores.
Além disso, é interessante notar que os países que mais produzem e também que possuem maiores
reservas estiveram recentemente envolvidos, de uma forma ou de outra, em questões diplomáticas ou
militares. Citam-se os casos da Venezuela, que segue uma postura de questionamentos e tensões com
os EUA, assim como a Líbia, recentemente invadida pela OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) no contexto da Primavera Árabe. Isso explica também, ao menos em partes, o
porquê de o Oriente Médio ser tão instável politicamente, afinal, essa região é responsável por 60%
da produção mundial de petróleo.
Conclusão
Por outro lado, as recentes medidas regulatórias a partir de 2018 alavancaram osinvestimentos na
atividade exploratória que são a mola propulsora da indústriapetrolífera, e, que consequentemente,
influenciam toda a cadeia produtiva tanto amontante como a jusante, além de refletirem diretamente
no volume de participaçõesgovernamentais. Nesse panorama, o setor petrolífero no Brasil ainda tem
muito acrescer, pois, apesar das grandes dimensões, menos de 5% da área sedimentar do paísestão
contratados.
Referencias bibliograficas
Araújo, J. (2001). Indústria do Petróleo e Economia do Rio de Janeiro. In: FREIRE, A.; MATTA,
M.; SAMENTO, C. (coord.). Um Estado em questão: os 25 anos do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: Editora FGV, p. 250-252.
Bernhardt, E. (2016). Petróleo: filme aborda os impactos sociais e ambientais da sua exploração.
Desponivel em: https://www.recicloteca.org.br/noticias/petroleo-filme-aborda-os-impactos-
sociais-e-ambientais-da-sua-exploracao/. Acesso em: 09.07.22
ONIP. (2000). Impacto econômico da expansão da indústria do petróleo. Relatório final. Rio de
Janeiro.